"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 30 de março de 2014

PASSA, PASSA, PASSADENA

 

Água era o meu foco. Revisitava o Rio Piracicaba castigado pela seca. No passado fui a algumas reuniões do Comitê de Bacia. Já havia na época uma preocupação com o futuro do rio, tão solicitado: abastece uma região em crescimento e mais 8,8 milhões de pessoas em São Paulo.

Lembrei, à beira do Piracicaba, alguns autores no fim do século passado afirmando que a água seria o petróleo do século 21, com potencial de provocar conflitos e até guerras. Mas ao falar no petróleo como algo do passado constatei que está na ordem do dia. Enterraram uma fortuna em Pasadena, no Texas. Outra Pasadena, na Califórnia, é a cidade cenário da sitecom The Big Bang Theory.

Pois é, nossa Pasadena começou com um singular ponto que se expande de forma vertiginosa. Foi uma espécie de Big Bang na consciência dos que ainda duvidavam que a Petrobrás estivesse indo para o buraco nas mãos dos aliados PT e PMDB. Diante dos fatos, vão-se enrolar de novo na Bandeira Nacional, sobretudo num momento de Copa do Mundo, fulgurante de verde e amarelo.
 
Os críticos da Petrobrás não são bons brasileiros. Bons são os que se apossaram dela e a fizeram perder R$ 200 bilhões nestes anos e despencar no ranking das grandes empresas do mundo.
O líder do governo, senador Eduardo Braga (PMDB-AM), disse que a perda desse dinheiro faz parte do jogo capitalista de perde e ganha. Se fosse numa empresa privada, dificilmente seus diretores resistiriam no cargo. Em Pasadena enterrou-se dinheiro público. O que deveria ser mais grave em termos políticos.
 
Pasadena é uma boa versão com sotaque latino para Waterloo. Dilma Rousseff afirma que assinou a compra da refinaria no Texas sem conhecer as cláusulas. Depois disso conheceu. Ela lançou uma nota para explicar o momento em que não sabia. E se esqueceu de explicar todos os anos de silêncio e inação.
 
Os diretores que teriam omitido as cláusulas que enterram mais de US$ 1 bilhão em Pasadena continuaram no cargo. Até a coisa explodir mesmo. Tenho a impressão de que tentaram sentar-se em cima da refinaria de Pasadena. Sentaram-se numa baioneta, porque não se esconde um negócio desastroso de mais de US$ 1 bilhão.
 
Os fatos começam a se desdobrar agora que os olhares se voltam para esse refúgio dos nacionalistas, defensores da Pátria enriquecidos.
Uma empresa holandesa cobrou US$ 17 milhões da Petrobrás por serviços que não constavam do contrato. A primeira parcela da compra em Pasadena foi declarada como US$ 360 milhões, mas no documento americano ela foi registrada como uma compra de US$ 420 milhões. Refinarias compradas no Japão têm as mesmas cláusulas do contrato desastroso de Pasadena.
 
Um amigo de Brasília me disse ao telefone: "Se esse Paulo Roberto Costa, diretor da Petrobrás, abrir a boca, a República vai estremecer". Conversa de Brasília. Quantas vezes não se falou o mesmo de Marco Valério?! O que pode trazer revelações são os computadores, pen drives e documentos encontrados na casa dele. A Polícia Federal não acreditava que ele iria falar, tanto que o prendeu com o argumento de que estava destruindo provas.
 
Passa, passa, Pasadena, quero ver passar. A Petrobrás da nossa juventude, dos gritos de "o petróleo é nosso", se tornou o reduto preferido dos dois grandes partidos que nos governam. O petróleo é deles, do PT e do PMDB. Levaram o slogan ao pé da letra e suas pegadas na maior empresa do País demonstram que devoram até aquilo que dizem amar.
 
De certa forma, isso já era evidente para mim nas discussões dos contratos do pré-sal. Eles impuseram uma cláusula que obriga a Petrobrás a participar de todos os projetos de exploração. Não deram a chance à empresa de recusar o que não lhe interessava.
 
Tudo isso é para fortalecer a Petrobrás, isto é, fortalecer-se com ela, com uma base de grandes negócios, influência eleitoral e, de vez em quando, uma presepada nacionalista, tapas imundos de óleo nas costas uns dos outros, garrafas de champanhe quebradas em cascos de navios.
 
Lá, no Texas, os magnatas do petróleo usavam aqueles chapéus de cowboy. Lá, em Pasadena. Aqui, os nossos magnatas em verde e amarelo estão com poucas opções no momento. Ou reconhecem o tremendo fracasso que é a passagem dos "muy amigos" da Petrobrás pela direção da empresa ou se enrolam na Bandeira e acusam todos de estarem querendo vender a Petrobrás. Diante das eleições e da Copa do Mundo, devem optar por uma alternativa mais carnavalesca.
 
Mas os fatos ainda não são de todo conhecidos. Deverá haver uma intensa guerra de bastidores para que não o sejam, especialmente os documentos nas mãos da Polícia Federal.
 
Pasadena. Certos nomes me intrigam. O mensalão não seria o que foi se não houvesse esse nome tão popular inventado por Roberto Jefferson, que no passado apresentava programas populares de TV. Pasadena soa como algo esperto, dessas saidinhas em que você vai e volta em cinco minutos, leve e faceiro. Mas pode ser que Pasadena não passe e fique ressoando por muito tempo, como o mensalão. E se tornar uma saidinha para comprar cigarros, dessas sem volta, para nunca mais.
 
Criada uma comissão no Congresso Nacional, envolvidos Ministério Público e Polícia Federal, podem sair informações que, somadas às de fontes independentes, deem ao País a clara visão do que é a Petrobrás no período petista. Não tenho esperança de que depois disso todos se convençam de que a Petrobrás foi devastada. Mas será divertido vê-los brigando com os fatos, com as mãos empapadas de óleo.
 
Diante do Rio Piracicaba meu foco é a água. Na semana passada, vi como na Venezuela o uso político do petróleo deformou o país. No Brasil o alvo da voracidade aliada é a Petrobrás.
E se a água é o petróleo do século 21, daqui a pouco vão descobri-la, quando vierem lavar as mãos nas margens dos nossos rios.

30 de março de 2014
Fernando Gabeira é jornalista, O Estado de S.Paulo

"BRASIL, UM PAÍS DE TODOS"

 

Enquanto se discute aquela merrequinha, um reles bilhãozinho de dólares enterrado na refinaria de Pasadena, um escândalo muito maior está pondo a cabeça de fora: a Siemens, multinacional alemã que abriu os debates sobre o cartel metroferroviário, assinou Termo de Ajustamento de Conduta com o Ministério Público paulista pelo qual entregará contratos, comprovantes de transferências de dinheiro (inclusive os arquivados na Alemanha), todos os documentos; e trará, pagando integralmente as despesas, testemunhas do Brasil e do Exterior.

E por que as investigações podem mostrar muito mais dinheiro esquisito do que a refinaria de Pasadena? Porque só o Cade, Conselho Administrativo de Defesa Econômica, do Governo Federal, investiga 15 projetos, em São Paulo, Rio, Brasília, Rio Grande do Sul, que envolvem algo como US$ 4 bilhões; e a CBTU, federal, que cuida de trens urbanos e metrô em João Pessoa, Maceió, Natal, Belo Horizonte e Recife.
Os projetos passam por Governos dos principais partidos que se alternam no poder ─ um acusando os outros de corrupção, mas nenhum mostrando como é que os malfeitos aconteciam (até porque continuam acontecendo).
O máximo que acontece, para um revelar o que sabe dos outros, é a ameaça que a ex-ministra Gleisi Hoffmann acaba de fazer: já que haverá investigação sobre Pasadena, então tentará investigar as roubalheiras atribuídas a adversários.
O Brasil é um país participativo ─ e como tem gente participando! Como diz o sambista Bezerra da Silva, “se gritar pega, ladrão!/ não fica um, meu irmão (…)”
 
Cipó de aroeira
A degradação ética no país chegou a tal ponto que nenhum partido se defende muito das acusações de corrupção: o argumento básico dos acusados é que os outros também fazem suas ladroeiras. Se são todos ladrões, para eles isso é o normal da vida. Diante da aprovação da CPI da Petrobras, o Governo determinou a seus aliados que tentem investigar, na mesma CPI, o cartel dos trens e Metrô em São Paulo.

Ótimo: que se investigue tudo. E que a investigação seja ampla, não se limitando, como agora, a apenas um dos principais auxiliares do Governo Covas, PSDB. Que é que faziam os outros secretários, enquanto o Tesouro era ordenhado? Quem deveria fiscalizar contratos e a justiça dos valores cobrados?
 
Festa pernambucana
O deputado federal Vicentinho, do PT paulista, disse que quer investigar o porto de Suape, em Pernambuco. Por quais irregularidades? Nem ele sabe. Mas há muitas coisas a ver por lá. Por exemplo, o governador Eduardo Campos, PSB, candidato à Presidência da República, conseguiu gastar R$ 388 mil com seus convidados no camarote do Carnaval. E no ano passado, os gastos oficiais com bolos de rolo, o delicioso doce típico pernambucano, atingiram R$ 52.800,00.

 
Nhô ruim, nhô pió
Achou bom que o deputado federal Asdrúbal Bentes, condenado à prisão em regime aberto, tenha renunciado ao mandato? Às vezes, em Brasília, nem o que está certo é bom: seu suplente, Luiz Otávio Campos, do PMDB do Pará, já teve a nomeação para o Tribunal de Contas da União rejeitada por problemas de reputação.

Luiz Otávio está condenado a 12 anos de prisão (em primeira instância; recorre em liberdade) pelo desvio de R$ 12 milhões do Finame.
 
Ele conhece
Há gente estranhando a presença de Jefferson da Silva Figueiredo, subtenente músico do Exército, na comissão militar que passou duas semanas na Rússia avaliando o sistema de defesa antiaérea que o Brasil pretende comprar. Figueiredo, dizem, não é do ramo.

Mas estão enganados: o subtenente músico Jefferson da Silva Figueiredo, marido da ministra Ideli Salvatti, entende muito de canhões.
 
Caiu, e daí? 
Não se impressione com a queda da avaliação positiva do Governo Dilma, na pesquisa do Ibope. Caiu de 43 para 36%. Só que esta não é uma pesquisa de intenção de voto: é de avaliação. Há uma forte possibilidade de que a população, mesmo querendo mudanças, mesmo insatisfeita, continue achando que a atual presidente já é conhecida e não esteja disposta a aventuras. Para trocar de voto, só se os desafiantes apresentarem bons planos e boas ideias. Quem as terá?

 
Exemplo vivo
O Governo brasileiro convidou seis repórteres estrangeiros, com tudo pago, para visitar três cidades-sede da Copa: Rio, Manaus e Fortaleza. Objetivo: promover a imagem do país. E não é que promoveu, embora não exatamente a que esperava? O repórter Ian Herbert, do jornal The Independent, conta que foi assaltado na praia de Copacabana, às duas da manhã. Embora os bandidos, armados, tenham fugido sem levar nada (o grupo gritou por socorro, gente se aproximou), a reportagem saiu, com o título 
É caos no Brasil, mas não entre em pânico.
 
A História como ela foi
Um retrato histórico pela óptica dos vencidos, mas preciso, objetivo, sem ódio. Almino Affonso, ministro do Trabalho do Governo João Goulart, testemunha ocular dos últimos momentos do regime, lança neste dia 31 seu livro sobre os idos de março. Livraria Cultura, Conjunto Nacional, SP, 18h30.


30 de março de 2014
Publicado na coluna de Carlos Brickmann

MANTEGA NO PAÍS DAS MARAVILHAS

 

O governo poderá proclamar mais uma de suas vitórias imaginárias se a inflação deste ano ficar em 6,5%, limite da margem de tolerância. Será, novamente, uma das taxas mais altas do mundo, mas a administração federal tem ambições modestas quando se trata de conter a alta de preços. "Este ano a inflação não vai passar dos limites", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em aula magna, sexta-feira, na Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo. A desculpa, neste ano, estará associada à alta dos preços de alimentos, já tomados como vilões do custo de vida em anos anteriores. Esses vilões nem sempre estiveram presentes, mas o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), usado como referência para a política monetária, há muito tempo vem subindo mais que os 4,5% fixados como objetivo. "De 2003 em diante temos mantido a inflação dentro da meta", acrescentou o ministro. A informação é incorreta. Meta é uma coisa, margem de tolerância é outra. Só para ficar nos últimos três anos, os resultados foram: 6,5% em 2011, 5,84% em 2012 e 5,91% em 2013, sempre longe, portanto, do alvo oficial.

A promessa do ministro da Fazenda evidencia, mais uma vez, uma dupla complacência do governo - com a inflação e com as próprias falhas. Essas falhas, incluída a péssima administração do dinheiro público, são muito mais importantes que as cotações dos alimentos como fatores da alta geral e persistente dos preços. O ministro reafirmou a promessa de um superávit primário - o dinheiro usado para pagar os juros - equivalente a 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2014, igual ao de 2013. O País, segundo ele, apresentou no ano passado um dos melhores resultados primários dos países do Grupo dos 20 (G-20). "Não se pode questionar nossa seriedade fiscal", bravateou.

Nenhum público razoavelmente informado pode levar a sério qualquer dessas declarações.
O resultado primário de 2013, assim como o do ano anterior, foi conseguido com receitas não recorrentes, como dividendos e bônus de concessões, e com truques contábeis prontamente desmascarados e conhecidos mundialmente como "contabilidade criativa". Neste ano, a meta de 1,9% está claramente vinculada à expectativa de receitas de ocasião, como já comentaram vários analistas.
 
Ao anunciar o rebaixamento da nota de crédito soberano do Brasil, na segunda-feira passada, a agência Standard & Poor's classificou como "desafiadora" a meta fiscal definida para 2014, lembrando o uso de expedientes nada ortodoxos no fechamento das contas públicas nos últimos anos. Será o governo capaz de apresentar o resultado prometido sem recorrer a truques e a receitas especiais? Esse ponto é fundamental, quando se trata de avaliar a política fiscal executada em qualquer país. Além disso, a comparação do Brasil com a maior parte dos países do G-20 serve mais para confundir do que para esclarecer.

A comparação adequada é com os emergentes. Muitos deles apresentam indicadores econômicos muito melhores que os do Brasil, quando tomados em conjunto. Isso inclui as contas públicas, a inflação, a expansão do PIB e o comércio exterior. Ao explicar a decisão de rebaixar a nota do Brasil, os dirigentes da Standard & Poor's mencionaram vários componentes do quadro econômico, incluídos o baixo crescimento do produto e a deterioração das contas externas. Se esses indicadores continuarem ruins, acabarão afetando seriamente as condições fiscais e a capacidade de pagamento do setor público.

O ministro mencionou ainda, entre outros aspectos positivos da economia nacional, a geração de empregos, num mercado onde "há disputa de trabalhadores qualificados" e salário real em alta. Mas ele novamente negligenciou detalhes de importância vital. A indústria, estagnada, vem demitindo e as contratações têm dependido principalmente dos serviços. São empregos de baixa produtividade. A procura de trabalhadores qualificados de fato ocorre. Mas, se existe alguma "disputa", é simplesmente porque essa mão de obra é escassa. É uma consequência dos erros cometidos na política educacional, muito mais voltada para a demagogia do que para a formação de trabalhadores capacitados.

30 de março de 2014
O Estado de S.Paulo

1964: ESPECIAL DO ESTADÃO

NÊUMANNE COMENTA A QUEDA DO GOVERNO DILMA ROUSSEFF NA PESQUISA DO IBOPE

 
Em sua coluna Direto ao Assunto, veiculada pela Rádio Jovem Pan, o jornalista José Nêumanne Pinto comenta a mais recente pesquisa do Ibope, que registrou uma queda significativa na avaliação do governo Dilma Rousseff, e seus efeitos sobre as eleições de outubro.
Confira:



1964: O ANO DA CONTRA-REVOLUÇÃO


http://veja.abril.com.br/260314/especial-1964.html

30 de março de 2014
Veja Especial

"NÓS, NÓS E NÓS"

 

O governo do Brasil criou uma certeza nos últimos onze anos. Está absolutamente convencido de que o fato de ganhar eleições lhe dá, automaticamente, razão em tudo; não pensa, nunca, que o eleito representa todos, e não apenas os que são a seu favor.
Exatamente ao mesmo tempo, acha que quem discorda do governo está errado por princípio. É como na religião ─ se você não tem a mesma fé do vizinho, jamais pode ter razão em nada.
É um herético que está desafiando a vontade de Deus, e um inimigo que tem de ser destruído.
O problema é que existe aí uma séria encrenca com os fatos, essa praga que só atrapalha o conforto das ideias prontas ─ o Brasil, infelizmente para o governo, o PT e seus profetas, tem heréticos demais.

Fazer o quê? O diabo, além de estar nos detalhes, está nos números.

No caso das eleições para presidente em 2010, a última medição objetiva sobre quem está a favor e quem está contra o governo, a aritmética prova que ninguém é muito maior que ninguém. No segundo turno da eleição, Dilma teve 55 700 000 votos e José Serra ficou com 43 700 000; obviamente não dá para fazer de conta que os votos do perdedor não existem.
Na verdade, já é um assombro que Serra, tido como um dos candidatos menos atraentes do planeta, tenha conseguido esses espantosos 43,7 milhões de votos; positivamente algo não deu certo do outro lado.
Além disso, mais de 29 milhões de eleitores nem foram votar, e outros 7 milhões preferiram ficar nos nulos e brancos ─ ou seja, 36 milhões de cidadãos simplesmente não votaram em ninguém.
Resumo da ópera: de um eleitorado total de 135 milhões de pessoas, 80 milhões não votaram em Dilma.

Ficamos, assim, na curiosa situação em que a maioria dos eleitores é considerada pelo governo como inimiga da vontade popular ─ se não estão com a gente, reza o seu evangelho, só podem estar do lado do mal.
Lula, Dilma e sua máquina de propaganda, ao que parece, resolveram lidar com esse despropósito inventando um modelo de adversário fabricado na sua imaginação.

“O ódio que alguns têm de nós é ver a filha da empregada cursando uma universidade federal”, disse Lula ainda há pouco.
Mas por que raios alguém haveria de se importar com isso? Quem vai se prejudicar se a filha da empregada estiver numa universidade federal? Ou estadual? Ou particular? Por que ficaria com “ódio”?
Lula sabe muito bem que tudo isso é pura invenção.

Mas sabe também que a mentira viaja de Ferrari, enquanto a verdade vai a lombo de burro; passa 100 vezes pelo mesmo lugar antes que a verdade tenha conseguido chegar lá, e nesse meio-tempo falsifica até a regra de três. Dilma faz a mesma coisa com menos talento.

Outro dia veio com a história de que só criticam a estratégia social do governo os que “nunca tiveram de ralar, de trabalhar de sol a sol para comprar uma televisão, uma geladeira, uma cama, um colchão”.
Como é mesmo? Todo mundo, ou 999 em cada 1 000 brasileiros, tem de trabalhar para comprar qualquer dessas coisas, já que nenhuma delas é dada de graça a ninguém.

Mas e daí? O que interessa é vender a ficção de que só o governo é capaz de ajudar os pobres ─ e só pode discordar disso quem nunca trabalhou na vida.

Essa montanha de dinheiro falso é engolida com casca e tudo no Brasil de hoje ─ e, conforme o caso, há uma conta a pagar por quem não engole. O caso do músico João Luiz Woerdenbag Filho, 56 anos, natural do Rio de Janeiro, conhecido do público como Lobão e autor de uma coluna quinzenal nesta revista, é um clássico.

Lobão foi colocado no banco dos réus do Tribunal de Inquisição formado na classe artística para decidir o que é o bem e o mal no Brasil, e até hoje não conseguiu se levantar.
É acusado do delito de ter se vendido “à direita” ou apenas de ser “de direita” ─ coisa esquisita, porque se imagina que ele teria o pleno direito, pela Constituição, de ser de direita ─ ou de esquerda, ou seja lá do que lhe desse na telha.

O que o resto do mundo tem a ver com isso? Mas Lobão é um artista de fama, e um artista de fama não tem direito à liberdade de pensamento e de expressão se ganhar o selo de “direitista”.

Na verdade, no Brasil de hoje nem se sabe o que é ser “de direita”; nossos juristas diriam que o crime de “direitismo” ainda não está bem “tipificado”. Tanto faz.
Para a polícia política do PT, é criminoso de direita todo sujeito que disser às claras que não gosta de Lula, nem de Dilma, nem da sua inépcia, nem do PT, nem do governo, nem do “projeto” do petismo, nem dos seus melhores amigos, que vão de Collor a Maluf.
Esperem a campanha começar.

30 de março de 2014
J. R. GUZZO

CONTINUA A LUTA NA VENEZUELA CONTRA O GOVERNO COMUNISTA DE NICOLÁS MADURO

MANIFESTANTES SOFREM BRUTAL REPRESSÃO. HÁ CIDADES TRANSFORMADAS EM CAMPOS DE GUERRA!

http://instagram.com/moimoreirab#

Cenas registradas em filmete de 15" via Instagram em Chacao, área metroplitana de Caracas, a capital da Venezuela, neste sábado.

Pode-se ver a polícia disparando bombas de gás lacrimogênio contra os manifestantes. Alguns conseguem capturar as cápsulas e remetê-las contra os policias. Constata-se também a presença de viaturas blindadas, que na Venezuela denominam 'tanquetas'.

Pelo Twitter comunicam que há forte repressão no estado de Táchira, provavelmente em San Cristóbal, cujo prefeito Daniel Ceballos foi preso e imediatamente condenado a um ano de prisão, além de ter seu mandato cassado pelo tiranete Nicolás Maduro.

A situação na Venezuela se mantém inalterada e os protestos contra a ditadura comunista prosseguem em todos os cantos do país.

Pelo Twitter e pelo Instagram manifestantes afirmam que não sairão das ruas enquanto o filhote de Chávez, o tiranete assassino Nicolás Maduro permanecer no poder.

Quem utiliza o Instagram pode acompanhar as atualizações constantes contendo informações, fotos e vídeos dos combates travados entre os manifestantes e a polícia chavista.

Reportam também ataques contra conjuntos residenciais pelos jagunços armados pelos comunistas que denominam "coletivos" ou "tupamaros". São hordas de bandoleiros que invadem casas e apartamentos e também incendeiam e depredam automóveis. Nesses episódios disparam contra quem reage e praticam a pilhagem.

O que está ocorrendo na Venezuela é o esquema do terror comunista. Foi assim em Cuba e isso permitiu que Fidel Castro e seus familiares desfrutem há mais de meio século uma vida de nababos. São donos da Ilha, enquanto o povo cubano vive permanentemente esfomeado, já que os alimentos são racionados há anos no país. 

A escassez de alimentos aumenta também na Venezuela. É uma velha tática dos comunistas para imobilizar as pessoas. Isto aconteceu também de forma permanente na União Soviética. 

A vida miserável que levam os povos submetidos ao comunismo normalmente é um fato escamoteado pelos jornalistas que em sua maioria são comunistas entusiastas desse regime espúrio e assassino.

Eu sei o que estou dizendo. Sou jornalista ha mais de 40 anos e convivi com essa gente. Acreditem: a maioria dos jornalistas constituem bandos de diletantes vagabundos, viciados em entorpecentes, vadios e mentirosos. São eles que impedem que as pessoas saibam a verdade dos fatos.

Só mais recentemente, por meio da internet e de blogs de jornalistas sérios e comprometidos com a verdade, os fatos estão chegando ao conhecimento do público. Isso só foi possível com o advento da internet, das redes sociais e blogs independentes, como este aqui, e que não estão alojadas em grandes portais noticiosos, em sua maioria, sob o controle da patrulha comunista à soldo do Foro de São Paulo.

E assim, ainda que devagar, a ficha vai começando a despencar para muita gente que havia caído no canto de sereia dos comunistas. Tanto é que agora é o próprio Instagram que já foi apropriado por jornalistas e militantes de viés liberal-conservador que utilizam essa ferramenta para passar informações sobre a verdade dos fatos, como o vídeo postado acima.

PÂNICO DA DILMA COM CPI DA PETROBRAS É TÃO GRANDE QUE PT ENTREGA ESTADOS AO PMDB PARA IMPEDIR INVESTIGAÇÕES


Dilma faz a alegria dos caciques do PMDB, obrigando o PT a abrir mão do seu projeto hegemônico para que ela seja blindada na CPI da Petrobras.
 
A iminência da abertura de uma comissão parlamentar de inquérito para investigar a Petrobrás levou o Palácio do Planalto e o comando da campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff a começar um processo de reaproximação com o PMDB, após semanas de uma intensa disputa política com o principal aliado. O objetivo é consolidar apoios no Congresso que ajudem a blindar Dilma durante a investigação. Em troca, o PT cede espaços na elaboração dos palanques regionais.
 
O primeiro caso a ser revisto foi justamente onde as negociações estavam mais complicadas: Ceará. No Estado, a crise na Petrobrás pôs fim à disputa de meses entre os irmãos Cid e Ciro Gomes e o senador Eunício Oliveira (PMDB), que reivindicava o direito de disputar o governo. Eunício, que chegou a ser convidado para assumir o Ministério da Integração Nacional para abrir caminho para os irmãos Gomes, rejeitou a oferta de Dilma e afirmou que só aceitaria a candidatura ao governo. Passou, desde então, a frequentar todas as reuniões de grupos dissidentes. Mas os problemas na estatal aceleraram a solução. Com o aval da presidente, ele será o candidato da base.
 
Aos irmãos Gomes restou o lançamento de Ciro ao Senado, numa disputa com seu ex-padrinho Tasso Jereissati (PSDB), apontado nas pesquisas como favorito à única cadeira em jogo. A entrada de Ciro na corrida ao Senado sacrificou o deputado José Guimarães, ex-líder do PT na Câmara e vice-presidente do partido.
 
A crise na Petrobrás também deverá empurrar o PT do Maranhão para uma aliança com o senador José Sarney (PMDB-AP) e com a governadora Roseana Sarney (PMDB). Até agora, uma forte ala do PT insistia em romper com os Sarney e apoiar Flávio Dino, do PC do B. Mas, por causa da CPI da Petrobrás, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva praticamente fechou o acordo para que os petistas desistam de Dino. Com isso, o PSB do governador Eduardo Campos formalizará aliança com o maior adversário de Sarney, lançando ao Senado o vice-prefeito de São Luís, Roberto Rocha.
Na Paraíba, a ordem é levar o PT para o PMDB do senador Vital do Rêgo. Escolhido em setembro ministro da Integração pelos senadores peemedebistas, Vital não chegou a ser convidado por Dilma para a função. No auge da crise com o PMDB, há um mês, ela ofereceu a ele o Ministério do Turismo. O senador não aceitou. Na coleta de assinaturas para a criação da CPI da Petrobrás, ele disse que não daria seu apoio por pertencer à base do governo. Dilma decidiu que o PT deverá apoiar o candidato Veneziano do Rêgo ao governo. Ele é irmão de Vital.
A CPI da Petrobrás deverá mudar também o quadro político em Goiás. O PT havia decidido que só se aliaria ao PMDB se o candidato fosse o ex-governador Iris Rezende. Mas o partido passa por uma disputa interna, com favoritismo de José Batista Júnior, o Júnior da Friboi. Há, nesse instante, uma pressão interna do PT para que o partido desista de lançar a candidatura do prefeito de Anápolis, Antonio Gomide, e apoie o nome do PMDB, mesmo que seja Júnior da Friboi.
O Planalto já sente os efeitos da reaproximação. A bancada do PMDB no Senado defende que o foco da CPI seja ampliado e alcance denúncias de cartel e fraudes em licitações de trens em São Paulo e o porto de Suape, o que atingiria partidos da oposição, como PSDB e PSB.
Danos. Com a estratégia de concessões nos Estados, o governo quer reduzir danos políticos que a CPI deverá causar. O mais certo deles é que Dilma vai atravessar a campanha presidencial tendo de administrar as denúncias contra a estatal e as revelações que forem surgindo. A economia também pode ficar mais vulnerável, já que a maior empresa do País estará sob investigação. Outro fator é que as condições da eleição na Bahia, o quarto maior colégio eleitoral do País, ficarão ainda mais difíceis.
"O ex-presidente da Petrobrás era do PT e agora está no governo Jaques Wagner, que era do Conselho de Administração na época em que a refinaria de Pasadena foi adquirida. A crise tem a digital do PT baiano", disse o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB), do grupo dissidente, irmão do ex-ministro Geddel Vieira Lima, que pretende concorrer ao governo do Estado contra o PT. "O desenrolar da CPI pode significar uma diminuição no apoio a Dilma. Se ela perder credibilidade, até partido que recebeu ministério na reforma pode pular fora", disse.
Como consequência, o PT da Bahia quer se fortalecer com outros partidos da base. O candidato a governador é o deputado Rui Costa, que terá na vice o deputado João Leão, do PP. Wagner desistiu de disputar o Senado para abrir espaço para o atual vice-governador, Otto Alencar (PSD).
 
(Estadão)

30 de março de 2014
in coroneLeaks

NÃO VAI FAZER TREM-BALA E NENHUMA FERROVIA NO SEU MANDATO. HORA DE MANDAR EMBORA A "DILMA MARIA FUMAÇA"


 
Descarrilou o plano do Palácio do Planalto de construir 10 mil quilômetros de ferrovias em cinco anos. Lançado em agosto de 2012 com a ousada meta de fazer 12 novas ligações ferroviárias integrando praticamente todo o país, ao custo estimado de R$ 91 bilhões, o plano não terá nem sequer uma obra de ferrovia iniciada até o fim do governo da presidente Dilma Rousseff.
 
Havia apenas uma ferrovia com chance de ser concedida neste ano, entre Mato Grosso e Goiás. Mas uma disputa empresarial entre gigantes da soja e da construção civil deve emperrar o negócio. O plano de concessão de ferrovias previa um novo sistema, em que a vencedora era remunerada pela obra e pelo serviço prestado. Caso a quantidade de clientes fosse insuficiente para pagar essas despesas, o governo compensaria.
 
Por outro lado, se houvesse muitos clientes, o governo ficaria com o excedente. As grandes construtoras do país não gostaram do modelo porque, na prática, elas deixariam de ser concessionárias e voltariam a ser apenas construtoras. O governo tirou delas o risco de perder dinheiro, mas também de ganhar, caso o negócio desse certo. Por esse motivo, na visão de um conhecedor do mercado, as ferrovias acabaram ficando sem "padrinho" para ajudá-las a vencer a burocracia estatal.
INTERESSE
 
No pacote do governo, havia um trecho ferroviário que gerou interesse inicial do mercado: a via que ligava Lucas do Rio Verde (MT) a Uruaçu (GO), onde a ferrovia nova se encontraria com a Norte-Sul. Pelo menos três grandes grupos privados começaram a analisar as possibilidades do trecho.
 
O governo, que não fez um estudo aprofundado sobre essa ferrovia, imaginava que ela seria um caminho mais rápido e barato para escoar a gigantesca produção de soja de Mato Grosso que hoje desce mais de 2.000 quilômetros de caminhão até os portos do Sul e do Sudeste, elevando os custos de exportação.
 
Mas as grandes companhias vendedoras de soja do país (Bunge, Cargill, Amaggi e Dreyfus) se aliaram à companhia de logística EDPL (Estação da Luz Participações) para um estudo próprio, iniciado em 2013, que concluiu que essa ferrovia não trazia melhora significativa aos custos de transporte. O grupo passou então a estudar uma alternativa também ferroviária: levar a soja de Mato Grosso direto para o Pará e, de lá, por via marítima, até a Ásia e a Europa. Segundo o estudo encomendado, essa solução reduziria os custos em mais de 30% e teria potencial, aliada a outras ferrovias, para levar quase toda a soja produzida na região por trem.
 
RODOVIA
 
Antes que o grupo pudesse apresentar a solução ao governo, o Ministério dos Transportes anunciou, em janeiro deste ano, a abertura de estudos para duplicar quatro novas rodovias, entre elas a estrada que vai de Mato Grosso ao Pará, a BR-163. Até 2013, nenhum desses trechos era cogitado pelos órgãos técnicos do governo como passíveis de concessão. Três deles são complementações de estradas concedidas, no ano passado, para os grupos Odebrecht e Triunfo. Caso os novos trechos venham a ser duplicados, a rentabilidade das concessões existentes será melhorada.
Após o anúncio do governo, as vendedoras de soja decidiram contra-atacar e pediram oficialmente ao Ministério dos Transportes que estudasse a possibilidade de construção da ferrovia no local onde se pretende duplicar a BR-163 no Pará. Os estudos para rodovia e ferrovia serão feitos, mas dificilmente se encontrará viabilidade para as duas construções ao mesmo tempo.
Para um interlocutor do governo, como o projeto original de criar um sistema logístico nacional foi perdido com o fracasso do programa, vão restar brigas por trechos mais lucrativos, como a que está ocorrendo pelo caminho da soja para o Pará.
 
(Folha de São Paulo)
 
30 de março de 2014
in coroneLeaks

CPI DA PETROBRAS DÁ RESULTADOS ANTES DE SER INSTALADA. OUTRO DIRETOR ENVOLVIDO NA NEGOCIATA DE PASADENA É DEMITIDO


Azevedo e Gabrielli: parentalha saqueando a Petrobras.

Em reunião na última quinta-feira, a diretoria da Petrobras decidiu exonerar o engenheiro José Orlando Azevedo do cargo de diretor comercial de uma de suas subsidiárias, a TAG (Transportadora Associada de Gás).
Primo de José Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras, Azevedo presidiu a Petrobras America entre 2008 e 2012 --por indicação do parente--, período em que a petroleira esteve envolvida na disputa judicial com o grupo belga Astra Oil pelo controle da refinaria de Pasadena. Apesar de a reunião ter ocorrido na quinta, a estatal confirmou a informação apenas ontem, por meio de nota.
"A substituição do senhor José Orlando Azevedo foi uma mudança de caráter gerencial rotineira", diz o texto. A informação havia sido antecipada pelo jornal "O Globo".
 
30 de março de 2014
in coroneLeaks

PETROBRAS NEGA INFORMAÇÕES AO TCU E IMPEDE INVETIGAÇÃO DE NUMEROSOS ESCÂNDALOS QUE ENVOLVEM DILMA


 
Nos últimos anos, a Petrobras tem travado uma batalha com o TCU (Tribunal de Contas da União), que apontou em várias auditorias manobras jurídicas, sonegação e atraso de informações por parte da estatal. A Petrobras é a maior empresa do país, cujo plano de investimentos prevê gastos de quase R$ 100 bilhões por ano. São os contratos de obras bilionárias que estão no radar do TCU.

A auditoria da polêmica compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, é um dos casos. O autor da denúncia que originou as apurações, o procurador do TCU Marinus Marsico, pediu documentos para fazer a análise da compra em 2012. Segundo ele, a Petrobras deixou de encaminhar vários atos que foram solicitados. "Não foi bacana o que eles fizeram", afirmou o procurador sobre a empresa. As obras das refinarias são o principal foco de problemas entre a Petrobras e o órgão de fiscalização.

Na unidade de Abreu e Lima, no Estado de Pernambuco, onde o TCU aponta suspeitas de irregularidades que alcançam R$ 1,6 bilhão --apenas nos cinco principais contratos da obra--, o órgão diz que a Petrobras obstruiu a fiscalização. Empreiteiras pediram um aditivo à Petrobras no valor de R$ 600 milhões para continuar uma das obras da refinaria, cujo contrato original era de R$ 3,4 bilhões.

O TCU solicitou à companhia as justificativas das empresas para tal pedido, com a intenção de analisá-los antes que o contrato sofresse o aumento dos preços. Alegando que os documentos não estavam prontos e que os daria apenas após passarem por análise interna, a Petrobras se recusou a enviá-los ao órgão. O resultado é que o TCU acabou apontando sobrepreço somente depois de já assinado o aditivo.
 
A demora na entrega dos pedidos também era algo comum na companhia. Na fiscalização das obras de um terminal no Espírito Santo, a Petrobras demorou 840 dias para encaminhar ao órgão de controle os documentos --dois anos e três meses. Outro subterfugio já identificado foi a empresa se recusar a dar dados de algumas de suas subsidiárias em que ela tem até 49% das ações, alegando que elas não seriam empresas públicas.

HISTÓRICO
 
A briga entre a Petrobras e o TCU era mais tensa na gestão anterior. Agentes envolvidos com as negociações dizem que na gestão Graça Foster a empresa tem tido uma postura de maior colaboração e parceria com os órgãos de controle, aceitando até algumas mudanças propostas. Mas a principal rusga do passado ainda não está resolvida. Em 2010, a Petrobras conseguiu no STF (Supremo Tribunal Federal) uma liminar para não cumprir uma determinação do TCU para que a empresa seguisse a Lei de Licitações.
 
O TCU alegava que não há uma lei que ampare uma decisão da companhia de fazer um tipo de procedimento licitatório próprio, mais simplificado, por ser uma empresa de mercado. A estatal afirma que um decreto ampara a decisão. O Supremo ainda não julgou o mérito da matéria. Mas a liminar teve um efeito no órgão de controle que passou, desde então, a auditar a Petrobras conforme os parâmetros que a companhia utiliza nas concorrências, nem sempre os mesmos da Lei de Licitações. Mesmo usando os parâmetros da empresa, irregularidades continuaram sendo apontadas
VERBA DA CHUVA
O caso mais emblemático é a chamada "verba da chuva". A empresa decidiu pagar às empreiteiras uma verba específica pelos dias parados por causa da chuva em suas obras de grande porte. A fiscalização do TCU apontou que, mesmo com a obra parada, a estatal estava pagando por itens como uso de combustível, o que levava a empresa a ganhar mais quando não trabalhava.
 
Resultado: nas obras do Comperj, no Rio de Janeiro, a terraplanagem ficou parada por mais dias que os chuvosos na região. Nessa obra, o órgão de controle apontou um superfaturamento de R$ 76 milhões apenas nesse item. A empresa recorreu da decisão, mas teve recurso negado no ano passado.
 
(Folha de São Paulo)
 
30 de março de 2014
in coroneLeaks

OPOSIÇÃO PODE AMPLIAR INVESTIGAÇÃO SOBRE A PETROBRAS, INCLUINDO AS TENEBROSAS TRANSAÇÕES DA ESTATAL COM O BNDES


Luciano Coutinho, presidente do BNDES e conselheiro da Petrobras, com José Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras. Até onde vai esta relação?
 
Ninguém sabe ao certo o quanto a Petrobras deve ao BNDES. Mas a conta passa fácil dos R$ 50 bilhões. O Tesouro Nacional emite, repassa para o BNDES, que injeta na Petrobras. Especialistas informam que a exposição do banco em relação à petroleira chega perto de R$ 100 bilhões.
Endividada, a Petrobras não consegue mais financiamento internacional. Para cumprir seu plano de investimentos, a companhia recorre ao BNDES e até mesmo ao Banco do Brasil e à Caixa, drenando dinheiro público que deveria ser investido em empresas de menor porte.
E tudo subsidiado! A grande pergunta é: os empréstimos do BNDES para atividades no exterior, que o governo Dilma teima em manter secretos, envolvem os péssimos e desastrosos negócios da Petrobras? 
 
Além disso, a CPI da Petrobras também quer levantar as perdas da Petrobras com a falida exploração de petróleo em Cuba. Lula prometeu, assinou acordo, colocou a estatal lá e, dois anos depois, ela abandonou o projeto. Puro uso político da Petrobras pela "cumpanherada" do PT, unida com os "camaradas" cubanos.
Quem autorizou mais este negócio danoso no Conselho de Administração? Dilma Rousseff. Outra vertente da investigação poderá ser estendida para a Petros, fundo de pensão dos funcionários da Petrobras, para saber o quanto a perda de valor da estatal pode vir a comprometer as aposentadorias futuras.
Há muito o que investigar na Petrobras, para limpar a lama que tomou conta da maior empresa do Brasil, durante os governos do PT. 
 
30 de março de 2014
in coroneLeaks

MAIORIA DOS ESTUDANTES DA UFSC DETONA OS COMUNISTAS, HASTEIA A BANDEIRA DO BRASIL E OBRIGA A DESOCUPAÇÃO DA REITORIA


https://www.youtube.com/watch?v=VrcVozzEX9U&feature=player_embedded
 
Depois de ver o triunfo de tantas iniquidades, fico feliz porque posso postar este vídeo com uma matéria bem feita e completa revelando a verdade dos fatos ao público de Santa Catarina, veiculada pela RICTV, de Florianópolis, a capital catarinense. A reportagem mostra o fim da ocupação da reitoria da UFSC e da anarquia produzida por agitadores profissionais a serviço do PT, PSOL, PSTU, PCdoB, e agremiações comunistas correlatas.

Também me anima o fato de ver que a esmagadora maioria dos estudantes da Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, é contra a barbárie comunista, a desordem, a vagabundagem, o uso e tráfico e drogas dentro do campus, a invasão da Reitoria. Afinal, foi na UFSC que fiz a minha graduação e o mestrado em Direito e tenho um carinho especial pela Universidade. 

Gostei muito também de ver os estudantes verdadeiros arrancando bandeira vermelha comunista e recolocando no seu lugar a Bandeira do Brasil ao mesmo tempo em que cantaram o Hino Nacional.

A RICTV, grupo de comunicação catarinense, fez o que devia ser feito. Reportou o evento. E isto é mais uma coisa que me alegra, pois vejo que a patrulha comunista da redação desta feita não pôde impedir que a verdade fosse mostrada aos telespectadores.

O fato de fazer este destaque em relação a esta reportagem é a prova de que os meios de comunicação no Brasil, na sua quase totalidade, servem hoje mais para lavagem cerebral e doutrinação comunista do que para levar à opinião pública os fatos e não o proselitismo esquerdista.

A exceção desta reportagem justifica esta regra que começou a vigorar no Brasil depois que Lula, Dilma e seus sequazes chegaram ao poder. Todavia, há sinais que brotam aqui, ali e acolá, de que a população brasileira e, particularmente, os estudantes, já sentiram o cheiro de carne queimada. Chegaram à conclusão que está na hora de virar esse jogo. Chega de governo do PT, chega de vagabundagem, violência, insegurança pública, mentiras, roubalheiras e destruição das escolas e universidades. 

A maioria dos brasileiros quer a lei e a ordem, quer a segurança e a tranquilidade. Os estudantes querem estudar, se formar e seguir a vida adiante. 

Parabéns estudantes da UFSC que, com as suas próprias mãos, deram uma lição de responsabilidade, moralidade e patriotismo verdadeiro detonando essa ralé moral que ameaça destruir essa Universidade que já foi um orgulho para Santa Catarina e o Brasil. E acredito, depois de tudo isso, que a UFSC haverá de retomar os seu objetivo, que é o de ser realmente uma universidade e não um centro de vadiagem de maconheiros e palco de proselitismo de dinossauros comunistas.

EXILADOS E REFUGIADOS POLÍTICOS DA VENEZUELA PROTESTAM CONTRA O APOIO DO GOVERNO DILMA À DITADURA ASSASSINA DE NICOLÁS MADURO EM FRENTE AO CONSULADO DO BRASIL EM MIAMI

https://www.youtube.com/watch?v=Z6A3lM8WBl8&feature=player_embedded

A Organização dos Venezuelanos Perseguidos Políticos no Exílio (Veppex) fez um protesto em frente ao Consulado do Brasil em Miami, denunciando a conivência do governo brasileiro - leia-se Dilma, Lula e seus sequazes - com o massacre que vem sofrendo o povo venezuelano.

Além do escândalo da Petrobras, o governo do PT envergonha os brasileiros decentes perante o mundo e, sobretudo, agora, ante o povo venezuelano que está sendo massacrado por uma ditadura comunista assassina.
 
30 de março de 2014
in aluizio amorim

REDAÇÃO FINAL DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL É APROVADA NA CÂMARA



 
A Câmara dos Deputados concluiu hoje (26) a votação do projeto de lei do novo Código de Processo Civil (CPC), ao aprovar a redação final da matéria. O projeto retorna agora para apreciação do Senado, uma vez que o texto que já havia sido aprovado pelos senadores sofreu mudanças nas discussões e votação na Câmara. O texto a ser enviado ao Senado é um substitutivo elaborado pela comissão especial da Câmara que analisou a matéria.
 
 
A nova votação no plenário ocorreu porque foram feitas várias alterações no texto por causa das emendas e destaques aprovados na primeira votação no plenário. O texto aprovado consolida as mudanças feitas, sem qualquer alteração de mérito. Ontem (25), a comissão especial aprovou a redação final da proposta. O projeto original foi elaborado por uma comissão de juristas com o objetivo de desburocratizar e dar rapidez ao andamento de ações cíveis.
 
 
O novo CPC tem mudanças significativas em relação ao atual sobre a tramitação de ações civis na Justiça. Ele exclui recursos, elimina formalidades, incentiva a conciliação e cria uma ferramenta para aplicar uma mesma decisão a processos semelhantes.
 
30 de março de 2014
 

ELETROBRAS TEM PREJUÍZO DE MAIS DE R$ 6 BILHÕES EM 2013



A Eletrobrás reportou prejuízo líquido de R$ 6,287 bilhões em 2013, o que representa um recuo de 8,6% sobre o resultado negativo de R$ 6,879 bilhões reportado em 2012. Segundo a estatal, o prejuízo verificado no ano passado reflete as novas tarifas de geração e transmissão dos ativos cujas concessões foram renovadas nos termos da Lei 12.783/13.

O presidente da Eletrobrás, José da Costa Carvalho Neto, disse que a companhia espera registrar lucro em 2014. "Todos os nossos estudos indicam que, em 2014, a Eletrobras deve ter lucro", afirmou. O último lucro registrado pela companhia foi em 2011. Segundo ele, a Eletrobras espera que neste ano uma série de fatores não-recorrentes não prejudiquem o resultado.
 
Ainda segundo o relatório da Eletrobras sobre o balanço de 2013, o prejuízo do ano passado "foi decisivamente influenciado por diversas variáveis, dentre as quais impairment (baixa contábil) no valor de R$ 2,462 bilhões; despesa de R$ 1,726 bilhão com o Plano de Incentivo ao Desligamento (PID); e provisão para contingências no valor de R$ 1,399 bilhão".
 
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da companhia ficou negativo em R$ 3,690 bilhões em 2013, o que representa uma queda de 50,2% sobre o Ebitda negativo de 2012, que somou R$ 7,412 bilhões.
 
A receita operacional líquida da Eletrobras no ano passado foi de R$ 23,836 bilhões, recuo de 14,9% na comparação com o ano anterior (R$ 28,014 bilhões).
 
Trimestre. A companhia registrou prejuízo de R$ 5,5 bilhões no quarto trimestre de 2013, redução de 47,61% ante o resultado negativo de R$ 10,499 bilhões verificado no mesmo período de 2012.
 
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da companhia entre outubro e dezembro de 2013 ficou negativo em R$ 3,307 bilhões, recuo de 72,4% na comparação com os R$ 12,001 bilhões negativos de igual intervalo do ano anterior. A receita operacional líquida da companhia somou R$ 6,013 bilhões no quarto trimestre do ano passado, montante 26,98% menor do que o verificado no mesmo período de 2012 (R$ 8,235 bilhões).
 
O Conselho de Administração da Eletrobrás aprovou, na quinta-feira, 27, o Plano Diretor de Negócios e Gestão para o período de 2014 a 2018. Conforme o fato relevante, estão previstos para o período investimentos da ordem de R$ 60,8 bilhões.
 
Os recursos serão empregados principalmente para expansão do parque de usinas e linhas de transmissão e modernização e manutenção dos ativos de geração, transmissão e distribuição.
 
30 de março de 2014
caminho21

PAUTA DESTRANCADA ABRE ESPAÇO PARA SE VOTAR "PROJETOS-BOMBA" NA CÂMARA



  
Após cinco meses de pauta trancada por projetos com urgência constitucional, a Câmara dos Deputados está perto de liberar as votações em plenário e poderá iniciar a análise de propostas que geram mais despesas para o governo federal. Líderes de partidos da base aliada e da oposição ouvidos pelo G1 disseram que vão pressionar pela votação de pisos salariais para agentes de saúde, policiais e bombeiros.
 
A análise dessas matérias será possível a partir desta terça (1º),  quando será votado o último projeto que tranca a pauta. O texto reabre o prazo para adesão das instituições de ensino ao Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento das Instituições de Ensino Superior, do Ministério da Educação.
 
Vice-líder do PMDB, o deputado Danilo Forte (CE), afirmou que a bancada defende colocar, em seguida, em votação a proposta que estabelece piso salarial para agentes comunitários de saúde. "A nossa bancada tem 12 médicos, então a questão da saúde é importante para nós. Vamos, com certeza, apoiar essa proposta", disse.
 
Pelo projeto, o piso salarial seria de R$ 950 em 2014, R$ 1.012 em 2014 e reajustes conforme a inflação a partir de 2015. Atualmente não há um mínimo salarial, mas o governo federal repassa por meio de portaria R$ 950 por mês aos municípios para cada agente comunitário.
 
Preocupado com a pressão pela análise de textos que geram despesas, o líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), advertiu que poderá obstruir as votações em plenário, o que deve paralisar os últimos esforços da Casa em aprovar projetos antes da campanha para as eleições de outubro. "Os mecanismos de obstrução são múltiplos e variados. Qualquer exagero paralisa a Câmara", declarou Chinaglia.
 
O petista disse acreditar que o ideal neste momento seja dialogar para propor uma pauta de comum acordo. "Qualquer um pode propor qualquer pauta, não questionamos. O que vamos fazer junto a líderes da base e oposição é tentar definir uma pauta importante para o país, de comum acordo", declarou.
Líder do Solidariedade, o deputado Fernando Francischini (SDD-PR), disse que não abrirá mão de votar projetos que beneficiam os trabalhadores, ainda que eles possam gerar polêmica.
 
Além da proposta referente aos agentes comunitários, o partido irá defender a votação de piso nacional para policiais e bombeiros, e o texto que altera o cálculo do fator previdenciário-  fórmula criada em 1999 para reduzir o valor do benefício de quem se aposenta por tempo de contribuição antes de atingir 65 anos, no caso de homens, ou 60, no caso das mulheres.
 
O projeto em tramitação na Câmara prevê que, para obter aposentadoria com 100% do valor do benefício, a soma do tempo de contribuição e da idade do trabalhador deve totalizar o número 85 para mulheres e 95 para os homens.
 
"O governo não está conseguindo cuidar nem dele mesmo, que dirá retirar pautas positivas para os deputados. Ele está mais preocupado em segurar a CPI da Petrobras, não vai assumir mais esse desgaste. O governo agora vai travar tudo? Tudo que não é de interesse deles é pauta-bomba? Pauta-bomba são os valores que sumiram da Petrobras", provocou o deputado.
 
O líder do PSDB, Antônio Imbassahy (BA), afirmou que a bancada dará prioridade à aprovação do piso salarial para agentes de saúde.  "O PT pode obstruir, mas vamos trabalhar para aprovar. Essa questão dos agentes é unanimidade na bancada. Eu conheço bem a importância do trabalho dessa categoria e eles chegaram num limite bem razoável de negociação", disse.
 
Por sua vez, o líder do DEM, Mendonça Filho (PE), quer incluir na pauta outro texto que desagrada ao Planalto - o que prevê o fim da multa adicional de 10% sobre o FGTS que o empregador paga à União pela demissão sem justa causa de trabalhadores. O Congresso aprovou texto semelhante no ano passado, mas a presidente Dilma Rousseff vetou a proposta. Os deputados agora querem, novamente, aprovar a matéria.
 
"Queremos eliminar  essa multa adicional do FGTS  porque ela prejudica as empresas. A PEC 300 (que prevê piso salarial para bombeiros e policiais) também é importante. O governo vai resistir, vai resistir muito. Estou com a expectativa de que haja obstrução" disse o deputado do DEM.
Para o líder do PPS, Rubens Bueno (RS), votar o projeto dos agentes comunitários é um “compromisso público da Câmara e do presidente da Casa desde o ano passado”.  “Por que não querem atender agentes comunitários, que são quase 400 mil prestando serviço comunitário, ‘na ponta’. O governo não quer atender isso. É interesse do povo mais simples”, declarou.
 
No final de 2013, o presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), chegou a anunciar em plenário diante de grupo de agentes comunitários uma data para a apreciação da matéria. No entanto, a matéria não pode mais ser votada devido ao trancamento de pauta pelo projeto do Marco Civil da Internet.
 
30 de março de 2014
Nathália Passarinho e Felipe Nery / G1

PETROBRAS VIROU A CASA DA MÃE DILMA


 
Em nota oficial de 19 de março passado, sobre a escandalosa compra da sucata de Pasadena, Dilma Rousseff informava, entre outras coisas:
 
A aquisição pela Petrobrás das ações remanescentes da Refinaria de Pasadena se deu em 13.06.2012, ao ser cumprido o laudo arbitral proferido pela Câmara Internacional de Arbitragem de Nova York e confirmado por decisão das Cortes Superiores do Texas.
Não é o que diz o relatório de demonstrações financeiras da companhia, referente ao ano de 2012. Vejam abaixo:
 
 
O negócio foi fechado e pago à vista 16 dias depois do informado por Dilma. Pelo texto acima, a Petrobras já antevia a perda da demanda judicial, já tendo provisionado o prejuízo decorrente. Faltava apenas a "merreca" de U$ 70 milhões, lançado naquele mesmo mês de junho. 
 
Quando uma nota oficial da Presidência da República erra a data do desfecho deste negócio escabroso fica fácil de entender porque o PT e a Dilma têm tanto medo de uma CPI. Aquilo lá virou a casa da mãe Dilma.
 
30 de março de 2014
in coroneLeaks

O ALOPRADO BERZOINI AINDA NÃO ASSUMIU, MAS JÁ PROMETE UM DOSSIÊ CONTRA FHC


Até hoje ninguém sabe de onde veio o dinheiro do Dossiê dos Aloprados, que rendeu a demissão de Berzoini.
Anunciado nesta sexta-feira como o novo ministro de Relações Institucionais, responsável pela articulação política, Ricardo Berzoini disse que o governo vai para a ofensiva na CPI da Petrobras. — Não há motivo para ficarmos na defensiva. Vamos para a ofensiva, vamos mostrar o que foi a Petrobras no governo Fernando Henrique (Cardoso) e o que é a Petrobras nos governos Lula e Dilma.
Ligado à ala sindical do PT, Berzoini esteve no centro do escândalo dos aloprados, em 2006, acusado de integrar grupo que teria encomendado um dossiê contra o então candidato ao governo de São Paulo José Serra (PSDB). Ele sempre negou o envolvimento no caso, mas foi afastado naquele ano do comando de campanha à reeleição de Lula, de quem foi ministro da Previdência e do Trabalho.
Como ministro de Lula, comandou o vergonhoso recadastramento dos aposentados, exigindo que velhinhos com 90 anos de idade fossem para a fila do INSS, como prova de vida. Ou teriam o benefício cortado sem dó e nem piedade.
Como sindicalista, Berzoini foi o idealizador da Bancoop, a cooperativa dos bancários que roubou centenas de milhões de trabalhadores, não entregando as casas que vendeu, em um dos maiores escândalos da telebrosa história do PT.
30 de março de 2014
in coroneLeaks

PARA LIVRAR DILMA, PETROBRAS JOGA A CULPA EM CERVERÓ


 
Dilma diz que não viu. Cerveró diz, para interlocutores, que Dilma não só viu como aprovou a compra. Há um nítido esforço para jogar toda a culpa nas costas do ex-diretor internacional. Por falar em costas, Paulo Roberto Costa, o outro ex-diretor envolvido, continua preso e tem muito a contar sobre onde foi parar a dinheirama da compra superfaturada de Pasadena. 
O ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró escolheu a avaliação mais alta para sustentar a decisão de oferecer US$ 700 milhões na tentativa frustrada de comprar os 50% restantes na refinaria Pasadena, nos EUA, em dezembro de 2007.
A avaliação havia sido realizada, por encomenda da Petrobras, pela empresa Muse Stancil, que disse ter elaborado o estudo em menos de duas semanas, como antecipou o jornal "Valor Econômico" nesta semana.A análise contemplava três cenários, com cinco situações em cada, nas condições em que se apresentava a refinaria na época. A mais conservadora estabelecia que Pasadena inteira custava US$ 582 milhões. A mais otimista atingia US$ 1,54 bilhão.
Com o estudo na mão, Cerveró decidiu oferecer US$ 700 milhões por 50% do ativo. O fato de a oferta não corresponder à metade de nenhuma das cifras apresentadas no estudo chamou atenção da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), que questionou a escolha de valores "aleatoriamente, sem comprovação, entre todos os cenários possíveis".
O questionamento foi feito em processo aberto para investigar a compra da refinaria em 2013. A investigação foi arquivada por ter sido feita depois do prazo legal. Em resposta à CVM, Cerveró justificou que os valores foram respaldados por "avaliação interna" e eram "objeto de confirmação por instituição financeira de renome mundial". O Citigroup, que deu aval ao negócio, foi procurado, mas não comentou.
Conforme documento interno da Petrobras, ao apresentar a negociação, dois meses depois da oferta, a equipe de Cerveró informou à diretoria que as áreas internacional, financeira, de estratégia e abastecimento --esta comandada por Paulo Roberto Costa, preso na semana passada na operação Lava Jato-- estudaram todos os cenários, mas validaram opções entre US$ 1,2 bilhão e US$ 3,4 bilhões para Pasadena.
 
Em seu parecer sobre a atuação de Cerveró, como mostrou o jornal "Valor Econômico", a CVM disse que "não é razoável que um diretor assine um documento em nome da companhia fazendo referência a valores que não tenham sido resultado de avaliação conclusiva e refletida". Afirmou, ainda, que "Cerveró negociou valores sem o cuidado e a diligência que todo homem ativo e probo costuma empregar".
A CVM questionou Cerveró por ter apresentado a oferta pelos 50% restantes sem aval do conselho de administração da Petrobras, que só soube da oferta dois meses depois de ter sido feita. A partir daí o conselho tomou conhecimento das cláusulas "Put Option", que dava à Astra o direito de vender sua parte no negócio, e Marlim, que garantia rentabilidade mínima. Logo depois, a Petrobras entrou em arbitragem contra a Astra, e a Astra exerceu o direito à "Put Option".
A intenção da CVM, após investigar o caso ao longo de 2013, era submeter Cerveró a julgamento administrativo por desobediência ao "dever de diligência", cujas penas vão de advertência a multa e proibição de atuar como administrador por até 20 anos. Procurada, a Petrobras repetiu que criou "comissão interna de alto nível para apurar todos os detalhes do processo referente a Pasadena". Cerveró não foi encontrado.
 
(Folha de São Paulo)
 
30 de março de 2014
in coroneLeaks