O ótimo filme “A Casa dos Espíritos”, inspirado no romance de mesmo nome da escritora chilena Isabel Allende (dizem que era prima do então presidente Salvador Allende e se refugiou nos EUA), é muito bom e me vem à mente, quando tanto se fala em intervenção militar.
O filme narra, em parte, a vida de um senador de direita que apóia a intervenção militar no governo do socialista Allende. Vem o golpe e Pinochet instala-se nos Poderes. A filha do senador é presa pelos militares, pois era esposa de um esquerdista que, o próprio senador ajuda a refugiá-lo na Embaixada do Canadá, pois já havia um neto que encantava o parlamentar.
SEU TEMPO ACABOU – O senador vai ao Ministério da Defesa tentar libertar a filha, que após apanhar muito é solta na periferia da cidade. Mas significativo mesmo é o diálogo quando o senador é recebido na recepção do Ministério por um subalterno que, entre outras coisas, mais ou menos diz assim:
– O Ministro sou eu, somos nós os militares. Por enquanto, nós ainda aturamos vocês, civis, mas isso passa logo. Nós chegamos para ficar, o seu tempo acabou, pode sair.
O duplo sentido da expressão “o seu tempo acabou” é muito importante. Claro que eu sei que os tempos são outros. Mas também sei que a História pode se repetir, parecidamente. E a “Casa dos Espíritos” era a mansão do senador.
E AQUI NO BRASIL? – Então, eu fico pensando, no caso atual do Brasil. Onde está a “Casa dos Espíritos” na atual fase de nosso país. Como o nosso território é muito grande, temos mais de uma “Casa dos Espíritos”?
E o senador? Quem será? A Nação, pelas suas dimensões geográficas será a futura “Mansão dos Espíritos”? Fantasmas a esmo, perambulando na residência vazia?
Os eleitores que nos respondam.
11 de dezembro de 2017
Antonio Rocha
Interessante... Fica muito clara a analogia que o texto busca estabelecer entre a ditadura de Pinochet e a situação atual do Brasil, quando movimentos intervencionistas pedem, de acordo com a Constituição em seu artigo 142, que as FFAA interrompam o escabroso processo político que levou o país a falência moral, social e econômica, e cujo ciclo não apresenta qualquer indício de renovação política que seja capaz de responder as necessárias transformações que recoloquem o país na marcha da sua recuperação..
Prosseguem de modo assustador as investigações da PF e do MP revelando a cada dia novos escândalos de corrupção.
Historicamente não consigo encontrar pontos de convergência entre o que aconteceu no Chile (e na América Latina) com o momento político atual. A história não se repete, por mais que determinados segmentos políticos busquem estabelecer analogias entre o contragolpe de 64, que impediu o Brasil de cair no totalitarismo de um regime comunista, com o que o movimento intervencionista clama, para que se interrompa o desastre em que criminosos políticos jogaram o país.
Não li nada semelhante a esse artigo, que alertasse a nação, quanto ao projeto de poder que o lulopetismo tentou implantar no país, via Foro de São Paulo e demais partidos comunistas ('progressistas' como eles gostam de se intitular). Salvo algumas vozes ditas de "direita" - e assim caracterizadas pejorativamente - que foram abafadas pela conivência da grande mídia 'progressista'.
Um véu de silêncio encobriu a estratégia, até o momento em que, com as instituições aparelhadas, através do processo gramsciano de ocupação dos espaços institucionais, revelou-se a condição de submissão do Estado às organizações criminosas que levaram o país ao caos. E do caos fez-se a luz e enxergou-se o perigoso caminho a que estava sendo levado o país. Ilustra bem a 'ação progressista', o decálogo de Lenin.
No mais, as seguidas denúncias e delações, desenham o quadro histórico do atual momento: corrupção, impunidade, o tal do "nós contra eles", parlamentares denunciados na Lava Jato, e o beco sem saída a que chegaram partidos e políticos, mais do que comprometidos: a nação não acredita mais que a atual classe política possa responder às graves condições a que chegamos... E também não é possível acreditar que essa classe possa ser capaz de uma verdadeira reforma política. Essa raiz do mal que os intervencionistas querem arrancar do solo brasileiro.
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