Este é um blog conservador. Um canal de denúncias do falso 'progressismo' e da corrupção que afronta a cidadania. Também não é um blog partidário, visto que os partidos que temos, representam interesses de grupos, e servem para encobrir o oportunismo político de bandidos. Falamos contra corruptos, estelionatários e fraudadores. Replicamos os melhores comentários e análises críticas, bem como textos divergentes, para reflexão do leitor. Além de textos mais amenos... (ou mais ou menos...) .
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville (1805-1859)
"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville (1805-1859)
"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.
segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018
NA "INVEJADA" SAÚDE ESTATAL BRITÂNICA, OS PACIENTES ESTÃO MORRENDO NOS CORREDORES DOS HOSPITAIS
Quando o governo controla a saúde, burocratas determinam quem recebe tratamento
Essa foi a manchete que apareceu no website da BBC na semana passada. A reportagem detalhava os mais recentes escândalos que estão emergindo do sistema de saúde estatal britânico, o qual vive imerso em crises.
Esta mais recente revelação surgiu como resultado de uma carta aberta enviada à primeira-ministra por 68 médicos do sistema. A carta detalhava as condições desumanas que se tornaram comuns nos hospitais do National Health Service (o sistema estatal de saúde do país).
Segundo a carta, a qual apresentava estatísticas dos hospitais públicos da Inglaterra e do País de Gales, apenas em dezembro de 2017, mais de 300.000 pacientes foram obrigados a esperar nas salas de emergência por mais de quatro horas antes de serem atendidos. Pior: enquanto estes esperavam nas salas, milhares de outros tinham de esperar ainda mais tempo dentro de ambulâncias, apenas para então poderem entrar nas salas de emergência.
A carta relatava que havia se tornado uma "prática rotineira" deixar os pacientes abandonados em cima de macas nos corredores por até 12 horas até que fossem providenciados leitos. Muitos destes pacientes acabavam sendo levados para alas improvisadas criadas às pressas nas repartições administrativas dos hospitais.
Adicionalmente, foi revelado que aproximadamente 120 pacientes por dia são atendidos nos corredores e nas salas de espera, com vários sendo submetidos a tratamentos humilhantes nas áreas públicas dos hospitais, com alguns até mesmo morrendo prematuramente como resultado.
Uma paciente relatou que, tendo ido para a sala de emergência devido a um problema ginecológico que a deixou com dores severas e um grande volume de sangramento, a escassez de salas de tratamento fez com que a equipe do hospital tivesse de examiná-la em um corredor lotado, à plena vista dos outros pacientes.
Neste mês de janeiro, 55.000 cirurgias foram canceladas. Com escassez de leitos, o sistema estatal já avisou que só irá receber pacientes sob extrema urgência.
Para completar, segundo os relatos de vários médicos, as condições do sistema de saúde da Inglaterra estão parecidas com aqueles de países do "terceiro mundo". E a própria Cruz Vermelha disse que o sistema de saúde estatal do país vive uma "crise humanitária". O próprio The New York Times, que sempre foi a favor da saúde socializada, reconheceu que o sistema britânico está à beira do colapso.
Causas
Embora seja tentador acreditar que tais casos extremos devem ser uma ocorrência rara, o fato é que tais histórias de horror cada vez mais vão se tornando a norma em um sistema de saúde socializado que parece estar em um permanente estado de crise.
Com efeito, na primeira semana de 2018, mais de 97% dos hospitais do NHS na Inglaterra relataram níveis de lotação tão severos a ponto de serem considerados "inseguros".
Tão previsível quanto o surgimento contínuo de novas histórias desse tipo é a igualmente firme recusa dos comentaristas britânicos em considerar que estrutura estatal e monopolista do sistema seja a culpada. Vários, inclusive a própria primeira-ministra, afirmaram que a causa de tudo é o surto de doenças que ocorrem nesta época do ano, como a gripe, e que não há nada de errado no sistema.
Entretanto, recentemente, os próprios membros do sistema de saúde britânico vieram a público e abertamente rejeitaram essa tese como sendo a causa da atual crise, esclarecendo que os atuais níveis de demanda por serviços de saúde por causa de doenças como gripe "não têm nada de inéditos ou atípicos". O envelhecimento da população e a incapacidade dos municípios em fornecer tratamentos não-hospitalares também foi apontado como uma das causas do sobrecarregamento do sistema.
Como era de se esperar, até o momento, a única solução apontada pelos comentaristas é simplesmente injetar mais dinheiro de impostos neste sistema falido. Com efeito, a crença de que essa perpétua crise no sistema de saúde britânico decorre exclusivamente de cortes de despesas feito por políticos do Partido Conservador tornou-se tão consensual, que praticamente ninguém se atreve a discutir o assunto — principalmente os próprios membros do sistema, que se beneficiariam enormemente de um aumento dos repasses.
Entretanto, essa caricatura popular do NHS como uma vítima de um crônico corte de repasses é simplesmente um mito. Com efeito, ajustando-se pela inflação, torna-se evidente que os repasses governamentais ao NHS aumentaram a uma taxa extraordinária desde a virada do milênio. E aumentaram muito mais aceleradamente do que durante os anos anteriores, os quais os defensores do sistema gostam de lembrar com grande afeto e nostalgia.
Evolução do orçamento do National Health Service, ajustado pela inflação
Efetivamente, sob o governo do Partido Conservador (2010-2017), praticamente 30% do orçamento dos serviços públicos britânicos foi direcionado para seu sistema de saúde monopolista. Para se ter uma ideia, na primeira década de existência do NHS, essa cifra foi de apenas 11%.
O problema, portanto, não é que o NHS esteja com escassez de financiamento (não está); o problema é que o sistema monopolista estatal é assustadoramente ineficiente. Não importa quanto seja aumentada a quantidade de dinheiro jogada no sistema; no final, a administração burocratizada e sem concorrência irá simplesmente desperdiçar este dinheiro.
E este é o grande problema dos sistemas de saúde estatizados: é impossível fazer uma administração racional dos recursos.
De um lado, dado que o dinheiro advém de impostos e não da qualidade dos serviços ofertados, não há um sistema de lucros e prejuízos a ser seguido. Logo, não há racionalidade na administração. Com efeito, nem sequer é possível saber o que deve ser melhorado, o que está escasso e o que está em excesso. Não há como inovar ou se tornar mais eficiente.
De outro, quando algo passa a ser ofertado "gratuitamente", a quantidade efetivamente demandada sempre será maior que a ofertada. E aí escassez e racionamento tornam-se uma inevitável rotina.
Ou seja, a oferta, além de ser limitada, é ineficiente e irracional, pois não segue um sistema de preços. Já a demanda tende ao "infinito", pois o custo é zero.
Tem-se, assim, a tempestade perfeita. Como os recursos para a saúde são limitados e gerenciados de maneira burocrática, mas a demanda é crescente e "gratuita", filas de espera para tratamentos, cirurgias, remédios e até mesmo consultas de rotina viram a norma. No extremo, pacientes são abertamente rejeitados, cirurgias são cancelas e pessoas são deixadas para morrer nos corredores.
Conclusão
Em um sistema de saúde controlado pelo governo, é o estado quem determina quem pode receber tratamento, como e quando. Na prática, a saúde estatal funciona como uma economia sob controle de preços: em algum momento a oferta irá se exaurir perante a demanda.
Na melhor das hipóteses, hospitais estatais monopolistas irão com a mesma eficiência de uma repartição pública, funcionando igual aos Correios ou ao Detran.
05 de fevereiro de 2018
Mises Brasil
"Pacientes estão morrendo nos corredores dos hospitais". |
Essa foi a manchete que apareceu no website da BBC na semana passada. A reportagem detalhava os mais recentes escândalos que estão emergindo do sistema de saúde estatal britânico, o qual vive imerso em crises.
Esta mais recente revelação surgiu como resultado de uma carta aberta enviada à primeira-ministra por 68 médicos do sistema. A carta detalhava as condições desumanas que se tornaram comuns nos hospitais do National Health Service (o sistema estatal de saúde do país).
Segundo a carta, a qual apresentava estatísticas dos hospitais públicos da Inglaterra e do País de Gales, apenas em dezembro de 2017, mais de 300.000 pacientes foram obrigados a esperar nas salas de emergência por mais de quatro horas antes de serem atendidos. Pior: enquanto estes esperavam nas salas, milhares de outros tinham de esperar ainda mais tempo dentro de ambulâncias, apenas para então poderem entrar nas salas de emergência.
A carta relatava que havia se tornado uma "prática rotineira" deixar os pacientes abandonados em cima de macas nos corredores por até 12 horas até que fossem providenciados leitos. Muitos destes pacientes acabavam sendo levados para alas improvisadas criadas às pressas nas repartições administrativas dos hospitais.
Adicionalmente, foi revelado que aproximadamente 120 pacientes por dia são atendidos nos corredores e nas salas de espera, com vários sendo submetidos a tratamentos humilhantes nas áreas públicas dos hospitais, com alguns até mesmo morrendo prematuramente como resultado.
Uma paciente relatou que, tendo ido para a sala de emergência devido a um problema ginecológico que a deixou com dores severas e um grande volume de sangramento, a escassez de salas de tratamento fez com que a equipe do hospital tivesse de examiná-la em um corredor lotado, à plena vista dos outros pacientes.
Neste mês de janeiro, 55.000 cirurgias foram canceladas. Com escassez de leitos, o sistema estatal já avisou que só irá receber pacientes sob extrema urgência.
Para completar, segundo os relatos de vários médicos, as condições do sistema de saúde da Inglaterra estão parecidas com aqueles de países do "terceiro mundo". E a própria Cruz Vermelha disse que o sistema de saúde estatal do país vive uma "crise humanitária". O próprio The New York Times, que sempre foi a favor da saúde socializada, reconheceu que o sistema britânico está à beira do colapso.
Causas
Embora seja tentador acreditar que tais casos extremos devem ser uma ocorrência rara, o fato é que tais histórias de horror cada vez mais vão se tornando a norma em um sistema de saúde socializado que parece estar em um permanente estado de crise.
Com efeito, na primeira semana de 2018, mais de 97% dos hospitais do NHS na Inglaterra relataram níveis de lotação tão severos a ponto de serem considerados "inseguros".
Tão previsível quanto o surgimento contínuo de novas histórias desse tipo é a igualmente firme recusa dos comentaristas britânicos em considerar que estrutura estatal e monopolista do sistema seja a culpada. Vários, inclusive a própria primeira-ministra, afirmaram que a causa de tudo é o surto de doenças que ocorrem nesta época do ano, como a gripe, e que não há nada de errado no sistema.
Entretanto, recentemente, os próprios membros do sistema de saúde britânico vieram a público e abertamente rejeitaram essa tese como sendo a causa da atual crise, esclarecendo que os atuais níveis de demanda por serviços de saúde por causa de doenças como gripe "não têm nada de inéditos ou atípicos". O envelhecimento da população e a incapacidade dos municípios em fornecer tratamentos não-hospitalares também foi apontado como uma das causas do sobrecarregamento do sistema.
Como era de se esperar, até o momento, a única solução apontada pelos comentaristas é simplesmente injetar mais dinheiro de impostos neste sistema falido. Com efeito, a crença de que essa perpétua crise no sistema de saúde britânico decorre exclusivamente de cortes de despesas feito por políticos do Partido Conservador tornou-se tão consensual, que praticamente ninguém se atreve a discutir o assunto — principalmente os próprios membros do sistema, que se beneficiariam enormemente de um aumento dos repasses.
Entretanto, essa caricatura popular do NHS como uma vítima de um crônico corte de repasses é simplesmente um mito. Com efeito, ajustando-se pela inflação, torna-se evidente que os repasses governamentais ao NHS aumentaram a uma taxa extraordinária desde a virada do milênio. E aumentaram muito mais aceleradamente do que durante os anos anteriores, os quais os defensores do sistema gostam de lembrar com grande afeto e nostalgia.
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Evolução do orçamento do National Health Service, ajustado pela inflação
Efetivamente, sob o governo do Partido Conservador (2010-2017), praticamente 30% do orçamento dos serviços públicos britânicos foi direcionado para seu sistema de saúde monopolista. Para se ter uma ideia, na primeira década de existência do NHS, essa cifra foi de apenas 11%.
O problema, portanto, não é que o NHS esteja com escassez de financiamento (não está); o problema é que o sistema monopolista estatal é assustadoramente ineficiente. Não importa quanto seja aumentada a quantidade de dinheiro jogada no sistema; no final, a administração burocratizada e sem concorrência irá simplesmente desperdiçar este dinheiro.
E este é o grande problema dos sistemas de saúde estatizados: é impossível fazer uma administração racional dos recursos.
De um lado, dado que o dinheiro advém de impostos e não da qualidade dos serviços ofertados, não há um sistema de lucros e prejuízos a ser seguido. Logo, não há racionalidade na administração. Com efeito, nem sequer é possível saber o que deve ser melhorado, o que está escasso e o que está em excesso. Não há como inovar ou se tornar mais eficiente.
De outro, quando algo passa a ser ofertado "gratuitamente", a quantidade efetivamente demandada sempre será maior que a ofertada. E aí escassez e racionamento tornam-se uma inevitável rotina.
Ou seja, a oferta, além de ser limitada, é ineficiente e irracional, pois não segue um sistema de preços. Já a demanda tende ao "infinito", pois o custo é zero.
Tem-se, assim, a tempestade perfeita. Como os recursos para a saúde são limitados e gerenciados de maneira burocrática, mas a demanda é crescente e "gratuita", filas de espera para tratamentos, cirurgias, remédios e até mesmo consultas de rotina viram a norma. No extremo, pacientes são abertamente rejeitados, cirurgias são cancelas e pessoas são deixadas para morrer nos corredores.
Conclusão
Em um sistema de saúde controlado pelo governo, é o estado quem determina quem pode receber tratamento, como e quando. Na prática, a saúde estatal funciona como uma economia sob controle de preços: em algum momento a oferta irá se exaurir perante a demanda.
Na melhor das hipóteses, hospitais estatais monopolistas irão com a mesma eficiência de uma repartição pública, funcionando igual aos Correios ou ao Detran.
05 de fevereiro de 2018
Mises Brasil
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Leia também:
EM CASO DE REFÚGIO, LULA NÃO QUER SABER DA ÁFRICA
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva continua a procurar, com seus advogados e conselheiros políticos – dentre os quais tem crescido em relevância o ex-Ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim – maneiras de sobre como se safar da prisão, à qual foi sentenciado em duas instâncias, por corrupção e lavagem de dinheiro.
Caso, como parece provável, seus advogados não obtenham as protelações e recursos que no passado asseguravam a impunidade dos criminosos ricos e dos poderosos, a única escapatória para Lula será a de buscar refúgio em alguma embaixada, como sugerem alguns desses conselheiros.
Nessa hipótese, dando prosseguimento a uma campanha internacional já em andamento, o ex-presidente apresentar-se-á à opinião pública internacional como um perseguido político.
Caso, como parece provável, seus advogados não obtenham as protelações e recursos que no passado asseguravam a impunidade dos criminosos ricos e dos poderosos, a única escapatória para Lula será a de buscar refúgio em alguma embaixada, como sugerem alguns desses conselheiros.
Nessa hipótese, dando prosseguimento a uma campanha internacional já em andamento, o ex-presidente apresentar-se-á à opinião pública internacional como um perseguido político.
Insistirá que a Justiça brasileira não é independente, nem isenta, e que os juízes aqui não passam de marionetes do poder central.
Patético vai ser Lula insistir nessa versão caso venha se refugiar em Cuba, Bolívia ou Venezuela, países que poucos acreditam serem dotados de poder Judiciário autônomo, independente e isento. Na verdade, preferiria o ex-mandatário não ter de ir para nenhum desses três países, mas em particular não gostaria de ir para a Bolívia.
Lula não se dá tão bem como o se propala, com o presidente perpétuo do país, Evo Morales. É que, guiado por seu antigo guru para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, Lula passou ter maior admiração pelo vice-presidente Alvaro García Linera do que pelo próprio Morales. Além do mais, Lula não se dá bem com a altitude de La Paz, e se fosse para a Bolívia iria pedir para residir em Santa Cruz de La Sierra, mais baixa e mais próxima do Brasil.
Quem conhece Lula sabe que ele preferiria mesmo seria ir para o Chile ou o para Uruguai, países mais organizados, onde se vive melhor. Mas a hipótese chilena ficou inviabilizada, com a saída de Michelle Bachelet da presidência, a se dar agora em março.
Patético vai ser Lula insistir nessa versão caso venha se refugiar em Cuba, Bolívia ou Venezuela, países que poucos acreditam serem dotados de poder Judiciário autônomo, independente e isento. Na verdade, preferiria o ex-mandatário não ter de ir para nenhum desses três países, mas em particular não gostaria de ir para a Bolívia.
Lula não se dá tão bem como o se propala, com o presidente perpétuo do país, Evo Morales. É que, guiado por seu antigo guru para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, Lula passou ter maior admiração pelo vice-presidente Alvaro García Linera do que pelo próprio Morales. Além do mais, Lula não se dá bem com a altitude de La Paz, e se fosse para a Bolívia iria pedir para residir em Santa Cruz de La Sierra, mais baixa e mais próxima do Brasil.
Quem conhece Lula sabe que ele preferiria mesmo seria ir para o Chile ou o para Uruguai, países mais organizados, onde se vive melhor. Mas a hipótese chilena ficou inviabilizada, com a saída de Michelle Bachelet da presidência, a se dar agora em março.
A hipótese uruguaia continua aberta, uma vez que a Frente Ampla, majoritária no Congresso, manifesta sistematicamente apoio irrestrito ao ex-presidente brasileiro.
O problema, nesse caso, seria o de que a concessão de asilo a um criminoso comum poderia trazer dificuldades para um país que depende muito do Brasil para seu bem-estar econômico.
O Equador também deixou de ser uma hipótese plausível. Lenin Moreno, o novo presidente equatoriano, não gostaria que a presença de Lula viesse a perturbar sua administração, logo agora que acaba de desfechar golpe fatal nas pretensões políticas do ex-presidente Rafael Corrêa, este sim amicíssimo do ex-presidente brasileiro. De qualquer modo, em Quito Lula também teria de enfrentar o problema da altitude.
Seja como for, caso decida mesmo se refugiar, o que Lula não está disposto a aceitar de maneira alguma é o asilo em qualquer país africano, nem mesmo os de língua portuguesa, com os quais sempre manteve excelentes relações. Acha muito difícil as condições de vida na maior parte dos países africanos.
Para Lula, uma coisa é participar de encontros patrocinados pela União Africana, fazer discursos sobre a amizade Brasil-África, outra coisa é ir morar lá.
05 de fevereiro de 2018
Pedro Luiz Rodrigues é jornalista, com atuação nos veículos mais importantes do País, e diplomata.
O Equador também deixou de ser uma hipótese plausível. Lenin Moreno, o novo presidente equatoriano, não gostaria que a presença de Lula viesse a perturbar sua administração, logo agora que acaba de desfechar golpe fatal nas pretensões políticas do ex-presidente Rafael Corrêa, este sim amicíssimo do ex-presidente brasileiro. De qualquer modo, em Quito Lula também teria de enfrentar o problema da altitude.
Seja como for, caso decida mesmo se refugiar, o que Lula não está disposto a aceitar de maneira alguma é o asilo em qualquer país africano, nem mesmo os de língua portuguesa, com os quais sempre manteve excelentes relações. Acha muito difícil as condições de vida na maior parte dos países africanos.
Para Lula, uma coisa é participar de encontros patrocinados pela União Africana, fazer discursos sobre a amizade Brasil-África, outra coisa é ir morar lá.
05 de fevereiro de 2018
Pedro Luiz Rodrigues é jornalista, com atuação nos veículos mais importantes do País, e diplomata.
DEPUTADOS E SENADORES QUEREM DE VOLTA DINHEIRO QUE GASTARAM NAS FÉRIAS
ELES GASTARAM R$3,5 MILHÕES NO RECESSO E PEDEM RESSARCIMENTO
O Congresso esteve de recesso desde o já longínquo 20 de dezembro de 2017, mas deputados e senadores torraram R$ 3,5 milhões da “cota parlamentar”, aquela verba usada para indenizá-los de qualquer despesa, apesar de nesse período não exercerem qualquer atividade parlamentar. Em média, cada deputado teve R$ 6,4 mil reembolsados no recesso. No Senado, o reembolso foi de R$ 2,1 mil por parlamentar. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
Quatro deputados e o senador José Medeiros (MT) receberam mais da cota parlamentar no mês de recesso do que o salário de R$ 33.763.
O campeão de gastos com o “cotão de férias” foi o deputado Victor Mendes (PSD-MA), que teve R$ 39 mil reembolsados em janeiro.
Nivaldo Albuquerque (PRP-AL), Ricardo Teobaldo (PE), Silas Câmara (PSC-AM) também gastaram mais que o teto constitucional com a cota.
Somente no ano passado, a “cota parlamentar” arrancou do bolso dos contribuintes mais de R$242,2 milhões.
05 de fevereiro de 2018
diário do poder
DEPUTADOS E SENADORES TORRARAM R$3,5 MILHÕES DO COTÃO NO RECESSO |
O Congresso esteve de recesso desde o já longínquo 20 de dezembro de 2017, mas deputados e senadores torraram R$ 3,5 milhões da “cota parlamentar”, aquela verba usada para indenizá-los de qualquer despesa, apesar de nesse período não exercerem qualquer atividade parlamentar. Em média, cada deputado teve R$ 6,4 mil reembolsados no recesso. No Senado, o reembolso foi de R$ 2,1 mil por parlamentar. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
Quatro deputados e o senador José Medeiros (MT) receberam mais da cota parlamentar no mês de recesso do que o salário de R$ 33.763.
O campeão de gastos com o “cotão de férias” foi o deputado Victor Mendes (PSD-MA), que teve R$ 39 mil reembolsados em janeiro.
Nivaldo Albuquerque (PRP-AL), Ricardo Teobaldo (PE), Silas Câmara (PSC-AM) também gastaram mais que o teto constitucional com a cota.
Somente no ano passado, a “cota parlamentar” arrancou do bolso dos contribuintes mais de R$242,2 milhões.
05 de fevereiro de 2018
diário do poder
ATÉ OS MILIONÁRIOS QUE SÃO MINISTROS RECEBEM AUXÍLIOS DE MORADIA E ALIMENTAÇÃO
Figurando na lista de políticos mais ricos do país, ministros de Michel Temer ganham ajuda mensal dos cofres públicos para morar e comer. Alexandre Baldy (Podemos), titular das Cidades, tem à sua disposição um apartamento funcional de mais de 200 m2, apesar de ser dono de casa em um dos pontos mais valorizados da capital federal. Em 2016 o ministro comprou um imóvel no Lago Sul de Brasília por R$ 7,6 milhões.
Mesmo assim, continuou tendo um apartamento da Câmara a seu dispor — Baldy se licenciou do mandato de deputado em novembro para assumir o novo cargo.
COM ASSESSORES – A Folha visitou o prédio e constatou com funcionários que Baldy é pouco visto no imóvel público, que seria usado, na verdade, por assessores.
Em resposta à Folha, o ministro afirmou, por meio de sua assessoria, que o funcional vinha sendo usado “com o objetivo de dar suporte às atividades funcionais que não são realizadas em sua residência para preservar a rotina e necessidades de seus filhos, esposa e demais familiares”.
Baldy afirmou ainda que, apesar disso, não vê mais necedades de uso do apartamento, “o qual já acredita ter sido entregue para a Câmara”. A Casa informou que o ministro ainda não havia feito a devolução até esta sexta-feira (dia 2).
A LEI PROÍBE – Lei federal que trata de ajuda para moradias a ministros veda o recebimento de benefício por aqueles que têm imóvel próprio na capital federal.
Outro ministro milionário que recebeu ajuda pública para morar e comer é o chefe da equipe econômica e um dos condutores do discurso governista pelo fim dos privilégios. Henrique Meirelles (Fazenda) recebeu, desde que virou ministro, em 2016, R$ 7.337 de auxílio-moradia e R$ 458 de vale-refeição todo mês.
Só quando cresceram as movimentações para lançá-lo à corrida presidencial o ministro decidiu abrir mão da ajuda para moradia. Desde novembro ele não tem o auxílio, mas ainda recebe o de alimentação.
A remuneração mensal de Meirelles é de R$ 30.934, o equivalente a mais de 32 salários mínimos.
PATRIMÔNIO ELEVADO – O ministro declarou publicamente seu patrimônio pela última vez há 15 anos, quando se candidatou a deputado federal. Na ocasião, já acumulava R$ 45 milhões em bens, incluindo uma casa em Nova York.
Ex-presidente mundial do BankBoston, Meireles recebeu em 2015 e 2016 mais de R$ 200 milhões por consultorias a empresas, entre elas a J&F, dos irmãos Batista.
No último programa do seu partido, o PSD, o ministro foi à TV dizer que o Brasil tem um “enorme dívida social” e que é preciso “combater privilégios e distribuir renda”.
OUTROS MILIONÁRIOS – Blairo Maggi (Agricultura) também integra a lista de ministros milionários, já que foi citado em reportagem de 2014 da revista “Forbes” como segundo político mais rico do país, dono de patrimônio de US$ 1,2 bilhão (R$ 3,85 bi).
Empresário do agronegócio, Maggi (PP) declarou em 2014 à Justiça Eleitoral bens que somam R$ 143 milhões. Como senador licenciado, ele também tem a seu dispor imóvel funcional em Brasília.
Os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Helder Barbalho (Integração Nacional) também recebem auxílio-moradia e vale-refeição. Em suas últimas declarações de bens, Padilha (2010) e Helder (2014) informaram bens em valores superiores a R$ 2 milhões.
Dono de bens declarados no valor de R$ 6,5 milhões em 2014, Gilberto Kassab (Ciência e Tecnologia) recebe, todo mês, R$ 458 de auxílio para alimentação.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Daqui a pouco a mídia é capaz de lembrar a existência do cartão corporativo e pode indagar novamente sobre os gastos de Rosemary Araújo, a segunda-dama dos governos Lula da Silva. Quanto às declarações de bens de Eliseu Padilha e Helder Ramalho, com apenas R$ 2 milhões, só pode ser Piada do Ano. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Daqui a pouco a mídia é capaz de lembrar a existência do cartão corporativo e pode indagar novamente sobre os gastos de Rosemary Araújo, a segunda-dama dos governos Lula da Silva. Quanto às declarações de bens de Eliseu Padilha e Helder Ramalho, com apenas R$ 2 milhões, só pode ser Piada do Ano. (C.N.)
05 de fevereiro de 2018
Camila Mattoso e Ranier Bragon
Folha
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