“Indignação” de Henrique Alves é puro jogo de cena: ele foi o maior responsável pela absolvição de Donadon!
30 de agosto de 2013
Ricardo Froes
O presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB), andou fazendo declarações dizendo-se indignado com a absolvição de Natan Donadon e investindo-se de paladino do voto aberto. Puro jogo de cena.
A verdade é que desde sua prisão, em 28 de junho, Donadon faltou 19 das 68 sessões deliberativas. Como com mais quatro faltas o ladrão poderia ser cassado - enquadrado pelo artigo 55 da Constituição, que determina perda de mandato em caso de faltar a um terço das sessões ordinárias da Casa- , Henrique Alves mais que depressa o afastou para empossar o suplente Amir Lando (PMDB-RO) e acabou com a última chance de cassar-lhe o mandato, com a licença garantida por prazo indeterminado.
Detalhes:
Há dez dias, Henrique foi alertado pela Mesa Diretora que, em caso de absolvição, Donadon ainda poderia perder o mandado devido às faltas.
A Mesa também sugeriu esperar 60 ou 120 dias para dar posse a Amir Lando, permitindo que estourassem as ausências de Donadon.
Oposicionistas desconfiam que Alves suspendeu sessão de quinta para aumentar a debandada na Câmara, favorecendo a absolvição.
Terminou ontem o prazo de 72 horas estabelecido pelo ministro Dias Toffolli (STF) para a Câmara se manifestar sobre a suspensão do salário e da verba de gabinete do deputado presidiário Natan Donadon.
A deputada Manuela D’Ávila (PCdoB-RS) se absteve na votação para cassar o mandato do colega. Assinou presença e só reapareceu na TV, defendendo o voto aberto. Outros juraram voto contra Donadon.
30 de agosto de 2013
Ricardo Froes
Fonte: Claudio Humberto
Nenhum comentário:
Postar um comentário