"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 3 de janeiro de 2015

CORTINA DE FUMAÇA

Misto de marketing com populismo barato, pacote anticorrupção causará problemas a Dilma

corrupcao_17Ao afirmar, durante discurso na cerimônia de posse, de que o novo governo trabalhará pela aprovação de um pacote anticorrupção, a presidente Dilma Rousseff exalou antagonismo, pois a formação da equipe ministerial é um claro sinal de que os desmandos continuarão no próximo quadriênio. Afinal, os partidos da base aliada não decidiram participar do desgoverno petista apenas por patriotismo ou diletantismo, mas pela possibilidade de fazerem negociatas e trapaças, eventualmente política. Como sempre afirma o UCHO.INFO, política é negócio dos grandes, algo que mais uma vez ficou provado no Petrolão, o maior escândalo de corrupção da história nacional.
Ciente de que a Operação Lava-Jato aproxima-se cada vez mais do Palácio do Planalto e que sua responsabilidade em relação ao imbróglio já aterrissou na seara do incontestável, Dilma optou por montar uma equipe ministerial com pessoas de sua confiança, que poderão proporcionar à presidente da República certa tranquilidade no Congresso Nacional. Isso porque a petista teme um eventual pedido de impeachment, algo que só avança com o aval dos congressistas.
Acontece que a equipe ministerial não agradou aos partidos à base governista, que no primeiro dia do ano já alinhavava uma eventual rebelião no Legislativo federal. Partidos como o PMDB e o próprio PT estão descontentes com a decisão da presidente de priorizar outras legendas, como PSD, PR e PP, que abocanharam três ministérios com orçamentos polpudos (Cidades, Transportes e Integração Nacional). Esses três partidos agregam, na Câmara dos Deputados, aproximadamente cem parlamentares, o que aparentemente dá à presidente certa tranquilidade na aprovação de matérias de interesse do governo.
Vale destacar que o favorito para assumir a presidência da Câmara, a partir de 1º de fevereiro, é o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), político profissional, exímio negociador e conhecido adversário do governo. Isso significa que a vida de Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados não será tão fácil quanto anunciam os palacianos.
No Senado federal a situação do governo é ainda pior, uma vez que Dilma deslocou o senador Eduardo Braga (PMDB-AM) para o Ministério de Minas e Energia. Até então líder do governo no Senado, Braga é conhecido por costurar acordos nos bastidores à base de escambos milionários. O PMDB, que está descontente com as escolhas de Dilma para a equipe ministerial, deve criar problemas para o governo no Senado, onde detém um quarto das cadeiras na Casa legislativa.
Voltando ao pacote anticorrupção, o anúncio vem é interpretado, por enquanto, como mais uma medida para causar impacto na sociedade, já que a presidente está encalacrada no escândalo de corrupção conhecido como Petrolão. No caso de a ideia prosperar, Dilma terá problemas mais adiante, até porque os indicados à Esplanada dos Ministérios estão de olho nos conchavos que normalmente acontecem nos subterrâneos do poder. Os novos ministros, salvo algumas raras exceções, podem até criticar a opinião do UCHO.INFO, mas basta conferir o número de escândalos e denúncias de corrupção do primeiro governo de Dilma Rousseff.

03 de janeiro de 2015
ucho.info

E A MENTIRA TOMOU POSSE


 
 
Não, não foi uma mulher, uma presidente preocupada em resolver problemas cruciais do Brasil que participou de um ritual cívico de caráter político, em Brasília. Não foi uma chefe de Estado que, pela segunda vez, tornou-se o centro das atenções mundial, após disputar, democraticamente com seu adversário, a direção da Nação. Não!
 
Quem usou pé de cabra tecnológico para arrombar as portas das urnas eletrônicas não pode ser assim considerada, mas uma criatura resultante da tessitura de todas as péssimas qualidades e jogada no Brasil para destilar o seu veneno ingênito. Obra do Mal, não pode transmitir o que inexiste em suas entranhas: Honestidade para o crescimento do País.
 
Ontem, primeiro de janeiro, a Mentira tomou posse, acompanhada de seu muito ativo séquito: a Injúria, a Calúnia, a Fraude, a Corrupção e de seu companheiro de todas as horas, o Cinismo Sem Limites.
 
Sim, sem limites, porquanto a ‘senhora’, no seu discurso pré-fabricado, mascarando a defesa da Petrobras, falou em “predadores internos e inimigos externos”*. Será que entendi?
 
Como nunca cita os nomes dos predadores, suponho que sejam todos os que tomam conta do duto da dinheirama e que têm nomes e sobrenomes divulgados e conhecidos dos brasileiros, já muito envergonhados de sê-los pela destruição intencional do Brasil, em mãos da barbárie política.
 
Não precisa identificar os “inimigos externos” porque somos nós, os defensores das instituições nacionais, aqueles que desejam ver o Brasil ressurgir das cinzas, ou melhor, os “fascistas”, os “militaristas”, os amantes da “ditadura militar”, os adoradores dos “anos de chumbo”, os de “direita”.
 
Esses “inimigos externos” deverão ser atacados por todos os flancos para que os “predadores internos” tenham mais tranquilidade em surrupiar o que ainda resta da outrora empresa, orgulho do Brasil, já que a sem Graça permanece.
 
Os arroubos públicos da Mentira tornam-se caricaturais. Fala em “Pátria”, sentimento que lhe é estranho e soa como um tiro de canhão, o mesmo que lhe assustou, no arremedo da posse, por não ter a consciência tranquila. O que diremos, então, com “Brasil, pátria educadora”?**
 
Que ministros a Mentira pôs nessa farsa de governo, tão capacitados em transformarem o Brasil num centro educacional liberador de inteligências? Qual o programa da Mentira para esse segundo mandato de engulho?
 
E por falar em ministros, Jaques Wagner no MD, não é a superprovocação da Mentira empossada?
Assim nasce 2015, que poderá ser o começo do término dessa tragédia, já há muito encenada por coadjuvantes mambembes.
 
A plateia começa a se mexer demais nas cadeiras.
*Estado de S. Paulo, Capa e Caderno Especial, 2 de janeiro de 2015.
** Idem, Caderno Especial.
03 de janeiro de 2015
Aileda Mattos de Oliveira é Dr.ª em Língua Portuguesa. Vice-Presidente da Academia Brasileira de Defesa.

AS ELITES DESATENTAS

 

 

Uma forma insidiosa de atacar a “burguesia” é corromper o idioma.

A imprensa amestrada pelas verbas de publicidade governamental colabora com, ou pelo menos tolera, a degradação da língua portuguesa.

O portal da internet do jornal “O Estado de S. Paulo” (que se autodenomina Estadão) na página inicial da edição de 02/01/2015 às 07:35 horas trazia uma nota assinada pelo jornalista Jamil Chade informando que o economista Piketty recusa a Legião de Honra, “maior título do estado francês...”. Ignora o autor, a existência da palavra “condecoração” ou a omite de propósito para aniquilar a memória burguesa.

Outra palavra corrompida é “monastério”. Os idiotas ignoram a “mosteiro”; talvez por nunca terem ouvido falar do Mosteiro de São Bento, uma das glórias de São Paulo.

A mudança de nomes de logradouros públicos é outra arma demolitória usada pela administração municipal. Por exemplo, em  qualquer canteirinho nos cruzamentos de avenidas ou ruas conhecidas, “criam-se Praças” em homenagem a ilustres desconhecidos.

Só falta substituírem a palavra “mãe” por comadre-da-madrinha.
03 de janeiro de 2015
Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador e não tem mãe na zona.

HORRORES GLOBALIZADOS

  
 
O que assistimos inconformados e envergonhados em pleno século XXI é nada mais nada menos o horror globalizado. Explico: ele implica horror econômico, horror político, horror social, horror desenvolvimentista e horror da produção.
Dentre todos os horrores os quais vivenciamos o pior é o político. Nações desenvolvidas e emergentes não conseguem mais encontrar grandes líderes e estadistas. Quanto maior é a formação e respectiva composição de um governo tanto pior para a sociedade civil e sua população. Significa que para estar no poder e nele continuar muitas concessões são necessárias e prudenciais ao bem estar de uma minoria.
Em países emergentes a situação é mais delicada, complexa e injustificável, na medida em que não se deram conta sobre os efeitos da crise mundial e tentaram aplicar vacinas paliativas no combate ao desarranjo completo do tecido social. Com a volta da inflação, e a subida do dólar o terreno se torna mais árido e as expectativas menos esperançosas, haja vista que o controle fiscal causa aumento da arrecadação e redução dos gastos.
 
Nem bem tomaram posse diversos governadores, gestores públicos, já anunciaram medidas drásticas que vão do congelamento do orçamento, até suspensão do pagamento temporário de suas despesas, redução de funcionários, corte de comissionados, e assim o Brasil tenta na undécima hora atacar de lado já que de frente nunca o fez: os deslizes dos horrores que atravessam e contaminam, passo a passo, a latitude de suas políticas públicas.
 
Nenhum estado do bem estar social prosperou. A Inglaterra de Thacter se viu obrigada a mudança e os EUA de Obama seguiu a mesma toada recentemente. Não é possível que o Estado suprima vontades ou atenda algumas situações, sem antes preparar e dar uma boa educação, cultura e emprego, com justa distribuição de renda e acesso aos bens e serviços para a maioria, já que falar todos suscita uma verdadeira utopia.
 
No entanto, o que presenciamos é uma gritante concentração na era da globalização com fortunas e mais fortunas se concentrando em poucas mãos, cuja tributação é absolutamente míope e caolha. Dessa forma, caberia se fazer uma fatiada reforma tributária a partir da maior tributação de herança, em alguns países chega a 40% e no Brasil não chega a 4%, rever a tabela do imposto de renda, grandes corporações e notadamente as transnacionais participarem de um regime de transferência de recursos, lucros com aumento da tributação do país no qual se fez o ganho, o respectivo lucro real ou presumido, com o fim do sistema temporário do imposto de renda.
Essa circunstância privilegia todos, já que a economia em países emergentes é pouco aberta e temos menos empresas nos setores de exploração.O passo fundamental é rever a política tributária e mudar o modelo tanto para pessoas físicas mais ricas, mas essencialmente para grupos e pessoas jurídicas altamente endinheiradas. Não haverá fuga ou gritaria, mas sim um equacionamento daqueles que já ganharam e agora podem colaborar para redução dos desequilíbrios das finanças públicas.
 
Se não houver coragem e alívio em relação à malfadada classe média, o governo corre o sério risco de continuar com sua política de horrores, vitimando, a cada dia, mais e mais cidadãos indefesos e desprotegidos das amarras dos jogos do poder em conflito com o inalcançável interesse social.

03 de janeiro de 2015
Carlos Henrique Abrão, Doutor em Direito pela USP com especialização em Paris, é Desembargador no Tribunal de Justiça de São Paulo.

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO

Gabrielli tira o dele e o de Lula da reta, mas compromete Dilma e Mantega com problemas na Petrobras

 
Dilma Rousseff descansa na paradisíaca Base Naval de Aratu, na Bahia, muito pt da vida com o baiano José Sérgio Gabrielli. Em recente entrevista ao jornal o Globo, meio escondido nas últimas fileiras da Assembleia Legislativa e visivelmente contrariado na posse do governador Rui Costa, o ex-presidente da Petrobras voltou a sacanear a Presidenta. Gabrielli advertiu que nem ele e nem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva têm responsabilidade sobre contratos ditos irregulares na estatal, lembrando que Dilma e Mantega presidiam o conselho de administração da Petrobras à época dos fatos investigados pela Operação Lava Jato.
 
Foi a vingança do acarajé apimentado. Gabrielli fez questão de tirar o dele e o de Lula da reta, negando qualquer coisa de ruim contra si: "Não estou com os bens bloqueados. Não houve bloqueio. Até agora, o bloqueio não se efetivou. Não houve quebra de sigilo. Há pedidos, mas não efetivação. Não tem como estar jogando sobre nós, porque não há possibilidade. O conselho de administração da companhia era presidido pela presidente Dilma e foi presidido pelo ministro Guido. Como podem querer jogar sobre a Petrobras as responsabilidades? Não há possibilidade disso".  
 
Gabrielli tem ódio da Dilma. Foi ela quem o tirou, na marra, da Presidência da Petrobras, impondo a nomeação da amiga Graça Foster. Gabrielli acabou forçado a se "exilar" na Secretaria de Planejamento da Bahia. Tinha a promessa de que seria o candidato a governador na sucessão de Jaques Wagner. Mas acabou atropelado por Rui Costa - que se elegeu. Gabrielli perdeu mais que sua boquinha baiana. Convidado a pedir exoneração, ficou sem seu foro privilegiado para eventuais processos que começa a sofrer pela gestão na Petrobras.
 
No entanto, além de muito amigo e um dos homens de confiança de Luiz Inácio Lula da Silva, Gabrielli é poderoso e muito articulado. Gabrielli conseguiu fazer parte dos Conselhos de Administração da Itausa (a controladora do Itaú Unibanco) e até da transnacional GALP (mesmo que a petrolífera portuguesa fosse concorrente da Petrobras?). O poderoso Gabrielli agora será alvo fácil da nova fase dos processos da Operação Lava Jato - que os norte-americanos chamam de "Car Wash". Aliás, Gabrielli já entrou de carona, junto com a inimiga Dilma, no processo movido pela cidade de Providence contra diretores, conselheiros e bancos que venderam títulos da Petrobras na Bolsa de Nova York.
 
Gabrielli se considerou vítima de intrigas, negando, inclusive, a provocação do repórter de que estivesse "de fininho" na posse de Rui Costa: " De fininho? Eu estou aqui, com a imprensa toda na minha frente. Você sabe que tem muita nota plantada, há muitos interesses por trás dessa história". Gabrielli também fez questão de deixar claro que continua prestigiado politicamente no PT: "O partido está me apoiando inteiramente. Não tenho do que me queixar". E partiu para a ofensiva: A estratégia é fazer a verdade prevalecer. Estou tranquilo. Fazer a verdade prevalecer significa esclarecer, tirar a exploração política que está existindo sobre os assuntos, tornar os fatos explícitos e, consequentemente, fazer a defesa jurídica".

O ex-presidente da Petrobras insistiu: "Objetivamente não tem nenhuma acusação contra mim. Qual a acusação contra a minha pessoa? Existem vários fatos que estão em investigação, mas nenhum deles se referem à minha pessoa. Não há como haver essa tentativa nem essa realidade. Porque os fatos que acontecem, hoje, na Petrobras, são resultado da história da empresa. Portanto, não tem como atribuir a um ou outros. Há responsabilidades individuais que têm que ser apuradas. E os procedimentos da companhia são procedimentos regulares, normais".

Gabrielli ensaiou uma defesa demagógica da Petrobras, alegando que não teria como saber sobre desvios de dinheiro para partidos, mesmo estando no comando da estatal: "Você tem mais de 55 mil contratos por ano na Petrobras. O que a direção da empresa tem que fazer é acompanhar a adequação com os procedimentos existentes. Consequentemente, a existência desses procedimentos são auferidos, avaliados. A lei americana e a lei brasileira exigem um conjunto de controles, esses controles foram todos certificados pelas auditorias na época, em 2006, 2007, 2008, 2009, 2010, 2011 e 2013. Portanto, a KPMG e a Pricewaterhouse atestaram, certificaram, que os controles estavam corretos. Então, a diretoria tem que saber essencialmente como é o controle. Se algum diretor é ladrão, é bandido, tem que punir o ladrão e o bandido. Mas isso não pode condenar a empresa".

Gabrielli tambén negou sobrepreços nos contratos - conforme apontado pela Controladoria Geral da União, o Tribunal de Contas da União e o Ministério Público Federal: "Não há superfaturamento. É importante ficar claro que não há superfaturamento na maioria dos casos. A Petrobras tem, como eu disse, 55 mil contratos, está se falando sobre alguns contratos em que há discussões técnicas sobre o que significa em termos de preço. No que se refere, por exemplo, a Pasadena, a meu ver, há um erro fundamental sobre o que significa prejuízo e o que significa valor de refinaria. O ex-ministro do TCU, José Jorge, cometeu um erro, a meu ver, fundamental. O erro é a consultoria contratada para fazer uma avaliação de potenciais cenários de refino, em 2005, pegar um dos 25 cenários levantados e comparar com o preço pago e chamar isso de prejuízo. O correto seria transformar e comparar o valor da refinaria com o valor das outras refinarias equivalentes na época. E quando se faz essa comparação, Pasadena está mais do que no valor na média dos valores da época".

Em resumo: Gabrielli repetiu a velha tática do apedeutismo nazicomunopetralha: não sabia de nada do que deveria saber... Agora, a Lava Jato, os processos abertos na Corte de Nova York e até um inquérito administrativo aberto, no final do ano, pela Comissão de Valores Mobiliários vão investigar quem foram os administradores da Petrobras responsáveis por tantas irregularidades denunciadas, com provas, em "delações premiadas".

Enquanto isso, a Petrobras perde valor... Ações preferenciais (PN, sem direito a voto) da empresa fecharam contadas a míseros R$ 9,36 no primeiro pregão do ano na BM&F Bovespa. Os ordinários (ON, com direito a voto) caíram para R$ 9. No finalzinho do ano, Dilma baixou uma medida provisória para o Tesouro Nacional injetar R$ 18 bilhões na companhia. A coisa está mais preta que óleo cru (cuja cotação cai no mercado internacional). Mas os dirigentes da Petrobras e do governo continuam na mesma tática: tentam tirar o deles da reta...
 
Orgulho da quadrilha?
 
O cadáver politicamente insepulto de Celso Daniel deve ter rolado 13 vezes no túmulo por causa do que disse um de seus "melhores amigos"...
 
Gilberto Carvalho conseguiu, literalmente, roubar a cena do sucessor Miguel Rosseto, na cerimônia de troca de comando da Secretaria Geral da Presidência da República, fazendo o discurso que chamou de "sincericídio":

"Aquele que disse que perdeu a eleição para uma quadrilha, eu quero responder que é essa a nossa quadrilha. Para eles, pobre é quadrilha. É essa quadrilha dos pobres, que foi injustamente vencida na história e que agora é tratada com um mínimo de dignidade, quero dizer com muito orgulho que pertenço a essa quadrilha e nós vamos continuar mudanças nesse país".

Fiel escudeiro do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Gilberto Carvalho assumirá o comando do Conselho Nacional do Sesi, ocupado desde 2003 pelo sindicalista Jair Meneguelli.

Investigue-se o Patrimônio

Gilberto Carvalho garantiu que deixa o governo com uma kitnet rural e um apartamento financiado pelo Banco do Brasil:

"A imensa maioria dos nossos companheiros, ministros e assessores trabalha aqui por amor, trabalha aqui para servir. Nós não somos ladrões. Não vamos levar desaforo para casa. Temos dignidade. É verdade que há entre nós aqueles que tombaram e aqueles que caíram nos erros. Diferentemente de antes, cada um de nossos companheiros que cometeu um erro foi punido, pagou um preço doloroso para nós, mas pagou o preço e isso eu espero que sirva de fato para um novo padrão republicano". 

Gilberto Carvalho desafiou que seja feito acompanhamento da evolução patrimonial de quem acusa os petistas.

Atrações sem graça
 
Belo desafio para Dilma
 
A ONG Rio de Paz, que atua na favela do Jacarezinho, no Rio de Janeiro, lançou ontem um desafio que a Presidenta Dilma Rousseff deveria ter a coragem de cumprir:

1. O anúncio do programa de governo da presidente. 

2. A apresentação do cronograma de cumprimento das metas.
 

3. O compromisso de demitir ministros que não alcançarem as metas de governo nos prazos previstos.

Quem mandava?
 

Do Merval Pereira, em seu artigo em Globo, lançando uma dúvida irônica sobre quem realmente mandava na economia e na Petrobras, depois da discurseira de Dilma na segunda posse:
 
"O mais próximo de uma autocrítica, se quisermos ter boa vontade, foi quando reconheceu que as mudanças que precisam ser feitas dependem da credibilidade e da estabilidade da economia. Mas então se desdisse, afirmando que isso “nunca foi novidade”, pois sempre orientou suas ações pela centralidade do controle da inflação e o imperativo da disciplina fiscal. Se sempre foi assim, o que aconteceu para que tudo desandasse nos quatro anos anteriores em que esteve à frente do governo que agora precisa de ajustes tão duros e prolongados? A única explicação plausível é que, ao contrário do que todos dizem, era o ministro Guido Mantega quem comandava a economia, e a presidente Dilma não tinha nada a ver com as decisões tomadas. Como na Petrobras".
 
Golpe na Mídia
 
 
Como o Alerta Total havia antecipado, o novo ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, confirmou que o governo vai apresentar proposta de regulamentação econômica da mídia no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff, sem garantir que a proposta petista de regulação também não entre no debate:
“Quem regulamenta é o Congresso Nacional. O Poder Executivo pode, no máximo, apresentar suas propostas. Mas pode também fomentar a discussão e fazer com que as pessoas compreendam de maneira bastante clara o que já está na Constituição e o que é necessário para que se tornem esses direitos constitucionais efetivos. Nós vamos ouvir todas as propostas que forem apresentadas. Essa é uma delas. Se for bem conduzida, pode ser bem sucedida. Se houver participação popular, tanto melhor. E, se houver o envolvimento de todos nesse debate, certamente produziremos algo que será bom para o país”.
Na demagogia de sempre, o petista assegurou que a liberdade de imprensa será assegurada, embora pondere que a comunicação seja objeto de concessão pública:
“Quanto mais avanços de tecnologia, mais a liberdade de expressão está assegurada porque há novos meios tecnológicos para que não apenas grandes corporações possam se expressar, mas para que o cidadão também possa se organizar”.
 
Listinha...
 
O General Paulo Chagas, do Ternuma, listou 10 adjetivos para qualificar os conteúdos das mensagens nos recentes discursos da Presidenta Dilma, nossa Comandanta em Chefa das Forças Mal Amadas por ela:
 
1. CARADURISMO
2. FALSIDADE
3. DESFAÇATEZ
4. SENVERGONHICE
5. ATREVIMENTO
6. HIPOCRISIA
7. DESCARAMENTO
8. CINISMO
9. DESPUDOR
10. MOLECAGEM
 
Imbatíveis

 
                           
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai!
 
03 de janeiro de 2015
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

DISCURSO DA POSSE REINCIDENTE: EXIBIÇÃO DE SOBERBA E DESRESPEITO À VERDADE



 
O discurso de Dilma parece ter saído "direto do caldeirão de prodígio do marqueteiro", analisa o Estadão. Teve arroubos de auto-glorificação e, em resumo, limitou-se a "obviedades e platitudes, mistificação, preconceitos, retórica oca". Isto vai durar mais quatro anos? Não, dona Dilma, a Breve:
O discurso de posse do segundo mandato de Dilma Rousseff perante o Congresso Nacional foi uma lamentável exibição de soberba, desrespeito à verdade e ao discernimento dos brasileiros e uma ducha de água fria para quem imaginava que, na hora de assumir a continuidade do comando de um país que deixou pior do que quando o recebeu quatro anos atrás, a chefe do governo tivesse um mínimo de humildade para estender a mão à metade do País que não lhe deu o voto, mas faz parte da unidade dentro da diversidade que compõe a Nação brasileira.

O que se viu assomar à tribuna do Congresso Nacional transformada em palanque no dia 1.º de janeiro foi a prepotência e o desapreço pelo contraditório democrático de uma presidente que, como o seu PT, se considera monopolista da virtude e defensora única dos fracos e oprimidos. Uma presidente e um partido que não se pejam de, contrariando a evidência dos números, das estatísticas e da própria lógica de sua estratégia de manutenção do poder, proclamar que em 12 anos eliminaram "a tragédia da fome", superaram "a extrema pobreza" e, de quebra, "apurou e puniu com tanta transparência a corrupção", como se isso dependesse apenas da vontade de Lula, Dilma & Cia. e não de instituições sólidas que a sociedade brasileira está aprendendo a construir. E, principalmente, como se o PT não tivesse tido a desfaçatez de promover a "guerreiros do povo brasileiro" seus dirigentes-delinquentes condenados no julgamento do mensalão.

O discurso de 40 minutos de Dilma parece ter saído direto do caldeirão de prodígios do marqueteiro a quem, em substituição ao Lula de 2010, coube o mérito de transformá-la em presidente reeleita. "Fui reconduzida para continuar as grandes mudanças do País e não trairei este chamado." "Este projeto de nação triunfou e permanece devido aos grandes resultados que conseguiu até agora." "É a inauguração de uma nova etapa neste processo histórico de mudanças sociais do Brasil."

Empolgada com um desempenho que imagina absolutamente prodigioso nos seus primeiros quatro anos de governo, Dilma não foi capaz de admitir sequer o menor erro entre os muitos que cometeu e dos quais a nação é testemunha, muito especialmente na área econômica e fiscal. Admitiu, no máximo, breves referências a "correção de distorções e eventuais excessos". Nem foi capaz, como seria absolutamente necessário diante da gravidade da situação, de cumprir satisfatoriamente o que prometera no discurso de diplomação: "O detalhamento das medidas que vamos tomar, para garantir mais crescimento, mais desenvolvimento econômico e mais progresso social para o Brasil".

Ao invés de esclarecer, confundiu, contrariando a equipe que nomeou para botar ordem nas contas do governo, gabando-se da redução da dívida líquida do setor público, obtida graças à "contabilidade criativa". Joaquim Levy e companheiros já deixaram claro - se Dilma permitir, é claro - que pretendem trabalhar com o conceito de dívida bruta, que traduz fielmente a realidade. Pior, Dilma não demonstrou o menor constrangimento ao garantir que sempre orientou suas ações "pelo imperativo da disciplina fiscal".

A retórica palanqueira, contudo, não obstante esmerada em arroubos de autoglorificação, não conseguiu evitar que a verdade transparecesse através das frestas da mistificação. "Mais que ninguém sei que o Brasil precisa voltar a crescer", cometeu a imprudência de admitir, assinando a confissão de que sob o seu comando o Brasil parou de crescer. Só faltou, como sempre fez, atribuir os fracassos de seu governo não à própria inépcia, mas a uma situação internacional adversa.

Mas Dilma não se poupou de, no melhor estilo petista, inventar inimigos imaginários que precisam ser combatidos: "Vamos, mais uma vez, derrotar a falsa tese que afirma existir um conflito entre estabilidade econômica e o crescimento social".

A fala presidencial é rica, enfim, em meias-verdades, inverdades inteiras, obviedades e platitudes, mistificação, preconceitos, retórica oca. Reflete, infelizmente para a Nação, o pouco que tinha a dizer. Para completar, Dilma apresentou-se como campeã da luta anticorrupção e disse pretender estimular "uma nova cultura fundada em valores éticos profundos". Como atribuiu a roubalheira na Petrobrás à ação de funcionários miúdos e a uma conspiração internacional, já se sabe o que virá.

03 de janeiro de 2015
in orlando tambosi
 
 

 

 

 

PERGUNTE AO VOVÔ E A VOVÓ SE QUISER SABER SOBRE A DITADURA... E A NINGUÉM MAIS.

Quer saber como foi a ditadura militar, de verdade? É simples!!!
Não leia livros a favor ou contra. Um professor meu costumava dizer que "o papel aceita tudo, haja vista o papel higiênico".
Não ouça os políticos do PT. Eles eram e são inimigos dos militares e dificilmente diriam a verdade; aliás, temos visto o PT mentindo muito, sobre o mensalão, dinheiro na cueca, roubalheira na Petrobrás e outras.
Não ouça também os MILITARES. Eles normalmente não mentem, mas poderiam calar para se proteger.
Esqueça os locutores de noticiários. Eles são pagos para dizer o que os outros querem que você escute.
Mas então como vamos saber a verdade???
Eu disse que é simples: Pergunte ao vovô e à vovó! Isso mesmo, pergunte às pessoas com mais de 65 ou 70 anos!
Pergunte a eles como foi a época da ditadura militar.
Pergunte se eles alguma vez sentiram que não tinham liberdade. Pergunte se podiam ir aonde quisessem.
Pergunte se eles tinham segurança, se podiam sair à noite (e de dia), sentar na praça, sem medo de assaltos.
Pergunte se tinham medo de um assalto a mão armada em suas casas.
Pergunte se alguma pessoa correta/honesta/trabalhadora foi presa pelo DOPS ou DOI-CODI. As pessoas de bem nada tinham a temer.
Pergunte se havia bandido famoso (nas ruas, nos presídios ou em palácios governamentais). Se presidiários com tornozeleiras andavam soltos assaltando, matando, estuprando?
Pergunte se algum Presidente (Militar) ou algum familiar enriqueceu rapida e surpreendentemente.
Pergunte se a esquerda, que sempre vasculhou os arquivos daquela época, descobriu atos de corrupção, roubalheira, superfaturamento de obras ou outras bandidagens.
Pergunte se o Governo Militar desviava dinheiro público (saúde, educação etc) para financiar obras em sangrentas ditaduras de esquerda, como em Cuba, Venezuela e Bolívia.
Pergunte como eram as escolas de ensino fundamental e médio. As escolas públicas eram as melhores, mais concorridas e havia equidade de oportunidades.
Você vai descobrir a verdade real. Não o que uma suposta comissão da verdade composta por simpatizantes de esquerda escolhidos a dedo vai tentar colocar na cabeça dos jovens.
PERGUNTE SE HAVIA "Sou DIMENOR, NÃO TOQUE EM MIM", assaltando e assassinando inocentes desarmados.
Para que você possa descobrir a verdade, não vou escrever o que eu quero que VOCÊ descubra sozinho.
Só lhe digo que tenho mais de 65 anos e aquela foi a melhor época de minha vida.
Se você descobrir uma verdade diferente da que passam na TV, não deixe de repassar a todos que puder.
Desconheço o autor, mas como tenho mais de 85 anos e vivi esses anos, concordo com tudo o que foi escrito acima! Eu podia brincar na rua, andar de bicicleta e ir a qualquer lugar sem ter que ser levado pela mãe ou pelo pai.
E acrescento: - Em termos de cidadania, aquela também foi a melhor época da minha vida!

NÃO É PROPAGANDA A FAVOR DE GOLPE MILITAR, MAS ENTRE AS DUAS DITADURAS, A DO ATUAL GOVERNO E A MILITAR, FICO COM A MILITAR
03 de janeiro de 2015
(Recebido por email)

BERZOINI, O PIT BULL DO LULISMO, JÁ ASSUME AMEAÇANDO A LIBERDADE DE IMPRENSA


 
O segundo mandato de Dilma começa mal, principalmente com o sindicalista carrancudo e aloprado Ricardo Berzoini no ministério das Comunicações. Vem aí, de novo, o projeto fascistoide de controle da imprensa, agora chamado de "regulação econômica da mídia". O projeto é de inspiração bolivariana. Berzoini já o defendia em 2007, como comentei aqui. Em 2015, os 51 milhões de cidadãos que votaram na oposição têm que sair às ruas para defender a democracia. No mais, espero que a presidente reincidente seja conhecida, na história, como Dilma, a Breve:

Nos primeiros minutos depois de assumir o Ministério das Comunicações, nesta sexta-feira, o petista Ricardo Berzoini deu declarações autoexplicativas sobre as razões de ter sido instalado no cargo: disse que o governo vai tentar implementar seu projeto de censura da imprensa, agora batizado pelo PT de regulação econômica da mídia.

Fiel escudeiro do ex-presidente Lula, de quem foi ministro, Ricardo Berzoini tem raízes no sindicalismo bancário, foi presidente do PT e é conhecido na Câmara dos Deputados pelo estilo truculento e pela ligação com as alas mais radicais do partido. A pedido de Lula e do comando do PT, ele assume a cadeira que era ocupada pelo paranaense Paulo Bernardo, que não encampava a proposta de censura aos meios de comunicação.

“O Poder Executivo pode fomentar a discussão. Todos os setores da economia que têm grande impacto social e econômico são regulamentados”, justificou. Para o ministro, o projeto fala "regulação econômica" porque o debate começará sobre as concessões públicas.

Após receber o cargo de Bernardo, Berzoini disse que empresários, sindicalistas e representantes de movimentos sociais serão chamados para discutir a proposta que o Executivo apresentará para votação no Congresso. De acordo com o novo ministro, inicialmente não há a intenção de incluir na proposta a regulação de conteúdo – como pretende o PT. Mas isso inicialmente: o próprio Berzoini admitiu que, “se for bem conduzida”, essa proposta “pode ser bem sucedida” e não conseguiu esconder o DNA bolivariano da proposta. "Se houver participação popular, tanto melhor."

Pela proposta do PT, para quem a imprensa livre é tratada como oposição, além de direcionar sua artilharia contra os grandes grupos de comunicação, um dos focos é a distribuição da receita publicitária aos veículos de informação – o que poderia redundar, no futuro, no controle indireto do conteúdo pelo governo. 
 
Desde que assumiu o Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff procurou manter distância do projeto petista de censura da imprensa: sepultou, inclusive, o projeto de lei para "regulação das comunicações", elaborado pela legenda durante o governo Lula, e que trazia na raiz o embrião autoritário da censura. Na gestão Lula, o principal entusiasta do projeto era o ex-ministro Franklin Martins, um dos responsáveis pela baixaria nas redes sociais disseminada pela campanha à reeleição de Dilma.
 
No ano passado, Dilma havia afirmado que pretende abrir um "processo de discussão" sobre a regulação econômica da imprensa. Disse que não sabia ainda como seria esse processo, mas afirmou que "isso jamais poderá ser feito sem consultar a sociedade". Pelas palavras de Berzoini, a sociedade a ser ouvida são grupos de sindicalistas e movimentos sociais aliados do PT.

(Veja.com)

03 de janeiro de 2015
 

ESSE TEMPO SECO DA VIDA




O tempo está passando depressa, como se fosse um caminheiro andante seguindo num rumo certo, quem sabe, o rumo do sertão, à procura daquela cruz abandonada que o poeta maior aconselhou deixar em paz na solidão…

Divaguei, mas é sempre assim quando me deparo com o tempo. Quando me deparo… E, por acaso, pode-se viver fora dele? Nem morto… O tempo é uno, não passa, nós é que passamos por ele, repito. E, se ele passasse, para onde iria? Para a eternidade? Sim, mas onde fica isso? Isso é assunto para filósofos da categoria de um ex-Luiz, Rosemary, Erenice, Palocci, Genoino, Youssef “et caterva”…

Gosto do diálogo interior, o que, às vezes, me coloca em conflito, mas faz que eu nunca esteja sozinho, pois estou sempre conversando comigo. Quando comecei falando em tempo seco da vida, não pensei na falta de chuvas por que passamos. Até não compreendo a preocupação das autoridades públicas com uma possível falta d’água num futuro que nunca será de alguém. O mundo é água. Eu e você também.
Tudo é água, inclusive a vida… Os políticos em geral e, em particular, os atuais governos criam ameaças para disfarçar sua incompetência e amedrontar o cidadão – esta a pior forma de dominação: pelo medo.

O mundo pode até acabar por excesso de água – como, aliás, dizem que acabou, quando da Arca de Noé –, nunca por falta. Agora, a preocupação é com o sistema Cantareira, em São Paulo. De quem a culpa? Dos políticos, claro, não da natureza. Esquecem eles, uns mais que os outros, que a variação do clima é normal. Se fizermos um estudo sobre a média anual de precipitação, constataremos que em um ano chove muito e em outro chove menos, mas, na média, fica tudo igual. A população é que aumenta em ritmo geométrico e, como consequência, o consumo aumenta. Políticos, em geral, têm visão curta; estadistas é que enxergam distâncias, mas essa classe de gente é cada vez mais escassa.

TUDO PASSARÁ

Na vida tudo passa e tudo passará; nada fica e nada ficará, diz um cantante… Nós, brasileiros, já fomos um povo melhor e, há muito, sofremos dos males das multidões. Já somos um povão de muito mais de 200 milhões de almas. Também é verdade que são muitos os desalmados. Parece que a cada dia mais enfraquece nosso sentimento de solidariedade e nosso orgulho de ser aquele povo humilde de que fala Chico Buarque, com aquela tristeza no peito, feito despeito de não ter como lutar e que dá até vontade de chorar…

Neste início de ano, não vou lembrar as desgraças que tanto nos magoam. Abstraio e fico pensando como tudo poderia ter sido diferente. Enquanto isso, desejo felicidades para todos nós, ainda que sejam petralhas… Eu ficarei ouvindo a sanfona pé de bode, zoando em minha saudade, como diz o poeta no sertão.
“Ex-corde”, até mais ver…

03 de janeiro de 2015
Sylo Costa
O Tempo

O HUMOR DO ALPINO

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03 de janeiro de 2015

 

VEXAME: ENVOLTO EM DENÚNCIAS, MINISTRO SE TRANCA EM SALA E FOGE DA IMPRENSA



George Hilton começou mal, muito mal

Acuado por denúncias, o novo ministro do Esporte, George Hilton (PRB), fugiu da imprensa na manhã de hoje logo após discurso durante transmissão do cargo. O titular da pasta se trancou numa sala para receber cumprimentos e evitar os questionamentos de repórteres. Ao entrar no recinto para falar com Hilton, o deputado André Sanches (PT-SP), achando que não havia nenhum jornalista no local, disse a uma integrante do cerimonial: “Manda essa imprensa à m…”.

George Hilton foi expulso do PFL em 2005 após ser flagrado com R$ 600 mil em espécie, no Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte. Ele chega à pasta tendo que explicar ainda porque não declarou à Justiça Eleitoral propriedade em uma empresa devedora da União.

Na segunda-feira, uma carta redigida por atletas brasileiros de renome internacional, incluindo medalhistas olímpicos, acusa a presidente de usar o ministério para fazer barganha política. Os esportistas se dizem “envergonhados e desprestigiados” com a escolha.

Durante o discurso, Hilton disse que as críticas recebidas não o intimidam. “As críticas me impulsionam”, afirmou. Declarou também que “pode não entender de esportes, mas entende de gente”, disse.

03 de janeiro de 2015
João Valadares
Correio Braziliense

REDE SOCIAL FERVE DESDE A POSSE E INTERNAUTAS DUELAM EM COMENTARIOS

 
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Visual de Dilma foi submetido a comparações na internet

As discussões entre os eleitores e a oposição não acabaram no segundo turno das eleições. Desde a posse da presidente Dilma Rousseff na tarde de quinta-feira , apoiadores dela e da oposição usaram hashtags para se expressar no Twitter.
Até o fim do dia de ontem, 28 mil brasileiros insatisfeitos se manifestaram usando #DilmaNãoMeRepresenta. Eleitores da presidente, por sua vez, escolheram usar #DilminhaLacrandoNaPosse como mote. Ao todo, 11 mil eleitores usaram o termo.

Os mais neutros também chamaram a atenção nos trending topics do Twitter. Até o fim da tarde, 24 mil internautas usaram #PosseDeDilma para se expressar. Não foi só a presidente reeleita, porém, o tema das discussões nas redes sociais. A vice-primeira dama, Marcela Temer também teve os seus minutos de fama e figurou entre os assuntos mais comentados do Twitter.

A palavra “Dilma”, por sua vez, foi a campeã de menções nas redes sociais, com 98,8 mil referências. As pessoas comentavam a roupa usada pela presidente e chegaram a fazer memes inspirados no visual ‘nude’.

03 de janeiro de 2015
Thaís Cunha
Correio Braziliense

A QUADRILHA VAI CONTINUAR NO PODER, PROMETE GILBERTO CARVALHO

       
 Governo Sociedade Civil (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Carvalho ressalva que não é ladrão

Com um discurso emocionado, o ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho (PT-SP), deixou o governo nesta sexta-feira (2). Ele se desculpou por suas declarações à imprensa que irritaram a presidente Dilma Rousseff e respondeu aos que acusam os integrantes do governo de fazer parte de uma “quadrilha”.

“A quem diz que perdeu as eleições para uma quadrilha, quero responder que é essa a nossa quadrilha. Para eles, pobre é quadrilha, essa é a quadrilha dos pobres, que foram injustamente vencidos na história, que foram o tempo todo marginalizados e que agora estão sendo tratados minimamente com dignidade. Com muito orgulho quero dizer que pertenço a essa quadrilha e vamos continuar mudando no País”, disse Carvalho durante a cerimônia de transmissão de cargo.

O ex-ministro foi substituído por Miguel Rossetto. A pasta tem a função de fazer a interface do Planalto com movimentos sociais. Rossetto disse que seguirá a orientação dada pela presidente Dilma de não retroagir em direitos já conquistados. “Há que se dar continuidade a um projeto iniciado com um conceito expresso. Nenhum direito a menos, nenhum passo atrás”, disse o ministro Rossetto.

NÃO É LADRÃO

Antes, Carvalho, em um discurso emocionado, disse que não é ladrão. “É por conta dessa gente que ganhamos as eleições, é por conta desse tipo de mudança que ganhamos as eleições. E ai de quem se apega ao poder. A política é feita para servir. A imensa maioria dos nossos companheiros, ministros e assessores trabalha aqui por amor, trabalha aqui para servir. Nós não somos ladrões. Eu volto para casa depois de 12 anos com minha quitinete rural e com meu apartamento que estou devendo para o Banco do Brasil durante 19 anos. Desafio certas vestais a comparar a evolução patrimonial de todos eles com os nossos ministros, nossos parlamentares, nossa gente. Não vamos levar desaforo para casa. Temos dignidade”, disse o ministro, arrancando aplausos da plateia.

O petista continuou o desabafo. “É verdade que há entre nós aqueles que tombaram e aqueles que caíram nos erros. Diferentemente de antes, cada um de nossos companheiros que cometeu um erro foi punido, pagou um preço doloroso para nós, mas pagou o preço e isso eu espero que sirva de fato para um novo padrão republicano.”

“SINCERICÍDIO”

Carvalho disse que suas declarações feitas a imprensa ocorreram em momentos de “sincericídio”. “Eu pedi desculpas a ela porque eu dei muita dor de cabeça a ela, principalmente, devido as minhas declarações à imprensa”, afirmou.

“Nesta casa ninguém falava com os jornalistas e eu caía na deles e de repente isso virava uma bomba. Mas em nenhum momento eu me arrependi”, disse Carvalho, que protagonizou episódios de saia justa no governo.
Na Copa do Mundo, por exemplo, Carvalho rechaçou a ideia de que as vaias e xingamentos nos estádios contra a presidente, partiram da “elite branca”, como defendiam petistas, entre eles o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

03 de janeiro de 2015
Luciana Lima
 iG Brasília

EM 2014, DILMA ABUSOU DO "DILMÊS" E NÃO SE FEZ ENTENDER




As confusões de discurso já viraram marca registrada da presidente Dilma Rousseff e, neste ano eleitoral, quando ela precisou mais deixar os textos de lado e se arriscar mais no improviso, não se fez entender em uma infinidade de momentos.

Dilma já celebrizou a expressão “no que se refere”, à qual sempre recorre para introduzir um assunto. A presidente também já é famosa pelo “porquê” retórico, que sempre lhe permite um tempinho a mais para pensar no que virá em seguida.

Apesar disso, não escapou de se enrolar e provocar situações embaraçosas, incompreensíveis e engraçadas ao longo do ano.

Já na pré-campanha ela deu o tom das sucessivas confusões. Ao participar cerimônia de entrega unidade do programa Minha Casa Minha Vida, em Camaçari, na Bahia, Dilma receitou:
“Abacaxi tranca, quiabo flui”, para justificar o nome do complexo de viadutos construído pelo governo de Jaques Wagner em parceria com o governo federal, para melhorar o trânsito, conhecido como Nova Rótula do Abacaxi. A comparação entre o “abacaxi” e o “quiabo” concluiu uma série de escorregões da presidente para falar da obra.

RÓTULA DO ABACAXI…

“Eu tenho certeza que o governador Jaques Wagner, com o apoio do seu secretário da Casa Civil, Rui Costa, deixam um legado para o povo baiano de imensa qualidade”, disse Dilma, ainda com o discurso menos truncado.

“Obras das mais variadas, desde obras de mobilidade urbana, como é a solução aí do largo do abacaxi, da via do abacaxi ali, rótula do abacaxi, que virou, segundo eles, quando eu fui lá inaugurar, a rota, uma rota diferente, um rótula diferente, a rótula do quiabo a rota, a rótula que saía abacaxi tranca, o quiabo flui”, disse a presidente, arrancando gargalhadas dos presentes.

PARA QUE O BODE SOBREVIVA…

Pouco menos de um mês antes, no Ceará, a presidente já havia filosofado sobre a importância dos bodes para o Nordeste ao prometer recursos do Plano Safra para os caprinos.

“Os bodes, eu não lembro qual é o nome, mas teve um prefeito, teve o prefeito de Tejuçuoca e me disse assim: ‘Eu sou o prefeito da região produtora da terra do bode’. Então, é para que o bode sobreviva que nós vamos ter de fazer também um Plano Safra que atenda os bodes que são importantíssimos e fazem parte de toda tradição produtiva de muitas das regiões dos pequenos municípios aqui do estado”, prometeu a presidente durante solenidade de entrega de máquinas e equipamentos.



CONFUNDINDO OS ESTADOS

Em meio às sucessivas viagens para inaugurar obras antes do início da campanha, a presidente continuava se confundindo com os estados. No Pará, pensou estar no Ceará. “Aqui no estado do Ceará. Não, no estado do Pará. Desculpa, gente. É que fui pro Ceará, tá? Ontem eu estava no Ceará. Aqui eu não falei uma coisa. Ah, não, falei sim, né?”, disse a presidente, durante cerimônia de anúncio de investimentos em obras de mobilidade urbana para Belém.

SEGREGANDO O METRÔ…

No mesmo dia, Dilma se enrolou para explicar a importância do metrô para cidade. “Então, continuando, a gente quer que melhore a rapidez, a segurança, então, nós chegamos à seguinte conclusão: vamos dar prioridade a segregar a via de transporte.
Segregar via de transportes significa o seguinte: ou você faz metrô, porque o metrô… porque o metrô, segregar é o seguinte, não pode ninguém cruzar rua, ninguém pode cruzar a rua, não pode ter sinal de trânsito, é essa a ideia do metrô.
Ele vai por baixo, ou ele vai pela superfície, que é o VLT, que é um veículo leve sobre trilho. Ele vai por cima, ele para de estação em estação, não tem travessia e não tem sinal de transito, essa é a ideia do sistema de trilho”, disse a presidente.

MANGAS BEM DOCES…

Em época de campanha, até garantir o pleno acesso a “mangas bem doces” vira promessa. Neste caso, a presidente se esforçou, em Belém para relacionar as obras de mobilidade urbana com o desfrute das mangueiras carregadas da capital paraense.

“De fato, deve ser muito bom morar numa cidade que de repente você pode chuchar uma árvore e cair uma manga na sua mão. É de fato algo que todo mundo quer, é pegar e ter acesso a uma boa manga. E o que me disseram é que as mangas aqui são excepcionalmente doces”, relacionou.

SE O PAPA DISSE ISSO…

O tema mobilidade urbana ainda fez com que Dilma sugerisse passeios e chopinhos com esposas, maridos, namoradas e namorados. Quando uma pessoa da plateia sugeriu liberdade para passear com a amante, a presidente foi rápida: “Cada um faz o que quer, meu filho”, retrucou. Se o Papa disse isso, quem sou eu para dizer o contrário”, justificou.

PRONATEC PARA ECONOMISTA…

Houve momentos na campanha em que a presidente aplicou a resposta ensaiada para a campanha na hora errada e acabou se metendo em saia justa, para a alegria de seu adversário, o tucano Aécio Neves. No último debate promovido pela TV Globo, Dilma “recomendou” os cursos do Pronatec e do Senai para uma economista desempregada, sorteada entre os eleitores indecisos para fazer pergunta à candidata.

“Eu acho interessante Elizabete, que você olhasse entre os vários cursos oferecidos inclusive pelo Senai, que são cursos para pessoas que tem a possibilidade de conseguir um salário ou um emprego melhor se você não acha colocação. Porque eles tem uma carência imensa de trabalho qualificado no Brasil”, disse Dilma perante a economista.

“Se não se fizer qualificação profissional, o que não se consegue fazer? Não se consegue fechar aquela demanda por trabalho, por mão de obra qualificada com a oferta”, explicou a presidente. “Então, o que é o Pronatec? O Pronatec é para garantir que você tenha um emprego adequado a sua situação”, disse Dilma, falando sério.

03 de janeiro de 2015
Luciana Lima
iG Brasília