Brasil tem obrigação de se posicionar contra a perseguição política de Maduro, diz senador
Presidente nacional do Democratas, o senador José Agripino Maia (RN) disse nesta terça-feira (16) que um dos principais objetivos da viagem de senadores brasileiros à Venezuela, na próxima quinta-feira, é mostrar a posição contrária da oposição no Congresso Nacional ao governo antidemocrático do aprendiz de tiranete Nicolás Maduro.
Além de Agripino, viajarão a Caracas os senadores Aécio Neves (PSDB-MG), Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Ricardo Ferraço (PMDB-ES) – nomes até agora confirmados.
“O Brasil é um país líder na América Latina e, como tal, tem a obrigação de se posicionar, como o Democratas sempre fez, contra a violação dos direitos humanos e contra a liberdade de expressão que ocorre na Venezuela”, frisou o parlamentar pelo Rio Grande do Norte. “Está passando da hora de o governo brasileiro ser mais enérgico contra as perseguições políticas praticadas pelo governo Maduro”, acrescentou.
O senador disse ainda que o Democratas sempre se mostrou contrário ao governo antidemocrático venezuelano. Agripino lembrou que, em 2011, recebeu em seu gabinete, em Brasília (DF), o líder opositor Leopoldo López, preso há mais de um ano acusado de incitar a violência nos protestos contra o governo daquele país. Agripino também ressaltou que o DEM votou contra o ingresso da Venezuela no Mercosul por considerar que o país não cumpre as cláusulas democráticas.
“Essa crítica do Democratas em relação ao então regime de Chávez, e agora de Maduro, não é de hoje. Há quatro anos recebi em meu gabinete o líder opositor Leopoldo López, perseguido por suas posições contrárias ao regime venezuelano. Também votamos contra a entrada do país no Mercosul por ele claramente romper com a liberdade de pensamento e de expressão. Logo, essa nossa postura não é de hoje”, frisou o parlamentar.
Diante da ausência de resposta da Venezuela ao pedido para que um avião militar brasileiro pouse em Caracas levando a comitiva de senadores, Agripino afirmou que os parlamentares cogitaram fretar um voo para chegar ao país. “O Parlamento brasileiro tem o dever de mostrar que é contra as perseguições políticas na Venezuela e é isso que vamos fazer nesta viagem”, acrescentou.
Após o incidente que surgiu na esteira do silêncio do Palácio de Miraflores, sede do Executivo venezuelano, diante do pedido para que um avião da FAB pudesse pousar em Caracas com senadores brasileiros da oposição, o ministro da Defesa, Jaques Wagner, foi ao Senado na noite desta terça-feira (16) para comunicar que o governo do presidente Nicolás Maduro autorizou o voo.
Essa atitude arbitrária de Maduro foi um equívoco típico de ditadores, que acabou sendo contornada com a intervenção do Palácio do Planalto, que temia que a truculência do presidente bolivariano respingasse em Dilma Rousseff.
17 de junho de 2015
ucho.info
Nenhum comentário:
Postar um comentário