"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

MINHA CASA, MINHA DÍVIDA

 

 
Seguindo o "padrão de qualidade" da administração do PT o programa Minha Casa Minha Vida é campeão de fraudes na lista de beneficiados, de atos de corrupção, de financiamentos irregulares, de superfaturamento, de imóveis entregues em estado precário de construção. Unidades entregues por Dilma em São José do Rio Preto/SP , e dadas como prontas, não tinham revestimento no piso, apresentavam rachaduras , não tinham muros entre os lotes, as telhas estavam mal assentadas provocando goteiras e consequentes estragos no mobiliário ( talvez adquiridos através do Programa Minha Casa Melhor) , a canalização de esgoto entupidas, as pias de cozinha quebradas...Os moradores estão arcando com gastos inesperados! Este é o verdadeiro programa da Dilma! O Minha Casa Minha Dívida!

Mara Montezuma Assaf
21 de janeiro de 2014
in graça no país das maravilhas

ROLEZINHO...

 

 

Este novo tipo de terrorismo de Estado (Rolezinho dos idiotas úteis ao governo) tem o objetivo de promover o controle social através do pânico, cujo efeito já se faz sentir por você. O ministério público já avisou que acompanhará os rolezinhos para emitir ordem de prisão em flagrante de quem baixar as portas de lojas e/ou, bloquear a entrada desta sub-raça nos Shoppings, sob crime de descriminação e racismo.
Com isso, o governo da revolução socialista quer nos intimidar, nos deixar assustados, com medo e desprotegidos a ponto de limitarmos nosso raio de movimentação. O nome é Controle Social do Estado sobre a população que pretende dominar. Em breve, invadirão Igrejas Católicas, casamentos, batizados, vagões do metrô, cultos evangélicos, praças, praias, etc.
Ou nos armamos com paus e pedras para defender nossos lares, Família, propriedades e nossa cidade, ou perderemos tudo, inclusive a vida. Estes "manos" e "minas" são primitivos. Faltou-lhes tudo: pai, família, colo, carinho, amor, educação de berço e de escola, religiosidade.
São a tropa do socialismo. Nada têm a perder. Se os mandarem matar, matarão a troco de absolutamente nada. Amolem as suas facas de cozinha, pois o tranco vai ser forte

CARLOS GALANI

J.R.GUZZO: "LULA TEM VIDÃO DE RICO, E CONTINUA DENUNCIANDO "AS ELITES", AS QUAIS HOJE ELE GOSTOSAMENTE PERTENCE

 


A elite brasileira é acusada todo santo dia pelo ex-presidente Lula de ser a inimiga número 1 do Brasil – uma espécie de mistura da saúva com as dez pragas do Egito, e culpada direta por tudo o que já aconteceu, acontece e vai acontecer de ruim neste país. É possível até que tenha razão, pois se há alguma coisa acima de qualquer discussão é a inépcia, a ignorância e a devastadora compulsão por ganhar dinheiro do Erário que inspiram há 500 anos, inclusive os últimos dez e meio, a conduta de quem manda no país, dentro e fora do governo.

O diabo do problema é que jamais se soube exatamente quem é a elite que faz a desgraça do Brasil. Seria indispensável saber: sabendo-se quem é a elite, ela poderia ser eliminada, como a febre amarela, e tudo estaria resolvido. Mas continuamos não sabendo, porque Lula e o PT não contam. Falam do pecado, mas não falam dos pecadores; até hoje o ex-presidente conseguiu a mágica de fazer discursos cada vez mais enfurecidos contra a elite, sem jamais citar, uma vez que fosse, o nome, sobrenome, endereço e CPF de um único de seus integrantes em carne e osso. Aí fica difícil.
Mas a vida é assim mesmo, rica em perguntas e pobre em respostas; a única saída é partir atrás delas. Na tarefa de descobrir quem é a elite brasileira, seria razoável começar por uma indagação que permite a utilização de números: as elites seriam, como Lula e o PT frequentemente dão a entender, os que votam contra eles nas eleições?

As elites seriam os ricos, talvez? De novo, não faz sentido: os ricos do Brasil não têm o menor motivo para se queixar de Lula, dos seus oito anos de governo ou da atuação de sua sucessora. Ao contrário, nunca ganharam tanto dinheiro como nos últimos dez anos, segundo diz o próprio Lula. Ninguém foi expropriado sequer em 1 centavo, ou perdeu patrimônio, ou ficou mais pobre em consequência de qualquer ato direto do governo.Os empresários vivem encantados, na vida real, com o petismo; um dos seus maiores orgulhos é serem “chamados a Brasília” ou alcançarem a graça máxima de uma convocação da presidente em pessoa. No puro campo dos números, também aqui, não dá para entender como os ricos possam ser a elite tão amaldiçoada por Lula e seus devotos.Lula bate tanto assim na “elite” para esconder o fato de que ele é hoje, na vida real, o rei da elite brasileira.
 O ex-presidente diz o tempo todo que saiu do povo. De fato, saiu – mas depois que saiu não voltou nunca mais. Falemos sério: ninguém consegue viver todos os dias como rico, viajar como rico, tratar-se em hospital de rico, ganhar como rico (200 000 reais por palestra, e já houve pagamentos maiores), comer e beber como rico, hospedar-se em hotel de rico e, com tudo isso, querer que os outros acreditem que não é rico.

Lula exige jato particular para ir às suas conferências e Johnnie Walker Rótulo Azul no cardápio de bordo. Quando tem problemas de saúde, interna-se no Hospital Sírio-Libanês de São Paulo, um dos mais caros do mundo. Sempre chega ali de helicóptero. Vive cercado por um regimento de seguranças que só o típico magnata brasileiro costuma ter.
O ex-presidente sempre comenta que só falam dessas coisas porque “não admitem” que um “operário” possa desfrutar delas. Mas onde está o operário nisso tudo? É como se o banqueiro Amador Aguiar, que foi operário numa gráfica do interior de São Paulo e ali perdeu, exatamente como Lula, um dos dedos num acidente com a máquina que operava, continuasse dizendo, sentado na cadeira de presidente do Bradesco, que era um trabalhador manual.

Lula não trabalha, não no sentido que a palavra “trabalho” tem para o brasileiro comum, desde os 29 anos de idade, quando virou dirigente sindical e ganhou o direito legal de não comparecer mais ao serviço. Está a caminho de completar iria 68 e, depois que passou a fazer política em tempo integral, nunca mais tomou um ônibus, fez uma fila ou ficou sem dinheiro no fim do mês.
 
Melhor para ele, é claro. Mas a vida que leva é um igualzinha à de qualquer cidadão da elite. O centro da questão está aí, e só aí. Todo o resto é puro conto do vigário.

Jorge B. Ribeiro
 
 
21 de janeiro de 2014
in graça no país das maravilhas

ETANOL - BECO SEM SAÍDA

Pasmem: o Brasil está importando etanol dos Estados Unidos! O país que inventou o Proálcool, pátria dos veículos flex, o maior produtor mundial de cana-de-açúcar, anda de marcha à ré no combustível renovável. Primeiro incentivou, depois maltratou sua destilaria, dando prioridade à poluente gasolina. Um vexame internacional.

Navios carregados de álcool anidro norte-americano começaram a descarregar 100 milhões de litros no Porto de Itaqui (Maranhão). É somente o começo, destinado ao abastecimento do Nordeste.
No total, as importações serão bem mais volumosas. Para facilitar, o governo Dilma desonerou de impostos (PIS e Cofins) as compras de etanol no exterior, dando um tapa na cara dos produtores nacionais. Surreal.

Há décadas, na agenda planetária os combustíveis renováveis começaram a se impor nos transportes, preliminarmente, por causa do encarecimento do petróleo. Recentemente, com a ameaça do aquecimento global, nações investiram na busca de energias alternativas, ambientalmente vantajosas diante das de origem fóssil. O sonho dos países desenvolvidos, liderados pela Europa, é esverdear sua matriz energética utilizando fontes solares, eólicas ou oriundas da biomassa. Todos avançaram nas energias chamadas limpas. Aqui andamos para trás.

Tudo caminhava bem. Eleito o PT, no seu primeiro mandato o presidente Lula recebeu George W. Bush usando o boné dos usineiros. Interessado em abastecer o crescente mercado dos Estados Unidos, o setor sucroalcooleiro nacional estava animado. O etanol brasileiro, mais competitivo, ganharia o mundo. Nesse contexto vitorioso, as montadoras lançaram, em 2003, os carros flex, dando mais segurança aos consumidores. Em cinco anos a quilometragem rodada por veículos movidos a etanol ultrapassou os a gasolina, trazendo grande vantagem ecológica. Segundo Décio Gazzoni (Embrapa), especialista em agroenergia, as emissões líquidas de CO2 equivalente causadas pela queima de um litro de etanol somam apenas 400 gramas, ante 2.220 gramas da gasolina. Além da redução do desmatamento na Amazônia, o País também contribuía para a agenda do clima reduzindo as emissões de CO2 na atmosfera em razão do efeito substituição da gasolina pelo etanol. Show de bola.

A partir de 2009, surpreendentemente, entramos na contramão da História. Uma trágica concepção da política pública levou o governo Lula a dar prioridade à a gasolina da Petrobrás, em detrimento do álcool combustível. Ninguém sabe explicar ao certo os motivos dessa reversão. Houve, isso é patente, uma contenção artificial dos preços da gasolina, impedindo, por tabela, o etanol de remunerar seus custos de produção. Pode ter segurado a inflação. Mas quebrou a Petrobrás e faliu o setor sucroenergético nacional. Ao invés de dominar o mercado exportador, o Brasil tornou-se importador de etanol. De milho.

Influenciados pelo movimento ambientalista, os norte-americanos, na Califórnia especialmente, decidiram apostar no combustível alternativo. Sua acertada escolha, porém, exigiu uma mudança técnica com relação ao Brasil: utilizar o grão de milho, e não o caldo da cana-de-açúcar, nas destilarias. Por que razão? Acontece que o cultivo da cana-de-açúcar é próprio das regiões tropicais, onde as lavouras permanecem no terreno por vários anos, sucessivamente colhidas. Nos países temperados, o frio intenso do inverno interrompe o cultivo contínuo dos campos.

Do Golfo do México para cima, geograficamente, as condições climáticas tornam-se restritivas para as espécies vegetais cultivadas de forma "semipermanente", como a cana. Somente sobrevivem ao período gelado as plantas que perdem as folhas sazonalmente, como as frutíferas, por exemplo. Ou certas árvores adaptadas, como os pinheiros. Basta olhar as recentes tempestades de neve nos EUA para verificar a interrupção do ciclo agrícola. Nenhum canavial resistiria àquelas baixas temperaturas.

Sobrou para os gringos triturarem o milho nas destilarias. Colhidas as lavouras e estocados os grãos, o armazenamento permite estender seu consumo meses afora. Montanhas de milho aguardam a hora de ser moídas e fermentadas nas dornas, produzindo o álcool que o mundo adotou como etanol.

Qualquer matéria-prima contendo açúcares ou carboidratos pode sofrer fermentação. Nesse processo químico-biológico, conduzido por bactérias em condições anaeróbicas, o rendimento final é variável. É aqui que o etanol brasileiro vence de goleada seu similar oriundo do milho. Na média, um hectare plantado com cana gera 7.200 litros de etanol; com milho, a mesma área produz 3.100 litros. Essa maior produtividade energética se reflete nos custos e na contabilidade ambiental. Em 2009 a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos divulgou parecer comprovando que o uso do etanol de cana como substituto da gasolina permitiria uma redução de 44% nas emissões de gases-estufa. Com o milho, cairia para apenas 16%. Tudo conspirou a favor do Brasil.

Mas saiu errado. Após um período de forte expansão, com grandes investimentos, chegou a pasmaceira, seguida da quebradeira. Em vez do sucesso, seguiu-se o desânimo. Os carros flex passaram a encher o tanque com gasolina. No interior do País, entre 385 unidades, 100 encontram-se endividadas, praticamente paralisadas ou fecharam as portas. Dezenas de projetos nem saíram do papel. Frustração total.

Lula, em nome do populismo, destruiu uma das maiores invenções brasileira. As importações de etanol de milho do Brasil configuram o maior fracasso mundial de uma política pública na área da energia renovável. Dilma Rousseff, pregressa ministra de Energia, adota discursos contemporizadores. Está, na verdade, num beco sem saída.

O PONTO NA CHINA

 
 
21 de janeiro de 2014
Miriam Leitão, O Globo

LOBOS E ESCRAVOS

Só assistindo às chibatadas constantes de '12 Anos de Escravidão' entendi como estava errado

Começou a temporada dos prêmios de cinema e eu cometi a imprudência de sair de casa. Para ver as obras do momento.

"Imprudência" é palavra demasiado forte, admito: uma desilusão e um reencontro feliz não são propriamente um prejuízo. Mas de Steve McQueen, o diretor de "12 Anos de Escravidão", esperava tudo. Exceto "12 Anos de Escravidão".

Até por razões curriculares: "Fome" (2008) e "Shame" (2011) são retratos de desumanização que, em sua radicalidade formal e narrativa, o cinema contemporâneo não se atreve a oferecer com regularidade.

No primeiro caso, a desumanização de Bobby Sands, o ativista do grupo terrorista irlandês IRA que cumpriu greve de fome até as últimas consequências em inícios da década de 1980. McQueen, artista plástico, filmou essa autoflagelação com o "realismo sujo" de um Caravaggio. E Michael Fassbender, o ator, nasceu nesse filme como o maior talento da sua geração. Ainda é.

"Shame" vai ainda mais longe, ao filmar Brandon (uma vez mais, Fassbender), um viciado em sexo e pornografia que é incapaz de estabelecer uma ligação emocional relevante com a humanidade em volta.

Esse, precisamente, é o tema central do filme: a devastadora solidão de um homem condenado à superficialidade da carne.

"12 Anos de Escravidão" tinha premissa igualmente poderosa e até verídica: Solomon, um negro livre de Nova York, é capturado e vendido como escravo para as plantações do Sul.

Mas Steve McQueen acredita que a melhor forma de apresentar o sistema repulsivo da escravatura passa por uma sucessão ilógica e gratuita de quadros de violência física. Imagino que o propósito seja mostrar ao mundo que a escravatura era coisa ruim.

Curioso: sempre julguei que fosse coisa boa. Só assistindo às chibatadas constantes de "12 Anos de Escravidão" entendi finalmente como estava errado.

Escusado será dizer que, no redundante panfleto de McQueen, os personagens são reduzidos a caricaturas dignas de um filme de James Bond: os maus são muito maus; e os bons são muito bons, com destaque para Brad Pitt, um abolicionista "avant la lettre", com barba de Abraham Lincoln e retórica de Angelina Jolie.

Aliás, por falar em Angelina, é incompreensível que a própria não tenha feito uma aparição no filme como Embaixadora da Boa Vontade para o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados. Seria um final perfeito: Angelina, aterrissando na fazenda de helicóptero, salvando todos os escravos e até adotando um deles. Talvez numa próxima.

E o reencontro feliz? Ah, o reencontro: Martin Scorsese. Momento de nostalgia: Scorsese foi o cineasta da minha formação. Por causa dele, passei uma adolescência em Nova York, cometendo crimes com Johnny Boy (em "Caminhos Perigosos", 1973), viajando no táxi de Travis Bickle (em "Taxi Driver", 1976) ou assistindo aos combates entre Jake La Motta e Sugar Ray Robinson (em "Touro Indomável", 1980).

Mas nos últimos anos --desde, digamos, "Cassino" (1995)-- havia a terrível sensação de que Scorsese brochara para o cinema. Cada filme dele (o inacreditável "Kundun"; o medíocre "Gangues de Nova York"; mesmo o estimável "Os Infiltrados") era um insulto à minha memória cinéfila e uma confissão de cansaço ou impotência.

Com "O Lobo de Wall Street", uma extravagância visual alimentada a cocaína do princípio ao fim, Scorsese constrói a sua comédia mais negra, delirante e hilariante sem abandonar, claro, as obsessões morais da sua arte.

Uma fortíssima educação católica não se apaga da noite para o dia: narrando a história de Jordan Belfort, um corretor de Wall Street na sua demencial escalada para a riqueza, Scorsese vai desfiando, com um frenesi literalmente infernal, todos os pecados que Dante escreveu na primeira parte da sua obra: luxúria, ganância, cólera, fraude e, obviamente, traição.

O resultado só pode ser mesmo uma divina comédia, dessa vez reforçada por um Leonardo DiCaprio que, aos 40 anos, chegou ao fim da adolescência e entrou definitivamente na idade adulta.

Obrigado, Mestre: depois do táxi de Travis Bickle e do ringue de Jake La Motta, também não esquecerei este "Grande Gatsby" decadente filmado com o tesão dos velhos tempos.

 
21 de janeiro de 2014
João Pereira Coutinho, Folha de SP

UMA CIDADE DE VENDEDORES DE RUA

Impossível pensar a formação dos sentidos de um carioca sem nenhuma história de camelô

Minha formação é marcada pela admiração aos vendedores de rua, ambulantes. Ainda moleque, acompanhava meu avô vendendo garapa de maracujá pelas ruas do Complexo do Jacarezinho. Gostava de passar a mão no suor gelado do bujão, de ver a organização de moedas e notas separadas nos bolsos do jaleco branco, que nunca estava sujo. Os clientes que queriam aliviar a quentura e adoçar a saliva convocavam Seu Sivirino pelo nome. Suas lembranças da Paraíba pontuavam a conversa entre goles dos compradores.

Um de meus tios, morador da Cidade de Deus, vendia amendoim torrado num carrinho na Praça Saens Peña, na Tijuca. Levado por minha mãe ou por uma de minhas tias, presenciava essas visitas que eram o correio dos assuntos internos da numerosa família espalhada pelos conjuntos habitacionais e favelas da metrópole. Enquanto a conversa desenrolava, as densas bolhas do cozimento do amendoim atiçavam a curiosidade do meu dedo indicador.

— Tira o dedo que vai queimar, moleque da peste!

Saber que os estudos de Eletrotécnica de meus primos, filhos desse tio, eram bancados com o dinheiro da venda dos saquinhos de amendoim e de coquinho queimado conferia uma importância na lista de profissões que eu já fazia naquela época.

Na minha juventude, esse bunker de imaginário afetivo com os vendedores de rua foi bombardeado pelo entendimento da condição social e sobretudo pela permanente criminalização dos arranjos populares de sobrevivência nas ruas. Intriga-me até hoje também a falta de constrangimento da publicidade de bebidas, que usa vendedores de rua como personagens em seus comerciais e só cria apoios para empresários do ramo.

O leitor mais chegado certamente reconhece esse universo do meu “Guia afetivo da periferia”, essas questões que insisto em pôr aqui na coluna de hoje de forma mais argumentativa e menos literária que no livro. Entretanto, dia desses fui tomado novamente por esse meu depósito sensível.

Igor tem perto de 29 anos, mora na Ilha do Governador, vende pequenos objetos chineses pelo eixo Glória-Botafogo. Puxei assunto com ele depois de sua abordagem oferecendo um curioso cinzeiro portátil colorido e individual. Era tarde de sábado e eu embalava uma conversa na Praça São Salvador com o parceiro Miguel Lago — um dos criadores do Meu Rio —, que acabava de voltar de Paris e me explicava como era ruim para os direitos dos imigrantes a possibilidade concreta de a direita ganhar as próximas eleições municipais de lá. O sorriso aberto de Igor, em pílulas após cada frase, demonstrando uma engenhosa estratégia afetiva de venda, foi suficiente para o papo seguir a três. Igor contou que estava estudando para um concurso e os horários da rua permitiam algum trocado e alguma disponibilidade para a meta. Sua mãe o criou e aos irmãos “na máquina de costura”. Igor estava bem arrumado e nos ofereceu alguns conselhos sobre a vida no final da conversa. Um negro magro, alto, brilhante, que deve ter saído de algum desses cartazes dos Panteras Negras que voltaram a circular pelas redes sociais. Um presente para a tarde de verão que anunciava vento, trovão, raio e chuva.

Tenho certeza de que esse tipo de encontro não marca apenas a minha trajetória. Esta é uma cidade de vendedores de rua. Impossível pensar a formação dos sentidos de um carioca sem nenhuma história de camelô, vendedor de rua ou de corrida na porta de casa ao ouvir o pregão do vendedor de cocadas, já flagrado por Machado de Assis bem antes de nós. É claro que sabemos que são estratégias autônomas de autoemprego, fruto de uma precarização das relações do mundo do trabalho assalariado, marca de gerações de famílias populares sem direito ao acesso à formação que ainda persistem neste país. Não possuem a importância legitimada da pólis que um artesão — fruto do imaginário eurocêntrico — possui. Entretanto, a contribuição dada por esses vendedores à vida econômica da cidade e à vida cultural das ruas é mais generosa. Infelizmente, não é difícil perceber um comportamento médio que na hora da “necessidade” saúda a presença de um vendedor de rua, mas faz coro por sua exclusão dos ambientes urbanos, associando a mesma celebrada presença a algum tipo de crime.

Para retornar a contribuição dada por esses sujeitos, além de garantir direitos, é preciso dar visibilidade a essas trajetórias. Mostrar suas singularidades, suas errâncias. Temos uma tradição de histórias de vida, estratégias de sobrevivência e arranjos produtivos a aprender com eles. Nenhum direito se constitui de fato com a invisibilidade — Luiz Eduardo Soares já se dedicou ao tema! Os vendedores de rua não podem estar apenas hegemonicamente representados como tipos e alavancas da trama na narrativa ficcional. E, quando for à Lapa, não se esqueça de apreciar, cada vez mais inventivas, as arrumações dos tabuleiros dos vendedores de bala.

Em homenagem ao “Véio Sivirino”. Tua garapa foi lisérgica pra este neto.

 
21 de janeiro de 2014
Marcus Faustini, O Globo

VOLTA POR BAIXO


A gente lê a notícia de que a presidente Dilma Rousseff tinha encontro marcado ontem com o ex-presidente Lula para se aconselhar sobre o arranjo político-partidário mais conveniente para o êxito da campanha pela reeleição e fica a se perguntar se o antecessor é mesmo o melhor conselheiro para esses assuntos.

Afinal não foi ele mesmo quem indicou a quase dezena de ministros demitidos por Dilma no primeiro ano de governo em nome da "faxina ética"?

E não foi essa dita limpeza que rendeu boa fama à presidente, vista como intransigente com "malfeitos", uma governante preocupada com o desempenho do ministério como um todo, celebrada por este aspecto se diferenciar de Lula, razão de seus altos índices nas pesquisas até junho de 2013?

Pois agora ela faz o caminho inverso. Inclusive sem a cerimônia de algum tempo atrás quando reintegrou ao "esquema" alguns dos demitidos, reintegrando discretamente seus partidos à equipe e permitindo que eles indicassem os ocupantes dos cargos que fossem de seu (deles) agrado.

Levantamentos feitos pelo Estado mostram dois cenários. Em um deles registra-se a redução de 60% do apoio dos partidos aliados nas votações no Congresso.

Em outro, é apontada a quantidade de partidos abrigados nos ministérios: dez. Se a "reforma" sair como previsto, a divisão ficaria assim: 25 pastas para o PT, cinco para o PMDB, uma para o PR, uma para o PP, uma para o PROS, duas para o PSD, uma para o PTB, uma para o PDT, uma para o PC do B e uma para o PRB.

Feita a soma, chega-se a 39, o número exato de ministérios existentes. Significa que nenhum deles está fora do critério de coalizão de resultados eleitorais. Todas as pastas estão a serviço da tentativa de Dilma de se reeleger.

Seja para acumular mais tempo de televisão ou para impedir que esse benefício vá para os adversários, nesse caso sendo alvo de uma ofensiva de enfraquecimento (para não dizer morte) por inanição.

Na mesma pesquisa do Estado sobre o histórico de entrega de ministérios a partidos, revela-se que Dilma é campeã. José Sarney entregou dois, Fernando Collor, a seis, Fernando Henrique a cinco nos dois governos e Lula a nove em oito anos.

Seria a necessidade decorrente da insegurança de que a reeleição estaria garantida? É uma hipótese. Mas, que se de um lado reforma uma segurança, de outro desconstrói junto ao eleitorado a imagem que rendeu tanto sucesso.

Se não for muito grosseiro usar a expressão, as pessoas ficam autorizadas a trocar o conceito de faxina pela impressão de que estaria havendo uma operação sujeira. Com adoção de critérios apostos aos atos e discursos anteriores.

Razões de Cabral. O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, havia decidido deixar o governo em 31 de março. Resolveu antecipar para 28 de fevereiro quando o PT anunciou que sairia dos cargos na mesma data. E Cabral até admite adiar se o PT fizer o mesmo.

Por que o sincronismo? Porque Cabral quer atribuir o rompimento ao PT que, neste aspecto, teria sido ingrato pelo fato de o sucesso administrativo de Cabral se dever à parceria entre os governos federal e estadual.

Sendo do PT a "culpa" pelo rompimento, isso daria o discurso de vítima ao PMDB, uma vez que não há mesmo possibilidade de Lindbergh Farias desistir.

A antecipação da saída de Cabral em um mês não altera o quadro eleitoral, mas faz a diferença no humor político-partidário; a diferença, pois para todos os efeitos os petistas foram intolerantes a fim de retardar ao vice Luiz Fernando Pezão tempo necessário para firmar uma boa imagem.

Para o PT vale a mesma regra, o que libera o partido para fazer a campanha em clima de guerra.
 
21 de janeiro de 2014
Dora Kramer, O Estado de S Paulo

O HUMOR DO DUKE

Charge Super 21/01



21 DE JANEIRO DE 2014



 

ACÉFALO DE GRANDES LIDERANÇAS, O BRASIL É UMA NAU SEM RUMO

 

Não há perspectiva de mudanças nenhuma, somente continuidade dessa política suicida contra o ensino público. Nossas crianças já nascem devedoras e o Estado, que não fornece o ensino adequado, hoje recorre aos cérebros de países estrangeiros em decadência e desemprego acelerado, e um exemplo é o “mais médicos”.

Não temos a quem recorrer, o quadro partidário atual é o mais medíocre da República. Poucos são os que se salvam da débâcle geral, ampla e irrestrita. O país está acéfalo de grandes lideranças, a nau navega sem um rumo, sem planejamento e nenhuma estratégia.

A política, como definiu Platão (“instrumento de melhoria da cidade”) virou prática da melhoria dos representantes do povo entre aspas, são representantes deles mesmos e de suas carreiras, que no final vão dar em nada literalmente. Todos envelhecem e ficam carecas, não adiantando implantar cabelos a preços estratosféricos pagos pela sociedade.

Eu gostaria de um dia ver políticos ocupando o Parlamento apenas por vocação, sem as mordomias e os salários que são pagos atualmente e que se configuram como vergonha e escárnio em comparação com os trabalhadores de salário mínimo, que não têm direito a passagem de avião de graça e que trabalham cinco ou seis dias da semana. Nossos representantes trabalham somente três e suas férias são de 60 dias. Qual a razão de tantos privilégios?

PRIVATIZAR O CONGRESSO

Haverá um dia em que o povo exigirá a privatização de deputados e de senadores, já que falam tanto que as privatizações operam milagres incomensuráveis para todos. Que tal experimentar? Talvez tivéssemos alguma melhora sob o regime das concessões do Legislativo.

Funcionaria assim: Quando fosse detectada a inépcia dos projetos de leis, seria aberta uma concorrência pública para uma determinada casa legislativa e a empresa vencedora da licitação ficaria encarregada de contratar juristas para fazer o que deixou de ser feito. Simples assim!

Não estamos na era da modernidade, e muitos parlamentares afirmam que não podem ficar contra a onda neoliberalizante. O mundo caminha para a frente, então vamos surfar na onda, mas, em todos os sentidos. Quero ver eles embarcarem nessa canoa furada, entretanto, acho que estou sonhando e imaginando que algum dia o sargento Garcia possa ter a felicidade de prender o Zorro.
Alea jacta est.

21 de janeiro de 2014
Roberto Nascimento

A LESMA LERDA DE SEMPRE...

Lerda, inepta e incapaz, a Justiça isenta o mensaleiro mineiro Mares Guia de responder a processo   



Brasília – A Justiça de Minas Gerais decretou extinta a punibilidade de Walfrido dos Mares Guia, acusado de participar de esquema de desvio de dinheiro público em 1998 para a campanha do deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB-MG), então candidato à reeleição ao governo de Minas. As denúncias são investigadas no processo que ficou conhecido como mensalão mineiro.
 
A juíza Neide da Silva Martins, da 9ª Vara Criminal de Belo Horizonte, entendeu que as acusações de peculato e formação de quadrilha prescreveram em 2012, quando Mares Guia completou 70 anos. “Tendo transcorrido prazo superior a oito anos entre os fatos e o recebimento da denúncia, declaro extinta a punibilidade do réu Walfrido Silvino dos Mares Guia Neto, qualificado nos autos, pela ocorrência da prescrição da pretensão punitiva do Estado”, decidiu a juíza.
 
A denúncia contra Mares Guia, que ocupou cargo de ministro do governo do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva e foi integrante do governo tucano em 1998,  foi recebida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2009.
No entanto, a Corte decidiu que apenas réus com foro privilegiado responderiam às acusações no STF, e determinou o desmembramento do processo para que 14 envolvidos respondessem às acusações na Justiça de Minas Gerais. Após o desmembramento, somente Eduardo Azeredo e o senador Clésio Andrade (PMDB-MG), então candidato a vice-governador, são processados no STF.
 
Nas ações penais 536 e 606 são apurados possíveis desvios de dinheiro público durante a campanha de Azeredo. Segundo a Procuradoria Geral da República, o então candidato teria se beneficiado de recursos procedentes de um esquema que envolveu a empresa de publicidade SMP&B, de propriedade do publicitário Marcos Valério, condenado a Ação Penal 470, o processo do mensalão, por fatos semelhantes. De acordo com a procuradoria,  R$ 3,5 milhões foram desviados de empresas estatais mineiras para a campanha.
 
Na época em que a denúncia foi recebida, Azeredo negou as acusações e disse que não há qualquer documento que confirme o uso de recursos de caixa dois na sua campanha à reeleição. O parlamentar também disse que nunca autorizou repasses para dinheiro para as empresas de Marcos Valério.
 
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOGA Justiça é o pior dos Três Podres Poderes, porque, se ela funcionasse adequadamente, os outros dois Poderes teriam de se enquadrar e atuar em defesa do interesse público, ao invés de só cuidarem do interesse próprio.

TUDO COMO DANTES NO QUARTEL DE ABRANTES...

 

 

Câmara alega “indefinição” do Supremo e cancela reunião para cassar João Paulo Cunha

O encontro da Mesa Diretora estava marcado para o dia 4 de fevereiro e discutiria a abertura de processo de cassação. Como foi marcada de forma antecipada antes mesmo da prisão, a medida foi interpretado por petista como uma manobra para pressionar João Paulo, ex-presidente da Câmara, a renunciar para evitar um processo de perda de mandato. A Câmara só vai voltar a tratar do caso, para definir uma eventual ação, se houver alguma definição do Supremo.

Dos sete integrantes da Mesa Diretora, dois são do PT. Mas há um entendimento da maioria da Mesa de que nesses casos o comando da Câmara deve abrir um processo de cassação e enviar para a Comissão de Constituição e Justiça.

Se aprovado, ele segue para votação no plenário da Casa, quando são necessários 257 votos para confirmar a cassação. Como o Congresso acabou com o voto secreto para cassações no ano passado, o caso, se chegar ao plenário, será em votação aberta.

FALTA O MANDADO

No início do mês, antes de sair para o recesso, Barbosa rejeitou dois recursos do deputado e determinou que sua pena fosse cumprida. Mas ele não fez o último ato burocrático: expedir o mandado de prisão. João Paulo chegou a vir para Brasília e ficou esperando a prisão em seu apartamento funcional por uma semana.

Segundo o secretário-geral da Câmara, Mozart Vianna, a reunião foi cancelada porque o cenário mudou. “Na época, foram muitos questionamentos sobre qual o procedimento da Mesa Diretora. Então, a Mesa Diretora marcou a reunião para indicar que o caso seria tratado em fevereiro. Foi para delimitar, mas como a realidade mudou, não houve nenhuma comunicação do Supremo, o entendimento é de que o melhor é cancelar e aguardar”, explicou.

21 de janeiro de 2014
Márcio Falcão
Folha

NO ALVO

PSDB cobra da petista Maria do Rosário providência em relação ao prefeito pedófilo de Coari

maria_rosario_09Confirmando matéria do ucho.info, o líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Carlos Sampaio (SP), cobrou da ministra Maria do Rosário Nunes, Secretaria de Direitos Humano, o acompanhamento das investigações sobre denúncias de crimes sexuais contra o prefeito de Coari (AM), Adail Pinheiro, além das necessárias providências para minimizar o impacto da grave situação de violações de direitos humanos envolvendo crianças e adolescentes no município.
 
Em 20 de dezembro passado, com base em matérias jornalísticas, o líder tucano já havia protocolado requerimento de informações (3936/2013) endereçado à ministra sobre as providências tomadas e o apoio prestado às vítimas e suas famílias de Coari.
 
No último domingo (19), o programa dominical Fantástico, da Rede Globo, exibiu reportagem em que o prefeito Adail Pinheiro é acusado de crimes sexuais contra menores. O prefeito de Coari, que permanece no cargo a reboque de um emaranhando de manobras jurídicas, consta na lista de suspeitos da CPI da Exploração Sexual Infantil, da Câmara dos Deputados, e é alvo de setenta processos. Pinheiro Ficou preso 63 dias em 2009, mas nada lhe aconteceu.
 
“Os depoimentos das vítimas são estarrecedores e não deixam dúvidas sobre o envolvimento do prefeito e como ele age. Essas crianças e adolescentes e suas famílias precisam de apoio, já que passaram por situações traumáticas e, além disso, estão vulneráveis a pressões e perseguições por parte do acusado, que é o prefeito da cidade. Quero crer que a ministra Maria do Rosário já tenha tomado providências, já que essas acusações não são de hoje e investigações estão em curso há anos”, afirmou Sampaio.
 
Seguindo orientações do Palácio do Planalto, a ministra Maria do Rosário só vocifera de forma estridente contra fatos que garantam algum benefício à presidente Dilma Rousseff, que está às voltas com seu projeto de reeleição. A ideia dos palacianos é fustigar os adversários políticos, em especial o PSDB, com assuntos polêmicos, mas no caso de Coari o silêncio oficial deve mais prevalecer, pois Adail Pinheiro é filiado ao PMDB e um conhecido protegido do senador Eduardo Braga, ex-governador do Amazonas e líder do governo Dilma no Senado Federal.
 
O mesmo silêncio foi adotado em relação a outro pedófilo, o petista paranaense Eduardo Gaievski, levado à casa Civil, na condição de assessor especial, pela ainda ministra Gleisi Hoffmann, que até agora não deu qualquer explicação sobre o escândalo. A ministra da Secretaria dos Direitos Humanos fez um meteórico e sussurrado comentário sobre o caso de Gaievski, pois qualquer postura mais radical impactaria no projeto político da “companheira” Gleisi, que apesar da sua conhecida incompetência insiste em disputar o governo do Paraná.

21 de janeiro de 2014
ucho.info

O JORNALISMO "DESLUMBRADO" DO PATROPI

O País está em crise e à deriva, mas os jornalistas brasileiros preferem escrever sobre a barba de Lula

(Ricardo Stuckert - Instituto Lula)
(Ricardo Stuckert – Instituto Lula)

Falta do que fazer – A economia brasileira está à beira do despenhadeiro e sofrendo críticas de todos os lados, a crise se alastra por todos os cantos do País e escândalos de corrupção continuam sendo varridos para debaixo do tapete, mas a imprensa nacional se preocupa com a barba de Luiz Inácio da Silva, tirada quando o informante da ditadura passou por tratamento contra um câncer na laringe.

Os principais veículos de comunicação do País abriram espaço para a barba ainda em crescimento do ex-presidente, que se deixou fotografar ao lado de Dilma Rousseff no Palácio do Planalto, onde discutiu com sua afilhada político-eleitoral as diretrizes da reforma ministerial que começará na próxima semana.
Se nada do que vem acontecendo no Brasil interessa à imprensa verde-loura, que pelo menos os jornalistas tivessem questionado a presidente sobre a escandalosa ingerência de Lula no governo federal, como se esse fosse o terraço do seu apartamento.

É inaceitável o comportamento da grande imprensa nacional, que se deixa pautar pelos interesses escusos do Palácio do Planalto, sem ao menos contestar os desmandos que brotam nos gabinetes palacianos.
Cada vez mais provando sua conhecida incompetência, apesar de ter sido apresentada aos brasileiros como a gerentona e a garantia de continuidade, Dilma não passa de uma obediente tutelada de Lula, que muda os rumos do governo conforme seus interesses. Se situação idêntica acontecesse com algum partido de oposição no poder central, por certo o PT já teria protagonizado a maior gritaria, não sem antes Lula ter criado mais um dos seus enfadonhos “governos paralelos”.

Os jornalistas que cobrem o cotidiano do Palácio do Planalto perderam uma grande oportunidade de perguntar ao lobista e dedo-duro sobre o escândalo de corrupção envolvendo Rosemary Noronha, que se apresentava aos interlocutores como namorada do ex-metalúrgico. ´

Há mais de um ano a Polícia Federal, no curso da Operação Porto Seguro, flagrou Rosemary Noronha na ponta de um escândalo que tinha como um dos palcos das falcatruas o escritório paulistano da Presidência da República, mas até agora nada aconteceu com a Marquesa de Garanhuns.
O caso é tão grave, que a Casa Civil está sendo investigada por suposta blindagem à amante de Lula. Os valores envolvidos nos crimes levantados pela PF eram estratosféricos, mas todos os integrantes da quadrilha, sem exceção, estão experimentando o famoso “dolce fare niente”.

Tão logo o imbróglio veio à tona, Rosemary Noronha recebeu proteção extra, além de contar com os serviços advocatícios de badalados e caros criminalistas, todos com a incumbência de salvar a pele da namorada do petista.
Apesar de o caso ter sido arremessado na vala do esquecimento, os jornalistas preferem se importar com as suíças do agora calado gazeteiro Lula, que saiu de cena para não ser pego em flagrante.

21 de janeiro de 2014
ucho.info

AS PATRANHAS PETRALHAS...

O vídeo em que Lula aconselha o repórter a procurar um psicanalista para curar-se do preconceito contra o dono do Maranhão confirma: pouca vergonha não tem remédio
 
 http://www.youtube.com/watch?v=8IgW_-7Y-rc&feature=player_embedded

Em 30 de novembro de 2010, o repórter do Estadão que acompanhava Lula na visita à usina hidrelétrica estreita quis saber se a última viagem ao Maranhão como presidente “era uma forma de agradecer o apoio recebido durante oito anos da oligarquia Sarney”. Talvez por ignorar que oligarquia (do grego oligarkhía, cujo significado literal é “governo de poucos”) é a palavra que costuma designar um sistema político que concentra o poder nas mãos de um pequeno grupo pertencente à mesma família ou ao mesmo partido, Lula decidiu que a pergunta era insultuosa. Ao lado da governadora Roseana Sarney, virou-se para o jornalista e desandou no palavrório eternizado no vídeo de 1:37:
“Agradeço, agradeço. A pergunta preconceituosa tua é grave pra quem tá  oito anos cobrindo cobrindo Brasília. Significa que você não evoluiu nada do ponto de vista do preconceito, que é uma doença. Sabe… O presidente Sarney é presidente do Senado… O Senado é uma instituição com autonomia diante do Poder Executivo, da mesma forma que o Poder Judiciário. E o Sarney colaborou muito para que a institucionalidade fosse cumprida.(Ouve-se em off a voz de Roseana: ‘Eu fui eleita pelo voto popular’.E demais é o seguinte: o Sarney foi eleito pelo povo do Amapá. Eu não sei por que esse preconceito contra o Sarney. Você tem de se tratar, fazer um curso. Quem sabe fazer psicanálise para diminuir um pouco o seu preconceito(“Preconceito contra a mulher também, contra a mulher”, aparteia Roseana. “Eu fui eleita governadora do Maranhão no primeiro turno. Voto direto do povo”)Percebe, eu sinceramente acho gravíssimo esse preconceito. Eu lamento que não tenha havido nenhuma evolução com tudo o que aconteceu neste país. O Sarney não é o meu presidente. Ele é o seu presidente do Senado, ele é o presidente do Senado deste País. Então, se você você tiver que fazer algum protesto você vai pro povo do Amapá e protesta porque elegeu o Sarney. Vá pro povo de São Paulo e protesta porque elegeu… sabe… o  Tiririca. Vá protestá contra as pessoas que foram votadas no Rio e que você não gostou. Mas na medida que a pessoa é eleita e toma posse, ela passa a ser uma instituição e tem que ser respeitada por ser essa pessoa da instituição”.
Quer dizer que Lula virou amigo de infância do inimigo que considerava “o maior ladrão do Brasil” por ter-se livrado, com a ajuda de algum psicanalista, da doença que impede tanta gente de reconhecer que o Maranhão é uma Califórnia nordestina? Quer dizer que só na imaginação de quem não respeita um homem-instituição existem os presos decapitados de Pedrinhas, a imensidão de analfabetos, as multidões de miseráveis e outros tumores que que infestam a capitania hereditária?
Haja cinismo. O vídeo em que Lula garante que criticar Sarney é um preconceito que tem cura só reafirma que não há remédio para a pouca vergonha. Aqui
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Comentário: Inacreditável o camarada Lula da Silva, achar que ninguém pode ter preconceito contra a roubalheira e toda espécie de desmando que sofre o país. Pois é. Ele mesmo se acha uma Instituição-homem do ROUBO, criada por ele mesmo ao seu modo...É uma alucinação que só os canalhas sabem imaginar e defender. Nunca fez nada por este país, não construiu sequer um hospital, uma ponte, uma escola, uma estrada e só inaugurou "SALIVA" e sabe como ninguém defender sua quadrilha.  De modo que, se Lula considera evolução ROUBAR e não trabalhar pelo bem comum, ele já deveria ter sido internado na cadeia pelo bem do Brasil. 
movcc

21 de janeiro de 2014
Augusto Nunes - Veja Online

MENTIRAS, FRAUDES E DESCALABROS DO PT


 
 

 
Nas mentiras de Lula, Dilma e dos petistas, só existem 7,3 milhões de brasileiros desempregados e grande parte da massa ignara e embrutecida pela própria ignorância, saltou para a tão sonhada classe média. 
Pior é que tem gente da imprensa vermelha muito bem remunerada e até mesmo doutores muito bem catequizados, repetindo a mentira petista de que faz parte da classe média brasileira, quem ganha de R$ 291 à R$ 1.019 por mês. 
 
Imagine você, leitor, a que ponto de miséria intelectual, moral e econômica, o PT quer nos condenar. Ora, não se pode aferir uma classe social apenas pela sua capacidade de consumir uma cesta básica ou de contrair dívidas na compra de pequenos objetos. É necessário aferir um conjunto de covariáveis ao poder aquisitivo, tais como, o nível educacional, cultural, informacional, estabilidade de renda, dos ativos e disponibilidades de posses e haveres. 
Identificar um assalariado analfabeto ou analfabeto funcional, que ganha 2 salários mínimos como classe média é um atentado à inteligência. Ele poderia ganhar R$ 5 mil por mês, mas se não tiver acesso aos livros, à informação e aos bens culturais, continuará na base do obelisco social.
Aos padrões do mundo civilizado e culturalmente aparelhado, classe média-média é aquele que ganha pelo menos U$ 129 mil dólares por ano e que tem ativos (casa, carro, bens) avaliados em pelo menos U$ 1 milhão de dólares. Já a classe média alta é quem ganha acima disso e tem pelo menos U$ R$ 2 milhões em posses e haveres. Portanto, quem ganha de R$ 191 à R$ 1.019 por mês, apenas sobrevive de ilusões e rezas, sabe-se lá como. 
LIQUIDANDO DE UMA VEZ POR TODAS A MENTIRA PETISTA QUE OS TOLOS E ADESTRADOS REPETEM POR AÍ:
Pesquisa recente do IBGE indica que o Brasil tem 159,1 milhões de pessoas com idade de trabalhar. Ocorre que 61,3 milhões de brasileiros não trabalha, nem procura emprego e não entra nas estatísticas oficiais do desemprego do PT. Isso corresponde a 38,5% da população com idade de trabalhar e equivalente à soma do total da população de São Paulo e do Rio de Janeiro. 
A pesquisa revela ainda que a imensa maioria dos desocupados brasileiros não concluiu sequer o ensino fundamental. Eis o Brasil nosso a caminho do abismo econômico e social.
Lula e Dilma com seus bandos de delinquentes de estimação deixarão a Nação devendo mais de R$ 3 trilhões; já quebraram a Petrobrás, a Eletrobras e continuam dilapidando os cofres públicos, o BNDES, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica. 
Não há saída, leitor: ou removemos o PT do poder nas próximas eleições, ou o PT deixará o Brasil completamente falido, arruinado e com a metade da população desocupada e viciada na esmola do dia. 

Ruy Câmara
 
 
21 de janeiro de 2014

BRASIL A CAMINHO DO CAOS...



Leiam com muita atenção! Kátia Abreu: Querem acabar com a propriedade privada!

 
artigo da senadora Kátia Abreu na Folha hoje é daqueles que devem ser lidos com muita atenção, e depois relidos. São verdades evidentes para qualquer um minimamente atento aos acontecimentos políticos do Brasil, mas que poucos, ainda mais na posição da senadora, têm a coragem de dizer.
Até porque, como a própria autora diz no começo, quem quer que diga tais verdades incômodas será logo tachado de paranoico, de adepto de teorias conspiratórias. É uma blindagem que fazem contra os fatos que geram desconforto.
E quais são estes fatos? Qual é essa verdade? Ora, a de que há em curso no país, hoje, um movimento poderoso que deseja destruir a propriedade privada e instaurar um regime autoritário com todo o poder no estado. A senadora sabe bem disso, pois seu setor, o rural, é o alvo predileto desses golpistas. Diz ela:
Usa-se o pretexto da crise social para invasões criminosas a propriedades produtivas: sem-terra, quilombolas e índios têm sido a massa de manobra, incentivada por ativistas, que, no entanto, não querem banir a pobreza.
Servem-se dela para combater a livre iniciativa e estatizar a produção rural. Espalham terror nas fazendas e, por meio de propaganda, acolhida pela mídia nacional, transformam a vítima em vilão. Nos meios acadêmicos, tem-se o produtor rural como personagem vil, egoísta, escravagista, predador ambiental, despojado de qualquer resquício humanitário ou mesmo civilizatório.
No entanto, é esse “monstro” que garante há anos à população o melhor e mais barato alimento do mundo, o superavit da balança comercial e a geração de emprego e renda no campo.
Como negar isso? Alguém pretende realmente acusar de paranoica a senadora? Só quem não tem olhos para enxergar, ou quem age com má-fé, por já ter sido capturado pelo movimento.
A tática usada por esses antidemocráticos é a velha máxima de dividir para conquistar. Como lembra Kátia Abreu, a “sociedade brasileira está sendo artificialmente desunida e segmentada em negros, índios, feministas, gays, ambientalistas e assim por diante”. ONGs endinheiradas estão por trás disso.
O país que pretendem construir? “Não tenham dúvida: um país em que o Estado, com seu poder de coerção, seja a única instância capaz de deter os conflitos que ele mesmo produz; um Estado arbitrário, na contramão dos fundamentos da democracia”.
Essa, sim, é a Kátia Abreu que aprendi a admirar! Não aquela que elogia e pede voto para Dilma, cujo partido, o PT, está associado até o talo a esse esquema bolivariano de destruição da nossa democracia.
 
21 de janeiro de 2014
Rodrigo Constantino - Veja Online