"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 17 de junho de 2015

PRESIDENTE DA CPI DA PETROBRAS SE RECUSA A MARCAR O DIA PARA OUVIR O PRESIDENTE DO INSTITUTO LULA

Não que fosse necessário. Mas ontem, em conversa com a repórter Daiene Cardoso, de O Estado de S. Paulo, o deputado Hugo Motta (PMDB-PB), presidente da CPI da Petrobras e pau mandado de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, tirou a máscara de vez.

Adiantou que, por ora, não agendará na CPI o depoimento do diretor-presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, cuja convocação foi aprovada na última quinta-feira. “Não vou fazer isso [agendar o depoimento]. Vai parecer retaliação”, argumentou Hugo.

Por que retaliação? Porque Lula telefonou para Michel Temer, vice-presidente da República, presidente do PMDB e coordenador político do governo, e deu-lhe uma bronca pelo fato de o PMDB, partido que controla a maioria dos votos da CPI, não ter impedido a convocação de Okamotto.

Em Salvador, onde participou do 5º Congresso do PT, Lula também distribuiu broncas com líderes do seu partido. Chamar Okamotto para depor, segundo Lula, seria quase a mesma coisa que chamá-lo. Okamotto é uma espécie de tesoureiro informal da família Lula da Silva.

Okamotto foi convocado para depor na CPI depois de a Operação Lava Jato, que investiga a roubalheira na Petrobras, ter descoberto que a empreiteira Camargo Correa doou ao Instituto Lula R$ 3 milhões e pagou a Lula R$ 1,5 milhão por quatro palestras.

“A CPI fez o que era certo”, segundo Motta. “Não podíamos ficar sem dar uma resposta” aos fatos. Quer dizer: a convocação de Okamotto não foi para valer. Foi só para dar uma satisfação à opinião pública e atenuar a imagem de chapa branca da CPI.

- A CPI já tem uma pauta complicada para o PT. O clima já está pesado lá, então isso [disputa entre os partidos] coloca mais lenha na fogueira - justificou Motta sem aparentar o menor constrangimento.

Motta repetiu Okamotto. Que apontou sua convocação como exemplo da luta política travada pelo PMDB com o PT.

O que ele esconde: há mais de um mês que batalha para emplacar afilhados seus em cargos do governo federal. E cobra a liberação de recursos para investimentos em seus redutos eleitorais na Paraíba, principalmente na cidade de Patos.

Por sinal, em janeiro último, Hugo queixou-se de ter apoiado a reeleição do governador Ricardo Coutinho (PSB-PB) e de “o PMDB de Patos” não ter sido contemplado com um único cargo no governo".

- O PMDB de Patos não se sente representado no governo de Ricardo. Não indicamos ninguém, portanto, não nos sentimos representados, e até nem queremos mais -, declarou Hugo. Para em seguida ameaçar:

- Nos sentimos livres para votar as matérias que foram de interesse da sociedade, ou seja, seremos aliados, sem sermos subservientes.

Leia-se: à falta de cargos, o PMDB paraibano não será subserviente ao governador do Estado.

Esse é o presidente da CPI que a conduziria “com muito vigor na apuração dos escândalos da Petrobras”, como garantiu Leonardo Picciani, líder do PMDB na Câmara dos Deputados. ao indicá-lo.

Em 2011, ao chegar à Câmara com 21 anos ostentando a condição de deputado mais jovem, Hugo foi logo revelando seu apetite por cargos.

- Se nós somos o maior partido do Brasil [o PMDB], se temos o maior número de senadores, temos vários aliados, várias pessoas importantes para nosso partido que precisam participar do governo, porque nós trabalhamos para esse governo estar onde está.

Precisa dizer mais?


17 de junho de 2015
Ricardo Noblat

ESPALHAFATOSA DEFESA DA CRIMINALIDADE

A gritaria da deputada Maria do Rosário, que pode ser assistida neste vídeo, impõe alguns comentários. 
Os adjetivos selecionados pela oradora visam a criar uma dicotomia, onde a perversidade está nos deputados favoráveis à redução da maioridade penal e a bondade nas "organizações sociais" que a ela se opõem. 
De onde saiu a ideia de que a defesa da sociedade, mediante a privação da liberdade dos criminosos, é um ato mau? 

A deputada acusa a comissão, também, de estar assumindo uma ideologia de classe que é, por definição, a ideologia dela mesma, como petista e ex-PCdoB. 
Por isso, fala como se a redução da maioridade penal visasse seleção por classe social. Foi Sua Excelência e não a comissão ou o projeto que quis pautar o assunto como conflito de classe.

Tomada pela ira, sem pedir licença ao bom senso, afirma que "eles estão tentando aqui é colocar na prisão não os que matam, não os que cometem crimes bárbaros". 
Enorme esforço retórico para sair da sinuca de um discurso sem pé nem cabeça. Em sua exaltação cotidiana, sempre preocupada com os criminosos e desinteressada de suas vítimas, afirma, também, que o Código Penal não resolve o problema da criminalidade. Mas o Código Penal, deputada, não existe para isso. 
Ele existe para punir culpados, para reduzir a sedução da vida criminosa e para que o condenado, no dizer deles mesmos, "pague sua conta com a sociedade". 
O que a senhora deseja, a retificação da vida do criminoso, é uma das tarefa do sistema penitenciário e não do Código Penal. Aliás, para que o sistema (bem preparado para isso) faça o que a senhora pretende é necessário, primeiro, que o bandido seja preso. Precisarei desenhar?

"Cinquenta mil presos a mais" não reduziram a insegurança social? E graças a qual estranho para-efeito isso virou motivo para que se desista de prender bandidos? 
Entende-se, assim, o motivo pelo qual o governo da deputada jogou a sociedade no atual nível de insegurança, sem vagas nos presídios, sem controle de fronteiras, desarmando os cidadãos de bem e se opondo à redução da maioridade penal, numa sequência de condutas que ofendem o bom senso. 

Quantos marmanjos de 16 anos merecem, de fato, ser tratados como inimputáveis, irresponsáveis e incapazes? A legislação penal já prevê a inimputabilidade dos que o forem, independentemente da idade! 
Chega a ser desrespeitoso tratar um marmanjo de 16 anos como se fosse criança, e criança pequena mal educada, incapaz de distinguir o certo do errado. 
A distorção da atual legislação está, visivelmente, ampliando aquilo que pretende evitar e desprotegendo aqueles que pretende resguardar. 
Por isso aumenta a criminalidade entre os jovens. E, não por acaso, são eles mesmos, as primeiras e principais vítimas da regra cega que a deputada se esforça em preservar.

17 de junho de 2015
Percival Puggina

O HUMOR DO DUKE...

Charge O Tempo 16/06


17 de junho de 2015

REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL PASSA NA COMISSÃO E VAI A PLENÁRIO

PRIMEIRO PASSO DADO
COMISSÃO ESPECIAL REDUZIU MAIORIDADE NOS CASOS DE CRIME HEDIONDO




COMISSÃO ESPECIAL APROVOU REDUÇÃO PARA CASOS 
DE CRIME HEDIONDO


Foi aprovado há pouco, por 21 votos a 6, o relatório do deputado Laerte Bessa (PR-DF) na comissão especial que analisa a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 171/93, que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos. 
A votação ocorreu quatro horas e meia após o início da reunião. Foi aprovado também, em votação simbólica, um destaque do deputado Weverton Rocha (PDT-MA) que aperfeiçoa a estrutura do sistema socioeducativo.

O resultado foi muito comemorado pelos integrantes da Frente Parlamentar da Segurança Pública. Por outro lado, imediatamente após o anúncio da aprovação, manifestantes da União Nacional dos Estudantes (UNE) e da União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes), contrários à proposta, voltaram a gritar palavras de ordem e reiniciaram um apitaço no corredor das comissões.

Bessa alterou o texto para prever que a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos ocorra apenas nos casos de crimes hediondos (como estupro e latrocínio), lesão corporal grave e roubo qualificado (quando há sequestro ou participação de dois ou mais criminosos, entre outras circunstâncias). 
Segundo o texto, as penas previstas serão cumpridas pelos adolescentes em ambiente separado dos adultos.

Orientaram favoravelmente à redução da maioridade penal partidos como PMDB, PSDB, DEM, PR, PP e PTB, e foram contra PT, PSB, PPS, PDT e PCdoB. (Câmara).


17 de junho de 2015
diário do poder

CHINA TENTA COMPRAR A AMÉRICA LATINA: ATRÁS DOS MILHÕES, OS GRILHÕES

Desde o ano 2000, a China comunista aumentou mais de 20 vezes seu comércio com a América Latina, calculou o jornal El País, de Madri.
Como se isso fosse pouco para as ambições hegemônicas do socialismo chinês, no discurso de inauguração da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) em Pequim, o presidente Xi Jinping falou de um novo ponto de partida para construir uma visão estratégica de longo prazo no relacionamento com o continente latino-americano.

Em função disso, ele anunciou um investimento de 250 bilhões de dólares na região na próxima década. Como se a China não estivesse à beira de um colapso financeiro que poderá arrastar todo o planeta.

Mas ideologia é ideologia, independente do bom senso, e as instruções do fundador do comunismo chinês devem ser executadas, ainda que à custa da vida de 300 milhões de chineses, segundo o próprio Mao Tsé-Tung.

A China comprou importante parte da dívida externa da Costa Rica, onde criou o Instituto Confúcio. Também construiu um estádio de futebol com tecnologia avançada, com o qual o país só podia sonhar.

O estádio custou mais de 100 milhões de dólares e foi inaugurado em março de 2011 com um jogo simbólico entre as seleções da China e da Costa Rica, que acabou num diplomático empate.

Na Nicarágua, a China passou a ser a parte principal, porém dissimulada, do projeto faraônico de construir um canal transoceânico que faça a competência ou até supere o Canal de Panamá.
Com o novo canal e o eventual controle de algum dos portos de acesso, talvez no Caribe, a China obterá uma posição estratégica incomparável nas barbas dos EUA.

Em novembro de 2014, o Brasil, o Peru e a China assinaram um acordo para construir uma estrada para unir o Atlântico e o Pacífico.


Brasil: protestos contra os danos da penetração econômica chinesa no país.
Em julho de 2014, durante sua visita à Argentina, Xi Jinping assinou cerca de 20 enigmáticos acordos, entre eles a polêmica estação espacial na Patagônia, que ficaria sob controle como que exclusivo chinês e serve para usos militares.

Santiago A. Canton, diretor executivo do Robert F. Kennedy Human Rights, diz que esta é apenas uma “pequena amostra” da aliança estratégica que a ditadura de Pequim quer estabelecer com a América Latina.

Canton defende que a ofensiva chinesa não deve ser entendida só do ponto de vista comercial.

Um estudo da Universidade Cornell, EUA, sustenta que o comércio chinês com a esfera latino-americana e a África entre 1992 e 2006, foi ‘pago’ com um crescente apoio dessas regiões à política exterior de Pequim nas votações na ONU.

Também não foi por um acaso que o estádio de futebol na Costa Rica foi construído logo após aquele país romper relações diplomáticas com a China livre de Taiwan.

Tampouco foi um acaso que em seu discurso na cúpula China-CELAC o presidente comunista chinês tenha omitido qualquer menção aos direitos humanos e à democracia.
Nesse silêncio, afinaram com ele os presidentes Solís, da Costa Rica, Correa, do Equador, e Maduro, da Venezuela. Que Correa e Maduro não tenham ousado fazê-lo, acrescenta Canton, não surpreende.

Mas que o presidente da Costa Rica, que se apresenta como paladino dos direitos humanos e das liberdades, tenha feito um esforço notável para silenciar esses conceitos condenados na China, é um indício perturbador.

A China está reescrevendo a história latino-americana. Segundo investigações encomendadas pelo regime maoista, o almirante chinês Zheng He teria sido seu verdadeiro descobridor em 1421.

Esse almirante – por sinal um muçulmano eunuco – teria aqui aportado por indicação do imperador Zhu Di, da dinastia Ming. Este monarca, após anunciar a instalação da felicidade perpétua, morreu numa campanha contra os mongóis.

Xi Jinping proclamou o estabelecimento da “sociedade harmoniosa”, não muito antes de mandar perseguir o cristianismo e reprimir como criminoso e sabotador do regime todo aquele que falasse em direitos humanos, democracia e liberdade. As analogias parecem risíveis, mas patenteiam que foram encomendadas.

O inimigo de todos os imperadores e mandarins do passado, Mao Tsé-Tung, foi o mais cruel imperador e mandarim supremo na extinção de proprietários, intelectuais e homens que se afastavam da igualdade absoluta ideal do império da estrela vermelha.

O histórico almirante Zheng regressou à China em 1423 e verificou que o novo imperador não se interessava por expedições marítimas. Como resultado da historinha chinesa, a América teria sido “descoberta” 70 anos depois por Cristóvão Colombo, que fez reinar no continente o signo da Cruz.
Xi Jinping não quer cometer o mesmo “erro” e pretende apagar os efeitos da conquista e da evangelização luso-espanhola.

E para isso prepara uma nova evangelização sob o signo da foice e do martelo, com os “evangelhos” de Marx, Lênin e Mao Tsé-Tung.

A velha Teologia da Libertação não consegue levantar voo, ainda que galináceo, nem com importantes apoios no Vaticano. Porém, os movimentos, partidos e políticos “bolivarianos”, que se dizem patriotas e nacionalistas, recebem de joelho em terra o novo descobridor.

Ele vem prometendo bilhões. No entanto, nos refolhos das promessas chegam dissimuladas as botas e os fuzis que chacinaram mais de cem milhões de chineses e os grilhões que escravizaram o povo mais numeroso da terra.

Quando os chineses perceberam o Leviatã socialista e tentaram reagir, era tarde demais.

Será que o socialismo latino-americano do século XXI, a mídia e/ou a CNBB não sabem nada disso?

17 de junho de 2015
Luis Dufaur

UMA COISA É O PMDB. OUTRA, EDUARDO CUNHA


Há uma mistura de arrogância com esperteza na reação de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, às vaias que levou quando mencionaram seu nome no 5º Congresso do PT realizado em Salvador.

A reação:

- Quero agradecer as manifestações de hostilidade no congresso do PT. Isso é sinal que estou no caminho certo. Ficaria preocupado se fosse aplaudido lá.

- O PMDB está cansado de ser agredido pelo PT constantemente e é por isso que declarei [...] que essa aliança não se repetirá. Talvez tivesse sido melhor que eles aprovassem no congresso o fim da aliança. Não sei se num congresso do PMDB terão a mesma sorte.


A arrogância: Eduardo fala como se uma crítica ou ato hostil contra ele obrigatoriamente pretendesse alcançar o PMDB.

Uma coisa é ele. Outra, o partido.

Eduardo não se confunde com o PMDB. Ninguém se confunde.

A esperteza: todo fim de semana, Eduardo se manifesta por meio de sua página no Facebook e de sua conta no twitter. Costuma produzir mais espuma do que carne de primeira.

Mas não importa. À falta de notícias, os jornalistas se ocupam com o que ele disse e repercutem o que ele disse.

Eduardo agradece.

17 de juho de 2015
Ricardo Noblat

APLAUSOS A VACCARI

Não gosto quando as pessoas se referem ao PT como “quadrilha”. Não contribui para o debate e é um desrespeito a inúmeros simpatizantes petistas que são honestos.
Porém, é perturbador constatar que o congresso do partido aplaudiu o ex-tesoureiro João Vaccari de pé, por mais de um minuto. Vaccari está preso porque pesam contra ele acusações fortíssimas e bem-fundamentadas de que foi um dos coordenadores do processo de pilhagem da Petrobras.

Ao aplaudi-lo assim, o PT aplaude essa pilhagem, solidariza-se com ela, assume publicamente a defesa de uma prática criminosa que fragilizou grandemente a mais importante empresa brasileira, seja do ponto de vista material, seja simbólico. O PT deu uma bofetada no Brasil e nos avisou que faria tudo outra vez.

A única explicação para esse comportamento também é perturbadora: ao aplaudir Vaccari freneticamente, demonstrando-se tão solidário a ele, o PT tenta assegurar seu silêncio. Se ele falar o partido acaba.

Recentemente declarei que tinha esperanças de que as aspirações da sociedade – e principalmente, da antiga base social do próprio PT – se expressassem no congresso do partido. Eu estava errado. Qualquer levantamento mostrará que 100% dos participantes do congresso são funcionários do governo, do partido ou de suas organizações afins, como já vinha ocorrendo em congressos anteriores. Não há lá operários de chão de fábrica, professores que estejam em sala de aula, ninguém que compartilhe o dia a dia dos trabalhadores brasileiros.

O que mais assusta essa gente, e o que a coesiona, é o pavor de ter de retornar, um dia, ao mundo do trabalho, que ficou para trás. É o triste fim de um caminho.


17 de junho de 2015
Cesar Benjamin


NOTA AO PÉ DO TEXTO

Primeiramente o epíteto de "quadrilha" não se refere aos "simpatizantes" ou militantes do PT. Diz respeito a um partido que organizou uma máquina corrupta que se apossou do Estado para roubar. Não apenas um membro do partido, mas vários, que agiam orquestradamente para fraudar e assaltar o que fosse possível e estivesse disponível.
Não sei por que o autor do texto se condói e nega o reconhecimento de "quadrilha" aos membros de um partido que aparelhou a máquina administrativa, com um suposto "projeto de poder", a serviço do enriquecimento ilícito de alguns de seus membros e do próprio partido.
Os exemplos da corrupção estão por toda a parte. Não são indícios, mas fatos, com alguns condenados pelo STF todos enlaçados, formando uma extensa rede que agia organizadamente, ocupando postos estratégicos. 
A nação aí está, espantada, boquiaberta, indignada.
Se abrange o partido como o todo, ou alguns dos seus melhores quadros, poderia o autor do texto justificar seu desagrado, por incluir no termo "quadrilha" outros quadros honestos, mas não simpatizantes ou militantes. Esses apenas são o lado de fora do partido, os "inocentes úteis", os que não percebem ou estão seriamente desinformados sobre as ações do p
m.americo

CRENÇA

A economia e o cidadão brasileiro sofrem no momento com uma saraivada de maldades. O governo corta gastos, inclusive de investimentos, aumenta impostos e tarifas, reduz incentivos fiscais, eleva sem parar a taxa básica de juros e reduz os créditos do BNDES, os únicos acessíveis a taxas civilizadas.

Nenhuma economia pode resistir por muito tempo a uma sequência de medidas desse porte. O desemprego cresce mês a mês, e a indústria já está em recessão há muito tempo. Em abril, considerando a variação anual, houve queda nacional de 7,6% na produção, atingin- do 13 dos 15 locais pesquisados pelo IBGE. E os números são assustadores: -20% no Amazonas, -15% no Ceará, -13% na Bahia, -11% em São Paulo.

Não há como sair dessa situação e voltar a crescer sem retomar os investimentos, sejam eles públicos, privados, nacionais ou estrangeiros.

O empresário não investe para amanhã. Pensa no longo prazo. Se a demanda está fraca no momento, isso não quer dizer que o enorme mercado brasileiro acabou. Está aí, como sempre esteve, e tem tudo para voltar a crescer. É como um bolo: só precisa de fermento, que são os investimentos.

Ajuste fiscal é bom e necessário, mas não enche barriga. O que ocorreu na semana passada foi um exemplo positivo. O governo lançou um novo pacote de concessões, com previsões de investimentos de R$ 198 bilhões no longo prazo. Foi, na prática, o primeiro gesto pós-ajuste.

O caminho é esse, mas há ainda um entrave à frente: os juros. A recessão se aprofunda, e o Brasil continua aumentando sua taxa básica, hoje no nível absurdo de 13,75% ao ano. Trata-se de uma dose exagerada e desnecessária de aperto monetário.

O eminente economista Yoshiaki Nakano disse o seguinte, em artigo no "Valor" da semana passada: "Se o ajuste fiscal for feito com forte corte de despesas correntes, as expectativas se revertem, a confiança é recomposta e pressões inflacionárias podem ficar contidas. E, com política monetária de juros baixos, tanto o consumo como o investimento reagem rapidamente".

É isso. Destaco mais dois ensinamentos do professor Nakano. O primeiro é sobre a natureza do ajuste fiscal: quando ele se dá pelo aumento de impostos, em geral, redunda em fracasso.

O segundo é sobre o impacto social das políticas públicas de ajuste: quando o governo decide contrair significativamente seus gastos, é racional articular as políticas monetária e fiscal para minimizar os custos para a sociedade.

Não pode a autoridade monetária, na busca de credibilidade, impor tamanho sacrifício a todos os setores da economia. O Tesouro gasta R$ 30 bilhões por ano a cada ponto percentual de aumento na taxa de juros. As empresas sofrem com a queda da demanda, a falta de credito e seu alto custo. E os cidadãos ficam assustados com o avanço do desemprego.

Há um ano, mais ou menos, escrevi aqui que o Brasil pode ser um país como os outros, financeiramente civilizado, que controla os gastos públicos correntes, privilegia investimentos do governo e oferece crédito ao setor produtivo e às pessoas físicas sem cobrar taxas escorchantes de juros.

Continuo com essa crença.


17 de junho de 2015
Benjamin Steinbruch

A GRANDE MÍDIA E A MÁQUINA DE MOER A VERDADE



Leiam esta matéria que transcrevo abaixo postada no site do Estadão, que embora seja uma titica jornalística, está assinada por meia dúzia de repórteres desse jornal que no passado teve fama de grande veículo de comunicação brasileiro. Na verdade isto é mais uma mentira, pois todos os veículos de mídia nacionais sempre foram controlados pelos comunsitas. Mas vamos ao que interessa, ou seja, vou explicar para vocês como esta matéria é furada e revela o caráter de quem a produziu. Essa gente não é jornalista, mas militante esquerdista.
Já no segundo parágrafo, os andróides afirmam que os prisioneiros políticos da Venezuela são acusados de incitar o uso da violência contra o “presidente” Maduro. Presidente uma ova! O mundo inteiro sabe que Nicolás Maduro é um ditador assassino. Está presidente graças à fraude eleitoral que o levou ao poder. Lembram-se quando foram queimadas milhares de urnas para impedir a recontagem dos votos? 
E todos sabem que tanto Leopoldo Lopez como Daniel Ceballos, os dois líderes políticos da oposição que apodrecem nos calabouços da polícia política de Maduro torturados por ‘especialistas cubanos’, não incitaram coisa nenhuma, apenas cumpriram sua missão política de oposição como seria normal em qualquer democracia.
Entretanto, o último parágrafo dessa matéria vagabunda do Estadão, os semoventes afirmam que Aécio Neves negou que a visita à Venezuela fosse uma “intromissão” nos assuntos internos daquele país. Ora, Aécio Neves não iria jamais falar em intromissão. E como foi parar a questão da intromissão nesta matéria? É simples: durante a entrevista um desses paus mandados do Lula e da Dilma travestido de jornalista, indagou ao Senador se a visita não poderia ser interpretada como “intromissão”. Pronto. Aí depois é só colocar na boca do Aécio. Sim precisam reforçar aquela afirmação da Dilma dizendo que o Brasil não poderia intrometer-se nos assuntos internos de outro país.
Entretanto, naquele episódio de Honduras o governo do PT não só se intrometeu, mas abriu a embaixada brasileira para o refúgio de Zelaya, um vagabundo, um esbirro de Chávez, que havia sido deposto pela tentativa de golpe comunista. Quanto a esse fato, os semoventes das redações omitiram qualquer crítica. A Folha de São Paulo chegou a enviar um repórter a Teguicigalpa que dormia dentro da Embaixada do Brasil ao lado de Zelaya.
É por estas e outras que recomendo muito aos estimados leitores que não gastem um tostão comprando esses jornalões e também não paguem de jeito nenhum para acessar sites da grande mídia. Há o site da revista Veja e a TVeja de graça e alguns blogs independentes como este aqui. É o suficiente para saber o que está rolando sem dar dinheiro para os agentes do PT. 
Transcrevo a matéria que analisei acima. Leiam:
O senador Aécio Neves (PSDB-MG), por meio de sua assessoria, disse segunda-feira que a Venezuela vetou o pouso de um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) que levaria uma missão de senadores brasileiros em apoio a opositores do governo venezuelano. Mas o Ministério da Defesa não confirmou a informação e disse que Caracas ainda não havia dado uma resposta ao pedido para pouso de um avião militar.
Nesta segunda-feira, senadores da oposição aprovaram na Comissão de Relações Exteriores a ida de uma delegação à Venezuela para uma visita de solidariedade aos opositores venezuelanos que estão presos, acusados de incitar o uso da violência nos protestos contra o presidente Nicolás Maduro no ano passado. A comitiva partiria na quinta-feira.
Segundo o presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), como se trata de uma missão parlamentar, ele e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), procuraram o ministro da Defesa, Jaques Wagner, perguntando se seria possível ceder um avião da FAB. 
Jaques Wagner disse ao Estado que a FAB encaminhou à Aeronáutica venezuelana pedido de sobrevoo e pouso no país e ainda está aguardando uma resposta. “Não houve negativa do governo venezuelano a nenhum pouso de avião militar brasileiro a Caracas”, disse.
A assessoria de Aécio, porém, já teria a informação do veto. Em entrevista, o senador disse que “havia dificuldades para autorização de pouso por ser uma aeronave militar”, mas que, se não fosse possível, o Senado encontraria outra forma de eles chegarem à Venezuela. 
Jaques Wagner contou que os senadores Renan Calheiros e Aloysio Nunes o procuraram na sexta-feira e perguntaram se seria possível ceder um avião da FAB para que um grupo de parlamentares fosse à Venezuela para uma visita de solidariedade aos opositores. O ministro explicou que para todos os voos em aviões militares há uma protocolo a ser seguido. Uma das exigências é que no pedido de sobrevoo e pouso esteja especificado o número de pessoas a bordo e qual a missão dos passageiros. O procedimento foi cumprido, incluindo a informação de que se tratava de visita a opositores do governo de Nicolás Maduro. 
O senador Aloysio Nunes disse que o objetivo da delegação é visitar os presos. “Houve votação e deliberação do Congresso para irmos lá e ver os presos. Eles podem até negar, mas queremos ir”, disse. “Os direitos humanos e a liberdade são universais e não admitem negativas”, comentou ele, acrescentando que, caso o pouso seja recusado, ele irá em avião de carreira. “Os senadores irão de avião de carreira ou até de ônibus.”
Segundo Aloysio Nunes, o governo venezuelano pode até não deixar que os senadores visitem os presos, mas não podem impedir que eles, enquanto brasileiros, entrem na Venezuela, já que não há exigência de visto e ambos são signatários de acordos de reciprocidade.
Mais cedo, em entrevista, Aécio negou que a visita fosse uma “intromissão” em assuntos internos do país vizinho. O senador afirmou que Congresso estava agindo em razão da “omissão” do governo Dilma Rousseff, que mantém relações com Maduro. “Não é uma intromissão, porque estaremos lá pregando aquilo que é essencial no mundo civilizado, que é o respeito à democracia e às liberdades.” 

17de junho de 2015
in aluizio amorim

IRRESPONSABILIDADE FISCAL EMPURRA DILMA ROUSSEFF DIRETAMENTE PARA O IMPEACHMENT



O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) encaminhou aos ministros da Corte parecer em que defende a rejeição das contas de 2014 da presidente Dilma Rousseff por violação da Lei de Responsabilidade Fiscal. Além das controversas manobras fiscais, que consistiam em adiar a transferência de recursos para o pagamento de Bolsa Família, seguro-desemprego, abono salarial e aposentadorias pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o procurador Júlio Marcelo de Oliveira, do MP, afirma que o governo promoveu uma "verdadeira política de irresponsabilidade fiscal", fraudando contas para moldar artificialmente a imagem da presidente petista.
"O que a nação assistiu perplexa foi a uma verdadeira política de irresponsabilidade fiscal, marcada pela deformação de regras para favorecer os interesses da chefe do Poder Executivo em ano eleitoral, e não os interesses da coletividade no equilíbrio das contas públicas", diz o procurador. Além das manobras, a auditoria do TCU aponta para atrasos sistemáticos de pagamento de despesas primárias obrigatórias e a para a realização de operações com recursos do FGTS sem a autorização da Lei Orçamentária, o que também é ilegal.
O TCU vai analisar em sessão plenária nesta quarta-feira o relatório sobre orçamentos do governo e deverá discutir não só a legitimidade das manobras fiscais no uso de recursos de bancos públicos para o pagamento de programas sociais, mas também outras formas de maquiagem nas contas públicas promovidas pelo governo Dilma. As manobras, potencializadas em pleno ano eleitoral, serviam para o governo segurar pagamentos devidos a bancos públicos com o intuito de registrar gastos menores e melhorar artificialmente as contas para engordar a meta de superávit primário (economia feita para o pagamento de juros da dívida).


FATOS NOVOS
"Existem fatos novos que são tão importantes ou mais importantes que as pedaladas", disse nesta terça-feira o ministro Augusto Nardes, relator das contas da Presidência de 2014 no TCU.
"Na gestão fiscal e financeira do exercício de 2014 foram praticadas graves e intencionais violações à Lei de Responsabilidade Fiscal com o objetivo de expandir gastos públicos, sem sustentação orçamentário-financeira, com a agravante de terem sido cometidas em ano eleitoral", critica o Ministério Público junto ao TCU.
"Além das missões intencionais na edição de decretos de contingenciamento em desacordo com o real comportamento das receitas e despesas do país, houve ainda a edição de decretos para abertura de créditos orçamentários sem a prévia, adequada e necessária autorização legislativa, violando a Lei Orçamentária anual, a LRF e Constituição", completa o memorial do MP.
O TCU pode rejeitar, de forma inédita, as contas do governo e abrir caminho para que os envolvidos sejam acusados de crime de responsabilidade, o que pode resultar no pagamento de multa e até a perda do cargo. Os responsáveis também podem ter de responder por ato de improbidade, que prevê a devolução dos recursos perdidos pela União.
PROCURADOR VÊ FRAUDE
O parecer do procurador chama ainda de "fraude" o fato de o governo ter ignorado pedido de recursos feito pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), no valor de 9,2 bilhões de reais, para bancar despesas com seguro-desemprego. O pedido foi feito em 12 de fevereiro de 2014, segundo o parecer, e foi recebido e encaminhado pelo Ministério do Planejamento. Contudo, no cronograma mensal de despesas do Executivo, a ampliação orçamentária, que tem caráter obrigatório, já que se trata de despesas previstas na Lei de Diretrizes Orçamentárias, não havia sido levada em conta. A necessidade de ampliação orçamentária se deu por erro nas projeções de receita do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), que banca os gastos com seguro-desemprego. 

17 de junho de 2015
in aluizio amorim

PT TRANSFORMOU BRASÍLIA NUM LUPANAR




Segundo o site O Antagonista que é muito bem informado, acaba de postar uma nota revelando mais uma vez que os canalhas estão instalados em todas as instâncias do poder. Tentarão tentarão golpear novamente as instituições democráticas. Desta vez o golpe ameaça ser desferido pelas mariposas do lupanar denominado TCU. As mariposas se agitam em torno do abajur vermelho. Leiam:

Dilma Rousseff fraudou as contas do governo em 2014, deixando dívidas penduradas em bancos estatais para dar mais dinheiro a programas eleitoreiros. Crime contra a Lei de Responsabilidade Fiscal mais do que evidente.

Diante desse quadro, a única alternativa decente é o TCU rejeitar as contas e o assunto ir para o Congresso. Mas começa a ser tramada uma alternativa indecente, para variar: o tribunal adiar o julgamento em 30, 45 dias, para dar "oportunidade" de Dilma Rousseff explicar-se pessoalmente.

Não tem explicação coisíssima nenhuma. Os números auditados falam por si. Os relatórios são inequívocos. Dilma Rousseff cometeu fraude, Dilma Rousseff cometeu crime.

Adiar o julgamento é golpe. É tentativa de esfriar o tema. É uma forma de negociar no Parlamento -- na base do toma-lá-dá-cá -- a aprovação de contas públicas manipuladas para manter o PT no poder.

17 de junho de 2015
in aluzio amorim

SEM FOLGA

Brasil tem obrigação de se posicionar contra a perseguição política de Maduro, diz senador

nicolas_maduro_17

Presidente nacional do Democratas, o senador José Agripino Maia (RN) disse nesta terça-feira (16) que um dos principais objetivos da viagem de senadores brasileiros à Venezuela, na próxima quinta-feira, é mostrar a posição contrária da oposição no Congresso Nacional ao governo antidemocrático do aprendiz de tiranete Nicolás Maduro. 
Além de Agripino, viajarão a Caracas os senadores Aécio Neves (PSDB-MG), Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Ricardo Ferraço (PMDB-ES) – nomes até agora confirmados.

“O Brasil é um país líder na América Latina e, como tal, tem a obrigação de se posicionar, como o Democratas sempre fez, contra a violação dos direitos humanos e contra a liberdade de expressão que ocorre na Venezuela”, frisou o parlamentar pelo Rio Grande do Norte. “Está passando da hora de o governo brasileiro ser mais enérgico contra as perseguições políticas praticadas pelo governo Maduro”, acrescentou.

O senador disse ainda que o Democratas sempre se mostrou contrário ao governo antidemocrático venezuelano. Agripino lembrou que, em 2011, recebeu em seu gabinete, em Brasília (DF), o líder opositor Leopoldo López, preso há mais de um ano acusado de incitar a violência nos protestos contra o governo daquele país. Agripino também ressaltou que o DEM votou contra o ingresso da Venezuela no Mercosul por considerar que o país não cumpre as cláusulas democráticas.

“Essa crítica do Democratas em relação ao então regime de Chávez, e agora de Maduro, não é de hoje. Há quatro anos recebi em meu gabinete o líder opositor Leopoldo López, perseguido por suas posições contrárias ao regime venezuelano. Também votamos contra a entrada do país no Mercosul por ele claramente romper com a liberdade de pensamento e de expressão. Logo, essa nossa postura não é de hoje”, frisou o parlamentar.

Diante da ausência de resposta da Venezuela ao pedido para que um avião militar brasileiro pouse em Caracas levando a comitiva de senadores, Agripino afirmou que os parlamentares cogitaram fretar um voo para chegar ao país. “O Parlamento brasileiro tem o dever de mostrar que é contra as perseguições políticas na Venezuela e é isso que vamos fazer nesta viagem”, acrescentou.

Após o incidente que surgiu na esteira do silêncio do Palácio de Miraflores, sede do Executivo venezuelano, diante do pedido para que um avião da FAB pudesse pousar em Caracas com senadores brasileiros da oposição, o ministro da Defesa, Jaques Wagner, foi ao Senado na noite desta terça-feira (16) para comunicar que o governo do presidente Nicolás Maduro autorizou o voo.

Essa atitude arbitrária de Maduro foi um equívoco típico de ditadores, que acabou sendo contornada com a intervenção do Palácio do Planalto, que temia que a truculência do presidente bolivariano respingasse em Dilma Rousseff.

17 de junho de 2015
ucho.info

FARINHA DO MESMO SACO

Zé Dirceu disse ao Estadão, em 7 de junho, que Lula, Dilma e ele estão no mesmo saco.
Não concordo. Afinal, ele foi condenado e preso, enquanto seus companheiros de sacaria, ou sacanagem, não.
Então não é o mesmo saco de gatos.
São sacos e gatos diferentes.
Tão diferentes que Lula ganhou 4,5 milhões de reais da Camargo Corrêa, enquanto Zé Dirceu só conseguiu 840 mil e Dilma 8,5 milhões, mas não para ela, como afirma a fonte pagadora, mas para sua campanha de 2010.

Portanto, nem o saco nem a farinha são iguais. Umas valem mais do que as outras. Os sacos também são uns maiores do que os outros para caber diferentes quantidades de grana. Mas são todos sacos enormes como o nosso, que está inchado e estourando de indignação com todas estas barbaridades que assolam o país. Não são, definitivamente, farinha do mesmo saco como quer o Zé Dirceu, o consultor mais bem pago da Nação, com mestrado e doutorado em Cuba e não em Harvard, mesmo porque os egressos da famosa universidade norte-americana não conseguem faturar tanto quanto ele contra seus “clientes”. Mas os sacos e gatos em questão têm a mesma origem, são todos do PT, que vem ensacando nossa dignidade há mais de 12 anos e atirando-a no lixo da vergonha com tantos malfeitos, mesmo porque se tivessem sido bem feitos nós nem teríamos ficado sabendo.

Os PeTralhas estão perdendo a prática. Ou não estão nem aí para o noticiário e para a opinião pública, que se mobiliza, vai às ruas, mas não acontece nada. Dá para esperar alguma mudança num país onde o nome do tesoureiro João Vaccari Neto, sucessor do condenado Delúbio Soares, tem seu nome aplaudido na convenção do partido? Esta mesma convenção que, aberta por Dilma, de regresso de mais um passeio de aerolula, já que de bicliceta não dava para cobrir a distância que separa o Brasil da Bélgica, prepara um desagravo a Lula? Tancredo Neves dizia que político que precisa de manifestação de apoio já era. Mas o nosso, apesar da quentura crescente do óleo na panela, ainda está blindadinho da silva, não sabemos porque nem até quando.

Tudo indica que não será por muito tempo, pois o cerco está se fechando em torno do profeta do Semiárido pernambucano, que já não está conseguindo esconder as safadezas que fez, como esta de se transformar no palestrante mais bem pago do mundo. Eu me lembro quando, há anos atrás, participei de um grupo que trouxe Margaret Thatcher ao Brasil e que teve que comer o pão que o diabo amassou para conseguir pagar o seu cachê de 50 mil dólares. Imaginem só: 50 mil dólares para a Dama de Ferro fazer uma palestra e 200 mil dólares para o Lula abrir a boca, contar lorotas e agredir o vernáculo, ele que sempre se vangloriou de nunca ter estudado.

Agora o seu partido vem com mais essa barbaridade de colocar no seu programa a taxação das grandes fortunas. Isso é um tiro no próprio pé, pois entre as grandes fortunas estão as de próceres do PT e cumpanheiros que saquearam os cofres públicos amealhando fortunas incalculáveis, como indicam as investigações do Lava Jato. Este imposto demagógico, se passar um dia, vai atingir em cheio a família Lula da Silva, que tem dentro dela um exemplar, o Lulinha, que passou rapidinho de ajudante do zoológico para detentor de uma das maiores fortunas do país justamente no período em que seu papai foi Presidente da República.

Além dessa atitude extemporânea, que afirmam ser de esquerda, o PT ameaça que vai lutar pela volta da CPMF, imposto grotesco que foi defenestrado graças a um amplo movimento da sociedade.

Por essas e outras, as vezes eu fico pensando que, em se falando em saco, o melhor seria botar a minha viola no saco, parar de reclamar, meter o rabo entre as pernas e aguentar em silêncio mais três anos e meio de lulopetismo, que está no poder porque foi escolhido pela maioria dos eleitores. E como se diz em latim, “vox populi, vox Dei”. A eleição de 2014 foi uma clara demonstração de que Ele não é mais brasileiro, apesar das reiteradas declarações em contrário do Papa Francisco. Infelizmente, porque só Deus poderia nos tirar do atoleiro onde nos meteram.


17 de junho de 2015
Flávio Faveco Corrêa

UMA VIDA VIGIADA


Já disse e repito: estamos cada dia mais vigiados. Big Brother está aí, chegou pra ficar. Meus argutos leitores já se deram conta.
by Olga Subirós, arquiteta espanhola
by Olga Subirós, arquiteta espanhola
O espanhol El País publicou artigo sobre o assunto, de autoria da doutora Gemma Galdon Clavell, da Universidade de Barcelona. Ela assinala uma série de objetos e procedimentos de uso diário cujos dados podem escancarar a vida e a intimidade de cada um de nós.
A lista não é exaustiva.
Interligne vertical 16 3Kf1. Videovigilância. É muito prático poder assistir, de longe, ao que está acontecendo dentro de casa. O chato é que um grampo pode ser instalado por terceiros que poderão, assim, assistir às mesmas cenas.
2. Relógios de luz, termostatos e medidores de água, tão comuns e necessários, fornecem informação sobre hábitos do utilizador.
3. Televisores inteligentes e consoles de videogames dispõem de câmeras e microfones. O usuário pode estar sendo espionado.
4. Cartões de crédito são preciosa fonte de dados. Fornecem informações disputadíssimas sobre hábitos de compra.
5. Controles biométricos de entrada e saída armazenam informação sobre passantes.
6. Monitoramento remoto no trabalho pode, através de captura de tela, medir a produtividade do trabalhador.
7. Bases de dados pessoais contêm dados fiscais e de saúde dos clientes. Essa informação pode cair em mãos alheias.
8. Sensores de contagem de pessoas monitoram o fluxo de compradores e o tempo de permanência.
9. Cartões de fidelidade oferecem vantagens e descontos, mas também recompõem o perfil de cada comprador.
10. Ibeacons enviam ofertas para celulares próximos.
11. Wifi gratuito pode bisbilhotar o perfil Facebook de cada utilizador.
12. Cartões recarregáveis de transporte público guardam dados sobre os deslocamentos de cada passageiro.
13. Redes de automóveis e de bicicletas de aluguel registram trajetos dos clientes.
14. Placas de carros podem ser facilmente lidas por sistemas instalados na via pública.
15. Telefonia móvel permite geolocalizar.
16. Câmeras térmicas e sensores sonoros medem o fluxo de pedestres e níveis de ruído.
17. Mobiliário urbano detecta a presença de pedestres. Câmeras podem gravar, com nitidez, a imagem de quem passar.
18. Sistemas de estacionamento com cartão personalizado guardam dados sobre o utilizador.
Como se tudo isso não bastasse, quem nos garante que todas as nossas comunicações telefônicas não estão sendo armazenadas em gigantescas bases de dados? E nossas mensagens eletrônicas?
Big Brother 1É verdade que não há orelhas suficientes para escutar tudo. No entanto, em caso de necessidade, não deve ser difícil encontrar o que tiver de ser encontrado. Quem procura acha.
O que parecia, vinte ou trinta anos atrás, delirante ficção científica é hoje realidade. Estamos cercados – não dá pra escapar.
17 de junho de 2015
José Horta Manzano