Este é um blog conservador. Um canal de denúncias do falso 'progressismo' e da corrupção que afronta a cidadania. Também não é um blog partidário, visto que os partidos que temos, representam interesses de grupos, e servem para encobrir o oportunismo político de bandidos. Falamos contra corruptos, estelionatários e fraudadores. Replicamos os melhores comentários e análises críticas, bem como textos divergentes, para reflexão do leitor. Além de textos mais amenos... (ou mais ou menos...) .
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville (1805-1859)
"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville (1805-1859)
"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.
domingo, 4 de fevereiro de 2018
MAIS UMA EMPRESA NACIONAL DO SETOR DA DEFESA EM RISCO DE DESAPARECER
04 de fevereiro de 2018
in Libertatum
DO RESSENTIMENTO A UM MODELO DE NAÇÃO
Também estou muito irritado, e Deus é testemunha de minha revolta contra a esquerda. Mas votar com o fígado não é boa política
O povo brasileiro está indignado, revoltado, e com toda razão. Afinal, o País está um caos econômico e social, herança maldita deixada pelo PT. O esquerdismo afundou de vez o Brasil. E não falo “apenas” dos milhões de desempregados, mas da violência fora de controle e do esgarçamento total dos valores morais.
Junte-se a isso os infindáveis escândalos de corrupção e o cinismo de boa parte da classe política, especialmente do próprio Lula, e temos um quadro perfeito para alimentar o ódio e o ressentimento de quem se sente traído ou vítima de cafajestes imorais. O clima é propício até mesmo para uma revolução, não fosse o povo tão “pacato” e bonachão.
A alternativa concreta que surge, então, é um grito nas urnas, um berro de revolta, um brado retumbante contra tudo e todos que estão aí, contra o establishment, a mídia conivente, os empresários cúmplices. Quem representa a negação dessa podridão toda terá milhões de votos. É algo bem compreensível.
Resta, contudo, perguntar: e depois? E no dia seguinte? Como será o governo? Como será o Congresso que terá de aprovar reformas? Aliás, quais reformas? O confronto com o esquerdismo é crucial para nosso futuro, mas não basta. A favor de que estamos agindo? Eis a questão.
Se a ideia é de vingança, então poderá gerar muito calor, mas pouca luz, dispersando energia necessária para a construção de um futuro melhor. “Quem se vinga depois da vitória é indigno de vencer”, disse Voltaire.
Alimentar o ressentimento pode ser boa estratégia eleitoral, para manter uma militância engajada, mas não aprova a fundamental reforma da Previdência, não reduz os privilégios do setor público, não derruba barreiras protecionistas, não diminui a burocracia ou a carga tributária, não cria nem mesmo um ambiente de mais decência e uma postura civilizada.
A vitória fomentada pelo ressentimento pode ser uma de Pirro, com sabor de derrota. Sim, a esquerda terá, nas aparências, sido derrotada. Mas qual o custo, e o que vem depois? Um povo que convive com 60 mil assassinatos por ano e um desemprego de quase 15 milhões, sem saneamento básico, com escolas tomadas por doutrinadores, com péssimo transporte e sistema de saúde, não precisa de retórica raivosa ou messiânica, mas de medidas concretas que possam mitigar tais problemas.
Eis o que ainda tira meu sono: onde estão as propostas efetivas, quem tem condições, de fato, de liderar o Brasil nessa direção, para além dos discursos populistas? Também estou muito irritado, e Deus é testemunha de minha revolta contra a esquerda. Mas votar com o fígado não é boa política. Quero saber do projeto de Nação. Para a raiva, encontro alguma outra válvula de escape que não as urnas…
04 de fevereiro de 2018
Rodrigo Constantino, Revista IstoÉ
O povo brasileiro está indignado, revoltado, e com toda razão. Afinal, o País está um caos econômico e social, herança maldita deixada pelo PT. O esquerdismo afundou de vez o Brasil. E não falo “apenas” dos milhões de desempregados, mas da violência fora de controle e do esgarçamento total dos valores morais.
Junte-se a isso os infindáveis escândalos de corrupção e o cinismo de boa parte da classe política, especialmente do próprio Lula, e temos um quadro perfeito para alimentar o ódio e o ressentimento de quem se sente traído ou vítima de cafajestes imorais. O clima é propício até mesmo para uma revolução, não fosse o povo tão “pacato” e bonachão.
A alternativa concreta que surge, então, é um grito nas urnas, um berro de revolta, um brado retumbante contra tudo e todos que estão aí, contra o establishment, a mídia conivente, os empresários cúmplices. Quem representa a negação dessa podridão toda terá milhões de votos. É algo bem compreensível.
Resta, contudo, perguntar: e depois? E no dia seguinte? Como será o governo? Como será o Congresso que terá de aprovar reformas? Aliás, quais reformas? O confronto com o esquerdismo é crucial para nosso futuro, mas não basta. A favor de que estamos agindo? Eis a questão.
Se a ideia é de vingança, então poderá gerar muito calor, mas pouca luz, dispersando energia necessária para a construção de um futuro melhor. “Quem se vinga depois da vitória é indigno de vencer”, disse Voltaire.
Alimentar o ressentimento pode ser boa estratégia eleitoral, para manter uma militância engajada, mas não aprova a fundamental reforma da Previdência, não reduz os privilégios do setor público, não derruba barreiras protecionistas, não diminui a burocracia ou a carga tributária, não cria nem mesmo um ambiente de mais decência e uma postura civilizada.
A vitória fomentada pelo ressentimento pode ser uma de Pirro, com sabor de derrota. Sim, a esquerda terá, nas aparências, sido derrotada. Mas qual o custo, e o que vem depois? Um povo que convive com 60 mil assassinatos por ano e um desemprego de quase 15 milhões, sem saneamento básico, com escolas tomadas por doutrinadores, com péssimo transporte e sistema de saúde, não precisa de retórica raivosa ou messiânica, mas de medidas concretas que possam mitigar tais problemas.
Eis o que ainda tira meu sono: onde estão as propostas efetivas, quem tem condições, de fato, de liderar o Brasil nessa direção, para além dos discursos populistas? Também estou muito irritado, e Deus é testemunha de minha revolta contra a esquerda. Mas votar com o fígado não é boa política. Quero saber do projeto de Nação. Para a raiva, encontro alguma outra válvula de escape que não as urnas…
04 de fevereiro de 2018
Rodrigo Constantino, Revista IstoÉ
COMO REPORTAR DE ISRAEL MUDOU A MINHA VISÃO DO MUNDO PARA SEMPRE
Num artigo exclusivo para o HonestReporting, o jornalista norte-americano Hunter Stuart conta como foi exposto às realidades de reportar a partir de Israel, e como teve as suas visões pró-palestinas dramaticamente alteradas como resultado.
Eu sempre quis ser jornalista. O jornalismo sempre me pareceu um trabalho muito importante, desafiando os preconceitos das pessoas, trazendo verdades difíceis ao público, a fim de de o manter informado com honestidade.
Desde que passei duas semanas no Egipto quando adolescente – em Janeiro de 2001, menos de um ano antes do 11 de Setembro – sonhei ser repórter freelancer no Médio Oriente. Fiquei fascinado pelo terrorismo, pela ideia de que alguém poderia acreditar em algo tão fortemente que daria a sua vida por isso. Todo o jornalista quer cobrir as grandes histórias, e eu pensei que o Médio Oriente era a maior história da Terra.
Então decidi ir. Em 2015, aos 32 anos, a minha esposa e eu olhámos para um mapa do Médio Oriente e escolhemos Jerusalém como nosso novo lar. Não só a cidade era ocidentalizada e relativamente segura, mas estava a poucos passos do conflito mais divulgado do mundo. Naquele Verão, deixámos os nossos empregos em Nova Iorque e fomos para Israel.
O interesse público pelas notícias sobre Israel-Palestina quase não tem fim, e não foi difícil para mim encontrar trabalho depois de me mudar para Jerusalém. Rapidamente, comecei a vender histórias para os media nos EUA, no Reino Unido e na Austrália, bem como para a Al Jazeera em Inglês, baseada no Qatar.
Matti Friedman |
Tornou-se óbvio para mim que a maioria dessas organizações queria notícias que enfatizassem o sofrimento dos palestinos e culpassem Israel por esse sofrimento.
Matti Friedman, ex-editor do escritório em Jerusalém da Associated Press, escreveu no The Atlantic em 2014, que os media vêem “a história de Israel” como uma história do fracasso moral dos judeus. Eventos que não suportem essa narrativa geralmente são ignorados.
Eu estava satisfeito em contar esta história nos meus primeiros meses em Israel, porque eu também acreditava nela.
Como escrevi recentemente na revista The Jerusalem Report, eu tinha uma visão profundamente negativa do Estado judeu até me mudar para lá. Eu cresci numa cidade da Nova Inglaterra onde todos são democratas liberais. Por algum motivo, a hostilidade em relação a Israel é uma opinião automaticamente esquerdista nos EUA (e em grande parte da Europa). Como produto do meu meio, eu acreditava que Israel era um “mauzão” e o principal obstáculo para a paz no Médio Oriente.
Mas os assuntos estrangeiros parecem sempre diferentes quando se tornam locais, e em nenhum lugar isso é mais verdadeiro do que em Israel. Comecei a ver isso naquela tarde ensolarada, não muito tempo depois de me mudar para Jerusalém. Naquele dia, eu fui cobrir um protesto palestino numa prisão israelita perto de Ramallah. Um repórter do The Independent e eu fomos de carro até lá e encontrámos um grupo de cerca de 100 manifestantes palestinos que caminhavam para a prisão.
Quando chegaram, cerca de meia dúzia de soldados israelitas vieram ao encontro deles. Os palestinos montaram rapidamente uma barreira de pneus em chamas para evitar que os israelitas escapassem. Mais e mais manifestantes chegaram – não sei de onde – mas logo os vi, amontoando-se sobre as colinas acima da prisão, vestidos com máscaras e keffiyehs.
Era como uma cena do Game of Thrones. Alguns tinham facas nos seus cintos, outros trouxeram ingredientes para cocktails molotov. Eles ocuparam posições nas colinas acima da prisão e começaram a usar poderosas fundas e fisgas para lançar pedras e pedaços de cimento contra a meia dúzia de soldados israelitas em baixo.
Os israelitas estavam em tanta desvantagem que eu não podia deixar de questionar a narrativa de que Israel era Golias e os palestinos eram David, porque na minha frente parecia exactamente o oposto.
Quando visitei a Faixa de Gaza alguns meses depois, novamente vi a diferença entre a forma como os jornalistas retratam um lugar e a realidade. Lendo sobre Gaza nas notícias, pode-se pensar que todo aquele lugar é entulho, que parece mais ou menos Homs ou Alepo. Na verdade, Gaza não difere na sua aparência de qualquer outro lugar no mundo árabe.
Durante oito dias na Faixa, eu não vi um único edifício danificado pela guerra até que pedi especificamente à minha guia que me mostrasse um. Em resposta, ela levou-me a Shujaya, um bairro da Cidade de Gaza, que é uma conhecida fortaleza do Hamas e ainda está visivelmente danificada pela guerra de 2014. A destruição em Shujaya é chocante? Sim. Mas era muito localizada, e não espelhava em nada o resto de Gaza.
O resto de Gaza não é diferente de muitos países em desenvolvimento: as pessoas são pobres, mas conseguem viver, e mesmo vestir bem e serem felizes na maioria do tempo. Na verdade, existem partes da Faixa que são bastante agradáveis. Saí para comer em restaurantes onde as mesas são feitas de mármore e os garçons usam coletes e gravatas.
Vi imensas moradias na praia que não ficariam atrás das de Malibu, e – do outro lado da rua dessas moradias – visitei uma nova mesquita de 4 milhões de dólares. Os habitantes de Gaza sofrem algumas grandes dificuldades? Sim. A maioria deles vive em edifícios destruídos, a céu aberto, como a Imprensa os retrata frequentemente? Absolutamente não.
Eu não os culpo pelas suas mesas de mármore ou pelas suas moradias ao lado da praia. Como qualquer outra pessoa, eles querem sentir-se confortáveis, aproveitar a vida. Mas acho estranho que, de vez em quando, as organizações de notícias estrangeiras não considerem oportuno publicar um artigo sobre os bairros ricos de Gaza ou as mesquitas de milhões de dólares.
Mas não, eles preferem concentrar-se na pequena minoria da Faixa que ainda está danificada pela guerra com Israel em 2014 (uma guerra que, a propósito, oHamas começou) porque é isso que confirma a narrativa de que Israel é uma super-potência brutalizando árabes para os seus próprios propósitos egoístas, e essa é a narrativa que muitas pessoas querem ouvir.
Hunter Stuart (Crédito da foto: Damon Dahlen / HuffPost) |
Sem contar o facto de que a liberdade de Imprensa em Gaza e em outros países do mundo árabe é praticamente inexistente.
De muitas maneiras, tentar reportar de Gaza é um esforço absurdo e perigoso. Durante uma única semana em Gaza, eu tive problemas em duas ocasiões distintas com o Hamas por quebrar as suas regras rígidas para a Imprensa.
Na primeira ocasião, a minha guia e eu estávamos na calçada da praia na cidade de Gaza, entrevistando as pessoas sobre uma próxima eleição em Gaza (que depois foi cancelada, não surpreendentemente, já que a maioria dos líderes árabes odeiam a democracia).
Depois de cerca de 15 minutos, um jovem de t-shirt e calças largas aproximou-se de nós e teve uma conversa aparentemente desagradável em Árabe com a minha guia, após a qual ela me disse que tínhamos que sair dali imediatamente porque o homem era um agente de segurança do Hamas que ficou descontente connosco por estarmos a entrevistar as pessoas sobre questões políticas.
Na segunda ocasião, a minha guia e eu estávamos a fotografar edifícios destruídos em Shujaya quando dois soldados do Hamas, nenhum dos quais poderia ter mais de 25 anos, literalmente correram para o nosso carro, tiraram-nos os nossos documentos de identificação, confiscaram a minha câmara e escoltaram-nos para um quartel militar onde um grupo de funcionários do Hamas nos questionou amplamente sobre quem éramos e o que estávamos a fazer tirando fotos lá.
Eles examinaram todas as fotos da minha câmara antes de nos deixarem sair. A minha guia estava visivelmente abalada. Eu não podia culpá-la: o Hamas muitas vezes prende, bate, e às vezes tortura jornalistas que dizem coisas que os façam parecer ruins.
* * *
Enquanto vivi em Israel, notei que muitos jornalistas pareciam olhar para si mesmos como defensores. Eles falavam do jornalismo como uma forma de dar voz ao perdedor, e para muitos deles, os palestinos eram o perdedor.
O bom jornalismo, é claro, não advoga. Ele diz a verdade, independentemente de quem pareça ser bom ou ruim. Porque a verdade não tem sentimentos.Considerando isso, talvez não seja surpreendente que os repórteres em Israel e nos territórios palestinos tendem a estar próximos dos funcionários das agências de direitos humanos. Eles movimentam-se nos mesmos círculos sociais, saem para comer e beber juntos. Talvez seja por isso que quase todos os artigos na Internet sobre Israel contenham uma citação das Nações Unidas, da Amnistia Internacional, da Human Rights Watch ou de outras ONG's desse tipo.
Como repórter, é fácil citar esses grupos porque eles fornecem todas as informações que precisamos, de uma maneira acessível e facilmente compreensível. Eu admiro muito do trabalho que essas ONGs fazem. O problema é que elas geralmente agem de uma forma tendenciosa contra Israel. Muitas vezes, colocam a culpa do sofrimento palestino em Israel, em vez de, digamos, na insensibilidade e na corrupção dos líderes palestinos, que claramente carregam grande parte da culpa pela dor do povo.
Cada um desses grupos tem sua própria agenda, mas como a sua imagem pública determina, e uma vez que eles se expressam como porta-vozes dos oprimidos, a maioria dos esquerdistas que vivem nos EUA e na Europa acredita na sua palavra.
* * *
Trabalhar como repórter em Israel durante um ano e meio não destruiu a minha fé no jornalismo. Mas aumentou o meu cepticismo de que ele possa fazer o bem no mundo.
Oito anos de trabalho para as agências de notícias deixaram-me cada vez mais alarmado com a forma como o jornalismo se está a tornar partidário. Actualmente, as editoras de notícias visam a geração Y nas redes sociais, que preferem ver as suas próprias opiniões validadas a ver um artigo equilibrado e objectivo.
Esse público não quer que os seus preconceitos sejam desafiados. Se a Imprensa existe apenas para reafirmar o que já acreditamos, só nos tornaremos mais divididos, e haverá apenas mais e mais conflitos no mundo.
04 de fevereiro de 2018
Hunter Stuart é jornalista e escritor com mais de 8 anos de experiência profissional, actualmente trabalhando como Editor Sénior na Dose Media em Chicago. Foi repórter e editor do The Huffington Post, em Nova Iorque, de 2010 a 2015. Mais recentemente, passou 1,5 anos trabalhando como repórter freelancer no Médio Oriente, de onde escreveu para Vice, The Jerusalem Post, Al Jazeera em Inglês,International Business Times e outros. Os seus artigos também apareceram naCNN, Pacific Standard, Daily Mail, Yahoo News, Slate, Talking Points Memo e The Atlantic Wire.
Assinar:
Postagens (Atom)