A CONSTÂNCIA DA EXPECTATIVA X REALIDADE E A INSUSTENTÁVEL NÃO LEVEZA DO CRESCIMENTO !
A economia brasileira cresceu 1,5% no segundo trimestre deste ano em relação aos três meses imediatamente anteriores, informou nesta sexta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A soma de todas as riquezas produzidas pela economia do país entre abril e junho ficou em 1,2 trilhão de reais. O anúncio veio pouco acima da expectativa do mercado, cujas apostas oscilavam em alta próxima a 1%. Na comparação com igual período de 2012, o Produto Interno Bruto (PIB) teve expansão de 3,3% no segundo trimestre do ano.
O dado foi positivo e superou as estimativas do mercado.
A economia brasileira cresceu 1,5% no segundo trimestre deste ano em relação aos três meses imediatamente anteriores, informou nesta sexta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A soma de todas as riquezas produzidas pela economia do país entre abril e junho ficou em 1,2 trilhão de reais. O anúncio veio pouco acima da expectativa do mercado, cujas apostas oscilavam em alta próxima a 1%. Na comparação com igual período de 2012, o Produto Interno Bruto (PIB) teve expansão de 3,3% no segundo trimestre do ano.
O dado foi positivo e superou as estimativas do mercado.
Mas isso não será suficiente para reverter as projeções de crescimento para 2013 e 2014. É olhar no retrovisor, enquanto os analistas tentam estimar o que vem pela frente.
E o quadro continua repleto de incertezas.
Crescimento do PIB. Fonte: Bloomberg
Esse número ainda não reflete a desvalorização da moeda e a deterioração do cenário externo. Além disso, indicadores antecedentes, como a confiança dos consumidores e empresários, já apontam para uma economia menos aquecida nos próximos meses.
O PIB do terceiro trimestre provavelmente vai jogar uma ducha de água fria em quem se animar demais com esse resultado passado. O dólar subiu e, se isso ajuda parte da indústria, também gera incertezas e pressiona a inflação. O processo de alta na taxa de juros, para combater essa inflação resiliente, vai começar a impactar mais a economia a partir de agora.
É verdade que a indústria se recuperou um pouco, e que o agronegócio segue puxando nosso crescimento. Mas o consumo se encontra perto da saturação no que tange o crescimento do crédito como estímulo. As famílias estão muito endividadas. E os investimentos não crescem o suficiente para permitir uma expansão na oferta ou na produtividade. A inflação, portanto, seguirá pressionada.
Que o governo não se engane com esse dado pontual, que não reflete a tendência daqui para frente. O crescimento final em 2013 deverá ser muito fraco ainda, perto de 2%, enquanto a inflação deverá ficar perto de 6%, mesmo com vários preços congelados pelo governo.
A situação demanda muita cautela e, acima de tudo, mudança nas políticas do governo, tanto fiscal como monetária. Corte de gastos públicos e independência do Banco Central na luta contra a inflação são cruciais para recuperar um crescimento mais sustentável.
Crescimento do PIB. Fonte: Bloomberg
Esse número ainda não reflete a desvalorização da moeda e a deterioração do cenário externo. Além disso, indicadores antecedentes, como a confiança dos consumidores e empresários, já apontam para uma economia menos aquecida nos próximos meses.
O PIB do terceiro trimestre provavelmente vai jogar uma ducha de água fria em quem se animar demais com esse resultado passado. O dólar subiu e, se isso ajuda parte da indústria, também gera incertezas e pressiona a inflação. O processo de alta na taxa de juros, para combater essa inflação resiliente, vai começar a impactar mais a economia a partir de agora.
É verdade que a indústria se recuperou um pouco, e que o agronegócio segue puxando nosso crescimento. Mas o consumo se encontra perto da saturação no que tange o crescimento do crédito como estímulo. As famílias estão muito endividadas. E os investimentos não crescem o suficiente para permitir uma expansão na oferta ou na produtividade. A inflação, portanto, seguirá pressionada.
Que o governo não se engane com esse dado pontual, que não reflete a tendência daqui para frente. O crescimento final em 2013 deverá ser muito fraco ainda, perto de 2%, enquanto a inflação deverá ficar perto de 6%, mesmo com vários preços congelados pelo governo.
A situação demanda muita cautela e, acima de tudo, mudança nas políticas do governo, tanto fiscal como monetária. Corte de gastos públicos e independência do Banco Central na luta contra a inflação são cruciais para recuperar um crescimento mais sustentável.
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