"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 5 de outubro de 2013

DELTA É SUSPEITA DE REPASSAR R$ 327 MI A FIRMAS DE FACHADA

Investigação da Polícia Federal estima que a construtora tenha desviado R$ 360 mi de contratos com poder público
 
Empresa diz ter sido 'surpreendida' pela operação da PF e afirma colaborar 'de forma plena' com investigação

 
Alvo de investigação da Polícia Federal, a Delta Construções é suspeita de ter repassado ao menos R$ 327 milhões a 16 empresas de fachada de São Paulo e cinco de Goiás.
 
A polícia tenta descobrir de quais obras esses recursos foram desviados e quem são os beneficiários finais do esquema. Estima-se que a construtora tenha desviado cerca de R$ 360 milhões de contratos com o poder público.
 
Apesar de ainda estar rastreando o caminho do dinheiro, a PF afirma que o braço paulista do chamado "laranjal da Delta" foi responsável pela movimentação de R$ 265 milhões --o equivalente a 80% dos recursos já identificados que foram repassados pela construtora a empresas que só existem no papel.
 
Entre as beneficiárias de fachada listadas pela PF há 16 empresas na capital paulista e na Grande SP que receberam de R$ 397 mil a até R$ 46,4 milhões da Delta, classificada de "holding" do crime pelos investigadores.
 
"Toda a investigação realizada até o momento demonstra que nenhuma das empresas acima mencionadas, seja em Goiás, seja em SP, possui atividades (...); têm como única função gerenciamento de contas bancárias e movimentação de valores pecuniários oriundos da Delta Construções Ltda., que, por sua vez, os obtém via de regra por meio de contratos com entes públicos", diz a decisão da Justiça Federal do Rio que autorizou a Operação Saqueador, deflagrada na terça pela PF.
 
No papel, as empresas paulistas atuam na área de de terraplanagem, engenharia e promoção de eventos e estão ligadas direta ou indiretamente aos empresários Adir Assad e Marcello Abbud.
 
Em Goiás, elas estão ligadas ao empresário Carlinhos Cachoeira, cujos negócios suspeitos foram alvo de uma CPI no Congresso que terminou sem indiciar ninguém.
 
As investigações apontam ainda indícios de crimes tributários e lavagem de dinheiro envolvendo as empresas --a maioria funciona em casas e terrenos baldios.
 
Procurado, Assad preferiu não falar sobre a operação; Abbud não ligou de volta.
 
Questionada via assessoria, a Delta não explicou qual a relação da empresa com Assad e Abbud nem esclareceu por que fez repasses a empresas que a polícia diz serem de fachada. Tampouco informou se essas empresas prestaram algum tipo de serviço.
 
Em nota, a construtora afirmou que "foi surpreendida pela operação policial de busca e apreensão (...), uma vez que encontra-se em recuperação judicial, homologada em janeiro de 2013". A Delta diz estar prestando todos os esclarecimentos às autoridades e colaborando "de forma plena" com a investigação.

05 de outubro de 2013
FERNANDA ODILLA - Folha de São Paulo

BANDALHEIRA LULISTA: TURISMO ENGAVETOU CONTRATOS IRREGULARES DE R$ 44 MILHÕES

Turismo engavetou contratos irregulares de R$ 44 milhões.  Pente-fino identificou falhas em 160 convênios firmados desde 2002
 
 
 

O Ministério do Turismo constatou irregularidades na aplicação de R$ 44 milhões repassados a prefeituras, governos estaduais e entidades privadas. O dinheiro foi transferido em 160 convênios cujas prestações de contas estavam engavetadas, parte delas à espera de providências burocráticas, como a anexação dos comprovantes de que gestores acusados de desvios foram notificados pelo correio. Na última segunda-feira, o ministério criou uma força-tarefa para concluir a análise de 2,8 mil processos nessa situação.
 
A maior parte das 160 prestações de contas já examinadas diz respeito a shows, festas e eventos bancados pelo Ministério do Turismo, desde 2002. A primeira análise desses convênios tinha detectado indícios de fraudes. Havia até recomendação de abertura de tomada de contas especial, que é o procedimento de controle interno destinado a aferir o tamanho do desvio e identificar os responsáveis. Mas até agora essa investigação não tinha sido deflagrada.
 
De acordo com o ministério, os 160 convênios foram firmados com oito governos estaduais, 82 prefeituras e 52 entidades privadas, muitas delas organizações não governamentais.
 
— Eram processos que estavam rodando em ‘loop’. Agora colocamos tudo numa linha de montagem — diz o secretário-executivo da pasta, Sergio Braune, que está à frente da equipe.
 
Foram detectados problemas variados. Uma das prestações de contas contém foto que, segundo o ministério, teria sido adulterada para simular a existência de um telão. O ministério desconfia que o referido evento não contou com telão no palco, apesar do repasse para aluguel desse tipo de equipamento. Banheiros químicos em número menor do que o previsto e venda de ingressos — o que é proibido em festas custeadas pelo governo — foram outras irregularidades constatadas. Outro caso que chamou a atenção foi uma festividade cuja verba de divulgação prévia teria sido gasta somente na data do evento.
 
Um dos obstáculos para a conclusão das análises é a falta do chamado AR (aviso de recebimento) — um pedaço de papel emitido pelos Correios para confirmar que o destinatário da intimação recebeu a carta. Braune lembra que as prestações de contas não podem ser encerradas se não tiverem os devidos ARs.
 
A força-tarefa reúne 12 servidores e tem prazo de 90 dias para concluir o pente-fino. Casos com indícios de desvios darão origem a tomadas de contas, podendo seguir para o Tribunal de Contas da União e o Ministério Público. Processos sem irregularidades serão arquivados em caráter definitivo.
 
O grupo trabalha em duas salas de reunião, onde pilhas de processos são examinadas e agrupadas.
 
O ministro Gastão Vieira diz que o objetivo é zerar o arquivo, reduzindo os prazos de análise de novas prestações. Ele conta que pôs fim aos repasses para contratação de artistas no ano passado. ONGs e entidades do gênero também não recebem mais verbas nesse tipo de convênio.
 
— Cortei o mal pela raiz. Não tinha critério. O cantor fazia show numa cidade por R$ 20 mil, noutra por R$ 60 mi e numa terceira por R$ 2 mil — diz o ministro.
 
Segundo ele, a pasta está agora mais seletiva nos convênios para eventos, priorizando obras de infraestrutura e restringindo os repasses a festas juninas e eventos religiosos.
 
— Hoje fazemos chamada pública. O ministério diz que tem tantos milhões de reais para apoiar eventos e quem quiser se inscreve. Isso diminuiu em quase 90% os recursos que vão para esse tipo de atividade — diz Vieira.
 
No início do ano que vem, o Ministério do Turismo deverá realizar concursos para 44 servidores de nível superior. Vieira considera que a falta de pessoal está por trás da demora nas análises de contas. Em 2012, 55 servidores deixaram a pasta. Em 2013, mais 35.
 
— Como temos pouca gente, há uma lentidão enorme. É uma coisa que não posso sair daqui sem resolver — diz o ministro, que deixará o governo até abril do ano que vem para disputar as eleições de 2014.

05 de outubro de 2013
Demétrio Weber - O Globo

JOÃO SANTANA, O "GOEBBELS" DA DUPLA LULA-DILMA, E O VALE TUDO PARA MANTER O PODER

João Santana, o homem que elegeu seis presidentes.  A trajetória e os números impressionantes do marqueteiro em quem Dilma Rousseff aposta para se reeleger em 2014


"A Dilma vai ganhar no primeiro turno, em 2014, porque ocorrerá uma antropofagia de anões. Eles vão se comer, lá embaixo, e ela, sobranceira, vai planar no Olimpo.”

A previsão é do marqueteiro João Santana, o número um do PT, do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, e da presidente da República, Dilma Rousseff – a “selvagem da motocicleta”, como divertidamente a chamou em uma das duas entrevistas que concedeu a ÉPOCA.

Os “anões”, diz Santana, são os candidatos Marina Silva, Aécio Neves, Eduardo Campos e, pelas contas dele, José Serra. “O que menos crescerá, ao contrário do que ele próprio pensa, é justamente Eduardo Campos”, disse.


Santana faz parte, como consultor político informal de Dilma, da meia dúzia de assessores que ela ouve mais, conhecida como “núcleo duro” do governo.

Além dele, formam o time os ministros Aloizio Mercadante (Educação), José Eduardo Cardozo (Justiça), Fernando Pimentel (Desenvolvimento), o ex-ministro Franklin Martins e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Deles, o único que não é ou foi ministro nem presidente da República é Santana. Ele compara Lula a Dilma da seguinte forma: “Lula é vulcão. Dilma é raio laser”.
 
E se autodefine assim: “Sou um dos últimos socialistas românticos e um dos primeiros socialistas cibernéticos – ao mesmo tempo utópico e descrente; ao mesmo tempo sério e debochado”.

Faz uma profecia para o Brasil: “Aqui ocorrerão, neste século, as grandes tramas neopolíticas, neoestéticas e ciberétnicas. Gosto muito da definição espiritua­lista, de que o Brasil é o laboratório do espírito santo”.

AUTODEFINIÇÃO O marqueteiro João Santana em seu escritório, em São Paulo. “Sou um dos últimos socialistas românticos e um dos primeiros socialistas cibernéticos” (Foto: Mauricio Lima/The New York Times)



João Santana de Cerqueira Filho, baiano da cidade de Tucano (pois é...), tem 60 anos, é vovô de três netos, com o quarto a caminho, e coleciona feitos e números inusitados.
Como marqueteiro, já ajudou a eleger seis presidentes da República: Lula (reeleição, 2006), Mauricio Funes (El Salvador, 2009), Dilma Rousseff (2010), Danilo Medina (República Dominicana, 2012), José Eduardo dos Santos (Angola, 2012) e Hugo Chavez/Nicolás Maduro (Venezuela, 2012). É um recorde mundial. Vale lembrar que Lula foi reeleito depois do escândalo do mensalão.

O marqueteiro contou a ÉPOCA que foi ele quem convenceu o PT a lançar a quarta candidatura de Lula, no começo de 2001, momento em que até o próprio Lula não estava animado com a ideia. “Naquela época, o Duda (Mendonça, então sócio majoritário de Santana, com quem ele rompeu depois) defendia os nomes do Suplicy ou do Tarso Genro”, afirma. (Mendonça não quis dar entrevista a ÉPOCA.)
Santana pode chegar a sete presidentes eleitos, se confirmadas as pesquisas no Panamá. O candidato José Domingo Arias, seu cliente, está na liderança. As eleições serão em março de 2014. Santana está concentrado nesse trabalho. Viaja com frequência para a Cidade do Panamá, onde mantém uma equipe de 30 pessoas.
Sua empresa continua a dar assistência aos presidentes de Angola, El Salvador e República Dominicana.

Quanto Santana fatura com todo esse movimento? “São números confidenciais, que só interessam à empresa”, diz. Mas ele próprio já informou, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, que a campanha de Dilma Rousseff custou R$ 42 milhões – sem especificar os percentuais de despesa, a maior parte, e de lucro.
 
Os números disponíveis no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que a Pólis Propaganda e Marketing, sua empresa, recebeu, do PT nacional, R$ 13,7 milhões em 2006, R$ 9,8 milhões em 2008, R$ 42 milhões em 2010 e R$ 30 milhões em 2012. Um total de R$ 95,6 milhões. É o que há no TSE até 2012. Não existe TSE ou semelhantes para as campanhas internacionais.
 
De vez em quando, sai um número que Santana não confirma nem desmente, como os US$ 65 milhões de faturamento na campanha presidencial de Angola – aí incluídos os custos, a exemplo dos demais números citados.

No ano passado, com seis campanhas simultâneas, a Pólis empregou temporariamente um batalhão de 700 funcionários. Seus braços direito e esquerdo, na Pólis, além da sócia e mulher, Mônica Moura, são os marqueteiros Marcelo Kertész e Eduardo Costa.

05 de outubro de 2013
LUIZ MAKLOUF CARVALHO - Epoca
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"FESTIVAL DE INSENSATEZ"

O que causa mesmo inveja a um carioca são a segurança e a ordem nas ruas de Manhattan

  
Nova York não é meu sonho de cidade, talvez por falta de intimidade com a língua e com a paisagem, que me lembra Tom Jobim implicando com a altura dos prédios: “NY é para ser vista de maca”. Como cantou o grande Cole Porter, “I love Paris” — na primavera, no outono, no inverno, em “qualquer momento” (menos no verão, quando as duas ficam insuportáveis).
 
Mas reconheço que nenhuma outra metrópole dispõe de tanta oferta cultural quanto a capital do mundo (dizem que perde para Londres, que conheço pouco). Atualmente, há cerca de 30 espetáculos em cartaz na Broadway, ou seja, pode-se ver um por noite durante um mês. Na terra do fast-food, mais do que musicais, concertos, peças, óperas e exposições, só mesmo comida. Em cada quarteirão um bar, uma lanchonete, um restaurante.
 
Come-se dentro, mas também do lado de fora. O nova-iorquino ou está com a boca cheia ou falando ao celular — às vezes as duas coisas ao mesmo tempo. Come-se até sentado na fonte do Lincoln Center, enquanto se espera, por exemplo, a Filarmônica de NY acompanhar Yefim Bronfman ao piano no Concerto nº 1, de Tchaikovsky. Isso, por si só, valeu a viagem. Aliás, em termos de “valeu a viagem”, há também a magnífica mostra de Edward Hopper, sem falar na nova montagem de “Pippin”, cujas riquezas da coreografia e da expressão corporal dispensam o resto. Não é preciso entender, basta ver para se deslumbrar.
 
Mas o que causa mesmo inveja a um carioca são a segurança e a ordem da cidade. Andando nas últimas semanas pelas ruas de Manhattan, não tive um sobressalto, uma ameaça, não vi um avanço de sinal, não ouvi uma freada brusca, um buzinaço estridente. Isso deve acontecer, claro, mas como exceção. A comparação é tanto mais chocante quando você volta e encontra a Cinelândia, palco de eventos cívicos memoráveis, transformada em campo de batalha.
 
De um lado, a polícia usando todo tipo de truculência contra professores. Uma professora de História repete por e-mail o que ouviu dos policiais: “Vamos acabar com esses filhos da puta (...). O corpo estremecendo, os olhos lacrimejando e os ouvidos zunindo, já surda, deixei o cenário.
 
Cenário de guerra, arapuca de arame.” A vereadora Teresa Bergher (PSDB), indignada com a violência policial, resumiu: “Um dia negro para a democracia.” De outro lado, vândalos depredando e saqueando bens públicos e até bares tradicionais como o Amarelinho e o Vermelhinho. E, se não bastasse, xingando artistas na entrada de um festival de cinema. O próximo ato deve ser queimar livros em praça pública.
 
De parte a parte, uma marcha de insensatez que, pelo visto, deve continuar.

05 de outubro de 2013
zuenir ventura, O Globo

PARA AÉCIO, OBJETIVO MAIOR É JUNTAR FORÇAS PARA ENCERRAR "O CICLO PERVERSO" DO PT

De Nova Iorque, o tucano disse estar "gostando do jogo", apesar de achar que o PSDB tem as melhores propostas
BRASÍLIA — “Papo reto? Eu e ninguém esperávamos essa reviravolta”. Assim o presidente do PSDB e presidenciável, Aécio Neves(MG), reagiu ao anúncio da criação da chapa Eduardo Campos (PSB) e Marina Silva (Rede). De Nova Iorque, onde participa de um seminário com investidores estrangeiros, Aécio disse estar "gostando do jogo" e que, apesar de achar que o PSDB tem as melhores propostas e melhores palanques, ele tem que torcer para fortalecer a oposição para chegar lá na frente.
— Acho a novidade extremamente positiva. Quem comemorou a derrota da não criação da Rede é que tem que se preocupar. Cada vez mais as oposições colocam como objetivo maior se unir para encerrar o ciclo perverso do PT no Governo. Nós nos aproximamos nesse propósito do antagonismo a esse modelo que está aí — comentou Aécio Neves.
No PSDB, a avaliação é que, com a nova chapa, os quase 20 milhões de votos do capital eleitoral de Marina ficam na oposição, e não vai se dividir, como aconteceu em 2010, no segundo turno das eleições, onde seus votos foram para Dilma Rousseff e José Serra.
— Marina não sair e os votos dela migrarem para Dilma seria o pior dos mundos — disse um tucano do entorno de Aécio.
Na avaliação do próprio Aécio, com essa coligação, os votos ficam "do lado de cá " da oposição.
Outra avaliação é que, frustrado, o presidente do PPS, Roberto Freire, poderá voltar a se aproximar do PSDB, com quem tem coligações em vários estados para a eleição proporcional. Aécio vai procurar Freire assim que retornar ao Brasil. Os tucanos consideram que, num primeiro momento, Eduardo Campos vai faturar com a aliança com Marina, mas a médio prazo, será muito pressionado se não crescer nas pesquisas de intenção de votos e Marina continuar num patamar muito alto. Se isso acontecer, avaliam, as cobranças serão fortes para que Marina, e não ele, seja o candidato a presidente.
Em nota, a presidência do PSDB, que tem Aécio à frente, disse considerar que a decisão da ex-senadora de se manter em condições de participar das eleições de 2014, filiando-se ao PSB, “é importante conquista do Brasil democrático”. “É também uma reposta às ações autoritárias do PT, especialmente aos membros do partido que chegaram a comemorar antecipadamente a exclusão da ex-senadora do quadro eleitoral do próximo ano, com a impossibilidade de criação da Rede”, segue a nota.
O PSDB afirmou, ainda, acreditar que a presença de Marina Silva no pleito “fortalece o campo político das oposições e contribui para o debate de ideias e propostas”.
05 de outubro de 2013
Maria Lima - O Globo

MARINA DIZ QUE QUER ACABAR COM A HEGEMONIA E O CHAVISMO DO PT



Marina diz que quer acabar com a hegemonia e o chavismo do PT na Presidência da República.  Ex-senadora será vice na chapa presidencial do governador de Pernambuco, Eduardo Campos


BRASÍLIA - Numa reunião que terminou às 4h30m da madrugada deste sábado com muito choro, a ex-senadora Marina Silva comunicou a seus seguidores que seu sonho de ser presidente da República teria que ser adiado, e que seu projeto, agora, é acabar com a hegemonia e o "chavismo" do PT no governo. Acusada pelo deputado Alfredo Sirkis (PV-RJ) de ter um processo de decisão "caótico", Marina chegou à reunião dizendo que tinha tomado uma decisão sem volta: seria candidata a vice na chapa presidencial do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e sua posição era inegociável. Na reunião, ela não ouviu, só falou. Mas depois houve uma choradeira geral. Marina então relatou sua conversa com Campos ao telefone:
- Eduardo, você está preparado para ser presidente do Brasil? Eu vou ser sua vice e estou indo para o PSB - contou Marina, relatando ainda que Campos ficou mudo, mas muito eufórico.


Ela disse que ia ouvir a todos, mas que não voltaria atrás, porque estava sem alternativa. Todos ficaram contra, cada um com seus argumentos. Seu braço-direito da vida inteira, Pedro Ivo batista, seu maior conselheiro, estava por fora do acordo. 

- Eu fiz esse acerto com o Eduardo Campos porque chegou a um ponto que eu não tinha outra alternativa. E o PSB é um partido sério. A minha briga, neste momento, não é para ser presidente da República, é contra o PT e o chavismo que se instalou no Brasil - disse Marina.

- Mas você sabe que se fizer isso vai ter que abrir mão do sonho de ser presidente - ponderou Pedro Ivo.

- Esse sonho vai ficar para outro momento. Vou ser vice do Eduardo e acabar com essa hegemonia do PT na Presidência - disse Marina, mostrando ressentimento com o que considera que foi feito para barrar a criação do Rede.

Ela disse que a combinação é para que a coligação seja PSB/Rede, para que o Rede se incorpore tão logo seja criado. Marina reclamou muito de perseguição dentro do governo e do PT contra ela. Disse que seria muito pior se fosse para um nanico como o PEN ou PMN.

- Eu seria desossada com muito mais facilidade. Seria tratorada. Eu sei que tem mais de duas mil pessoas pagas com dinheiro público para acabar comigo nas redes sociais - disse Marina.

O anúncio formal da chapa deverá acontecer na tardes deste sábado, às 15h30m, no salão azul do Hotel Nacional, em Brasília. Eduardo Campos, pego de surpresa, não esconde o nervosismo nas conversas com interlocutores.
05 de outubro de 2013
Simone Iglesias e Maria Lima - O Globo

PESQUISA VAI INDICAR QUEM SERÁ CABEÇA DA CHAPA: MARINA OU EDUARDO?

Marina Silva decide filiar-se ao PSB, de Eduardo Campos.  Não está definida a composição da chapa entre os dois. Por ora, ambos serão tratados como possíveis presidenciáveis - e pesquisas devem nortear a decisão 
 
 
A ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva
A ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

A ex-senadora Marina Silva decidiu filiar-se ao PSB de Eduardo Campos, governador de Pernambuco. O anúncio oficial será feito na tarde deste sábado, último dia para que Marina opte por um partido a tempo de disputar as eleições do ano que vem. A escolha de Marina pelo PSB se dá de modo a formar uma “terceira via” no cenário político nacional – e quebrar a polarização entre PT e PSDB, que domina a política brasileira desde 1994. Com 20 milhões de votos nas eleições de 2010, Marina era cortejada por pelo menos sete partidos. Marina e Campos não definiram, contudo, como será composta a chapa entre os dois.
 
Por ora, ambos serão tratados como possíveis candidatos - e o partido deve definir seu presidenciável com base em pesquisas de intenção de voto. Marina também poderia compor a chapa presidencial como vice ou até mesmo concorrer a uma um governo estadual, seja do Rio de Janeiro, terceiro maior colégio eleitoral do país ou do Distrito Federal, onde obteve sua mais expressiva votação em 2010.

 
A ex-senadora Marina Silva aguarda decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que conceda registro ao partido Rede Sustentabilidade, legenda fundada por ela

Campos desembarcou em Brasília já na sexta-feira para costurar os detalhes finais da filiação. Na manhã deste sábado, outros caciques do partido chegaram à capital federal para discutir os termos da entrada de Marina no bloco socialista. Entre os próprios pessebistas, a ideia era de que Marina pudesse ser anunciada como nova filiada à sigla ainda na sexta, mas a presidenciável preferiu conversar com outras legendas que também lhe ofereceram espaço para justificar sua decisão e agradecer os convites. Foi por este motivo que esteve reunida com o presidente do PPS, Roberto Freire, neste sábado.
 
Desde a noite desta quinta-feira, quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitou, por seis votos a um, o registro à Rede Sustentabilidade, Marina e seus apoiadores têm discutido que hipóteses seguir. Familiares e militantes conhecidos como “sonháticos” defendiam que a ex-senadora abrisse mão de se filiar a qualquer legenda para continuar a recolher assinaturas para a Rede e manter a coerência de não se alinhar a partidos que não tivessem a mesma afinidade programática que ela. O PPS, por exemplo, um dos primeiros a lhe oferecer a legenda, apoiou ruralistas na votação do Código Florestal, no Congresso.

Marina Silva: "O que penso sobre..."

...aborto, religião, política, casamento gay e outros 12 temas

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Protecionismo

Produção de autopeças
O protecionismo atrofia nossa capacidade de produzir com maior eficiência para nos firmarmos em setores mais promissores. Não tem nenhum problema o Estado criar mecanismos para estimular a economia, se isso é feito com lisura, com transparência e levando em conta os aspectos de efetiva capacidade competitiva, em vez de puro lobby.
 

Políticos que contavam com a Rede para disputar as eleições, como os atuais deputados Alfredo Sirkis e Miro Teixeira, defendiam que ela não desprezasse os 19,6 milhões de votos que conseguiu na disputa presidencial de 2010 e que não ignorasse as pesquisas de intenção de votos que a colocam na segunda colocação, atrás apenas da petista Dilma Rousseff.
 
Racha na Rede – Desde o início da costura da Rede, a partir de fevereiro, parlamentares admitiam nos bastidores desconforto com a forma como Marina Silva lidava com aliados. Para eles, ela deva atenção exclusiva a seu projeto pessoal e não ouvia necessidades mais prementes dos correligionários, que também precisariam negociar a formação de palanques estaduais para serem competitivos em 2014.

A trajetória de Marina Silva

Do Acre a Brasília, a busca por uma candidatura à Presidência da República

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Biografia

Marina em 1994
 
Nascida em 1958 na comunidade Seringal Bagaço, zona rural de Rio Branco (AC), a historiadora Marina Silva foi companheira de luta do líder sindical e ambientalista Chico Mendes. Então católica, Marina ajudou a fundar, ao lado de Mendes, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) no Acre, em 1984. Iniciou a carreira política filiada ao PT, em 1986, quanto tentou se eleger deputada federal. Ela seria eleita apenas em 1988, como vereadora, pelo partido em Rio Branco.
 

Depois do impasse gerado com a decisão do TSE da última quinta-feira, apoiadores começaram a procurar outras legendas para concorrer nas eleições do próximo ano. O deputado Miro Teixeira (PDT), por exemplo, deixou o PDT e se filiou ao PROS. Domingos Dutra (MA), um dos fundadores do PT, também escolheu uma nova legenda, o recém-criado Solidariedade.

05 de outubro de 2013
Otávio Cabral e Laryssa Borges - Veja

CONFIRMADA FUSÃO DO PSB COM A REDE. PSDB SOLTA NOTA OFICIAL DE APOIO


Abaixo, nota oficial do PSDB:
 
O PSDB considera que a decisão da ex-senadora Marina Silva de se manter em condições de participar das eleições de 2014, filiando-se ao PSB, é importante conquista do Brasil democrático.
 
É também uma reposta às ações autoritárias do PT, especialmente aos membros do partido que chegaram a comemorar antecipadamente a exclusão da ex-senadora do quadro eleitoral do próximo ano, com a impossibilidade de criação da Rede.
 
O PSDB acredita  que a presença de Marina Silva fortalece o campo político das oposições e contribui para o debate de ideias e propostas, tão necessários para colocar fim a esse ciclo de governo do PT que tanto mal vem fazendo ao País.
 
Senador Aécio Neves
Presidente nacional do PSDB

FOLHA INFORMA QUE MARINA VAI PARA O PSB SER VICE DE EDUARDO CAMPOS. OU VICE-VERSA


A ex-senadora Marina Silva decidiu se filiar ao PSB do governador Eduardo Campos (PE). A decisão foi tomada após conversas iniciadas na noite de ontem e concluídas na manhã deste sábado (5).
Assim como Marina, Campos é virtual candidato à Presidência da República. Há, entretanto, um desejo do PSB de ter a ex-senadora, que recebeu 19,6 milhões de votos na disputa presidencial de 2010, como vice na chapa do governador. A união entre Marina e Campos tem o objetivo de formar uma consistente terceira via na corrida ao Planalto, em contraposição à candidatura à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) e à postulação do oposicionista Aécio Neves (PSDB).

Merval Pereira, de O Globo, confirma

O governador de Pernambuco Eduardo Campos está viajando para Brasília para um encontro com a ex-senadora Marina Silva para fechar um acordo político que terá grande impacto na corrida presidencial.
O PSB assinará um protocolo de intenções com a Rede Sustentabilidade para a formação do que chamam de coligação democrática. O PSB reconhecerá a existência política da Rede e dará legenda a Marina e a todos os membros da Executiva Nacional do futuro partido.

Na noite de sexta-feira, Marina e Eduardo Campos conversaram por telefone e acertaram os detalhes do acordo, que deve ser fechado dentro de horas.  No primeiro momento não se falará sobre a candidatura à presidência da República, permanecendo os dois na condição de pré-candidatos.
A definição será dada mais adiante, provavelmente de acordo com a posição de cada um nas pesquisas de opinião.

No momento, Marina Silva está em segundo em todas elas, com índices que variam de 25% a 16% e o governador de Pernambuco está em quarto lugar com cerca de 5% dos votos. Ao mesmo tempo, está ocorrendo em Brasília neste momento uma reunião da cúpula do Rede Sustentabilidade com o deputado federal Roberto Freire, presidente do PPS, com a presença da própria Marina e de políticos como o vereador paulistano Ricardo Young.

Havia uma conversa anterior em que Marina havia exigido ocupar a vice-presidência do partido e total independência na campanha presidencial, e a reunião de hoje definiria a disposição do PPS de aceitar receber Marina Silva e seus seguidores. Pode ser que a reunião com o PPS seja apenas para informar oficialmente a Roberto Freire que as negociações com o PPS foram superadas pelo acordo político a ser firmado com o PSB. Mas é possível também que alguma nova proposta possa alterar o quadro que prevalece no momento, que é o de Marina assinar hoje a filiação ao PSB e o lançamento da coligação democrática. 
 
05 de outubro de 2013
in coroneLeaks

DOSSIÊ AMERICANO SOBRE LULA

É bom acompanhar e prevenir. É pena que a instituição americana não seja identificada. Várias previsões são coerentes com o que vem acontecendo.
O mais perigoso é que muitas medidas seriam até razoáveis, se não estivessem ligadas a um projeto de tomada do poder em caráter permanente.
                     

                      
"AGORA É COALIZÃO"
 
Dossiê norte-americano adverte que Lula fará "populismo socialista" para conquistar a reeleição por mais  6 anos.
 
Exclusivo - Um organismo, sediado em Washington, que estuda e monitora a realidade da América Latina, enviou ao Senado brasileiro um documento em que chama a atenção para os próximos movimentos políticos do presidente Lula da Silva, rumo a um "populismo socialista". O estudo adverte que Lula pretende lançar medidas populares de impacto, incentivando o consumo para seus eleitores de baixa renda. Segundo o dossiê, a intenção de Lula é consolidar seu poder de voto para uma futura reforma política que vai autorizar, a partir de 2008, a reeleição para um mandato de mais seis anos .
 
O documento assinala que Lula prepara um dos maiores movimentos de reestruturação econômica, voltado para as classes populares, dentro do projeto de longevidade no poder. Segundo o estudo, os EUA  estariam muito preocupados com este tipo de populismo no Brasil, que é um País continental e onde o povo é submisso, sem cultura e informação para avaliar as consequências políticas deste movimento rumo ao socialismo. O plano de Lula é comparado ao do venezuelano Hugo Chávez.
Segundo o estudo, conta com o apoio de grandes investidores europeus.
 
O dossiê, vindo dos EUA com a classificação "confidencial", foi analisado segunda-feira, com toda cautela, em uma reunião fechada, do Colégio de Líderes do Senado. Alguns parlamentares o viram com ceticismo. Outros senadores chamaram a atenção para fatos objetivos já em andamento. Um dos principais pontos do estudo alerta para uma especulação de mercado sobre a adoção de um novo pacote econômico, até o fim do ano, assim que fosse proclamada a vitória eleitoral de Lula. Aliás, o dossiê chama a atenção para os problemas na aprovação das contas da campanha presidencial de Lula.
 
Curiosamente, segundo observou um senador, os norte-americanos anteciparam o parecer de técnicos do Tribunal Superior Eleitoral,  que constataram "irregularidades insanáveis " na prestação de contas  da campanha à reeleição. O PT recebeu R$ 10 milhões de empresas que  têm concessões de serviços públicos, o que a lei proíbe.
O estudo norte-americano adverte para a possibilidade de um confisco tributário em fundos e em poupanças acima de R$ 50 ou 60 mil reais.
 
Nos dois casos, o dinheiro só poderia ser movimentado de seis em seis meses, sob risco de remuneração quase nula. Os fundos seriam tributados em 35% dos ganhos. Segundo o documento, o Banco Central  do Brasil tem um levantamento completo sobre os investimentos feitos  por 36 milhões de pessoas, entre brasileiros e estrangeiros.
 
Uma das propostas em estudo no governo é que os fundos de pensão redirecionem R$ 80 bilhões, aplicados em títulos públicos, para investimento direto em empresas e projetos de infra-estrutura. A baixa rentabilidade da renda fixa, com os cortes de juros na taxa selic, obrigaria os fundos a buscarem opções mais rentáveis para aplicar a maior parte dos R$ 190 bilhões mantidos em títulos  públicos de seus ativos totais, estimados em R$ 350 bilhões.
Assim,  os fundos multimercado seriam grande cartada dos investidores para   2007.
 
O dinheiro seria usado para ampliar programas de compensação de renda (como o bolsa família), que se mostraram eficazes armas eleitorais. Lula também quer direcionar tal dinheiro dos fundos para áreas populares, investindo em infra-estrutura - setor de baixo risco, rentabilidade moderada e que gera caixa para as empresas, emprego e renda em longo prazo. O governo também quer investir  pesado no segmento de moradias populares. Segundo dados oficiais,   mais de 90% do gigantesco déficit habitacional de 7 milhões e 800   mil residências está na faixa de famílias com renda de até cinco  salários mínimos.
 
No cenário desenhado pelos norte-americanos , uma coisa é certa. O governo vai criar por Medida Provisória um fundo para obras de infra-estrutura com recursos do FGTS. A novidade ruim é que o risco do investimento ficará com o trabalhador. Os trabalhadores poderão investir até 20% dos saldos de suas contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço na construção de rodovias, ferrovias e portos, além de obras nos setores de saneamento básico e energia elétrica. O novo fundo será chamado de FI-FGTS. Terá orçamento inicial de R$ 5 bilhões, originários do patrimônio líquido do FGTS.
 
Bolsa Carro?
Além do plano para os fundos, os norte-americanos revelam que Lula fechou acordo com uma companhia chinesa para financiar carros populares pela bagatela de R$ 5 mil reais. Os carros seriam subsidiados  com financiamentos do BNDES, no prazo de 60 meses. Os veículos seriam de   passeio e minivans para transporte de mercadorias.
Outra idéia seria reduzir impostos para aparelhos de consumo mais populares, e aumentar ainda mais a carga tributária para bens não populares, como automóveis de luxo.
Comissários do Povo?
 
Um dos pontos mais polêmicos revelados pelos norte-americanos é que o governo Lula quer patrocinar um projeto de segurança voltado para a organização de milícias de bairros. As milícias foram uma idéia copiada da Venezuela.
Na terra de Hugo Chávez, o síndico de bairro tem poderes de um xerife.
O modelo lembra os velhos "comissariados do povo", da extinta (porém mais   viva que nunca na cabeça dos petistas) União das Repúblicas Socialistas  Soviéticas.
 
FORTUNA DE LULA
 
O estudo revela que a fortuna pessoal de Lula da Silva é estimada pela revista Forbes em 2 bilhões de dólares . O presidente estaria usando tal fortuna para comprar televisões a cabo, a fim de formar uma rede de comunicação com o filho Lulinha, que estaria administrando uma fortuna pessoal de R$ 900 milhões (Vide contratação do Lulinha pela Band ) Lula espera comprar uma rede de televisão, para preparar uma rede  pessoal de divulgação para sustentar o trabalho de comunicação do governo
petista.
Lula comprando jornalistas amestrados ?
No estudo norte-americano, foi identificada a preocupação do presidente em manter várias redes de televisão sob seu controle.
Segundo o dossiê, o   presidente estaria pagando "por fora" para jornalistas famosos, de  grandes redes de tevê e jornais, especialmente escalados para analisar a notícia de uma maneira não contundente ao governo petista. O estudo também adverte que o presidente  estaria comprando a  oposição com ameaças de denunciar as mazelas dos opositores.
 
05 de outubro de 2013
Jorge Serrão

PT RASGOU A REDE


Para não ser taxado de “conspirador teórico”, não emiti a minha opinião sobre os problemas com as assinaturas que inviabilizaram a homologação da Rede, mas já que hoje o Globo está levantando a lebre em um editorial, eu posso dizer que tenho quase certeza que o PT, como maior interessado na não candidatura de Marina à Presidência, está por trás de tudo.
 
Senão, como explicar por que os cartórios em áreas de domínio eleitoral do PT (ABC paulista), contrário à criação da legenda, apresentaram índices de rejeição de assinaturas em apoio ao partido acima de 50%? Coincidência?
 
Ora, vão enganar o raio que os parta! Motivos e canalhas suficientes não faltam para que o PT proceda essa barbaridade.
 
05 de outubro de 2013

FAZ TEMPO QUE SÉRGIO CABRAL É UMA DECEPÇÃO


            Foi com muito pouca convicção que dei meu voto a Sérgio Cabral, mas dei. Aliás, foi por eliminação, pois dos outros candidatos não se ouve falar, a não ser de suas ausências, da falta de projetos, de nepotismo e outros deméritos.
 
Sérgio, pelo menos tentou moralizar a Assembléia Legislativa, conseguindo alguma coisa nesse sentido. Mas, qual foi minha decepção ao abrir o jornal hoje, dez dias após as eleições, e tomar conhecimento de seu apoio à candidatura de Garotinho.
 
Essa aliança foge a qualquer tipo de raciocínio lógico que se possa fazer, só podendo ser explicada, mas não justificada, por vingança contra César Maia, motivada pela troca de ofensas entre os dois nas últimas eleições para a disputa da Prefeitura.
 
O deputado se esquece que boa parte de seu eleitorado, pelo menos os que têm algum critério político, votou PSDB, seu partido, e portanto contra o PDT de Garotinho, que tanto mal fez ao Rio de Janeiro nas duas gestões de Brizola.
 
Sem falar no PT de Benedita que vem a reboque. Rancores por derrotas fazem parte de um perfil de políticos que todos gostariam de tirar de circulação.
 
Sérgio é vitorioso, teve 300.000 votos, mas tal atitude o faz ingressar no triste rol das minhas grandes decepções eleitorais  com o agravante de ter sido o recordista em tempo: Dez dias após as eleições é dose! 

05 de outubro de 2013
Ricardo Froes
Rio, 14 de Outubro de 1998P.S.: Sergio era candidato a deputado estadual.