"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 9 de dezembro de 2017

TEMER É UM BALCÃO DE NEGÓCIOS E INTERVENÇÃO É NOSSA MISSÃO

RECEPÇÃO GLORIOSA DE JAIR BOLSONARO NA ESCOLA NAVAL DA MARINHA DO BRASIL

M 2011 BOLSONARO DENUNCIOU DA TRIBUNA DA CÂMARA QUE LULA HAVIA RECEBIDO DINHEIRO DA LÍBIA, MAS A GRANDE MÍDIA E AUTORIDADES SIMPLESMENTE IGNORARAM


A revista Veja adiantou sua edição deste final de semana. Ontem, quinta-feira anunciou como matéria de capa "exclusiva" uma reportagem sobre parte da proposta delação do indigitado petista Antonio Palocci, preso pela Operação Lava Jato, denunciando que o PT e seu líder máximo, Lula, receberam dinheiro da Líbia, pelas mãos do então ditador Muamar Kadafi.

Entretanto, a grande mídia fez ouvidos moucos quando, em 2011, da tribuna da Câmara, o deputado e atual presidenciável Jair Messias Bolsonaro, denunciou que Lula havia recebido dinheiro da Líbia.

Nesta sexta-feira, Bolsonaro postou em sua página no Facebook o vídeo de seu pronunciamento de 2011, com a seguinte legenda: "Em 2011, da Tribuna, falei sobre o dinheiro que Lula recebeu de Kadafi na Líbia. Hoje o assunto aparece em delação de Palocci. Espero, agora, que o registro do PT venha a ser cassado."

Em 2011, o deputado Jair Messias Bolsonaro era tratado com desprezo, como sempre foi até hoje, pelos jornalistas que cobrem o Congresso Nacional que, a bem da verdade, não passam de estafetas do próprio PT, do PMDB, do PSDB e demais agremiações esquerdistas e seus sequazes.

Ao que tudo indica a reportagem de capa de Veja servirá mais para conceder notoriedade à proposta de delação de Palocci tendo e mira sua homologação pelo Ministério Público, embora a lei puna com a proscrição o partido político que receber dinheiro de fontes estrangeiras.

Vamos então fazer o derradeiro teste para ver se as ditas "instituições" estão realmente funcionando...

09 de dezembro de 2017
aluizio amorim

5 PRESIDENTES MILITARES: POBRES - 5 PRESIDENTES CIVIS: TODOS CITADOS NA LAVA JATO

O CAOS E A COVARDIA SE INSTALAM NO PAÍS

GENERAL PAULO CHAGAS E A DECISÃO DE TEMER EM EXONERAR O GENERAL MOURÃO

LULA, UM LÍDER VAZIO A BORDO DE UM TECO-TECO

Barra de São Miguel, AL - Lula perdeu a grande chance de ficar em casa esperando abrir a temporada oficial das eleições para se apresentar como candidato a presidente. Ao sair pelo Brasil afora foi achincalhado, insultado, ofendido e ameaçado por onde passou. O mito saiu arranhado. Viu, com surpresa, sua rejeição pular da casa dos 50%. E pelo que mostram as estatísticas, candidato com esse índice jamais chega a lugar nenhum.

A caravana lulista tentou repetir o que ocorreu há vinte anos atrás. Naquela época o ex-presidente se apresentava como uma opção ética para o país. Tinha a segui-lo centenas de jornalistas. Era abraçado efusivamente pelo povo em sua Caravana da Cidadania, denominada de Viagem ao Brasil real”, que tinha o objetivo de refazer o caminho que ele fez ao deixar Garanhuns aos sete anos com destino a São Paulo.

Agora, a coisa é diferente. A cúpula do seu partido tem hospedagem permanente nos presídios, o próprio Lula foi condenado a mais de nove anos de prisão, a Dilma foi chutada da presidência e os sindicalistas já não têm a mesma mobilidade para arregimentar gente com uns trocados para ouvi-lo. Além disso, o que as pessoas receberam no interior foi um ex-sindicalista com discurso cansado, envelhecido e retrógrado sem o mesmo carisma e o poder do outrora líder de massa. Na ditadura, chamava-se isso de “general de pijama”.

Em casa, se tivesse optado, ainda estaria preservado. Não seria avacalhado pelo povo e poderia, dessa forma, reaparecer depois com uma nova roupagem e com um discurso condizente com o Brasil de hoje, que mesmo sendo dilapidado por políticos corruptos, renova-se e moderniza-se. Lula, espertamente, não foi em busca apenas de votos nos redutos onde ele já os tem. Ele, na verdade, quer se consolidar como candidato a presidente para pressionar os desembargadores que ratificarão – ou não – a sentença do juiz Sérgio Moro.

Não faz muito tempo, antes de ser condenado, ele também saiu por aí como um boquirroto. Ameaçava botar o “Exército Vermelho”, os sem-terra do Stédeli, nas ruas se a Dilma fosse expurgada do poder por incompetência administrativa e inaptidão para o cargo. Ela foi para casa e o líder borocohô, para seu desespero, viu o país seguir seu rumo democraticamente.

Os seguidores de Lula, com exceção de alguns fanáticos, já não se movimentam sobre as ordens do Grande Chefe que vê os sindicatos escapulirem do seu controle. A semana passada, por exemplo, as centrais abortaram uma greve contra as reformas por divergências internas. Temiam, alguns dirigentes, um fracasso retumbante nas ruas. E assim o Lula vai se diluindo, se despersonalizando e vendo a estrela apagar enquanto ele dá o último suspiro para tentar se reerguer e sair da UTI política.

Lula ainda mantém pouco mais de 30% nas pesquisas porque é candidato único declarado a presidente da república. Resultado de um recall que se mantém na cabeça do eleitorado mais pobre e menos instruído porque, na verdade, nesses grotões onde estão esses votos, nem se sabe que em 2018 terá eleição presidencial.

A partir do início do próximo ano, as peças do xadrez começam a se movimentar. E o PT do Lula será o mais sacrificado pois não conta mais com o apoio dos empresários, dos seus marqueteiro e tesoureiros presos, com as empresas públicas e nem com as alianças políticas que lhe permitia a hegemonia no horário eleitoral. O PMDB certamente vai apresentar candidato (Henrique Meirelles é forte se a economia respirar sem aparelhos no próximo ano) e os partidos nanicos – como é da tradição – vão leiloar suas legendas na base do quem der mais. E assim, para o PT, só sobra o bagaço.

Lula, se não for condenado em segunda instância e recolhido ao presídio, vai amargar uma campanha sem recursos, sem gente qualificada e sem alianças. O mais fiel dos seus aliados, o PCdoB, já se movimenta nos bastidores para sobreviver. Como a sua maior base é São Paulo, já flerta com o PSB, que governará o estado com a saída do Alckmin, para onde já migrou o ex-ministro Aldo Rebelo, titular de várias pastas na administração petista.

É assim que o Lula vai tentar atravessar a tempestade que se aproxima. Não mais com aquele boeing poderoso que ele comprou com o nosso dinheiro para fazer tour ao exterior. Mas a bordo de um teco-teco levando pelo menos duas pessoas na apertada cabine: a carismática Dilma e um padre bom de reza para garantir o destino final de cada viagem da modesta aeronave.


09 de dezembro de 2017
Jorge Oliveira

COMANDO DO EXÉRCITO PUNE GENERAL QUE ATACOU TEMER E PREGA GOLPE MILITAR

FICARÁ SEM FUNÇÃO POR DEFENDER GOLPE MILITAR E ATACAR TEMER

O GENERAL MOURÃO, REITERADAMENTE, TEM CRITICADO O GOVERNO AO QUAL É SUBORDINADO E PREGADO INTERVENÇÃO MILITAR NO BRASIL. (FOTO: BETO BARATA)

GENERAL EDUARDO VILLAS BÔAS.

O general Antonio Mourão, que recentemente provocou polêmica ao endossar a idéia de “intervenção militar”, e nesta quinta-feira (8) atacou o presidente Michel Temer durante palestra, provocou a antecipação de movimentação no alto-comando do Exército. Mourão perdeu a chefia da importante Secretaria de Economia e Finanças e virou “adido” junto à Secretaria Geral do Comando do Exército. A decisão foi do próprio comandante do Exército, general Eduardo Vilas Bôas, e já comunicada ao ministro Raul Jungmann (Defesa).

Na prática, Mourão ficará sem função: “adido” da Secretaria Geral do Exército equivale ao “Departamento de Escadas e Corredores (DEC)”, espécie de “limbo” para onde são enviados diplomatas punidos pelo Ministério das Relações Exteriores. Além de defender "intervenção militar", expressão amena para designar "golpe militar", Mourão colocou o general Villas Bôas em "saia justa" ao menos duas outras vezes.


O INFORMEX CONFIRMOU A MOVIMENTAÇÃO.

A substituição do general Mourão pelo general Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira foi registrada no "Informex", boletim que representa a palavra oficial do Exército Brasileiro, em nota assinada pelo general Otávio Santana do Rêgo Barros, chefe do Centro de Comunicação Social. A nota informa que essa "proposta de movimentações" será submedida a Jungmann e a Temer

Nesta quinta-feira (8), durante palestra em Brasília, Mourão voltou a colocar o governo e o comandante do Exército em “saia justa” ao atacar o presidente Michel Temer, acusado pelo militar de transformar o Palácio do Planalto num “balcão de negócios”, para manter-se no poder e, de quebra, defendeu a candidatura do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) à presidência da República e voltou a pregar “intervenção militar” como solução para a crise política no Brasil.

Em setembro, o general Mourão defendeu ao menos três vezes o golpe militar, que chama de “intervenção”, durante palestra na Loja Maçônica Grande Oriente, também em Brasília: “Ou as instituições solucionam o problema político, pela ação do Judiciário, retirando da vida pública esses elementos envolvidos em todos os ilícitos, ou então nós teremos que impor isso”. Na oacsião, o governo decidiu não punir o militar, que o faria “crescer”. No governo anterior, ele criticou Dilma Rousseff e perdeu o comando direto sobre tropas do Sul, passando a ocupar o cargo do qual agora foi afastado de secretário de Economia e Finanças do Comando do Exército.


09 de dezembro de 2017
diário do poder

NÃO HAVERÁ INTERVENÇÃO, OU AGORA SERÁ A HORA? TEMER EXONERA MOURÃO QUE PODERÁ SER PRESO

TEMER EXPULSA MOURÃO DO EXÉRCITO!

LULA DEVE DESCULPAS AO RIO, POR TER AJUDADO A ELEGER CABRAL E GAROTINHO

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Lula em Maricá, onde o PT elegeu seu único prefeito 
O palanque aceita quase tudo, mas Lula está abusando. Em caravana pelo Rio de Janeiro, o ex-presidente passou a culpar a Lava Jato pela falência do Estado. Na quarta-feira, ele disse que o povo fluminense “não merece o que está passando”. Isso é uma obviedade, o problema veio na frase seguinte. “A Lava Jato não podia fazer o que está fazendo com o Rio”, afirmou.
O ex-presidente sustentou que a investigação dos desvios na Petrobras seria responsável pela crise na estatal. “Por causa de meia dúzia que eles dizem que roubaram e ainda não provaram, não podem causar o prejuízo que estão causando”, disse.
PILHAGEM – Se a tese fosse verdadeira, seria melhor deixar que a turma continuasse roubando à vontade. Além de interromper a pilhagem, a Lava Jato já devolveu R$ 1,4 bilhão à empresa.
Nesta quinta-feira, Lula lamentou as prisões de Sérgio Cabral e Anthony Garotinho. “O Rio não merece ter governadores presos porque roubaram”, afirmou. Mais uma vez, o problema veio depois. “Eu nem sei se isso é verdade, porque não acredito em tudo o que a imprensa fala”, disse.
A esta altura, é mais fácil encontrar um torcedor do São Cristóvão Futebol e Regatas do que um carioca que acredite na inocência de Cabral. O peemedebista já foi condenado três vezes por corrupção, e suas penas somam 72 anos de cadeia.
FOGUETÓRIO – Quando a Polícia Federal transferiu Cabral do Leblon para Bangu, houve foguetório nas ruas. No mês passado, servidores com salários atrasados distribuíram bolo e salgadinho para festejar o aniversário da prisão.
Lula disputou cinco eleições presidenciais e venceu quatro delas no Rio. Antes de começar a sexta, ele deveria pedir desculpas por ter feito campanha para Garotinho e Cabral.
No ano passado, o PT foi praticamente dizimado no Estado. O partido governava dez municípios e só conseguiu vencer em Maricá, onde Lula esteve na quarta-feira. Antes do comício, a prefeitura recrutou funcionários para ajudar a encher a praça.

09 de dezembro de 2017
Bernardo Mello Franco
Folha

NOTA AO PÉ DO TEXTO

Lula deve desculpas ao RJ?? Ele deve responder pelo crime de cumplicidade!!!
m.americo

GENERAL MOURÃO REVELA APOIAR BOLSONARO E VOLTA A FALAR EM INTERVENÇÃO MILITAR


Mourão defende uma intervenção na ‘legalidade’
O general do Exército Antonio Hamilton Mourão, que em setembro sugeriu que pode haver intervenção militar no Brasil se o Judiciário não conseguir resolver “o problema político”, voltou a falar nesta quinta-feira (7) sobre a possibilidade de atuação das Forças Armadas caso haja uma situação de “caos” no país. O militar comentou a situação brasileira para uma plateia no Clube do Exército, em Brasília, a convite do grupo Ternuma (Terrorismo Nunca Mais). Sua palestra, com o tema “Uma visão daquilo que me cerca”, reuniu críticas aos governos Lula e Dilma Rousseff (ambos do PT) e também a Michel Temer (do PMDB).
“Não há dúvida que atualmente nós estamos vivendo a famosa ‘Sarneyzação’. Nosso atual presidente [Michel Temer] vai aos trancos e barrancos, buscando se equilibrar, e, mediante o balcão de negócios, chegar ao final de seu mandato”, afirmou ele.
INTERVENÇÃO – Sobre a possibilidade de intervenção, Mourão repetiu o raciocínio que gerou repercussão há três meses, dizendo que a instituição poderia ter o papel de “elemento moderador e pacificador”, agindo “dentro da legalidade”.
Segundo ele, o Exército tem como missão defender a pátria e possui a democracia e a paz social como valores supremos.
“Se o caos for ser instalado no país… E o que a gente chama de caos? Não houver mais um ordenamento correto, as forças institucionais não se entenderem, terá que haver um elemento moderador e pacificador nesse momento […]. Mantendo a estabilidade do país e não mergulhando o país na anarquia. Agindo dentro da legalidade, ou seja, dentro dos preceitos constitucionais, e usando a legitimidade que nos é dada pela população brasileira”, disse.
As Forças Armadas, de acordo com ele, estão atentas “para cumprir a missão” que cabe a elas. “Mas por enquanto nós consideramos que as instituições têm que buscar fazer a sua parte.”
CRISE PSICOSSOCIAL – Ao abrir sua fala nesta quinta-feira, o militar disse que faria uma análise de conjuntura e que apresentaria ali sua opinião dos fatos. Ele discorreu sobre a crise política, econômica e de valores (que ele chamou de crise “psicossocial”) no Brasil, fazendo comparações com outros momentos históricos e países.
Numa referência às descobertas da Operação Lava Jato, o oficial disse que ter “as grandes empreiteiras praticamente se assenhorando do Estado” foi um exemplo de quando corporações desafiam os Estados nacionais.
Para Mourão, catástrofes ambientais e climáticas “passaram a nos assolar também”. “Aqui havia aquele velho ditado: não teríamos enchentes nem furacões. Teríamos apenas um povinho meio complicado. Agora temos enchentes, furacões, e o povinho continua aí.”
POLÍTICA ECONÔMICA – Ele também atacou a política econômica dos anos do governo do PT, citando iniciativas como a ampliação do crédito e o programa de desonerações. Segundo ele, Lula, no segundo mandato, “sobrevivente ao mensalão, ele achou que podia tudo”. “E as comportas foram abertas do lado da incompetência, da má gestão e da corrupção.”
A polícia, afirmou, “vive o pior dos mundos”. “Porque, se ela atua em força contra o bandido, ela é estigmatizada pela imprensa. E, se ela cruza os braços, ela é omissa”.
Em outro momento, com tom de voz indicando ironia, o general afirmou: “A nossa infraestrutura logística, a maior parte dela, foi montada durante o período da cruel ditadura militar, aquela insana ditadura, né?”. E concluiu: “De lá para cá praticamente nada foi feito [em infraestrutura]”.
Aclamação – Mourão foi aplaudido sem parar durante um minuto, após falar por cerca de 45. Depois, ao longo de aproximadamente 50 minutos, ele respondeu a perguntas da plateia.
Diante de pedidos para se candidatar, o oficial respondeu: “Eu apenas digo uma coisa: não há portas fechadas na minha vida”. O militar disse que seu domicílio eleitoral é em Brasília e que passará para a reserva em 31 de março do ano que vem. Depois disso, deverá morar no Rio de Janeiro.
Militares da ativa são impedidos de participar de atividades político-partidárias. Para Mourão, a obrigação de se licenciar para concorrer a cargo eletivo é “saudável”.
VETO A LULA – Ele disse ter fé de que a Justiça irá brecar a candidatura do ex-presidente Lula em 2018 — o petista foi condenado pelo juiz Sergio Moro no caso do tríplex de Guarujá (SP) e pode ter a candidatura inviabilizada se a segunda instância confirmar a decisão.
Questionado sobre o presidenciável Jair Bolsonaro (PSC-RJ), que é militar da reserva do Exército, Mourão afirmou que o deputado federal “é um homem que não tem telhado de vidro, não esteve metido nessas falcatruas e confusões”. E acrescentou: “Ele terá que se cercar de uma equipe competente. […] Obviamente, nós, seus companheiros, dentro das Forças, olhamos com muito bons olhos a candidatura do deputado Bolsonaro.”
Ao fim do evento, o palestrante foi tietado por pessoas da plateia — muitas delas militares e familiares — e posou para fotos. Uma das presentes, destacou o general ao microfone no início de sua fala, era Joseita Ustra. Viúva do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra (um dos símbolos da repressão durante o regime militar), ela foi descrita pelo palestrante como “uma lutadora, uma grande mulher”.
NOTA DO EXÉRCITO – O comando do Exército, por meio de nota enviada à Folha, disse que “as declarações emitidas estão sendo objeto de análise pelo Comando da Força”. O relato da palestra foi antecipado pelo jornal “Gazeta do Povo”.
Em setembro, o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, afirmou que o subordinado não receberia punição pelas afirmações da época. Hoje secretário de economia e finanças da Força, em 2015 Mourão foi exonerado do Comando Militar do Sul, em Porto Alegre, e transferido para Brasília após fazer críticas ao governo de Dilma Rousseff.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– Se desta vez o general Mourão não for punido, é melhor o comandante do Exército deixar logo a ativa e ir cuidar da vida. Vamos voltar ao assunto. (C.N.)


09 de dezembro de 2017
Deu na Folha

PIADA DO ANO! ADVOGADOS DIZEM QUE PRISÃO EM 2a. INSTÂNCIA VIOLA DIREITOS HUMANOS


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O Iasp (Instituto dos Advogados de São Paulo) afirmou que a prisão após segunda instância, ou seja, antes de se esgotarem todos os recursos possíveis da defesa, é um ato inconstitucional e que viola os direitos humanos.
Em 2016, o STF (Supremo Tribunal Federal) mudou entendimento do próprio tribunal e decidiu que a pena poderia começar a ser cumprida depois que um tribunal referendasse a primeira decisão. À época, a maioria dos ministros alegou que a mudança combate a ideia de morosidade da Justiça, uma vez que as múltiplas possibilidades de recursos podiam estimular a impunidade.
CONSTITUIÇÃO – De acordo com parecer divulgado pelo Iasp, não se trata, porém, de “fechar os olhos para os direitos das vítimas” ou para os “anseios da sociedade pelo fim da impunidade”.
“Constata-se [na decisão do STF] flagrante violação aos direitos humanos diante da decisão que, com força vinculante em todo o país, impõe aos réus o cumprimento da pena antes do trânsito em julgado, em aberta violação a expresso texto da Constituição”, diz trecho do parecer.
Segundo o instituto, o Estado não pode acelerar o trânsito em julgado das sentenças, uma vez que há risco de se ferir direitos e garantias individuais.
SEM UNANIMIDADE – “Poderá ocorrer, inclusive, desta decisão em segunda instância não ser unânime, o que parece ainda mais distante a noção de justo processo diante do cumprimento antecipado da pena”, diz o Iasp.
À Folha, o presidente do Iasp, José Horácio Halfeld Rezende Ribeiro, afirmou que, com esse entendimento, os réus dependem da sorte. Ele citou um estudo realizado pela Associação Brasileira de Jurimetria com apoio do Iasp que mostrou que as chances de um recurso ser aceito pelo Tribunal de Justiça de São Paulo variam de acordo com a câmara criminal e com os desembargadores que vão julgá-lo.
De acordo com o estudo, publicado em 2015, a taxa de rejeição de recursos no Tribunal de Justiça de São Paulo variava de 16% (na 12ª Câmara Criminal) a 81% (na 4ª Câmara Criminal, a mais “dura” de todas).
DESUMANIDADE – “Tomar uma decisão que tem impacto de levar milhares de pessoas a cumprir pena sendo que estaticamente existe uma reversão desse julgado é desumano, principalmente considerando o caos do sistema carcerário do país”, diz Ribeiro. “O STF não toma essa decisão baseado na realidade do que acontece em relação aos processos”.
No parecer, o Iasp cita a Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948, que afirma que “toda pessoa acusada de um ato delituoso tem o direito de ser presumida inocente até que a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei”. O texto lembra também de ações movidas pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e pelo PEN (Partido Ecológico Nacional) que questionavam a legalidade da prisão nessas circunstâncias.
“Resta saber o que fazer diante de uma decisão inconstitucional proferida pelo guardião da Constituição”, afirma o Iasp no parecer. “Todos têm direito constitucional e direito ao devido processo legal, que não pode ser entendido como um processo pela metade”, diz Ribeiro, que ressalta que certa ou errada, a decisão do Supremo deve ser acatada.
INELEGIBILIDADE – A questão pode esbarrar em uma eventual candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na eleição de 2018. Pré-candidato ao Planalto, ele foi condenado em julho em primeira instância na Lava Jato e recorreu.
No início de novembro, o juiz federal João Pedro Gebran Neto, relator da Lava Jato na segunda instância, concluiu seu voto sobre o caso. Esta é a primeira etapa dentro do tribunal para dar andamento aos trâmites do recurso antes que o julgamento seja marcado. Ainda não há data para os desembargadores analisarem o caso, que pode tornar Lula inelegível.
Mesmo que o tribunal mantenha a condenação de Lula, o ex-presidente pode recorrer aos tribunais superiores e pedir liminar para suspender os efeitos da condenação e da inelegibilidade.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Os advogados são suspeitos para se manifestar, porque o interesse deles é faturar, recebendo honorários para deixar o criminoso fora da cadeia. Diz o velho ditado: “Quando dois brigam, quem lucra são os advogados”. Quanto aos ilusórios “recursos” de Lula, a reportagem pegou carona numa analogia que não tem nada a ver. O texto falava de abacate e de repente começou a falar em abacaxi, sem a menor justificativa. (C.N.)


09 de dezembro de 2017