Este é um blog conservador. Um canal de denúncias do falso 'progressismo' e da corrupção que afronta a cidadania. Também não é um blog partidário, visto que os partidos que temos, representam interesses de grupos, e servem para encobrir o oportunismo político de bandidos. Falamos contra corruptos, estelionatários e fraudadores. Replicamos os melhores comentários e análises críticas, bem como textos divergentes, para reflexão do leitor. Além de textos mais amenos... (ou mais ou menos...) .
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville (1805-1859)
"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville (1805-1859)
"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.
terça-feira, 28 de janeiro de 2014
TEREZINHA!!! VOCÊS QUEREM BACALHAU? GIRA... GIRA... GIRA...
Delícias do "PUDÊR"
Varandas privadas oferecem uma panorâmica com o casario à beira do Tejo, o Castelo de São Jorge, erguido por D. João I em homenagem ao padroeiro de cavaleiros e cruzadas, e a alameda relvada do parque Eduardo VII, imaginada na prancha de racionalismo do arquiteto Francisco Keil do Amaral durante a ditadura salazarista.
Mármore e mogno separam ambientes em duas centenas de metros quadrados, até o banheiro privado com hidromassagem. O elegante mobiliário da coleção Espírito Santo, as tapeçarias Portoalegre criadas por Calvet e António, e os cabides de seda acolchoados nos armários, entre outros detalhes, completam a sedução da suíte em que se abrigou Dilma Rousseff por uma noite em Lisboa, sábado passado.
Foi uma “escala técnica obrigatória”, justificou a Presidência. Na versão oficial, Dilma optou pelo majestoso Ritz, inaugurado há 54 anos pelo Rei Humberto de Itália e os príncipes de Saboia, porque o prédio do século XVII onde funciona a embaixada brasileira não podia receber a comitiva de três dezenas de assessores. A diária na tabela do hotel é de R$ 26 mil, anotou o repórter Jamil Chade. Equivale a 36 salários mínimos.
Talvez esse valor não seja excessivo, se comparado a algumas outras despesas da presidente. Em Paris, em dezembro de 2012, o governo gastou R$ 30 mil (41 salários mínimos) apenas com a instalação de linha telefônica na suíte de Dilma e no quarto do seu ajudante de ordens. Essa conta não inclui o serviço de telefonia.
Aparentemente, as escalas (“técnicas e obrigatórias”) mais caras foram as da viagem presidencial à China, em abril de 2011. Na ida, Dilma passou 24 horas em Atenas. Custou R$ 244 mil (344 salários mínimos) — ou seja, mais de R$ 9 mil por hora. Na volta, parou em Praga. Gastou R$ 75 mil (103 salários mínimos). Oito meses depois, em dezembro, ela esteve em Cannes para uma reunião de chefes de Estado do grupo dos 20 países mais desenvolvidos. Ao partir, um diplomata pediu recibo do pagamento de R$ 4.500 (mais de seis salários mínimos) em fotocópias.
Em março do ano passado Dilma foi à missa no Vaticano, a primeira celebrada pelo Papa Francisco. Preferiu hotel à estadia na embaixada brasileira, instalada no Palácio Pamphili, de 363 anos. Pagou-se R$ 204 mil (282 salários mínimos) pelo aluguel de 30 veículos da Rome Vip Limousine. O conta total da viagem beirou meio milhão de reais. Em seguida ela foi a Caracas, para o cerimonial fúnebre de Hugo Chávez. A volta a Brasília no jato presidencial teve um bufê Meliá faturado em R$ 7 mil (9,6 salários mínimos).
A Presidência mantém um contrato de R$ 1,9 milhão (2.600 salários mínimos) para serviço de bordo dos seus aviões, informa a ONG Contas Abertas. Neste mês recebeu aditivo de R$ 160 mil (220 salários mínimos). O cardápio da RA Catering inclui canapês de camarão e caviar, coelho assado, rã e pato, entre outros itens.
Diante dos gastos de R$ 11 milhões (15 mil salários mínimos) em 35 viagens entre 2011 e 2012, o Itamaraty recebeu ordens para resguardar como confidenciais todas as despesas de Dilma e assessores, como registrou o repórter Vitor Sorano. Duas semanas atrás, a Presidência reafirmou a classificação.
Varandas privadas oferecem uma panorâmica com o casario à beira do Tejo, o Castelo de São Jorge, erguido por D. João I em homenagem ao padroeiro de cavaleiros e cruzadas, e a alameda relvada do parque Eduardo VII, imaginada na prancha de racionalismo do arquiteto Francisco Keil do Amaral durante a ditadura salazarista.
Mármore e mogno separam ambientes em duas centenas de metros quadrados, até o banheiro privado com hidromassagem. O elegante mobiliário da coleção Espírito Santo, as tapeçarias Portoalegre criadas por Calvet e António, e os cabides de seda acolchoados nos armários, entre outros detalhes, completam a sedução da suíte em que se abrigou Dilma Rousseff por uma noite em Lisboa, sábado passado.
Foi uma “escala técnica obrigatória”, justificou a Presidência. Na versão oficial, Dilma optou pelo majestoso Ritz, inaugurado há 54 anos pelo Rei Humberto de Itália e os príncipes de Saboia, porque o prédio do século XVII onde funciona a embaixada brasileira não podia receber a comitiva de três dezenas de assessores. A diária na tabela do hotel é de R$ 26 mil, anotou o repórter Jamil Chade. Equivale a 36 salários mínimos.
Talvez esse valor não seja excessivo, se comparado a algumas outras despesas da presidente. Em Paris, em dezembro de 2012, o governo gastou R$ 30 mil (41 salários mínimos) apenas com a instalação de linha telefônica na suíte de Dilma e no quarto do seu ajudante de ordens. Essa conta não inclui o serviço de telefonia.
Aparentemente, as escalas (“técnicas e obrigatórias”) mais caras foram as da viagem presidencial à China, em abril de 2011. Na ida, Dilma passou 24 horas em Atenas. Custou R$ 244 mil (344 salários mínimos) — ou seja, mais de R$ 9 mil por hora. Na volta, parou em Praga. Gastou R$ 75 mil (103 salários mínimos). Oito meses depois, em dezembro, ela esteve em Cannes para uma reunião de chefes de Estado do grupo dos 20 países mais desenvolvidos. Ao partir, um diplomata pediu recibo do pagamento de R$ 4.500 (mais de seis salários mínimos) em fotocópias.
Em março do ano passado Dilma foi à missa no Vaticano, a primeira celebrada pelo Papa Francisco. Preferiu hotel à estadia na embaixada brasileira, instalada no Palácio Pamphili, de 363 anos. Pagou-se R$ 204 mil (282 salários mínimos) pelo aluguel de 30 veículos da Rome Vip Limousine. O conta total da viagem beirou meio milhão de reais. Em seguida ela foi a Caracas, para o cerimonial fúnebre de Hugo Chávez. A volta a Brasília no jato presidencial teve um bufê Meliá faturado em R$ 7 mil (9,6 salários mínimos).
A Presidência mantém um contrato de R$ 1,9 milhão (2.600 salários mínimos) para serviço de bordo dos seus aviões, informa a ONG Contas Abertas. Neste mês recebeu aditivo de R$ 160 mil (220 salários mínimos). O cardápio da RA Catering inclui canapês de camarão e caviar, coelho assado, rã e pato, entre outros itens.
Diante dos gastos de R$ 11 milhões (15 mil salários mínimos) em 35 viagens entre 2011 e 2012, o Itamaraty recebeu ordens para resguardar como confidenciais todas as despesas de Dilma e assessores, como registrou o repórter Vitor Sorano. Duas semanas atrás, a Presidência reafirmou a classificação.
E, assim, o 29º ano da redemocratização começou com as delícias do poder encobertas pelo manto do sigilo. Como sempre, em nome da “segurança nacional”.
28 de janeiro de 2014
Delícias do poderO Globo
Delícias do poderO Globo
10 ANOS DE FARRA, ESBÓRNIA, MARACUTAIA, CORRUPÇÃO, MENTIRA, ATRASO...
Deficit da indústria que produz bens tecnológicos chega a US$ 93,4 bilhões
A indústria que produz bens com mais tecnologia agregada -
remédios,
máquinas,
veículos,
químicos,
entre outros -
registrou um deficit de impressionantes US$ 93,4 bilhões em suas trocas com o exterior, revela estudo feito pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi).
O valor cresceu mais de 10 vezes na última década, já que o saldo negativo era de US$ 8,6 bilhões em 2003, o primeiro ano do governo Lula. O rombo atual já representa o dobro de tudo que esses setores exportaram no ano passado: US$ 49,6 bilhões.
O levantamento do Iedi utiliza parâmetros da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) para agregar a indústria por intensidade tecnológica: alta tecnologia, média alta tecnologia, média baixa tecnologia e baixa tecnologia.
O número acima engloba alta e média alta tecnologia. Ao incluir os demais segmentos, o déficit total da indústria da transformação cai para US$ 59,7 bilhões - ainda assim, um número expressivo.
SETORES
O valor cresceu mais de 10 vezes na última década, já que o saldo negativo era de US$ 8,6 bilhões em 2003, o primeiro ano do governo Lula. O rombo atual já representa o dobro de tudo que esses setores exportaram no ano passado: US$ 49,6 bilhões.
O levantamento do Iedi utiliza parâmetros da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) para agregar a indústria por intensidade tecnológica: alta tecnologia, média alta tecnologia, média baixa tecnologia e baixa tecnologia.
O número acima engloba alta e média alta tecnologia. Ao incluir os demais segmentos, o déficit total da indústria da transformação cai para US$ 59,7 bilhões - ainda assim, um número expressivo.
SETORES
Setores como alimentos e siderurgia ajudam a melhorar o resultado total. A metodologia da OCDE é mais "generosa" com a indústria que a tradicional classificação de produtos manufaturados, porque também considera como bens industriais produtos como carne ou celulose.
"Com a crise, os países ricos adotaram medidas para incentivar as exportações industriais. As importações do Brasil cresceram de forma avassaladora. As exportações seguiram crescendo, mas foram perdendo o fôlego", diz Rogério Cesar Souza, economista do Iedi.
Ele também ressalta a importância da desvalorização do real nesse processo.
As importações de produtos industriais saltaram de US$ 40 bilhões para US$ 206 bilhões na última década. As exportações também avançaram, saindo de US$ 57 bilhões para US$ 146 bilhões no mesmo período - mas desde de 2008, quando a crise global explodiu, estão oscilando perto do patamar alcançado no ano passado.
Em produtos de alta tecnologia, como remédios ou materiais de informática, o Brasil é tradicionalmente deficitário, mas o rombo nunca foi tão grande. Nesses segmentos, o déficit saltou de US$ 5,3 bilhões em 2003 para US$ 31,9 bilhões no ano passado.
O grande campo de "batalha" do comércio global, no entanto, foi a indústria considerada de média alta tecnologia. Nesses setores, que incluem veículos, equipamentos elétricos e máquinas, o Brasil ensaiou se tornar superavitário, conquistando um resultado positivo em US$ 446 milhões em suas trocas com o exterior em 2005.
Desde então, no entanto, o saldo voltou a ser negativo e cresceu exponencialmente, atingindo US$ 61,4 bilhões no ano passado. "O Brasil se tornou um país muito caro para produzir. Hoje todo setor que não é protegido acaba invadido pelos importados", diz José Velloso, vice-presidente da Abimaq (Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos)
COMPETITIVIDADE
Em 2013, a situação global mudou. Os países ricos voltaram a crescer, aumentando a sua demanda por produtos importados, e o real se desvalorizou, acompanhando as demais moedas dos países emergentes. Mas isso não foi suficiente para melhorar o resultado da indústria.
Apesar do câmbio mais favorável, o déficit da indústria da transformação cresceu 17,8% no ano passado. Em 2012, o resultado estava negativo em US$ 50 bilhões. Para os economistas, isso é resultado da perda de competitividade da indústria brasileira e um sinal de que a reação pode demorar a chegar.
RAQUEL LANDIM/ DE SÃO PAULO
Folha
28 de janeiro de 2014
É ISSO AÍ! CURTO E GROSSO
"Não faz parte dos meus hábitos, nem dos meus métodos de trabalho ficar de conversinha com réu"
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, reagiu nesta segunda-feira (27) à crítica do deputado João Paulo Cunha (PT-SP), publicada ontem na Folha, de que tem feito "pirotecnia" em relação a seu mandado de prisão no esquema do mensalão.
"Esse senhor foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal, pelos 11 ministros do STF. Eu não tenho costume de dialogar com réu. Eu não falo com réu", disse Barbosa, ao chegar a Londres. "Não faz parte dos meus hábitos, nem dos meus métodos de trabalho ficar de conversinha com réu", ressaltou.
"Esse senhor foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal, pelos 11 ministros do STF. Eu não tenho costume de dialogar com réu. Eu não falo com réu", disse Barbosa, ao chegar a Londres. "Não faz parte dos meus hábitos, nem dos meus métodos de trabalho ficar de conversinha com réu", ressaltou.
O ministro criticou a imprensa brasileira por dar espaço a declarações de condenados no esquema do mensalão. As críticas de João Paulo Cunha foram publicadas ontem em entrevista à Folha.
"Eu tenho algo a dizer: eu acho que a imprensa brasileira presta um grande desserviço ao país ao abrir suas páginas nobres a pessoas condenadas por corrupção. Pessoas condenadas por corrupção devem ficar no ostracismo. Faz parte da pena", afirmou o presidente do Supremo. Ministro Joaquim Barbosa
Folha
28 de janeiro de 2014
O ALEGRE "ROLEZINHO" DOS HIPÓCRITAS.
EU DIRIA : DOS(as) CANALHAS E SALAFRÁRIOS(as)
Os brasileiros, esses crédulos, achavam que o governo popular parasitário do PT jamais alcançaria os padrões de cara de pau do chavismo. Quando o governo venezuelano explicou que estava faltando papel higiênico no país porque o povo estava comendo mais, os brasileiros pensaram: não, a esse nível de ofensa à inteligência nacional os petistas não vão chegar. Mas o Brasil subestimou a capacidade de empulhação do consórcio Lula-Dilma. E o fenômeno dos rolezinhos veio mostrar que o céu é o limite para a demagogia dos oprimidos profissionais.
A parte não anestesiada do Brasil está brincando de achar que o populismo vampiresco do PT não faz tão mal assim. E dessa forma permite que a presidente da República passe o ano inteiro convocando cadeia obrigatória de rádio e TV. Como no mais tosco chavismo, Dilma governa lendo teleprompter. Fala diretamente ao povo, recitando os contos de fadas que o Estado-Maior do marketing petista redige para ela. Propaganda populista na veia, e gratuita, sem precisar incomodar Marcos Valério nenhum para pagar a conta.
Só mesmo numa república de bananas inteiramente subjugada é possível um escárnio desses. O recurso dos pronunciamentos oficiais do chefe da nação existe para situações especiais, nas quais haja uma comunicação de Estado de alta relevância (ou urgência) a fazer. Dilma aparece na televisão até para se despedir do ano velho e saudar o ano novo – ou melhor, usa esse pretexto para desovar as verdades de laboratório de seus tutores. Mas agora, com a epidemia dos rolezinhos, o canal oficial da demagogia está ligado 24 horas.
Eles não se importam de proclamar na telinha que a economia está indo de vento em popa, com os números da inflação de 2013 estourando a previsão e gargalhando por trás da TV. Mas a carona nos rolezinhos é muito mais simples. Basta escalar meia dúzia de plantonistas da bondade para dizer que as minorias têm direito à inclusão no mundo capitalista – e correr para o abraço. Não se pode esquecer que o esquema petista vive das fábulas dos coitados. Delúbio Soares, hoje condenado e preso por corrupção, disse que o mensalão era "uma conspiração da direita contra o governo popular".
O rolezinho é um ato de justiça social, assim como o papel higiênico acabou porque os venezuelanos comeram muito. E a desenvoltura dos hipócritas do governo popular no caso das invasões de shoppings está blindada, porque a burguesia covarde e culpada é presa fácil para o sofisma politicamente correto. Os comerciantes dos shoppings, lesados pela queda do consumo e até por furtos dos jovens justiceiros sociais, estão falando fininho. Estão sendo aviltados por uma brutalidade em pele de cordeiro, por uma arruaça fantasiada de expressão democrática, e têm medo de fazer cumprir a lei.
A ministra dos Direitos Humanos, como sempre, apareceu como destaque no desfile da demagogia petista. Maria do Rosário defendeu os rolezinhos nos shoppings e "o direito de ir e vir dessa juventude".
A ministra está convidada a passear num shopping onde esteja acontecendo o ir e vir de 3 mil integrantes dessa juventude. Para provar que suas convicções não são oportunismo ideológico, Maria do Rosário deverá marcar sua próxima sessão de cinema ou seu próximo lanche com a família num shopping center invadido por milhares de revolucionários do Facebook, protegidos seus. Se precisar trocar as lentes de seus óculos, Maria do Rosário está convidada a se dirigir à ótica num shopping que esteja socialmente ocupado por um rolezinho.
Se a multidão não permitir que a ministra chegue até a ótica, ou se a ótica estiver fechada por causa do risco de assalto, depredação ou pela falta de clientes, a ministra deverá voltar para casa com as lentes velhas mesmo. E feliz da vida, por não ter de enxergar seu próprio cinismo socialista.
Shoppings fechados em São Paulo e no Rio por causa dos rolezinhos são a apoteose da igualdade (na versão dos companheiros): todos igualmente privados do lazer, todos juntos impedidos de consumir cultura, bens e serviços num espaço destinado a isso. É a maravilhosa utopia do nivelamento por baixo. O jeito será importar shoppings cubanos – que vêm sem nada dentro, portanto são perfeitos para rolezinhos.
28 de janeiro de 2014
Guilherme Fiuza
A COPA DAS COPAS DOS DESAVERGONHADOS E VELHACOS
Custo dos estádios da Copa do Mundo já chega a R$ 8,9 bilhões/Valor atual supera em mais de três vezes a estimativa inicial, feita em outubro de 2007
O custo dos estádios para a Copa do Mundo já supera em mais de três vezes o valor informado pela CBF à Fifa quando o Brasil apresentou seu projeto para sediar o Mundial. Cópia do primeiro levantamento técnico da Fifa sobre o País, fechado em 30 de outubro de 2007 e obtido pelo Estado, informava que as arenas custariam US$ 1,1 bilhão, cerca de R$ 2,6 bilhões. A última estimativa oficial, porém, dá conta de que o valor chegará a R$ 8,9 bilhões.
O informe foi produzido e assinado por Hugo Salcedo, que coordenou a primeira inspeção no País entre agosto e setembro de 2007. Na época, a Fifa considerou que o orçamento havia sido "bem preparado’’ e que "não havia dúvidas" sobre o compromisso do Brasil de atender às exigências da entidade.
"A CBF atualmente estima que os investimentos relacionados com a construção e reformas de estádios estão em US$ 1,1 bilhão", escreveu a Fifa em seu informe. Curiosamente, a entidade esteve em apenas cinco das 18 cidades que naquele momento brigavam para receber a Copa. Das que acabariam escolhidas, não foram visitadas Fortaleza, Recife, Salvador, Natal, Curitiba, Cuiabá e Manaus.
A Fifa, já na época, não disfarçava que o trabalho de reforma e construção dos estádios seria um desafio. "Os padrões e exigências da Fifa vão superar em muito qualquer outro evento realizado na história do Brasil em termos de magnitude e complexidade. Nenhum dos estádios no Brasil estaria em condições de receber um jogo da Copa nos atuais estados", alertou em 2007. "A Fifa deve prestar uma especial atenção nos projetos."
O time de inspeção ainda fez um alerta sobre o Maracanã. "Não atende às exigências. Um projeto de renovação mais amplo teria de ser avaliado."
AEROPORTOS
O relatório elaborado antes de o Brasil ganhar o direito de sediar a Copa é, hoje, verdadeira coleção de promessas quebradas e avaliações duvidosas. "A infraestrutura de transporte aéreo e urbano poderia atender de forma confortável as demandas da Copa", indicou. "O time de inspeção pode confirmar com confiança que a infraestrutura de aeroportos poderia atender a um grande número de passageiros indo a jogos em viagens de ida e volta no mesmo dia."
O transporte urbano também seria "suficiente" e a Fifa garantia, em 2007, que um "serviço de trem de alta velocidade vai ligar Rio e São Paulo". Considerava a infraestrutura hoteleira "suficiente’’ e, ao avaliar o sistema de saúde do País, fez elogios aos hospitais, apontados como "referência internacional". A referência, porém, não foram os hospitais públicos.
Jami Chade - Correspondente - O Estado de S. Paulo
28 de janeiro de 2014
ROLEZINHO DE LUXO EM PORTUGAL: OPOSIÇÃO ENTRA CONTRA DILMA NO CONSELHO DE ÉTICA
Após questionamentos no Ministério Público Federal, a oposição ingressou nesta terça-feira (28) com uma representação contra a presidente Dilma Rousseff na Comissão de Ética Pública da Presidência para analisar se ela infringiu o Código de Conduta da Alta Administração Federal em sua escala em Portugal, no sábado (25).
Na ação, o PSDB alega que a presidente feriu a determinação de condutas éticas para as altas autoridades ao realizar a parada em Lisboa se hospedando em hotel de luxo sem compromissos oficiais e sem divulgar a agenda.
Dilma fez uma escala em Portugal quando voltada da viagem à Suíça, onde participou do Fórum Econômico Mundial, em Davos, antes de chegar a Cuba no domingo. Dilma jantou no Eleven, um dos três únicos restaurantes da cidade a ter uma estrela no guia "Michelin", e ficou hospedada no Ritz Four Seasons, um dos mais luxuosos da capital.
A presidente ficou cerca de 15 horas em Portugal. Uma parte da equipe ficou no mesmo hotel que ela. Outra, no Tívoli. No Ritz, o valor das diárias vai de € 360 (R$ 1.188) para o quarto comum a € 8.265 (cerca de R$ 27 mil) para a suíte presidencial. O Planalto só foi confirmar a presença da presidente após informações circularem pela imprensa.
Segundo o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), há ainda indicações de que a parada estava programada desde quinta-feira passada e o argumento de parada técnica não se justifica pela autonomia do avião presidencial. O tucano argumentou quer a FAB (Força Aérea Brasileira) indicou que o avião presidencial, o Airbus A319, tem autonomia de voo de aproximadamente 11 mil quilômetros e a distância entre Zurique e Havana é de 8.199 quilômetros.
O chef Joachim Koerper, do restaurante Eleven, disse nesta terça-feira (28) à Folha que recebeu funcionários da Embaixada do Brasil em Lisboa para uma "vistoria" na véspera da visita da presidente Dilma Rousseff e de membros da sua comitiva ao local. Isso contraria a versão apresentada ontem pelo ministro Luiz Alberto Figueiredo (Relações Exteriores) para a passagem da delegação brasileira pela capital portuguesa, fato que havia sido omitido da agenda presidencial.
Sampaio disse ainda que o governo tentou esconder os reais motivos da parada e levou inclusive a ministros de Estado a mentirem. "A presidente não apenas fez, efetivamente, uma escala injustificada em Lisboa, o que, por si só, já contraria o interesse público, mas deliberou por transformar essa escala ociosa em uma alucinante cena de ostentação supérflua, custeada pelo patrimônio público brasileiro", disse o líder, lembrando que o avião presidencial conta com cama e poderia seguir viagem após o abastecimento.
Sampaio disse que a parada técnica tem um custo de R$98 mil e que espera o ressarcimento aos cofres públicos. "Vamos tentar reaver o dinheiro".
(Folha Poder)
28 de janeiro de 2014
in coroneLeaks
PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR
O que Dilma foi fazer em Davos? Todos respondem: buscar investimentos estrangeiros para o Brasil.
E o que Dilma foi fazer em Havana? Inaugurar um moderníssimo porto pago com o dinheiro dos brasileiros, em investimento que, só agora se sabe, deverá ultrapassar os R$ 2,4 bilhões.
Aí o investidor estrangeiro pergunta: se a Dilma, em vez de aplicar o dinheiro do BNDES nos sucateados portos brasileiros, acha melhor investir em Havana, por que eu deveria investir no Brasil?
É a pergunta que não quer calar.
28 de janeiro de 2014
in coroneLeaks
DILMA ASSUME O SOCIALISMO COMO "SONHO DE MUDANÇA"
-
Gilberto Carvalho deu o sinal em Porto Alegre, durante o Forum Social Temático. Disse que, durante as manifestações de 2013, os petistas ficaram "perplexos" e "quase com um sentimento de ingratidão" pelo fato de os protestos terem se voltado contra um governo que considera ter avançado em conquistas sociais. Não, a mão escondida de Lula não estava criticando o povo. Estava informando que o governo federal vai radicalizar ainda mais em medidas de cunho socializante para conquistar o eleitor perdido e domar a voz das ruas.
Pensem. Por que Dilma, com todas as críticas aos investimentos em Cuba, desafia o Brasil erguendo em pedaço da fita de inauguração de um porto pago com o suor dos brasileiros, com as cores de Cuba? Por que ataca os Estados Unidos da América, pregando o fim do embargo à ditadura assassina dos Castros? Por que leva uma comitiva enorme para uma cúpula nitidamente de confronto com os países democráticos como é a Celac, que se realiza em Havana?
Pensem. Por que Dilma, com todas as críticas aos investimentos em Cuba, desafia o Brasil erguendo em pedaço da fita de inauguração de um porto pago com o suor dos brasileiros, com as cores de Cuba? Por que ataca os Estados Unidos da América, pregando o fim do embargo à ditadura assassina dos Castros? Por que leva uma comitiva enorme para uma cúpula nitidamente de confronto com os países democráticos como é a Celac, que se realiza em Havana?
Faz isso porque quer um confronto de ideias, quer romper com tudo o que Lula escreveu na "Carta aos Brasileiros" e prometer um Brasil socialista, se vencer em 2014.
A Folha de São Paulo informa que o presidente nacional do PT, Rui Falcão, afirmou ontem que o partido precisa "estreitar os vínculos com o movimento sindical e popular" em uma resposta às manifestações de junho de 2013. A avaliação é que a sigla está cada vez mais afastada das organizações populares, que serviram de base para a fundação do PT há três décadas.
Em nota oficial divulgada após a primeira reunião do ano com os novos integrantes da Executiva Nacional do partido, os dirigentes pedem a apresentação de um programa "capaz de corresponder às aspirações, reivindicações, sonhos e expectativas de mudança da população". "Trata-se, ainda, de ampliar o diálogo partidário sobre a agenda política aberta pelas jornadas de junho/2013, as mudanças na formação social brasileira, as novas formas de participação da juventude e o enfrentamento à criminalização dos movimentos sociais", diz o texto.
Mais claro, impossível. O PT caminha para radicalizar a luta de classes na campanha eleitoral de 2014. De um lado, teremos a direita e o capitalismo ruins. Do outro, os socialistas e a esquerda boazinha. Gilberto Carvalho disse, no ano passado, quem este ano o bicho vai pegar.
A Folha de São Paulo informa que o presidente nacional do PT, Rui Falcão, afirmou ontem que o partido precisa "estreitar os vínculos com o movimento sindical e popular" em uma resposta às manifestações de junho de 2013. A avaliação é que a sigla está cada vez mais afastada das organizações populares, que serviram de base para a fundação do PT há três décadas.
Em nota oficial divulgada após a primeira reunião do ano com os novos integrantes da Executiva Nacional do partido, os dirigentes pedem a apresentação de um programa "capaz de corresponder às aspirações, reivindicações, sonhos e expectativas de mudança da população". "Trata-se, ainda, de ampliar o diálogo partidário sobre a agenda política aberta pelas jornadas de junho/2013, as mudanças na formação social brasileira, as novas formas de participação da juventude e o enfrentamento à criminalização dos movimentos sociais", diz o texto.
Mais claro, impossível. O PT caminha para radicalizar a luta de classes na campanha eleitoral de 2014. De um lado, teremos a direita e o capitalismo ruins. Do outro, os socialistas e a esquerda boazinha. Gilberto Carvalho disse, no ano passado, quem este ano o bicho vai pegar.
Vejam, abaixo, um trecho da nota oficial do PT:
Na conjuntura atual, é preciso vencer a batalha de visão sobre os rumos da economia, que, na verdade, expressa uma batalha de interesses. Aqueles que antes ganhavam com a especulação, com o arrocho salarial, com o desemprego, com a privatização do Estado, atacam o núcleo de nossa política, que visa a distribuir renda, gerar empregos, para promover justiça social e sustentar o crescimento do País. Nesse sentido, o PT orienta sua militância a participar ativamente das lutas sociais por reformas estruturais e ampliação dos direitos dos trabalhadores no próximo período, a exemplo do plebiscito popular pela Constituinte Exclusiva para a reforma política, da coleta de assinaturas para a Lei da Mídia Democrática, da redução da jornada de trabalho sem redução de salários, do fim do fator previdenciário e contra as terceirizações.
Em 2014, o PT e Dilma vão mostrar a verdadeira cara. A cara feia e enrugada do socialismo fracassado que sempre defenderam, lá no fundo da alma.
Na conjuntura atual, é preciso vencer a batalha de visão sobre os rumos da economia, que, na verdade, expressa uma batalha de interesses. Aqueles que antes ganhavam com a especulação, com o arrocho salarial, com o desemprego, com a privatização do Estado, atacam o núcleo de nossa política, que visa a distribuir renda, gerar empregos, para promover justiça social e sustentar o crescimento do País. Nesse sentido, o PT orienta sua militância a participar ativamente das lutas sociais por reformas estruturais e ampliação dos direitos dos trabalhadores no próximo período, a exemplo do plebiscito popular pela Constituinte Exclusiva para a reforma política, da coleta de assinaturas para a Lei da Mídia Democrática, da redução da jornada de trabalho sem redução de salários, do fim do fator previdenciário e contra as terceirizações.
Em 2014, o PT e Dilma vão mostrar a verdadeira cara. A cara feia e enrugada do socialismo fracassado que sempre defenderam, lá no fundo da alma.
A "Carta aos Brasileiros" já foi rasgada. Basta olhar o desleixo com os pilares da economia, duramente mantidos ao longo dos últimos 20 anos.
Vão segurar até um dia depois da Copa do Mundo. O pacto com os ditos "movimentos sociais" é que, se eles não forem para a rua antes do evento, serão recompensados um dia depois. E, um dia depois, Dilma e o PT vão implantar uma verdadeira guerra contra as liberdades civis e contra a democracia. Com estes "movimentos sociais" nas ruas. Podem anotar.
28 de janeiro de 2014
in coroneLeaks
LEWANDOWSKI QUER SABER SE HÁ VAGA E PODE MANDAR VALÉRIO PARA MINAS
Na presidência interina do Supremo Tribunal Federal, o ministro Ricardo Lewandowski se recusou a assinar o mandado de prisão do deputado-mensaleiro João Paulo Cunha, mas determinou que a Vara de Execuções Penais de Contagem informasse, com urgência, se há vagas na Penitenciária Nelson Hungria para abrigar Marcos Valério.
O procurador-geral da União, Rodrigo Janot, já se manifestou favorável à transferência. Porém, ele terá de avaliar outro pedido para beneficiar Valério.
Desta vez, o ministro Lewandowski quer o posicionamento dele na liberação de parte dos bens bloqueados para pagar a multa condenatória de R$ 4,4 milhões.
28 de janeiro de 2014
Naira Trindade
LEI QUE PUNE ATOS DE CORRUPÇÃO ENTRA EM VIGOR AMANHÃ
Entra em vigor amanhã no Brasil a primeira lei anticorrupção do País
Está prestes a entrar em vigor a lei anticorrupção (Lei 12.846/13) primeira lei exclusivamente voltada para a prevenção, combate e repressão de atos corruptos que responsabilizará as empresas sobre atos ilícitos que envolvam a mesma.
Até a vigência da nova lei, que começa amanhã (29), os envolvidos nas corrupções respondem como pessoa física, excluindo a responsabilidade da organização que representa.
Assim que entrar em vigor, toda a incumbência de um fato inidôneo será respondido pela empresa contratante do autor, aumentando consideravelmente a responsabilidade dos atos exercidos pelos seus colaboradores. Na confirmação de uma ilegalidade a organização poderá ser responsabilizada e assim arcar com multas que representam até 20% da receita, sejam elas de pequeno, médio ou grande porte.
O contexto ilustra que a responsabilidade das empresas sobre os atos de seus funcionários tendem a aumentar consideravelmente, exigindo maiores regras sobre a política aplicada para os colaboradores.
A especialista em Direito do Trabalho, Dra. Mariana Schmidt, do Ferreira e Schmidt Advogados, ressalta que as empresas deverão revisar todo o contrato trabalhista imposto nas empresas para aplicar um plano preventivo e evitar que corrupções ocorram por conta da má fé dos funcionários.
“Toda política de compliance, política anticorrupção ou qualquer código de ética anti fraude implica em obrigações aos empregados, que estarão invariavelmente sujeitos às regras da empresa quanto à questão”.
28 de janeiro de 2014
diário do poder
Até a vigência da nova lei, que começa amanhã (29), os envolvidos nas corrupções respondem como pessoa física, excluindo a responsabilidade da organização que representa.
Assim que entrar em vigor, toda a incumbência de um fato inidôneo será respondido pela empresa contratante do autor, aumentando consideravelmente a responsabilidade dos atos exercidos pelos seus colaboradores. Na confirmação de uma ilegalidade a organização poderá ser responsabilizada e assim arcar com multas que representam até 20% da receita, sejam elas de pequeno, médio ou grande porte.
O contexto ilustra que a responsabilidade das empresas sobre os atos de seus funcionários tendem a aumentar consideravelmente, exigindo maiores regras sobre a política aplicada para os colaboradores.
A especialista em Direito do Trabalho, Dra. Mariana Schmidt, do Ferreira e Schmidt Advogados, ressalta que as empresas deverão revisar todo o contrato trabalhista imposto nas empresas para aplicar um plano preventivo e evitar que corrupções ocorram por conta da má fé dos funcionários.
“Toda política de compliance, política anticorrupção ou qualquer código de ética anti fraude implica em obrigações aos empregados, que estarão invariavelmente sujeitos às regras da empresa quanto à questão”.
28 de janeiro de 2014
diário do poder
DILMA NECESSITA DE UM BANHO DE FOLHA
"A presidente Dilma precisa voltar à Bahia para tomar um banho de folhas e passes no terreiro que escolher. Ela entrou nesta semana com o pé esquerdo, a começar pelo domingo, onde aconteceram diversas manifestações em várias capitais, que atingem o seu governo, na medida em que a razão dos movimentos foram os excessos de gastos com a Copa.
A tendência é que as manifestações continuem e cheguem ao ápice durante os jogos, em junho e julho.
Nesta segunda feira aconteceu o que se considerava politicamente remoto: o rompimento do PMDB do Rio de Janeiro com o PT, e o anúncio da demissão em massa dos petistas que ocupam cargos na gestão do governador Sérgio Cabral, inclusive dois secretários.
Ao todo presume-se que serão em torno de 400 petistas.
Nesta manhã, Cabral se reuniu com o presidente regional do PT, Washigton Quaquá e a conversa gorou estabelecendo-se o rompimento, o que será um problema sem tamanho para a campanha de Dilma.
O PT não quer abrir mão de um candidato do seu partido para o governo estadual e Cabral também não abre mão do seu vice, Pezão, de quem será candidato ao Senado. O problema ganha estatura quando se sabe que Minas está com Aécio, possivelmente fechada, e São Paulo poderá preferir também o tucano, dividindo votos com Eduardo Campos, em detrimento de Dilma.
Estes estados são os maiores colégios eleitorais do País. Ontem, petistas já admitiam um segundo turno, o que descartavam antes.
Agora a situação piorou e a presidente entra em águas revoltas, porque o PMDB do Rio não fechará com ela, embora ainda não seja definitivo, porque Cabal anunciou o rompimento dos dois partidos, que eram de há muito aliados.
Basta o rompimento para dividir o eleitorado, o que é péssimo para a presidente Dilma, que ainda enfrentará muito mar revolto, com as manifestações anunciadas para a Copa do Mundo. O PT está confuso. A oposição está rindo."
28 de janeiro de 2014
Samuel Celestino/Bahia Notícias
PT SE PREPARA PARA TRANSFORMAR UM AMARGO PESADELO EM SONHO DE MUDANÇA... ARRIÉGUA!!!
PT lançará Dilma como um ‘sonho de mudança’
Reunida em São Paulo nesta segunda (27), a Executiva do PT inventariou os desafios da legenda para 2014. A prioridade “inarredável” é a reeleição de Dilma Rousseff.
O Datafolha informara em dezembro que 66% dos eleitores desejam que o próximo presidente tome decisões majoritariamente diferentes das que vêm sendo adotadas por Dilma. Atento, o PT promete “apresentar um programa capaz de corresponder às aspirações, reivindicações, sonhos e expectativas de mudanças da população.”
Em nota divulgada depois da reunião, o PT informou aos seus militantes que defender as “realizações” dos governos Lula e Dilma “é importante, mas não suficiente.” Agora, é preciso também “apresentar propostas, projetos e compromissos com o futuro”. Se o governo fosse um condomínio, o PT diria que o futuro dos brasileiros está localizado bem perto do Éden, num lugar que os especuladores imobiliários e a propaganda da tevê logo chamarão de Novo Éden.
Vendido como diferente, o novo paraíso é muito parecido com o anterior. Inclui quase tudo, inclusive o PMDB e adjacências. É necessário “ampliar as alianças e fortalecer as relações com os partidos da base de sustentação ao governo”. Sim, o reforço é necessário. Dilma é favorita, mas “constitui grave equívoco imaginar que a eleição está ganha.”
O PT antevê uma disputa “renhida contra forças conservadoras e ponderosas.” Afora o PSDB de Aécio Neves, ameaça a felicidade do brasileiro o PSB de Eduardo Campos, que desertou do paraíso para engrossar o coro dos que fazem “terrorismo psicológico” contra o governo do PT. Gente malvada que, numa “campanha inclemente”, aposta na ruína econômica e até torce “contra a realização da Copa do Mundo no país.”
Para o PT, o que une os representantes do terror é a vontade de derrotar Dilma e tudo o que ela representa “a qualquer custo” —“seja com quem for, conforme reconheceu recentemente um ex-presidente da República”, escreveu o PT, em alusão à entrevista na qual FHC declarou que qualquer um que vença em 2014, Aécio ou Campos, será bom para o país.
Num instante em que o asfalto ameaça ferver novamente, o PT fala em “ampliar o diálogo partidário sobre a agenda política aberta pelas jornadas de junho de 2013.” Por sorte, Dilma tornou-se a melhor intérprete das vontades do monstro de junho. Tanto que propôs coisas como a “constituinte exclusiva para a reforma política”. E o PT cuidou de adensar a pauta com outras ideias caras ao governo democrático e popular, como a “coleta de assinaturas para a Lei da Mídia Democrática”.
A largada rumo ao Novo Éden será dada em 10 de fevereiro, durante a festa de 34 anos do PT. “Que a celebração de nosso aniversário, em todos os rincões do Brasil, dê a partida da caravana da vitória de Dilma”, conclamou o PT. Em meio a tanto júbilo, o texto do partido reservou o último parágrafo a um agradecimento especial aos que vêm fazendo das ‘vaquinhas’ dos mensaleiros um grande sucesso.
“Queremos nos congratular com a militância que, solidariamente, vem contribuindo para pagar as multas, injustas e desproporcionais, impostas aos companheiros condenados na Ação Penal 470 do STF.” Muito oportunas as menções aos prisioneiros e às multas decorrentes dos seus crimes. Mostra que o Éden pós-reeleitoral será um paraíso sem maçãs proibidas. Melhor assim. Quando o Novo Éden chegar já não existirá nenhum pecado original.
28 de janeiro de 2014
Blog Josias de Souza
GOVERNO PORTUGUÊS CONTRADIZ VERSÃO OFICIAL SOBRE VISITA DE DILMA A LISBOA
Autoridades do país europeu e restaurante que recebeu comitiva já estavam avisados sobre a chegada da presidente brasileira desde quinta-feira; ministros argumentaram que a ‘parada técnica’ foi decidida na última hora
Tratada como segredo de Estado pelo Palácio do Planalto, a passagem da presidente Dilma Rousseff por Portugal já estava confirmada e foi comunicada ao governo local na quinta-feira, o que contradiz o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, segundo quem a decisão de parar em Lisboa só foi tomada "no dia da partida" da Suíça, no sábado passado.
Dilma ficou na Suíça, durante o Fórum Econômico Mundial, de quinta-feira a sábado. Seu destino seguinte, segundo a agenda oficial, seria Cuba, onde está nesta terça-feira. A presidente e sua comitiva, porém, desembarcaram em Lisboa, onde passaram o sábado e a manhã de domingo. Jantaram em um dos restaurantes mais badalados da cidade e se hospedaram nos hotéis Ritz e Tivoli - 45 quartos foram usados. Nada foi divulgado à imprensa.
Após o Estado revelar o paradeiro de Dilma no sábado, o Palácio do Planalto afirmou que se tratava de uma "parada técnica" não prevista. A versão foi dada primeiro pela ministra Helena Chagas (Comunicação Social), no fim de semana, e reiterada nesta segunda-feira por Figueiredo, em Havana.
Pela versão oficial, o plano era sair da Suíça no sábado, parar nos Estados Unidos para abastecer as duas aeronaves oficiais e chegar a Cuba no domingo. Mas o mau tempo teria obrigado a comitiva a mudar de planos na véspera e desembarcar em Lisboa.
Desde quinta, porém, o diretor do cerimonial do governo de Portugal, embaixador Almeida Lima, estava escalado para recepcionar Dilma e sua comitiva no fim de semana. Joachim Koerper, chef do restaurante Eleven, onde Dilma jantou em Lisboa com ministros e assessores, recebeu pedidos de reserva na quinta-feira.
O chef postou em uma rede social uma foto ao lado de Dilma no restaurante - um dos poucos de Lisboa a ter uma estrela no Guia Michelin, um das mais tradicionais publicações sobre viagens do mundo.
Mal-estar. A divulgação da parada em Lisboa aborreceu Dilma e criou mal-estar quando ela desembarcou em Havana.
Nesta segunda, o ministro das Relações Exteriores foi destacado para falar à imprensa sobre o assunto. Primeiramente, repetiu a versão oficial: "Havia duas possibilidades: ou o nordeste dos Estados Unidos, ou parando em Lisboa, onde era o ponto mais a oeste do continente. Viu-se que havia previsão de mau tempo com marolas polares no nordeste dos Estados Unidos. Então houve uma decisão da Aeronáutica de que o voo mais seguro seria com escala em Lisboa".
Depois disse que cada um dos integrantes da comitiva presidencial que jantaram no Eleven pagou sua própria despesa. "Cada um pagou o seu e a presidenta, o dela, como ocorre em todas as viagens. Foi com cartão pessoal."
A Secretaria de Comunicação do Palácio do Planalto se limitou a informar que, "por questões de segurança", "não tece comentários sobre detalhamentos das equipes, cabendo apenas ressaltar que elas são compostas a partir de critérios técnicos e adequadas às necessidades específicas previstas para cada viagem".
A ida de Dilma a Lisboa só passou a constar da agenda oficial da presidente às 13h50 de domingo, horário de Brasília, quase 24 horas depois de a presidente chegar à capital portuguesa. Naquela hora a presidente já tinha decolado em direção a Havana.
28 de janeiro de 2014
Tânia Monteiro, Rafael Moraes Moura e Vera Rosa - O Estado de S. Paulo
Tratada como segredo de Estado pelo Palácio do Planalto, a passagem da presidente Dilma Rousseff por Portugal já estava confirmada e foi comunicada ao governo local na quinta-feira, o que contradiz o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, segundo quem a decisão de parar em Lisboa só foi tomada "no dia da partida" da Suíça, no sábado passado.
Expresso/Estadão Conteúdo
Dilma e comitiva jantaram no badalado restaurante Eleven
Após o Estado revelar o paradeiro de Dilma no sábado, o Palácio do Planalto afirmou que se tratava de uma "parada técnica" não prevista. A versão foi dada primeiro pela ministra Helena Chagas (Comunicação Social), no fim de semana, e reiterada nesta segunda-feira por Figueiredo, em Havana.
Pela versão oficial, o plano era sair da Suíça no sábado, parar nos Estados Unidos para abastecer as duas aeronaves oficiais e chegar a Cuba no domingo. Mas o mau tempo teria obrigado a comitiva a mudar de planos na véspera e desembarcar em Lisboa.
Desde quinta, porém, o diretor do cerimonial do governo de Portugal, embaixador Almeida Lima, estava escalado para recepcionar Dilma e sua comitiva no fim de semana. Joachim Koerper, chef do restaurante Eleven, onde Dilma jantou em Lisboa com ministros e assessores, recebeu pedidos de reserva na quinta-feira.
O chef postou em uma rede social uma foto ao lado de Dilma no restaurante - um dos poucos de Lisboa a ter uma estrela no Guia Michelin, um das mais tradicionais publicações sobre viagens do mundo.
Mal-estar. A divulgação da parada em Lisboa aborreceu Dilma e criou mal-estar quando ela desembarcou em Havana.
Nesta segunda, o ministro das Relações Exteriores foi destacado para falar à imprensa sobre o assunto. Primeiramente, repetiu a versão oficial: "Havia duas possibilidades: ou o nordeste dos Estados Unidos, ou parando em Lisboa, onde era o ponto mais a oeste do continente. Viu-se que havia previsão de mau tempo com marolas polares no nordeste dos Estados Unidos. Então houve uma decisão da Aeronáutica de que o voo mais seguro seria com escala em Lisboa".
Depois disse que cada um dos integrantes da comitiva presidencial que jantaram no Eleven pagou sua própria despesa. "Cada um pagou o seu e a presidenta, o dela, como ocorre em todas as viagens. Foi com cartão pessoal."
A Secretaria de Comunicação do Palácio do Planalto se limitou a informar que, "por questões de segurança", "não tece comentários sobre detalhamentos das equipes, cabendo apenas ressaltar que elas são compostas a partir de critérios técnicos e adequadas às necessidades específicas previstas para cada viagem".
A ida de Dilma a Lisboa só passou a constar da agenda oficial da presidente às 13h50 de domingo, horário de Brasília, quase 24 horas depois de a presidente chegar à capital portuguesa. Naquela hora a presidente já tinha decolado em direção a Havana.
28 de janeiro de 2014
Tânia Monteiro, Rafael Moraes Moura e Vera Rosa - O Estado de S. Paulo
CONEXÃO NO BRASIL É MAIS LENTA QUE NO IRAQUE E NO CAZAQUISTÃO
Crescimento do número de acessos com baixa velocidade faz país cair quase dez posições em ranking global da Akamai em menos de um ano
Apenas 0,9% das conexões de internet no Brasil têm velocidade superior a 10 Mbps (Thinkstock)
Com esta velocidade média, o Brasil fica atrás de países como a Turquia (4 Mbps), Cazaquistão (3,5 Mbps) e Iraque (3,1 Mbps). A posição do Brasil também é pior que a da maioria dos vizinhos da América do Sul analisados no estudo. O Equador, país latino-americano com melhor posição no ranking global, registrou velocidade média de 3,6 Mbps no período. Chile, Colômbia e Argentina também têm conexões de internet mais velozes que o Brasil.
“O Brasil ainda está na fase de inclusão digital, com o número de conexões aumentando a cada trimestre. A maioria delas tem velocidade baixa, o que faz o país cair no ranking global”, explica Jonas Silva, diretor de canais e programas para América Latina da Akamai. A empresa analisou as conexões de 34,2 milhões de endereços IP únicos usados para acessar a internet no Brasil no 3º trimestre de 2013 – 30% a mais que no 1º trimestre do ano passado.
Outros países emergentes também enfrentam fenômeno semelhante, já que o número de conexões nesses países cresce continuamente, mas a velocidade é, em geral, baixa. No estudo da Akamai, a China ficou em 75º lugar, com velocidade média de 2,9 Mbps no terceiro trimestre. A Índia ficou bem atrás do Brasil, no 123º lugar, com conexão de internet de apenas 1,1 Mbps.
Para elaborar o estudo, a equipe da Akamai analisa os acessos a sua plataforma de entrega de conteúdo, que a empresa afirma representar entre 20% e 30% do tráfego de internet global. Para o ranking de 2013, a empresa considerou 140 dos 239 países onde atua. Somente os países que possuem mais de 25 mil endereços IP únicos acessando a internet por meio da plataforma da Akamai são considerados pelo estudo.
Internet mais veloz cresce – De acordo com o estudo da Akamai, apenas 20% das conexões de internet no Brasil possuem velocidade entre 4 Mbps e 10 Mbps. Quando se trata das conexões mais rápidas, com velocidade acima de 10 Mbps, a fatia é ainda menor: apenas 0,9% da amostra considerada pela empresa. Os outros 79% da amostra são formados por conexões de baixa velocidade, abaixo de 4 Mbps.
O número de conexões de internet mais velozes tem aumentado rapidamente no país, o que pode contribuir para melhorar a posição do Brasil nos próximos anos. Segundo a Akamai, a quantidade de conexões de internet acima de 10 Mbps cresceu 61% e as conexões com velocidade entre 4 Mbps e 10 Mbps aumentaram 65%, no período de um ano.
“As operadoras querem que os usuários contratem conexões mais rápidas para que elas possam oferecer outros serviços, como pacotes de TV pela internet. Os preços estão caindo e a tendência é que, no futuro, mais pessoas utilizem conexões de internet mais rápidas”, diz Silva, da Akamai. “O Brasil vai parar de cair no ranking em algum momento no futuro.”
Internet no celular – Além das conexões de banda larga fixa, a Akamai também estuda a velocidade da internet móvel no Brasil. Segundo o relatório, que considera os acessos por meio de redes 3G e 4G, os brasileiros acessaram a web no celular com velocidade média de apenas 1,7 Mbps no terceiro trimestre de 2013. Embora seja baixa, a velocidade média coloca o Brasil na liderança entre os países da América Latina, junto com Chile e Uruguai.
De acordo com a empresa, a baixa velocidade da banda larga móvel faz o brasileiro esperar em média 12 segundos para que uma página de web seja carregada por completo no celular. No caso do computador, o brasileiro precisa esperar, em média, seis segundos para ver uma página de web.
28 de janeiro de 2014
Claudia Tozetto - Veja
TEMOR SOBRE ECONOMIA GLOBAL REVIVE COM QUEDA DE MOEDAS EMERGENTES
Desvalorização de divisas reacende discussão sobre crise financeira similar às dos anos 1990
Na Turquia, BC faz reunião hoje, uma semana depois de encontro em que manteve taxa de juros
Os mercados emergentes foram castigados pelo terceiro pregão seguido, em um misto de problemas internos de vários desses países, preocupações com a economia chinesa e expectativa sobre o corte de estímulos pelos EUA.
O real não passou incólume e se desvalorizou pela quinta sessão consecutiva ante o dólar (a divisa dos EUA subiu 0,76%), a R$ 2,42, patamar que não era visto desde 22 de agosto do ano passado, quando o Banco Central anunciou que faria leilões diários para frear a alta da moeda norte-americana.
Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa local, recuou 0,18%, terceiro dia de queda.
Com a economia chinesa dando sinais de fraqueza e as dúvidas sobre o ritmo do corte de estímulos que o BC dos EUA adotará nesta semana, aumentou a preocupação dos investidores sobre os países emergentes, especialmente aqueles que são dependentes de financiamento externo.
Problemas recentes na Argentina, na Tailândia e na Ucrânia elevaram os temores de um contágio financeiro, revivendo as crises financeiras do fim dos anos 1990.
"Nós já vimos esse filme", afirmou Dominic Rossi, executivo do fundo Fidelity, com sede em Cingapura. "Um emergente após o outro fica encalhado na praia quando a maré baixa. Os mais fracos, Argentina e Turquia, primeiro, seguido por Brasil, Rússia e outros", completou.
A visão do analista, porém, não é consenso. "Ainda não é certo falar em uma crise financeira varrendo os países emergentes", disse Julian Jessop, da Capital Economics
Um desses países, a Turquia chegou a ver a sua moeda cair pela 11ª sessão seguida, antes de o BC local anunciar uma reunião de emergência para hoje "para tomar as medidas necessárias visando a estabilidade de preços" --um indicador de que vai subir os juros. O BC turco se reuniu na semana passada e deixou inalterada a taxa.
Em meio a um escândalo de corrupção, o governo do premiê Recep Tayyip Erdogan já manifestou mais de uma vez ser contra o aumento da taxa de juros --o país tem eleição neste ano.
A Turquia tem reservas limitadas e deficit em conta-corrente, que precisa ser financiado com empréstimos de curto prazo. Ou seja, precisa manter a confiança do investidor internacional.
Na semana passada, o país vendeu títulos de dez anos pagando ao investidor retorno de 5,85%. No ano passado, uma emissão similar pagou 3,47%.
O caso turco é um exemplo das dificuldades que os bancos centrais de países emergentes têm para manter (ou acelerar) o ritmo de crescimento das suas economias, ao mesmo tempo em que buscam controlar as pressões inflacionárias.
Na África do Sul, pressionada para elevar os juros por causa do aumento dos preços, a moeda local, o rand, atingiu o menor nível desde outubro de 2008.
28 de janeiro de 2014
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
DO OUTRO LADO DO MUNDO
Na Nova Zelândia, petista busca verba para 'vaquinha' de Delúbio
A fidelidade petista aos mensaleiros atravessa o mundo. Vicente Cândido está na Nova Zelândia dividindo-se basicamente entre duas tarefas: ser aprovado no curso de inglês em que se matriculou e angariar recursos para Delúbio Soares, que deve 466 888 reais ao erário, segundo o STF.
Do outro lado do mundo, Vicente Cândido está disparando telefonemas e pedindo doações para filiados ao PT, sindicalistas e, lógico, empresários amigos da companheirada. Cândido tem uma estratégia: a cada contato, pede ao generoso interlocutor que consiga convencer outras quatros pessoas a coçar o bolso e depositar na conta de Delúbio.
28 de janeiro de 2014
Lauro Jardim- Veja
Do outro lado do mundo, Vicente Cândido está disparando telefonemas e pedindo doações para filiados ao PT, sindicalistas e, lógico, empresários amigos da companheirada. Cândido tem uma estratégia: a cada contato, pede ao generoso interlocutor que consiga convencer outras quatros pessoas a coçar o bolso e depositar na conta de Delúbio.
28 de janeiro de 2014
Lauro Jardim- Veja
BRASIL FALHA NA FISCALIZAÇÃO DE 17 MIL QUILÔMETROS DE FRONTEIRA
Governo aumentou orçamento para tentar impedir entrada de armas e drogas, mas admite que é insuficiente
São quase 17 mil km de fronteira entre o Brasil e outros dez países na América do Sul. É por aí que costumam entrar ilegalmente no país armas e drogas, além de contrabando. A preocupação com a falta de segurança das fronteiras brasileiras levou o governo Dilma a se movimentar. Desde 2011, quando foi lançado o Plano Estratégico de Fronteiras - que tem por objetivo integrar as ações dos órgãos de Segurança federais, estaduais, municipais e também dos países vizinhos -, cresceu o orçamento destinado a ações na área. A atuação da Polícia Federal e, em menor grau, das Forças Armadas permite que parte do tráfico e do contrabando seja apreendida. Ainda assim, não consegue barrar tudo.
- O tráfico de drogas passa pela fronteira, mas ele não fica na fronteira, é óbvio. Ela tem por destino o mercado consumidor. Então, você tem que fazer o trabalho de inteligência para saber quem está comprando essa droga nos estados consumidores nas regiões Sudeste, Sul, Nordeste, e quem está transportando essa droga. Você tem de ter trabalho de inteligência. Não tem como fiscalizar 16 mil quilômetros de fronteira - disse Oslain Santana, diretor de Combate ao Crime Organizado da PF.
Santana acrescentou:
- Não adianta só policiar a região de fronteira. Aqui não tem mercado consumidor. A droga vai entrar por Amazonas, Mato Grosso, e tem destino final onde? Onde se consome: São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina. Simplesmente fazer um patrulhamento ostensivo não vai resolver o problema.
O chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, general José Carlos De Nardi, afirmou que os militares podem até colaborar no combate ao tráfico e ao contrabando, mas que essa não é a prioridade deles. O general até acha que no Exército há número suficiente de militares para essa ação. Na Força, há cerca de 296 mil homens. Atualmente, o governo está em procedimento de licitação do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras Terrestres (Sisfron).
- Ele (o Sisfron) está exatamente voltado, a princípio, para a defesa da pátria, ou seja, segurança das nossas fronteiras. Poderá, num objetivo secundário, em apoio à Polícia Federal, lógico (fiscalizar o que entra pelas fronteiras). Mas o grande objetivo é um guarda-chuva das nossas fronteiras - explicou o general.
Entre os governos estaduais, principalmente o de São Paulo, administrado pelo tucano Geraldo Alckmin, aparecem acusações de que o governo federal é omisso no controle das fronteiras. O professor Alcides Vaz, do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB), diz que as reclamações têm razão de ser, uma vez que há dificuldades no controle das fronteiras. Mas destaca que, nos últimos anos, houve uma melhora progressiva da presença das forças de segurança brasileiras na região.
Como exemplos, ele cita o Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam), ainda nos anos 1990, o reposicionamento das Forças Armadas, que estavam concentradas no Sul, e o programa Estratégia Nacional de Segurança Pública nas Fronteiras (Enafron), lançado em 2011.
- Ainda temos um largo chão para percorrer, principalmente devido às dificuldades estruturais. São 16 mil km de fronteira, diversas cidades gêmeas, muita porosidade, a ação dos ilícitos, a informalidade, as próprias dificuldades dos estados fronteiriços. Nesse caso, eu acho que há muito mais protagonismo do governo federal que dos estados e municípios - avaliou Vaz.
O governo federal tenta envolver os 11 estados fronteiriços nessas ações. Em 2011, por meio do Enafron, foi feito um pacto com todos eles. Segundo o ministério, entre 2011 e 2013, os investimentos feitos via Enafron totalizaram R$ 327,77 milhões. Para 2014, o orçamento é de R$ 86,02 milhões. O ministério diz que o volume de recursos do Enafron é bem superior ao que foi gasto em 2009 e 2010 com ações de segurança nas fronteiras. Nesses dois anos, os gastos somaram R$ 21,5 milhões.
O Plano Estratégico de Fronteiras inclui as operações Sentinela, liderada pela PF, e Ágata, coordenada pelo Ministério da Defesa. Na faixa de fronteira, as Forças Armadas têm poder de polícia. Para a operação, a PF conta com dois veículos aéreos não tripulados (Vants), que atuam, principalmente, na tríplice fronteira com Argentina e Paraguai. O efetivo total da PF em todo o Brasil é de 13 mil homens. Nem todos estão na fronteira, mas os novatos são mandados inicialmente para um dos 11 estados fronteiriços.
Segundo a PF, na faixa de fronteira foram apreendidas 169 toneladas de drogas e 12.472 armas entre janeiro de 2012 e outubro de 2013. Esses números incluem também as apreensões feitas pela PM e pela Polícia Civil dos 11 estados da fronteira. Já o número de pessoas presas tentando entrar no Brasil pela fronteira com armas e drogas chegou a 29.923 entre junho de 2011 e dezembro de 2013.
28 de janeiro de 2014
André Souza - O Globo
Assinar:
Postagens (Atom)