Parte do PSDB paulista está em pleno movimento para retirar de Aécio Neves o direito de, escorado em 51 milhões de votos, ser o candidato natural para enfrentar Lula em 2018. Para isso, há quem jogue limpo e há quem nem tanto. É de São Paulo que vem, por exemplo, o ataque sistemático e organizado contra Aécio, responsabilizando-o por não haver um pedido de impeachment contra Dilma Rousseff, quando a decisão foi tomada por toda a Oposição, baseada em parecer jurídico que indicou a ação penal por crime comum como o caminho mais viável para chegar ao impedimento da presidente.
Os paulistas dizem que a expressiva votação de Aécio Neves naquele estado foi uma votação anti-PT. Ora, o mesmo pode-se dizer da votação de Geraldo Alckmin, que foi reeleito governador. Afinal de contas, ele foi derrotado para a prefeitura de São Paulo em 2008, nem chegando ao segundo turno. Isso ocorreu logo após ele ter sido derrotado em 2006, na calamitosa campanha presidencial que reelegeu Lula em pleno Mensalão. Também foi anti-PT o voto em José Serra, que havia perdido a eleição para Haddad em 2012, obtendo consagradora votação para o Senado em 2014. O antipetismo não escolhe cargo. Pau que bate em Aécio, também bate em José e Geraldo.
Hoje uma matéria dá conta que os "alckimistas" querem ter mais participação na direção do partido. Que houve um "acerto" com Aécio. Aceitam que ele seja a Rainha da Inglaterra, continuando como Presidente, mas querem a vice-presidência, a secretaria geral e a tesouraria, como se o resto do país não existisse. A matéria deixa implícito que parte do PSDB paulista quer Alckmin como candidato em 2018, mas que a briga agora é para tomar o partido. Da parte do governador, ainda não veio declaração alguma a respeito, a não ser o flerte com o PSB, que engoliu o PPS e que terá Marta Suplicy como candidata à prefeitura paulistana em 2016. Mas a "assessoria" está entrando de sola na campanha e jogando pesado, muito pesado. Basta olhar de onde saem os ataques contra Aécio Neves.
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ResponderExcluirPRESTENÇÃO
Um repórter da Globo
Chegou ao interior de Minas
E viu descendo da colina
Um homem do povo
Então logo parou
E se apresentou
Pedindo para entrevistá-lo
E meio sem graça
O caipira que passava
Se pôs a escutá-lo.
O senhor acha que corrupto
Deve ir para a cadeia?
Aí seu moço vareia
Respondeu o matuto
Que ajeitando a cangalha
Fumava cigarro de palha
Na frente de um boteco
E tinha na mão
Um balde com
Água para o jumento.
Varia por quê?
Insistiu o repórter
Tudo é conforme
O partido docê
Se for da base aliada
Vai ser preso por nada
Mais se for do PSDB
Pode robá à vontadi
Porque num tem otoridadi
Que vai ponhá a mão nocê.
Aqui na roça
Nóis fica miúdo
Porque tem gatuno
Que abastece carroça
Cum gasolina aditivada
E até as vaca
Entra na dança
Elas ganha caderno
Uniforme e chinelo
Como se fosse criança.
O senhor teria coragem
De dizer quem são
Os corruptos que estão
Praticando gatunagem?
Prestenção seu moço
Sô caipira mais num sô bobo
Parece que o senhor num entendeu
Porque um dos político mais torto
Construiu aquele aeroporto
Adonde o senhor desceu!
Eduardo de Paula Barreto
25/05/2015
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Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirComo vai Eduardo!
ResponderExcluirA título de brincadeira, o tal repórter da Globo esqueceu-se de perguntar ao caipira se ele recebia "bolsa família"... (rsrsrs)
Seriamente agora, o que me parece difícil de ser entendido, é que diante das críticas acerbas que são feitas ao PT e ao seu maior líder, não isenta os demais Partidos - e o mensalão, bem como o petrolão tem mostrado isso, com destaque para o PSDB, segundo maior partido "oposicionista".
Cuida-se, porém, de jamais em toda a história republicana, ter-se verificado um assalto de tamanha proporção. Esse é o grande nó da questão política atual. Ninguém em sã razão pode acreditar em qualquer Partido, salvo algum 'marciano' recém chegado ao planeta.
Verdadeiramente pode-se afirmar sem receio de errar, que partidos no Brasil são agremiações de interesses privados, que facilitem o acesso aos bens públicos, ao poder, as mordomias, ao nepotismo.
Interessante que algumas vezes se confunda críticas ao PT como se indiretamente houvesse algum interesse em louvar algum partido, especialmente em defesa do PSDB, seu maior opositor.
Não. Critica-se uma oligarquia sindicalista que se apropriou do poder, aparelhando o Estado, para que o mesmo servisse aos seus interesses, ou seja, o velho patrimonialismo.
A história do caipira é boa..