Conforme assinalamos há alguns dias, o presidente americano Donald Trump age de forma totalmente irresponsável e não tem assessores de alto nível que possam dissuadi-lo de determinadas decisões em que nada se ganha e tudo se perde, como no caso do reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel, onde será instalada a Embaixada dos EUA, único país a tomar essa posição perigosa, delicada e leviana. Há reação negativa dos povos árabes e também de Israel, que tenta chegar a um acordo de paz com os palestinos, mas agora veio tudo abaixo, as negociações não existem mais, os violentos protestos voltaram às ruas, a insegurança é contagiante.
O jornal moscovita “Izvéstia” revela que o chefe do Comitê de Assuntos Internacionais do Conselho da Federação Russa, Konstantín Kosatchióv, disse que o reconhecimento dos Estados Unidos de Jerusalém como a capital de Israel pode se desestabilizar ainda mais a região.
NOVA BOMBA – “Pré-anunciada pela Casa Branca, a decisão extremamente intempestiva de Donald Trump sobre o reconhecimento de Jerusalém como a capital do Estado de Israel pode ser uma nova bomba para a situação já precária na região”, diz a agência russa Interfax, citando as palavras de Kosatchiov.
A decisão do presidente dos EUA já tinha sido criticada pelo presidente francês Emmanuel Macron, porque essas as ações dos EUA violam o princípio de criação de um país palestino, nos termos das resoluções do Conselho de Segurança e da Assembléia Geral das Nações Unidas, que contavam com apoio até dos EUA.
O Conselho de Segurança da ONU se reúne nesta sexta-feira, em sessão extraordinária para discutir o assunto, após oito dos quinze membros do órgão solicitarem o encontro.
REVOLTA – Por óbvio, a decisão irrefletida de Trump, tomada a pretexto de cumprir um compromisso de campanha que jamais foi levado a sério, causou revolta e indignação entre palestinos, além de receber condenação por parte de líderes de países árabes e islâmicos. Alguns dos principais aliados dos Estados Unidos na Europa, entre eles Reino Unido, Alemanha e França, também criticaram a decisão, por prejudicar as negociações de paz e transformar Jerusalém numa bomba-relógio.
O jornal londrino “The Guardian” publicou reportagem descrevendo o clima no campo de refugiados palestinos de Shuafat, na cidade de Jerusalém. Revelou que Ismail Haniyeh, líder do Hamas, grupo islâmico que governa a Faixa de Gaza e é considerado uma organização terrorista por diversos países, conclamou os palestinos a realizarem “um dia de fúria” nesta sexta-feira, dia mais importante da semana islâmica. Haniyeh também convocou todas as facções palestinas a iniciarem uma nova intifada contra Israel, além de pedir a todos os países muçulmanos que se unam contra a “declaração de guerra dos Estados Unidos”.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Como se vê, se ainda existem fatores de risco que ameaçam a paz mundial, o principal deles é bastante conhecido e atende pelo nome de Donald John Trump, que faz jus ao título do programa de TV que apresentava e realmente se mostra um aprendiz em matéria de política interna e externa. Como diz o lema lá deles, que Deus salve e América, mas não se esqueça de nós, aqui do lado debaixo do Equador. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Como se vê, se ainda existem fatores de risco que ameaçam a paz mundial, o principal deles é bastante conhecido e atende pelo nome de Donald John Trump, que faz jus ao título do programa de TV que apresentava e realmente se mostra um aprendiz em matéria de política interna e externa. Como diz o lema lá deles, que Deus salve e América, mas não se esqueça de nós, aqui do lado debaixo do Equador. (C.N.)
08 de dezembro de 2017
Carlos Newton