"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 10 de maio de 2014

MULHERES VALEM U$12 NA NIGÉRIA

O Islã avança rumo a uma religiosidade cada vez mais pura e próxima às fontes. No norte da Nigéria, um homem que se diz líder do Boko Haram assume sequestro de mais de 200 adolescentes no norte da Nigéria. A organização – cuja tradução é “a educação ocidental é um pecado” - deseja fundar Estado islâmico no país e já teria matado mais de 3.000 pessoas. Segundo os jornais, os puros e duros islâmicos do grupo reivindicaram ontem o sequestro de 276 meninas de Chibok, no norte do país, ocorrido no dia 14 de abril. Em vídeo, o movimento prometeu tratar as adolescentes como escravas, vendê-las em países vizinhos e forçá-las a casar.

A mensagem foi lida por um homem que se identificou como Abubakar Shekau, líder do grupo radical. "Eu capturei suas meninas. Nós vamos vendê-las no mercado, por Alá. Alá diz que eu devo vendê-las. Ele me ordenou que as venda. Vou vender mulheres. Eu vendo mulheres".

No vídeo, ele aparece usando uniforme militar e de pé diante de um veículo blindado e duas camionetes com metralhadoras.

"Eu disse que a educação ocidental deve parar. Vocês, meninas, devem deixar a escola e se casar", acrescentou Shekau, que indicou manter as jovens como "escravas".

Alguém ainda lembra de Malala Yousufzai? Aconteceu há pouco mais de um ano. As celebridades criadas pela mídia são tão fugazes que até eu, que escrevi sobre o assunto, não mais lembrava.

Malala foi aquela estudante paquistanesa, de 16 anos, atacada com tiros na cabeça pelos talibãs por defender o direito de educação das meninas, que ganhou projeção mundial ao defender o óbvio. Em julho passado, foi aplaudida de pé na sede da ONU, onde pediu aos líderes mundiais que proporcionem educação compulsória e gratuita para todas as crianças.

Ora, quem não quer educação gratuita e compulsória para as crianças? A fortuna de Malala foi viver em um país dominado por fanáticos muçulmanos e ter sido alvejada na cabeça. Suas conclamações nada têm de novo ou original. Até parece o papa pedindo preces pela paz. A ONU declarou a data de seu aniversário, 12 de julho, como Dia de Malala.

Ao discursar para líderes jovens de mais de 100 países, ela pediu "uma luta global contra o analfabetismo, a pobreza e o terrorismo". "Vamos pegar nossos livros e canetas", disse ela. "Eles são nossas armas mais poderosas. Uma criança, um professor, um livro e uma caneta podem mudar o mundo. Educação é a solução".

Só que a fama súbita parece ter subido à cabeça da menina e inspirado sandices. Malala inaugurou em setembro passado, na Inglaterra, a maior biblioteca pública da Europa, na região central de Birmingham.

Com a mosca azul zumbindo sobre sua cabecinha adolescente, Malala desatou a dizer bobagens. “Não há arma mais poderosa do que o conhecimento nem maior fonte de conhecimento do que a palavra escrita. Canetas e livros são armas que derrotam o terrorismo”, disse Malala, que vive na cidade inglesa desde outubro, após ter sobrevivido ao atentado praticado por militantes do Talibã.

Que educação é a solução, isto não se discute. Que canetas e livros sejam armas que derrotam o terrorismo, isto é solene bobagem de jovem que melhor teria feito se inaugurasse a biblioteca em silêncio. Afinal, é um livro que está a base da opressão islâmica, da mesma forma que um livro oprime judeus e cristãos até hoje. Não por acaso, árabes, judeus e cristãos são chamados de povos do Livros. Livros libertam, sim. Mas podem muito bem oprimir. Todo movimento terrorista tem em sua base um livro.

Terrorismo não é achado de homens incultos, muito antes pelo contrário. Em meados do século XIX, surgiu na Rússia tzarista um pequeno manifesto intitulado O Catecismo do Revolucionário, escrito na Suíça e assinado por dois revolucionários russos, Serguei Guennadovich Netchaiev e Mikhail Bakunin. Este panfleto tem sido até hoje a cartilha que inspirou todo terrorismo do século seguinte, desde Lênin, Stalin, Yasser Arafat, George Habash, Wadi Haddad, Carlos, o Chacal, Che Guevara, Aloysio Nunes Ferreira, Lamarca, Marighella e Fernando Gabeira, etarras ou OLP. Entre milhares de outros, bem entendido.

O atentado contra a menina provocou protestos ao redor do mundo, incluindo críticas da ONU e de potências ocidentais, assim como uma mobilização popular dentro do próprio Paquistão, ultrapassando as barreiras étnicas, religiosas e políticas do país. Malala foi indicada a premiações internacionais e recebeu o Prêmio Nacional da Paz, concedido pelo governo paquistanês, no ano passado.

Hoje, quem lembra de Malala? Mas o Islã avança, dizia. Há exatamente uma semana, eu comentava o projeto de lei que quer legalizar o casamento das meninas e o estupro conjugal no Iraque. Um de seus artigos permite que as crianças se divorciem a partir dos nove anos, o que significa que podem se casar antes desta idade. Outro prevê que uma mulher seja obrigada a ter relações sexuais com seu marido quando ele pedir.

Tudo muito coerente com o Islã. Maomé – abençoado seja seu nome – não se casou com Aisha quando ela tinha seis e consumou o casamento aos nove? Se o profeta pode, por que não poderiam os crentes?

Os opositores ao projeto afirmam que representa um retrocesso em matéria de direitos da mulher e que pode agravar as tensões entre diferentes confissões do país. Os partidários do projeto de lei afirmam que o texto apenas regula práticas que já existem.

Segundo a imprensa nigeriana, Abubakar Shekau vendeu algumas das estudantes seqüestradas como esposas em mercados na fronteira com o Chade e Camarões, a US$ 12 (R$ 26). Perguntinha que me parece pertinente: qual mulher não é vendida no mundo árabe? Ou alguma muçulmana pode escolher namorado ou marido? Só que 12 dólares me parece muito barato.

Os festivais de camelo de Riad, Arábia Saudita, atraem todos os anos milionários empresários árabes que pagam até US$ 5 milhões por um camelo.
 
10 de maio de 2014
janer cristaldo

UTC ENGENHARIA, UMA DAS MAIORES DOADORAS DO PT E DA DILMA, É SÓCIA DO DOLEIRO YOUSSEF EM HOTEL NA BAHIA


 
Dilma e Graça Foster em visita a uma das dezenas de obras que a UTC faturou na Petrobras.
 
Segundo a coluna Radar Online da Veja, a empreiteira UTC, fornecedora da Petrobras, é sócia do doleiro Alberto Youssef num empreendimento na Bahia, o Web Hotel. Este três estrelas de Salvador é o único investimento em hotéis do grupo UTC, que fatura 3 bilhões de reais ao ano.
 
Não é segredo que hotel e um dos negócios preferidos pelas máquinas de corrupção, pois permite que o dinheiro frito seja esquentado. Basta declarar que, tendo uma ocupação de 30% em média, o hotel teve 100% de lotação. 
 
A UTC é uma das maiores doadoras da campanha de Dilma Rousseff em 2010. Contribuiu com R$ 5 milhões. Para o PT e partidos da base doou outros R$ 18 milhões para partidos da base. Destaca-se aí a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), uma das maiores beneficiadas pela empreiteira sócia do doleiro. Outros R$ 5 milhões foram doados a políticos da oposição, na velha estratégia da corrupção de doar para todos para não levantar suspeitas.
 
Segundo o Ministério Público, a UTC não poderia ter feito doações pois é concessionária de serviços públicos e, por isso, entrou com ação na Justiça Eleitoral, em 2011. Ela é concessionária de dois blocos exploratórios de petróleo nas bacias Potiguar, perto de Mossoró (RN), e Rio do Peixe (PB). Agora aparece a prova de que a empresa também é concessionária do doleiro Yousseff. E o PT e a Dilma, como sempre, os maiores beneficiados.

10 de maio de 2014
in coroneLeaks  

O QUE DIZ UM MEMBRO DA COMISSÃO DE ÉTICA DO PT

“Joaquim Barbosa deve ser morto. Contra Joaquim Barbosa toda violência é permitida.”

A Polícia Federal investiga perfis que publicam mensagens racistas e com ameaças de morte ao ministro Joaquim Barbosa. Quanto pior o crime, mais alto o envolvimento do criminoso com o PT.


ameaça morte joaquim babosa Membro da Comissão de Ética do PT: Joaquim Barbosa deve ser morto. Contra Joaquim Barbosa toda violência é permitida.
 
Há vários estudos sérios sobre a relação entre a criminalidade e as próprias teorias criminológicas que são defendidas por pessoas criminosas – ao menos em países onde o debate atinge questões muito mais elevadas, como na América (vide-se o imperdível artigo Where is the Rehabilitation for ‘Racists’?, no American Thinker dessa semana).
 
O Partido dos Trabalhadores, que cresceu sob o manto de defender a “ética”, mas foi flagrado no maior esquema de corrupção do país para tentar aplicar um golpe totalitário e governar por decreto, como fazem seus ídolos Fidel Castro, Hugo Chávez e Nicolás Maduro, é um partido que, mais do que qualquer outro, cria entre seus simpatizantes uma mentalidade própria em relação a crimes.
 
É difícil imaginar um tucano com uma visão “tucana” sobre homicídios, distinta de qualquer teoria criminológica mais aprofundada, ou um peemedebista com uma visão “de partido” sobre o estupro, um democrata com uma nova interpretação partidária a respeito da corrupção ou um petebista pensando primeiro nas eleições e depois na moral quando tenta diferenciar culpados e inocentes num caso de roubo. A cena se inverte com o PT e seus filhotes ainda mais radicais.
 
Uma reportagem bastante assustadora da revista VEJA dessa semana dá conta do que seria o PT se tivesse pleno poder (como o que tentou ao dar o golpe totalitário do mensalão), e como trata seres humanos que não se curvam ao seu projeto de poder total.
 
Desde que o escândalo do mensalão veio à tona, quem tomou a dianteira para cuidar do caso foi o juiz da Suprema Corte do país Joaquim Barbosa. O juiz Barbosa foi indicado ao STF por Lula, que mal o conhecia, após Barbosa conhecer seu então amigo Frei Betto em um aeroporto, e Betto ter se impressionado com o juiz.
 
Barbosa, homem progressista, ligado à tradição do Direito Achado na Rua, que sempre votou no PT (inclusive nas duas eleições de Lula e Dilma), a favor de cotas e cujas credenciais para não ser chamado de “esquerda” reduzem-se apenas a ter julgado à letra da lei a tentativa de concentração de poder aos moldes bolcheviques-bolivarianos que estava sendo tramada pelos mensaleiros.
 
Mesmo assim, apenas por ter julgado, com amplo direito de defesa (e quase uma nova tentativa de moto perpetuo jurídico, nas palavras do também petista e ex-juiz do STF Eros Grau) e votado pela condenação dos corruptos ditatoriais, caiu no padrão de ódio irrefreável da militância petista, com sua visão própria sobre crimes.
 
Joaquim Barbosa, que é negro, foi alvo de intensa campanha racista. Foi chamado, entre outras coisas impublicáveis, de “negro vadio que só está lá por causa do Lula”, “animal da pior espécie”, “negro alçado a ministro graças à (sic) Lula” e outros xingamentos que sempre chamavam atenção para a cor da sua pele (como “Ministro de Ébano”), colocada de forma negativa, como um xingamento.
Ou seja, ataques racistas, que não seriam aplicados caso o ministro fosse branco. O mais famoso foi “capitão do mato”, que eram os negros que ajudavam os senhores de engenho a capturar outros negros fugitivos, na época da escravidão.
 
Era constantemente chamado de “covarde” (como se julgar políticos golpistas e corruptos fosse um ato de falta de coragem em obedecer) e “traidor” (a mentalidade petista crê que um juiz, quando indicado por um ocupante do Poder Executivo, não deve julgar o Poder Legislativo, e sim obedecer interesses partidários, confundidos com o próprio Poder Executivo central – o famoso “centralismo democrático”, que é marca dos totalitarismos comunistas de onde o PT tira a sua inspiração).
 
Tais ataques de pelanca talvez nunca conseguiram ofender o ministro Joaquim Barbosa, provavelmente porque um menino que veio das classes com renda mais baixa e, graças ao seu estudo e suas conquistas, conseguiu ser ministro do STF, não conseguiria dar bola para ataques preconceituosos, nojentos e muitas vezes invejosos de seus detratores, sempre tentando defender políticos que quiseram aplicar o totalitarismo e controlar completamente a sociedade.
 
O problema é que, agora, a militância petista pratica crimes cada vez mais perigosos e ameaçadores. O componente mais assustador (já que a criminalidade costuma ser defendida pela esquerda abertamente, o que então não seria novidade) é que, quanto mais se investiga e mais ameaçadores são os crimes, incluindo ameaças de morte, mais se descobre que os criminosos envolvidos não são apenas adolescentes dizendo bobagens inconsequentes na internet: são membros cada vez mais graúdos do cada vez mais claramente totalitário Partido dos Trabalhadores.
 
As investigações da Polícia Federal revelaram que um homem que afirmou que “Joaquim Barbosa deve ser morto” é um membro da Comissão de Ética do PT. Não é preciso muito latim para se tentar imaginar como é a Ética do PT – e qual é nosso risco de vida caso o partido ganhe mais poder e não o obedeçamos.
 
Para apimentar, a visão do PT sobre racismo é que ele deve ser usado como uma ferramenta quando o seu alvo é um “traidor” do poder do partido: um dos ataques na internet, usando a foto do candidato fracassado a ditador José Dirceu, diz que eles, seus algozes, serão “seus senhores do novo engenho, seu capitão do mato”.
Está na reportagem da revista VEJA dessa semana:
O presidente do Supremo sofreu toda sorte de canalhice virtual e foi até perseguido e hostilizado por patetas fantasiados de revolucionários nas ruas de Brasília. Os ataques anônimos da patrulha virtual petista, porém, não chegavam a preocupar Barbosa até que atingiram um nível inaceitável. Da hostilidade recorrente, o jogo sujo evoluiu para uma onda de atos criminosos, incluindo ameaças de morte e virulentos ataques racistas.
Os mais graves surgiram quando Joaquim Barbosa decretou a prisão dos mensaleiros José Dirceu, Delúbio Soares e José Genoino. Disparadas por perfis apócrifos de simpatizantes petistas, as mensagens foram encaminhadas ao Supremo. Em uma delas, um sujeito que usava a foto de José Dirceu em seu perfil no Facebook escreve que o ministro “morreria de câncer ou com um tiro na cabeça” e que seus algozes seriam “seus senhores do novo engenho, seu capitão do mato”. Por fim, chama Joaquim de “traidor” e vocifera: “Tirem as patas dos nossos heróis!”. Em uma segunda mensagem, de dezembro de 2013, o recado foi ainda mais ameaçador: “Contra Joaquim Barbosa toda violência é permitida, porque não se trata de um ser humano, mas de um monstro e de uma aberração moral das mais pavorosas (…). Joaquim Barbosa deve ser morto”. Temendo pela integridade do presidente da mais alta corte do país, a direção do STF acionou a Polícia Federal para que apurasse a origem das ameaças. Dividida em dois inquéritos, a averiguação está em curso na polícia, mas os resultados já colhidos pelos investigadores começam a revelar o que parecia evidente.
O partido que sempre quis culpar seus desafetos por toda sorte de crimes até mesmo inventados (ou seja, quando o próprio militante, na verdade, é quem cometia o crime de calúnia) dificilmente aparecerá em público criticando tais atos de racismo, ou a presidente Dilma Rousseff postará em seu Twitter que racismo é inaceitável e punirá com rigor atos que incluem ameaça de morte a profissionais – a possibilidade de se criar uma hashtag dizendo que somos todos Joaquim Barbosa passa longe de ser aventada.
 
As chances do caso indignar os partidários, militantes e a blogosfera progressista pelo nítido racismo e pela ameaça de morte tendem ao zero absoluto.
A ética do PT é cada vez mais clara a olho nu.
 
10 de maio de 2014
Flávio Morgenstern

A CONDUTA DESASTROSA DO PT JUNTO À PETROBRAS

Maria das Gracas Silva Foster 20130319 size 598 e1396292499891 A conduta desastrosa do PT junto à Petrobras
HUUUUUUUUUUU...

Segundo Mauro Cunha, conselheiro da estatal, a refinaria texana é apenas um detalhe em meio a tantos outros problemas de gestão. Há evidências de prejuízos ainda maiores em outras negociações.

 
As polêmicas que se instalaram na Petrobras desde que a compra da refinaria de Pasadena foi exposta como um mau negócio só tendem a aumentar após o aprofundamento das investigações. Segundo Mauro Cunha, conselheiro da estatal, a refinaria texana é apenas um detalhe em meio a tantos outros problemas de gestão.
“Estamos perdendo muito tempo com o caso Pasadena. Tem as questões políticas e tal, mas Pasadena é uma gota no oceano em relação ao que está acontecendo com a companhia”, disse o conselheiro Mauro Cunha a jornalistas nesta terça-feira, após ser questionado sobre o assunto em um evento em São Paulo.
A assessoria de imprensa da empresa emitiu nota informando que não vai comentar o assunto, mas aos poucos surgem denúncias a respeito de questões similares. De acordo com matéria da Folha, a aquisição de uma refinaria no Japão, em 2008, repetiu as omissões ocorridas na de Pasadena.
Documentos internos da Petrobras, aos quais a Folha teve acesso, mostram que o resumo enviado pela diretoria da estatal ao conselho, pedindo aprovação da compra da refinaria Nansei, em Okinawa, omitiu vários riscos identificados por áreas técnicas.
Na avaliação dos funcionários, a refinaria, que dava prejuízo aos japoneses, só se tornaria rentável se fosse adaptada para refinar o petróleo brasileiro, mais pesado, e dobrasse sua capacidade de produção para 100 mil barris por dia, mas essa informação não foi transmitida ao conselho.
A justificativa da compra era justamente “expandir os negócios em mercados rentáveis no exterior”, mas, em função de restrições ambientais, a ampliação foi cancelada e a refinaria continuou produzindo apenas 45 mil barris por dia. Desde então, a Petrobras já investiu nela US$ 111 milhões e tentou vendê-la, mas não obteve sucesso.

PT tumultua investigações

Enquanto isso, para tentar abafar os problemas da empresa, o PT continua fazendo pressão no congresso pela criação de uma CPI exclusiva no Senado – e não a mista, como quer a oposição – a fim de expandir as investigações para casos em São Paulo e Pernambuco e tirar o foco da Petrobras, que também está sendo investigada a respeito de irregularidades em contratações.
Desde 1998, baseando-se em um decreto daquele ano, a empresa deixou de obedecer a Lei de Licitações, mas o TCU (Tribunal de Contas da União), considerando necessária uma lei específica para isso, começou a emitir decisões que obrigavam a empresa a segui-la.
Em 2006, a Petrobras, após esgotar os recursos no TCU, começou a recorrer ao Supremo para evitar cumprir essa determinação do tribunal. Até 2010, a estatal conseguiu 19 decisões favoráveis do Supremo, de sete diferentes ministros, suspendendo os efeitos das decisões tomadas pelo TCU. Em todos os casos, os ministros concederam decisões provisórias aceitando a dispensa da Lei de Licitações, que aguardam nesses 19 casos o julgamento definitivo.
As liminares acabaram paralisando outras apurações, como a do gasoduto Urucu-Manaus, onde havia suspeita de superfaturamento – enquanto a área técnica estimou os gastos em R$ 1,2 bilhão, o contrato foi fechado por R$ 2,4 bilhões.
Em outro contrato, para manutenção e recuperação do sistema de óleo e gás (R$ 1,8 bilhão) da Região Sudeste, houve superfaturamento e alguns contratos tiveram aditivos que dobraram seu valor. O TCU chegou a multar gestores por irregularidades e cobrava a devolução de R$ 1 milhão superfaturados. O processo está parado desde 2008 por causa da liminar do STF.

Evidências de prejuízo também na África

Outro caso que despertou suspeitas ocorreu após a mudança no comando da Petrobras. Em 2012, Dilma Rousseff substituiu um diretor indicado pelo PMDB por um subordinado de Graça Foster, a nova presidente, que tocou uma negociação bilionária na África.
No ano seguinte, o banco PGT Pactual pagou US$ 1,5 bilhão para ficar com metade das operações africanas da Petrobras e se tornar sócio da estatal. O valor obtido pela venda despertou desconfianças, porque a gestão anterior calculava que os ativos valiam quase quatro vezes mais.
O projeto anterior previa a criação de uma nova empresa para reunir as operações africanas, e, de acordo com alguns cálculos do Standard Bank, o valor da Petrobras Africa na bolsa poderia alcançar de US$ 11 bilhões a US$ 17 bilhões. As mudanças de rumo, no entanto, implicaram em enormes perdas para a empresa, evidenciando a má administração de seus negócios.
 
Como símbolo maior do discurso que deu o segundo dos três mandatos ao PT (no caso, em 2006), a Petrobras, ou a forma como esse partido a conduziu, tem tudo para se tornar o símbolo do que lhe impediria um quarto ciclo na presidência do país. Na proporção em que soa irônico, diante de todas as evidências apontadas até aqui, e das expectativas do que tanto o governo ainda busca esconder, dá para se dizer que também soaria justa a derrota. Com CPI mista ou não, em outubro o brasileiro decidirá o que fazer.
 
10 de maio de 2014
Marlos Ápyus
in implicante

DATAFOLHA INVENTA ÍNDICE PARA MAQUIAR POPULARIDADE DA DILMA

 

O camelo é um cavalo criado pelas mesmas pessoas que criaram o Índice de Avaliação Presidencial do Datafolha. Não tem bicho mais feio!
 
Ontem, a Folha de São Paulo, diante da pesquisa realizada pelo Datafolha que indica segundo turno, inventou uma manchete para blindar Dilma. Em vez de informar o leitor que “Aécio cresce quatro pontos e eleição tem segundo turno”, preferiu dizer “Aécio cresce quatro pontos e diminui chance de Dilma ganhar no primeiro turno”. Ora, ficou implícito, na manchete de capa, que se não ganhar no primeiro, a atual presidente ganhará no segundo turno.
 
Como se isso não bastasse, o Datafolha informa que criou um “índice simplificado de avaliação dos presidentes”. Um cálculo que sintetiza a popularidade de cada mandatário num só número. Funciona assim: com base nos resultados de uma pesquisa, subtrai-se a taxa de menções negativas (ruim/péssimo) da taxa de menções positivas (ótimo/bom); para evitar números negativos, soma-se 100 ao resultado.
 
O índice final será um número entre 0 e 200. Se ficar acima de 100, a avaliação é considerada positiva. Abaixo de 100, negativa. O resultado de um mandato é a média de todos os índices do período.
 
O índice atual de Dilma, conforme os dados da última pesquisa (7 e 8 de maio), é 115. Ligeiramente positivo. Na série desde o governo Collor (1990-1992), quem obteve um resultado final mais próximo disso foi Itamar Franco, com média 105. Nesse caso, a taxa 105 de Itamar é resultado da média obtida por ele em 16 pesquisas durante seu mandato.
 
Levando em consideração os resultados de 16 pesquisas desde 2011, Dilma alcança índice médio 153 no modelo criado pelo Datafolha. Perde para o segundo mandato de Lula (média 183). Mas ganha de Collor (78, o pior da série), de Itamar (105), dos dois mandatos de FHC (134 e 81) e ainda do primeiro mandato de Lula (139).
 
A série histórica não tem o menor valor científico, a não ser puxar o saco do governo federal. Mauro Paulino, diretor do Datafolha, é mestre em dizer que “ pesquisa é o retrato do momento”. Contra seus próprios argumentos,  pegou diversos "retratos" para montar esta farsa estatística. Um verdadeiro camelo, que é um cavalo criado em instituto de pesquisa que lambe os pés do governo.

DILMA ACENA COM DINHEIRO FÁCIL PARA OS "EIKES" DA VIDA

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Ontem, a Justiça quebrou o sigilo fiscal e bancário de Eike Batista, um dos empresários símbolos da política de subsídios do PT e da Dilma. Como todos sabem, ele literalmente quebrou. E levou uma bolada de dinheiro público do BNDES junto com ele.
Depois de ser moída em sucessivas reuniões de empresários com Aécio Neves pela sua incompetência como gestora, a presidente Dilma Rousseff ofereceu, ontem, Curitiba, dinheiro fácil para os empresários, na forma de subsídios. Promessa de que a farra com dinheiro público para meia dúzia de apaniguados vai continuar. 
 
Ontem  Dilma Rousseff defendeu a política de subsídios do governo federal que tem sido alvo de críticas do senador e pré-candidato à Presidência pelo PSDB, Aécio Neves. O tucano e o economista Armínio Fraga, que tem trabalhado no plano de governo do PSDB, têm dito que o subsídio a empresas brasileiras por meio de bancos públicos "passou a ser a regra" no país, e seria "exagerado". Defendem que "não é normal" que um banco público empreste dinheiro para grandes empresas a 3,5% ao ano, enquanto a inflação média é de 6%.
 
Ao anunciar obras de mobilidade em Curitiba, Dilma defendeu os subsídios por duas vezes. "Subsídio é necessário para o Brasil, sim. Há que subsidiar vários segmentos. Porque senão não tem obra", afirmou. Mentira! É a terceira vez que ela foi à capital paranaense para inaugurar a mesma obra do metrô, sem que a mesma se realize. 
 
10 de maio de 2014
in coroneLeaks

AFUNDADA NA CORRUPÇÃO, PETROBRAS TEM LUCRO 30% MENOR NO PRIMEIRO TRIMESTRE


 
Apesar dos preços mais altos dos combustíveis, a Petrobras lucrou menos no primeiro trimestre. O resultado ficou em R$ 5,4 bilhões, com queda de 30% em relação ao valor obtido em igual período de 2013 (R$ 7,7 bilhões).

O principal motivo para o fraco resultado foi a menor produção de petróleo no país, que caiu 2% em relação ao primeiro trimestre de 2013. Segundo a estatal, a extração de óleo no período foi afetada pela parada de duas importantes plataformas. O mau resultado se deve também ao aumento das despesas operacionais, devido à provisão extraordinária de R$ 2,4 bilhões referente ao Plano de Incentivo ao Desligamento Voluntário, que contou com a adesão de 8.298 empregados.

A redução do lucro da companhia, que é alvo de pedidos de instalação de CPI no Congresso devido à suspeita de compra superfaturada da refinaria de Pasadena (EUA), já era esperada e ficou próxima à cifra prevista por analistas --R$ 5,2 bilhões no período. Na comparação com o quarto trimestre, o lucro da estatal caiu 14%. A empresa diz que o recuo ocorreu porque houve um benefício fiscal de R$ 3,2 bilhões no quarto trimestre que não se repetiu no primeiro trimestre.

Já o faturamento da companhia somou R$ 81,5 bilhões, com expansão de 12% ante o primeiro trimestre do ano passado graças ao reajuste dos preços dos combustíveis em novembro. Em relação ao quarto trimestre, houve alta de apenas 1%. O aumento dos combustíveis em novembro (de 4% para a gasolina e de 8% para o diesel) não foi suficiente para mudar o quadro da estatal.

Ela continua comprando derivados de petróleo (como gasolina e diesel) no mercado internacional e revendendo no Brasil com preço menor por causa da política do governo de evitar novos reajustes para não prejudicar a inflação no país, que está próxima de superar os 6,5% do teto da meta do governo --ficou em 6,28% em abril. O prejuízo da área de abastecimento, responsável pelas importações, subiu de R$ 4,2 bilhões no primeiro trimestre de 2013 para R$ 4,8 bilhões de janeiro a março deste ano.

Os papéis preferenciais da Petrobras, sem direito a voto, fecharam o pregão de ontem com queda de 1,17%, cotados a R$ 17,67, mas chegaram a subir até 2,01% no início do dia --a Bolsa já estava fechada quando o resultado financeiro foi divulgado. Segundo analistas, os investidores aproveitaram as altas recentes para vender os papéis e embolsar lucros.
 
(Folha de São Paulo)
 
10 de maio de 2014
in coroneLeaks

RANKING MUNDIAL DE EDUCAÇÃO CLASSIFICA O BRASIL NA ANTEPENÚLTIMA COLOCAÇÃO


O Brasil aparece na 38.ª posição entre 40 países analisados no The Learning Curve (Curva do Aprendizado, em inglês), realizado pela The Economist Intelligence Unit (EIU) e Pearson Internacional. Em relação ao estudo anterior, de 2012, o País subiu uma colocação, apesar de ter piorado seu desempenho no índice.
 
O levantamento da EIU e da Person considera diferentes avaliações, relacionando-as com a produtividade do país. O índice leva em conta habilidades cognitivas e de desempenho escolar a partir do cruzamento de indicadores da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE): Programa Internacional de Avaliação dos Alunos (Pisa), Tendências Internacionais nos Estudos de Matemática e Ciência (Timms) e avaliações do Progresso no Estudo Internacional de Alfabetização e Leitura (Pirls). Também são usados dados educacionais de alfabetização e taxas de aprovação.
 
No estudo deste ano, o Brasil passou o México no ranking, porque aquele país teve um recuo ainda maior no índice. O último lugar continua ocupado pela Indonésia. As primeiras posições trazem novidades, com nações asiáticas, como Coreia do Sul e Japão, tomando o lugar da Finlândia, que havia muitos anos figurava na liderança da maioria das avaliações.
 
“O sucesso desses países destaca a importância de ter objetivos claros para o sistema educacional e uma forte cultura de responsabilidade na prestação de contas”, afirma o relatório.
 
Qualidade. Para Michael Barber, chefe de Educação da Pearson, os governos de todo o mundo estão sob pressão para melhorar a aprendizagem. “Isso é cada vez mais importante para o sucesso das pessoas”, disse.
 
O relatório ressalta a ligação estatística entre o tempo médio gasto na escola por um estudante de um país e a produtividade dos trabalhadores. Aponta ainda que é imprescindível a qualidade da formação básica, mas a retenção de habilidades depende da continuidade da aprendizagem ao longo da vida adulta.
 
A professora Maria Helena Guimarães de Castro, presidente da Fundação Seade, afirma que o Brasil tem resultados muito positivos na inclusão dos últimos 25 anos, mas que o desafio agora é a qualidade. “O essencial está no ensino fundamental, com professores estimulados e bem formados”, diz ela, que foi consultora do relatório. “A produtividade do Brasil é muito baixa e precisamos avançar. Mas é claro que esse não é o único sentido da educação.”
 
Para o presidente da Pearson no Brasil, Giovanni Giovannelli, o diagnóstico também pode ajudar os gestores por mostrar as práticas que funcionam no mundo. “Tem quase 200 países nas Nações Unidas e só esses 40 têm essa medição. Só isso é em si um fato positivo para o Brasil”, diz ele.

POSIÇÃO 2014 PAÍSES Z-SCORE POSIÇÃO 2012 MUDANÇA NO SCORE 2014 / 2012

1 COREIA 1.30 1 0.07
2 JAPÃO 1.03 2 0.14
3 CINGAPURA 0.99 2 0.15
4 HONG KONG 0.96 -1 0.05
5 FINLÂNDIA 0.92 -4 -0.34
6 REINO UNIDO 0.67 0 0.07
7 CANADÁ 0.60 3 0.05
8 HOLANDA 0.58 -1 -0.01
9 IRLANDA 0.51 2 -0.02
10 POLÔNIA 0.50 4 0.08
11 DINAMARCA 0.46 1 -0.04
12 ALEMANHA 0.41 3 0.00
13 RÚSSIA 0.40 7 0.14
14 ESTADOS UNIDOS 0.39 3 0.04
15 AUSTRÁLIA 0.38 -2 -0.08
16 NOVA ZELÂNDIA 0.35 -8 -0.22
17 ISRAEL 0.30 12 0.45
18 BÉLGICA 0.28 -2 -0.07
19 REPÚBLICA TCHECA 0.27 3 0.07
20 SUÍÇA 0.25 -11 -0.30
21 NORUEGA 0.21 5 0.10
22 HUNGRIA 0.17 -4 -0.16
23 FRANÇA 0.17 2 0.04
24 SUÉCIA 0.17 -3 -0.06
25 ITÁLIA 0.11 -1 -0.03
26 ÁUSTRIA 0.10 -3 -0.05
27 ESLOVÁQUIA 0.09 -8 -0.23
28 PORTUGAL 0.04 -1 0.03
29 ESPANHA -0.08 -1 0.01
30 BULGÁRIA -0.26 0 -0.03
31 ROMÊNIA -0.44 1 0.16
32 CHILE -0.79 1 -0.13
33 GRÉCIA -0.86 -2 -0.55
34 TURQUIA -0.94 0 0.30
35 TAILÂNDIA -1.16 2 0.30
36 COLÔMBIA -1.25 0 0.21
37 ARGENTINA -1.49 -2 -0.09
38 BRASIL -1.73 1 -0.08
39 MÉXICO -1.76 -1 -0.16
40 INDONÉSIA -1.84 0 0.19

Nota: As pontuações do Índice são representadas pelo Z-Score (pontuação Z), que indica quantas divergências de padrão uma observação está acima ou abaixo da média. O processo de normalizar todos os valores no Índice com o Z-Score permite uma comparação direta dos desempenhos dos países em todos os indicadores.
Note que os Z-Scores listados são específicos à sua respectiva versão no Índice e seus países. Ao fazer comparações de países individuais nas versões do Índice, é importante focar na colocação do país no ranking e não na pontuação do Z-Score.

FONTE: : The Economist Intelligence Unit

10 de maio de 2014
Estadão

ESFORÇO PARA MELHORAR IMAGEM DE DILMA E FREAR 'VOLTA LULA' NÃO SURTE EFEITO

 
 
 

Dilma e o PT fizeram um esforço nos últimos dias para estancar sua perda de popularidade e frear o movimento pela volta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como candidato a presidente.
 
Segundo o Datafolha, 58% dos eleitores acham que Lula deveria ser o candidato do PT. Entre os que declaram preferência pelo partido, 75% dizem preferir Lula como candidato nas eleições deste ano.
 
Embora a variação de suas intenções de voto tenha sido negativa, Dilma ficou dentro da margem de erro da pesquisa. A aprovação ao governo (soma de quem acha o governo "ótimo" ou "bom") hoje é de 35%. Há um mês, era 36%.
 
Um aspecto positivo para a presidente é que as expectativas econômicas dos eleitores pararam de deteriorar.
 
Mas continuou a crescer o anseio do eleitorado por mudanças. Hoje, 74% dos eleitores dizem querer mudanças na forma como o país é governado. Para 38%, Lula é o mais preparado para fazer essas mudanças. Dilma foi citada por 15%. Ela tinha 16% há um mês e 19% em fevereiro.
 
Aécio e Campos melhoraram seu desempenho de fevereiro para cá. Há cerca de dois meses, o tucano era apontado como o mais preparado para fazer mudanças por 10% dos eleitores. Agora, 19% pensam assim. Campos era apontado por 5% e agora tem a simpatia de 10%.
 
O bloco dos nanicos é liderado por um ex-apoiador do PT e de Dilma, o candidato Pastor Everaldo (PSC), que tem 3% das intenções de voto e está empatado tecnicamente com os outros nanicos.
 
Eduardo Jorge (PV), José Maria (PSTU), Denise Abreu (PEN) e Randolfe Rodrigues (PSOL) registraram 1% cada um. Eymael (PSDC), Levy Fidelix (PRTB) e Mauro Iasi (PCB) tiveram menos de 1%.

10 de maio de 2014
Fernando Rodrigues / Folha

DATAFOLHA: AÉCIO SOBE 4 PONTOS, DILMA CAI E 2o. TURNO JÁ É REALIDADE

 
 


Diminuiu a chance de a presidente Dilma Rousseff vencer no primeiro turno a eleição de 5 de outubro. Uma das principais razões foi o crescimento das intenções de voto do pré-candidato do PSDB, o senador Aécio Neves (MG).
 
Segundo o Datafolha, no cenário mais provável a petista teria hoje 37% das intenções de voto e os outros candidatos estariam com 38%, somados. É uma situação de empate técnico, pois a margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
 
O levantamento do Datafolha foi feito ontem e anteontem com 2.844 entrevistas, em 174 municípios do país.
 
Apesar de ter variado na margem de erro, a curva de Dilma não é estável. Ela tem recuado gradualmente nos levantamentos do Datafolha –enquanto seus dois principais rivais estão em ascensão.
 
No cenário hoje mais provável para a disputa de outubro, liderado por Dilma com 37%, o segundo colocado é Aécio, com 20%. Ele tinha 16% no início de abril. O tucano ganhou quatro pontos e apresentou a maior variação entre todos os candidatos.
 
O terceiro colocado é Eduardo Campos (PSB), que registrou 11% agora e também apresenta curva ascendente, sempre dentro da margem de erro –tinha 10% em abril e 9% em fevereiro. O pessebista é conhecido muito bem ou um pouco por 25% dos eleitores. Essa taxa é de 86% para Dilma e de 42% para Aécio.
 
Segundo o Datafolha, 16% dos entrevistados dizem que votariam hoje em branco, nulo ou em nenhum dos candidatos. Outros 8% declaram que ainda estão indecisos.
 
Dilma e o PT fizeram um esforço nos últimos dias para estancar sua perda de popularidade e frear o movimento pela volta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como candidato a presidente.
Segundo o Datafolha, 58% dos eleitores acham que Lula deveria ser o candidato do PT. Entre os que declaram preferência pelo partido, 75% dizem preferir Lula como candidato nas eleições deste ano.
 
Embora a variação de suas intenções de voto tenha sido negativa, Dilma ficou dentro da margem de erro da pesquisa. A aprovação ao governo (soma de quem acha o governo "ótimo" ou "bom") hoje é de 35%. Há um mês, era 36%.
 
Um aspecto positivo para a presidente é que as expectativas econômicas dos eleitores pararam de deteriorar.
 
Mas continuou a crescer o anseio do eleitorado por mudanças. Hoje, 74% dos eleitores dizem querer mudanças na forma como o país é governado. Para 38%, Lula é o mais preparado para fazer essas mudanças. Dilma foi citada por 15%. Ela tinha 16% há um mês e 19% em fevereiro.
 
Aécio e Campos melhoraram seu desempenho de fevereiro para cá. Há cerca de dois meses, o tucano era apontado como o mais preparado para fazer mudanças por 10% dos eleitores. Agora, 19% pensam assim. Campos era apontado por 5% e agora tem a simpatia de 10%.
 
O bloco dos nanicos é liderado por um ex-apoiador do PT e de Dilma, o candidato Pastor Everaldo (PSC), que tem 3% das intenções de voto e está empatado tecnicamente com os outros nanicos.
 
Eduardo Jorge (PV), José Maria (PSTU), Denise Abreu (PEN) e Randolfe Rodrigues (PSOL) registraram 1% cada um. Eymael (PSDC), Levy Fidelix (PRTB) e Mauro Iasi (PCB) tiveram menos de 1%.

10 de maio de 2014
Fernando Rodrigues / Folha

NOME AOS BOIS

Por um momento o debate político voltou a ter a nitidez anterior a 2002. Tudo começou com a frase, surpreendente pela franqueza, que o pré-candidato do PSDB Aécio Neves soltou a empresários em São Paulo. O neto de Tancredo disse estar "preparado para tomar as decisões necessárias, por mais que elas sejam impopulares" (Folha, 2/4). Dez dias depois, o coordenador do programa econômico do senador, Armínio Fraga, não só confirmou a declaração como deu algumas pistas do que ela significa (O Estado de S. Paulo, 13/4).
 
Outra quinzena transcorrida, o economista Eduardo Giannetti da Fonseca, um dos principais formuladores da chapa Eduardo Campos-Marina Silva, reconheceu em um encontro na Globonews (26/4) não haver, entre os que pensam o programa da dupla socialista-sustentável qualquer diferença importante em relação à equipe tucana, no que diz respeito à economia brasileira.
 
Por fim, na véspera do Primeiro de Maio, a presidente Dilma Rousseff, provável candidata do PT, foi à TV responder aos adversários. Numa alusão clara à "coragem" aecista, Dilma prometeu que o seu governo "nunca será o da mão dura contra o trabalhador".
 
O que está em jogo nos movimentos acima descritos é a posição das candidaturas majoritárias a respeito da necessidade de se fazer um ajuste de caráter recessivo no país em 2015. Há uma espécie de frente ampla capitalista em torno de tal perspectiva, que se expressa nas menções, cada vez mais comuns, às pretensas "dificuldades" que aguardariam o Brasil no ano que vem.
 
Segundo Armínio Fraga, na entrevista supracitada, é preciso adotar um controle estrito do gasto público, adotando-se, talvez até em lei, um limite de dispêndio em relação ao PIB. Não é difícil perceber que tal enxugamento reforçaria o combate à inflação pela via do corte de demanda, já em curso por meio dos juros altos que o BC determina, satisfazendo, assim, o anseio do mercado por um choque.
 
Também Eduardo Campos acha que "é imperioso recuperar a confiança dos investidores". Embora se arrisque menos que Aécio no sincericídio, como convém a uma opção de centro, o compromisso do neto de Arraes não é muito diferente do assumido pelo neto de Tancredo. Haja vista a defesa que primeiro tem feito da independência do Banco Central.
 
Empurrada pela queda nas pesquisas, Dilma deu um passo na direção oposta ao anunciar que vai continuar a valorização do salário mínimo, reajustará a Bolsa Família e a tabela do Imposto de Renda. Tais medidas implicam aumento do gasto. Resta saber se tal disposição se aprofundará ao longo da campanha e, sobretudo, se tomará corpo no próprio governo, em caso de vitória. Seja como for, por agora a conversa ganhou alguma clareza.

10 de maio de 2014
André Singer

SERRA VICE DE AÉCIO? HIPÓTESE COMEÇA A GANHAR FORÇA NO PSDB



 
A indicação do ex-governador de São Paulo José Serra para a vaga de vice na chapa presidencial do senador Aécio Neves (MG) passou a ser discutida como uma possibilidade real dentro do PSDB. Serra e Aécio dizem não ter conversado pessoalmente sobre o assunto, mas já foram abordados por interlocutores dentro e fora do tucanato para tratar do tema.
 
A decisão é complexa. Envolve não apenas um cálculo político, mas também pessoal. Aliados de Aécio dizem que ele enxerga a tese da composição com Serra "mais com incredulidade do que com restrição".
Os que trataram com Serra sobre o assunto afirmam que o ex-governador não dá sinais de que toparia a empreitada, mas também não a rechaça.

 
Aécio e Serra tiveram por anos uma relação conturbada dentro do partido. Quando se firmou como uma das liderança na legenda, o senador mineiro passou a disputar com o paulista o posto de principal nome da sigla.
 
Em 2010, os dois ensaiaram partir para uma prévia para definir quem seria o candidato do partido à Presidência. Já naquela época houve uma tentativa (fracassada) de fazer com que formassem uma dobradinha.
 
Hoje, a defesa da chapa Aécio-Serra partiu de políticos ligados ao ex-governador de São Paulo. Ressaltando não falar em nome dele, alguns aliados encomendaram pesquisas em seus Estados, testando o nome de Serra na vice de Aécio.
 
No levantamento quantitativo, num primeiro momento, Serra adicionaria votos a Aécio. O ex-governador foi candidato à Presidência em 2002 e 2010. Os defensores da composição afirmam que, com ele na vice, Aécio garantiria votos em São Paulo –principal reduto de Serra.

10 de maio de 2014
caminho21
 
REJEIÇÃO
 
O problema, segundo aliados do senador, é que Serra tem hoje uma rejeição muito alta, na casa dos 40%. Esse grupo receia que o ex-governador possa transferir para a Aécio essa rejeição.
 
Ontem, questionado sobre os rumores de uma composição, Aécio elogiou o ex-governador, mas ressaltou não ter falado com ele.
 
"A essa altura essas especulações são naturais. Não sei nem qual é a disposição do ex-governador sobre isso. Minha confiança é, sempre, de que estaremos juntos", disse. Aécio falou ainda que o nome para a vice será debatido com os partidos aliados.
 
Serra, que vinha se mantendo distante da pré-campanha de Aécio, cruzou a agenda do mineiro por duas vezes nos últimos dez dias. Foi a um jantar oferecido pelo ex-prefeito Gilberto Kassab a Aécio em São Paulo e esteve, no último sábado, em uma exposição agropecuária onde o mineiro cumpria agenda.
 
Aécio disse não ter pressa para decidir sobre o tema. Os aliados de Serra também acreditam que ele só definirá seu futuro político na última hora. Hoje, ele estuda, além da vice de Aécio, a possibilidade de ser candidato a deputado ou senador.
 
Enquanto isso, Aécio tenta se firmar como principal nome na oposição à presidente Dilma Rousseff.
 
Nos últimos dias, o ex-governador Eduardo Campos (PE), nome do PSB para a disputa, tem feito questão de se distanciar de Aécio, com quem vinha fazendo uma espécie de dobradinha contra a petista. Ele ressaltou divergências com o mineiro nas áreas de segurança e saúde, e também nas propostas para a reforma tributária e controle inflacionário.
 
Ontem, Campos disse ter feito mais pela educação integral em Pernambuco do que os governos de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro juntos. Aécio governou Minas por oito anos.
 
O tucano evitou polemizar, mas rebateu: "Não acho nada de novo naquilo que o Eduardo vem dizendo. [...] Mas é bom que o debate ocorra. Até porque, se fôssemos iguais, estaríamos no mesmo partido, apoiando a mesma candidatura".

10 de maio de 2014
 

O MITO LULA, A ERA DO FASCISMO

RABO PRESO

O SAPO, EM 1996...
O SAPO, EM 1996…

 

Pra não dizerem que nunca concordei com o sapo barbudo…

É isso aí: quem tem medo de CPI é porque tem o rabo preso.


CPI



Magu comenta, de leve:

Só lembrando o velho deitado: Façam o que eu falo, não façam o que eu faço…

Ontem, a favor. Hoje, contra. Porque seria?


10 de maio de 2014
in Giulio Sanmartini

PROGRAMA DO JÔ SOARES: O GÊNIO DA ESPERTEZA PICARETA, PARTES 1 e 2

VÍDEO: RODA VIVA, CHICO DE OLIVEIRA

CONGRESSO AMERICANO CONTRA OBAMA E DILMA, ALIADOS DO COMUNISTA MADURO


O Congresso americano está elevando a pressão sobre a Casa Branca pela imposição de sanções dos EUA à Venezuela, devido aos abusos de direitos humanos e à perseguição à oposição patrocinados pelo governo do presidente Nicolás Maduro.
A campanha, iniciada há dois meses por parlamentares de origem hispânica e de estados com forte histórico de imigrantes latinos, já rendeu dois projetos de lei em tramitação na Câmara e no Senado.
Os textos obrigam o governo a mapear autoridades diretamente ligadas à repressão violenta, determinar o congelamento de seus eventuais bens nos EUA e impedir suas transações financeiras e entrada no país.
Hoje, a Comissão de Relações Exteriores da Câmara deu sinal verde à proposta, enviando-a ao plenário da Casa.
 
10 de maio de 2014
selva brasilis

NEY MATOGROSSO DESMENTE LULA E DESANCA O PETISMO

https://www.youtube.com/watch?v=DqJ0kF1_oL0&feature=player_embedded

 Coloquei no Face à tarde, mas vale a pena repetir aqui a entrevista de Ney Matogrosso à TV portuguesa. Ele dá uma escorregada politicamente correta no final, criticando mais a polícia carioca que os bandidos, porém deixa nervosinho o entrevistador português - o mesmo que deve ter entrevistado Lula, o deus dos estúpidos. (Danke, Mel).

 Coloquei no Face à tarde, mas vale a pena repetir aqui a entrevista de Ney Matogrosso à TV portuguesa. Ele dá uma escorregada politicamente correta no final, criticando mais a polícia carioca que os bandidos, porém deixa nervosinho o entrevistador português - o mesmo que deve ter entrevistado Lula, o deus dos estúpidos. (Danke, Mel).

10 de maio de 2014
in orlando tambosi

O BRASIL ESTÁ COM ÓDIO DE SI MESMO


O Brasil está irreconhecível. Nunca pensei que a incompetência casada com o delírio ideológico promoveria este caos. Há uma mutação histórica em andamento. Não é uma fase transitória; nos últimos 12 anos, os donos do poder estão a criar um sinistro "espírito do tempo" que talvez seja irreversível. A velha "esquerda" sempre foi um sarapatel de populismo, getulismo tardio, leninismo de galinheiro e agora um desenvolvimentismo fora de época. A velha "direita", o atraso feudal de nossos patrimonialistas, sempre loteou o Estado pelos interesses oligárquicos.
 
A chegada do PT ao governo reuniu em frente única os dois desvios: a aliança das oligarquias com o patrimonialismo do Estado petista. Foi o pior cenário para o retrocesso a que assistimos.
Antes dessa terrível dualidade secular, a mudança de agenda do governo FHC por sorte criou um pensamento mais "presentista", começando com o fim da inflação, com a ideia de que a administração pública é mais importante que utopias, de que as reformas do Estado eram fundamentais.
Medidas simples, óbvias, indutivas, tentaram nos tirar da eterna "anestesia sem cirurgia". Foi o Plano Real que tirou 28 milhões de pessoas da pobreza e não este refrão mentiroso que os petistas repetem sobre o Bolsa Família ou sobre o PAC imaginário.
Foi um período renegado pelo PT como "neoliberal" ou besteiras assim, mas deixou, para nossa sorte, algumas migalhas progressistas.

Tudo foi ignorado e substituído pelo pensamento voluntarista de que "sujeitos da história" fariam uma remodelagem da realidade, de modo a fazê-la caber em suas premissas ideológicas. Aí começou o desastre que me lembra a metáfora de Oswald de Andrade, de que "as locomotivas estavam prontas para partir, mas alguém torceu uma alavanca e elas partiram na direção oposta".

Isso causa não apenas o caos administrativo com a infraestrutura morta, como também está provocando uma mutação na psicologia e no comportamento das pessoas. O Brasil está sendo desfigurado dentro de nossas cabeças, o imaginário nacional está se deformando.

Há uma grande neurose no ar. E isso nos alarma como a profecia de Lévi-Strauss de "que chegaríamos à barbárie sem conhecer a civilização". Cenas como os 30 cadáveres ao sol no pátio do necrotério de Natal, onde os corpos são cortados com peixeiras, fazem nossa pele mais dura e o coração mais frio. Defeitos e doçuras do povo, que eram nossa marca, estão dando lugar a sentimentos inesperados, dores nunca antes sentidas. Quais são os sintomas mais visíveis desse trauma histórico?

Por exemplo, o conceito de solidariedade natural, quase 'instintiva', está acabando. Já há uma grande violência do povo contra si mesmo.
Garotos decapitam outros numa prisão, ônibus são queimados por nada, com os passageiros dentro, meninas em fogo, presos massacrados, crianças assassinadas por pais e mães, uma revolta sem rumo, um rancor geral contra tudo. O Brasil está com ódio de si mesmo. Cria-se um desespero de autodestruição e o País começa a se atacar.

Outro nítido efeito na cabeça das pessoas é o fatalismo: "É assim mesmo, não tem jeito não". O fatalismo é a aceitação da desgraça. E vêm a desesperança e a tristeza. O Brasil está triste e envergonhado.

Outro sintoma claro é que as instituições democráticas estão sem força, se desmoralizando, já que o próprio governo as desrespeita. Essa fragilização da democracia traz de volta um desejo de autoritarismo na base do "tem de botar para quebrar!". Já vi muito chofer de táxi com saudades da ditadura.
A influência do petismo também recriou a cultura do maniqueísmo: o mal está sempre no outro. Alguém é culpado disso tudo, ou seja, a 'media conservadora' e a oposição.

A ausência de uma política contra a violência e a ligação de muitos políticos com o tráfico estimula a organização do crime, que comanda as cadeias e já demonstra uma busca explícita do horror. A crueldade é uma nova arte incorporada em nossas cabeças, por tudo que vemos no dia a dia dos jornais e TV. Ninguém mata mais sem tortura. O horror está ficando aceitável, potável.
O desgoverno, os crimes sem solução, a corrupção escancarada deixam de ser desvios da norma e vão criando uma nova cultura: a cultura da marginalidade, a "normalização" do crime.

Uma grande surpresa foi a condenação da Copa. Logo por nós, brasileiros boleiros. Recusaram o 'pão e circo' que Dilma/Lula bolaram, gastando mais de 30 bilhões em estádios para "impressionar os imperialistas" e bajular as massas. Pelo menos isso foi um aumento da consciência política.
Artistas e intelectuais não sabem o que pensar - como refletir sem uma ponta de esperança? Temos aí a "contemporaneidade" pessimista.

Cria-se uma indiferença progressiva e vontade de fuga. Nunca vi tanta gente falando em deixar o País e ir morar fora. As mutações mentais são visíveis: nos rostos tristes nos ônibus abarrotados, na rápida cachaça às 6 da manha dos operários antes de enfrentar mais um dia de inferno, nos feios, nos obesos, no desânimo das pessoas nas ruas, no pessimismo como único assunto em mesas de bar.

Vimos em junho passado manifestações bacanas, mas sem rumo; contra o quê? Um mal-estar generalizado e sem clareza, logo escrachado pelos black blocs, a prova estúpida de nosso infantilismo político.

É difícil botar a pasta de dente para dentro do tubo. Há uma retroalimentação da esculhambação generalizada que vai destruindo as formas de combatê-la. Tecnicamente, não estamos equipados para resolver as deformações que se acumulam como enchentes, como um rio sem foz.
E o pior é que, por trás da cultura do crime e da corrupção, consolida-se a cultura da mentira, do bolivarianismo, da preguiça incompetente e da irresponsabilidade pública.

O Brasil está sofrendo uma mutação gravíssima e nossas cabeças também. É preciso tirar do poder esses caras que se julgam os "sujeitos da história". Até que são mesmo, só que de uma história suja e calamitosa.

10 de maio de 2014
Arnaldo Jabor, O Estado de S.Paulo