O Planalto reagiu à ala do PT que passou a bombardear o ajuste fiscal e acelerou a entrega de cargos para o PMDB. Aloizio Mercadante (Casa Civil) ligou para Lindbergh Farias (PT-RJ) e avisou que o senador ficará isolado se insistir na campanha contra o pacote.
Já a equipe de Michel Temer cobrou de ministros rapidez nas nomeações pedidas pelo líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), relator do projeto da desoneração — considerado crucial para as contas do governo.
O PMDB aproveitou a deserção de Lindbergh para aumentar a pressão sobre o PT. Em reunião com Joaquim Levy (Fazenda) e Temer, o líder Eunício Oliveira (PMDB-CE) ironizou: “Eu voto com o PT!”.
Aliados de Temer acionaram Edinho Araújo (Portos) para cobrar a nomeação do indicado de Picciani para o comando da Companhia Docas do Rio. O ministro avisou que já havia liberado o apadrinhado para o conselho do órgão.
SURPRESA!
Nos bastidores, os articuladores políticos de Dilma Rousseff admitem que não esperavam o adiamento da votação do projeto da desoneração nem a campanha de petistas contra o pacote econômico.
Depois de votar contra as mudanças no fator previdenciário a pedido do Planalto, o PT da Câmara ficou irritado com o movimento de senadores que pedem que Dilma sancione o item. Alertam que os deputados da base vão se rebelar se a presidente não vetar a medida.
APOIO DE SOBRA…
Paulinho da Força (SD-SP) conseguiu 203 assinaturas de deputados para a emenda que quer proibir a recondução de Rodrigo Janot à Procuradoria-Geral da República — bem mais que as 171 necessárias para que seja apresentada na Câmara.
25 de maio de 2015
Vera Magalhães
Folha
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