"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 25 de maio de 2015

BILDERBERG: O CLUBE SECRETO DOS PODEROSOS



25 de maio de 2015

RECEITA FEDERAL RECEBE ARQUIVOS DE BRASILEIROS QUE TÊM CONTAS NO HSBC DA SUIÇA


A RECEITA INFORMOU QUE CONTINUARÁ IDENTIFICANDO OS CORRENTISTAS


NESSE UNIVERSO, FORAM IDENTIFICADOS 736 PESSOAS 
QUE MORRERAM FOTO: ARND WIEGMANN/ REUTERS


A Receita Federal recebeu do governo francês informações sobre contribuintes brasileiros titulares de contas correntes no HSBC da Suíça. Em nota, o órgão informou que foram enviados 8.732 arquivos eletrônicos, cada um supostamente com o perfil de um cliente brasileiro do banco. A receita tenta identificá-los.

Já foram identificados 7.359 perfis, dos quais 7.243 contribuintes. "Há casos de pessoas com múltiplos perfis de cliente", explicou a Receita, em nota. Foram descobertas 5.581 contas, entre ativas e inativas, mantidas por brasileiros. Desse total, 1.702 contas tinham saldo ao final de 2006, período abarcado pela lista de correntistas do banco que foi vazada no episódio que ficou conhecido como "Swissleaks".

"A Receita Federal solicitou ao Banco Central, no dia 8 de maio, informações sobre um primeiro conjunto de registros para buscar elementos para identificação de indícios de possíveis práticas de crimes contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro", informou o órgão, acrescentando que está fazendo um cruzamento dos CPFs com sua base de dados para fiscalização também do período de 2011 a 2014.

Nesse universo, foram identificados 736 pessoas que morreram. Do restante, há ainda 264 estrangeiros, 263 CPFs suspensos, 97 cancelados, 15 pendentes de regularização e um nulo. Ainda não foram identificados 1.129 nomes.

A Receita informou que continuará a pesquisa para identificar os correntistas e pessoas físicas relacionadas, além dos herdeiros dos correntistas que já morreram, servidores públicos e pessoas "politicamente expostas". Será feita ainda análise de vínculos entre os contribuintes identificados.

Também ocorrerá troca de informações com o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), o Banco Central, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal.(AE)


25 de maio de 2015
diário do poder

APÓS ACIDENTE, "MARCHA PELA LIBERDADE" RETOMA A CAMINHADA

E JÁ ALCANÇOU O TERRITÓRIO DO DISTRITO FEDERAL PARA A MEGA MANIFESTAÇÃO PRÓ IMPEACHMENT DIA 27Maio EM BRASÍLIA.


Foto publicada página da comunidade do MBL no Facebook por volta das 15 horas deste domingo.
Após o acidente ocorrido na noite de sábado (23), os dois manifestantes feridos passam bem e a marcha contra a presidente Dilma Rousseff foi retomada na manhã deste domingo, saindo da cidade de Alexânia (GO), a cerca de 120 km de Goiânia.
O grupo deste domingo, porém, é menor do que o de sábado, que havia reunido cerca de 40 pessoas e cinco carros de apoio. Neste domingo, há cerca de 30 manifestantes, com um carro de apoio.
Os manifestantes saíram caminhando de Alexânia até um shopping às margens da BR-060, onde fazem uma pausa para almoço. Neste domingo eles chegarão ao Distrito Federal e devem se hospedar em Taguatinga, cidade satélite de Brasília.
Na noite de sábado, uma batida entre dois carros atingiu dois manifestantes que participavam da marcha, a poucos quilômetros de Alexânia.
FERIDOS
O coordenador nacional do MBL (Movimento Brasil Livre), Kim Kataguiri, 19, teve um ferimento no braço, mas sem gravidade. Ele afirmou que apenas perdeu parte da pele do cotovelo, mas não houve fratura. O carro só o atingiu de raspão.
A outra manifestante ferida, Amanda, que foi atingida pela lateral do veículo e bateu a cabeça em um dos carros de apoio, recebeu pontos na cabeça e passa bem, de acordo com Kim.
"Nosso estado de espírito ficou abalado porque foi um momento traumático, mas depois acho que até nos fortaleceu", disse.
O grupo saiu de São Paulo em 24 de abril na chamada "marcha pela liberdade", organizada pelo MBL (Movimento Brasil Livre), e participará de um protesto em Brasília na próxima quarta-feira (27) contra a presidente Dilma Rousseff, pedindo seu impeachment. 

Do site da Folha de S. Paulo

25 de maio de 2015
in aluizio amorim

MOTORISTA QUE ATROPELOU LÍDERES DA "MARCHA PELA LIBERDADE" PODE SER INTEGRANTE DO MST DE GOIAS, DIZ MBL


Por volta das 19h deste sábado, dois líderes do Movimento Brasil Livre (MBL), Kim Kataguiri, de 19 anos, e Amanda Kailayne Alves, de 28, foram atropelados durante a Marcha da Liberdade, que realizam em direção a Brasília, onde devem protocolar nesta semana pedidos de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Ambos foram encaminhados a hospitais da região, e passam bem.
Na manhã deste domingo, Renan Santos, outro líder do MBL, publicou vídeo na página do movimento no Facebook afirmando que o motorista causador do acidente foi liberado na madrugada pela delegacia de Abadiânia, para onde havia sido conduzido depois de ser preso em flagrante. Renan Santos se encaminhava à cidade para averiguar as razões da liberação e apurar se o condutor de 49 anos, de nome José Lino, é um integrante do Movimento Sem Terra (MST) atuante em Goiás, ou apenas um homônimo.
Na semana passada, a Polícia Rodoviária Federal avisou que reforçaria a segurança dos manifestantes justamente no trecho entre Abadiânia (GO) e Alexânia (GO). O motivo: recebeu o aviso de que o Movimento dos Sem Terra (MST) não permitiria que os manifestantes contrários ao governo seguissem pela BR-060. A Marcha Pela Liberdade saiu de São Paulo em 24 de abril.
Atropelamento - O atropelamento aconteceu depois que uma caminhonete Chevrolet S-10 atingiu outro veículo na rodovia BR-060, e arremessou-o contra o acostamento onde caminhavam os integrantes da Marcha.
José Lino, de 49 anos, dirigia a caminhonete e foi preso em flagrante por embriaguez. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, o teste do bafômetro realizado por ele indicou 0,67 miligramas de álcool por litro de ar expelido. O limite máximo autorizado pela lei é de 0,05 miligramas por litro. 

Do site da revista Veja

25 de maio de 2015
in aluizio amorim

HOMEM-BOMBA GRANDALHÃO, EX-AMIGO DE LULA, E MARCHA PELO IMPEACHMENT AMEAÇAM ESTREMECER O PALÁCIO DO PLANALTO


Representante da "elite golpista" faz promoção de camisetas Fora Dilma numa rua de São Paulo...hehe...
A presidente Dilma Rousseff vive dias difíceis desde a sua reeleição: com o país mergulhado em uma crise política e econômica, a petista sequer consegue falar em rede nacional sem ser alvo de vaias e panelaços. Seus principais defensores estão acuados com o avanço do petrolão. No Congresso, a sequência de derrotas coloca em xeque a solução governista para reorganizar as contas públicas. E o horizonte que se avizinha não dá sinais de dias melhores para o Palácio do Planalto.
Nesta segunda-feira, o governo inicia uma das mais conturbadas semanas do segundo mandato de Dilma. Considerado um homem-bomba entre os empreiteiros investigados na Operação Lava Jato, o empresário Ricardo Pessoa, dono da UTC Engenharia, chega nesta segunda-feira a Brasília disposto a apontar, em acordo de delação premiada, os políticos envolvidos no esquema de pagamento de propina sobre contratos firmados com a Petrobras.
Amigo do ex-presidente Lula, o chefe do clube do bilhão guarda segredos sobre as campanhas de Dilma. Conforme VEJA revelou, o empreiteiro disse a pessoas próximas que pagou despesas pessoais do ex-ministro José Dirceu e deu 30 milhões de reais, em 2014, a candidaturas do PT, incluindo a presidencial. Reportagem do jornal Folha de S. Paulo mostra que a empresa de Pessoa doou 7,5 milhões de reais à campanha da petista temendo sofrer represálias do partido dela.
Enquanto Pessoa narra ao Ministério Público os desmandos do atual governo, o Movimento Brasil Livre, grupo que deixou São Paulo no dia 24 de abril, chegará à Esplanada dos Ministérios carregando a bandeira doimpeachment. O pedido vai ser protocolado no Congresso Nacional na próxima quarta-feira.
Os manifestantes, porém, chegam à capital federal em um clima diferente do esperado. Embora tenham se aproximado dos partidos de oposição para pedir a saída da presidente Dilma Rousseff, as legendas não encontraram respaldo jurídico para o afastamento da petista. Com a ordem de aguardar os desdobramentos da Lava Jato, entre eles especificamente a delação de Ricardo Pessoa, os oposicionistas recuaram da proposta e decidiram ingressar com uma ação no Ministério Público contra Dilma pelas chamadas pedaladas fiscais - o que, em mais uma dor de cabeça ao Palácio, está programado para a próxima terça-feira.
No Congresso, nas mãos do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), estão as medidas provisórias do ajuste fiscal, alvo de críticas até por parte dos petistas. A tendência é que sofram mais mudanças no Senado, o que vai reduzir a economia prevista pelo governo. Na Câmara, deverá avançar a minirreforma política, que traz pontos divergentes aos defendidos pelo PT, como o sistema eleitoral no modelo distritão e a permissão de doações empresariais durante as campanhas eleitorais. 

Do site de Veja


25 maio de 2015
in aluizio amorim

OPORTUNIDADE PERDIDA

Brasil, você teve sua chance.


Agora só resta Pitty e Titico Anta Cruz pra servir de "filósofos das massas" e uma quadrilha de ex-guerrilheiros pra administrar o país.
Ainda bem que Enéas, O Grande, não está mais aqui pra ver a desgraça que virou o país depois que ele partiu.

25 de maio de 2015
in blog do mario fortes

NOTÍCIAS DO BRASIL...

COMER O BOLO, ELES NÃO COMEM

Depois de cortar verbas da Educação e da Saúde, o governo retoma a prática descarada do mensalão e diz que vai "reforçar esforços" para angariar aliados a fim de aprovar o famigerado ajuste fiscal. O governo simplesmente está acenando com verba para os parlamentares que assinarem o ajuste fiscal.

Isso é de uma hipocrisia, de um cinismo, de uma sem-vergonhice, de uma libertinagem das mais obscenas nunca antes vista na história desse país.

Perdoem o desabafo, mas esses caras me botam só porcaria na cabeça... Que droga, chamar essa compra e venda descarada de políticos e de consciências de "reforçar esforços" é uma coisa tão nauseabunda quanto chamar cocô de "bolo fecal".

Não importa se a moeda é sonante ou em cargos, salários ou ministérios. É propinão. Esses caras governantes e parlamentares são uns nojentos. Desculpem, mas eles tiram a gente do sério. E enquanto isso nenhum deles rasga dinheiro nem come fezes. Não são malucos, são trambiqueiros.

ELA FICA FURIOSA

O que mais dói na Dilma Vana é ela não ter o prazer de dar as notícias ao Brasil que a gente vê na TV. Com medo dos panelaços ela terceiriza os anúncios da História Oficial. Só isso já me causa andaços de prazer. Sou capaz de me desaguar todo de tanto rir. Dilma Vana terceirizar as suas falas na TV me causa, desculpem o mau jeito, incontinência urinária. Me aperto todo de tanto de rir.

OBJETOS DE OVAÇÃO

Mantega é vaiado de novo. Desta vez foi em um restaurante italiano de São Paulo, na noite de sábado. Vai ver que foi só por causa do ranço. Outro dia, quem foi hostilizado foi o ex-ministro dos cubanos, Alexandre Padilha. Lula confessou que "está difícil" andar na rua. E assim é que, sendo do time do governo Dilma Vana, toma vaia e apupo por cima. E a fila anda.

À SOMBRA DOS PINHAIS

Sérgio Moro, o Eliot Ness da Operação Lava-Jato decidiu que o antigo tesoureiro do PT, Vaccari Neto e mais os desdeputados André Vargas, Pedro Corrêa e Luiz Argôlo, não cabem mais na sua Vara e os mandou curtir cadeia no Complexo Médico-Penal do Paraná. Esse presidio com capacidade para 350 prisioneiros, em Pinhais, na Região Metropolitana da Terra das Araucárias. Não demora nada, o quarteto está ganhando a vida dando aulas num cursinho intensivo para delinquentes que aspiram ingressar no crime organizado estatal.

UMA COISA É UMA COISA

O ministro Joaquim não está demissionário. Ele estava apenas gripado. Uma coisa não tem nada a ver com a outra, nem vice-versa.

CARNE DE SEGUNDA COM

PREÇO DE PRIMEIRA

Dilma acaba de fazer um negócio da China com a China. Os mais de um bilhão e meio de chineses só comem carne de segunda: acém, paleta, fraldinha, costela, capa de filé, coxão duro, chuleta, músculo dianteiro... Logo a carne que os brasileiros que não ricos, acima da linha da pobreza e dos bolsa-familiares podem comprar. Essa linha da segundona agora é facilmente encontrada nos açougues e supermercados e melhores casas dor ramo... por preço de filé mignon e baby beef.

LUZ PARA TODOS

SÓ QUE NÃO

Y así pasaron los años... Dez anos, se passaram nada menos do que isso e o programa do governo Luz para Todos continua sendo apenas um slogan para mais de 257 mil casas brasileiras com certeza. Só no Piauí que é um estado tiquitito pero cumplidor, há 32 mil domicílios à espera de energia elétrica. Os dados são da Eletrobras piauiense. Esse governo faz saber, mas não sabe fazer. criar um slogan é fácil; difícil é botar um bico de luz.

DIFÍCIL DE CRER

Enquadrado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o senador das Alagoas, Fernandinho Beira-Collor chamou Janote de chantagista. Droga, aí é brabo de acreditar. Nenhum dos dois fez acordo de delação premiada.

LEALDADE, O RETORNO

O bom da lealdade é que ela não tem preço. Não se vende e não pode ser comprada. Se alguém imagina que a compra, leva calote. Assim que é adquirida perde o valor e deixa de ser lealdade para ser infidelidade, consanguínea da chantagem, falsidade, hipocrisia e traição.

Quando a lealdade é comprada, se chama de "estratégia de coalizão" e se transforma em Mensalão, em Petrolão ou Cartelão que pronto se desmantelam e se viram pelo avesso pela sempre reles e demolidora delação.

O CÚMPLICE

Zé Dirceu, o chefe dos mensaleiros, hoje gozando confortável e antecipada prisão domiciliar, à beira de uma nova cadeia, ameaça abrir a boca se for preso novamente pela Operação Lava-Jato.

Droga, só por isso ele já deveria ser re/preso. Confessa que é um arquivo-vivo. Vivo demais para conviver com a sociedade dos homens de bem. Se Dirceu sabe e não conta, Dirceu é cúmplice.

38 MINISTÉRIOS A SALVO

Grande novidade: o governo não cogita em diminuir ministérios. Tanto faz,como tanto fez... Com o que essa gente não trabalha e ganha de salários, diárias, vantagens, cartões corporativos, tanto faz que seja ministério, secretaria, autarquia, órgão vinculado.

Essa pandilha só serve mesmo para ser cabo eleitoral remunerado às custas do erário público. Falem num concurso seletivo para essa gente. Pelo menos 90% saem em disparada fugindo como o diabo foge da cruz; os outros 10% prestariam o concurso, porque já estudaram o gabarito. Dentre mortos e feridos dos 38 inertes ministérios da Dilma, salvaram-se todos.

GOLPE DO FINANCIAMENTO

O mais novo golpe do PT é acabar com o financiamento privado a partidos políticos. É golpe, por que quem tem a chave do cofre é Dilma Vana, por acaso presidente da República e por azar do destino petista de coração, desde que o PDT perdeu o caudilho Leonel Brizola. Em matéria de financiamentos, seja lá do que for, o PT é doutor honóris causa própria.

ESCOLAS DO CRIME

A revista Veja diz que fez uma pesquisa e constatou que os bandidos saem da cadeia muito mais perigosos do que entraram. Tá na cara que isso se refere ao crime organizado das ruas. Na política se dá o mesmo. Os eleitos saem muito piores do que quando chegaram. Aí, já se trata do crime organizado do Estado. Tradução literal: são duas escolas de bandidagem explícita. Uns usam chinelo de dedo; outros gravata e colarinho branco. Levo medo dos dois tipos de formandos.

NEM NA RUA, NEM NADA

Meus caros fiéis! O Lula mexeu num vespeiro. Se meteu de pato a ganso com as igrejas evangélicas e suas bíblias sagradas. Já está levando esculacho por tudo que é lado. Ele que já não pode sair à vontade para as ruas, agora não vai poder entrar à vontade nos melhores templos do ramo.

ROMBO MANJADO

Foi só falar em dar um fim no fator previdenciário, para o governo mostrar que as contas da Previdência não fecham. Os fantásticos economistas governamentais revelam agora que há lá dentro um rombo de R$ 73 bilhões, quase 30% a mais que os alegados R$ 53 bilhões do ano passado.

Se o governo não desviasse a arrecadação da Previdência para outros caminhos da Esplanada, o diabo seria mais bonito. Se hoje alguém arrombar a porta de um ministério e não encontrar um rombo pode mandar consertar a porta, porque ali não é um ministério. E bem que pode encontrar ao invés de rombo, mais um roubo. Nem precisa procurar muito.

LEALDADE

Eu tenho me sentido bem ultimamente. Desde que me determinei a não ser e nem ter patrão. Estou me dando bem com as coisas da vida, por que já não me vejo obrigado pelos azares e armadilhas do mundo, a colocar à prova a lealdade das pessoas. Hoje me sinto capaz de perceber no que me esteja próximo ou distante, o que é fidelidade. Nem sempre, no entanto, isso quer dizer tranquilidade. A legião dos desleais é pouco menos que a maioria.

O CARTEL NO PRÉ-SAL

Lula da Silva, sempre ele, já não aguenta mais ver desmoronar o império de bons negócios no Brasil da Silva, país que ele descobriu em 2002 quando subiu a rampa para habitar pela primeira vez o Palácio do Planalto. Falta só um pouquinho de nada para ele se declarar candidato ao lugar de Dilma que nunca deixou de ser dele.

Nesta segunda-feira, o operador Milton Pascowitch vai depor na Operação Lava-Jato. E o que ele sabe de outros ramais do esquema Petrobras não é pouco. Tem tudo a ver com BNDES, fundos de pensão, eletrolão, Pré-Sal.

E é aqui que a água começa a salgar para a carcaça de Lula. O Pré-Sal é mais uma das invenções "extraordinárias" do seu Brasil da Silva.

Ao descobrir tal mina de ouro, Lula abriu as portas de um novo paraíso de obras bilionárias tocadas pelas empresas que compõem os estaleiros, casual e inocentemente, as mesmas que formam o cartel que vive pagando propinas em contratos de refinarias e outras barbadinhas do Brasil lulático.

Quer dizer, "tocadas" até ali... As obras começam, a dinheirama aparece aos borbotões, os operadores tomam chocolate e pagam o que devem.

Então, Pascowitch vai engrossar o caldo no caldeirão de ingredientes que a Operação lava-Jato já mexe e remexe pelas cozinhas do Pré-Sal. O tempero é o mesmo do Petrolão. O Pré-Sal tem o gosto do mesmo esquema de desvios nos contratos de construção de refinarias. A receita é a mesma: são obras de plataformas, construção e locação de navios e sondas de perfuração para exploração de petróleo - e la nave va! - com um volume de investimento público e privado muito maior de tudo que já veio à tona até agora.

Assim é que, a semana começa bem. Lula vai ter que se lançar logo rumo a 2018. É o jeito de conseguir a imunidade que ele hoje não tem mais, embora governe subterraneamente o país com mão de gato. E não levem, por favor, essa figura da mão de gato a uma errônea e apressada tradução literal. Mão de gato é só aquela conhecida rapidez dos felinos que dão o tapa e escondem a mão.

VASCO 1 X 1 INTERNACIONAL

Droga, eu não tinha mais nada pra fazer. Assisti pela TV Vasco x Internacional. Issoé que é Brasileirão, não é aquela porcaria de Campeonato Espanhol.

O time do Vasco a gente já sabe o que é, mas o Inter me surpreendeu: é digno de qualquer gremista. Vendo o Internacional jogar parece que se vê o Grêmio naqueles dias. Os dias de sempre, é claro. Acho até que os dois, tricolores e colorados, são treinados pelo Felipão.

Qualquer jogo de bola se decide no meio decampo. Ese Vasco x Inter foi defesa contra defesa. Ah sim, por falar em meia cancha, que saudade do Bráulio, o Menino de Ouro dos Eucaliptos. Pra não jogar nesse time é porque deve estar lesionado. Enfim, o futebol tem disso, como me cutucou outro dia Moisés Pereira, o comentarista-profeta.

Quanto ao ataque do Vasco... Ora, a pior coisa que uma defesa deve fazer contra ele é não deixar que o Vasco chute a gol. A melhor coisa é deixar que chute. Não há o menor perigo de gol.

O goleiro do Inter é engraçado. Fica o tempo todo parado, sem fazer nada e quando chutam a gol e ele defende fica todo brabo com todo mundo. Bolas, ele está ali pra quê?!?

Já o goleiro do Vasco, não é do Vasco é do Grêmio. Pelo menos, ele jogou com o uniforme tricolor: calção preto e camiseta azul e branca. Meio que assustou os atacantes colorados.

O eu mais irrita na torcida vascaína é que ela vaia o Vasco o tempo todo. É como se ela não soubesse que o time é uma droga. É, com certeza, uma torcida portuguesa.

Epa! Gol do Inter. Nilmar. Aí, a torcida do Vasco não vaiou.

Aos 22 minutos já do segundo tempofoi expulso um zagueiro do Inter. O time da colônia lusitana no Rio nem notou. Quando viu... Epa! Gol do Vasco. De bola mascada. Empate 1 x 1.

E lá se foi o jogo. resumo dessa ópera bufa: se tem um atacante no Brasil para jogar ao lado de Neymar na seleção do Dunga, esse cara é o Nilmar. Pode até nem dar certo, mas dá uma boa rima.

Sabe quem é mesmo que gosta de ver o Internacional jogar? A torcida do Grêmio. E eu, cada vez que vejo o Vasco, mais quero ver o Barcelona.

Pior, muito pior que assistir a um jogo Vasco x Inter é ver um árbitro brasileiro em campo. Eles nem precisam estar na gaveta; basta que apitem o que sabem.

E pior, muito pior que Vasco, Inter e arbitragem, tudo junto e misturado, são os comentaristas esportivos desse outrora País do Futebol. Inclusive, este redator que vos escreve nos estertores de mais um sábado. Que legado vos deixou essa Copa das Copas.

ETERNIDADE

Às vezes, eu contrario a mim mesmo e me puxo as orelhas, por ter tanta convicção da minha própria eternidade. Para mim, a vida não tem fim. Tenho plena certeza disso. Vou ficar pra semente. Mas morro de curiosidade para saber o que vem depois.

LEVY, O DECORATIVO

Pois, então... Dilma Vana se reuniu com Lula da Silva para se aconselhar sobre os cortes de R$ 70 bilhões no Orçamento e não convidou Joaquim Levy, o craque da Fazenda. Aí, o anúncio que estava sendo anunciado com a devida precaução e antecedência, foi feito em rede de TV, sem a presença de Joaquim Levy, o papa emérito do governo, já que o papa em exercício é Michel Temer. Ah, Levy, o que que há com o teu peru?!?

O PT do PMDB

Renan Calheiros do PMDB, manda no Senado; Eduardo Cunha, do PMDB, manda na Câmara; Michel Temer, do PMDB é o vice-mais presidente da República... Então é o seguinte, se o PT é a rainha da Inglaterra, o PMDB anda trocando o seu reino por qualquer cavalo.

ENTREMENTES...

O BNDES FICA MAIS RICO E NEBULOSO

Assim como quem não quer nada, a Embraer e a Odebrecht, menina espevitada dos olhos grossos do avarento e perdulário Partido que se vale dos Trabalhadores, abocanharam mais de 90% de todo a dinheirama que o Banco de Desenvolvimento Econômico e Social, o popular BNDES, investiu em republiquetas e ditaduras lá de fora.

Nesse bunga-bunga inatingível pelos organismos de defesa da população sem jogo de cintura, a Embraer embolsou mais de 1 bilhão de dólares e a Odebrecht enfiou a mão em mais de 850 milhões de moeda americana, coisa de mais de 2 bilhões e meio de bagarotes nacionais.

E acredite, se quiser, salvo terrível engano, o governo garante que ninguém intermediou essa negocialhada feita sob segredo de Estado.

As fontes contadoras da História Oficial empenham sua palavra de honra jurando que não há, nesse jogo de cartas altas e apostas maiores ainda, nenhum lobista, nenhum traficante de interesses.

Mas uma coisa os investigadores da Lava-Jato já estão carecas de saber: ninguém tem mais influência e prestígio e nem contatos de primeiro grau tão importantes na vida do BNDES como quem é, ou já foi presidente dessa República dos Calamares.

E assim é que você se dá conta por que Dilma Vana acaba de destinar, em plena recessão, um aporte de R$ 50 bilhões para os cofres folgados do BNDES e, só pra chatear, ainda vetou a quebra de sigilo dos financiamentos cometidos pelo glorioso e intocável Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Desenvolvimento $ocial.... dos que são tidos como seus melhores sócios.

25 de maio de 2015
Laoviah Raziel

TESTEMUNHO IMPRESSIONANTE DE EX-HABITANTE DA CORÉIA DO NORTE!




25 de maio de 2015

CORROÍDO POR DENTRO

Está sendo colocado em xeque o novo equilíbrio político no país com que a presidente Dilma imaginou atravessar os próximos 18 meses, até a eleição municipal, com a ascensão do vice Michel Temer à coordenação política do governo e a presença de Joaquim Levy no Ministério da Fazenda.

Essa estratégia, "uma mudança impressionante e, sobretudo, uma decisão correta, dado o fracasso da política econômica e do padrão de relacionamento com os partidos aliados que caracterizaram o período", na definição do cientista político Octavio Amorim Neto, Professor da EBAPE/FGV em artigo no mais recente número do Boletim Macro, uma publicação do IBRE-FGV, está sendo corroída por dentro da própria base aliada do governo, com o aparente estímulo velado do ex-presidente Lula, que atualmente faz um jogo duplo.

Ao mesmo tempo em que se reúne com a presidente Dilma antes do anúncio dos cortes de cerca de R$ 70 bilhões no Orçamento, libera seus mais chegados, como o senador Lindbergh Farias, para dinamitarem o programa do governo.

A estratégia identificada por Octavio Amorim Neto de Dilma, Lula e o PT darem "um passo atrás –delegar poder para dois “estranhos no ninho” – para, depois, tentar dar dois à frente, isto é, fazer a economia voltar a crescer a partir de 2017, de modo que o partido continue a ser competitivo na eleição presidencial do ano seguinte" está sendo contestada internamente pela impaciência dos que consideram que o projeto petista está sendo derrotado na opinião pública e exigem uma mudança radical, até mesmo com a saída de Levy.

Não foi à toa que o ministro da Fazenda contestado pela base petista não apareceu no anúncio oficial dos cortes no orçamento. Aproveitou-se de uma gripe e da explicação técnica de que Orçamento é questão do Planejamento para marcar sua ausência, num recado claro de que pode deixar o governo a qualquer momento se as pressões resultarem no fracasso do pacote de ajuste fiscal.

Levy Recebeu nos últimos dias o apoio da diretora do FMI Christine Lagarde, que fez comentários tão ingênuos sobre o Brasil, como quando comparou o teleférico do Morro do Alemão ao de estações de esqui na Europa, que demonstra estar desinformada sobre a nossa real situação.

Isso não invalida o fato de que a ingenuidade de Lagarde, se o ajuste não sair como o prometido, pode se transformar em sérias críticas, desencadeando um processo de revisão do grau de investimento do Brasil pelas agências de risco.

A estratégia que Octavio Amorim Neto define em linguagem militar, Dilma, Lula e o PT estão montando, "travando, uma batalha pela retaguarda e, simultaneamente, batendo em retirada, na expectativa de voltar ao ataque a partir de 2017", está sendo contestada abertamente por parte do PT, e indiretamente pelo próprio Lula, o que retira poder político do ministro da Fazenda "estranho no ninho".

O PMDB, comparado muito bem por Octávio Amorim Neto nesse artigo a "um exército mercenário que, dependendo do resultado do ajuste, poderá ou abandonar o PT ou aliar-se à oposição ou ficar ameaçando fazer as duas coisas o tempo inteiro", já anuncia suas críticas ao pacote de cortes, querendo impor ao governo um projeto que tem o apoio dos presidentes das duas Casas de reduzir o número de ministérios como maneira de cortar custos mais produtiva do que tirar recursos ou reduzir reduções em programas sociais.
Cortando ministérios e reduzindo o número de cargos de nomeação direta do governo federal, Renan Calheiros e Eduardo Cunha pretendem responder aos ataques de que agem com fins fisiológicos, mas na verdade estão mesmo querendo impor-se ao Palácio do Planalto.


25 de maio de 2015
Merval Pereira

FLAMENGO E BRASIL

Sou Flamengo e brasileiro. Nos últimos tempos, tenho sentido em relação ao clube as mesmas divisões que sinto em relação ao governo do Brasil. 
O Flamengo tem um time de uma mediocridade tão desoladora que me faz hesitar entre torcer para que não caia para a Segundona ou torcer para que caia de uma vez e aprenda com o choque da realidade. 
Da mesma maneira, a situação econômica me faz desejar que Dilma dê os passos corretos, mas sua performance me faz desejar que caia de uma vez, para recomeçarmos de outro patamar.

O Flamengo não consegue vencer um adversário sem um goleiro de fato. A Pátria Educadora, lembram-se da solenidade com que Dilma anunciou o slogan?, deixou as universidades federais do Rio em estado de miséria. 
Algumas foram tomadas pelo lixo, outra ameaça desabar. Como dar aulas e estudar numa atmosfera de decadência tão acentuada? 

O Flamengo fez um ajuste fiscal em 2013, mas até hoje não se viram os resultados no futebol, sua interface com milhares de torcedores. Além da terceirização, algumas medidas idênticas às de Joaquim Levy foram tomadas: aumento das taxas, redução de gastos. E no, entanto, na hora do gol, nada.

No caso do plano de ajuste brasileiro, o gol é a retomada do crescimento. Até o momento, só pensões e salários de pescadores foram atingidos. Esperam-se o corte do governo e aumento de impostos. 
Como fazer gols com pernas de pau? Como retomar o crescimento, aumentando a carga das pessoas que produzem e consomem? Mesmo deixando barato esse tipo de ajuste fiscal que não enxuga a gigantesca máquina do governo, observamos que as universidades estão assim antes dos cortes orçamentários. 

A partir de agora, será mais difícil criticá-las porque a incompetência vai se escudar num argumento poderoso: não há dinheiro. Assim como é difícil ganhar um certame nacional sem formar um time, será muito difícil retomar o crescimento com tanta gente mamando nas tetas do governo, uma pesada carga fiscal inibindo empreendedores e o absoluto desprezo pelo conhecimento, vital nas economias modernas.

Não mudo de time nem de país, mas entendo a impaciência de alguns jovens que veem a saída nos aeroportos. Está tudo muito confuso. As grandes expectativas do movimento de rua não têm correspondência no universo político. 
A oposição que propunha cortes de gastos aumentou as despesas votando o fim do fator previdenciário. 
E no front da luta contra a corrupção, deixou passar um bom momento para questionar o candidato ao Supremo Luiz Edson Fachin: todos os seus líderes expressivos trocaram a sabatina por uma homenagem a Fernando Henrique em Nova York.
O governo é um monstro de muitas cabeças batendo umas nas outras. A tática de deixar Dilma sangrar não funciona. Ela já perdeu vários quilos e continua dizendo bobagens com a maior tranquilidade. Uma delas é a decisão de manter uma política de partilha no pré-sal. 

Os chamados defensores da Petrobras criaram uma cláusula que obriga a empresa a participar de todos os projetos da Petrobras, inclusive as canoas furadas. Poderiam criar uma cláusula de preferência, deixando com a empresa a decisão de escolher os projetos em que deva participar, de acordo com seus recursos e a análise de risco.

A própria Petrobras, em documento enviado aos investidores americanos, admite que tem limitações para investir no pré-sal. E agora? Com preços baixos no mercado internacional e imagem negativa da empresa, como o pré-sal vai carimbar nosso passaporte para o futuro? 

É apenas mais uma promessa da pátria educadora com universidades em ruína. Quando você pondera sobre a política de partilha, a reação mais comum é considerar sua posição reacionária e entreguista. Se pudessem dissipar os véus da ideologia, escolheriam o melhor para o país.

Norberto Bobbio disse no seu livro definindo a esquerda hoje que um sistema estatal de aposentadoria digna é um marco divisor com a direita. No Brasil, sinto que o respeito aos que trabalharam é universal no espectro político: direita, esquerda e centro.
Ideias generosas como aumentar os gastos com os aposentados precisam respeitar as leis do capitalismo. De onde virá o dinheiro para nossas bondades? Joaquim Levy tem uma ideia: impostos que sobrecarregam empresas e trabalhadores ativos.

Tanto essa história do papel da Petrobras no pré-sal como a do fim do fator previdenciário estão cheias de boas intenções: defender a economia nacional, proteger nossos simpáticos velhinhos. Mas, na prática, conseguem o contrário do pretendem: prejudicam a Petrobras e colocam em xeque o fundamento de um sistema previdenciário digno: sua sustentabilidade.

Quando volto da estrada, aos domingos, vejo um futebol. Vou trocar o hábito por um vídeo de clássicos europeus. Você pode dar um tempo na relação com seu time, mas não com o país. Talvez por estar viajando, não conheça bem todos as variáveis em jogo. Mas sempre que paro para ler e pensar, pergunto-me para onde estamos indo como país. Penso na Segundona, aqueles campos meio pelados, a luz fraca dos estádios. É isso que nos espera?

25 de maio de 2015
Fernando Gabeira

SAI O TREM-BALA, ENTRA O TREM CHINÊS

A máquina de propaganda do governo e a doutora Dilma têm um especial carinho por trens. Em 2004 Nosso Guia perfilhou um projeto de ligação ferroviária entre o Rio e São Paulo. Era o trem-bala. Faria percurso de 500 quilômetros em 90 minutos, cobraria o equivalente a R$ 120 e nada custaria à Viúva. Ficaria pronto para a Copa de 2014. 

Atrasando, era certo que rodasse em 2016 para a Olimpíada. Deu em nada. Ou melhor, deu em parolagem e pariu uma empresa estatal, a EPL. Quando o projeto naufragou, surgiu a palavra mágica ouvida por Machado de Assis em 1883: “lingu”. 
Ele não esclareceu o que isso queria dizer, mas talvez significasse “investimento”: os chineses bancariam o projeto do trem-bala. Pouco depois um mandarim explicou: “Pedir que uma empresa chinesa assuma um risco tipicamente governamental é uma grande piada”.

Antes do desembarque do primeiro-ministro chinês Li Keqiang, saiu da caixa de mágicas do Planalto o projeto de uma ferrovia transoceânica ligando o Atlântico brasileiro ao Pacífico peruano. Teria 4.400 quilômetros. Nas palavras da doutora Dilma “ela atravessará os Andes”. Custaria entre US$ 5 bilhões e US$ 10 bilhões.


As dúvidas foram desfeitas quando o companheiro Li assinou 53 acordos com a doutora. Na mesa havia apenas o interesse mútuo de começar os estudos básicos da viabilidade do projeto. A ferrovia que iria do litoral brasileiro ao peruano era um exagero. 
O memorando assinado cuidava apenas da conexão da linha Norte-Sul, que iria de Campinorte, em Goiás, à costa peruana. A linha para o litoral atlântico é uma tarefa brasileira. Se tudo der certo, esse estudo deve ficar pronto em maio de 2016. O que era um estudo básico para analisar a viabilidade do projeto virou uma ferrovia que “atravessará os Andes”.

Cuidando dos seus interesses, os chineses assinaram diversos compromissos, compraram aviões, alugaram navios e arremataram um banco. Todos esses negócios são bons para eles e para o Brasil. Não havia por que botar o “lingu” de Machado de Assis numa ferrovia transoceânica.


A agenda chinesa é sempre precisa. Em geral eles querem recursos naturais e proteínas. Além disso, vendem serviços, bens e máquinas. Jogo jogado. A isso junta-se um interesse do Império do Meio de fornecer sua mão de obra para os projetos onde põe dinheiro. São mais qualificados, conhecem a empresa e às vezes custam menos. 
Há cinco anos eram 740 mil, de Angola ao Uzbequistão. Obras chinesas no Brasil já tentaram importar operários mas foram barradas. Esse pode vir a ser um bom debate, pois o que é preferível, um pasto goiano com 50 vaqueiros ou a obra de uma ferrovia com 500 chineses e 500 brasileiros?

Esse item da agenda chinesa chamou a atenção de Machado de Assis. Em 1883, quando o andar de cima queria imigrantes para substituir a mão de obra escrava, chegou ao Rio o mandarim Tong King-sing. Veio acompanhado de um secretário negro, fez o maior sucesso com suas roupas e foi recebido por D. Pedro II. O imperador disse-lhe que não tinha simpatia por seu projeto e, no melhor estilo chinês, ele foi-se embora.


À época, comentando a visita do mandarim, Machado de Assis escreveu uma cronica, transcrevendo uma carta que teria recebido dele. Esclareceu que preferiu manter a grafia do autor.


A certa altura, como se fosse hoje, Machado/Tong escreveu:
“Xulica Brasil pará; aba lingu retórica, palração, tempo perdido, pari mamma.”


Uma aula sobre o falecido Trem-Bala


Ainda não se conhecem as fantasias que acompanham a ferrovia Transoceânica, mas está na rede uma detalhada narrativa do que foi a maluquice do trem-bala de Lula e Dilma. É a reportagem “Um trem para Bangladânia”, de Leandro Demori. (A mistura de Bangladesh com Albânia é um neologismo criado pelo professor Mario Henrique Simonsen.)

Ele foi das raízes do sonho do trem de alta velocidade até a morte do projeto da empresa italiana que vendeu a novidade ao governo. Nela havia planilhas mágicas e um roteiro inexplicável, pois o trem não parava ao longo do percurso. O primeiro administrador do projeto, José Francisco das Neves, o “doutor Juquinha”, dormiu umas noites na cadeia, por malfeitos cometidos na ferrovia Norte-Sul, aquela que cruzará com a Transoceânica.

O repórter Leandro Demori trabalhou 11 meses no assunto, conversou com 30 pessoas e colheu documentos brasileiros e italianos. Conseguiu o apoio da Contributoria, uma plataforma independente ligada ao jornal inglês “The Guardian” e seus leitores. Quem quiser pode inscrever seus temas. 

Os leitores do “Guardian” votam, e quem não for assinante do jornal deve pagar US$ 3 por mês para participar das escolhas. A ajuda é dada relacionando-se o número de votos que o tema recebeu e a quantia que o jornalista pede. Aprovado o financiamento, o beneficiado vai à luta e fica livre para colocar o texto onde quiser. 
Demori preferiu hospedar seu texto na plataforma Medium, de Ev Williams, o criador do Twitter.
Os repórteres, como o Fantasma das Selvas, são imortais.

Andar de cima


Não se conhece uma só voz saída da banca para condenar o ajuste fiscal enquanto ele avançou sobre despesas que beneficiavam desempregados, pensionistas e aposentados.
Agora que a doutora acrescentou ao ajuste a pimenta da taxação dos lucros bancários, será interessante entender a reação dessa tão fiel torcida.

Renato Duque


A entrada do filho de Renato Duque na roda do dinheiro e das investigações da Lava-Jato assustou o comissariado.
O ex-diretor de serviços da Petrobras seria o arquivo que guarda as conexões do PT e de alguns de seus comissários com as petrorroubalheiras.
O “amigo Paulinho” só concordou em colaborar com o governo quando os investigadores mostraram-lhe que envolvera familiares em práticas criminosas. Até então, o PT considerava “satisfatórias” as patranhas que ele contava.


A Lava-Jato já custou a Renato Duque uma coleção de arte de novo rico e o equivalente a R$ 68 milhões depositados em Mônaco. Sua defesa diz que esse dinheiro não é dele. Amanhã, Eremildo, o Idiota, pretende se habilitar à sua titularidade.

Choque à vista


O senador Renan Calheiros e o deputado Eduardo Cunha, ilustres figuras da lista de parlamentares investigados pelo Ministério Público, decidiram jogar pesado contra a possível recondução de Rodrigo Janot ao comando da Procuradoria Geral da República.
Rejeitá-lo, caso seja indicado pelo Planalto, além de ser uma imensa carapuça, poderá levar a uma inédita mobilização do Ministério Público, refletindo-se em setores do Judiciário, inclusive em seus gaveteiros.


25 de maio de 2015
Elio Gaspari

COMO TEM IDIOTA SOLTO NESTE BRASIL

É claro que o Brasil é um país repleto, completo e lotado de idiotas. Os piores, os mais desprezíveis idiotas do planeta resolveram estabelecer raízes no Brasil.


Mas seria ótimo se o mal dos brasileiros, referindo-me à maioria porque até a merda contém uma pequena parcela aproveitável que pode se transformar em adubo para plantas, fosse apenas a idiotia, uma deficiência que em geral só prejudica seu portador. Um idiota é uma pessoa inútil para si própria, não cheira nem fede.


O mal maior do povo brasileiro é ser um povo de má índole. O povo brasileiro é aquilo que no nordeste, onde nasci por extremo azar, se chama de cabra ruim, cabra safado ou cabra da peste.


Quando no nordeste alguém é alcunhado de cabra ruim ou cabra da peste, está feito o julgamento final do indivíduo, sem apelação. Um cabra da peste é um indivíduo sem moral, desonesto, traidor, bagunceiro, sem escrúpulos, sem nenhuma noção de civilidade, enganador, mentiroso, safado, ladrão, insensível ao fedor que emana de si mesmo.


Se alguém ai nesse debate de bêbados está pensando que eu acabei de descrever um petista, um esquerdista ou um comunista, acertou, porque todos aqueles que assume essas condições são cabras safados, cabras da peste.


No Brasil há dois tipos de cabras safados ou cabras da peste: os que mandam e os que obedecem. Os que são eleitos e os que os elegem. São a maioria e por isto o país está indo direto e em alta velocidade para a merda, porque o destino de gente tão ordinária não pode ser outro que não a merda. A merda aqui não quer dizer apenas bosta, fezes, cocô, não, a merda aqui significa algo como o inferno descrito por Dante em sua Divina Comédia.


A merda aqui significa o que ocorreu na Lagoa, Rio de Janeiro, semana passada, quando dois filhotes de cabras safados assassinaram friamente um homem de bem, um médico e pai de família, para roubar-lhe uma bicicleta. Poderiam simplesmente ter levado apenas a bicicleta e deixado o homem vivo para continuar sua vida de salvador de vidas. Não, não, se não concluir o ato ignóbil com o assassinato frio e covarde, não ficarão felizes. Somente o sangue dos inocentes deixa esses cabras safados felizes.


Fatos como este da Lagoa ocorrem rotineiramente em todo o país a todo momento. Significa isto que o país já está na merda, e não a caminho dela. Em outras palavras bem apropriadas: o Brasil está simplesmente fodido e os brasileiros que prestam mal pagos. Os brasileiros que prestam foram simplesmente estruprados por essa cambada de cabras safados fantasiados de vermelho com essa maldita estrela comunista na testa.


Quando alguém do outro lado se revolta e começa um movimento para reconquistar sua dignidade humana, seus direitos, sua honra estruprada, logo aparecem cabras safados defensores do caos para rotulá-los de “idiotas, abestalhados, ignorantes” e outros adjetivos aplicáveis a si próprios.


Esses camafonjes adoram chafurdar na lama fétida de seu próprio mau caratismo. Detestam, por exemplo, os militares, quando deveriam adorá-los e agradecer-lhes de joelhos pelo fato dos militares não terem feito com eles o que Fidel Castro, seu ídolo, fez com os cubanos de bem quando usurpou o poder em Cuba num ato de violência extrema, fuzilando-os ou encarcerando-os em masmorras infectas. Basta um trapo como estes se declararem admiradores de Ficel Castro para constatarmos sem nenhuma dúvida tratar-se de um cabra safado ou cabra da peste.


O Brasil já está na merda da qual dificilmente sairá. É o maior exemplo de fracasso entre os países do planeta. Fracasso vergonhoso, porque quando um país que não dispõe de recursos naturais, território vasto, terras férteis e clima favorável não consegue se desenvolver, isto pode ser atribuído às condições adversas em que foi estabelecido.


Não é o caso do Brasil que tem tudo isto mas falta-lhe o principal: cérebros saudáveis. Os cérebros saudáveis produzidos pelo Brasil ou estão no exterior ajudando os países que os acolheram a progredir sempre mais ou permaneceram inaproveitados no país, muitos deles sendo tachados de direitistas e golpistas. Ser inteligente e saber pensar hoje no Brasil é ser um direitista golpista. A mediocridade hoje é a marca registrada do Brasil.


Enquanto isto a presimerda assina uma lei vetando a derrubada do sigilo das operações fraudelentas do BNDES para países falidos dominados por ditadores comunistas, um corte de R$ 69 bilhões de reais em investimentos em educação, saúde e moradia e deverá assinar esta semana a aprovação de um aumento de salários dos picaretas da “justiça” de nada mais nada menos que 78%. SETENTA E OITO POR CENTO!!! Deve ser o medo de ser presa, por isto já está preparando o terreno deixando essa camarilha de venais satisfeita.


Um país onde um sujeito insignificante como o Exu de Nove Dedos planeja e executa um golpe que deixou o país falido, suas instituições desmoralizadas e ainda está por ai flanando livre, leve e solto e ainda por cima arrotando arrogância e ameaçando botar nas ruas o “exército” do Stédile para decepar com suas foices e facões as cabeças dos brasileiros que prestam, só poderia estar mesmo na MERDA!


25 de maio de 2015
Otacílio M. Guimarães

A FARRA EMANCIPACIONISTA

Anuncia-se para os próximos dias mais uma marcha de prefeitos. É o convescote anual que reúne em Brasília o lobby de chefes do Executivo municipal em torno do invariável objetivo de tentar tirar mais verbas da União. Em geral, para equacionar uma conta que não fecha — aquela em que, na confrontação entre orçamento e gastos públicos, não raro incompatíveis com a realidade administrativa, o caixa das prefeituras sempre leva a pior.

Como nos outros anos, esta 18ª edição da chamada Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios tem um mantra explícito: a pressão para destravar o projeto de redistribuição dos royalties do petróleo, questão na órbita do STF. Mas outro tema, desta vez aparentemente não declarado, invariavelmente embala esses atos de constrangimento — a criação de novos municípios. O recente (e correto) veto da presidente Dilma à última investida emancipacionista via Congresso, no fim do ano passado, é combustível para essas manifestações.

A redivisão municipal do país foi uma das demandas reprimidas que a Carta de 88 procurou resolver. Mas, a um primeiro momento de necessária acomodação territorial, seguiu-se um período de explosão emancipacionista que, em sua grande maioria, não mais tinha a ver com ajustes administrativos. Dizia respeito a interesses cartoriais ou clientelistas, estimulando a criação de currais eleitorais, à custa de enormes gastos públicos, de tal forma que alguns anos depois criou-se uma barreira constitucional contra a farra. Desde então, o lobby municipalista tentou derrubar no Congresso esse limitador, o último deles vetado em dezembro.

A realidade administrativa e orçamentária da maioria dos municípios desmembrados é argumento definitivo contra o emancipacionismo indiscriminado. O orçamento de no mínimo 90% deles depende diretamente de repasses do Fundo de Participação dos Municípios. Como fator adjacente, o desmembramento de cidades implica a reprodução, neles, de praticamente toda a estrutura político-administrativa dos demais entes federativos (Câmaras legislativas, secretarias, organismos públicos em geral e a consequente contratação de pessoal — leia-se, inchaço de gastos com pagamento de vencimentos).

E também é falso o argumento de que a criação de novos municípios não aumenta despesas públicas. Por exemplo, como decorrência de pressões no auge do movimento de 2014 pela flexibilização das regras de desmembramento, o Senado aprovou a elevação do percentual dos recursos do FPM — com reflexos óbvios no caixa da União. E, ainda que, em tempos de ajuste, novas bondades sejam congeladas, multiplicar o número de municípios beneficiados pelo Fundo, além de não viabilizar economicamente os novos entes, reduz o valor das cotas destinadas aos já existentes, agravando-lhes os déficits orçamentários. Em tudo, trata-se de farra contraproducente.


25 de maio de 2015
O Globo

A LUTA PELA LIBERDADE


O experimento político ao qual a Venezuela tem estado submetida durante 16 anos vem se degradando com o vaivém das circunstâncias. A aventura política que começou como uma mistura idiossincrática de populismo, ressentimento social e autoritarismo se converteu em um regime desprestigiado, arbitrário e impopular.

Enquanto os preços do petróleo no auge permitiram, a repartição de subsídios garantiu simpatias ao socialismo do século XXI, anunciado por Hugo Chávez. Agora, com a economia em crise, e a pobreza aumentando, comprova-se que o socialismo rumo ao qual se pretende fazer a transição não é o socialismo democrático, como o que existe nos países escandinavos. A versão bolivariana é o denominado socialismo real que existiu na Alemanha Oriental até 1989, cuja instituição emblemática era a Stasi, a polícia secreta.

A cópia tropical desse modelo produz caos econômico, deterioração social, atropelo das liberdades individuais e repressão.

Sua forma de debater é a insolência e o insulto. Sua atitude em relação aos meios de comunicação independentes é com o propósito de destruí-los. Sua resposta aos que discordam da política governamental é criminalizá-los.

A incompatibilidade entre essas maneiras de conceber o socialismo adquiriu relevância em meio à decisão do ex-presidente do governo espanhol Felipe González de participar da defesa judicial de Leopoldo López e Antonio Ledezma, os presos políticos mais proeminentes da Venezuela. Esta iniciativa tem o respaldo do PSOE, e de estadistas latino-americanos como Fernando Henrique Cardoso, do Brasil; Ricardo Lagos, do Chile; e Andrés Pastrana, da Colômbia, que se ofereceram para acompanhar Felipe González em Caracas.

As autoridades venezuelanas reagiram a esse gesto humanitário com virulência, por considerarem que a defesa dos presos políticos é uma tentativa de desestabilizar o governo. A Assembleia Nacional, presidida por Diosdado Cabello, declarou González persona non grata na Venezuela. O Ministério das Relações Exteriores informou à Embaixada da Espanha em Caracas que González não é bem-vindo e que o governo não lhe forneceria segurança durante sua visita.

Esse episódio não constitui uma intromissão nos assuntos internos da República Bolivariana. Em nível internacional, foi posta em marcha uma manifestação de indignação pela violação sistemática dos direitos humanos por parte de Nicolás Maduro e seus sequazes. A União Europeia, as cortes espanholas e os parlamentos de Brasil, Colômbia e Chile aprovaram resoluções a favor da liberdade de López, Ledezma e dos demais presos políticos.

Na Venezuela, estão sendo revividas as batalhas anteriores contra as ditaduras de Juan Vicente Gómez e Marcos Pérez Jiménez. É um capítulo adicional do que aconteceu no Cone Sul nos anos 70. Os déspotas de então invocavam a segurança nacional. Os de agora se protegem na retórica anti-imperialista.

O enfrentamento entre os valores da democracia liberal e a opressão não serve para a adoção de posições ambíguas. A origem da controvérsia é nada menos que o tema da liberdade.

25 de maio de 2015

O MITO DOS 342 VOTOS DO GOVERNO: A VERDADEIRA FORÇA DE DILMA ROUSSEFF




Quando se fala em impeachment e Câmara, algumas coisas precisam ser levadas em conta:
Existem os partidos da base aliada do governo, existem os partidos de oposição, existem os partidosindependentes, existem os blocos partidários de oposição, existem os blocos partidários de governo e existem os blocos partidários que envolvem partidos de oposição e governo, além dos deputados independentes que formalmente podem ser contabilizados em oposição ou governo.
Uma votação recente que expõe a força do governo no início do mandato, da oposição e dos deputados independentes:
Eleição de Eduardo Cunha para presidente da Câmara:
Cunha: 267 votos
Delgado: 100 votos (candidato da oposição)
Chinaglia: 136 votos (candidato do governo)
A primeira constatação da votação de Cunha é que quando a base e o governo brigam, quem sai perdendo é o governo. 
A segunda é que somando insatisfeitos do governo com os votos que o candidato de oposição obteve temos 367 votos não alinhados com o governo Dilma. A presidência da Câmara envolveu articulação direta dos ministros e até hoje tem reflexos nas nomeações do segundo escalão (que ainda não saíram).
Dos 28 partidos com representação na Câmara, apenas nove integraram a chapa de Dilma Rousseff, são eles:
PT, PMDB, PSD, PP, PR, PROS, PDT, PCdoB e PRB que ao todo somam 304 deputados.
Já a coligação que apoiou Aécio Neves possui outros nove partidos, são eles:
PSDB , PTB , DEM, SD, PTN, PMN, PEN, PTC e PT do B que somam 128 deputados.
Temos ainda a coligação que apoiou Marina Silva que possui quatro partidos, são eles:
PPS, PSB, PRP e PHS que ao todo somam 52 deputados.
Graças ao lulismo, quando pensamos em oposição lembramos apenas do PSDB, DEM e PPS e esquecemos dos partidos independentes. Nesta legislatura, o PSC (com exceção do deputado Silvio Costa) e o Solidariedade integram formalmente a oposição sem fazerem parte do bloco de atuação PPS-DEM-PSDB. Já os partidos independentes formam blocos com os partidos do governo apenas para composições em Comissões da Câmara, são eles:
PTB, PHS, PEN, PTN, PMN, PRP, PSDC, PRTB, PTC, PSL e PTdoB que somam 51 deputados. Se contabilizarmos o PSB e o PV como independentes a bancada chega a  91 deputados.
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Portanto, quando formos falar em impeachment, não podemos cair no erro de contabilizar qualquer deputado que não é do PSDB, DEM e PPS como governo. O governo Dilma é fraco, um exemplo gritante foi a votação da MP do ajuste fiscal, se não fosse a traição de 8 deputados do DEM, a MP não teria sido aprovada!
Quem acompanha a Câmara não cai na conversa de que o governo possui maioria avassaladora que impediria o impeachment, mas para quem não acompanha, o Estadão disponibiliza um infográfico com a força do governo em todas as votações, é o Basômetro. Nele, podemos ver que desde o início do segundo mandato de Dilma Rousseff “Em 95 votações, 349 deputados votaram com o governo em50% das vezes ou mais; e 178 menos de 50%” e essa ainda é uma constatação inchada da força do governo Dilma Rousseff, pois de acordo com o Basômetro a oposição votou com o governo em cerca de 1/3 dessas 95 votações junto com os partidos independentes. Ou seja, o governo conta hoje commenos deputados na Câmara do que os 304 que compuseram a coligação da eleição!
Dia 27/05 a Marcha pela Liberdade chega em Brasília para pedir o impeachment de Dilma Rousseff. A desinformação a serviço do governo e dos oposicionistas que não querem o impeachment está a todo vapor. Não seja cúmplice de quem quer salvar o governo Dilma Rousseff. Hoje, segundo o último Datafolha, existem mais pessoas que querem o impeachment do que eleitores do PSDB.
É dever dos políticos eleitos com o voto de oposição representarem a oposição, não o contrário. Quando uma estratégia furada de “fazer sangrar” o governo não agrada a população, são os políticos que devem rever sua atuação, não os eleitores que devem seguir bovinamente os políticos. A oposição somos nós!
Impeachment Já! O resto é conchavo!
25 de maio de 2015
in reaçablog

A FARSA DE AÉCIO NEVES E REALE JR.

Entenda a pizza preparada pelos tucanos

O ERRO DA “ESTRATÉGIA DA OPOSIÇÃO”
Há um ponto que está sendo desconsiderado nessa “estratégia da oposição” de pedir investigação de Dilma à PGR por crime comum. Não sei o que o Dr. Miguel Reale Jr. colocou em sua petição, mas há algo muito estranho nessa estratégia: é que as pedaladas fiscais NÃO SÃO crimes comuns, são crimes de RESPONSABILIDADE.
E, por expresso mandato constitucional, os crimes de responsabilidade SÓ PODEM ser investigados no processo de impeachment, que corre perante o Senado.
O STF só é competente para investigações por crime comum, não por crime de responsabilidade, mas as pedaladas SÃO CRIMES DE RESPONSABILIDADE, não comuns.
Vejam o que diz a Constituição:
“Art. 85. SÃO CRIMES DE RESPONSABILIDADE os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra:
[…]
V – a probidade na administração;
VI – a lei orçamentária;
VII – o cumprimento das leis e das decisões judiciais.
Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, OU PERANTE O SENADO FEDERAL, NOS CRIMES DE RESPONSABILIDADE.
§ 1º O Presidente ficará suspenso de suas funções:
I – nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal Federal;
II – NOS CRIMES DE RESPONSABILIDADE, APÓS A INSTAURAÇÃO DO PROCESSO PELO SENADO FEDERAL”.
Vejam que a estratégia da oposição está errada até aí: não adianta pedir investigação à PGR por crime comum, pois as pedaladas SÃO CRIMES DE RESPONSABILIDADE, só passíveis de processamento por impeachment, sendo jurisdição competente o Senado Federal.
O Tribunal de Contas da União, no Acórdão TC nº 0992/15, não falou em crime comum, mas apenas que houve VIOLAÇÃO da Lei de Responsabilidade Fiscal em três de suas proibições. Vejam:
“32. Uma vez caracterizados como operações de crédito, tais procedimentos violam restrições e limitações impostas pela LRF.
33. Primeiro, porque, no que se refere aos recursos disponibilizados pela Caixa e pelo BNDES, envolvem instituições financeiras públicas controladas pelo ente beneficiário dos valores, contrariando o art. 36 da LRF, segundo o qual é “proibida a operação de crédito entre uma instituição financeira estatal e o ente da Federação que a controle, na qualidade de beneficiário do empréstimo ”. Depois, porque não atendem às formalidades requeridas no art. 32 da referida lei, em especial a necessidade de prévia e expressa autorização no texto da lei orçamentária para sua contratação, estabelecida no inciso I do § 1° do referido artigo. E, ainda, porque, circunstancialmente, infringem a vedação do art. 38, inciso IV, alínea “b”, da Lei, que proíbe a contratação de crédito por antecipação de receita no último
mandato do Presidente da República”
No que nos interessa, foram três as violações detectadas pelo TCU:
1. Realização de operação de crédito entre uma instituição financeira estatal e o ente da Federação que a controla (violação do art. 36 da LRF);
2. Realização desta operação de crédito sem a prévia e expressa autorização no texto da lei orçamentária (violação do art. 36, §1º, I da LRF)
3. Contratação de crédito por antecipação de receita (violação do art. 38, IV, “b” da LRF)
E estes três atos violadores são que crimes?
Justamente os crimes de responsabilidade contra a Lei de Responsabilidade Fiscal, definidos na Lei 1.079/50 (Lei dos Crimes de Responsabilidade), mais especificamente no art. 10º, nºs 6 e 9, incluídos pela Lei 10.028/2000 (justamente a Lei que estabeleceu os crimes fiscais depois da LRF) e art. 11, nº 3. Vejam:
“Art. 10. São crimes de responsabilidade contra a lei orçamentária:
6) ordenar ou autorizar a abertura de crédito em desacordo com os limites estabelecidos pelo Senado Federal, sem fundamento na lei orçamentária ou na de crédito adicional ou com inobservância de prescrição legal;
9) ordenar ou autorizar, em desacordo com a lei, a realização de operação de crédito com qualquer um dos demais entes da Federação, inclusive suas entidades da administração indireta, ainda que na forma de novação, refinanciamento ou postergação de dívida contraída anteriormente;
Art. 11. São crimes contra a guarda e legal emprego dos dinheiros públicos:
3 – Contrair empréstimo […] ou efetuar operação de crédito sem autorização legal.”
Portanto, as “pedaladas fiscais” são crimes de responsabilidade, definidos na Lei 1.079/2000. NÃO SÃO CRIMES COMUNS.
Agora, se NÃO SÃO crimes comuns, como é que a oposição vai pedir investigação por crime comum?
E se SÃO crimes de responsabilidade, como é que a oposição não pede impeachment, já que esses crimes só podem ser processados no impeachment, perante o Senado (por ordem da própria Constituição, art. 86, parte final e §1º, Inciso I)?
Entendem porque isso é enganação pura? O pedido deverá ser negado justamente por isso e muito me admirará se for diferente.
É como se alguém cometesse difamação e o Ministério Público fosse investigá-lo por homicídio. São coisas totalmente diversas e por isso mesmo o inquérito seria arquivado.
Aécio Neves
Aécio Neves

25 de maio de 2015
Taiguara de Sousa
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