"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

DOCUMENTÁRIO: CORÉIA DO NORTE - O PREÇO DA LIBERDADE

CORÉIA DO NORTE DESCOBERTA - DOCUMENTÁRIO BBC

O TERROR DE VIVER NA CORÉIA DO NORTE

VÍDEO-ENTREVISTA: EX-EMBAIXADOR DO BRASIL NA CORÉIA DO NORTE 2

VIDEO-ENTREVISTA: EX-EMBAIXADOR DO BRASIL NA CORÉIA DO NORTE - 1

A LONGA LUTA DOS NORTE-COREANOS POR LIBERDADE

CORÉIA DO NORTE: O HORROR EM PRISÕES NORTE-COREANAS

PLANTÃO DO JORNAL NACIONAL URGENTE!

CONHEÇA A HISTÓRIA DA ORIGEM DO ESTADO ISLÂMICO E SUAS TÁTICAS E ESTRATÉGIAS DE DOMINAÇÃO

ASSISTA ESSE VÍDEO HOJE SE PUDER - GARANTO QUE VALE A PENA


01 de agosto de 2016
postado por m.americo

MPF DENUNCIA EX-MINISTRO DE LULA E DILMA POR ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA, CORRUPÇÃO E LAVAGEM

PAULO BENRRADO E MAIS 19 SÃO ACUSADOS DE DESVIAR R$102 MILHÕES


O GRUPO É ACUSADO DE MONTAR UMA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA NO MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO. (FOTO: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO)


O Ministério Público Federal, em São Paulo, denunciou o ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo (Governo Lula) e mais 19 investigados. O grupo é acusado de montar uma organização criminosa no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão entre 2009 e 2015, responsável por lavagem de dinheiro e pagamento de propinas para o PT e diversos agentes públicos e privados, que superam os R$ 100 milhões.

O sistema de pagamento de propina, segundo a Procuradoria da República, envolveu a celebração de um Acordo de Cooperação Técnica entre a Pasta e duas entidades representativas de instituições financeiras, a Associação Brasileira de Bancos e o Sindicato Nacional das Entidades Abertas de Previdência Complementar para a contratação da empresa Consist em 2010.

O esquema de propina funcionou até 2015 e custou cerca de 70% do faturamento líquido da empresa, que criou um software para a gestão dos empréstimos consignados de servidores do Poder Executivo Federal.

Foram oferecidas três denúncias pela Procuradoria, que resultam da Operação Custo Brasl, deflagrada em 23 de junho, desdobramento das fases 17 e 18 (Pixuleco 1 e 2) da Operação Lava Jato. As denúncias são de autoria dos procuradores da República Andrey Borges de Mendonça, Rodrigo de Grandis, Sílvio Luís Martins de Oliveira e Vicente Solari de Moraes Rego Mandetta da força-tarefa da Custo Brasil.

A primeira e a mais ampla denúncia trata dos crimes de organização criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e obstrução da investigação. Essa acusação abarca Paulo Bernardo e mais 12 investigados e trata dos fatos relacionados à organização criminosa que, segundo a força-tarefa, foi criada em torno do contrato da empresa Consist no âmbito do Ministério do Planejamento.

Na Pasta, afirma a Procuradoria, o esquema envolvia o pagamento de propinas para agentes públicos diretamente implicados com a estruturação do Acordo de Cooperação Técnica e sua manutenção.

A propina, de acordo com a denúncia, era paga para que a Consist fosse mantida como a prestadora do serviço. Neste bloco de agentes públicos, além de Paulo Bernardo, a denúncia alcança Nelson Luiz Oliveira Freitas – que está preso -, diretor do departamento de administração de sistemas de informação.

O esquema também envolvia diretamente Duvanier Paiva, secretário de Recursos Humanos, que morreu em janeiro de 2012.



01 de agosto de 2016
diário do poder

COMISSÃO DO IMPEACHMENT RETOMA OS TRABALHOS E DILMA NÃO TEM CHANCES

Charge do Nani (nanihumor.com)


Com um cenário praticamente definido, a Comissão Especial do Impeachment retoma os trabalhos nesta semana para analisar o relatório final do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), favorável à cassação do mandato da presidente afastada, Dilma Rousseff. Ele apresentará o documento nesta terça (2), mesmo dia em que os cinco senadores aliados da petista, dentre os 21 titulares da comissão, prometem entregar também um voto em separado, mais político do que jurídico, apontando os equívocos que, de acordo com eles, foram cometidos no processo.

Os dois documentos serão discutidos no dia seguinte e votados na quinta (4), mas tendo em vista a composição da comissão, a derrota de Dilma nessa fase é dada como certa no colegiado.

Ainda na terça, o grupo de defesa da petista também tentará aprovar a ida à comissão do procurador do Ministério Público Federal no Distrito Federal, Ivan Cláudio Marx. Ele arquivou um procedimento criminal contra a presidente afastada, no início de julho, por entender que as pedaladas fiscais do governo Dilma não configuram crime de responsabilidade.

SEM CHANCES – A questão, no entanto, não deve avançar porque há um entendimento de que a fase de instrução do processo de impeachment, em que testemunhas e especialistas poderiam ser ouvidos, já acabou. Além disso, o grupo não tem força política para aprovar o pedido.

Na sexta (6), o relatório de Anastasia será lido no plenário do Senado e, no dia 9 de agosto, os senadores votarão o documento. Esta fase prévia é chamada de pronúncia do réu, que é quando os senadores analisarão se há elementos que justifiquem o julgamento final do impedimento. Esta fase será conduzida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski.

Nesta votação, são necessários apenas 41 votos, dentre os 81 senadores, para que o processo continue. Se a votação for inferior a isso, o processo será encerrado e Dilma voltará ao governo.

PERTO DO FIM – Parlamentares veem esta etapa como a demonstração do que será o cenário final. Ou seja, se mais de 54 senadores votarem a favor, consideram que o caso estará liquidado no fim do mês. Este é o mínimo de votos necessários para o impeachment. A expectativa é a de que o julgamento final comece na penúltima semana do mês, a partir de 22 de agosto, e dure cerca de cinco dias.

Apesar das ofensivas da presidente e de seus aliados mais próximos, como seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, para convencer indecisos a ajudar no retorno da petista, até mesmo os parlamentares que a defendem admitem que o cenário é praticamente irreversível.

Isso porque consideram que as alternativas propostas, como a realização de novas eleições, já não têm um apelo entre os senadores a ponto de convencê-los, muito em parte porque consideram que o país não pode passar por mais uma forte turbulência política e econômica.


01 de agosto de 2016
Mariana Haubert
Folha

MORO MANDA SOLTAR MONICA E JOÃO SANTANA, COM ALTOS VALORES FIXADOS PARA FIANÇA

Charge do Mariano, reprodução da Charge Online


O juiz Sergio Moro determinou na manhã desta segunda-feira (1º) a soltura da empresária Mônica Moura, mulher do marqueteiro João Santana, mediante uma fiança de R$ 28 milhões. Moro também estabeleceu que, para o publicitário sair da cadeia, terá que pagar cerca de R$ 2,7 milhões. Os advogados dela confirmam a decisão. O casal foi preso em fevereiro.

O valor da fiança que Mônica terá que pagar já havia sido bloqueado pela Justiça. Ela não poderá sair do país nem se encontrar com outros investigados.

O publicitário também pode ser solto nos próximos dias, caso os advogados apresentem petição neste sentido. O valor da fiança a ser paga por ele é correspondente aos “valores bloqueados em suas contas correntes”, segundo a decisão de Moro.

Segundo Fabio Tofic Simantob, advogado de Mônica e de Santana, a defesa comemora. “Depois do interrogatório deles e do operador Zwi Skornicki, isentando-os de corrupção, não faria mais sentido mantê-los presos”, afirma.

DELAÇÃO PREMIADA

O juiz considerou que a prisão não era mais “absolutamente necessária”, já que a fase de instrução do processo está no fim e o casal está disposto a “esclarecer os fatos”. Eles estão negociando acordo de delação premiada com a Justiça.

Moro também considerou que a situação do casal difere da de operadores profissionais de lavagem de dinheiro, empreiteiros corruptores, agentes de estatais e políticos beneficiários de caixa dois.

Ressaltou, no entanto, que isso não minimiza a gravidade da conduta de ambos que está sendo investigada. (matéria enviada pelo comentarista Virgilio Tamberlini)


01 de agosto de 2016
Mônica Bergamo
Folha

PRINCIPAL LIDERANÇA DO PAÍS,LULA VAI ESGOTANDO SUAS POSSIBILIDADES PARA 2018



Charge do Jota A, reprodução do Portal O Dia


A “fonte” é quente: o que já saiu não é nada leve, mas as denúncias “mais pesadas” contra o ex-presidente Lula ainda estão por vir. É por isso que Lula e seus advogados se antecipam, em busca de uma duvidosa proteção no Comitê de Direitos Humanos da ONU. No ambiente político, a sensação é de que foi um ato de desespero, indicando que Lula sabe que pode ser preso e estaria aplainando terreno para um futuro pedido de asilo político.

Obstrução de Justiça ao tentar evitar delações premiadas contra amigos e contra si, ocultação de patrimônio no caso do sítio e do triplex, suspeita de palestras fictícias para empreiteiras, envolvimento do filho na Zelotes… tudo isso, que já não é pouco, é apenas parte da história. Os investigadores estão comendo o mingau pelas bordas, até chegar ao centro, fervendo.

No centro, podem estar as perigosas relações de Lula com o exterior, particularmente com Portugal, Angola, Cuba e países vizinhos. E o calor vem da suspeita – com a qual a força-tarefa da Lava Jato trabalha – de que Lula seja o cérebro, ou o chefe da “organização criminosa”. No mensalão, ele passou ao largo e José Dirceu aguentou o tranco. No petrolão, pode não ter a mesma sorte – nem escudo.

PRIMEIRO PROCESSO – Lula tornou-se réu pela primeira vez, na sexta-feira, pelo menor dos seus problemas com a Justiça: a suposta tentativa de evitar a delação premiada do ex-diretor da Petrobrás Nestor Cerveró, para que ele não abrisse o bico sobre as peripécias de seu amigo José Carlos Bumlai. Peripécias essas que seriam para atender a interesses, conveniências e possivelmente pedidos de Lula.

Digamos que tentar obstruir a Justiça é um “crime menor”, quando Lula é suspeito de ter ganho fortunas e viver à custa de empreiteiras, numa rede de propinas, de toma lá, dá cá. Menor, mas impregnado de simbologia e de força política.

Os fatos embolaram-se de quinta para sexta-feira, num ritmo de tirar o fôlego. Lula entra com a petição no Comitê da ONU, acusando o juiz Sérgio Moro de “abuso de poder” e “falta de imparcialidade”. Ato contínuo, sai o laudo da PF mostrando, até com detalhes constrangedores, como o ainda presidente e Marisa Letícia negociaram cada detalhe da reforma de um sítio que juram não ser deles e cujo dono oficial é um íntimo amigo que não tem renda para tal patrimônio. E, já no dia seguinte, explode a decisão da Justiça Federal do DF tornando Lula réu.

MAIS UM FACTÓIDE – O efeito prático da petição à ONU é remoto, ou nenhum. O comitê tem 500 casos, só se reúne três vezes por ano e está esmagado por guerras, atentados que matam dezenas e golpes de Estado sangrentos. Além disso, só acata pedidos semelhantes quando todas as instâncias se esgotaram no país de origem e Lula ainda está às voltas com a primeira instância. Conclusão: a ação é mais política do que jurídica.

Já o laudo da PF é minucioso e bem documentado, criando uma dificuldade adicional para Lula: ele é suspeito de mentir sobre suas propriedades não apenas em seu depoimento às autoridades, mas à própria opinião pública. Difícil acreditar que não é dono do sítio que frequenta regularmente com a família, que recebeu uma reforma feita ao gosto do casal, que abriga os barcos para os netos e parte da mudança do Alvorada após o governo. Se mentiu, por que mentiu?

Mais: Lula atacou Moro na ONU, mas se torna réu por um outro juiz, a muitos quilômetros de Curitiba. Vai alegar que há um complô dos juízes brasileiros contra ele? Porque são todos “de direita”? Ou são todos “tucanos”? Lula parece dar murro em ponta de faca, sem argumentos concretos para se defender e esgotando suas possibilidades não só de disputar em 2018, mas de liderar uma grande e saudável renovação da esquerda brasileira. “Cansei”, reagiu. Mas, se a “fonte” estiver correta, o “mais pesado” ainda vem por aí.


01 de agosto de 2018
Eliane Cantanhêde
Estadão