"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 9 de julho de 2022

GENOCÍDIO ARMÊNIO ESTÁ TOMANDO FORMA


O Genocídio Armênio está Tomando Forma

por Raymond Ibrahim
30 de Abril de 2021

Original em inglês: The Armenian Genocide Forges On
Tradução: Joseph Skilnik


"No início do ano 1915 havia cerca de 2 milhões de armênios na Turquia, hoje somam menos de 60 mil... a negação do Genocídio Armênio por sucessivos regimes turcos tem se perpetuado de 1915 até os dias de hoje. — The Genocide Education Project.

A Turquia não só negou reiteradamente a culpabilidade pelo genocídio armênio como, ao que tudo indica, intenciona repeti-lo, visto que recentemente vem ajudando o Azerbaijão na guerra contra a Armênia pelo controle da região de Nagorno-Karabakh, que novamente eclodiu em conflito armado no final de 2020.

"Por que a Turquia voltou ao Sul do Cáucaso 100 anos após a dissolução do Império Otomano? Para dar prosseguimento ao Genocídio Armênio." — Primeiro Ministro da Armênia Nikol Pashinyan, Facebook, 1º de outubro de 2020.

Estes mercenários e seus parceiros azerbaijanos, entre outros grupos de conduta no melhor estilo da tradição do ISIS, "torturaram com requintes de crueldade desfigurando" uma mulher armênia de 58 anos com deficiência intelectual, cortaram suas orelhas, mãos e pés antes de assassiná-la. A família dela só conseguiu identificá-la pelas roupas.




As igrejas armênias que se encontravam sob controle do Azerbaijão foram profanadas, já desde o início do conflito armado de Nagorno-Karabakh no final de 2020, não obstante as promessas das autoridades azerbaijanas de protegê-las. Foto: Catedral de Ghazanchetsots (Santíssimo Salvador) em Shusha, Nagorno-Karabakh, 13 de outubro de 2020, logo após ter sido bombardeada. (Foto: Aris Messinis/AFP via Getty Images)

Hoje, 24º dia de abril, é o Dia da Memória do Genocídio Armênio, que marca 106 anos do início do Genocídio Armênio, quando os turcos otomanos massacraram aproximadamente 1,5 milhão de armênios durante a Primeira Guerra Mundial.

A maioria dos historiadores objetivos que examinaram o assunto concorda inequivocamente que foi um genocídio deliberado e calculado.De acordo com o The Genocide Education Project:

"Mais de um milhão de armênios morreram executados, de fome, doenças, exposição a condições extremas e abusos físicos. Um povo que viveu na região leste da Turquia por quase 3 mil anos (mais do que o dobro de tempo que os invasores turcos islâmicos ocuparam a Anatólia, hoje chamada de "Turquia"), perdeu sua terra natal e foi dizimado em larga escala no primeiro genocídio de enormes proporções do Século XX. No início do ano 1915, havia cerca de 2 milhões de armênios na Turquia, hoje somam menos de 60 mil."

"Em que pese o enorme volume de evidências que apontam para a realidade histórica do Genocídio Armênio, relatos de testemunhas oculares, arquivos oficiais, evidências fotográficas, relatórios de diplomatas e depoimentos de sobreviventes, a negação do Genocídio Armênio por sucessivos regimes turcos tem se perpetuado de 1915 até os dias de hoje."

A Turquia não só negou reiteradamente a culpabilidade pelo genocídio armênio como, ao que tudo indica, intenciona repeti-lo, visto que recentemente vem ajudando o Azerbaijão na guerra contra a Armênia pelo controle da região de Nagorno-Karabakh, que novamente eclodiu em conflito armado no final de 2020.

Conforme Nikol Pashinyan, primeiro-ministro da Armênia observou em outubro de 2020: "por que a Turquia voltou ao Sul do Cáucaso 100 anos após a dissolução do Império Otomano? Para dar prosseguimento ao Genocídio Armênio."

No decorrer deste recente conflito, que não lhe dizia respeito, a Turquia enviou "grupos jihadistas", comandos para fazer valer a lei da sharia. De acordo com o presidente francês Emmanuel Macron, eles, incluindo a Divisão Hamza pró-Irmandade Muçulmana, foram enviados da Síria e da Líbia para aterrorizar e massacrar os armênios. A Divisão Hamza, segundo consta, manteve mulheres nuas na prisão enquanto operava na Síria.

Estes mercenários e seus parceiros azerbaijanos, entre outros grupos de conduta no melhor estilo da tradição do ISIS, "torturaram com requintes de crueldade desfigurando" uma mulher armênia de 58 anos com deficiência intelectual, cortaram suas orelhas, mãos e pés antes de assassiná-la. A família dela só conseguiu identificá-la pelas roupas.

"Armênios", de acordo com um relatório de dezembro de 2020, "estão sendo brutalizados" além de "perderem território para seus vizinhos jihadistas antes de concordarem com um cessar-fogo imposto pela Rússia... Antes de violarem o assim chamado acordo de paz, os muçulmanos turcos do Azerbaijão fizeram como Maomé ordenou decapitando cristãos."

O relatório disponibilizou o link de um vídeo mostrando soldados camuflados jogando no chão um armênio idoso que se debatia, impassivelmente cortando sua garganta com uma faca.

"O Azerbaijão acusou a Armênia de primeiro violar o acordo de paz", continua o relatório, "mas os observadores denotam que a única provocação que os muçulmanos precisam para atacar os armênios é a continuidade deles estarem vivos".

A retórica anti-infiel reforça esta visão. Um terrorista capturado confessou que lhe foi "prometido uma mesada de 2 mil dólares para que ele lutasse contra os 'kafires' em Artsakh e outros 100 dólares para cada 'kafir' decapitado". (Kafir, frequentemente traduzido como "infiel" é um termo árabe usado para denotar aqueles que não se sujeitam à autoridade islâmica, que por padrão os torna inimigos dignos de serem escravizados ou mortos.)

As igrejas armênias que se encontravam sob controle do Azerbaijão foram profanadas, não obstante as promessas das autoridades azerbaijanas de protegê-las. Certa ocasião, um soldado, não está claro se ele era azerbaijano ou mercenário jihadista da Síria ou do Iraque, foi filmado no topo de uma capela de igreja, onde a cruz havia sido quebrada, gritando triunfantemente "Allahu Akbar!" As forças azerbaijanas também bombardearam e destruíram o Santo Salvador, uma icônica catedral armênia que foi "consagrada em 1888, depois danificada em meio ao massacre de armênios ocorrido na cidade em março de 1920 pelos azerbaijanos, logo passando por um declínio que durou décadas."

Mais recentemente, de acordo com um relatório de 29 de março de 2021, em apenas duas semanas, pelo menos três igrejas armênias na região de Nagorno-Karabakh foram vandalizadas ou destruídas pelas forças do Azerbaijão, ainda que um cessar-fogo tivesse sido declarado em novembro. Um vídeo da profanação de uma dessas igrejas mostra tropas azerbaijanas entrando no local de culto cristão e, na sequência, rindo, zombando, chutando e desfigurando representações cristãs, incluindo um afresco da Última Ceia. A bandeira da Turquia aparece nos uniformes dos militares do Azerbaijão, implicando ainda mais o envolvimento do governo de Erdogan. Ao se aproximarem, um dos soldados muçulmanos diz: "vamos agora entrar na igreja deles, onde farei uma namaz" referindo-se às orações muçulmanas, quando muçulmanos oram em um templo não muçulmano, ele vira imediatamente uma mesquita.

Respondendo ao vídeo, Arman Tatoyan, um ativista armênio dos direitos humanos emitiu o seguinte comunicado:

"o Presidente do Azerbaijão e as autoridades do país têm implementado uma política de ódio, inimizade, limpeza étnica e genocídio contra a Armênia, cidadãos da Armênia e o povo armênio há anos. As autoridades turcas fizeram o mesmo ou estimularam abertamente a mesma política."

A título de exemplo, ele ressaltou que Aliyev, presidente do Azerbaijão, orgulhosamente declarou no início de março que "a geração mais jovem cresceu odiando o inimigo", ou seja, os armênios.

Tal ódio, precursor do genocídio, marca presença onde quer que vá. Basta ouvir o discurso de um turco em um vídeo de que todos os armênios são "cães" e que qualquer armênio encontrado na Turquia deveria ser massacrado:

"o que é que um armênio está fazendo em meu país? Ou o estado os expulsa ou nós os mataremos. Por que os deixamos viver?... Vamos massacrá-los quando chegar a hora... Este solo é turco. Somos ou não netos dos otomanos?... O povo da Turquia... tem honra, dignidade e Alá deve cortar as cabeças dos armênios que estão na Turquia. É desonroso para qualquer um encontrar um armênio e não matá-lo... Se formos humanos, vamos matá-los, vamos matá-los por Alá... Todos que estiverem ouvindo, se vocês amam Alá, por favor, espalhem meu vídeo para todos... "

Respondendo à pergunta: "se você pudesse se safar por ter feito alguma coisa, qual seria esta coisa?", pergunta feita aleatoriamente nas ruas da Turquia, uma mulher recentemente respondeu na frente da câmera: "o que eu faria? Decapitaria 20 armênios." Ela então olhou diretamente para a câmera, sorrindo e gesticulando positivamente a cabeça.

Muito desse ódio genocida não deveria pegar ninguém de surpresa: livros didáticos de escolas públicas turcas, conforme constatou um recente estudo, continuam demonizando os armênios, bem como judeus e cristãos.

Se os turcos, que não sentem os efeitos do conflito armênio/azerbaijano, pensam assim, por que então deveria chocar que muitos azerbaijanos também pensem assim? "Nós azerbaijanos", observou Nurlan Ibrahimov, chefe da assessoria de imprensa do clube de futebol Qarabag do Azerbaijão, "temos que matar todos os armênios: crianças, mulheres, idosos. Temos que matá-los sem distinção. Sem arrependimentos, sem compaixão".

Hoje, portanto, comemorando a data do início do Genocídio Armênio, seria bom não apenas lembrar o que aconteceu então e sim o que está fragorosamente sendo preparado para acontecer novamente.

Raymond Ibrahim, autor do livro Sword and Scimitar, The Al Qaeda Reader, e Crucified Again, é Ilustre Senior Fellow do Gatestone Institute, Shillman Fellow do David Horowitz Freedom Center e Judith Rosen Friedman Fellow do Middle East Forum.

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DESTRUINDO TAIWAN

Destruindo Taiwan
por Gordon G. Chang
10 de Maio de 2022

Original em inglês: Destroying Taiwan
Tradução: Joseph Skilnik



O governante chinês Xi Jinping não será dissuadido de invadir Taiwan pelo fato da possibilidade de perder a indústria de semicondutores de Taiwan. Ele tomará a ilha mesmo que tenha que torná-la uma placa radioativa inabitável por mil anos. (Imagem: iStock)

Os Estados Unidos têm condições de salvar Taiwan da invasão chinesa caso se comprometesse a destruir o país ou pelo menos sua infraestrutura para fabricar chips, segundo um artigo publicado na revista trimestral Parameters, da US Army War College. Na matéria "Broken Nest: Deterring China from Invading Taiwan," Jared McKinney da Air University e Peter Harris da Colorado State University, sustentam que Taipei e Washington deveriam tornar a ilha algo "indesejável".

"Os Estados Unidos e Taiwan deveriam traçar planos no sentido de viabilizar uma estratégia da terra arrasada que tornaria Taiwan não só desinteressante se tomada pela força, como também exorbitantemente dispendiosa para mantê-la", segundo o artigo do US Army War College mais transferido por download de 2021. "Isso seria alcançado com propriedade ameaçando destruir as instalações da Taiwan Semiconductor Manufacturing Company, a fabricante de chips mais importante do mundo e também a mais importante fornecedora da China."

McKinney e Harris explicam o título do artigo citando o provérbio chinês: "debaixo de um ninho quebrado, como poderá haver ovos inteiros?"

Os americanos projetam os chips mais rápidos do mundo, mas não fabricam nenhum deles.

Taiwan os fabrica. A ilha é de longe a líder mundial na fabricação de semicondutores. A empresa TSMC, como é conhecida a Taiwan Semiconductor Manufacturing Company, fabrica mais da metade dos chips feitos sob encomenda do planeta e cerca de 90% de seus processadores avançados. A TSMC e a Samsung Electronics são as duas únicas empresas que têm condições de produzir chips de 5 nanômetros, os mais avançados do mundo.

"Hoje, quem controla o acesso aos microchips pode controlar o mundo", escreveu Bob Anderson no site Federalist. Taiwan é tão importante que lá se fala que sua indústria de semicondutores confere um "escudo de silicone" contra uma invasão chinesa.

O argumento do escudo, feito por taiwaneses ou americanos, é uma ilusão. Sim, Pequim decepcionou espetacularmente em não desenvolver sua própria indústria de semicondutores e, sim, a China depende expressivamente dos chips de Taiwan. No entanto, o governante chinês Xi Jinping não será dissuadido pela perspectiva de perder a TSMC e no caso, toda a indústria de semicondutores de Taiwan. Ele tomará a ilha mesmo que tenha que torná-la uma placa radioativa inabitável por mil anos.

No início de seu governo, Xi fundamentou sua legitimidade na tomada de Taiwan. "Olhando mais à frente, a questão das divergências políticas que existem entre os dois lados deverá chegar a uma resolução final, passo a passo, essas questões não podem ser passadas de geração em geração", declarou ele em outubro de 2013.

"A China queria Taiwan muito antes da TSMC produzir chips e iria querê-la mesmo que a TSMC jamais tivesse existido", Michael Turton, um residente de longa data de Taiwan e colunista do Taipei Times,destacou neste mês uma refutação em relação ao Broken Nest. "Ele quer Taiwan porque, a exemplo da Alemanha nazista, é um poder expansionista impulsionado por ideologias racistas e histórico racista."

Fora isso, McKinney e Harris estão equivocados em outro ponto fundamental. Eles sustentam que seria difícil procrastinar Xi com estratégias convencionais de dissuasão.

Ambos estão equivocados porque, entre outras coisas, o regime da China é extraordinariamente avesso a baixas. Xi sabe que uma invasão da ilha seria malvista pela maioria dos cidadãos chineses, especialmente se seus filhos ou filhas fossem mortos ou mutilados na campanha. A menos que esteja debaixo de extrema pressão, ele não fará nada que possa porventura levar o fim do regime do Partido Comunista.

McKinney e Harris, portanto, se desviam totalmente do foco ao argumentarem que uma corrida armamentista com a China seria contraproducente.

Richard Fisher, analista militar especializado em assuntos da China do International Assessment and Strategy Center, disse ao Gatestone que é possível que os Estados Unidos vençam esta queda de braço com a China. Fisher está certo. Os militares chineses estão em uma corrida armamentista não só com os Estados Unidos, mas com grande parte da região, especialmente Japão e Austrália.

McKinney e Harris, embora tivessem chegado a conclusões equivocadas, pelo menos merecem o reconhecimento pelo mérito de terem abordado uma questão delicada. "Que ninguém se engane, não há um jeito concebível de Taiwan ou os EUA responderem a uma invasão chinesa sem que haja custos e riscos para a população de Taiwan", salientaram eles no site de notícias de Taiwan. "Esta é uma realidade inescapável."

É verdade. O povo de Taiwan, ressaltam eles, "deve começar a pensar no impensável".

Além disso, os americanos também devem começar a pensar no impensável. O que é agora impensável para os americanos?

O impensável seria Taiwan cair nas mãos de Pequim. Por mais de um século, os Estados Unidos vêm traçando o perímetro de defesa ocidental na costa da China e Taiwan está no olho do furacão desta linha crítica, onde os mares do Sul da China e do Leste da China se encontram. Taiwan também protege o flanco sul do aliado "pedra angular" dos Estados Unidos no leste da Ásia, o Japão.

E de quebra, num momento em que o Partido Comunista da China ataca as democracias, Washington não pode permitir que Pequim absorva nenhuma delas, mesmo que não seja a casa dos principais fabricantes de chips do planeta.

"Destruir a democracia de Taiwan é essencial para dar ao Partido Comunista da China licença para destruir todas as outras democracias", apontou Fisher. "Matar Taiwan é o primeiro, porém o mais imprescindível passo para conquistar a hegemonia."

Se os Estados Unidos viessem em socorro de Taiwan, não estariam defendendo apenas a ilha, os Estados Unidos estariam defendendo a si próprios.

Gordon G. Chang é o autor do The Coming Collapse of China, Ilustre Senior Fellow do Gatestone Institute e membro do Conselho Consultivo.

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A INTENSIFICAÇÃO DO GENOCÍDIO JIHADISTA NA NIGÉRIA

A Intensificação do Genocídio Jihadista na Nigéria
por Raymond Ibrahim
28 de Outubro de 2021

Original em inglês: The Jihadist Genocide of Christians in Nigeria Intensifies
Tradução: Joseph Skilnik

O que inúmeros observadores internacionais têm há anos retratado como "puro genocídio" de cristãos na Nigéria atingiu novos patamares.

"Nunca vimos um governo tão monstruoso quanto este neste país. O governo apoia incondicionalmente o banho de sangue na Nigéria. Estamos sendo assassinados só porque não somos muçulmanos. Esses mefistofélicos jihadistas fulani contam com o apoio do governo para saírem por aí matando pessoas a esmo, destruírem seus lares e fazendas e quando tentamos nos defender, o governo prende o nosso povo. Que tipo de justiça é essa?" — Pastor Jacob Kwashi, bispo anglicano, no funeral de 17 cristãos assassinados, Morning Star News, 30 de agosto de 2021.

"Há um genocídio em andamento no sul de Kaduna dirigido à população cristã... Todas as igrejas ou escolas foram arrasadas. Nem um único pastor fulani foi preso em todos esses anos. É uma pena que... a mídia ocidental, não acredita que nossas vidas valham alguma notícia.", — Jonathan Asake, ex-membro da Câmara dos Representantes da Nigéria, The Epoch Times, 4 de agosto de 2021.

"Já que o governo e seus defensores afirmam que os assassinatos não têm conotações religiosas, por que então os terroristas e pastores têm como alvo as comunidades predominantemente cristãs e também os líderes cristãos?" — Associação Cristã da Nigéria, International Centre for Investigative Reporting, 21 de janeiro de 2020.

"É complicado dizer aos cristãos nigerianos que não se trata de um conflito religioso, pois o que eles veem são quadrilheiros fulani vestidos de preto da cabeça aos pés, entoando palavras de ordem 'Allahu Akbar!' e gritando 'Morte aos Cristãos'." — Irmã Monica Chikwe, Crux, 4 de agosto de 2019.



A partir do momento em que começou o agravamento impiedoso da insurgência islâmica em julho de 2009, mais de 60 mil cristãos foram assassinados ou sequestrados em seus ataques. Os cristãos sequestrados nunca mais voltaram aos seus lares e seus entes queridos acreditam que estejam mortos. Além disso, naquele mesmo período, cerca de 20 mil igrejas e escolas cristãs foram incendiadas e destruídas. Foto: O que restou da igreja First African Church Mission em Jos, Nigéria em 6 de julho de 2015. (Foto by AFP via Getty Images)

O que inúmeros observadores internacionais têm há anos retratado como "puro genocídio" de cristãos na Nigéria atingiu novos patamares.

A partir do momento em que começou o agravamento impiedoso da insurgência islâmica em julho de 2009, primeiro nas mãos do Boko Haram, uma organização terrorista islâmica e na sequência pelos fulani, lavradores muçulmanos também radicalizados e motivados pela ideologia jihadista, mais de 60 mil cristãos foram assassinados ou sequestrados em seus ataques. Os cristãos sequestrados nunca mais voltaram aos seus lares e seus entes queridos acreditam que estejam mortos. Além disso, naquele mesmo período, cerca de 20 mil igrejas e escolas cristãs foram incendiadas e destruídas.

Algumas dessas descobertas estão documentadas em um relatório de 4 de agosto de 2021 realizado pela Sociedade Internacional das Liberdades Civis e do Estado de Direito, também conhecido como "Intersociety", uma organização de direitos humanos sem fins lucrativos com sede na Nigéria. Embora valha a pena ler o relatório na íntegra, seguem alguns trechos dignos de nota:

"O número total de mortes 'diretas' de cristãos... ocorridas entre julho de 2009 e julho de 2021... avaliado de forma independente, chega a nada menos que 43 mil pessoas... As mortes são resultado da disseminação do islamismo radical na Nigéria..."

"Os jihadistas islâmicos e seu 'esprit de jihad' nas forças de segurança nigerianas foram responsáveis por pelo menos outras 18.500 mortes de cristãos decorrentes da prática de sumiços ou de sequestros que muito provavelmente jamais serão devolvidos com vida... Muito embora a maioria dos muçulmanos sequestrados por jihadistas na Nigéria sejam depois incondicionalmente libertados para as suas famílias, a maioria dos seus homólogos cristãos são mortos no cativeiro ou convertidos à força ao Islã..."

"Entre as atrocidades cometidas pelos jihadistas dirigidas acima de tudo contra os cristãos... se encontram: massacres, assassinatos, mutilações, cortes de gargantas e de úteros, decapitações, tortura, amputações, sequestros, tomada de reféns, estupro, violação de menininhas, casamentos forçados, sumiços, extorsões, conversões forçadas e destruição ou incêndio de casas e locais de culto e centros de aprendizagem, bem como invasão e tomada de terras cultivadas, destruição e colheita forçada de safras agrícolas e outros atos proibidos internacionalmente..."

"Nos últimos doze anos... pelo menos 17.500 igrejas e 2.000 escolas cristãs e outros centros de aprendizagem foram atacados pelos jihadistas e destruídos parcial ou totalmente ou incendiados ou devastados. Nos últimos sete meses de 2021, por exemplo, o número de igrejas ameaçadas ou atacadas e destruídas ou incendiadas saltou para mais de 300..."

"Nos mesmos últimos doze anos, também foi descoberto, de forma independente, que nada menos de 30 milhões de cristãos, principalmente no norte da Nigéria de maioria muçulmana e suas religiões étnicas foram ameaçados e dez milhões deles foram desalojados, seis milhões forçados a fugir de suas casas ou localizações geopolíticas para evitar serem mortos a machadadas e mais de quatro milhões de desabrigados viraram IDPs (deslocados internos)..."

Embora o último mês a ser incluído no período de relatório da Intersociety tenha sido julho de 2021, os massacres e atrocidades continuam de forma implacável desde então. A seguir alguns exemplos de agosto de 2021:

Em uma região do Plateau, terroristas fulani "assassinaram 70 cristãos, desabrigaram outros 30 mil e queimaram 500 lares além de mil fazendas" isto só nas três primeiras semanas do mês de agosto, segundo um relatório divulgado em 25 de agosto. Davidson Malison, um líder cristão de uma das áreas afetadas, lamentou:

"lágrimas compulsivas continuaram enchendo nossos olhos como nação e como povo. O terror desencadeado pelos lavradores fulani contra os cristãos de Irigwe continuou a todo vapor sem nenhum indício de remorso e nem de arrependimento."

Pastor Ronku Aka, outro líder da comunidade cristã de Irigwe, observou:

"enquanto os lavradores fulani atacavam minhas comunidades, os soldados e outros agentes de segurança se encontravam por perto. Conforme os invasores fulani desfechavam os ataques, tínhamos a esperança de que eles enfrentassem os invasores e dessem um basta à destruição, mas nada disso aconteceu."

Quando Aka interpelou os soldados com respeito ao seu descaso, eles responderam que "não receberam ordens para resistir aos atacantes".

Elishi Datiri, outro líder cristão da região, cujo rebanho foi massacrado nesta rodada da jihad, explicou a situação com mais detalhes:

"lamentavelmente, a carnificina, o genocídio e a destruição desenfreada de propriedades estão sendo cometidos nas barbas do pessoal de segurança com quem o governo gasta bilhões dos contribuintes em operações para proteger as vidas e propriedades de todos os nigerianos. Em muitos casos, os militares colaboram com os fulanis para que cometam ataques covardes. A participação direta dos militares na destruição de terras cultivadas e propriedades de cristãos motivou inúmeras petições, entrevistas coletivas à imprensa, comunicados e, em alguns casos, manifestações por parte das comunidades cristãs exigindo a retirada dos militares... Há incessantes ataques sangrentos contra os cristãos capitaneados pelos fulanis com a ajuda das agências de segurança sobrecarregadas com a responsabilidade de proteger vidas e propriedades... Quero frisar a profunda preocupação inaceitável à pilhagem de nossas terras sob a direta supervisão das autoridades constituídas encarregadas de defender todos os direitos das pessoas, consolidados na Constituição da Nigéria."

Segundo outro relatório de 30 de agosto, os lavradores islâmicos assassinaram outros 36 cristãos, muitas vezes sob gritos islâmicos de "Allahu Akbar", durante vários ataques que corriam soltos no estado nigeriano de Kadu no mês de agosto.

No funeral de 17 desses cristãos, o reverendo Jacob Kwashi, bispo anglicano que presidiu outros tantos funerais de cristãos assassinados nas últimas semanas e meses, soltou o verbo:

"nunca vimos um governo tão monstruoso quanto este neste país. O governo apoia incondicionalmente o banho de sangue na Nigéria. Estamos sendo assassinados só porque não somos muçulmanos. Esses mefistofélicos jihadistas fulani contam com o apoio do governo para saírem por aí matando pessoas a esmo, destruírem seus lares e fazendas e quando tentamos nos defender, o governo prende o nosso povo. Que tipo de justiça é essa?"

Na noite de 24 de agosto em Jos North, no Plateau, "lavradores jihadistas fulani" invadiram outra aldeia cristã onde, de acordo com outro relatório, "foram de casa em casa assassinando os moradores". No final, mais 37 assassinatos de cristãos.

Na madrugada de 3 de agosto, terroristas fulani invadiram outras quatro aldeias de maioria cristã, onde assassinaram entre 22 e 27 pessoas, incendiaram centenas de casas e destruíram sistematicamente colheitas e grãos das aldeias agrícolas. Comentando o ataque, Jonathan Asake, ex-membro da Câmara dos Representantes da Nigéria, salientou:

"há um genocídio em andamento no sul de Kaduna dirigido à população cristã autóctone cujo objetivo é nos forçar ou intimidar a abandonar nossa fé ou deixar as terras de nossos ancestrais de mão beijada para os pastores armados. Algumas das aldeias atacadas... foram atacadas pelo menos três vezes nos últimos seis anos contendo valas comuns onde dezenas foram enterradas em pé servindo de testemunho do que estamos dizendo.Todas as igrejas ou escolas foram arrasadas. Nem um único pastor fulani foi preso em todos esses anos. é uma pena que, embora o governo do estado de Kaduna e o governo federal estejam fazendo vista grossa, o mundo como um todo, em especial a mídia ocidental, não acredita que nossas vidas valham alguma notícia."

Em 5 de agosto, autoridades governamentais demoliram uma igreja em Maiduguri, capital do estado de Borno, no norte da Nigéria, de maioria muçulmana. O filho do pastor, Ezekiel Bitrus Tumba, 29, foi baleado e morto por tentar intervir e impedir a demolição de sua igreja. No domingo, 8 de agosto, os cristãos se reuniram em torno das ruínas de sua igreja e realizaram um culto. Um cristão escreveu no Facebook: "eles demoliram a construção, pensando que era a Igreja. Mas não é possível conter e destruir a Igreja."

Provavelmente, em resposta, mais quatro igrejas locais foram demolidos, tudo sob o pretexto de que não tinham alvarás adequados, que são praticamente impossíveis de obter no estado de Borno, de maioria muçulmana. Conforme um líder cristão local observou:

"se você quiser construir uma igreja, eles não lhe darão o alvará, porque o governo irá demitir qualquer um que proponha/assine um documento para a construção de uma igreja".

Segundo outro relatório de 10 de agosto:

"pastores muçulmanos sunitas fulani invadiram o orfanato cristão em Miango, na Nigéria, e incendiaram todas as construções. As 147 crianças e funcionários foram evacuados poucas horas antes do ataque de 2 de agosto de 2021. As crianças ficaram órfãs em ataques anteriores perpetrados por terroristas muçulmanos sunitas, como o Boko Haram."

"À medida que os pastores fulani foram avançando nas regiões de Miago e Jos, eles destruíram 500 casas, 5 igrejas e assassinaram 68 cristãos. Muitos ficaram feridos. A lei nigeriana proíbe a posse de armas de fogo na Nigéria, mas curiosamente os fulani tinham armas exatamente iguais às do exército."

O governo do presidente Muhammadu Buhari obviamente nega qualquer irregularidade. Ele também insiste há muito tempo que nenhum desses assassinatos tem algo a ver com a religião, nem com a fé muçulmana dos perpetradores fulani, nem com a fé cristã das vítimas assassinadas. Invertendo as bolas, segundo o governo nigeriano, a violência e o derramamento de sangue se deve às disputas por terras, pobreza e desigualdade.

Embora a grande mídia ocidental e um contingente considerável de políticos ocidentais, estejam felizes da vida em repetir a mesma ladainha e apresentar o que é, de fato, um genocídio de cristãos alimentado por jihadistas como se fosse um problema econômico, poucos cristãos nigerianos caem nesta conversa fiada.

"Uma vez que o governo e seus defensores afirmam que os assassinatos não têm conotações religiosas, a Associação Cristã da Nigéria perguntou: por que então os terroristas e pastores têm como alvo as comunidades predominantemente cristãs e também os líderes cristãos?"

A Associação Cristã da Nigéria também perguntou:

"como é possível se tratar de um conflito secular ou econômico quando um grupo (muçulmanos) persistentemente ataca, mata, mutila, destrói e o outro (cristãos) é continuamente morto, mutilado e seus locais de culto destruídos?"

Nas palavras da Irmã Monica Chikwe, freira das Irmãs Hospitaleiras da Misericórdia:

"é complicado dizer aos cristãos nigerianos que não se trata de um conflito religioso, pois o que eles veem são quadrilheiros fulani vestidos da cabeça aos pés, entoando palavras de ordem 'Allahu Akbar!' e gritando 'Morte aos Cristãos'."

Raymond Ibrahim, autor do livro recentemente publicado Sword and Scimitar, é Ilustre Senior Fellow do Gatestone Institute, Shillman Fellow do David Horowitz Freedom Center e Judith Rosen Friedman Fellow do Middle East Forum.

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A MENSAGEM DE TAIWAN PARA A CHINA


Mensagem de Taiwan para a China: Temos uma Arma Semelhante à Bomba Atômica
por Gordon G. Chang
1 de Julho de 2022

Original em inglês: Taiwan's Message for China: We Have a Nuke-Like Weapon
Tradução: Joseph Skilnik





A China tem alvos e Taiwan tem mísseis. Quase 30% da população da China corre o risco de uma catastrófica explosão na Barragem das Três Gargantas (foto), como o rompimento causado por um míssil. Isso se traduz em dissuasão se Taiwan deixar claro que, em nome da defesa da soberania, estaria disposta a causar a morte de centenas de milhões de chineses. (Foto: STR/AFP via Getty Images)

Em 21 de junho, o Diário do Povo da China relatou que os Estados Unidos e Taiwan estavam prestes a participar das conversas conhecidas como Monterey Talks. Esperava-se que o lado dos EUA, segundo a publicação mais consagrada da China, oferecesse 20 tipos de armas para a aquisição de Taiwan, "com ênfase na aptidão da 'capacidade assimétrica'".

Taiwan, território que a República Popular da China assevera ser sua 34ª província, já conta com capacidades assimétricas e uma delas pode ser tão poderosa quanto uma arma nuclear.

Pequim sustenta que Taiwan não tem condições de se defender. "O especialista militar Song Zhongping disse que é impossível Taiwan montar 'capacidades assimétricas', não importando o tipo de armas que venha a adquirir dos EUA, já que a diferença entre a capacidade militar dos dois lados é 'avassaladoramente grande'". Informou o jornal Diário do Povo, órgão do Partido Comunista.

Taiwan está "devaneando" se acha que pode conter o Exército Popular de Libertação, segundo o jornal. Por que? "As armas assimétricas são 'inúteis' diante da esmagadora vantagem do EPL."

As declarações do Diário do Povo seguiram uma troca incomum de farpas entre um legislador de Taiwan e uma autoridade chinesa. "É óbvio que Taiwan jamais invadiria a China", salientou You Si-kun, presidente do Legislativo Yuan de Taiwan, em 12 de junho em um evento virtual. "Taiwan não atacaria Pequim nem a represa das Três Gargantas, de maneira eficiente."

"Antes da China atacar Taiwan", You alertou, "ela deveria levar em conta a capacidade existente de Taiwan de atacar Pequim". "A China", ressaltou ele, "deveria botar as barbas de molho".

O Departamento para Assuntos Taiwaneses da China, por meio do porta-voz Ma Xiaoguang, respondeu com uma imagem poética. "Se eles se atreverem a jogar um ovo numa pedra, isso só irá acelerar o seu fim."

Pelo menos um dos "ovos" de Taiwan poderá matar dezenas de milhões de chineses, talvez mais.

O alcance do míssil de cruzeiro Yun Feng de Taiwan nunca foi confirmado publicamente, mas analistas acreditam que seja cerca de 1.240 milhas, o suficiente para atingir tanto a capital chinesa quanto a Barragem das Três Gargantas, a maior estrutura de controle de enchentes do planeta.

A barragem da China cria um reservatório de 39,3 bilhões de metros cúbicos de água no rio Yangtze e está rio acima onde habitam cerca de 400 milhões de pessoas. Quase 30% da população da China, portanto, corre o risco de estar diante de uma fissura catastrófica na estrutura, como a causada por um ataque de míssil. Isso significa que Taiwan possui uma arma convencional que tem o poder de uma bomba atômica.

Em se tratando de dissuasão, no entanto, quantidade conta. "A China tem uma superioridade significativa sobre Taiwan em número de aeronaves de combate e navios de guerra", realçou Richard Fisher, do Centro Internacional de Avaliação e Estratégia ao Gatestone Institute. "O Exército de Libertação Popular pode convocar milhares de barcaças civis e cerca de 4 mil aviões Boeing e Airbus para transportar o grosso de sua força invasora e de ocupação para Taiwan".

De modo que, para Taiwan deter a China, ela precisaria de milhares de mísseis, talvez dezenas de milhares de mísseis. A taxa de produção do Yun Feng de Taiwan nunca foi confirmada publicamente, mas é claro que a república insular não possui no momento um número suficiente para tanto.

Os Estados Unidos deveriam ter diligentemente incentivado Taiwan a desenvolver mísseis há duas décadas, mas não incentivaram. O governo Obama até "procurou diligentemente desencorajar Taiwan de adquirir esse tipo de mísseis", salientou Fisher no programa de rádio "CBS Eye on the World" de John Batchelor no dia 21 do corrente mês.

Agora, os Estados Unidos precisam ajudar Taiwan a melhorar a velocidade e o alcance de seus mísseis e, é claro, aumentar a quantidade.

Acima de tudo, Taiwan precisa se precaver para que a China não tenha condições de destruir seus mísseis Yun Feng em um ataque inicial. Alguns mísseis taiwaneses estão em plataformas de lançamento fixas e vulneráveis, mas a maioria encontra-se em plataformas móveis, salientou Fisher ao Gatestone Institute.

Em 21 de junho, 29 aeronaves da China sobrevoaram a zona de identificação de defesa aérea de Taiwan, entre elas seis bombardeiros H-6 com poder de fogo nuclear, esta foi a nona incursão este mês. "O último exercício em larga escala do #PLA mostra que a ameaça militar da autoritária #China é a mais grave até agora",tuitou o ministro das Relações Exteriores de Taiwan, Joseph Wu, a partir da conta oficial de seu ministério.

As aeronaves chinesas seguiram um caminho através do espaço aéreo internacional, não obstante, o sobrevoo de 21 de junho é considerado hostil. Essas provocações na zona aérea tornaram-se contínuas nos últimos meses e seguem uma ação muito mais grave. Em 5 de fevereiro, a China sobrevoou diretamente com uma de suas aeronaves de uma das ilhas periféricas de Taiwan, uma flagrante violação do espaço aéreo soberano de Taiwan.

"A campanha de intimidação só vai escalar se tornando cada vez mais ousada", ressaltou Fisher ao Gatestone Institute, isto antes da incursão de 21 de junho.

Até agora os Estados Unidos tentaram administrar a situação em todo o Estreito de Taiwan não contrariando a China. A política americana de fato evitou uma invasão, mas funcionou em um período largamente benigno e esse período benigno claramente não existe mais.

Agora, ao que tudo indica, o regime chinês quer ir à guerra. As duras críticas do General Wei Fenghe, Ministro da Defesa da China no Diálogo Shangri-La em Cingapura ocorrido este mês, são um claro aviso de intenção hostil.

A China tem alvos e Taiwan tem mísseis. Isso se traduz em dissuasão se Taiwan deixar claro que, em nome da defesa da soberania, estaria disposta a causar a morte de centenas de milhões de chineses.

Advertências desse tipo mantiveram a paz na Europa durante a Guerra Fria, apesar da esmagadora vantagem convencional militar da União Soviética em comparação com as das nações da Europa Ocidental.

Por décadas a fio, os políticos taiwaneses relutaram em falar sobre a capacidade da ilha matar chineses em grande escala. Agora, eles obviamente acreditam que chegou a hora de botar a boca no trombone, e com força total. Fazer ameaças de infligir incomensuráveis baixas é talvez o derradeiro recurso que Taiwan tem de manter a paz no Leste da Ásia.

Sim, estamos à beira da guerra.

Gordon G. Chang é o autor do The Coming Collapse of China, Ilustre Senior Fellow do Gatestone Institute e membro do Conselho Consultivo.

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AS VIDAS NEGRAS QUE NÃO IMPORTAM: 50 CRISTÃOS ASSASSINADOS


As Vidas Negras que Não Importam: 50 Cristãos Assassinados em suas Igrejas
por Raymond Ibrahim
24 de Junho de 2022

Original em inglês: The Black Lives that Don't Matter: 50 Christians Murdered in Their Church
Tradução: Joseph Skilnik




No último domingo, terroristas islâmicos massacraram mais de 50 cristãos na Igreja Católica de São Francisco no Estado de Ondo, Nigéria, que rezavam pacificamente. Através dos anos, os muçulmanos atacaram, alvejaram ou incendiaram inúmeras igrejas na Nigéria. Cadê a indignação? Cadê as "hashtags" em apoio aos nigerianos cristãos? Por que essas vidas negras não importam? Foto: manchas de sangue no chão da Igreja Católica de São Francisco, em 5 de junho de 2022. (Foto: AFP via Getty Images)

No último domingo, 5 de junho de 2022, terroristas islâmicos invadiram a Igreja Católica de São Francisco no Estado de Ondo, Nigéria, e massacraram mais de 50 cristãos que rezavam pacificamente. Vídeos, de acordo com um relato, "mostravam fiéis deitados em poças de sangue e as pessoas ao redor em prantos".

Por mais aterrador que este massacre possa parecer, ele representa apenas o conhecido chavão "ponta do iceberg": através dos anos, os muçulmanos atacaram, alvejaram ou incendiaram inúmeras igrejas na Nigéria. Abaixo estão apenas três exemplos:Domingo de Páscoa , 20 de abril de 2014: terroristas islâmicos incendiaram uma igreja lotada, 150 cristãos foram mortos e um sem-número ficaram feridos.
Domingo de Páscoa 8 de abril de 2012: explosivos plantados por muçulmanos detonaram perto de duas igrejas lotadas, mais de 50 cristãos foram mortos e não se sabe ao certo quantos ficaram feridos.
Dia de Natal , 25 de dezembro de 2011: terroristas muçulmanos alvejaram e detonaram bombas em três igrejas, 37 cristãos foram mortos e 57 ficaram feridos.

Os cristãos da Nigéria estão, de fato, sendo erradicados num genocídio de acordo com inúmeras ONGs, para visualizar alguns exemplos, clique (aqui e aqui). Um cristão é morto a cada duas horas na Nigéria. Segundo um levantamento de agosto de 2021, desde que começou a insurgência islâmica de forma mais diligente em julho de 2009, primeiro nas mãos da organização terrorista islâmica Boko Haram e na sequência por pastores muçulmanos Fulani, também motivados pela ideologia jihadista, que os impele a se assenhorarem da terra cristã ("infiel"), mais de 60 mil cristãos foram assassinados ou sequestrados durante ataques e nunca mais foram vistos. Naquela época, aproximadamente 20 mil igrejas e escolas cristãs foram incendiadas e destruídas por muçulmanos aos berros "Allahu Akbar" ("Alá é o maior").

Na Nigéria, há menos de um mês, o Estado Islâmico divulgou um vídeo no qual seus membros massacram 20 cristãos. Embora lembre muito o vídeo de 2015 de outro bando de terroristas muçulmanos que também massacram 21 cristãos coptas na Líbia, o mais recente recebeu significativamente menos cobertura da mídia. O vídeo de 2015 dos coptas havia recebido seis vezes menos cobertura da mídia do que o abate de um gorila ocorrido na mesma época. O vídeo do mês passado dos cristãos nigerianos mal deu um pio na mídia ocidental, como se o ritual massacre de cristãos fosse algo tão banal a ponto de sequer merecer uma reportagem.

Cadê a indignação? Quando o australiano Brenton Tarrant, atacou duas mesquitas e matou 51 muçulmanos em 2019 na Nova Zelândia, o mundo caiu matando, o corre-corre angustiante não parou desde então. As Nações Unidas responderam a este isolado e aberrante ataque estabelecendo uma iniciativa para "combater a islamofobia". Cadê, após anos e décadas de ataques, as iniciativas da ONU para "combater o antissemitismo" e "combater o genocídio cristão"?

Ao que tudo indica, a ONU só está interessada em assistir de camarote, vendo seus membros violarem suas próprias regulamentações. As ameaças genocidas do Irã, que violam a Carta da ONU, são motivos para expulsá-lo do órgão. A ONU dá os ombros a crimes hediondos cometidos contra a humanidade, como a escravidão, para visualizar clique (aqui e aqui) ou as mentiras da China sobre a transmissibilidade entre humanos do COVID-19, ao mesmo tempo, apadrinhando, perseguir injustamente Israel, uma democracia que realmente defende os direitos humanos de todos os seus cidadãos, sejam eles muçulmanos, judeus ou cristãos.

Dito isto, o que a ONU e outros grandes órgãos governamentais irão fazer agora em face ao tiroteio contra mais uma igreja e à chacina de mais de 50 cristãos? Provavelmente nada, além de tentar silenciar quem tenta expor a ideologia que muitos dos assassinos dizem ser a propulsora para tanto (para visualizar clique aqui e aqui).. Sabemos disso porque a ONU e muitos membros do clero não fizeram absolutamente nada diante dos inúmeros outros ataques de muçulmanos a igrejas que custaram milhares de vidas cristãs ao longo dos anos, exceto procurarem encobrir a motivação dos assassinos, como estavam "drogados com maconha" ou sofriam de "doenças mentais."

Com efeito, há apenas duas semanas, quando parlamentares do Parlamento Europeu, um dos órgãos legislativos da União Europeia, apresentaram uma proposta para debater a crescente onda de perseguição cristã ao redor do mundo, ironicamente, no contexto da então mais recente atrocidade na Nigéria: a estudante cristã Deborah Samuel que foi apedrejada e morreu queimada viva, a maioria do Parlamento Europeu, que na maior parte são filiados a partidos de esquerda, se recusou ou a conversar sobre o assunto.

Ignorar o assassinato de cristãos é, obviamente, só uma peça do quebra-cabeça, ocultar a identidade religiosa dos assassinos é a outra. Ao retratar o massacre de mais de 50 cristãos no último domingo, as palavras "muçulmano", "Islã" ou até mesmo "islamista" jamais apareceram na reportagem da AP. Em vez disso, somos informados que "não ficou claro no ato quem estava por trás do ataque à igreja". Para manter a ambiguidade, a AP omite apontar que os terroristas islâmicos rotineiramente invadiram igrejas e massacraram muitos cristãos ao longo dos anos na Nigéria, fato este que pode dar uma dica sobre "quem estava por trás do ataque". Contudo, dissimular o que está acontecendo com os cristãos na Nigéria é uma velha tática da "grande mídia".

Basta pensar nas palavras de Johnnie Carson, Secretário de Estado Adjunto dos EUA para Assuntos Africanos do Presidente Barack Obama. Ao discursar depois que terroristas muçulmanos massacraram na Nigéria mais de 50 fiéis em igrejas cristãs no Domingo de Páscoa de 2012, Carson disse: "quero aproveitar a oportunidade para enfatizar um ponto-chave, a religião não está alentando a violência extremista (na Nigéria)". Na realidade, a "desigualdade" e a "pobreza" citando o ex-presidente Bill Clinton, é "que estão alimentando todas essas coisas" ("essas coisas", querendo dizer o massacre de cristãos nas mãos de muçulmanos). Uma década e inúmeros cadáveres cristãos depois, os EUA não mudaram seu posicionamento.

Pior do que isso, a resposta do governo Biden ao ataque sangrento de jihadistas contra os cristãos na Nigéria, onde 13 cristãos são chacinados todo santo dia, foi remover a Nigéria da lista de países de particular preocupação do Departamento de Estado: nações que praticam ou toleram violações da liberdade religiosa.

Cadê a indignação? Cadê as "hashtags" em apoio aos nigerianos cristãos? Por que essas vidas negras não importam?

Raymond Ibrahim, autor do novo livro, Defenders of the West: The Christian Heroes Who Stood Against Islam, é Ilustre Senior Fellow do Gatestone Institute, Shillman Fellow do David Horowitz Freedom Center e Judith Rosen Friedman Fellow do Middle East Forum.

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POR QUE, PARA A ONU, UM MASSACRE EM UMA MESQUITA É IMENSAMENTE PIOR DO QUE MUITOS MASSACRES EM IGREJAS?

Por que, para a ONU, Um Massacre em Uma Mesquita é Imensamente Pior do que Muitos Massacres em Igrejas?
por Raymond Ibrahim
10 de Junho de 2022

Original em inglês: Why, for the UN, Is One Mosque Massacre So Much Worse than Countless Church Massacres?
Tradução: Joseph Skilnik



No domingo de Páscoa de 21 de abril de 2019, terroristas muçulmanos realizaram atentados à bomba em três igrejas e em três hotéis no Sri Lanka, 359 pessoas morreram e mais de 500 ficaram feridas. Na foto acima: destroços no interior da Igreja de São Sebastião em Negombo, Sri Lanka, em 21 de abril de 2019, após o ataque à bomba. (Foto: Stringer/Getty Images)




Recentemente as Nações Unidas instituíram o dia 15 de março como "dia internacional de combate à islamofobia". A data foi escolhida porque ela foi testemunha de um dos piores ataques terroristas cometidos contra muçulmanos, ocorrido em 15 de março de 2019, quando Brenton Tarrant, um australiano armado, entrou em duas mesquitas na Nova Zelândia e abriu fogo contra os fiéis muçulmanos desarmados e indefesos matando 51 pessoas e ferindo outras 40.

Este incidente não só foi amplamente condenado em todo o Ocidente, e com razão, como também fez com que a ONU escolhesse exclusivamente o Islã como o único a necessitar de proteção especial.

Esta resposta, no entanto, levanta uma questão extremamente importante: se um ataque perpetrado por não muçulmanos a uma mesquita é o bastante para que a ONU institucionalize um dia especial para o Islã, o que dizer dos incontáveis, muitas vezes piores, ataques perpetrados por muçulmanos a lugares de culto não muçulmanos? Por que para eles não houve uma resposta semelhante da ONU?

Vamos lembrar alguns dos ataques que causaram carnificina perpetrados por muçulmanos a igrejas cristãs, muitos, para enfatizar a animosidade religiosa, que ocorreram somente na Páscoa ou no Natal, de uns anos para cá:Sri Lanka (21 de abril de 2019): Domingo de Páscoa, terroristas muçulmanos atacam com bombas três igrejas e três hotéis, 359 pessoas morreram e mais de 500 ficaram feridas.
Nigéria (20 de abril de 2014): Domingo de Páscoa, terroristas islâmicos incendiaram uma igreja repleta de fiéis, 150 pessoas foram mortas.
Paquistão (27 de março de 2016): logo depois dos serviços religiosos do Domingo de Páscoa, terroristas islâmicos atacaram um parque com bombas onde os cristãos estavam congregados, mais de 70 cristãos, em sua maioria mulheres e crianças, foram mortos. "Havia carne humana nas paredes da nossa casa", lembra uma testemunha.
Iraque (31 de outubro de 2011): terroristas islâmicos invadiram uma igreja em Bagdá durante o serviço religioso, abrindo fogo indiscriminadamente e na sequência detonaram seus coletes atados com explosivos. Quase 60 cristãos, entre eles mulheres, crianças e bebês, foram mortos (para visualizar as imagens hediondas, clique aqui).
Nigéria (8 de abril de 2012): Domingo de Páscoa, explosivos plantados por muçulmanos detonaram perto de duas igrejas lotadas, mais de 50 pessoas foram mortas e não se sabe ao certo quantas ficaram feridas.
Egito (9 de abril de 2017): Domingo de Ramos, muçulmanos atacaram com bombas duas igrejas lotadas, pelo menos 45 pessoas foram mortas, mais de 100 ficaram feridas.
Nigéria (25 de dezembro de 2011): durante o serviço religioso do dia de Natal, terroristas muçulmanos atiraram a esmo e atacaram três igrejas com bombas, 37 pessoas foram mortas e quase 57 ficaram feridas.
Egito (11 de dezembro de 2016): um atentado suicida islâmico contra duas igrejas deixou 29 pessoas mortas e 47 feridas (para acessar as imagens hediondas do rescaldo clique aqui).
Indonésia (13 de maio de 2018): muçulmanos atacaram três igrejas com bombas, 13 pessoas foram mortas e dezenas ficaram feridas.
Egito (1º de janeiro de 2011): terroristas muçulmanos atacaram com bombas uma igreja em Alexandria durante a missa da virada do ano, pelo menos 21 cristãos foram mortos. Segundo testemunhas que estavam no local, "partes dos corpos dos fiéis ficaram espalhados por toda a rua do lado de fora" e "foram levados para o interior da igreja depois que alguns muçulmanos começaram a pisotear os corpos e bramir cânticos jihadistas", como "Allahu Akbar!"
Filipinas (27 de janeiro de 2019): terroristas muçulmanos perpetraram ataques à bomba em uma catedral, pelo menos 20 pessoas foram mortas e mais de 100 ficaram feridas.
Indonésia (24 de dezembro de 2000): Durante o serviço religioso da véspera de Natal, terroristas muçulmanos atacaram várias igrejas com bombas, 18 pessoas foram mortas e mais 100 ficaram feridas.
Paquistão (15 de março de 2015): homens bomba muçulmanos mataram pelo menos 14 cristãos em ataques a duas igrejas.
Alemanha (19 de dezembro de 2016): Perto da Kaiser Wilhelm Memorial Church em Berlim, um muçulmano jogou um caminhão contra um mercado de Natal, 13 pessoas foram mortas e 55 ficaram feridas.
Egito (29 de dezembro de 2017): muçulmanos armados dispararam tiros contra uma igreja no Cairo, nove pessoas foram mortas.
Egito (6 de janeiro de 2010): após a Missa do Galo (segundo o calendário ortodoxo), muçulmanos mataram a tiros seis cristãos quando estes saíam da igreja.
Rússia (18 de fevereiro de 2018): um muçulmano munido de faca e espingarda de cano duplo entrou em uma igreja e abriu fogo, cinco pessoas, todas mulheres, foram mortas e pelo menos cinco outras ficaram feridas.
França (26 de julho de 2016): muçulmanos entraram em uma igreja e cortaram a garganta do padre oficiante, Pe. Jacques Hamel de 85 anos e fizeram quatro freiras reféns até que as autoridades francesas mataram os terroristas a tiros.

A lista acima, vale a pena lembrar, não é nada abrangente; houve muitos ataques desse tipo contra igrejas, para visualizar algumas ocorridas somente no Egito, clique aqui,aqui,aqui,aqui,aqui e aqui. Mas como não houve nenhuma ou poucas mortes, tiveram pouca ou nenhuma cobertura da imprensa ocidental.

Este pouco caso é palpável principalmente em regiões remotas e, ao que tudo indica, na opinião da mídia ocidental, de "pouca relevância", como a Nigéria, onde os cristãos estão sendo exterminados de hora em hora em um genocídio de perpetração muçulmana. De modo que, depois de perceber que os muçulmanos eliminaram 60 mil cristãos só entre 2009 e 2021, um relatório de agosto de 2021 afirma que, nesse mesmo período, os muçulmanos também destruíram ou incendiaram 17.500 igrejas e 2.000 escolas cristãs. Quantas almas, sem terem sido registradas, pereceram nesses ataques terroristas que em grande medida sequer foram anotadas?

A lista acima de ataques de muçulmanos a igrejas que resultaram em carnificina não inclui nenhum dos muitos que fracassaram, como por exemplo, o ataque a uma igreja ocorrido em 28 de março de 2021 durante a Missa do Domingo de Ramos, no qual somente o homem bomba, um muçulmano e a esposa grávida, morreram.

Somente nestes ataques a igrejas que deixaram mortos e feridos, os muçulmanos massacraram centenas de cristãos, isto sem falar nos milhares de cristãos e outros ocidentais massacrados em ataques que não ocorreram em igrejas, como o de 11 de setembro, os ataques ao sistema de trânsito de Londres em 7/7/2005, os ataques de Paris contra a redação da revista Charlie Hebdo e na casa noturna Bataclan, o ataque de Barcelona em Las Ramblas, o ataque em Nice em 14 de julho o ataque em Toulouse contra uma escola judaica, os ataques terroristas em Berlim no mercado de inverno e o de Copenhague, só para lembrar alguns casos.

Pelo exposto acima, a pergunta que não quer calar: se um ataque perpetrado por não muçulmanos a uma mesquita, que custou 51 vidas de muçulmanos, foi o bastante para que a ONU instituísse o "dia internacional de combate à islamofobia", por que ataques tão numerosos de muçulmanos a igrejas, que ceifaram milhares de vidas de cristãos, não foram o bastante para que a ONU instituísse o "dia internacional de combate à cristianofobia"?

Em outras palavras, por que um incidente imensamente repreensível, porém isolado, de um homem do Ocidente que matou 51 muçulmanos, vale incomensuravelmente mais para a ONU do que os incontáveis casos de muçulmanos que mataram um número incontável de cristãos?

Se um belo dia a ONU fosse colocada contra a parede e forçada a explicar essa discrepância, sem dúvida ela diria que, por mais lamentáveis que sejam todos esses ataques a igrejas e a outros lugares, eles não revelam um padrão, como a "islamofobia" revela, que os ataques às igrejas são subprodutos do terrorismo (que ao que consta não está de forma alguma relacionado ao Islã), alimentados pela economia, disputas territoriais e desigualdade, resumindo, "reivindicações". Basta resolver estes problemas pontuais e os ataques às igrejas cessarão.

Na realidade, o diametralmente oposto é que parece ser a verdade: ao passo que o ataque à mesquita da Nova Zelândia foi de fato uma aberração, evidenciado por sua singularidade, os ataques perpetrados por muçulmanos contra as igrejas são muito corriqueiros, não só agora, mas ao longo da história. Na Turquia, por exemplo, dá para ver o que aconteceu com o grande Império Bizantino cristão depois que foi invadido pelos árabes no século VII, quando Constantinopla caiu nas mãos do sultão Mehmed II em 1453 e o genocídio de armênios, assírios e gregos pônticos, no início do século XX.

Conforme pode ser visualizado clicando aqui, raramente passa um mês no mundo muçulmano de hoje e cada vez mais no Ocidente, sem que ocorram inúmeros ataques ou assédios contra igrejas. Embora alguns destes, felizmente não tenham sido letais, todos ressaltam a indisposição do Islã para com as igrejas, e, ao que parece, a qualquer estrutura ou símbolo religioso que não faça parte do Islã.

Altamente significativo, é o fato daqueles que aterrorizam as igrejas muitas vezes têm muito pouco a ver uns com os outros: eles vêm de nações muito diferentes (Nigéria, Iraque, Filipinas, etc.), são de raças diferentes, falam línguas diferentes e vivem em condições socioeconômicas diferentes. A única coisa que eles têm em comum, a única coisa que, ao que tudo indica, os leva a atacar igrejas e assassinar cristãos, é a religião.

Em outras palavras, os ataques que os muçulmanos desfecham contra igrejas, ao que parece, têm uma base ideológica, é sistêmico e, portanto, um problema real e contínuo que a comunidade internacional precisa destacar e resolver.

No entanto, a ONU quer que ignoremos e não levemos em conta todos esses incessantes massacres cometidos contra fiéis em igrejas cristãs como lamentáveis subprodutos de "reivindicações muçulmanas" e, em seu lugar, nos fixarmos em um único incidente, hediondo, sem a menor sombra de dúvida.

Para a ONU, evidentemente, um incidente constitui um "padrão", incidente este que necessita urgentemente de reconhecimento e resposta. A resposta é silenciar, ignorar ou atacar todos aqueles que expõem o verdadeiro padrão fartamente documentado de abuso e violência contra não muçulmanos que, não se iludam, é exatamente o que significa "combater a islamofobia".


Raymond Ibrahim, autor do novo livro, Defenders of the West: The Christian Heroes Who Stood Against Islam, é Ilustre Senior Fellow do Gatestone Institute, Shillman Fellow do David Horowitz Freedom Center e Judith Rosen Friedman Fellow do Middle East Forum.

A CHINA SE APODERA DAS ILHAS SALOMÁO E DO PACÍFICO

 China se Apodera das Ilhas Salomão e do Pacífico

BIDEN DEIXA A CHINA SE SAFAR COM O CRIME DO SÉCULO

Biden Deixa a China se Safar com o Crime do Século
por Gordon G. Chang
9 de Setembro de 2021

Original em inglês: Biden Letting China Get Away with Crime of the Century
Tradução: Joseph Skilnik

O Presidente dos Estados Unidos não precisa saber tim-tim por tim-tim para fazer acontecer.

Deixar de compartilhar informações quando é de sua obrigação dividi-las já é motivo suficiente para penalizar Pequim exemplarmente, mas ainda há dois outros motivos, ambos por si só suficientes para a tomada de providências.

Primeiro, por pelo menos cinco semanas as autoridades chinesas acobertaram e depois mentiram sobre a transmissibilidade entre humanos do SARS-CoV-2, divulgaram ao mundo que o COVID-19 não era contagioso quando eles sabiam que era... Segundo, os militares chineses estão debruçados sobre a próxima geração de patógenos.

Se os cientistas chineses conseguirem conceber patógenos que visem apenas e tão somente estrangeiros, o próximo micróbio, vírus ou germe da China poderá acabar com as sociedades não chinesas. Este será o assassino civilizacional da China comunista.

A próxima pandemia, portanto, poderá lançar a China como a única sociedade viável do planeta. O mundo, portanto, necessita de algo muito mais importante do que justiça ou indenização. Precisa de dissuasão.

A campanha idealizada por Pequim para coletar perfis genéticos de estrangeiros ao mesmo tempo em que impede a transferência para fora da China dos perfis dos chineses é mais um indício de que os militares chineses violam suas obrigações segundo a Convenção de Armas Biológicas, e estão construindo armas biológicas direcionadas a específicas etnias.



Se os cientistas chineses conseguirem conceber patógenos que visem apenas e tão somente estrangeiros, o próximo micróbio, vírus ou germe da China poderá acabar com as sociedades não chinesas. Este será o assassino civilizacional da China comunista. A próxima pandemia, portanto, poderá emplacar a China como a única sociedade viável do planeta. O mundo, portanto, necessita de algo muito mais importante do que justiça ou indenização. Precisa de dissuasão. Foto: Virologista Shi Zhengli (esquerda) em um laboratório no Instituto de Virologia de Wuhan em Wuhan, China, em 23 de fevereiro de 2017. (Foto: Johannes Eisele/AFP via Getty Images)

Em 27 de agosto, a Administração Biden divulgou um resumo não confidencial do relatório da comunidade de inteligência sobre as origens do COVID-19. A IC[1], referente às 18 agências de inteligência dos Estados Unidos, que só conseguiu chegar a um punhado de conclusões cabais. As agências salientaram que precisavam de mais informações, mas a esta altura o mundo já sabe o bastante para começar a penalizar exemplarmente a China.

É imperativo que os Estados Unidos e outras nações imponham tais penalidades para impedir que o Partido Comunista da China lance uma doença "mata civilização". Sim, o Exército Popular de Libertação da China já está desenvolvendo patógenos para devastar sociedades, exceto as chinesas.

"A IC avalia que o SARS-CoV-2, o vírus que causa a COVID-19, provavelmente apareceu e infectou seres humanos por meio de uma exposição inicial em pequena escala, ocorrida no mais tardar em novembro de 2019, sendo que o primeiro nicho que se tem notícia de casos de COVID-19 surgiu em Wuhan, China, em dezembro de 2019 ", segundo o resumo.

A IC acredita que "o vírus não foi desenvolvido para ser uma arma biológica". "A maioria das agências também têm pouca convicção de que o SARS-CoV-2 não foi geneticamente modificado", assevera o relatório resumido. Tanto uma "exposição natural a um animal infectado quanto um incidente em laboratório" são "plausíveis".

No frigir dos ovos: "a IC continua dividida sobre a origem mais provável do COVID-19."

"O mundo merece respostas e não vou relaxar até que as tenhamos", salientou o presidente Biden em um comunicado juntamente com a divulgação do resumo. Digno de elogios.

No entanto, ainda falta muito. O Presidente dos Estados Unidos não precisa saber tim-tim por tim-tim para fazer acontecer. Conforme ressalta o resumo, Pequim "continua emperrando a investigação global, resistindo ao compartilhamento de informações e culpando outros países, incluindo os Estados Unidos".

Não há justificativa para as atitudes da China. O país possui as informações, consoante com o que nos dizem as agências de inteligência, simplesmente se recusa a dividir o que sabe.

Deixar de compartilhar informações quando é de sua obrigação dividi-las já é motivo suficiente para penalizar Pequim exemplarmente, mas ainda há dois outros motivos, ambos por si só suficientes para a tomada de providências.

Primeiro, por pelo menos cinco semanas as autoridades chinesas acobertaram e depois mentiram sobre a transmissibilidade entre humanos do SARS-CoV-2, divulgaram ao mundo que o COVID-19 não era contagioso quando eles sabiam que era. Enquanto fechavam Wuhan e outras cidades, essas autoridades pressionavam outros países a aceitarem chegadas de seu país sem quaisquer restrições. Eles tinham que saber que estavam, levando tudo em conta, espalhando a doença, fazendo com que a morte de 4,5 milhões de pessoas fora da China parecesse intencional.

Segundo, os militares chineses estão debruçados sobre a próxima geração de patógenos. A Universidade de Defesa Nacional, na edição de 2017 da conceituada Ciência da Estratégia Militar, citou um novo tipo de guerra biológica de "ataques genéticos étnicos direcionados. "

Durante a última meia década pesquisadores e analistas militares chineses vêm escrevendo sobre patógenos desse tipo e as autoridades americanas estão realmente preocupadas de que cientistas chineses estejam realizando experimentos com, segundo as palavras de Bill Gertz do Washington Times, "armas biológicas capazes de atacar certos grupos étnicos em particular." A campanha idealizada por Pequim para coletar perfis genéticos de estrangeiros ao mesmo tempo em que impede a transferência para fora da China dos perfis dos chineses é mais um indício de que os militares chineses violam suas obrigações segundo a Convenção de Armas Biológicas, e estão construindo armas biológicas direcionadas a específicas etnias.

"Quer se considere que a China deliberada ou desacertadamente tenha deixado escapar o coronavírus aos quatro ventos, as reações coletivas do país educaram de maneira incrível o Exército Popular de Libertação da China sobre como fazer com que um possível ataque biológico se traduza em um sucesso letal", salientou Richard Fisher, do Centro Internacional de Avaliação e Estratégia à revista American Consequences. Inúmeros analistas afirmaram que as armas biológicas não são práticas, mas o SARS-CoV-2 matou milhões, travando sociedades em todo o planeta. É, lamentavelmente, a prova definitiva do conceito.

Não deveria causar espanto o fato de Pequim ter agido com tamanha má-fé. Conforme Cleo Paskal, da Foundation for Defense of Democracies, ressaltou na mesma publicação, "o Partido Comunista da China usa uma estrutura empírica chamada Poder Nacional Abrangente (CNP) para classificar os países". Pequim poderá se tornar o país mais poderoso do mundo, conforme classificação do CNP, aumentando o CNP da China ou diminuindo o CNP de outros.

"Os líderes chineses ao perceberem que estão com uma epidemia em suas mãos que irá reduzir o CNP da China é lógico transformar essa epidemia numa pandemia, restringindo assim a propagação interna e ao mesmo tempo não interrompendo a propagação internacional", salientou Paskal também na Chatham House. "Assim, o CNP da China poderá diminuir, contudo o mesmo acontecerá com todos os demais países, permanecendo a classificação relativa da China inalterada, na realidade, até aumentada."

Se os cientistas chineses conseguirem conceber patógenos que visem apenas e tão somente estrangeiros, o próximo micróbio, vírus ou germe da China poderá acabar com as sociedades não chinesas. Este será o assassino civilizacional da China comunista.

A próxima pandemia, portanto, poderá lançar a China como a única sociedade viável do planeta. O mundo, portanto, necessita de algo muito mais importante do que justiça ou indenização. Precisa de dissuasão.

Até agora, Biden mostrou pouco, via de regra nenhum interesse em responsabilizar a China. Ele ficou duas horas ao telefone com o governante chinês Xi Jinping em fevereiro e não levantou a questão da origem do vírus nenhuma vez sequer. Parece que ele ordenou a reavaliação da comunidade de inteligência em 26 de maio somente depois do alvoroço ocorrido naquela manhã causado por uma reportagem da CNN segundo a qual o Departamento de Estado havia jogado uma pá de cal em uma investigação da era Pompeo sobre a doença.

Até agora, a reação de Biden para lá de tímida, mostrou a Xi Jinping que Pequim pode, sem penalidade alguma, matar milhões de não chineses com um patógeno. Xi, a menos que se dê um basta, certamente o fará novamente.

Gordon G. Chang é o autor do The Coming Collapse of China, Ilustre Senior Fellow do Gatestone Institute e membro do Conselho Consultivo.

[1] Intelligence Community
do gatestone institute.

AS MORALMENTE DEGENERADAS OLIMPÍADAS DA CHINA

As 'Moralmente Degeneradas' Olimpíadas da China
por Gordon G. Chang
5 de Dezembro de 2021

Original em inglês: China's 'Morally Bankrupt' Olympics
Tradução: Joseph Skilnik

O sumiço da estrela do tênis Peng Shuai no corrente mês levou muitos ao redor do mundo a questionarem a realização dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2022 em Pequim. O Início dos jogos está programado para o dia 4 de fevereiro.

Agora é a hora do mundo encarar a realidade do Partido Comunista da China e o dantesco sistema por ele montado. Só há uma alternativa correta: transferir os jogos para outro país.

O regime fará com que Peng se retrate publicamente das acusações ou irá destruí-la. A pessoa não significa nada no sistema atual da China. Demasiadamente, a televisão estatal tem transmitido execráveis confissões de indivíduos que claramente não se aguentam mais em pé.

Há inúmeras razões para se boicotar ou transferir as Olimpíadas de Pequim... Obviamente, nenhum grupo governante que organiza estupro, escravidão, detenção em massa, tortura, assassinatos e extração de órgãos deveria poder, entre outras coisas, sediar eventos esportivos internacionais.

O Comitê Olímpico Internacional sustenta que essas atrocidades não são da sua conta. No entanto, a proteção dos atletas é. A detenção de Peng nos diz que os atletas não estarão seguros na China. Afinal, os jogos tratam acima de tudo dos competidores e sua segurança pessoal deve ser a principal preocupação.

Mesmo nesta data tardia, é hora de boicotar ou transferir os jogos da China para outro país.



O sumiço da estrela do tênis Peng Shuai (foto acima) no corrente mês levou muitos ao redor do mundo a questionarem a realização dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2022 em Pequim. Ora, somente os moralmente degenerados poderiam considerar ser uma boa ideia permitir que o regime chinês que toma reféns, protege estupradores e comete genocídio seja anfitrião desta competição. (Foto: Wang He/Gettyges)

O sumiço da estrela do tênis Peng Shuai no corrente mês levou muitos ao redor do mundo a questionarem a realização dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2022 em Pequim. O Início dos jogos está programado para o dia 4 de fevereiro.

Ora, somente os moralmente degenerados poderiam considerar ser uma boa ideia permitir que o regime chinês que toma reféns, protege estupradores e comete genocídio seja anfitrião desta competição.

Agora é a hora do mundo encarar a realidade do Partido Comunista da China e o dantesco sistema por ele montado. Só há uma alternativa correta: transferir os jogos para outro país.

Por décadas a fio, os grandes crimes do comunismo chinês foram deixados de lado porque havia a esperança de que, com o passar do tempo, ele evoluiria e se tornaria benigno. Quando o "reformador" Deng Xiaoping chutou Hua Guofeng para escanteio, o sucessor escolhido por Mao Tsé-Tung e arquitetou no final de 1978 o histórico Terceiro Plenário, observadores externos acharam que estavam vendo uma "Nova China", inédita e supina.

Na verdade, quando o Partido Comunista embarcou no gaige kaifang, a política de "reforma e abertura" - o regime moderou a política externa e relaxou ou eliminou os totalitários controles sociais. Então reinava o otimismo.

Agora já não reina mais. O caudilho ora no poder reverteu as tendências que muitos estrangeiros, bem como o próprio povo chinês, aplaudiram. A classe governante, jamais benevolente, tornou-se ainda mais monstruosa sob o comando de Xi Jinping.

Entra em cena a jovem Peng, heroína do esporte e queridinha do público chinês. Em 2 de novembro, ela postou no Weibo, muitas vezes chamado de Twitter chinês, uma acusação segundo a qual Zhang Gaoli, auxiliado pela esposa,pressionou-a a manter relações sexuais.

Tratava-se de uma acusação sem precedentes na história da República Popular da China. Zhang já foi um consagrado líder, vice-premier que também serviu de 2012 a 2017 no Comitê Permanente do Politburo do Partido Comunista, mais alta instituição do país.

A postagem de Peng foi retirada em questão de meia hora, e a bicampeã de duplas do Grand Slam, Wimbledon em 2013 e o Aberto da França em 2014, sumiu.

Em 17 de novembro, a China Global Television Network (CGTN), braço internacional da emissora estatal chinesa China Central Television, divulgou o texto de um e-mail, em inglês, supostamente verdadeiro, escrito por Peng. Na mensagem, descrita corretamente por muitos como "assustadora", ela disse que estava "bem". Peng também disse que a "notícia" divulgada pela Women's Tennis Association ", incluindo a alegação de agressão sexual, não era verdadeira." Praticamente ninguém acredita que a mensagem seja autêntica e que também não tenha ocorrido coerção.

Na sequência, em 19 de novembro, um comentarista da CGTN postou três fotos de Peng no Twitter, fazendo crer que foram postadas pela primeira vez por um amigo da estrela do tênis no popular aplicativo chinês WeChat. Nas fotos, Peng parece estar feliz brincando com um gato e bichinhos de pelúcia e até com um panda.

Logo depois, Hu Xijin, editor-chefe do Global Times, tablóide do Partido Comunista, ressaltou em 19 de novembro no Twitter que em breve Peng "aparecerá em público e irá participar de algumas atividades".

Hu foi presciente. No dia seguinte, ele postou dois vídeos mostrando Peng em um restaurante neste mês insinuando que a conversação na mesa indicava que os vídeos foram gravados em 20 de novembro. No entanto, a história mal contada não convenceu, ficou óbvio que o script foi montado com o intuito de destacar a data em que a conversa hipoteticamente ocorreu.

Ao fim e ao cabo, Hu postou um vídeo de uma Peng sorridente em um evento de tênis em Pequim, alegadamente realizado na manhã de 21 de novembro.

Peng não é a única expoente detida nos últimos meses. O empresário Jack Ma, os jornalistas amadores Zhang Zhan e Chen Qiushi e a celebridade Zhao Wei também desapareceram. Considere isto um padrão.

A China de Xi Jinping é muito mais coercitiva e secreta do que a China de três décadas atrás, indicando que o regime está voltando aos velhos tempos. Mao e o admirador de Mao Xi refletem a verdadeira natureza do comunismo chinês.

O regime, já nas mãos de Xi Jinping é uma ameaça aos atletas que irão à China participar da competição, conforme ficou claro pelo incidente com Peng. "Os atletas são valiosos para o Partido Comunista, contanto que sejam ferramentas do estado", salientou Cleo Paskal, da Fundação para a Defesa das Democracias, ao Gatestone Institute. "Se eles tentarem ser independentes tornam-se um problema. O estado destruirá qualquer um que represente algum risco para o partido." Assim como Paskal, que também é ligada à Chatham House observa, Peng agora representa um risco para o governo.

É por isso que o regime fará com que Peng se retrate publicamente das acusações ou irá destruí-la. A pessoa não significa nada no sistema atual da China. Demasiadamente, a televisão estatal tem transmitido execráveis confissões de indivíduos que claramente não se aguentam mais em pé.

Em 18 de novembro o presidente Joe Biden, em resposta a uma pergunta de um repórter no Salão Oval da Casa Branca ,disse estar considerando um boicote diplomático aos Jogos de Pequim. O Senador Tom Cotton, republicano do Arkansas, acaba de pedir "boicote completo e total."

Há inúmeras razões para se boicotar ou transferir as Olimpíadas de Pequim. Até agora, os defensores de tais medidas têm se concentrado nas políticas genocidas do Partido Comunista contra os uigures e outras minorias túrquicas e demais crimes contra a humanidade. Obviamente, nenhum grupo governante que organiza estupro, escravidão, detenção em massa, tortura, assassinatos e extração de órgãos deveria poder, entre outras coisas, sediar eventos esportivos internacionais.

O Comitê Olímpico Internacional sustenta que essas atrocidades não são da sua conta. No entanto, a proteção dos atletas é. A detenção de Peng nos diz que os atletas não estarão seguros na China. Afinal, os jogos tratam acima de tudo dos competidores e sua segurança pessoal deve ser a principal preocupação.

Paskal ressalta que a realização dos jogos na China vai contra todo o conceito de competição olímpica. "As Olimpíadas são competições de indivíduos se esforçando para darem o melhor de si", salienta ela. "Isto é a antítese do Partido Comunista, que trata da subserviência do indivíduo aos objetivos do Estado."

Mesmo nesta data tardia, é hora de boicotar ou transferir os jogos da China para outro país.

Gordon G. Chang é o autor do The Coming Collapse of China, Ilustre Senior Fellow do Gatestone Institute e membro do Conselho Consultivo.

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