Este é um blog conservador. Um canal de denúncias do falso 'progressismo' e da corrupção que afronta a cidadania. Também não é um blog partidário, visto que os partidos que temos, representam interesses de grupos, e servem para encobrir o oportunismo político de bandidos. Falamos contra corruptos, estelionatários e fraudadores. Replicamos os melhores comentários e análises críticas, bem como textos divergentes, para reflexão do leitor. Além de textos mais amenos... (ou mais ou menos...) .
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville (1805-1859)
"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville (1805-1859)
"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.
segunda-feira, 10 de junho de 2019
DFELTAN DIZ QUE SOFREU "ATAQUE GRAVÍSSIMO" E VÊ PROVAS ROBUSTAS CONTRA LULA
Em sua primeira manifestação após divulgação de conversas entre ele e o então juiz Sergio Moro, promotor defende a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba
O procurador federal Deltan Dallagnol divulgou um vídeo nesta segunda-feira, 10, em que defendeu o trabalho da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, da qual é o coordenador, afirmando que a operação sofreu “um ataque gravíssimo” com a invasão de celulares de agentes envolvidos na investigação. Ele disse ainda que não reconhece os diálogos divulgados e defendeu que as provas contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) são “robustas”.
“Nosso receio é que a atividade criminosa avance agora para falsear e deturpar fatos nesse imenso ataque contra a Operação Lava Jato”, declarou. Foi a sua primeira manifestação após a divulgação de reportagens do site The Intercept Brasil que mostram trocas de mensagens entre integrantes da força-tarefa, entre eles Dallagnol, e o ex-juiz Sergio Moro.
“Essas acusações feitas não procedem, e a origem delas está ligada ao ataque criminoso realizado. Mesmo não reconhecendo a fidedignidade das mensagens que foram espalhadas, nós reconhecemos que elas podem gerar um desconforto em alguém, a gente lamenta profundamente por isso”, disse.
Sobre a consistência da denúncia contra Lula no episódio do tríplex do Guarujá, que levou o ex-presidente à prisão em Curitiba – onde está há pouco mais de um ano -, Dallagnol afirmou que a revisão, crítica e análise de detalhes da peça ocorreram justamente para que o Ministério Público Federal pudesse oferecer uma acusação robusta.
Em uma das mensagens trocadas, cujo conteúdo foi vazado, Dallagnol, por meio do aplicativo Telegram, escreve a um grupo de procuradores. “Falarão que estamos acusando com base em notícia de jornal e indícios frágeis? Então é um item que é bom que esteja bem amarrado. Fora esse item, até agora tenho receio da ligação entre Petrobras e o enriquecimento, e depois que me falaram tô com receio da história do apto? São pontos em que temos que ter as respostas ajustadas e na ponta da língua”.
No vídeo divulgado hoje, ele defende a acusação. “As provas do caso tríplex embasaram a acusação porque eram robustas, e tanto eram robustas que nove julgadores de três instâncias diferentes concordaram com a robustez das provas e condenaram o ex-presidente Lula”, disse se referindo aos magistrados do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que já avaliaram o caso.
Citando várias legendas além do PT que tiveram políticos alvos da operação, Dallagnol afirmou que a força-tarefa é contra a corrupção, independentemente de partido. “Vamos continuar dispostos e disponíveis para prestar esclarecimentos sobre fatos e sobre procedimentos da nossa responsabilidade a fim de manter a confiança da sociedade plena na nossa legitimidade de atuação e na legalidade e licitude da nossa atuação”, disse.
Dallagnol afirmou também que “é natural” que procuradores e juízes conversem, mesmo sem a presença da defesa, mas que isso não quebrou a imparcialidade da Lava Jato. “Some-se a tudo isso que todos os atos e decisões da Lava Jato são revisados por três instâncias independentes do Poder Judiciário, por vários julgadores”, apontou sobre a possível influência do atual ministro da Justiça, então juiz Sergio Moro, na condução da investigação.
10 de junho de 2019
VEJA
O procurador federal em Curitiba Deltan Dallagnol (YouTube/Reprodução) |
O procurador federal Deltan Dallagnol divulgou um vídeo nesta segunda-feira, 10, em que defendeu o trabalho da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, da qual é o coordenador, afirmando que a operação sofreu “um ataque gravíssimo” com a invasão de celulares de agentes envolvidos na investigação. Ele disse ainda que não reconhece os diálogos divulgados e defendeu que as provas contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) são “robustas”.
“Nosso receio é que a atividade criminosa avance agora para falsear e deturpar fatos nesse imenso ataque contra a Operação Lava Jato”, declarou. Foi a sua primeira manifestação após a divulgação de reportagens do site The Intercept Brasil que mostram trocas de mensagens entre integrantes da força-tarefa, entre eles Dallagnol, e o ex-juiz Sergio Moro.
“Essas acusações feitas não procedem, e a origem delas está ligada ao ataque criminoso realizado. Mesmo não reconhecendo a fidedignidade das mensagens que foram espalhadas, nós reconhecemos que elas podem gerar um desconforto em alguém, a gente lamenta profundamente por isso”, disse.
Sobre a consistência da denúncia contra Lula no episódio do tríplex do Guarujá, que levou o ex-presidente à prisão em Curitiba – onde está há pouco mais de um ano -, Dallagnol afirmou que a revisão, crítica e análise de detalhes da peça ocorreram justamente para que o Ministério Público Federal pudesse oferecer uma acusação robusta.
Em uma das mensagens trocadas, cujo conteúdo foi vazado, Dallagnol, por meio do aplicativo Telegram, escreve a um grupo de procuradores. “Falarão que estamos acusando com base em notícia de jornal e indícios frágeis? Então é um item que é bom que esteja bem amarrado. Fora esse item, até agora tenho receio da ligação entre Petrobras e o enriquecimento, e depois que me falaram tô com receio da história do apto? São pontos em que temos que ter as respostas ajustadas e na ponta da língua”.
No vídeo divulgado hoje, ele defende a acusação. “As provas do caso tríplex embasaram a acusação porque eram robustas, e tanto eram robustas que nove julgadores de três instâncias diferentes concordaram com a robustez das provas e condenaram o ex-presidente Lula”, disse se referindo aos magistrados do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que já avaliaram o caso.
Citando várias legendas além do PT que tiveram políticos alvos da operação, Dallagnol afirmou que a força-tarefa é contra a corrupção, independentemente de partido. “Vamos continuar dispostos e disponíveis para prestar esclarecimentos sobre fatos e sobre procedimentos da nossa responsabilidade a fim de manter a confiança da sociedade plena na nossa legitimidade de atuação e na legalidade e licitude da nossa atuação”, disse.
Dallagnol afirmou também que “é natural” que procuradores e juízes conversem, mesmo sem a presença da defesa, mas que isso não quebrou a imparcialidade da Lava Jato. “Some-se a tudo isso que todos os atos e decisões da Lava Jato são revisados por três instâncias independentes do Poder Judiciário, por vários julgadores”, apontou sobre a possível influência do atual ministro da Justiça, então juiz Sergio Moro, na condução da investigação.
10 de junho de 2019
VEJA
PT PROMETE 'OBSTRUÇÃO TORAL' ENQUANTO MORO ESTIVER NO GOVERNO
Liderada pelo Partido dos Trabalhadores (PT), a oposição ao governo Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados promete fazer obstrução total enquanto Sergio Moro não renunciar ao cargo de ministro da Justiça.
O líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta, defendeu que algumas medidas cautelares sejam tomadas, como a saída de Moro e todos os relacionados a ele do Ministério da Justiça, para “garantir a lisura” do processo de investigação da Polícia Federal (PF).
A oposição pede também o afastamento de Deltan Dallagnol e outro procuradores expostos pelo vazamento de supostas mensagens privadas pelo site The Intercept, neste domingo (9).
Por último, segundo O Antagonista, a oposição também quer a apreensão dos celulares funcionais de todos os citados na reportagem, para evitar “queima de arquivos.”
“Nós vamos entrar em obstrução total para que nenhuma matéria possa tramitar até que estas medidas administrativas e cautelares sejam adotadas, tanto em relação ao Moro quanto em relação aos procuradores”, afirmou Paulo Pimenta.
10 de junho de 2019
enova mídia
SITE PUBLICA SUPOSTO ARRANJO DE MORO E DALLAGNOL NA LAVA JATO
Reportagens publicadas pelo Intercept mostram que ex-juiz combinou estratégias de investigação para implicar o ex-presidente Lula em atos criminosos
São Paulo — A noite de domingo trouxe uma notícia com potencial explosivo para o futuro da Lava Jato e para o ambiente político. Pouco depois das 20h o Ministério Público Federal divulgou nota afirmando ter sido vítima de um ataque hacker. A notícia não faz referência direta, mas veio a público pouco depois de uma reportagem exclusiva colocar a Lava Jato contra a parede.
Segundo o site Intercept, do jornalista Glen Greenwald, quando era juiz federal, Sergio Moro combinou com Deltan Dallagnol, coordenador da Lava Jato no Ministério Público Federal, estratégias de investigação para implicar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em atos criminosos.
Numa das conversas, de outubro de 2015, Dellagnol e Moro conversam sobre soltura de Alexandrino Alencar, diretor da Odebrecht próximo a Lula.
“Estamos com outra denúncia a ponto de sair”, escreve Dallagnol. “Seria possível apreciar hoje?”. Em outro trecho, o procurador elogia o juiz por manifestações populares pedindo o impeachment da então presidente Dilma Rousseff, em março de 2016.
O Intercept cita conversas mantidas por Moro e Dallagnol no aplicativo de mensagens Telegram. Novos detalhes ainda devem vir à tona, mas a reportagem tem repercutido entre os principais atores políticos do país e analistas.
Segundo Fernando Haddad, candidato do PT às eleições de 2018, é “o maior escândalo institucional da história da República”.
Fernando Haddad
✔@Haddad_Fernando
Podemos estar diante do maior escândalo institucional da história da República. Muitos seriam presos, processos teriam que ser anulados e uma grande farsa seria revelada ao mundo. Vamos acompanhar com toda cautela, mas não podemos nos deter. Que se apure toda a verdade!
Sérgio Praça, professor da FGV e colunista de EXAME, afirma que as conversas desrespeitam a neutralidade do Judiciário e podem acabar levando à renúncia de Moro, atual ministro da Justiça no governo de Jair Bolsonaro.
Em nota, o Ministério Público afirma que “os dados eventualmente obtidos refletem uma atividade desenvolvida com pleno respeito à legalidade e de forma técnica e imparcial”.
Às 20h49, Deltan Dallagnol foi ao Twitter. “A atuação sórdida daqueles que vierem a se aproveitar da ação do ‘hacker’ para deturpar fatos, apresentar fatos retirados de contexto e falsificar integral ou parcialmente informações atende a interesses inconfessáveis de criminosos atingidos pela Lava Jato”, escreveu.
Deltan Dallagnol
✔@deltanmd
· 21h
“Os procuradores da Lava Jato não vão se dobrar à invasão imoral e ilegal, à extorsão ou à tentativa de expor e deturpar suas vidas pessoais e profissionais”. http://bit.ly/2WzFTio
Força-tarefa informa a ocorrência de ataque criminoso à Lava Jato
Procuradores mostram tranquilidade quanto à legitimidade da atuação, mas revelam preocupação com segurança pessoal e com falsificação e deturpação do significado de mensagensmpf.mp.br
Deltan Dallagnol
✔@deltanmd
“A atuação sórdida daqueles que vierem a se aproveitar da ação do “hacker” para deturpar fatos, apresentar fatos retirados de contexto e falsificar integral ou parcialmente informações atende interesses inconfessáveis de criminosos atingidos pela Lava Jato”.
A reportagem do Intercept, e seus desdobramentos, têm potencial de mexer com os mercados a partir desta segunda-feira. Segundo conteúdo divulgado pela XP, a Lava-Jato sofreu seu ataque mais importante até aqui. Porém, segundo a corretora, “há que se considerar para o debate jurídico que o material revelado é fruto de ação ilegal”.
10 de junho de 2019
Revista Exame
Moro (Rafael Marchante/Reuters) |
São Paulo — A noite de domingo trouxe uma notícia com potencial explosivo para o futuro da Lava Jato e para o ambiente político. Pouco depois das 20h o Ministério Público Federal divulgou nota afirmando ter sido vítima de um ataque hacker. A notícia não faz referência direta, mas veio a público pouco depois de uma reportagem exclusiva colocar a Lava Jato contra a parede.
Segundo o site Intercept, do jornalista Glen Greenwald, quando era juiz federal, Sergio Moro combinou com Deltan Dallagnol, coordenador da Lava Jato no Ministério Público Federal, estratégias de investigação para implicar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em atos criminosos.
Numa das conversas, de outubro de 2015, Dellagnol e Moro conversam sobre soltura de Alexandrino Alencar, diretor da Odebrecht próximo a Lula.
“Estamos com outra denúncia a ponto de sair”, escreve Dallagnol. “Seria possível apreciar hoje?”. Em outro trecho, o procurador elogia o juiz por manifestações populares pedindo o impeachment da então presidente Dilma Rousseff, em março de 2016.
O Intercept cita conversas mantidas por Moro e Dallagnol no aplicativo de mensagens Telegram. Novos detalhes ainda devem vir à tona, mas a reportagem tem repercutido entre os principais atores políticos do país e analistas.
Segundo Fernando Haddad, candidato do PT às eleições de 2018, é “o maior escândalo institucional da história da República”.
Fernando Haddad
✔@Haddad_Fernando
Podemos estar diante do maior escândalo institucional da história da República. Muitos seriam presos, processos teriam que ser anulados e uma grande farsa seria revelada ao mundo. Vamos acompanhar com toda cautela, mas não podemos nos deter. Que se apure toda a verdade!
Sérgio Praça, professor da FGV e colunista de EXAME, afirma que as conversas desrespeitam a neutralidade do Judiciário e podem acabar levando à renúncia de Moro, atual ministro da Justiça no governo de Jair Bolsonaro.
Em nota, o Ministério Público afirma que “os dados eventualmente obtidos refletem uma atividade desenvolvida com pleno respeito à legalidade e de forma técnica e imparcial”.
Às 20h49, Deltan Dallagnol foi ao Twitter. “A atuação sórdida daqueles que vierem a se aproveitar da ação do ‘hacker’ para deturpar fatos, apresentar fatos retirados de contexto e falsificar integral ou parcialmente informações atende a interesses inconfessáveis de criminosos atingidos pela Lava Jato”, escreveu.
Deltan Dallagnol
✔@deltanmd
· 21h
“Os procuradores da Lava Jato não vão se dobrar à invasão imoral e ilegal, à extorsão ou à tentativa de expor e deturpar suas vidas pessoais e profissionais”. http://bit.ly/2WzFTio
Força-tarefa informa a ocorrência de ataque criminoso à Lava Jato
Procuradores mostram tranquilidade quanto à legitimidade da atuação, mas revelam preocupação com segurança pessoal e com falsificação e deturpação do significado de mensagensmpf.mp.br
Deltan Dallagnol
✔@deltanmd
“A atuação sórdida daqueles que vierem a se aproveitar da ação do “hacker” para deturpar fatos, apresentar fatos retirados de contexto e falsificar integral ou parcialmente informações atende interesses inconfessáveis de criminosos atingidos pela Lava Jato”.
A reportagem do Intercept, e seus desdobramentos, têm potencial de mexer com os mercados a partir desta segunda-feira. Segundo conteúdo divulgado pela XP, a Lava-Jato sofreu seu ataque mais importante até aqui. Porém, segundo a corretora, “há que se considerar para o debate jurídico que o material revelado é fruto de ação ilegal”.
10 de junho de 2019
Revista Exame
OAB RECOMENDA QUE SÉRGIO MORO SE AFASTE DO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
Afastamento dos envolvido é recomendável "especialmente para que as investigações corram sem qualquer suspeita", diz nota
SERGIO MORO: ministro criou Grupo de Trabalho para estudar como diminuir o contrabando de cigarros por meio da política tributária nacional / Rafael Marchante/Reuters (Rafael Marchante/Reuters)
São Paulo – O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) lançou nesta segunda-feira (10) uma nota em que recomenda que Sergio Moro se afaste do cargo de Ministro da Justiça.
“O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e o Colégio de Presidentes de Seccionais, por deliberação unânime, manifesta perplexidade e preocupação com os fatos recentemente noticiados pela mídia, envolvendo procuradores da república e um ex-magistrado, tanto pelo fato de autoridades públicas supostamente terem sido “hackeadas”, com grave risco à segurança institucional, quanto pelo conteúdo das conversas veiculadas, que ameaçam caros alicerces do Estado Democrático de Direito.
É preciso, antes de tudo, prudência! A íntegra dos documentos deve ser analisada para que, somente após o devido processo legal – com todo o plexo de direitos fundamentais que lhe é inerente –, seja formado juízo definitivo de valor.
Não se pode desconsiderar, contudo, a gravidade dos fatos, o que demanda investigação plena, imparcial e isenta, na medida em que estes envolvem membros do Ministério Público Federal, ex-membro do Poder Judiciário e a possível relação de promiscuidade na condução de ações penais no âmbito da operação lava-jato.
Este quadro recomenda que os envolvidos peçam afastamento dos cargos públicos que ocupam, especialmente para que as investigações corram sem qualquer suspeita.
A independência e imparcialidade do Poder Judiciário sempre foram valores defendidos e perseguidos por esta instituição, que, de igual modo, zela pela liberdade de imprensa e sua prerrogativa Constitucional de sigilo da fonte, tudo como forma de garantir a solidez dos pilares democráticos da República.
A Ordem dos Advogados do Brasil, que tem em seu histórico a defesa da Constituição, da ordem jurídica do Estado Democrático e do regular funcionamento das instituições, não se furtará em tomar todas as medidas cabíveis para o regular esclarecimento dos fatos, especialmente junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), Procuradoria-Geral da República (PGR), Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e Conselho Nacional de Justiça (CNJ), reafirmando, por fim, sua confiança nas instituições públicas.”
10 de junho de 2019
João Pedro Caleiro
Revista Exame
A independência e imparcialidade do Poder Judiciário sempre foram valores defendidos e perseguidos por esta instituição, que, de igual modo, zela pela liberdade de imprensa e sua prerrogativa Constitucional de sigilo da fonte, tudo como forma de garantir a solidez dos pilares democráticos da República.
A Ordem dos Advogados do Brasil, que tem em seu histórico a defesa da Constituição, da ordem jurídica do Estado Democrático e do regular funcionamento das instituições, não se furtará em tomar todas as medidas cabíveis para o regular esclarecimento dos fatos, especialmente junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), Procuradoria-Geral da República (PGR), Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e Conselho Nacional de Justiça (CNJ), reafirmando, por fim, sua confiança nas instituições públicas.”
10 de junho de 2019
João Pedro Caleiro
Revista Exame
OS VERDADEIROS TRAPALHÕES
Dom Pedro II, o nosso grande monarca e maior governante que este país já teve, dizia que a imprensa se combate com a própria imprensa. A liberdade de expressão é um direito garantido em nossa constituição, embora tantas vezes violado justamente por quem deveria ser o seu guardião.
Explico: a grande mídia tenta pintar o presidente Jair Bolsonaro como um líder limitado, incompetente e omisso nas articulações para a aprovação de seus projetos no Congresso.
Explico: a grande mídia tenta pintar o presidente Jair Bolsonaro como um líder limitado, incompetente e omisso nas articulações para a aprovação de seus projetos no Congresso.
Em uma era de agências de checagem e difamações contra a mídia independente, cabe a mim nesta RENOVA Mídia fazer o papel do verdadeiro jornalismo e desfazer mais essa narrativa mentirosa.
O assunto carece de uma boa retrospectiva: depois de empossado, Bolsonaro veio com Paulo Guedes. O ministro da Economia apresentou uma proposta de reforma da previdência considerada ótima, ousada e eficiente. A bolsa de valores passou dos 100 mil pontos, o dólar despencou e o clima era de esperança.
O assunto carece de uma boa retrospectiva: depois de empossado, Bolsonaro veio com Paulo Guedes. O ministro da Economia apresentou uma proposta de reforma da previdência considerada ótima, ousada e eficiente. A bolsa de valores passou dos 100 mil pontos, o dólar despencou e o clima era de esperança.
Com o mercado e a opinião popular favoráveis a proposta tão necessária ao país, o otimismo de então era um trunfo do governo para aprovar a reforma.
Aí entra em cena Rodrigo Maia. O presidente da Câmara foi eleito com uma agenda reformista, prometeu a governadores e outros políticos empenho na aprovação da reforma da previdência.
Aí entra em cena Rodrigo Maia. O presidente da Câmara foi eleito com uma agenda reformista, prometeu a governadores e outros políticos empenho na aprovação da reforma da previdência.
De uma hora para outra, começou a atacar deliberadamente o presidente Bolsonaro. Primeiro, reclamou que ‘’faltava articulação’’ por parte do presidente.
Ora, em momento algum Rodrigo Maia deixou claro o que seria tal articulação. Ele bem sabe que Bolsonaro foi eleito justamente para mudar a relação entre Executivo e Legislativo, uma vez o povo cansado das velhas negociatas espúrias.
Depois, disse que o governo era um ‘’deserto de ideias’’. Como ele quer estabelecer algum diálogo com o Planalto alfinetando o mesmo de forma repetida na imprensa?
Os resultados não tardaram a aparecer: a bolsa despencou 3% em apenas um dia, o dólar voltou a subir e as previsões de crescimento econômico caíram.
Os resultados não tardaram a aparecer: a bolsa despencou 3% em apenas um dia, o dólar voltou a subir e as previsões de crescimento econômico caíram.
A vaidade e a arrogância de um presidente de uma das duas casas congressuais totalmente irresponsável não me parecem ter freios. Quando Carlos Bolsonaro, filho do presidente, defendeu o pai no twitter, Maia não gostou. Uma troca de farpas totalmente desnecessária iniciada pelo próprio Maia, bom que se diga.
A imprensa, inimiga incansável do governo, aproveitou o mal-estar gerado por Maia e partiu para o ataque a Bolsonaro. O de sempre foi colado: o presidente é incompetente, não sabe ouvir vozes diferentes e articular com o Congresso. Ela conseguiu dar um rastro de legitimidade aos parlamentares descontentes com o governo, e o clima ficou insustentável.
Veio então as manifestações do dia 26 de maio. O povo foi às ruas ao perceber diversas manobras do meio político para isolar Bolsonaro e criar imensas dificuldades na aprovação dos projetos do governo.
A imprensa, inimiga incansável do governo, aproveitou o mal-estar gerado por Maia e partiu para o ataque a Bolsonaro. O de sempre foi colado: o presidente é incompetente, não sabe ouvir vozes diferentes e articular com o Congresso. Ela conseguiu dar um rastro de legitimidade aos parlamentares descontentes com o governo, e o clima ficou insustentável.
Veio então as manifestações do dia 26 de maio. O povo foi às ruas ao perceber diversas manobras do meio político para isolar Bolsonaro e criar imensas dificuldades na aprovação dos projetos do governo.
Reforma da previdência, pacote anticrime, COAF com Moro… As ruas mostraram seus descontentamentos e exigências a um parlamento vaidoso e ineficaz.
Depois disso, Bolsonaro entendeu que era hora de usar as manifestações a seu favor e tentar estabelecer um diálogo com os outros poderes para dar fim ao clima de inimizade. Chamou para conversar o presidente da Câmara, do Senado e do STF. Finalmente, parecia que teríamos os poderes da República em consonância com as vontades do povo em prol do país. O clima ruim teria um ponto final pelo bem de uma nação agonizante.
Aí entra em cena Davi Alcolumbre. O presidente do Senado já tinha dado diversos sinais de estar em oposição com as vontades populares, como não ter levado adiante a abertura da CPI da Lava Toga.
Depois disso, Bolsonaro entendeu que era hora de usar as manifestações a seu favor e tentar estabelecer um diálogo com os outros poderes para dar fim ao clima de inimizade. Chamou para conversar o presidente da Câmara, do Senado e do STF. Finalmente, parecia que teríamos os poderes da República em consonância com as vontades do povo em prol do país. O clima ruim teria um ponto final pelo bem de uma nação agonizante.
Aí entra em cena Davi Alcolumbre. O presidente do Senado já tinha dado diversos sinais de estar em oposição com as vontades populares, como não ter levado adiante a abertura da CPI da Lava Toga.
O sinal amarelo com o mesmo já estava aceso. Depois do ‘’Pacto pelo Brasil’’ do presidente Bolsonaro – em que o próprio Alcolumbre participou –, o presidente do Senado falou em entrevista para a Globonews o seguinte: ‘’O governo [Bolsonaro] comete, todos os dias, algum tipo de trapalhada na coordenação política, na gestão e na relação política’’.
As perguntas que ficam depois disso tudo são: as seguidas declarações e troca de farpas protagonizadas por Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre vão ajudar no quê? Até quando eles vão provocar o Palácio do Planalto e em seguida colocar a culpa no mesmo pela péssima relação entre Executivo e Legislativo?
Os verdadeiros trapalhões na política brasileira precisam falar menos e trabalhar mais. Precisam parar, por exemplo, de votarem uma MP uma semana antes dela perder validade. Precisam ouvir o povo, o ente abstrato que os colocaram lá. Precisam ser mais brasileiros.
As perguntas que ficam depois disso tudo são: as seguidas declarações e troca de farpas protagonizadas por Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre vão ajudar no quê? Até quando eles vão provocar o Palácio do Planalto e em seguida colocar a culpa no mesmo pela péssima relação entre Executivo e Legislativo?
Os verdadeiros trapalhões na política brasileira precisam falar menos e trabalhar mais. Precisam parar, por exemplo, de votarem uma MP uma semana antes dela perder validade. Precisam ouvir o povo, o ente abstrato que os colocaram lá. Precisam ser mais brasileiros.
OAB QUER AFASTAMENTO TEMPORÁRIO DE MORO E DALLAGNOL
Para a OAB, a eventual investigação sobre as supostas mensagens vazadas deve preservar a independência e imparcialidade do Poder Judiciário, a liberdade de imprensa e a prerrogativa Constitucional de sigilo da fonte.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) vai recomendar o afastamento temporário de suas funções do ministro da Justiça, Sergio Moro, do coordenador da força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol, e dos demais procuradores da República citados em reportagem do site The Intercept.
Segundo a OAB, os citados devem se manter afastados até o encerramento das investigações sobre o vazamento troca de mensagens.
Em nota divulgada na tarde desta segunda-feira (10), segundo o jornal Folha, o conselho federal da entidade defende “investigação plena, imparcial e isenta”, diante da “gravidade dos fatos” e do que chama de “possível relação de promiscuidade” na condução de ações penais no âmbito da Lava Jato.
“A íntegra dos documentos deve ser analisada para que, somente após o devido processo legal –com todo o plexo de direitos fundamentais que lhe é inerente–, seja formado juízo definitivo de valor”, acrescenta o texto.
A entidade também afirma ter ficado “perplexa” não só pelo conteúdo das conversas gravadas, “que ameaçam caros alicerces do Estado democrático de Direito”, mas também pelo fato de autoridades públicas supostamente terem sido hackeadas, “com grave risco à segurança institucional”.
10 de junho de 2019
renova mídia
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