"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 17 de junho de 2015

O PT PRECISA APRENDER A SE CALAR

No momento delicado em que vive o País, quando uma nova equipe econômica tenta reparar o enorme estrago produzido pela incompetência da anterior, o PT, que deveria apoiar incondicionalmente o Governo, só trata de atrapalhá-lo.

É lamentável que o presidente do partido, o deputado estadual (por São Paulo) Rui Falcão, não tenha aprendido lição importante nos anos em que foi chefe de redação da revista de negócios Exame: para dar certo, as decisões na área econômica devem ser previamente acertadas com as partes envolvidas.

É que Falcão - talvez entusiasmado pelo clamor de seus correligionários , na reunião da semana passada em Salvador - defendeu a volta da da CPMF como forma de aumentar a arrecadação federal.

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, que não consegue resolver os problemas mais elementares de sua própria pasta, também resolveu se meter onde não era chamado, e assegurou também a seus colegas petistas que uma nova CPMF estaria a caminho.
Perderam, ambos, excelente oportunidade de ficar calados, pois foram irresponsavelmente dar pitacos em área na qual não têm competência nem autoridade para fazê-lo.

Todos sabem que quem de fato manda na área econômica, é o ministro Joaquim Levy, que se viu obrigado a desautorizá-los de imediato, e assegurando à opinião pública que o governo não trabalha com a hipótese de ressuscitar a CPMF.

Mas não foi só o Ministro da Fazenda que se encarregou de desmentir as invencionices de Falcão e Chioro. O governo, percebendo os efeitos danosos das declarações dos dois petistas, teve de mandar seu próprio líder na Câmara, o deputado José Guimarães, se posicionar contra a ideia estapafúrdia de seus colegas, na mesma reunião.

Mais tarde, o Ministério da Saúde viu-se obrigado a desmentir as declarações de seu próprio ministro, e informar ao público de que “não há, no âmbito do governo federal nenhuma discussão em curso sobre o tema”. 

Antes de ficarem propondo iniciativas para aumentar a tributação, os líderes do PT fariam melhor se começassem a se preocupar sobre como melhorar o desempenho de seus gestores, tornando-os mais eficientes e elevando seu nível de competência.

Deveriam todos ter também uma aula sobre a importância da credibilidade na esfera da atuação pública. 
Esse tipo de desencontro de informações sobre a CMPF é apenas um pequeno exemplo do desacerto de posições no PT, onde cada um fala o que quer, sem nenhum compromisso com a realidade ou com a verdade.
No mundo das coisas sérias, declarações irresponsáveis podem trazer danos irreparáveis.



17 de junho de 2015
Pedro Luiz Rodrigues

Nenhum comentário:

Postar um comentário