"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 5 de outubro de 2013

MARINA DIZ QUE QUER ACABAR COM A HEGEMONIA E O CHAVISMO DO PT



Marina diz que quer acabar com a hegemonia e o chavismo do PT na Presidência da República.  Ex-senadora será vice na chapa presidencial do governador de Pernambuco, Eduardo Campos


BRASÍLIA - Numa reunião que terminou às 4h30m da madrugada deste sábado com muito choro, a ex-senadora Marina Silva comunicou a seus seguidores que seu sonho de ser presidente da República teria que ser adiado, e que seu projeto, agora, é acabar com a hegemonia e o "chavismo" do PT no governo. Acusada pelo deputado Alfredo Sirkis (PV-RJ) de ter um processo de decisão "caótico", Marina chegou à reunião dizendo que tinha tomado uma decisão sem volta: seria candidata a vice na chapa presidencial do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e sua posição era inegociável. Na reunião, ela não ouviu, só falou. Mas depois houve uma choradeira geral. Marina então relatou sua conversa com Campos ao telefone:
- Eduardo, você está preparado para ser presidente do Brasil? Eu vou ser sua vice e estou indo para o PSB - contou Marina, relatando ainda que Campos ficou mudo, mas muito eufórico.


Ela disse que ia ouvir a todos, mas que não voltaria atrás, porque estava sem alternativa. Todos ficaram contra, cada um com seus argumentos. Seu braço-direito da vida inteira, Pedro Ivo batista, seu maior conselheiro, estava por fora do acordo. 

- Eu fiz esse acerto com o Eduardo Campos porque chegou a um ponto que eu não tinha outra alternativa. E o PSB é um partido sério. A minha briga, neste momento, não é para ser presidente da República, é contra o PT e o chavismo que se instalou no Brasil - disse Marina.

- Mas você sabe que se fizer isso vai ter que abrir mão do sonho de ser presidente - ponderou Pedro Ivo.

- Esse sonho vai ficar para outro momento. Vou ser vice do Eduardo e acabar com essa hegemonia do PT na Presidência - disse Marina, mostrando ressentimento com o que considera que foi feito para barrar a criação do Rede.

Ela disse que a combinação é para que a coligação seja PSB/Rede, para que o Rede se incorpore tão logo seja criado. Marina reclamou muito de perseguição dentro do governo e do PT contra ela. Disse que seria muito pior se fosse para um nanico como o PEN ou PMN.

- Eu seria desossada com muito mais facilidade. Seria tratorada. Eu sei que tem mais de duas mil pessoas pagas com dinheiro público para acabar comigo nas redes sociais - disse Marina.

O anúncio formal da chapa deverá acontecer na tardes deste sábado, às 15h30m, no salão azul do Hotel Nacional, em Brasília. Eduardo Campos, pego de surpresa, não esconde o nervosismo nas conversas com interlocutores.
05 de outubro de 2013
Simone Iglesias e Maria Lima - O Globo

Nenhum comentário:

Postar um comentário