A Estratégia do Medo dos Corruptos Petralhas
A investigação da Lava Jato atualizou um esquema que já operava de forma escancarada desde os anos 2000, com o escândalo do Banestado, e que foi timidamente mostrado no caso do Mensalão. Pessoas a serviço do doleiro abriam empresas e recrutavam laranjas para que seus nomes sejam usados em empresas de fachada. Essas empresas fantasmas fazem as operações em grandes bancos – que hoje contam com sofisticados departamentos de compliance para identificar possíveis falcatruas.
Os bancos são coniventes? Hoje é difícil, porém a cúpula pode não saber o que ocorre. Gerentes dão suporte às operações de abertura e manutenção das contas. Recebiam, em troca, suas comissões. Grande parte da grana da corrupção sai do Brasil para contas abertas em nome de empresas Off-shores. Doleiros operam como um banco central de compensação. A moeda estrangeira (dólar ou euro) é entregue em espécie ou mediante depósito no exterior em contrapartida a pagamento de reais no Brasil. Praticamente, não existe movimentação física do dinheiro. Tudo ocorre contabilmente.
Traficantes de drogas dos EUA, Europa e África – que recebem em dólar e euro – descobriram que transformar em reais no Brasil, usando os doleiros daqui, é um excelente negócio. A grana retorna ao Brasil no formato, limpinho, de “Investimentos Estrangeiros Diretos”. Ou, simplesmente, na contabilidade ilegal paralela dos “doleiros”. As pontas se fecham porque os corruptos brasileiros (que sangraram os cofres públicos) desejam transformar o dinheiro que faturam no Brasil em moedas fortes estrangeiras, para guardar a grana lá fora, preferencialmente longe do voraz leão do imposto de renda. O triste é que muita gente incauta, de classe alta ou famosa, não necessariamente corrupta, é parceira destas operações ilegais.
Só uma profunda revolução econômica, transformando o Brasil em um País capitalista liberal de verdade, pode mudar tal quadro de corrupção consolidada. Nada vai mudar efetivamente enquanto o judiciário não funcionar de verdade, enquanto a carga tributária continuar absurdamente elevada, enquanto a gastança e o desperdício da máquina estatal vigorarem, enquanto não houver transparência pública e efetivos mecanismos de controle do cidadão comum sobre os negócios estatais e enquanto a política puder servir como meio fácil para negócios ilícitos ou criminosos, sem efetiva punição dos bandidos.
Eis o Brasil que espera pelo próximo Presidente. Se for a Dilma, a festança continua... Se for o Aécio, será necessária uma pressão constante sobre ele para que implemente as mudanças básicas prometidas. Do contrário, o esquema de poder também se acomoda, e nada se altera. O Brasil continuará condenado a ser a vanguarda capimunista do atraso. Neste caso, se o Capeta permitir, ainda podemos esperar por Lula da Silva - já fazendo sua campanha presidencial de 2018, lançada pela astúcia do Rui Falcão – o Chapolim Colorado de Monte Aprazível...
A eleição presidencial tende a ser decidida no fotochart... Este é o fato grave em um País que consegue estar dividido ideologicamente entre os que idolatram os líderes petistas e aqueles que os rejeitam (uns até os odeiam, com recíproca verdadeira) e os querem fora do poder. Esta divisão quase idêntica de forças entre situação e oposição indica que o próximo governo será turbulento politicamente.
Como já vivemos uma guerra civil não declarada, com mais de 56 mil assassinatos por ano, ninguém duvide que as pré-condições para um processo radical sangrento já não estejam consolidadas... O bicho tende a pegar... O PT deve ser obrigado a largar o osso no fim do ano. Mas persistirá na guerra sem limites para retomá-lo, daqui a quatro anos... Na politicagem brasileira, cão que ladra também morde...
Socorro no debate
19 de outubro de 2014
O que os marketeiros petralhas têm a ver com os estrategistas de guerra do Exército de Libertação do Povo da China? Ambos são capimunistas. Amam o lado bom do capitalismo combinado com o centralismo autoritário, como tática para aparelhar a máquina estatal, roubar dela o máximo que puder para seus políticos dirigentes e controlar, mais facilmente, o povo cada vez mais amedrontado, idiotizado, infantilizado, erotizado e submetido a variados tipos de violência.
No poder ou na época de campanhas eleitorais, os capimunistas e seus marketeiros receitam e praticam a difusão do medo – um dos mais eficazes princípios da chamada “Guerra Além dos Limites” – que combina, de forma justa e perfeita, com o “Gramscismo” (práticas neomarxistas do italiano Antonio Gramsci). A doutrina militar é praticada pela turma do Foro de São Paulo – o balaio de gatos que mistura políticos corruptos, com esquerdistas radicalóides e narcoterroristas na América Latina e Caribe, fundado por Lula da Silva e Fidel Castro em 1990.
A leviana campanha petralha contra Aécio Neves – também empregada, no primeiro turno, contra Marina Silva – se baseia na estratégia do medo, combinada com a da mentira, no formado de uma guerra eleitoral assimétrica. No seu sentido mais puro, Guerra Assimétrica consiste em contrapor ao inimigo algo que anule a vantagem tecnológica ou estratégica que ele possui. A turma do Foro de São Paulo conseguiu inserir em nosso cenário a segregação ideológica combinada com farta mentira contra os adversários-inimigos.
Nas redes sociais e na propaganda boca-a-boca das periferias, os deformadores de opinião petralhas pregam que não se deve votar em Aécio: “porque ele é de direita”, “porque ele é cheirador”, “porque ele bate em mulher” e “porque ele vai acabar com o bolsa família” – dentre outras calúnias, injúrias, difamações e mentiras menos votadas em uma “Guerra além dos limites”... Marketeiros e gramscistas conhecem bem o livrinho escrito, em 1997, por dois oficiais da Força Aérea do Exército de Libertação da China – o People Liberation Army, tão estudado pela CIA dos Estados Unidos da América do Norte...
Os dois oficiais e ideólogos chineses, Qiao Liang e Wang Xiangsui, na obra “Unrestricted Warfare”, defendem que o primeiro princípio de batalha é que não há regras e nada é proibido. Na visão deles, “entender e empregar o princípio da assimetria corretamente permite explorar os pontos fracos do inimigo”. Os métodos práticos propostos para tal fim, no caso de uma campanha eleitoral, consistem em táticas de terror em meio à violência urbana, ataques a instituições financeiras, hackeagem contra sites adversários, uso ofensivo da mídia aliada e uma demolidora propaganda contra os adversários e inimigos.
Os chineses pregam que a difusão do medo e incerteza nos meios militares e civis será a mais importante das armas em um conflito tipo Unrestricted Warfare. "Nós podemos criar muitos métodos de causar medo que são mais efetivos que matar. Até o último ser humano o mais duro não consegue impedir - no mundo interior do seu coração - os ataques de psychological warfare (guerra psicológica)". Enfim, eles concluem: "O que realmente atinge terror nos corações das pessoas é a junção dos terroristas com vários tipos de novas tecnologias, que podem gerar novas super-armas”.
Aqui na república Sindicalista do Brazil, regida pelo Capimunismo, junto com a guerra além dos limites, também está valendo a lição do economista norte-americano Thomas Sowell, na obra “Is Reality Optional?: And Other Essays (1993, p. 131)”: "A primeira lição da economia é a escassez: nunca há o bastante de algo para satisfazer todos aqueles que o querem. A primeira lição da política é ignorar a primeira lição da economia”. Marketeiros nazicomunopetralhas e os políticos por eles orientados seguem isso com perfeição. O eleitorado apoia, comodamente...
O mesmo Thomas Sowell, na obra “Barbarians Inside the Gates”, recomenda, com fina ironia: "Quando você quer ajudar as pessoas, conte a verdade. Quando você quer ajudar a si próprio, conte o que elas querem ouvir". Em “Knowledge and Decisions” (1980, p. 334), o economista dá outro recado valioso à turma de Bruzundanga: “É incrível como algumas pessoas acham que nós não podemos pagar médicos, hospitais e medicamentos, mas pensam que nós podemos pagar por médicos, hospitais, medicamento e toda a burocracia governamental para administrar isso".
Os promotores do medo, que têm coragem total para roubar, corromper e se locupletar à custa dos recursos públicos, consolidam tal pensamento na cabeça da massa. Assim, a canalhice come solta e o eleitor que tem a cabeça feita pelo esquema acha tudo normal... O pragmatismo cínico em vigor no senso comum dos mais ignorantes (a grande maioria) dá uma certa “legitimidade” ou “carta branca justificada” para a ação dos corruptos. A lógica canalha é: “se o cara olha para os pobres, e lhes dá alguma coisa, pode roubar à vontade, que qualquer um faria o mesmo se estivesse no lugar dele ou tivesse oportunidade”.
Tal “doutrina” da putaria institucionalizada (que nos perdoem as prostitutas profissionais que dão duro para ganhar a vida) é a tônica do eleitorado tupiniquim. Neste cenário dantesco, honestidade, seriedade e ética aceitam qualquer significado. Os valores essenciais são neurolinguisticamente corrompidos. Errados são sempre os outros, da oposição. A situação, hoje no poder, está sempre certa.
Eis o dogma da netadaputice no melhor estilo da velha propaganda nazista ou soviética, baseada na repetição insistente das mentiras, e dos falsos conceitos e valores, até que eles acabem reconhecidos pela massa ignara como a verdade, o falso consenso a ser seguido por todos, como uma ordem dogmática, emocional, sem questionamento racional.
O modelo da roubalheira institucionalizada, no Brasil da impunidade ampla, geral e irrestrita, sob a governança do crime cada vez mais organizado politicamente, segue essa mesma “lógica invertida da falsa verdade”. Tudo muito natural de acontecer em um Estado que inventou uma sociedade, e não foi inventado por ela. Um Estado que, historicamente, sempre se alimentou da exploração, dos abusos e da corrupção contra o cidadão. A novidade recente é que, antes, prevalecia apenas a roubalheira. Agora, ela é “socializada”. Como os corruptos “olham pelos pobres” merecem o voto...
A investigação da Lava Jato atualizou um esquema que já operava de forma escancarada desde os anos 2000, com o escândalo do Banestado, e que foi timidamente mostrado no caso do Mensalão. Pessoas a serviço do doleiro abriam empresas e recrutavam laranjas para que seus nomes sejam usados em empresas de fachada. Essas empresas fantasmas fazem as operações em grandes bancos – que hoje contam com sofisticados departamentos de compliance para identificar possíveis falcatruas.
Os bancos são coniventes? Hoje é difícil, porém a cúpula pode não saber o que ocorre. Gerentes dão suporte às operações de abertura e manutenção das contas. Recebiam, em troca, suas comissões. Grande parte da grana da corrupção sai do Brasil para contas abertas em nome de empresas Off-shores. Doleiros operam como um banco central de compensação. A moeda estrangeira (dólar ou euro) é entregue em espécie ou mediante depósito no exterior em contrapartida a pagamento de reais no Brasil. Praticamente, não existe movimentação física do dinheiro. Tudo ocorre contabilmente.
Traficantes de drogas dos EUA, Europa e África – que recebem em dólar e euro – descobriram que transformar em reais no Brasil, usando os doleiros daqui, é um excelente negócio. A grana retorna ao Brasil no formato, limpinho, de “Investimentos Estrangeiros Diretos”. Ou, simplesmente, na contabilidade ilegal paralela dos “doleiros”. As pontas se fecham porque os corruptos brasileiros (que sangraram os cofres públicos) desejam transformar o dinheiro que faturam no Brasil em moedas fortes estrangeiras, para guardar a grana lá fora, preferencialmente longe do voraz leão do imposto de renda. O triste é que muita gente incauta, de classe alta ou famosa, não necessariamente corrupta, é parceira destas operações ilegais.
Só uma profunda revolução econômica, transformando o Brasil em um País capitalista liberal de verdade, pode mudar tal quadro de corrupção consolidada. Nada vai mudar efetivamente enquanto o judiciário não funcionar de verdade, enquanto a carga tributária continuar absurdamente elevada, enquanto a gastança e o desperdício da máquina estatal vigorarem, enquanto não houver transparência pública e efetivos mecanismos de controle do cidadão comum sobre os negócios estatais e enquanto a política puder servir como meio fácil para negócios ilícitos ou criminosos, sem efetiva punição dos bandidos.
Eis o Brasil que espera pelo próximo Presidente. Se for a Dilma, a festança continua... Se for o Aécio, será necessária uma pressão constante sobre ele para que implemente as mudanças básicas prometidas. Do contrário, o esquema de poder também se acomoda, e nada se altera. O Brasil continuará condenado a ser a vanguarda capimunista do atraso. Neste caso, se o Capeta permitir, ainda podemos esperar por Lula da Silva - já fazendo sua campanha presidencial de 2018, lançada pela astúcia do Rui Falcão – o Chapolim Colorado de Monte Aprazível...
A eleição presidencial tende a ser decidida no fotochart... Este é o fato grave em um País que consegue estar dividido ideologicamente entre os que idolatram os líderes petistas e aqueles que os rejeitam (uns até os odeiam, com recíproca verdadeira) e os querem fora do poder. Esta divisão quase idêntica de forças entre situação e oposição indica que o próximo governo será turbulento politicamente.
Como já vivemos uma guerra civil não declarada, com mais de 56 mil assassinatos por ano, ninguém duvide que as pré-condições para um processo radical sangrento já não estejam consolidadas... O bicho tende a pegar... O PT deve ser obrigado a largar o osso no fim do ano. Mas persistirá na guerra sem limites para retomá-lo, daqui a quatro anos... Na politicagem brasileira, cão que ladra também morde...
Socorro no debate
Responda, Dilminha...
Quem foi a responsável pela nomeação do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, para receber polpudos jetons como membro do Conselho de Administração da “estatal” Itaipu Binacional?
Vaccari, que cuida das finanças da campanha de Dilma, foi denunciado na “colaboração premiada” de Paulo Roberto Costa como o sujeito que recebia os repasses das comissões de 2% que sobravam das negociatas de corrupção com empreiteiras que prestam serviços à Petrobras.
Vaccari é o mesmo processado por fraudes na gestão da Cooperativa Habitacional dos Bancários do Estado de São Paulo (Bancoop), na qual fora diretor financeiro entre 2003 e 2004 e presidente de 2005 até fevereiro de 2009.
O Ministério Público denunciou que a Bancoop bancava campanhas petistas...
Red Car lhe dá asas...
Bicho pegando lá nos States
Tem muito político corrupto brasileiro que é sério candidato a ser bilionário, porém não ter direito a um passeio com a família na Disney, sem acabar preso pelas autoridades norte-americanas...
A petralhada ficou apertadinha com a confirmação da notícia de que o Departamento de Justiça dos EUA, junto com a Security Exchange Commission, estão investigando, em sigilo, as denúncias de corrupção na Petrobras – cujas ações são negociadas na Bolsa de Nova York.
Um time de 28 advogados e analistas, que passaram uma temporada este ano visitando a Bovespa, têm a missão de verificar se os dirigentes da Petrobras (alvos de denúncias de corrupção em processos oriundos da Operação Lava Jato) descumpriram as normas antifraudes SOX (Lei Sarbanes-Oxley).
Bomba à vista
Já tem promotor e magistrado em Nova York estudando, seriamente, a possibilidade de que seja suspensa a negociação de ADRs da Petrobras (recibos de ações negociados na Bolsa).
A restrição poderia valer sine die, até que a Petrobras comprove ao mercado internacional que opera inteiramente dentro do nível 1 de governança corporativa.
As “colaborações premiadas” de Paulo Roberto Costa e seu fiel doleiro Alberto Youssef (que nega ser o chefão verdadeiro do esquema) causaram mais turbulência lá fora que no mercado brasileiro...
O mar não ficará para molusco se gente séria, como o juiz novaiorquino Robert Drain, resolver pegar pesado com os negocistas brazucas...
Quem avisa...
A Arko Advice, empresa sediada em Brasília que faz análise política e cenários prospectivas, advertiu, em seu comunicado a clientes em 12 de outubro, que a coisa poderia ficar preta para os dirigentes da Petrobras:
“Informações apontam, ainda, o cuidado dos órgãos americanos em não vazar suas conclusões preliminares em ambiente eleitoral, devido a seu potencial desestabilizador. O certo, porém, de acordo com nossas fontes, é que as investigações estão em curso e podem resultar em convocação dos envolvidos para depoimentos e multas, além do risco de entrarem no campo criminal”.
O informe é assinado pelos dirigentes da consultoria: Murillo de Aragão, Cristiano Noronha, Carlos Eduardo Bellini e Marcos Augusto Queiroz.
Queda de pressão em debates
Numerologia da pesquisa
Piada fantasmagórica
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai!
19 de outubro de 2014
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.