"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

PARA INÍCIO DE CONVERSA, É PRECISO ELIMINAR OS PRIVILÉGIOS CONCEDIDOS A CRIMINOSOS


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Charge do Duke (dukechargista.com.br)
Há países civilizados e desenvolvidos onde bandido é bandido e cidadão é cidadão e, por isso mesmo, lá bandido tem é que aparecer na televisão algemado mesmo, para passar vergonha, para as fotos fiquem arquivadas nos jornais e revistas, de forma a servir de exemplo para os outros da igualha dele. Mas isso acontece em um outro mundo, em uma outra dimensão, em alguma “Twilight Zone” situada anos-luz da nossa ilha dos piratas, como na antiga série de TV “Além da Imaginação”.
No Brasil, enquanto as autoridades que defendem de fato o cumprimento das leis perdem a liberdade e ficam praticamente proibidas de sair às ruas, sentindo-se ameaçadas, os bandidos engravatados, enfiados nos palácios e nos gabinetes como vermes no corpo de um hospedeiro, menosprezam os direitos mais básicos das pessoas simples e indefesas.
VIDA FÁCIL – Nadando de braçada na riqueza da vida fácil, conseguida com o dinheiro alheio, e na fútil ostentação, os bandidos engravatados desdenham e esnobam os trabalhadores lutadores diários. Diante da miséria dos milhões de cidadãos escravos dos impostos, o pessoal do colarinho branco defende o direito de “ir e vir”, eufemisticamente previsto na tal “Constituição Cidadã”, mas apenas para os seus “irmãos” das facções do andar de cima.
Mas todos esses bandidos, sejam os que formam a aristocracia mercenária e roubam nos gabinetes com uma canetada, sejam os da ralé, que roubam nas ruas com uma arma na mão, nenhum deles está praticando seus crimes por acaso nem se tornou criminoso ontem. Todos são contumazes, velhos conhecidos dos que tentam aplicar a lei.
PRIVILÉGIOS IMORAIS – Todos estão soltos por estarem protegidos por privilégios imorais que possibilitam um número infinito de recursos, previstos em leis exclusivas, feitas sob encomenda para beneficiar criminosos que jazem infiltrados em certas categorias de políticos e funcionários públicos. São protegidos também pelas tais “medidas cautelares” alternativas à prisão, que encheram a rua de assassinos.
As leis são palavras bonitas que escondem prerrogativas elaboradas por grupos de “doutores”, de “estudiosos” e de “especialistas” com o único propósito – garantir que o crime possa ocorrer sem que haja o risco de prisão para o criminoso.
E foram esses mesmos personagens – mantenedores da miséria, da ignorância e da total impunidade brasileira – que tomaram hoje para si o “poder de decisão” e o “monopólio da inteligência nacional”, comportando-se como se fossem os únicos capazes de escolher o melhor destino do nosso país e, até mesmo, os únicos com condições morais para nos ensinar como criar e como educar os nossos filhos.
SENHORES DA RAZÃO – São os falsos senhores da razão, que também se identificam como os únicos capazes de escolher o rumo correto da política nacional e, por tal razão, não podem perder ou ficar de fora das próximas eleições, nem que para isso seja necessário ocorrer um derramamento de sangue ou “fazer o diabo”.
E assim, governados por mercenários sem pátria, caídos de alguma nau pirata, nós chegamos ao Século XXI com uma Justiça da Idade Média, uma baderna nas ruas muito superior a que existia nos acampamentos de Gengis Khan ou de Átila, com um nível de civilidade inferior ao que era vivido na Grécia Antiga, no Século VI antes de Cristo, quando o conhecimento e os mestres eram respeitados e admirados…

05 de fevereiro de 2018
Francisco Vieira

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