"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

SE OS EUA TÊM AS PROVAS DA CULPA DE ASSAD, ENTÃO TÊM DE AGIR, MAS PARA DERRUBÁ-LO, NÃO SÓ PARA PUNI-LO

 

Em um de seus posts sobre a Síria, meu amigo Caio Blinder escreve: “O batalhão de ‘realpoltiikeiros’ adverte que a opção mais prudente é cruzar os braços e evitar desastres da escala iraquiana. Mas como tolerar as ações do meliante?” Leitores perguntam se ele me inclui — eu, que tenho me mostrado muito cético sobre os benefícios de uma intervenção — entre os “realpolitikeiros”.
Acho que não. Meu querido Caio se ocupa de gente mais relevante do que eu — deve se referir àqueles especialistas todos que cercam Obama… Então vamos ver.
 
Segundo o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, não há mais dúvida, por remota que seja, de que Assad é mesmo o culpado. E não teria sido a primeira vez. A BBC diz ter presenciado o atendimento a vítimas de bomba incendiária, que teria sido jogada por forças leais ao regime. O vídeo é devastador. Eu nunca acho que os fins justificam os meios. Mas eu sempre acho que os meios qualificam os fins.
 
Não me parecia que havia evidências suficientes de que o tirano fosse o responsável pelo ataque — e, que eu saiba, certeza ninguém tinha, até porque desafiava a lógica, mas alertei também para os critérios muito particulares com que lidam os facínoras (e empreguei essa palavra para me referir a Assad).
Ora, na possibilidade de que não fosse ele a responder pelo ataque, então seria o outro lado. E, por óbvio, não me parecia correto, então, que os EUA, ou uma coalizão ocidental, entrassem numa guerra para favorecer — porque seria isto a acontecer objetivamente — forças rebeldes que recorrem a estes expedientes. E se sabe que a vanguarda armada que tenta depor Assad é hoje composta de jihadistas.
 
Aí volto à pergunta de Caio: “Como tolerar as ações do meliante?” Ora, não havendo dúvidas de que as ações são mesmo do” meliante” — e Kerry diz não ter nenhuma; e a BBC está certa de que a bomba incendiaria partiu da turma de Assad —, a resposta é uma só: não tolerar as ações do meliante. Ponto final! Então é preciso intervir, mas não com uma expedição punitiva, só “para que não fique sem resposta”. Essa é, de três possibilidades — as outras duas são nada fazer e entrar para derrubá-lo — a pior. Escrever e pensar sobre guerra corresponde sempre a fazer cálculos que envolvem vidas humanas — ou, para ser mais cru e cruento: a morte de pessoas.
 
Qual seria o feito de uma expedição punitiva? Sanguinários da qualidade de Assad não têm o menor pudor em transformar parte da população em alvo. Não lhe custa nada transferir mulheres, crianças e idosos para instalações militares manjadas, alvos certos ou prováveis de bombardeios aéreos, e exibir depois para o mundo o produto da ação americana, açulando ainda mais rancores e ódios. Por mais cirúrgicos que sejam esses ataques, a chance de atingir populações civis é gigantesca. E tudo isso para quê? Para que Assad continue no poder, ainda que enfraquecido, o que lhe dará a chance de matar ainda mais gente?
 
Não sou um dos “realpolikeiros” a que se refere Caio também porque, em relação a acasos assim, ao contrário, eu pretendo misturar pragmatismo com uma questão que é de fundo moral, que tem de permanecer no horizonte. Havendo as provas — Bush também tinha as suas sobre Saddam, e não estou sendo irônico; lembro que também aquele meliante usava armas químicas contra os curdos —, acho que não resta alternativa, não. Com jihadistas ou sem eles, com Al Qaeda ou sem ela, com terroristas ou sem eles, então é preciso derrubar Bashar Al Assad. Prova é prova. E não existe alguma coisa que seja “meio inaceitável”. Ou é ou não é. As provas que Kerry diz ter, sendo verdadeiras, caracterizam o inaceitável, o que enseja uma daquelas três possibilidades: depor o “meliante”.
 
“Isso não é assim tão simples; uma guerra de longa duração passa por uma negociação com o Congresso e tal”. Sei de tudo isso. Ma tem de ser tentado. Entre o Assad sem armas químicas e o terror, Assad é o mal menor. Entre Assad usando armas químicas e o terror, Assad passa a ser o mal maior (ao menos ali na Síria), o que não quer dizer escolher o terror (também já escrevi sobre isso). Uma intervenção de longa duração terá de enfrentar também esse inimigo.
 
Não estou comparando os dois casos, apenas as circunstâncias: Bush estava convicto de que derrubar Saddam Hussein era vital para a segurança do mundo e para os interesses americanos. Foi lá e fez. Ele não era mais manso do que Assad nem mais humano — a menos que se considere que matar curdos com armas químicas e convencionais não tem a mesma gravidade que tem matar sírios. Ele tinha mais de 200 mil mortes nas costas. Não obstante, houve e há poucos defensores da ação dos EUA no Iraque, a guerra considerada inútil. om feito, o Iraque está lá, entregue ao terror e às traças.  Obama vive também seu momento de solidão — conta com o apoio da França.
 
Sendo verdade o que diz John Kerry — e estou dando de barato que seja —, é preciso agir. Mas para depor Assad, não para fazer mais alguns milhares de mortos só para que ele saiba com quem está lidando e para que aprenda que esse negócio de arma química é uma coisa muito feia. Em qualquer caso, muito mais gente vai morrer. Mortes, em si, nunca valem a pena. Se existe algum sentido moral nas guerras, ele aponta para os vivos do futuro.
 
Ah, sim: para que seja assim nas consequências, tem de ser assim nas causas. Os EUA têm as provas, certo? Se não as tiverem, então é preciso voltar a fita….
 
30 de agosto de 2013
Reinaldo Azevedo

O PROGRAMA "MAIS MÉDICOS" JÁ EXISTIA HÁ UM ANO E MEIO...

Durante 18 meses, governo brasileiro deu treinamento a cubanos e não moveu uma palha para levar médicos às áreas carentes do país


Num debate havido no programa “Entre Aspas”, da GloboNews, comandado por Mônica Waldvogel, o senador Humberto Costa (PT-SP) afirmou, com todas as letras, que o governo brasileiro vinha tratando da importação de médicos cubanos havia já um ano e meio. Escrevi um post a respeito na segunda-feira. Costa afirmou literalmente:
 
“Esse programa já vem sendo trabalhado há um ano e meio. Boa parte desses cubanos já trabalharam em países de língua portuguesa, não têm dificuldade com a língua. E, ao longo desse um ano e meio, eles vêm tendo conhecimento sobre o sistema de saúde no Brasil, doenças que existem aqui e não existem lá…
 
Como se constata na fala acima, Costa não está a dizer que o programa estava sendo pensado apenas nos escaninhos da burocracia, que havia uma vaga ideia a respeito ou coisa, que, quem sabe?, o Brasil poderia fazer um dia. Nada disso!
 
O senador está a dizer que os cubanos “vêm tendo conhecimento sobre o sistema de saúde no Brasil, doenças que existem aqui e não existem lá…” O Estadão publica um texto informando que os cubanos vêm tendo aulas há seis meses.
 
Seis meses ou um ano e meio? Em qualquer dos casos, fica evidente que havia um programa secreto em gestação. Chegou-se a pensar por aqui que o governo tomou medidas meio atabalhoadas, pressionado pelas manifestações.
 
Costa, que deve conhecer o assunto porque é um petista graúdo e porque foi ministro da Saúde, afirmou que a coisa é bem mais antiga: remonta ao tempo em que a popularidade de Dilma estava lá nos cornos da Lua, e as ruas, pacíficas.
Seis meses ou um ano e meio? A diferença é, sim, relevante:

a: como, há um ano e meio, não havia a pressão (embora houvesse a necessidade) por mais médicos nos rincões do Brasil, isso sugere que a importação dos cubanos atendia mais a uma necessidade de Cuba do que do Brasil;

b: nesse um ano e meio, o Ministério da Saúde não moveu uma palha para atrair os médicos brasileiros para as áreas carentes. Por que não? Porque, afinal, havia um programa em curso;
c: os cubanos se espalham por praticamente todos os países da América Latina que hoje têm governos de esquerda. O Brasil, até havia pouco, era uma exceção;

d: cubanos ou brasileiros, os médicos que vão para essas áreas carentes terão de enfrentar um problema fundamental: a falta de infraestrutura.
 
A questão do tempo — se seis ou dezoito meses — só é irrelevante diante de uma questão óbvia: quando Alexandre Padilha, ministro da Saúde, anunciou, no mês passado, que o governo desistira dos médicos cubanos, ele estava contando o oposto da verdade.
 
30 de agosto de 2013
Reinaldo Azevedo

PALAVRA DA SEMANA É 'EXECRAR'

Donadon e os execráveis

Donadon é levado de volta para a cadeia: ainda deputado (Pedro Ladeira/Folhapress)
 
“Com o episódio de ontem (quarta-feira), o povo tem o direito de execrar esta Casa”, disse o ex-senador Amir Lando (PMDB-RO), ao tomar posse ontem como suplente de Natan Donadon (ex-PMDB-RO), referindo-se à votação secreta que livrou o deputado presidiário da cassação do mandato.

O verbo usado por Lando é forte, mas preciso. Sendo culto e de circulação restrita, porém, merece alguns esclarecimentos.
 
Execrar é uma palavra que o português foi buscar ainda no século XVI no latim exsecrare. Seu sentido é eloquente: “amaldiçoar, detestar, ter horror de”, registra o dicionário latino Saraiva; “ter ódio, aversão ou abominação a; amaldiçoar, detestar; desejar sofrimento, infelicidade ou mal a”, diz o Houaiss; “detestar, abominar, amaldiçoar”, confirma o Aurélio.
 
A origem de exsecrare ajuda a compreender sua força. A palavra surgiu da união do prefixo ex- – que indica movimento para fora, retirada, saída – com o verbo sacrare, isto é, “sagrar, consagrar”.
 
Em sua pureza etimológica, execrar era retirar do território do sagrado.
 
O execrado era aquele que, traindo os votos sagrados, caía em desgraça e estava além de qualquer possibilidade de salvação. E não é por acaso que a palavra voto veio parar aqui.
 
Execrar, como se vê, é mais do que simplesmente sentir aversão ou desprezo por alguma coisa: é odiá-la ativamente, desejar seu mal, o ponto mais extremo da curva do malquerer.
 
Segundo o homem que entrou na vaga de Donadon, isso é algo que os cidadãos de bem, que já desconfiavam dos políticos há tempos, estão justificados em sentir depois do despautério de quarta-feira.
Parece que acertou na escolha vocabular.
 
30 de agosto de 2013
Veja

EUA DIZEM QUE MAIS DE 1400 MORRERAM EM ATAQUE QUÍMICO

Secretário de Estado voltou a culpar o regime Assad pelo massacre de civis



O secretário de estado americano John Kerry fala sobre a atuação dos EUA na guerra civil síria(Jason Reed/Reuters)

O secretário de Estado americano, John Kerry, afirmou nesta sexta-feira que pelo menos 1 429 sírios foram mortos no ataque químico da última semana, incluindo ao menos 426 crianças. Em mais um pronunciamento sobre a crise na Síria, Kerry voltou a dar fortes indicações de que os Estados Unidos pretendem realizar uma intervenção no país – independentemente do aval das Nações Unidas. Depois de destacar o “grande respeito” do governo americano pela ONU e seus inspetores, o secretário americano lembrou que a investigação que está sendo conduzida nos locais dos ataques não tem a responsabilidade de apontar culpados, apenas de dizer se houve mesmo o uso de armas químicas. “Pela definição de seu próprio mandato, a ONU não pode nos dizer nada que nós já não saibamos”, ponderou.




Especialistas em armas químicas da ONU visitam pessoas afetadas pelo suposto ataque com gás, em um hospital no subúrbio de Damasco - (26/08/2013) -
Abo Alnour Alhaji/Reuters



​Kerry disse que os EUA estão determinados a tomar “suas próprias decisões, em seu próprio tempo”. “Vamos continuar consultando o Congresso, nossos aliados e o povo americano”, acrescentou.



Referindo-se ao ditador Bashar Assad como “matador” e “assassino”, o secretário afirmou que os Estados Unidos sabem que o governo sírio usou armas químicas várias vezes neste ano. Segundo Kerry, três dias antes do ataque do dia 21, o pessoal de armas químicas do governo já estava preparando o ataque no subúrbio de Damasco. As equipes foram avisadas que deveriam se preparar, “usando máscaras de gás” e tomando outras precauções. Além disso, completou, a inteligência americana sabe que os ataques partiram de áreas controladas pelo regime e foram lançados apenas contra posições controladas por opositores. “Agora que sabemos o que sabemos, a questão é o que vamos fazer?”

Outras guerras – Kerry afirmou ainda que nada do que os EUA vierem a fazer na Síria será uma repetição do que ocorreu nas intervenções no Iraque, no Afeganistão ou na Líbia. “Nós sabemos que depois de uma década de conflito, o povo americano está cansado de guerra. Acreditem, eu também estou. Mas o cansaço não nos isenta de nossa responsabilidade”, ressaltou. “Esse crime contra a consciência, esse crime contra a humanidade, isso importa para nós”.


Obama – Pouco depois do pronunciamento de Kerry, o presidente Barack Obama também voltou a se manifestar sobre a crise na Síria, dizendo que o ataque químico ameaçou interesses de segurança nacional dos EUA. “Esse tipo de ataque é um desafio para o mundo. Não podemos aceitar um mundo onde mulheres e crianças são atingidas por gases”.

O presidente voltou a dizer que ainda não decidiu qual será a resposta americana aos ataques, e reforçou que tem consultado aliados e o Congresso a respeito. “Não estamos considerando qualquer compromisso de duração ilimitada. Não estamos considerando nenhuma aproximação com tropas”.


Intervenções do ocidente que ocorreram sem aval da ONU


Caso os EUA e seus aliados decidam bombardear a Síria sem o apoio de uma resolução, não será a primeira vez que uma intervenção ocorre ignorando a ONU

A falta de aval
Reunião do Conselho de Segurança da ONU

Uma semana depois de terem surgido os primeiros indícios de um ataque com armas químicas na Síria, parece iminente a possibilidade de uma intervenção militar das potências ocidentais para punir o ditador sírio Bashar Assad. Se a decisão for tomada, é provável que os Estados Unidos e seus aliados bombardeiem o território sem um aval do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Entre os desafios para legitimar a ação estão a possibilidade de um veto da Rússia e da China – que são aliadas do ditador e tem o poder de bloquear qualquer resolução – e a morosidade costumeira da ONU– o secretário-geral Ban Ki-Moon já pediu mais tempo para o trabalho dos inspetores que estão na Síria e “mais diplomacia” para tratar a crise. Se isso de fato ocorrer, não será a primeira vez que a falta de aval da ONU impede uma ação militar

30 de agosto de 2013
 Veja

A BOLIVARIANA UNASUL SAI DA COVA PARA DEFENDER A DITADURA SÍRIA



A Unasal nem vale notícia. É uma associação ridícula, de países governados por gente ridícula, serviçal de uma ideologia que estarrece o mundo civilizado. Se há algo a ser bombardeado, é esse cabide de diplomatas engendrado pelo bolivarianismo. Cuisp! Quanto ao genocídio na Síria, ainda bem que o "imperialismo ianque" está de olho e vai intervir, com ou sem apoio dos falsos defensores dos direitos humanos, europeus inclusive.

A União de Nações Sul-Americanas (Unasul) deve rejeitar, durante a reunião de chefes de Estado que ocorre nesta sexta-feira, 30, uma eventual ação militar na Síria sem autorização do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). A posição deverá ser expressada em um ponto da carta que foi discutida quinta-feira pelos ministros dos países da Unasul e que deverá ser ratificada pelos chefes de Estado nesta sexta.

Segundo o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Luiz Alberto Figueiredo, na versão atual da carta, que ainda está em discussão, a Unasul "se refere à gravidade da situação, ao fato de que armas químicas foram usadas, o que é muito grave, mas ao fato também de que não se pode pensar em uso da força para intervenção sem autorização explícita das Nações Unidas".
 
30 de agosto de 2013
orlando tambosi

OS ARGUMENTOS DO ENCARCERADO

O deputado presidiário usou os argumentos certos na tribuna do Carandiru sem grades


NO BRASIL, OS FICHAS SUJAS SE DÃO BEM





 
 
Com Donadon na cadeia, entra o suplente Amir Lando, processado com Lula na Justiça Federal por suposto favorecimento ao banco BMG em créditos consignados, e sujeito a devolver R$ 9,5 milhões à Viúva.

Natan Donadon é preso de excelência ou excelência presa?

Oposicionistas desconfiam que Alves suspendeu sessão de quinta para aumentar a debandada na Câmara, favorecendo a absolvição.
 
30 de agosto de 2013
saber é vencer
Diário do Poder

HISTÓRIAS DO JORNALISTA SEBASTIÃO NERY

Um governador sem máscara



Miguel Arraes governador de Pernambuco, Seixas Dória governador de Sergipe, Mário Lima deputado federal do PSB  e presidente do Sindicato dos Petroleiros da Bahia, e  tantos outros, foram deportados para Fernando de Noronha logo depois do macabro golpe militar de 1964.

Arraes no palácio em Recife, Seixas no palácio em Aracaju, Mario Lima no Palácio em Salvador, foram intimados a renunciar a seus  mandatos sob pena de serem presos. Não renunciaram. Foram presos.

O governador do território, comandante da Base Militar, era o coronel Costa e Silva, que não era parente do então Ministro do Exército.

O coronel conversava muito com Arraes e Seixas Dória. Perguntou-lhes:
- De que é que os senhores sentem mais falta?
Arraes e Mario ficaram calados. Seixas brincou:
- De um chope gelado, coronel.

ARRAES
 
Algum tempo depois, o coronel apareceu à meia-noite no alojamento dos três e convidou-os para um chope no cassino dos oficiais. E explicou:

- Chamei-os só agora, a esta hora da noite, porque chegou hoje de Recife um coronel para fazer uma inspeção, pois um jornal pernambucano disse ontem que os senhores não estão presos mas veraneando aqui.

E ficaram bebendo o chope e conversando coisas. De repente, empurram a porta, entra o coronel inspetor. Todo mundo em silêncio, ele se dirige ao coronel Costa e Silva:
- Coronel, estou constatando a veracidade da informação do jornal do Recife de que os governadores estão aqui veraneando.

O coronel Costa e Silva levantou-se:
- Coronel, fico satisfeito com seu depoimento, porque se amanhã o senhor for preso, certamente pedirá para vir para Fernando de Noronha, pois sabe que aqui há um comandante que respeita a dignidade humana.

Os coronéis saíram e os três continuaram a tomar o chope.

EDUARDO
 
Eram três homens sem máscara. Como outros pelo pais a fora (eu inclusive), Arraes, Seixas, Mario, preferirem honrar os mandatos que receberam do povo em vez de negociá-los por uma humilhante liberdade.

Os homens públicos se definem assim. Na hora da decisão, têm que ter a coragem de ficar sem mascara. Para cobrar dos outros que fiquem também.
O governador Eduardo Campos, de Pernambuco, mais uma vez honrou o legado de Arraes e mostrou que “quem puxa aos seus não degenera”.
O país não entendia como 27 governadores estavam acuados por esse punhado de fascistazinhos dos Black Blocs, filhinhos de papai de caras cobertas e roupas negras, aterrorizando e quebrando monumentos  de centenas de anos, palácios, joias da arquitetura como o Itamaraty.

BLACK BLOCS
 
Jornais e TVs, grupos alegres da OAB, ONGs vadias, sem coragem de combater os criminosos, exigem que a policia “só aja no flagrante”, na e depois da quebradeira e a acusam de usar bombas, sprays, balas de borracha, “não ter limites”. 
Às vezes não têm. É preciso denunciar. Mas como enfrentar  vândalos encapuçados, drogados, estipendiados, pedras e molotovs nas mochilas, barras de ferros nas mãos? Com beijinhos na boca?
O país agradece ao governador Eduardo Campos a lição de decisão, transparência e cidadania. Passeatas, marchas, protestos, são da democracia. Mas esconder-se atrás de mascaras para vandalizar vitrines e cidades, não.
Ainda bem que o Brasil tem um governador sem máscara. Ao menos um.
 
PETROBRAS
 
A revista “Fortune” coloca a Petrobrás em 25º lugar entre as 500 maiores companhias do mundo em faturamento. Era a 23. A desvalorização vem da insustentável defasagem dos preços imposta pelo governo, obrigada a subsidiar a gasolina e o diesel, estrangulando-se financeiramente.

Hoje a defasagem de preços para a gasolina está em 22% e 24% para o diesel.
A importação de gasolina e diesel chegou a  783 mil barris diários.
A Petrobras importa o derivado a um preço, por exemplo, de 100 dólares o barril e entrega ao consumidor a 80 dólares. Paga em dólares, a preços internacionais, o combustível que importa e é obrigada a vender no mercado brasileiro em reais, a preço artificialmente menor.

30 de agosto de 2013
Sebastião Nery

O HUMOR DO DUKE

Charge O Tempo 30/08

APOIADAS PELO PT E POR LULA, CENTRAIS SINDICAIS PROMOVEM NOVAS MANIFESTAÇÕES CONTRA O GOVERNO E O CONGRESSO


As Centrais Sindicais anunciaram que agora à tarde serão promovidas novas manifestações contra o governo e o Congresso. Os protestos começaram na noite de quinta-feira, com uma vigília dos aposentados em frente ao INSS na capital de São Paulo.

Hoje, considerado “Dia Nacional de Manifestação e Luta”, as Centrais Sindicais planejam reunir milhares de trabalhadores para atos e protestos em defesa de mudanças na condução da economia e atendimento de reivindicações da Pauta Trabalhista.

As manifestações irão cobrar uma nova política econômica e o fim do Fator Previdenciário; jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem redução salarial; reajuste digno para os aposentados; fim do Projeto de Lei 4.330, que amplia a terceirização; e mais investimentos em saúde e educação.

ESTRANHEZA

Tudo isso é muito estranho. Durante os 10 primeiros anos de governo do PT, as Centrais estiveram completamente silenciadas, jamais houve nenhum ato contra a administração petista. Em junho, quando já ocorriam as manifestações de rua, houve um encontro de todas as Centrais Sindicais com o ex-presidente Lula, em São Paulo, e ficou decidido que os trabalhadores iram voltar a organizar protestos.

Em 11 de julho, as Centrais tentaram armar uma greve nacional, mas foi um fiasco, explicado pelo presidente do PT, Rui Falcão, com o seguinte argumento: “Os trabalhadores não saíram ás ruas porque todos estão empregados e não têm mais o que reivindicar”.
Hoje, as Centrais voltam às ruas, para novo fiasco.

Vejamos o que nos dirá desta vez o dirigente petista Rui Falcão, que estranhamente apoia essas manifestações contra o governo de seu próprio partido. Ou o PT não mais considera a presidente Dilma Rousseff como petista?

30 de agosto de 2013
Carlos Newton

TOFFOLI SE RECUSA A REVELAR QUAL É A SUA RENDA ADICIONAL



O ministro José Antonio Dias Toffoli se recusou  a detalhar seus ganhos além do salário no Supremo Tribunal Federal (STF), usados, segundo ele, para pagar prestações de dois empréstimos de R$ 1,4 milhão com o Banco Mercantil do Brasil.

Em resposta a consulta do Estado, a assessoria de Toffoli alegou em nota, que “os rendimentos, recursos e o patrimônio do ministro são aqueles anualmente declarados à Receita Federal, em seu Imposto de Renda”. Mas não divulgou as informações.

Como o Estado revelou na quinta-feira, as parcelas dos empréstimos, de R$ 16,7 mil mensais, comprometem 92% dos ganhos de Toffoli no Supremo, de R$ 18,2 mil em julho. Segundo o gabinete do ministro seus rendimentos “não se resumem aos vencimentos no STF”.

CONTINUA RELATOR

Toffoli é relator de processos do Mercantil, que lhe concedeu os dois empréstimos em 2011. O primeiro, de R$ 931 mil, previa inicialmente pagamento em 180 parcelas de R$ 13,8 mil mensais; já o segundo, de R$ 463,1 mil, em 204 prestações de R$ 6,6 mil.

Na época em que as operações foram contratadas, a soma das parcelas superava o salário líquido de Toffoli (cerca de R$ 17,5 mil). Em abril deste ano, após decisões do ministro nos processos, o banco reduziu os juros dos empréstimos de 1,35% ao mês 1% ao mês, o que reduziu as prestações para R$ 16,7 mil mensais.

O corte das taxas, considerado atípico até por um dos representantes do Mercantil, assegurou uma economia de R$ 636 mil no total a ser pago. A soma das prestações alcança R$ 3,21 milhões.

Segundo o Código do Processo Civil e o Regimento do Supremo, cabe arguir a suspeição do magistrado, por parcialidade, quando alguma das partes do processo seja sua credora.
O ministro relata casos do banco desde 2009, mas, mesmo com os empréstimos, não viu motivos para se afastar. Ontem, ele deixou o Supremo sem dar entrevistas.

“SEM MALDADE”
“Não sei se é conflito de interesse na prática. Se existe isso, não existe maldade”, afirmou na quinta-feira o diretor executivo do Mercantil, Paulo Henrique Brant de Araújo.
Segundo ele, os empréstimos “não têm nada a ver” com os interesses do banco no Supremo, tampouco a redução das taxas. “Não é a primeira pessoa para a qual o banco poderia emprestar e que tem um cargo público. Não existe esse tipo de restrição. Se houvesse, o próprio ministro deveria se manifestar.”

O diretor não quis analisar o caso específico de Toffoli, devido ao sigilo bancário da operação, mas observou que um “bom pagador”, com garantia segura, merece “condições boas, não atípicas”. “Não necessariamente, o banco tem a obrigação de cobrar 4% ao mês”, comentou.

A reportagem consultou dois gerentes da agência do Mercantil em Brasília, que ofereceram, para cliente VIP, nas mesmas condições financeiras do ministro, empréstimos de no máximo quatro anos e taxas entre 3% e 4% ao mês.

30 de agosto de 2013
Deu no Estadão

EDUARDO CAMPOS SINALIZA SER MESMO CANDIDATO EM 2014


Ao apoiar a atuação do diplomata Eduardo Saboia no episodio que culminou com uma crise no Itamarati e irritou a presidente Dilma Rousseff, o governador Eduardo Campos finalmente sinalizou que pretende mesmo disputar, pela oposição, as eleições presidenciais de 2014. Reportagem de Flávia Guerreiro, Fábio Mendes e Taí Nalon, Folha de São Paulo de 28, focalizou amplamente o assunto.
 
Amplamente porque de um lado da página destacou a reação de Dilma Rousseff e, de outro, as declarações de Aécio Neves e Eduardo campos. O senador mineiro já se anunciou candidato de oposição ao governo. O governador de Pernambuco, pela primeira vez, de modo incisivo, contesta a posição assumida pela presidente da República.

Rousseff condenou a atitude de Eduardo Saboia sustentando os riscos a que se expôs, a si, e à própria vida do senador Roger Pinto Molina, ao passar por várias barreiras policiais. Nada aconteceu, mas poderia ter acontecido. Um governo não negocia vidas: age para proteger vidas. Nós não estamos numa situação de exceção Condenou fortemente a comparação de Saboia colocando no mesmo patamar a embaixada em La Paz e o Doi-Codi da ditadura militar. 
Eduardo Campos contestou: eu só posso ter uma opinião. Salvamos uma vida, ameaçada pela depressão, uma doença terrível. Cumprimos uma tradição do país, que é de abrigar perseguidos políticos. Por dever de consciência, cumprimento o diplomata Eduardo Saboia, por sua atitude humanitária. A afirmação do governador se choca principalmente com uma das declarações de Dilma Rousseff, quando lamenta profundamente a atuação do diplomata.
PEDIDO DE FÉRIAS

A revolta da presidente da República foi autêntica, não um lance no tabuleiro do xadrez internacional, como alguns analistas admitiram. Tanto assim que suspendeu (matéria de Valdo Cruz e Eliane Catanhede, além também de Gabriela Guerreiro) a designação do embaixador Marcel Biato para a embaixada brasileira na Suécia. Marcel Biato é embaixador em La Paz. Havia entrado de férias, o que levou Eduardo Saboia a substituí-lo interinamente. Dilma Rousseff interpretou que o pedido de férias foi programado para Saboia retirar Molina da embaixada
E só poderia ter irritado, seja qual for a verdade completa, uma vez que o episódio afetou a autoridade presidencial na medida em que, no plano internacional, colocou-a na posição de desinformada. Nenhum dirigente político sente-se confortável em tal posição levada pelas circunstâncias rocambolescas da atuação de Saboia, quase uma aventura de capa espada lançada nos tempos modernos. 
Portanto, as afirmações de Aécio Neves e Eduardo Campos só podem ter contribuído para irritá-la ainda mais. As de Aécio nem tanto porque ele sempre se anunciou um candidato de oposição. Mas principalmente as de Eduardo Campos, que é do PSB, legenda que ocupa dois cargos ministeriais na administração federal.

O próximo lance de Eduardo Campos deverá ser a iniciativa de retirar o partido da equipe do Planalto, pois não faz o menor sentido alguém assumir a trilha da oposição e, ao mesmo tempo, permanecer integrando a equipe do governo.
Lançando-se candidato, por fim, Eduardo Campos terá que renunciar ao governo de Pernambuco até 5 de abril do próximo ano. A atuação de Saboia, do dia para noite, projetou-se profundamente no quadro político nacional.

30 de agosto de 2013
Pedro do Coutto

JOGO DE CENA DO PRESIDENTE DA CÂMARA

“Indignação” de Henrique Alves é puro jogo de cena: ele foi o maior responsável pela absolvição de Donadon!
O presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB), andou fazendo declarações dizendo-se indignado com a absolvição de Natan Donadon e investindo-se de paladino do voto aberto. Puro jogo de cena.
 
A verdade é que desde sua prisão, em 28 de junho, Donadon faltou 19 das 68 sessões deliberativas. Como com mais quatro faltas o ladrão poderia ser cassado - enquadrado pelo artigo 55 da Constituição, que determina perda de mandato em caso de faltar a um terço das sessões ordinárias da Casa- , Henrique Alves mais que depressa o afastou para empossar o suplente Amir Lando (PMDB-RO) e acabou com a última chance de cassar-lhe o mandato, com a licença garantida por prazo indeterminado.
 
Detalhes:
Há dez dias, Henrique foi alertado pela Mesa Diretora que, em caso de absolvição, Donadon ainda poderia perder o mandado devido às faltas.
 
A Mesa também sugeriu esperar 60 ou 120 dias para dar posse a Amir Lando, permitindo que estourassem as ausências de Donadon.
 
Oposicionistas desconfiam que Alves suspendeu sessão de quinta para aumentar a debandada na Câmara, favorecendo a absolvição.
 
Terminou ontem o prazo de 72 horas estabelecido pelo ministro Dias Toffolli (STF) para a Câmara se manifestar sobre a suspensão do salário e da verba de gabinete do deputado presidiário Natan Donadon.
 
A deputada Manuela D’Ávila (PCdoB-RS) se absteve na votação para cassar o mandato do colega. Assinou presença e só reapareceu na TV, defendendo o voto aberto. Outros juraram voto contra Donadon.

30 de agosto de 2013
Ricardo Froes
Fonte: Claudio Humberto

PARA ANOTAR NO CADERNINHO! VAMOS SANEAR O BRASIL!!!

A lista dos calhordas de Donadon
A vergonha que foi a absolvição pela Câmara do deputado Natan Donadon tem nomes, mas, infelizmente, não todos, já que a votação foi secreta.

Dos 513 deputados da Câmara, 104 não votaram na sessão da noite desta quarta-feira (29).

Dos 104 que não votaram, 50 estiveram no plenário, mas optaram por não participar da decisão.

Na sessão, apenas 233 votaram a favor da cassação, 24 a menos que o necessário para a perda do mandato - para a cassação, eram necessários pelo menos 257 votos -,131 votaram contra e 41, embora presentes, abstiveram-se.

Dos 54 ausentes, José Genoino (PT-SP), Carlos Magno (PP-RO), Dr Luiz Fernando (PSD-AM), Homero Pereira (PSD-MT), Romário e Waldir Maranhão (PP-MA) tinham licenças que justificam faltar à sessão.

Lista dos calhordas que não votaram (“P” indica presença em plenário):

DEM (6 não votaram, 21% da bancada)
Abelardo Lupion (PR)
Betinho Rosado (RN)
Claudio Cajado (BA) P
Eli Correa Filho (SP)  P
Jorge Tadeu Mudalen (SP)  P
Lira Maia (PA)  P

PC do B (2 não votaram, 15% da bancada)
Alice Portugal (BA)
Jandira Feghali (RJ)  P

PDT (3 não votaram, 12% da bancada)
Enio Bacci (RS)  P
Giovani Cherini (RS)  P
Giovanni Queiroz (PA)  P

PMDB (15 não votaram, 19% da bancada)
Alceu Moreira (RS)
André Zacharow (PR)  P
Arthur Oliveira Maia (BA)
Asdrubal Bentes (PA)
Carlos Bezerra (MT)
Darcísio Perondi (RS)
Eliseu Padilha (RS)  P
Gabriel Chalita (SP)  P
Genecias Noronha (CE) P
José Priante (PA) P
Leonardo Quintão (MG) P
Mário Feitoza (CE)
Newton Cardoso (MG) P
Renan Filho (AL)

PMN (1 não votou, 33% da bancada)
Jaqueline Roriz (DF) P

PP (14 não votaram, 37% da bancada)
Afonso Hamm (RS)
Beto Mansur (SP) P
Carlos Magno (RO)
Guilherme Mussi (SP)
José Linhares (CE) P
José Otávio Germano (RS) P
Luiz Fernando Faria (MG) P
Paulo Maluf (SP) P
Pedro Henry (MT)
Renato Molling (RS)
Renzo Braz (MG) P
Toninho Pinheiro (MG) P
Vilson Covatti (RS) P
Waldir Maranhao (MA)

PPS (2 não votaram, 18% da bancada)
Almeida Lima (SE)
Arnaldo Jardim (SP) P

PR (8 não votaram, 22% da bancada)
Bernardo Santana de Vasconcellos (MG)
Inocêncio Oliveira (PE)
Laércio Oliveira (SE)
Manuel Rosa Neca (RJ)
Valdemar Costa Neto (SP) P
Vicente Arruda (CE) P
Zé Vieira (MA)
Zoinho (RJ)

PRB (1 não votou, 10% da bancada)
Vilalba (PE)

PSB (6 não votaram, 24% da bancada)
Abelardo Camarinha (SP) P
Alexandre Roso (RS)
Antônio Balhmann (CE)
Beto Albuquerque (RS)
Paulo Foletto (ES) P
Sandra Rosado (RN)

PSC (2 não votaram, 13% da bancada)
Nelson Padovani (PR) P
Pastor Marco Feliciano (SP) P

PSD (12 não votaram, 27% da bancada)
Dr. Luiz Fernando (AM)
Edson Pimenta (BA) P
Eduardo Sciarra (PR) P
Eliene Lima (MT) P
Fernando Torres (BA)
Heuler Cruvinel (GO)
Homero Pereira (MT)
João Lyra (AL)
José Carlos Araújo (BA) P
Manoel Salviano (CE)
Marcos Montes (MG)
Sérgio Brito (BA) P

PSDB (6 não votaram, 12% da bancada)
Carlos Roberto (SP) P
Marco Tebaldi (SC) P
Marcus Pestana (MG)
Pinto Itamaraty (MA)
Sérgio Guerra (PE)
Vanderlei Macris (SP)

PT (21 não votaram, 24% da bancada)
Angelo Vanhoni (PR) P
Anselmo de Jesus (RO)
Artur Bruno (CE)
Beto Faro (PA) P
Biffi (MS) P
Bohn Gass (RS)
Iriny Lopes (ES) P
João Paulo Cunha (SP) P
José Genoino (SP)
Josias Gomes (BA)
Luiz Alberto (BA)
Marcon (RS)
Marina Santanna (GO) P
Miguel Corrêa (MG) P
Odair Cunha (MG) P
Pedro Eugênio (PE) P
Pedro Uczai (SC) P
Rogerio Carvalho (SE)
Ronaldo Zulke (RS)
Vicentinho (SP) P
Weliton Prado (MG)

PTB (2 não votaram, 11% da bancada)
Jovair Arantes (GO)
Sabino Castelo Branco (AM)

PTdoB (1 não votou, 33% da bancada)
Rosinha da Adefal (AL)

PV (1 não votou, 10% da bancada)
Eurico Junior (RJ) P

SEM PARTIDO (1 não votou)
Romário (RJ)
 
30 de agosto de 2013

QUANDO O HUMOR DESENHA A REALIDADE

 
 
20 de agosto de 2013


QUANDO O HUMOR DESENHA A REALIDADE

 
20 de agosto de 2013


GRUPO DE COVARDES

Culpar queimada no Piauí por apagão no Nordeste mostra o caráter dos integrantes do desgoverno do PT

Enganou-se quem acreditou que o governo do PT assumiria uma nesga de responsabilidade pelo apagão que deixou às escuras nove estados do Nordeste na quarta-feira (28).

Sem saber substituir uma lâmpada queimada e ministro de Minas e Energia por causa de escambo político, o maranhense Edison Lobão (PMDB) se apressou em colocar a culpa na natureza, como acontece em três de cada cinco apagões.

O pior nesse episódio é que alguém do governo petista de Dilma Rousseff se limitou a comparar os apagões verde-louros com os que ocorrem nos Estados Unidos. Essa dependência psicológica e existencial que os comunistas brasileiros têm em relação à catedral do capitalismo é caso de psiquiatra.

Lobão disse que a interrupção no fornecimento de energia elétrica aos estados nordestinos foi provocada por uma queimada na cidade de Buriti, no interior piauiense. Horas depois da declaração do ministro, o dirigente regional do Ibama disse que é precipitado fazer qualquer declaração sobre o ocorrido antes de um laudo definitivo.
Se de fato a queimada motivou o apagão, as autoridades falharam ao não controlar o que existe no entorno da linha de transmissão. O mato que cresce ao pé das torres de transmissão, que entrou em colapso na última quarta-feira, foi cortado pela última vez em abril de 2012.

Com um governo desse naipe, que administra o país com a mesma habilidade e competência do proprietário de um boteco de porta de fábrica, os brasileiros devem erguer as mãos ao céu, porque a situação já deveria estar muito pior. Mesmo assim, os petistas palacianos não compreendem as razões que levam os investidores a não despejar suas economias nessa barafunda chamada Brasil.

É bom lembrar que em menos de um ano a região Nordeste foi alvo de dois apagões, que a presidente Dilma Vana Rousseff, a gerentona inoperante que é especialista em energia, prefere chamar de blecaute. Resumindo, para o Brasil se transformar em versão agigantada da caótica e decadente Venezuela só falta fincar uma estátua de Hugo Chávez na Praça dos Três Poderes.

30 de agosto de 2013
ucho.info

VIROU PIADA...

Lewandowski age como advogado de José Dirceu e defende habeas corpus ao chefe dos mensaleiros

O julgamento dos embargos de José Dirceu de Oliveira e Silva, o homem forte do primeiro governo Lula, foi um espetáculo à parte, se considerarmos o comportamento de cada um dos defensores costumeiros do Partido dos Trabalhadores.

Na linha de tiro por ser relator de processo em que o réu é o Banco Mercantil do Brasil, instituição onde contraiu empréstimo de R$ 1,4 milhão, o ministro José Antonio Dias Toffoli colocou as mangas vermelhas de fora, “pero no mucho”, pois do contrário seria alvo da agora ácida e implacável opinião pública. Mesmo assim, Toffoli acolheu parcialmente os embargos do Ali Babá dos mensaleiros.

Como não poderia deixar de ser, o ponto alto da ópera bufa ficou por conta do ministro Ricardo Lewandowski, que continua aproveitando o entrevero com Joaquim Barbosa para diante das câmeras posar como maior abandonado. É fato que Lewandowski vem tentando criar zonas de conflito com Barbosa, com o fim específico de tumultuar o julgamento dos recursos e patrocinar um alívio temporal aos condenados, mas a sua atuação nesta quinta-feira (29) foi um atentado contra o Judiciário.

Em certo momento, dando mostras que as digitais vermelhas do PT em seu currículo não são por acaso, Lewandowski sugeriu conceder um habeas corpus “ex-officio” para José Dirceu no crime de formação de quadrilha, como se o ex-ministro e deputado cassado fosse um inocente submetido a um tribunal de exceção.

Se o propósito do ministro Ricardo Lewandowski era ajudar o petista José Dirceu a tentativa fracassou, mas é certo que o magistrado arrumou um enorme problema para o advogado criminalista José Carlos de Oliveira Lima, que como defensor do chefe dos mensaleiros não solicitou o mencionado habeas corpus. Só falta Oliveira Lima ser obrigado a repartir os honorários.

30 de agosto de 2013
ucho.info

SORRY! VAI EM INGLÊS MESMO!

Marco Aurélio TopTop Garcia, pelo The Economist
O The Economist comentando a fuga do senador Róger Pinto, insinua que o culpado pela trapalhada é o aspone (nem tanto) Marco Aurélio TopTop Garcia, que dividiu o Itamaraty em “bolivarianos” e não alinhados.

Um aspone à procura de um dentista
“The decisive voice in relations with Latin America was not Mr Patriota’s but that of Marco Aurélio Garcia, a PT official who has acted as presidential foreign-policy adviser to both Lula and Ms Rousseff.

This two-headed command is the nub of the problem. Many of Itamaraty’s diplomats quietly chafe at a foreign policy that under Mr Garcia’s sway has given priority to the PT’s friendships with the likes of Mr Morales and Venezuela’s Nicolas Maduro, rather than to what they see as Brazil’s long-term interest in supporting pluralist democracies in the region. Mr Saboia, who is now under investigation, chafed not so quietly.”
 
30 de agosto de 2013