Cerca de 77% dos quase 800 entrevistados responderam que desconfiam da mídia tradicional (TVs e jornais impressos), um aumento significativo dos já altos 63% que se declararam céticos há um ano atrás. Desses, 31%acreditam que as fake news ocorrem regularmente na grande mídia; enquanto 46% acreditam que ocorre de forma mais ocasional.
83% dos entrevistados acredita que as fake news são implantadas na grande mídia intencionalmente por certos grupos. Um número ainda maior, cerca de 87%, acredita que esses mesmos grupos são responsáveis por influenciar as mídias sociais como Facebook e YouTube.
A desconfiança dos entrevistados não se mostra atrelada a filiação partidária, embora existam diferenças entre republicanos e democratas. Enquanto republicanos estão em sua maioria convencidos das más intenções da mídia tradicional, com efusivos 89% de desconfiança nos noticiários das grandes redes de notícias, agora, 61% dos democratas têm a mesma desconfiança (número que aumentou consideravelmente, pois no ano anterior era 43%). Os não afiliados a nenhum partido mantém um nível saudável de ceticismo. No ano passado esses eram 66%, e neste ano o percentual aumentou para 82%.
A definição do que é uma “fake news” varia, no entanto. Enquanto 65% dos americanos classifica como “fake news” qualquer coisa desde uma imprecisão de informação até um escolha editorial sobre o que noticiar ou não noticiar, 25% acreditam que para uma informação ser considerada “fake news” ela tem que ser factualmente mentirosa.
O Presidente Donald Trump vem alertando os americanos a desconfiar da grande mídia desde sua campanha.
Em seu último comentário no Twitter, Trump ridicularizou a mídia sobre o fracasso da Sinclair Broadcasting: “É tão engraçado ver a Fake News Networks, entre os grupos mais desonestos com quem já lidei, criticar a Sinclair Broadcasting por ser tendenciosa”, disse ele. “Sinclair é muito superior à CNN e ainda mais à Fake NBC, que é uma completa piada”.
25 de janeiro de 2019
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