"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 8 de junho de 2015

JORNALISMO AMESTRADO

Sou do tempo em que pet era bicho de estimação e treinador pessoal de ginástica não era identificado pelo inculto neologismo “personal”, com acento incorreto na última sílaba. As duas designações são úteis para ilustrar a atividade que ainda atende pelo nome de jornalismo no Brasil.

Um jornalista nova-iorquino decidiu passar este ano auscultando sua profissão. O resultado é uma série de três longos artigos na New York Review of Books, o último a ser publicado no segundo semestre. Li os dois primeiros como os frequentadores de igrejas de gospel afro-americano, que interrompem o sermão com interjeições. Para quem lê em inglês, recomendo enfaticamente a leitura.

Como aperitivo, ofereço algumas considerações feitas pelo excelente Michael Massing em sua série sobre jornalismo digital. É frequente, nos debates coalhados de clichês como “ruptura” e “viral”, discutir-se modelos de negócio, soluções técnicas mas, enquanto vemos o florescimento de uma segunda geração de publicações digitais, pouco se discute sobre o impacto real da tecnologia na forma de fazer jornalismo. Além disso, o jornalismo online, cada vez mais influente, não enfrenta avaliação de qualidade como a impropriamente chamada mídia tradicional. Até o termo inglês para designar organizações como o New York Times – legacy media – mídia de legado, sugere descompromisso dos novos concorrentes com a continuidade.

Depois de passar meses imerso nos websites do jornalismo americano, Massing saiu com uma conclusão que endosso: reina a caretice e a falta de imaginação. A tal da ruptura se reflete em publicações extintas, desemprego, redução gradual do papel mas não em ousadia para reinventar o jornalismo num novo ecossistema. Os exemplos apresentados são expressivos: O Huffington Post, que acaba de completar dez anos, já passou por várias encarnações, desde que decolou surrupiando conteúdo dos outros e empregando blogueiros não remunerados. Mesmo depois da venda para a AOL por inexplicáveis US$ 315 milhões em 2011, a publicação hoje multinacional batizada com o nome do ex-marido de Arianna Stassinopoulos, continua oscilando entre a boa reportagem tradicional e o besteirol de celebridades.

O cenário muda de tom mas a falta de criatividade é a mesma em contemporâneos que resistem, como Slate, Salon e The Daily Beast, praticantes, como bem lembra Massing, de um jornalismo opinativo e do contra, do tipo “Saiba como o ajuste fiscal vai gerar empregos.”

E a garotada da segunda geração digital? Igualmente careta. O queridinho das estatísticas, o jornalista Nate Silver, saiu do New York Times para criar seu próprio site FiveThirtyEight, o mais conhecido entre os que usam números para compor narrativas. Sua contribuição recente para resolver as mazelas da Fifa foi resumida pelo economista de uma universidade nova-iorquina como “uma peça que ilustra como boas estatísticas e desconhecimento da história produzem resultados inúteis.”

O campeão em viralidade Buzzfeed, responsável, em fevereiro, pelo desperdício planetário de tempo com o debate da cor do vestido, emprega cada vez mais jornalistas. Mas, para ler uma cobertura exclusiva sobre a guerra na Ucrânia, o leitor tem que atravessar um monte de lixo como “21 celebridades que confirmam que os canhotos são muito mais sensuais.” O Buzzfeed tem um “editor de animais”, sim, um curador de focas amestradas.

O que mais têm em comum a primeira e a segunda geração do jornalismo digital? Raramente dão furos, influenciam debates ou iniciam um novo diálogo sobre um tema.

Já o New York Times nos brindou no fim de semana com uma reportagem assinada por múltiplos jornalistas que é um primor de renovação de linguagem e uso de multimídia. O jornal contou a evolução e o impacto do Seal Team 6, a unidade secreta de elite celebrizada por matar Osama bin Laden. O provectoWashington Post, vitaminado pelo novo dono Jeff Bezos, hoje dá banho na turma da ruptura, incorporando nova mídia com criatividade e pregando sustos no establishment político em Washington.

Não se trata de saudosismo. Michael Massing argumenta que a mídia digital é território fértil para conteúdo investigativo e de profundidade, com seu poder de atualizar informação e interligar fontes. Mas mesmo novos sites de chamado jornalismo long form, de textos longos, não se firmam. É o Guardian britânico que muda a história ao revelar Edward Snowden para o mundo.

Nos anos 70, o Brasil tinha uma taxa de analfabetismo de 33% e era rapidamente unificado por uma televisão com padrões visuais norte-americanos. Gilberto Braga certa vez comentou comigo que, por causa da novela das 8, as domésticas brasileiras passaram a ter “uma relação” em vez de namorado. Sem que tenhamos nos tornado a pátria educadora de fato, o brasileiro hoje é o maior consumidor mundial de “notícias” via Facebook. Se o jornalismo americano pegou uma gripe, o brasileiro pegou pneumonia.


08 de junho de 2015
Lúcia Guimarães

PROIBIDO PARA MENORES

SÃO PAULO - Ouve-se amiúde que a diminuição para 16 anos da idade em que um cidadão é considerado adulto para fins de responsabilização penal "não resolve o problema da criminalidade". De quase tudo nesta vida se pode dizer o mesmo.

Penalizar o homicídio tampouco solucionou o problema. O assassinato continua a ser praticado, numa taxa que pode variar de irrisória a avultada, quer na harmônica Dinamarca, quer na atribulada Venezuela.

O debate melhora quando avaliamos se certos arranjos entre as leis e a capacidade de aplicá-las são eficientes no objetivo de inibir o crime. Apartar indivíduos perigosos, como os reincidentes em delitos graves, ajuda nessa meta. Punições frequentes também desestimulam a entrada de novos atores no mundo do crime.

O conjunto brasileiro possui flagrante deficiência operacional, estampada na baixa capacidade de identificar, processar e manter presos e inoperantes autores de crimes graves. Mas há também uma lacuna legal na forma como as punições são administradas a menores de 18 anos.

Adolescentes violentos e reincidentes não podem ficar fora do convívio social por mais de três anos. Uma reforma razoável dos códigos trataria de alongar esse prazo. Ela teria a vantagem de alterar apenas a legislação inferior –não a Constituição– e de modificar pouco o modo como os Estados hoje isolam os delinquentes juvenis.

Estados do Norte e do Nordeste atravessam há alguns anos um período de alta súbita na violência extrema, a que resulta em mortes. Homens de 15 a 25 anos estão no centro da matança, como autores e como vítimas. A política pública pode abreviar o recuo dessa onda mortífera.

Na área da segurança, elevar a eficiência da polícia, da Justiça e dos presídios nessas regiões será fundamental. Ampliar o tempo de isolamento dos adolescentes mais violentos, em instituições especializadas nessa clientela, pode ajudar.


08 de junho de 2015
Vinicius Mota

O ESCÂNDALO É UM SÓ

O mensalão é apenas uma parte - e uma das menores, hoje se sabe - do plano de assalto ao Estado protagonizado pelo condomínio que o lulopetismo instalou no poder em 2003. Assim, dez anos passados daquele famigerado escândalo, que mobilizou o País por vários meses e terminou com a prisão de um punhado de réus poderosos, fica muito claro que o episódio não passou de um esquema marginal dentro de uma sofisticada estrutura montada para rapinar bens públicos, em escala nunca vista na história brasileira.


Portanto, pouco há a comemorar, pois, com o mensalão, se foi rompida parcialmente a lógica da impunidade, nenhuma página foi, de fato, virada. A cada nova descoberta das autoridades policiais e judiciais no caso do petrolão e de outros esquemas comprova-se que nada, nessas investigações, pode ser tomado de forma isolada. Todos esses escândalos são, na verdade, um só - o escândalo de uma quadrilha que transformou partidos políticos em máquinas para exaurir os recursos do Estado de diversas maneiras, em favor de projetos pessoais e de poder de seus dirigentes.

O mensalão chegou ao conhecimento público com esse nome em junho de 2005, graças a acusações feitas na ocasião pelo então deputado petebista Roberto Jefferson. Segundo o parlamentar, o então tesoureiro do PT, Delúbio Soares, pagava mesadas de R$ 30 mil a deputados do PL e do PP em troca de apoio no Congresso.

Como costumam fazer sempre que são acuados por denúncias, os petistas reagiram insultando a inteligência dos brasileiros. Em nota oficial, garantiram que o relacionamento do PT com os demais partidos da base aliada se assentava “em pressupostos políticos e programáticos”, descartando qualquer forma de corrupção.

Com o passar do tempo e o surgimento de evidências de um crime muito maior do que o denunciado por Jefferson, a narrativa petista foi mudando. Primeiro, quando sua reeleição parecia sob ameaça, o então presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, se disse “indignado” e afirmou que o PT precisava “pedir desculpas”. Nessa mesma toada, Delúbio admitiu que as campanhas eleitorais do partido usaram “recursos não contabilizados”, mas os petistas, Lula inclusive, atribuíram essa prática a um mero esquema de caixa 2, do qual, segundo essa versão, todos os partidos lançam mão.

Quando ficou evidente que o Brasil estava diante de “um dos episódios mais vergonhosos da história política de nosso país”, como o qualificou o ministro Celso de Mello, decano do Supremo Tribunal Federal, em seu histórico voto pela condenação desse “grupo de delinquentes que degradou a atividade política”, os petistas passaram a se dizer vítimas de um “julgamento de exceção”.

Desde então, os documentos produzidos pelo partido para reagir às seguidas denúncias de malfeitos - como os petistas apelidaram crimes capitulados em lei - respeitaram a gramática da vitimização. A palavra “golpe” passou a ser usada profusamente pelos dirigentes petistas, inclusive, e em mais de uma ocasião, pela presidente da República, Dilma Rousseff. Junte-se a isso a cantilena de que os escândalos só vêm à luz porque o governo petista permite que sejam investigados, como “nunca antes na história deste país”, e tem-se uma impostura completa.
Digam o que disserem os líderes petistas, porém, vale o que está nos autos do mensalão - e lá está claro que o PT transformou os ganhos oriundos da corrupção na própria razão de ser de sua prática política. Os escândalos depois desvendados são consequência dessa opção.

Nos dez anos do mensalão, e atordoado diante da constatação de que ainda estamos longe de conhecer a totalidade dos malfeitos cometidos nesse período, o País já percebeu que os governos lulopetistas são verdadeiras caixas-pretas, a guardar sombrios segredos, escondidos pela blindagem do populismo e da demagogia, que transforma os críticos do modus operandi petista em inimigos dos pobres. Nem o mensalão nem o petrolão são capazes de resumir essa história de corrupção e desfaçatez da qual, infelizmente, temos apenas um pálido vislumbre.


08 de junho de 2015
Estadão

BNDES É HOJE O MAIOR REALIMENTADOR DA DÍVIDA PÚBLICA















Em recente reportagem no Jornal O Globo, a qual recomendo, os repórteres Henrique Gomes, Danielle Nogueira e Fábio Vasconcellos informam que “menos de 5% das empresas representam 52,5% das operações de crédito do BNDES”, e neste grupo privilegiado estão companhias de petróleo, energia, mineração e telecomunicações.
Ao invés do banco de fomento promover o financiamento a todos os segmentos produtivos, principalmente àqueles geradores de empregos em larga escala, tornou-se um hospital das empresas privadas e concentrou a liberação de financiamentos aos grandes grupos, pois 57 grandes empresas obtiveram no mínimo 1 bilhão de reais, cada uma delas. Em cinco anos, mais de 450 bilhões foram emprestados.
Aqui mesmo no Blog, diversos comentaristas alertaram para o endividamento do país e o perigo do retorno do garrote do FMI, principalmente após o financiamento dos estádios de futebol (12 arenas) para cumprir os compromissos com a FIFA. Hoje são elefantes brancos, como o de Brasília, por exemplo. O Consórcio do Maracanã deseja entregar o estádio para o governo do Estado, lógico, não está dando lucro.
Em síntese: nada acontece por acaso, assim como não há almoço grátis. E o fato principal é que a atuação do BNDES está totalmente desvirtuada.
SAUDADES DO LESSA
Depois que Lula demitiu da presidência do BNDES o economista Carlos Lessa, um homem culto, transparente e nacionalista, o hospital das empresas privadas perdeu a credibilidade. O uso do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) para socorrer países e empresários amigos do poder é um escárnio à sociedade e im desrespeito ao trabalhador. O mais estarrecedor é o silêncio constrangedor das centrais sindicais. Por esta razão, os trabalhadores lentamente se desfiliam dos Sindicatos, cujos dirigentes pensam que estão no governo, mas no fundo não passam de marionetes usados pelo poder.
No governo de FHC, as centrais faziam muito barulho, que não deram em nada, pois os tucanos privatizaram o que queriam privatizar e provocaram o maior arrocho salarial da história do servidor público. Agora, as centrais deixam privatizar sem dar um pio e se quedam inertes diante das demissões provocadas pelo ajuste fiscal comandadas por um neoliberal da Escola de Chicago.
“ARREPENDIMENTO”
Agora, a partir da confissão dos “malfeitos” cometidos, entre os quais a formação de cartel, superfaturamento das obras públicas, associações com doleiros para envio de dinheiro público para o exterior sem informar a Receita Federal e doações aos Partidos Políticos de forma não republicana, os empreiteiros desejam pagar uma multa para receber novamente financiamentos do BNDES e demais bancos públicos e principalmente voltar às licitações públicas.
Não basta apenas ressarcir a Petrobras, os reflexos decorrentes dos “malfeitos” incidem sobre o imposto de renda e principalmente na Previdência Social. A sonegação ampla, geral e irrestrita sobre a Previdência é um dos importantes responsáveis pelo propalado déficit enfadonhamente anunciado pelos governos, que colocam a culpa unicamente no aumento das aposentadorias e sempre reduzem o aumento dos proventos abaixo da inflação, sob a alegação de que agem assim para não quebrar o sistema.
Quanto ao BNDES, tornou-se o principal realimentador da dívida pública, com o governo emitindo títulos remunerados pela Taxa Selic (13,75% ao ano), para que o banco de fomento empreste com base na TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo), a 6% ao ano. Um negócio sem sustentação, coisa de amadores.

08 de junho de 2015



DIRCEU FINANCIADO POR FIDEL CASTRO

General ignorado pela grande mídia denuncia que José Dirceu foi financiado por Fidel Castro.




Em palestra proferida no Clube Militar, o general Lannes abordou o contexto de 31 de março de 1964, a guerrilha comunista, as reações da sociedade, grupos terroristas e a interferência internacional, por parte de países sob ditaduras do proletariado, no financiamento e no treinamento de grupos que visavam a implantação de um regime totalitário de esquerda no país.

http://www.politicanarede.com/2014/04/general-ignorado-pela-grande-midia.html


08 de junho de 2015
in blog do mario fortes

TV FRANCESA IRRITA DILMA COM PERGUNTAS SOBRE SUA PARTICIPAÇÃO NA LAVA JATO QUE IMPRENSA BRASILEIRA NÃO TEM CORAGEM DE FAZER



(Estadão) Londres e Paris - A presidente Dilma Rousseff afirmou em entrevista a uma emissora de televisão francesa que vai lutar "até o fim" para mostrar que ela não tem envolvimento com o esquema de desvios na Petrobrás investigado pela Operação Lava Jato. À France 24, Dilma que é "impossível" que esteja envolvida nas denúncias e defendeu que o esquema não deve ser tratado como "escândalo da Petrobrás" e, sim, como "escândalo de determinados funcionários da Petrobrás".

Durante a entrevista ao canal de notícias francês, exibida nesta segunda-feira, 8, a presidente foi questionada sobre a hipótese de a investigação chegar à conclusão de que ela sabia ou estava envolvida no esquema. Então, o jornalista francês questiona se, nesse cenário, a presidente estaria disposta a encarar todas as consequências. "Eu não estou ligada. Eu não respondo a essa questão, porque eu não estou ligada. E eu sei que não estou ligada", disse.

"É impossível. Eu lutarei até o fim para mostrar que não estou ligada. Eu sei o que eu faço. Eu tenho uma história por trás de mim nesse sentido. Não é questão de 'se'. Eu não estou ligada", completou.

Dilma disse ainda que há tratamento diferente entre a relação das empresas envolvidas no esquema com o Partido dos Trabalhadores e os demais grupos políticos. Segundo Dilma, "todos as campanhas" feitas no Brasil têm contribuição das companhias citadas. "E por que só a minha foi destacada?", questionou a presidente. "Estão tentando envolver a minha campanha", disse e complementou: "Não existe nenhum indício que o prove. Não só em 2010, mas também em 2014. Todos os candidatos que concorreram comigo receberam dinheiro dessas empresas de forma legal".

A presidente afirmou ainda que pessoas que estão presas por envolvimento no esquema foram demitidas no início de 2012. Dilma fez referência a ex-gestores da Petrobrás, entre eles os ex-diretores Paulo Roberto Costa (Abastecimento) e Renato Duque (Serviços). Além deles estão envolvidos ainda o ex-diretor Nestor Cerveró (Internacional), preso em Curitiba, e o ex-gerente da diretoria de Serviços Pedro Barusco, um dos delatores do esquema.

"A Petrobrás tem mais de 30 mil empregados e tem cinco envolvidos. O escândalo não é o escândalo da Petrobrás, é de determinados funcionários de alto nível da Petrobrás", afirmou a presidente. Dilma citou que o escândalo diz respeito a funcionários da estatal que se articularam com empresas e partidos para obter vantagens. Esse problema, emendou, não afeta necessariamente todas as empresas, nem todos os partidos ou todos os integrantes dos partidos.

A entrevista foi concedida em razão dos preparativos da reunião de cúpula entre a União Europeia e a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), que será realizado entre quarta e quinta-feira, em Bruxelas, na Bélgica.

Questionada sobre se "assumiria suas responsabilidades" - uma expressão que em francês equivale a "demitir-se" - caso seja provado seu eventual envolvimento em corrupção. Dilma se mostrou irritada e protestou. "Eu não tenho nada a ver. Eu não respondo a essa questão porque sei que não tenho nada a ver", afirmou.

08 de junho de 2015
in coroneLeaks

A CORRUPÇÃO MATA, AO DESVIAR RECURSOS DE GASTOS SOCIAIS



Na dantesca selva, até que enfim, um raio fulgurou na Fifa. Destampou a fossa e colocou à vista as lúgubres figuras que a povoam. Mais que uma moralização do mundo do futebol infestado de cartolas velhacos, a atitude, que partiu dos Estados Unidos, parece uma declaração de guerra à corrupção pelo mundo afora, contraria o jeito de arrancar propinas que se generalizou no mundo e perdeu o controle no continente latino-americano. Neste quadrante, a corrupção devasta as economias nacionais e as deixa em frangalhos.
Se a guerra era apenas contra os cartéis do tráfico na América Latina, agora os EUA pretendem enfrentar as quadrilhas organizadas da corrupção. Pegaram pesado contra a Petrobras pelos rombos aos fundos que nela investiram, e não poderia ficar de fora a Fifa, que a cada ano rapa bilhões de dólares da paixão do mais difundido esporte no planeta.
MÁFIA TRANSNACIONAL
Surgiu como uma atividade econômica ilícita relevante, uma máfia transnacional. Na primeira leva de prisões, todos os sete conduzidos ao cárcere pertencem a países das Américas Central e do Sul. Destaque para o brasileiro José Maria Marin, que esteve à frente da CBF e da realização da Copa do Mundo de 2014.
Os Estados Unidos não se conformam, ao que tudo indica, com a exclusão de sediar as últimas Copas “leiloadas pela Fifa”. Apesar de o país oferecer condições operacionais e financeiras melhores que qualquer outro competidor, de garantir rendas e público.
A decisão de brindar o minúsculo Catar e até de mudar o calendário para abrigar a Copa do Mundo no deserto das Arábias, onde o petróleo jorra abundante, teria sido tomada em bastidores de figuras que saem de suas tocas apenas para garfar vantagens pessoais e ilícitas.
Figuras sem expressão, sem história no futebol, mas com voto que decide o destino de bilhões de dólares movimentados pelos torneios internacionais de futebol. Pessoas que, ocupando os vértices da Fifa, de regra, amealham fortunas pessoais que chamam a atenção pelo luxo e pela fartura.
LEILÃO INFORMAL
Para ser escolhido sede de Copa do Mundo, o problema está exatamente em ganhar o leilão informal, a disputa de foice entre essas personagens cuja bússola se volta para o lado mais rentável aos bolsos deles.
Na Fifa, os 209 votos, um por país, independentemente do peso e da tradição, se concentram numericamente na América Central e no pulverizado Caribe, com 38 membros, e na América do Sul, dez membros, mais 52 no continente africano, que, por afinidades étnicas e culturais com o outro lado do Atlântico, se movimenta pela mesma maré.
Os cem votos, redondos, desse blocão que se regula no mesmo diapasão têm poder absoluto e suplantaram os mais tradicionais e mais representativos países da modalidade.
O voto das Ilhas Cayman vale como o da Inglaterra. Bem por isso, na cúpula da Fifa, a maioria dos membros, como a lista de prisões decretadas pela Justiça dos EUA demonstra, chega a ser ocupada por eles. Coincidentemente, são países que ocupam os vértices do ranking dos mais corruptos e violentos do planeta.
A CORRUPÇÃO MATA
A corrupção tira de quem precisa e privilegia bandidos. Destrói uma nação, é um crime que subverte os valores naturais em favor dos criminosos.
Gera falta de remédios, de assistência social, de educação, de serviços públicos, de aposentadorias mais generosas. Suga silenciosamente e mata mais que as drogas.
Portanto, é justa essa decisão de entrar nessa luta sem fronteiras contra a corrupção, que já fugiu do controle e ameaça assombrosamente a humanidade.

08 de junho de 2015
Vittorio Medioli
O Tempo

MINISTRO TENTA MINIMIZAR REUNIÃO DE LULA SOBRE PASADENA



Paulo Roberto Costa e Lula: tudo a ver
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse nesta segunda-feira, 8, que “há muita especulação” sobre o encontro do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, um dos delatores da Operação Lava Jato, às vésperas da compra da refinaria de Pasadena pela estatal, em 2006.
“Nessa hora há muita especulação que não leva a nada”, disse o ministro, minimizando o impacto do encontro no rumo das investigações. “Acho que esse tipo de situação por óbvio não traz nada”, respondeu Cardozo a ser questionado sobre o tema durante lançamento de uma consulta pública sobre corrupção.
Em matéria publicada na última sexta-feira, 6, o jornal O Estado de S. Paulo mostrou documento que revela encontro de Lula com Costa em Brasília, 31 dias antes de a Petrobras efetuar a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. A compra da refinaria é alvo de investigações e provocou um prejuízo de R$ 792 milhões aos cofres públicos, segundo relatório do Tribunal de Contas da União (TCU). Oposição cobra explicação sobre encontro de Lula com Costa
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG –
 O ministro da Justiça, desta vez, tem toda razão. Realmente, a reunião entre o então diretor da Petrobras e o presidente da República, para conversar sobre Pasadena, conforme está assinalado na agenda da Petrobras, uma mês antes de a estatal fechar o negócio, não teve a menor importância. Foi apenas coincidência… ou a entrevista de Cardozo merece concorrer à Maior Piada do Ano. (C.N.) 
08 de junho de 2015
Talita FernandesEstadão

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO

               Vamos malhar o verdadeiro "Judas"?



Sábado de Aleluia! Dia de malhar o Judas. No Brasil, a pergunta é: Quais Judas? No entanto, o problema mais grave a ser questionado e solucionado é: Adianta perder tempo malhando o "judas" errado? É muito mais fácil, para qualquer ser humano, transferir sua própria culpa para os outros ou para algo no mundo exterior. Politicamente, estamos fazendo isto. Ou, ao longo da História, sempre fizemos isto.

Os grandes movimentos de mudança na História do Brasil foram frutos de algum protagonismo de uma pequena Elite Moral ou consequências de uma acomodação de interesses da Oligarquia (um pequeno grupo hegemônico, não necessariamente uma "elite" na definição correta do termo). De verdade, nunca malhamos o verdadeiro Judas. Sempre elegemos, para malhação, alvos secundários.

Por errarmos nos alvos corretos, perdemos tempo e damos margem ao crescimento descontrolado do problema. Atualmente, exercitamos a preferência nacional de malhar a impopular e desgastada Dilma Rousseff. Ou, então, malhar seu criador, o gênio $talinácio. Ambos merecem pancadas políticas. No entanto, eles e tantos outros "companheiros ou comparsas" são consequências, e não as causas da tragédia tupiniquim. Bater ou pedir a cabeça deles é uma ação sádica, para uns divertida. O problema é que o gesto simbólico ou real tem pouca serventia prática.

Lula, Dilma, FHC, Collor, Sarney e o mosquito da dengue são resultados do processo histórico de um Brasil que ainda não se definiu como Nação. Hoje tem a configuração de um "Império do Crime Institucionalizado". Ou parece uma República de mentirinha, autoritária na essência, e pretensamente democrática em sua constituição legal, com três poderes usurpados, desmoralizados e em crise de legitimidade, porque descumprem seu papel original. Estamos jogando o jogo erradamente. Até quando?

Vale repetir por 13 x 13: Temos de malhar, até cansar, o desapreço do brasileiro pela democracia verdadeira ou a submissão a aceitar sobreviver, passivamente, sob tutela de um Estado Capimunista, autoritário, cartorial, cartelizado, centralizador, perdulário e corrupto.

Temos de mudar a estrutura deste Estado. Reinventá-lo é prioridade. Precisamos atacar a causa, e não apenas tentar enxugar o gelo dos efeitos. Tudo é consequência do modelo historicamente estruturado para uma oligarquia controlar uma máquina de moer gente, obedecendo a interesses externos ou sendo mera refém de sua própria estupidez e ignorância patriótica.

Mudar a estrutura do Estado Brasileiro é a missão urgente, mas que, para os sem fé, parece impossível. Por isso, malhar qualquer "Judas" (o efeito, e não a causa) é bem mais simplório e cômodo, bem no estilo cultural que o processo histórico nos forjou...

Pedido de perdão


Perguntinhas no ar

Será que estão armando para fazer do Henrique Pizzolato um novo Celso Daniel?

O que o Lula foi fazer na Itália na mesma semana em que a Justiça de lá resolve confirmar a extradição do mensaleiro-fugitivo?

Quando voltar forçado ao Brasil, Pizzolato vai abrir o bico, o será bem remunerado para ficar caladinho na prisão, como fizeram com o Marcos Valério?

Definição Tecnicamente correta


Retrato do Brasil...

Na porta do Palácio do Planalto, o grito do pernambucano Eudes Carmo Pereira Silva, para que Dilma possa ouvir do seu gabinete (se estivesse lá).

Eudes cursou direito (incompleto), trabalhou como taxista, mas está desempregado.

A angústia e o desespero aumentam, mas a Dilma continua pedalando...

Caminho perigoso...



Os marketeiros do Palhasso do Planalto deveriam escolher melhor o caminho para as bicletadas da Dilma com sua magrela (ou vice-versa). Andar com a Lava Jato no fundo pode não fazer bem para o exercício da malhação dela, como mostra a foto de Dida Sampaio, parecida com uma clicada por Givaldo Barbosa. O nome da empresa "Lava Jato Planalto... Dilma se torna uma piada-pronta imagética... 

Poesia magistral

Enviada por um magistrado a um grupo de amigos, cada dia mais pt da vida:

Nosso criminoso número um: o Governo
Nossos pobres políticos
Nossa imprensa marrom
Nossa falta de patriotismo
Nosso mercado de capitais de pilantras
Nosso judiciário capengante
Nosso STF que faz tratado com china e rússia
Eis o Brasil que quanto mais se vive mais se degringola

Não é só pelos 7 a 1...

Texto, anônimo, que circula pela internet, comparando Brasil e Alemanha, em outras goleadas:

Prêmio Nobel - Alemanha 103 x Brasil 0

Salário de Professor do ensino público - Alemanha US$ 30 mil/ano x Brasil US$ 5 mil/ano

Navios em trânsito por dia neste momento nos portos - Alemanha 3.800 x Brasil 315

Patentes de novas invenções por ano - Alemanha 2.700 x Brasil 150

Aviões circulando no espaço aéreo por dia - Alemanha 5.300 x Brasil 640

Indústria automobilística original - Alemanha 5 x Brasil 0

Indústria aeronáutica original - Alemanha 6 x Brasil 1

Número de satélites colocados em órbita por foguete próprio - Alemanha 112 x Brasil 0

Percentual de energia elétrica gerada por fonte renováveis e não poluentes - Alemanha 35 x Brasil 3

Tempo médio do aluno na escola pública (horas/dia) - Alemanha 9 x Brasil 4

Submarinos nucleares - Alemanha 11 x Brasil 0

Mas nem tudo é tristeza... Não desanime... Em uma coisa o Brasil parece estar ganhando da Alemanha...

Número de jogadores da seleção com brinquinhos nas orelhas e cabelos pintados: Brasil 9 x Alemanha 0!

Número de presidente analfabeto eleito: Brasil 1 x Alemanha 0

Número de presidente da república assaltante de banco, assassina, sequestradora e terrorista eleita: Brasil 1 x Alemanha 0

Direito e Justiça em Foco


Neste domingo, às 22 horas, na Rede Gospel, o desembargador Laércio Laurelli recebe a advogada Eleonora Nacif.

Da série: Verdades Verdadeiras


Casal enrascado


Ultimato levyano



08 de junho de 2015
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.