"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

LULA x PORTUGAL TELECOM

Luiz Inácio Lula da Silva x Portugal Telecom - YouTube

www.youtube.com/watch?v=rL4OpDFS61g





24 de fevereiro de 2015

EX-MINISTRO É HOSTILIZADO



GUIDO MANTEGA É HOSTILIZADO EM HOSPITAL DE SÃO PAULO
REVOLTADOS, CLIENTES DE HOSPITAL INSULTAM EX-MINISTRO DA FAZENDA




EX-MINISTRO DEU MEIA VOLTA E SAIU DO HOSPITAL ALBERT EINTSTEIN. 

FOTO: CAPTURA/YOUTUBE DIÁRIO DO PODER


Atual presidente do Conselho de Administração da Petrobras e ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega foi expulso do hospital Albert Einstein, em São Paulo (assista abaixo), por gritos de outras pessoas que aguardavam atendimento. 
Algumas das pessoas que estavam na lanchonete do hospital, ao verem Mantega começaram a hostilizar o ex-ministro: aos gritos mandavam Mantega "ir para o SUS" e perguntavam se ele não tinha “vergonha na cara”, além de outros insultos. 
Visivelmente constrangido, o ex-ministro da Fazenda deixou a cena rapidamente. 

Ex-Ministro Guido Mantega é expulso de hospital Albert Einstein (flagra) -Primeira mão

Esse é o segundo constrangimento pelo qual Mantega passa, no final de 2014 ele também teve de deixar um um bar paulistano às pressas sob severos xingamentos de clientes do estabelecimento. 
Procurado na Petrobras, o ex-ministro não se pronunciou sobre o caso desta semana. 
A assessoria da estatal não localizou o ex-ministro e, até o fechamento desta matéria, não quis comentar o caso.

24 de fevereiro de 2015
in diário do poder

CASO HSBC: O JOIO E O TRIGO

O joio é um vegetal parecidíssimo com o trigo, que nasce nos mesmos lugares. Só que, em vez de benéfico, é daninho. Quem planta trigo precisa separar o joio, para não estragar a colheita. Quem faz jornalismo, também – embora um intelectual e político americano, Adlai Stevenson, duas vezes candidato à Presidência (e duas vezes derrotado), costumasse dizer que a função de um editor é separar o joio do trigo, e publicar o joio.


No fundo, esta é a questão por trás do SwissLeaks, os vazamentos suíços de contas bancárias do HSBC. Há 8.667 brasileiros na lista, cujas contas na Suíça alcançam algo como US$ 8 bilhões. A lista, apurada pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ), já é conhecida; no Brasil, está em poder de um integrante do ICIJ, o repórter Fernando Rodrigues (http://fernandorodrigues.blogosfera.uol.com.br/). Por que não é divulgada?

A questão, como tudo atualmente na política brasileira, já se transformou em teoria conspiratória: ou o governo quer usar os nomes da lista para abafar a repercussão das denúncias de políticos no caso do petrolão, que atingiriam em cheio a base de apoio da presidente Dilma Rousseff; ou o PSDB, preocupado com seus aliados e financiadores que estão na lista, tenta abafá-la, para protegê-los, para isso usando seus contatos na imprensa.

Ambas as versões são ofensivas para Rodrigues; ambas são falsas. O problema é que, na lista dos que aplicaram no HSBC suíço, há brasileiros que fizeram depósitos regulares, declarados, plenamente legais; e a eles provavelmente se misturam os que usaram os serviços do banco para ocultar rendimentos, fugir de impostos, lavar dinheiro e sabe-se lá mais o que. Divulgar a lista inteira significa não apenas injustiçar, mas também causar prejuízos financeiros, comerciais e morais a todos os citados que estejam dentro da lei. Fernando Rodrigues adotou o caminho mais técnico: submeteu os nomes às autoridades financeiras, para que cruzem as informações e informem que está na legalidade e quem apenas oculta rendimentos. Receita Federal, Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), autoridades monetárias em geral têm bom material para trabalhar. Que se manifestem, pois, o mais rapidamente possível.

E, enquanto isso, a demagogia come solta. Um repórter anunciou amplamente que está deixando o ICIJ pela demora na divulgação da lista dos SwissLeaks. Só que ele havia deixado o ICIJ há muitos anos. Outros jornalistas publicam nomes que eventualmente até possam estar no SwissLeaks, mas que na verdade apareceram em um vazamento anterior, há alguns anos.

Enfim, se há demora na divulgação correta dos nomes de pessoas que utilizaram os bons serviços e a perícia do banco para cometer atos ilegais, isso não se deve ao repórter: quem deve se manifestar, já que são as únicas em condições de cruzar os dados, são as autoridades brasileiras.

Mãos à obra!

E, sem dúvida, a imprensa só teria a ganhar esquecendo o clima de partidarização que parece contaminar praticamente tudo neste país.



Prestígio x dinheiro

Há poucos dias, Pierre Bergé, um dos investidores que salvaram o francês Le Monde da falência, protestou contra o auxílio do jornal aos jornalistas do ICIJ que levantaram os SwissLeaks. E disse que não havia investido tanto dinheiro no Monde para fins de alcaguetagem. A redação do Le Monde reagiu duro, dizendo que o papel dos acionistas é cuidar da empresa, e não interferir nos critérios jornalísticos.

Em seguida, outro caso explosivo na Inglaterra: Peter Osborne, principal colunista político do Telegraph, pediu demissão por considerar que o jornal, por aceitar imposições da área comercial, frauda seus leitores. Um dos temas abordados por Osborne é o caso SwissLeaks: segundo diz, o jornal não quis investigar o caso de dinheiro oculto na Suíça por temor de que o HSBC, o maior banco britânico e um dos maiores do mundo, retirasse a publicidade do jornal. Diz Osborne: “Segundo me disse um alto executivo da empresa, o HSBC era um anunciante que não se podia ofender”.

Denuncia casos: o Telegraph chegou a investigar o caso durante três meses, mas a direção de jornalismo recebeu ordens superiores para destruir todo o material apurado. E o principal executivo da empresa, Murdoch McLennan, comandante do Telegraph Media Group, passou a analisar pessoalmente todas as notícias a respeito do HSBC e aos depositantes que constavam na lista SwissLeaks.

Osborne é respeitadíssimo, é conservador, pertencente à mesma linha política doTelegraph,sempre considerou o jornal o lugar ideal para trabalhar, especialmente pela coincidência de ideias. A ruptura sem dúvida atinge a reputação do jornal sério de maior circulação do Reino Unido.

Em jornalismo, a separação entre publicidade e noticiário já foi mais nítida. Em tempos idos, O Estado de S.Paulo aplicava seu dinheiro num fundo cego, dirigido pelo banqueiro Gastão Vidigal; Vidigal apenas prestava contas dos resultados ao jornal, não sendo autorizado a revelar aos clientes em que empresas e setores estava investindo. Podia acontecer de o jornal atacar pesadamente uma empresa e, sem o saber, ser seu acionista. Em todos os jornais sérios havia também uma norma rígida separando publicidade e noticiário: a publicidade sempre estaria cercada de fios, e jamais ficaria solta no meio de uma página de noticiário. Hoje as normas já são bem diferentes, bem mais flexíveis. Até na primeira página. É pena.



Um caso exemplar

Preta Gil fez o maior sucesso no Carnaval. Seu bloco juntou muitos milhares de pessoas. Também fez sucesso, e valeu ampla cobertura dos meios de comunicação, outra iniciativa de Preta: o “Maior Beijaço do Mundo pra começar o Carnaval”.

Beleza! Só faltou, para ficar certinho, esclarecer que o tal beijaço era patrocinado por uma fabricante de pasta de dentes. Matéria é matéria, propaganda é propaganda.



Mistério do jornalismo

A profissão parece misteriosa: filólogo, especialista em idiomas. No caso, o brilhante Deonísio da Silva, além de um dos maiores especialistas brasileiros no idioma português, é também excelente escritor, com notável faro jornalístico. Pois Deonísio se interessou por um personagem dos mais importantes na História da imprensa: um aviador britânico de combate que fundou uma das mais conhecidas revistas dos Estados Unidos, Newsweek, que circulou em mais de cem países, com tiragem que ultrapassou os três milhões de exemplares. Foi a grande concorrente do Time.

Deonísio da Silva se interessou por Thomas John Cardell Martyn, o criador da Newsweek, ao descobrir que ele tinha vivido muitos anos no Brasil, onde se casou, onde está enterrado (em Agrolândia, Santa Catarina). E que é que fazia no Brasil? Deonísio apurou que Martyn conheceu Irmgard Stahnke no Rio, onde trabalhava como doméstica. Apaixonaram-se e se casaram em São Paulo, em 1961. Mais tarde foram para a cidade natal de Irmgarde, Agrolândia, onde ela morreu de câncer em 1973. Ele também morreu de câncer, seis anos mais tarde.

Uma curiosidade: a maior parte dos documentos de Martyn e do casal foi queimada. Por quê? Não se sabe exatamente. Mas Deonísio da Silva acaba de descobrir, depois de publicar um belo artigo a respeito do tema em O Globo, uma coisa que desconhecia: Thomas John Caldwell Martyn era também agente da CIA.

O assunto está crescendo: e há boas possibilidades de que o caso, com todos os seus mistérios, seja transformado em filme nos Estados Unidos.



Por falar em mistérios

1. Um grande jornal, noticiando o Campeonato Italiano, conta que o Juventus de Turim empatou por 2x2, embora tendo tido chance de ganhar. “O mais doloroso é que a Juve teve um pênalti a seu favor aos 37 minutos do segundo tempo, quando o placar mostrava 2x2. Depois de muitos protestos dos jogadores do time da casa, o chileno foi para a cobrança. E mandou para fora”.

Quem era o tal chileno que perdeu o pênalti? Mistério!

2. Um grande jornal de TV se referiu várias vezes à ponte onde o Galo da Madrugada, do Recife, deu a largada em seu desfile. Qual o nome da ponte? Mistério!



Matías Molina R., El Grande

A pesquisa é monumental, o autor é um dos grandes jornalistas deste país. Os livros (que este colunista ainda não leu) só podem ser bons, tendo a origem que têm: em três volumes, Matías Molina conta a história da imprensa no Brasil, desde os tempos de D. João 6º. O primeiro volume, que está saindo agora, chega à Regência; o segundo, que ainda demora um pouco, aborda os jornais do Rio; o terceiro, os de São Paulo.

Bela iniciativa – e um livro de referência, que ainda não existe, sobre os jornais que tiveram maior importância na nossa História.



O grande evento

O evento é importante, o livro é importantíssimo: na terça-feira (24/2), a revista eletrônica Consultor Jurídico lança oAnuário da Justiça – São Paulo, 2015. O evento acontece no Salão dos Passos Perdidos, Tribunal de Justiça de São Paulo, na Praça da Sé – e a ele costumam comparecer os nomes mais importantes da atividade jurídica do Estado. Vale pelo evento, e vale ainda mais pelo excelente livro de referência.



Hem?

Quando Winston Churchill tinha sete anos, seu professor de Latim quis ensinar-lhe a declinação de “mensa” – mesa. Parou no vocativo, quando Churchill quis saber o que aquilo significava. O professor explicou: “É a forma que você deve usar quando falar com uma mesa”. O garoto garantiu ao professor que jamais conversaria com uma mesa. O professor se ofendeu e suspendeu-o. E Churchill, numa frase que deve ser lembrada, disse que nunca mais se interessaria por grego, latim ou outras línguas: queria aprender inglês. Queria ser o melhor em sua própria língua.

Pois é. Nos nossos meios de comunicação, o profissional que fale várias línguas é valorizado (o que é ótimo). Mas parece que houve um certo esquecimento: é ótimo falar alemão, chinês, inglês, francês e espanhol, desde que o conhecimento do português também seja obrigatório. E não está sendo: em grandes jornais, que já prezaram a qualidade do texto, diz-se que o carro “o pertencia”, coisas do tipo. Um cavalheiro se apresenta como “acessor parlamentar e acessor (...)” da Prefeitura de uma grande cidade (ou talvez “sidade”).

Também num grande jornal, o temor ao cacófato, o vício de linguagem que transforma o encontro de duas palavras numa terceira, cujo significado nem sempre é o desejado, simplesmente desapareceu:

** “Serginho Chulapa critica Ganso”

Ele poderia ter criticado o meia Ganso, o jogador Ganso, poderia ter feito críticas a Ganso. Mas “critica Ganso” fica mesmo meio esquisito.

O recorde, entretanto, vem numa grande matéria sobre a morte de uma grande artista, Tomie Ohtake. Dizia-se que a Tomie era acompanhada por um “secto”. Deu trabalho, mas enfim foi possível chegar a uma solução: o que deveria estar escrito, provavelmente, seria “séquito”.



O pai do primo do avô

Um antigo (e excelente) livro, Introdução ao Jornalismo, de Frazer Bond, que o notável Woile Guimarães mandou este foca estudar, já ensinava há mais de 50 anos que parentesco só é notícia se tiver algo a ver com os acontecimentos. Em “Filho do ministro vende facilidades”, o parentesco provavelmente tem a ver com os fatos. Mas em “Filho do ministro é preso em roda de crack” é provável que o parentesco nada tenha a ver com o evento. O responsável que responda sozinho por seus atos, poupando o parente.

O livro já ensinava isso há mais de 50 anos. Mas quem disse que todos aprenderam? Frases apanhadas em jornais, a esmo, nos últimos dias:

** “Parentes de filha de (...) brigam em hotel e polícia aparta”

** “Primo de (...) foi preso em flagrante na Operação Lava Jato”

** “Filho de (...) beija moreno em camarote na Bahia”

Nos três casos, o parentesco não tem nada a ver com os fatos. Entra apena para atrair o leitor incauto. Num deles, o terceiro, se o rapaz beija o moreno ou o loiro num camarote de Carnaval o problema é dele. No caso, nem há o que noticiar, a não ser a busca de um factoide sensacionalista.



Como...

O atentado da Dinamarca foi tão importante que um grande jornal impresso, de circulação nacional, optou por noticiá-lo duas vezes. Numa delas, o suspeito “teria sido” preso. Na outra, “foi preso”.

A precisão do noticiário está garantida: uma das duas notícias está certa.



...é...

Num grande jornal impresso, de importância reconhecida, famoso por sua dedicação ao noticiário internacional, colocam-se tropas americanas no conflito da Ucrânia. Um dia até pode ser que a notícia seja verdadeira. Mas, por enquanto, é no mínimo precoce.



...mesmo?

Legenda publicada num caderno especializado em automobilismo:

** “Audi R8 teria sido destruído por mulher enfurecida após descobrir que, supostamente, havia sido traída pelo marido”

Não deixa de ser uma novidade: a descoberta de uma suposição.



Frases

>> Do jornalista Xico Sá: “Existem dois tipos de repórteres: o que corre atrás da notícia e o que corre atrás de referendar a tese patronal. Quem sobe na vida é este último.”

>> Do jornalista Cláudio Tognolli: “Até o fim do ano Dilma vai anunciar a recuperação da Petrobras em cadeia nacional.”

>> Do jornalista Palmério Dória: “Só um computador quântico para calcular as chances que os narradores e comentaristas dos desfiles carnavalescos perderam de não dizer nada.”

>> Da internauta Rita Xavier: “Ninguém pode dizer que o ditador da Guiné Equatorial não investe em escola.”



E eu com isso?

Não, o mundo não está muito complicado. Como nas histórias de Asterix, há uma pequena região que resiste à onda dominante e onde reina a alegria. É aqui!

** “Paulo Vilhena afirma que está solteiro e é flagrado flertando com loira”

** “Nicki Minaj ousa com vestido transparente”

** “Passista coloca tapa-sexo e mostra demais”

** “Rihanna e Leonardo DiCaprio curtem balada”

** “Carol Dantas, mãe do filho de Neymar, exibe pernão em camarote no Sambódromo”

** “Iggy Azalea sai do Twitter após críticas íntimas”

** “Ex-mulher, Vanessa Giácomo encontra Daniel de Oliveira com Sophie Charlotte”

** “Candice Swanepoel aparece como veio ao mundo em ensaio na praia”

** “De sunga, Thammy Miranda curte passeio”

** “Toby Maguire coloca mansão à venda em Los Angeles”

** “Aos 81 anos, Francisco Cuoco revela que não toma remédio para fazer sexo”

** “Supostas fotos não retocadas de Beyoncé são divulgadas na internet”

** “Lilia Cabral passeia com a filha”

** “Chace Crawford curte o Carnaval”

** “Wanessa se deixa fotografar com filho caçula”

** “Tiger Woods assiste a jogo com a mulher após traí-la com 120”

E ainda teve fôlego para ir ao jogo?



O grande título

Uma bela colheita, nesta semana. Há manchetes para todos os gostos: das enigmáticas...

** “Tamires corta alface em silêncio”

...às de duplo sentido:

** “De olho no folião, ambulantes inflacionam ‘pau de selfie’ em SP”

Há uma frase notável da presidente Dilma, que mais uma vez diz exatamente o contrário do que pretendia:

** “Nunca deixamos de esconder que era 4,5%”

Uma manchete notável:

** “Mutirão propõe salvar Sistema Cantareira com cultivo e produção de água”

Quanto mais se vive, mais se aprende: quem é que sabia que a água pode ser cultivada?

E o grande título:

** “Metrô de NY tem bactérias nojentas, mas ninguém morreria por lambê-lo”

Quem será o depravado que quer lamber o metrô de Nova York?

24 de fevereiro de 2015

Carlos Brickmann

MONILIOPHTHORA PERNICIOSA

Este é nome científico da conhecida “vassoura-de-bruxa” que arrasou a cultura do cacau na Bahia. A Unicamp está desenvolvendo um fungicida para combater a praga. O responsável pela equipe de pesquisa é o professor Gonçalo Amarante Guimarães Pereira que foi entrevistado pelo repórter Ailton Magioli do Correio Brasiliense.


A matéria poderia ter sido publicada na página de “Política” e não na de “Ciência”. É verdade que o resultado da pesquisa poderá erradicar a doença, e a Bahia voltar a ser a grande produtora de cacau. Na visão política, a “vassoura-de-bruxa” pode ser a praga que infectou o Partido dos Trabalhadores e o governo da presidente Dilma.

Nativa da Amazônia, a “perniciosa”, segundo o cientista, chegou à Bahia por introdução criminosa e ataca frutos, brotos e almofadas florais do cacau, provocando desenvolvimento anormal da planta, seguido da morte das partes infectadas.

O mesmo processo ocorreu com o PT; o partido, nascido nas bases do trabalhismo brasileiro, chegou prometendo mundos e fundos para cidadãos de todas as classes sociais. Com o discurso ético e inovador, conseguiu a participação de renomados intelectuais no seu compromisso político. Escritores, advogados, artistas, cientistas políticos, religiosos, encantados com carisma do líder Lula, apoiaram as ações corajosas do sindicalista.

Gonçalo, o pesquisador, chegou à região cacaueira em 1980 e pode ter sido um dos jovens que acreditavam ser possível acabar com a praga e, também, com governantes irresponsáveis e afastados dos reais interesses do país. Os cacauicultores não sabiam como combater a praga, e Gonçalo constatou que a doença poderia ser comparada com o parasita causador da malária, e, no ser humano, o câncer. E, aí, surge mais uma comparação inevitável com o governo recém-eleito; diz o cientista “O governo em vez de declarar calamidade pública, preferiu emprestar a juros altos, endividando os cacauicultores”.

A tormenta que atravessamos nesses tempos, nos leva a recordar as palavras do candidato Aécio Neves que, ao contrário da candidata Dilma, afirmava que, eleito, faria as mudanças necessárias à retomada do crescimento econômico e social do Brasil. Não mentiu e não foi eleito. Agora, o governo faz tudo o que não faria e se desmoraliza perante o povo.

O resultado da pesquisa objeto da comparação com o governo é o mesmo apurado nas contas públicas. O fungo da corrupção se aloja no poder como a “perniciosa”. Na planta, algo estranho acontece no seu interior – ou do governo – e começa a jogar substâncias tóxicas, procedimento similar ao escândalo da Petrobrás: algo estranho aconteceu na empresa que, seguindo o comportamento do fungo, desligou o metabolismo de crescimento e o gasto de energia para que não ocorresse a desintoxicação. A planta acumula quantidade tão grande de substâncias tóxicas que acaba, ela mesma, intoxicada.

Não há como não reconhecer o malabarismo do governo para se livrar das investigações que, a cada dia, chegam mais perto do palácio presidencial. Os acusados tentam desligar o metabolismo de crescimento das apurações da roubalheira e o gasto de energia para que não ocorra a desintoxicação nos negócios públicos.

A descoberta da solução para o problema também servirá para que o governo se salve. Com a colaboração de um cacauicultor baiano – sem nenhuma relação com o “Petrolão" – Gonçalo aprendeu, na prática, como proceder para que a planta – ou o governo – volte a ficar saudável: antecipar a poda da planta, enganando o fungo. No caso, podar todos os políticos e agregados que insistem em continuar atacando os cofres públicos, se não, a “vassoura-de-bruxa” ficará por todo o mandato arrasando o país.
24 de fevereiro de 2015
Paulo Castelo Branco

E PODE ISSO, ARNALDO?!

Ele pode! Afinal, você paga tudo com seus impostos.

Ele está podendo; país rico é outra coisa.
O valor da diária que o notório Eduardo Cunha pagou no cinco estrelas parisiense em que passou o Carnaval equivale a uma semana do seu salário de deputado federal, calcula Lauro Jardim, na sua coluna da Veja Online.
Conforme noticiado, embora tenha postado cerca de 60 comentários em seu Twitter na semana do Carnaval – aparentando estar no Brasil – Eduardo Cunha se mandou para Paris. Não fez por menos. Hospedou-se num dos melhores cinco estrelas da cidade, o centenário Plaza Athénée. A não ser que presidente da Câmara tenha desconto, a diária de uma suíte igual à que Cunha ficou custa 1 745 euros.

La Tour D’Argent é um dos mais antigos e caros restaurantes do mundo, lembra Clarissa Oliveira, no blog Poder Online.
A colunista faz abaixo um relato do roteiro seguido por Cunha e esposa na capital francesa:
''Fundado em 1582, quando era frequentado por Henrique IV, seu prato mais tradicional é o Caneton (pato) Tour d’Argent, que já foi degustado por políticos do quilate de Winston Churchill, John Kennedy e Mikhail Gorbachev.
Pois foi lá que almoçou no sábado de Aleluia o nosso deputado federal Eduardo Cunha, prócer do PMDB do Rio de Janeiro a quem a presidenta Dilma Rousseff negou o comando de Furnas Centrais Elétricas.


Em companhia de sua mulher, a bela ex-apresentadora de TV Claudia Cruz, Cunha foi fotografado pelo celular de um leitor do Poder Online.
O deputado fez bonito. Pediu justamente um Caneton Tour d’Argent.
E gastou um bom tempo escolhendo, para acompanhar o pato, o vinho daquela que é uma das adegas mais valiosas do mundo, com mais de 500.000 garrafas e avaliada em milhões de Euros.''.

24 de fevereiro de 2015
in blog do mario fortes

"HINO DO IMPEACHMENT" JÁ ESTÁ BOMBANDO NAS REDES SOCIAIS! SHOW!!!




Já está no Youtube e vai bombar muito o “Hino do Impeachment” do grupo "Os Reaças", de Luiz Trevisani & Eder Borges. Vale a pena ver porque está muito bom e bem arranjado! Qualidade top! Compartilhem!

24 de fevereiro de 2015
in aluizio amorim

O PETROLÃO, SEGUNDO A CUT, É CULPA DA MÍDIA



Quem é o maior culpado pelo petrolão? Os hierarcas da Petrobras, que superfaturaram contratos? Os empreiteiros, que pagaram propinas milionárias? Os partidos políticos, que abasteceram campanhas com dinheiro sujo? Ou o governo, que nomeou os larápios e lavou as mãos, no mínimo, diante da roubalheira na estatal?
Na opinião da CUT (Central Única dos Trabalhadores), a resposta não está entre as opções acima. A grande vilã seria a mídia, essa entidade maligna que sonha em entregar o nosso petróleo aos gringos.
“Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, é fundamental que a população entenda que o massacre que a Petrobras vem sofrendo nos últimos meses, em especial por parte da grande mídia, tem objetivos econômicos”, afirma a central em nota.
“Oportunistas de plantão querem usar a conduta criminosa de alguns funcionários de alto escalão para preparar a empresa para a privatização”, prossegue o sindicalista.
MANIFESTAÇÃO
Esse é o discurso que a CUT fará no ato “Defender a Petrobras é defender o Brasil”, na próxima terça-feira. Acredita quem quer, mas não custa recolocar alguns pontos no lugar.
O “massacre” contra a estatal, a que Freitas se refere, não foi praticado pela mídia. Seus responsáveis estão listados no início da coluna, embora o sindicalista prefira omiti-los.
Os “oportunistas” não são jornalistas, e sim aqueles que usaram o acesso à petroleira para roubar. O papel da imprensa é outro: noticiar os desvios, investigados pela Polícia Federal e pelo Ministério Público.
A privatização da estatal pode ter sido cogitada por tecnocratas do governo FHC, mas foi limada do debate político há mais de uma década. Só ressurge em campanhas eleitorais, como arma da propaganda do PT.
O partido festejou 35 anos há duas semanas. No ato, seus militantes foram instados a defender o governo. O presidente da CUT, que estava no palanque, devia procurar argumentos melhores para cumprir a tarefa.

24 de fevereiro de 2015
Bernardo Mello Franco
Folha

LENTA AGONIA


SÃO PAULO - Ao final da longa purgação que apenas se inicia, a Petrobras e todo o complexo político-empresarial ao seu redor terão sido desidratados. 
Do devaneio fáustico vivido nos últimos dez anos restará um vulto apequenado, para o bem da democracia brasileira.

As viúvas do sonho grande estão por toda parte. Um punhado de militantes e intelectuais fanáticos por estatais monopolistas acaba de publicar um manifesto que exala agonia.

O léxico já denota a filiação dos autores. A roubalheira na Petrobras são apenas "malfeitos". O texto nem bem começa e alerta para a "soberania" ameaçada, mais à frente sabe-se que por "interesses geopolíticos dominantes", mancomunados, claro, com "certa mídia", em busca de seus objetivos "antinacionais".

Que agenda depuradora essa turma teria condição de implantar se controlasse a máquina repressiva do Estado. Conspiradores antipatrióticos poderiam ser encarcerados, seus veículos de comunicação, asfixiados, e suas empresas, estatizadas para abrigar a companheirada.

Que espectro de PDVSA, o portento estatal total que fatura o equivalente a 60% do PIB na Venezuela, poderia surgir no Brasil. O Congresso conservador, o Orçamento limitado e vigiado, o Judiciário indócil, o Ministério Público indômito e a Polícia Federal autônoma seriam afogados pela força diluviana dessa empresa-Estado.

Felizmente o Brasil é muito maior que o petróleo que produz e pode vir a produzir. A Petrobras, mesmo agigantada após anos de política monopolista perdulária, fatura pouco mais de 5% do valor do PIB.

Quanto maior é o peso de empresas estatais na economia, mais amplos são os meios para o autoritarismo. Imagine se o governo ainda tivesse em mãos a Vale, a Embraer e as telefônicas para fazer política. Quais seriam os valores da corrupção, se é que sobrariam instituições independentes o bastante para apurá-los?

24 de fevereiro de 2015
Vinicius Mota, Folha de SP

PAIS CHATOS


É evidente que os pais devem se ocupar da educação de seus filhos. Ponto. Mas tem limite
Vivemos num mundo das modas de comportamento. Por exemplo: pais chatos. Você me pergunta o que é um pai chato? Pode ser uma mãe chata também, mas quando é pai, é pior ainda. Explico logo o porquê.

Antes, um reparo: evidente que os pais devem se ocupar da educação dos filhos. Ponto. Mas tem limite. Quer ver?

Há anos, quando meus filhos estavam em idade escolar, fomos, minha mulher e eu, a algumas reuniões. Poucas, porque sempre achamos que pais deveriam ser educados e não frequentar muito essas reuniões porque os professores, no final do dia, já estão cansados de correr atrás de nossos pestinhas. Ah! Esqueci: hoje não se pode mais falar assim. Nossos "hiperativos".

Meus filhos estudaram numa dessas típicas escolas da zona oeste paulistana que custam R$ 3.000 por mês, ainda que professores preguem voto no PSOL e levem os meninos para acampamentos do tipo MST.

Lembro-me de uma reunião em especial em que uma mãe, sentada atrás de mim, enchia o saco da professora de história, conhecida por ser amada pelos alunos, porque ela achava que o programa de história deveria contemplar mitos (o assunto era história antiga) nos quais as mulheres fossem guerreiras "empoderadas" (a palavra já dá vontade de vomitar...). E, também, que deveriam dar menos espaço para gregos, romanos, hebreus e mais para outros povos.

A professora, coitada, educadamente, depois de uma dia inteiro de trabalho, tentava explicar à mãe chata que, em se tratando de história antiga ocidental, não se podia negar a importância dos gregos, romanos e hebreus. Os demais povos seriam contemplados (lembre-se: estamos falando de Antiguidade!), mas esses três eram essenciais (na Antiguidade!) para a matriz ocidental.

Outro tipo chato é aquele que acha que a escola deve ensinar os alunos a mexer em computadores e afins. Normalmente, o cara é engenheiro ou algo assim, mas acha que, porque tem um carro coreano grande e branco, pode ensinar padre-nosso ao vigário. Só gente mal informada acha que criança de classe média precisa de escola pra aprender a mexer em computadores e afins.

Mais um tipo é aquele participativo em todas as atividades da escola e que leva a sério quando, educadamente, a instituição convida os pais a serem mais "presentes no dia a dia da escola".

Esse é aquele tipo que se senta na primeira fila nas reuniões e fala o tempo todo. Quando acaba a reunião, lá pelas 22h, ele quer conversar com a professora enquanto ela pega a bolsa e se dirige para o seu carro.

Tipo muito interessado em saber como seu filho vai na escola, mas que na realidade quer falar de algo que ouviu falar numa dessas reuniões com gurus que falam sobre motivação em empresas, e acha que a professora deveria ler esse tal guru que ganha milhões ensinando bobagens sobre liderança. O mundo corporativo gasta milhões com gente fajuta.

Ou, quem sabe, pior ainda, aquele tipo que, em escolas de crianças muito pequenas, quer demonstrar sua condição de pai contemporâneo, disputando com as mães quem sabe mais sobre alimentação infantil.

Tem mais um hilário (entre tantos outros): os pentelhos que querem dizer para a coordenação que a escola deveria colocar disciplinas novas, como "biking". Eita mundinho chato, esse.

Estou devendo a você uma explicação de por que, normalmente, os pais assim acabam sendo mais chatos do que as mães.

Uma das novas modas de comportamento é a mania de homens quererem o tempo todo provar que entendem melhor de bebês do que as mães. Essas, coitadas, acabam cedendo à moda porque, além de quererem ou precisarem trabalhar, não podem negar ao marido a ilusão de ser um "pai contemporâneo". Outras, infelizmente, creem de verdade que o fato de os homens não poderem amamentar é uma injustiça social ou de gênero (o "gender gap").

Óbvio que existem pais que sabem lidar com filhos pequenos. E mães que não são lá tão obcecadas pelos filhos. Pena. Mas, na maioria esmagadora dos casos, devemos deixar que as mulheres cuidem dessa área, porque elas sabem há milênios o que significa carregar uma criança nesse mundo.

24 de fevereiro de 2015
Luiz Felipe Pondé, Folha de SP

DA TRAGÉDIA À FARSA


Para defender nossas instituições de grotesca e recorrente farsa histórica, teremos de combater os inimigos da sociedade aberta

"Hegel observou que todos os fatos e personagens de grande importância na História universal acabam por se repetir. E esqueceu-se de acrescentar: ocorrem a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa", registrava Karl Marx em "O 18 Brumário de Luís Bonaparte" (1852). Pois bem, socialistas bolivarianos e peronistas do século XXI insistem em praticar como farsa os mesmos experimentos que causaram tragédias no século XX. O poder político é conquistado essencialmente pela promessa do Paraíso na Terra. Os pobres, deserdados pela insensibilidade dos liberais e pelo oportunismo dos conservadores, tornam-se então presas fáceis da secular seita socialista que arrancou das grandes religiões a bandeira da solidariedade.

Instalados no poder os socialistas, de sua ignorância em assuntos econômicos resulta inexorável desorganização da base produtiva. Segue-se o caos social e dispara-se finalmente a busca de bodes expiatórios. Assistimos depois aos sucessivos episódios de desonestidade intelectual, irresponsabilidade moral e truculência política como passos inevitáveis de uma desesperada tentativa de manutenção do poder.

Precisamos defender nossas instituições dessa grotesca e recorrente farsa histórica que já tragou nossos vizinhos. Estaremos nos próximos meses testando e aperfeiçoando nossas instituições. Veremos claramente quem são os inimigos de uma sociedade aberta no Brasil. Joaquim Barbosa e Sergio Moro, cujas contribuições demarcaram a independência do Poder Judiciário, advertem-nos para a atuação do próprio ministro da Justiça, Eduardo Cardozo, que estaria tentando evitar a delação premiada do coordenador de um cartel de empreiteiras para fraudar licitações na Petrobras.

A presidente Dilma tem agora a oportunidade de reafirmar seu compromisso com as apurações dos malfeitos "doa a quem doer". Pode até mesmo repreender seu ministro da Justiça. Teori Zavascki poderá demonstrar, com impecável desempenho futuro, que não evitava a delação premiada de Renato Duque quando o soltou, mas apenas cumpria o devido rito processual. Seria o Mensalão a tragédia e o Petrolão a farsa? Tempos interessantes, pois pede-se moralidade até mesmo em patrocínios de nossa amoral festa pagã. Escola carnavalesca patrocinada por ditadura não deveria ser campeã.

24 de fevereiro de 2015

Paulo Guedes, O Globo

INDONÉSIA PODE SUSPENDER COMPRA DE ARMAMENTOS DO BRASIL




Indonésia está comprando 16 Tucanos, equipados com mísseis
O governo da Indonésia ameaçou reconsiderar a compra de material do Brasil, no momento em que as relações entre os dois países estão abaladas pela execução de um brasileiro em janeiro, informou hoje (24) a imprensa local.
A Indonésia chamou no sábado (21) o seu representante no Brasil e apresentou protesto formal às autoridades brasileiras porque a presidenta Dilma Rousseff adiou, na sexta-feira (20), o recebimento das credenciais do novo embaixador indonésio, Toto Riyanto, até haver mais clareza na situação das relações diplomáticas entre as duas nações.
O vice-presidente indonésio, Jusuf Kalla, disse que Jacarta poderia reconsiderar a compra de 16 aviões de combate EMB-314 Super Tucano e lança-mísseis, segundo o diário The Jakarta Post.
PENA DE MORTE
As relações entre o Brasil e a Indonésia atravessam um período de crescente tensão desde que a nação asiática executou o brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira por tráfico de drogas, ignorando o pedido de clemência da presidenta Dilma Rousseff.
Dilma, que chamou para consultas o embaixador brasileiro em Jacarta após a execução de Marco Archer, também pediu clemência para Rodrigo Muxfeldt Gularte, que está no corredor da morte, condenado por tráfico de drogas.
O Brasil pede a suspensão da execução e a internação de Gularte, diagnosticado com esquizofrenia. Laudo assinado por um psiquiatria da rede pública da Indonésia confirmou o quadro de saúde do brasileiro.
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NOTA DA REDAÇÃO – Conforme informamos aqui, o Brasil não ganha absolutamente nada ao tentar humilhar o embaixador da Indonésia, como Dilma Rousseff está fazendo. O país só perde e mostra ser um anão diplomático. (C.N.)

24 de fevereiro de 2015
Deu na AG. Brasil

DILMA ANISTIOU DÍVIDA DA GUINÉ EQUATORIAL, DITADURA SANGRENTA QUE PATROCINOU A BEIJA-FLOR


bróderes
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Tanto os grandes veículos quanto as redes sociais não se acanharam em reconhecer que a Guiné Equatorial, país patrocinador do desfile da Beija Flor deste ano, é uma ditadura sangrenta. Trata-se do ditador africano mais longevo no exercício do poder, há cerca de 35 anos mandando no país.
Pois esse regime facínora teve sua dívida perdoada por Dilma Rousseff, em 2013, numa anistia que incluiu outros países da África igualmente nada democráticos. Vejamos trechos dereportagem de O Globo acerca do perdão:
Com anistia, Brasil beneficia países africanos acusados de corrupção – Perdão do governo de Dilma Rousseff é de 80% de uma dívida de R$ 1,9 bilhão – Cada brasileiro será obrigado a doar R$ 8 para a África. É quanto vai custar a decisão da presidente Dilma Rousseff de perdoar 80% da dívida acumulada por uma dúzia de países africanos com o Brasil. Eles compraram R$ 1,9 bilhão em produtos e serviços no mercado nacional nas últimas três décadas. Não pagaram. Agora, os prejuízos serão socializados entre 190 milhões de brasileiros. Quatro países concentram mais da metade dessa dívida africana com o Brasil: Congo-Brazzaville, Sudão, Gabão e Guiné Equatorial. São nações cuja riqueza em petróleo e gás contrasta com a pobreza extrema em que vive a maior parte dos seus 41 milhões de habitantes,governados por ditadores cleptocratas. Os presidentes do Congo-Brazzaville, Sudão, Gabão e Guiné Equatorial, alguns de seus familiares e principais assessores enfrentam processos em diferentes tribunais da Europa e dos Estados Unidos. Entre as múltiplas acusações, destacam-se roubo e desvio de dinheiro público, enriquecimento ilícito, corrupção, lavagem de dinheiro e até genocídio.” (grifos nossos)
Mas, então, eles não teriam mesmo como pagar? Foi uma ajuda ao POVO desses países? Não, nada disso. A ajuda teve como único efeito o benefício político e diplomático dessas ditaduras. A coisa foi tão ridícula e indesculpável que exatamente O FILHO do ditador da Guiné Equatorial gastou numa única noite de compras O DOBRO da dívida que Dilma perdoou. Sério. A seguir, excerto de reportagem também de O Globo:
Filho de ditador gasta em compras o dobro da dívida com o Brasil – Teodorín Obiang é herdeiro de Teodoro Obiang Nguema, há 34 anos no poder na Guiné Equatorial – Ontem, Teodoro Obiang Nguema Mbasogo comemorou 34 anos no poder. Aos 71 anos de idade, ele é o mais antigo ditador africano em atividade. (…) Obiang comanda um país cuja riqueza subterrânea, em petróleo, contrasta com a plena miséria da superfície: sete de cada dez habitantes (600 mil) sobrevivem com renda inferior a US$ 2 por dia, segundo o Banco Mundial. Apenas 44% da população da Guiné Equatorial têm acesso à água potável e a desnutrição impera entre 39% das crianças com menos de 5 anos. O presidente, no entanto, se destaca entre os oito governantes mais ricos do planeta, segundo a revista “Forbes”. A Guiné Equatorial tem uma dívida de R$ 27 milhões (US$ 12 milhões) pendente há duas décadas com o Brasil. O governo Lula chegou a anunciar sua liquidação, com anistia, mas não concretizou. A presidente Dilma Rousseff decidiu renegociá-la com anistia. No centro do interesse brasileiro estão petróleo e contratos de obras que fizeram o fluxo de comércio entre o Brasil e a Guiné Equatorial se multiplicar, saltando de US$ 3 milhões em 2003 para cerca de US$ 700 milhões no ano passado. Nesse período, o ditador Obiang tornou-se um “caro amigo” para o ex-presidente Lula. E personagem relevante aos olhos da presidente Dilma, para quem “o engajamento com a África tem um sentido estratégico” (…) Para o clã Obiang, a anistia financeira do Brasil não tem qualquer significado, além de uma espécie de aval político a uma ditadura contestada na ONU e sob investigação em tribunais da Europa e dos Estados Unidos. Para os Obiang, uma quantia de R$ 27 milhões (valor da dívida com o Brasil) é dinheiro de bolso. Teodorín, filho mais velho e virtual sucessor do ditador, gastou o dobro disso numa única noitada de compras na Christie’s, em Paris. Foi durante o leilão da extraordinária coleção de arte de Yves Saint Laurent e Pierre Bergé, em 2009 – informou o Departamento Antilavagem do Ministério das Finanças da França em relatório aos juízes parisienses Roger Le Loire e René Grouman. Parte dos lotes que Teodorín arrematou incluía obras de Rodin, Degas e Monet. Elas foram apreendidas pela Justiça no final do ano passado. A polícia levou, também, peças de mobiliário avaliadas em R$ 117 milhões (US$ 52 milhões) e uma coleção de carros (sete Ferrari mais alguns Bentley, Bugatti Veyron, Porsche Carrera, Maybach Mercedes, Aston Martin, Maserati e Rolls-Royce). O “tesouro”, como ficou registrado no boletim de ocorrência, estava em uma das residências do herdeiro Obiang em Paris – a mansão número 42 da avenida Foch (distrito 16), com 101 ambientes distribuídos em seis andares. Alguns dos veículos foram leiloados no mês passado. No final do ano passado, a Justiça francesa mandou prender Teodorín por corrupção e lavagem de dinheiro. Ele recorreu, mas a decisão foi mantida. No último carnaval esteve em Salvador, mas não foi preso: a polícia alegou que não sabia de sua presença na capital baiana e nem mesmo do pedido de prisão na França.” (grifos nossos)
Pois é. Essa é a estatura diplomática do Brasil sob o PT. Perdoamos dívida considerada irrisória para o clã dono do poder na Guiné Equatorial, mas algo simbolicamente valoroso para eles por representar uma maneira de apoiar o regime monstruoso. O povo de lá não está comemorando esse perdão à dívida. Nem a vitória no carnaval.
24 de fevereiro de 2014
in implicante

PETROBRAS ACABA DE PERDER O GRAU DE INVESTIMENTO


E no Rio, neste momento, com a presença de Lula, canalhas petistas protestam a favor da corrupção na estatal.

(Estadão) A agência de classificação de risco Moody's rebaixou em dois graus a nota de crédito da Petrobrás nesta terça-feira, 24. Com isso, a agência já considera que a estatal perdeu o grau de investimento e está no nível considerado especulativo. A Moody's justificou a decisão com base na maior preocupação com as investigações sobre corrupção e nas pressões sobre a liquidez da companhia que podem ocorrer diante do atraso na publicação do balanço.

24 de fevereiro de 2015
in coroneLeais

GILMAR MENDES DÁ NA JACA DE LEWANDOWSKI


(Estadão) O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes lembrou nesta terça-feira, 24, do julgamento do  assassinato do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel, em resposta às cobranças para que devolva o pedido de vista do processo que discute a proibição das doações de empresas privadas para campanhas eleitorais."Até hoje ainda não voltou (o julgamento por causa de pedido de vista) e, por coincidência, é um caso em que há uma questão de crime ligado à questão política", disse ao lembrar do caso que esta parado na Corte desde um pedido de vista do ministro Ricardo Lewandowski, em 2012.

24 de fevereiro de 2014
in coroneLeaks

REPRESSÃO E VIOLÊNCIA DO REGIME CHAVISTA

O vídeo que exibe amostras da repressão selvagem a opositores do regime chavista enquanto Lula bajula Maduro escancara o sonho do velho comparsa: transformar o Brasil numa Venezuela mais cafajeste

O vídeo começa com um trecho do Jornal da Globo deste 19 de fevereiro. “Agentes de segurança do governo de Nicolás Maduro na Venezuela prenderam de forma que equivale a um sequestro o prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, um dos principais líderes da oposição”, informa o jornalista William Waack. “Homens fortemente armados do Serviço Boliviariano de Inteligência Nacional invadiram o gabinete do prefeito e o levaram, sem mandado judicial e sem explicar os motivos da prisão”.
Mesmo prejudicada pela distância que separa a câmera do fato, a sequência de imagens confirma a narrativa — subitamente interrompida pela aparição na tela do ex-presidente Lula. Caprichando na pose de quem contempla a olho nu um  candidato à canonização, o palanque ambulante faz uma escala na TV venezuelana para ajudar o comparsa Nicolás Maduro a manter o emprego de presidente.
“Maduro destacou-se na luta pela construção de uma América Latina mais democrática e solidária”, começa outro ataque pelas costas à decência e à verdade. O som da sabujice entra em colisão frontal com o que se vê: tropas mobilizadas pelo governo esbanjam brutalidade na missão de reprimir manifestações de rua contrárias ao regime bolivariano.
Enquanto a voz roufenha bajula o herdeiro do “nosso querido e saudoso amigo Hugo Chávez”, milícias paramilitares, bandos de policiais e pelotões do Exército protagonizam ataques selvagens a opositores de Maduro. “Os dois compartilharam as mesmas ideias sobre os destinos do nosso continente”, segue em frente o palavrório sabujo. O dinheiro do petróleo foi usado para melhorar a vida dos pobres, exemplifica Lula.
Conversa de 171, não para de berrar o escândalo do Petrolão. Lá como aqui, o dinheiro do petróleo foi usado para promover a milionários os donos do país, ampliar a fortuna dos cúmplices, bancar campanhas eleitorais, financiar a miragem do partido único, irrigar contas bancárias em paraísos fiscais e patrocinar o sonho da eternização no poder, fora o resto.
Maduro jura que anda vendo Chávez em forma de passarinho. Se Lula também for apresentado à versão alada do parceiro morto, o que parece apenas uma façanha póstuma do bolívar-de-hospício talvez seja um providencial conselho aos amigos vivos demais: cuidado com a gaiola. Leia aqui