"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 28 de dezembro de 2013

CONVERSA AFIADA

Fim de ano, listas & resoluções. Lista disso e daquilo, de melhores e piores; resoluções para o ano entrante e geralmente proteladas para o ano seguinte, como as de Bridget Jones. Aqui neste armarinho de miudezas espirituais, folgo em dizê-lo, vocês estarão a salvo de melhores e piores, pelo menos dos meus melhores e piores. Já gostei desse passatempo, até porque passei boa parte da vida fazendo crítica de cinema; e a lista dos melhores filmes do ano é uma espécie de Juramento de Hipócrates dos críticos de cinema.

Adolescentes adoram esse esporte e se autoafirmam praticando-o, tenham 15 ou 60 anos de idade. Devia andar ali pelos 14 quando cometi minha primeira lista; da última nem me lembro mais em que década a perpetrei. Cansei de hierarquizar heterogeneidades e, principalmente, de ver filmes ruins, a maioria dos quais costumo eliminar pelo trailer. De mais a mais, tenho absoluta certeza de que a minha opinião de "especialista" hoje nada significa, é um pingo d'água no oceano de palpiteiros aboletados na internet. O único balanço de filmes consequente é o que leva em conta o rendimento nas bilheterias. O resto é mero jogo de salão.

Por que gostamos tanto de relacionar coisas: preferências, carências e urgências? Como é que no córtex pré-frontal essa propensão taxonômica se processa? Dizem que fazer e consultar listas é terapêutico, ajuda a diminuir a ansiedade. O ansiolítico de Proust era a leitura da programação dos trens do interior da França, com seus respectivos horários. Como de minha insônia só Stilnox consegue dar conta, a leitura de certas listas pode até ter efeito contrário. Os constantes inventários de Susan Sontag, em seus diários e no primeiro conto (Projeto para uma Viagem à China) de I, Etcetera, podem provocar muxoxos e irritação, mas estupefacientes não são.

Até prova em contrário, a lista de predileções mais popular de todos os tempos é a do escritor Isaac Davis, personagem de Woody Allen em Manhattan. Refestelado num sofá, o personagem relaciona ao microfone de um gravador as dez mais preciosas (ou indispensáveis) dádivas culturais do século passado. Justamente por ser tão manjada (o filme vive sendo reprisado na TV), abstenho-me de aqui repeti-la, mas não de levantar a suspeita de que aquela cena inspirou o primeiro livro sobre as coisas que precisamos ver antes de morrer, há tempos uma praga editorial sem fronteiras.

Umberto Eco historiou o fenômeno num livro enciclopédico, adrede intitulado A Vertigem das Listas (Record), pois é mesmo vertiginoso o nosso fascínio (e o dele em particular) por compilações e classificações. Esbanjando sua costumeira erudição, Eco perpassa todas as formas de manifestação artística submetidas à humana sanha de contar, relacionar, juntar e anexar objetos e desejos: dos mosaicos medievais com suas massas de anjos às assemblages de Joseph Cornell, passando pelos rostos vegetalizados de Giuseppe Arcimboldo e, já no campo das letras, pelos demônios (Aamon, Abigor, Abracace, Adramelec...Xafan, Zagam, Zaleos, Zebos, Zepar) que o oitocentista J.A.S. Collin de Plancy recenseou em seu Dictionnaire Infernal.

Interromper a narrativa para listar gente e objetos não foi uma invenção da literatura modernista ou pós-modernista, um gimmick ou uma afetação de Borges, Georges Perec e Thomas Pynchon. Muito antes de Cervantes, Homero, o pai de todos, já havia apinhado o segundo Canto da Ilíada com um rol interminável de naus e seus respectivos comandantes. Joyce faria algo parecido em sua recriação da Odisseia, relacionando um extensíssimo elenco de heróis e heroínas irlandeses da antiguidade, no capítulo 12 de Ulisses.

Fitzgerald, bem afinado com o espírito da época (vide Gertrude Stein e suas "descrições de literatura"), se amarrava em listas. A dos visitantes da mansão de Jay Gatsby, no verão de 1922, foi inventada, mas não a das ziquiziras do escritor, pacientemente arroladas por escrito e exibidas aos amigos mais chegados como um currículo digno de admiração. Uma delas o acabou matando.

Ainda não li, nem sei quando irei gramar as mil e tantas páginas de Infinity Jest (A Piada Infinita, na tradução portuguesa), de David Foster Wallace, mas, se e quando isso ocorrer, já estarei familiarizado com os surtos classificatórios do finado autor. Só a filmografia do fictício cineasta James Orion Incandenza ocupa oito páginas do romance, acrescidas de notas de rodapé. Outra ficção consagrada pela crítica, The Hundred Brothers, de Donald Antrim, é quase seis vezes mais curta, mas o leitor tem de enfrentar de cara a relação completa dos 100 irmãos do narrador, todos nascidos em 23 de maio, em anos diferentes, claro; um deles, por sinal, meu xará e companheiro de profissão.

Poderia levar essa lereia por mais alguns parágrafos e digressões; no entanto, encurtarei a conversa em respeito à paciência dos que me aturaram até aqui, não sem antes fazer um pit stop em Italo Calvino. É de sua autoria a mais saborosa e irônica lista já posta num romance, a bem dizer, um metarromance, um roman en abîme, se me permitem outro pernosticismo. Se Um Viajante Numa Noite de Inverno (traduzido pela Companhia das Letras) começa com um bordejo por entre as estantes e mesas de uma livraria, onde as mercadorias são divididas em categorias inventadas pelo autor-narrador. São "hectares e mais hectares de Livros Cuja Leitura É Dispensável, os Livros Para Outros Usos Que Não a Leitura, os Livros Já lidos Sem Que Seja Necessário Abri-los, pertencentes que são à categoria dos Livros Já Lidos Antes Mesmo de Terem sido Escritos."

E nesse tom segue Calvino por quase duas páginas, até alcançar o que chama de "as torres do fortim", ou seja, os livros que há tempos pretendia ler e em vão procurou durante anos ou dizem respeito a algo que o ocupa neste momento ou deseja adquirir para ter por perto em qualquer circunstância. É uma crítica sutil à política dos livreiros, que reservam seus espaços mais nobres para quem já não precisa deles para chamar atenção.

 
28 de dezembro de 2013
Sergio Augusto, O Estado de S. Paulo

O FANTASMA QUE RONDA A ARGENTINA

 
29 de  dezembro de 2013
Luis Majul, O Globo

CULTO A MAO

SÃO PAULO - A descrição que meu amigo Marcelo Ninio faz do culto a Mao Tse-tung em Shaoshan, sua cidade natal, vale por um tratado de psicologia. Ali, velhas tradições comunistas, como a gigantesca estátua do líder e a falsificação da história -os livros escolares mal mencionam a Grande Fome (1958-62) e os horrores da Revolução Cultural (1966-76)-, se misturam despudoradamente com elementos religiosos, como reverências e orações.

Essa combinação me parece relevante porque ela escancara algo que tanto religiosos como militantes de causas políticas tentam esconder: a fé numa entidade sobrenatural e o fervor ideológico encontram-se muito mais próximos um do outro do que ambos os lados querem admitir.

Isso já bastaria para banir algumas disputas abstrusas, como a que tenta determinar se foram guerras de religião ou regimes ateus que mataram mais pessoas ao longo da história. Embora essa discussão possa produzir divertidos exercícios estatísticos, ela perde de vista o essencial: o problema não está no que se acredita, mas no fato de algumas pessoas em determinadas situações serem capazes de matar por uma ideia.

A questão tem mais a ver com as chamadas patologias do pensamento de grupo e a dinâmica que elas introduzem na sociedade do que com o conteúdo das crenças propriamente ditas. Não há diferenças funcionais importantes entre o cérebro do fiel que massacra o vizinho porque ele reza para o Deus errado e o do militante político que tortura e mata o dissidente para construir um mundo melhor. Ambos se aferraram a uma ideia (que nunca fez muito sentido, para começo de conversa) e desligaram todos os circuitos que poderiam levar suas mentes a questioná-la.

De minha parte, gostaria que ninguém acreditasse nem em religiões nem em sistemas políticos redentores, mas, como isso não vai acontecer, o que de melhor podemos fazer é semear a dúvida -sempre.

ABERRAÇÕES DA HUMANIDADE


 
28 de dezembro de 2013
Marcelo Rubens Paiva
O Estado de S.Paulo

FALSÁRIOS E SUAS MUITAS FALSIFICAÇÕES

   


A mais grave dimensão da falsidade ocorre quando ela se torna estratégia de ação e estilo de vida. Quando isso acontece – e está acontecendo no Brasil – o caráter dos indivíduos é destruído e a credibilidade das instituições que por desventura eles comandem se converte em lama.

O artigo 1º da lei que criou a Comissão da Verdade (CV) atribui-lhe a tarefa de “efetivar o direito à memória e à verdade histórica e promover a reconciliação nacional”. Memória, verdade e reconciliação. Qual a verdade que a CV busca? Ela busca conhecer os autores de crimes e agressões a direitos humanos que vitimaram os  guerrilheiros e terroristas camaradas de dona Dilma.

Os muitos crimes e violações cometidos por essa mesma turma estariam inteiramente perdoados, esquecidos, cobertos por grossa camada de errorex, e rendem vultosas indenizações aos que os perpetraram. Para os comissários da CV, a anistia valeria para tais crimes, acima de qualquer dúvida.
 
E a reconciliação? Ora, os proponentes e executantes dessa farsa, ungidos de falso espírito pacificador, assumiram uma tarefa em que não creem. E isso é farsa. Eles não acreditam em reconciliação (a menos que renda votos, como num abraço entre Lula e Maluf). Creem, nisto sim, em conflito, em revanche e em vingança. Tudo isso é ou não fraude ao Direito, à memória, à verdade e à História? Mas a falsificação, uma vez iniciada, não para mais.
Querem outro exemplo? Quem pode considerar legítimos esses índios que vemos em Brasília, mobilizados pela governamental Funai, reivindicando demarcações de territórios para suas “nações”? Índios de caminhonete, calça jeans e que se abastecem em supermercados? Índios exibindo cocares zero quilômetro, com vistosas e irretocáveis penas de pobres aves, sem ninguém por elas?

No entanto, os falsários, financiados por interesseiras ONGs internacionais, articulam para que obtenham cada vez maiores extensões de reservas, como se ainda vivessem, todos, da caça e da pesca. Pura manobra diversionista. O verdadeiro botim é a extraordinária biodiversidade e são as riquezas do subsolo.
Não são menos fraudulentos, por sua vez, muitos dos “quilombos” que pipocam em áreas nobres do território e do meio urbano nacional. Os falsários organizam esses grupos de interesse, insuflam ódio racial, excitam a cobiça, prometem vantagens patrimoniais, inventam fábulas sobre inexistentes quilombos e cuidam de ampliar o número de falsos quilombolas.

“CONTABILIDADE CRIATIVA”
Uma vez assumida como estratégia de ação e estilo de vida, a falsidade se impõe em tudo. Por isso, os falsos dossiês, encomendado a falsários profissionais.
Por isso se falsificam as informações sobre as contas públicas com a tal “contabilidade criativa”.
Por isso Dilma, ungida candidata à presidência, é apresentada à nação como grande gestora de um governo enrolado e enrolador. Por isso se apressam em fazer o que muito condenaram para não enfrentar o fracasso de soluções que nunca tiveram.
Por isso diziam que o PT não era como “os partidos tradicionais” e tinham razão – o PT é um partido que protege bandidos.
Por isso o falso apreço a direitos humanos, um apreço que tem cor partidária, que tem afeições e ódios ideológicos.
Por isso as falsificações ditadas pelos mandamentos do “politicamente correto”, que transformam reivindicações grupais e pautas políticas em pretensos direitos humanos.
A lista seria inesgotável. Os falsários compreendem suas estratégias e métodos como elementos da disputa e da preservação do poder e os aplicam em tudo. O certo, a verdade e o bem integram uma esfera de temas que sequer conhecem, onde não vão e onde não operam. Nos espaços em que atuam habitualmente não incidem exigências de ordem moral que não estejam referidas à manutenção do poder. Para quem ainda não percebeu, é a mesma ética assumida pelos falsos mártires do Mensalão.

28 de dezembro de 2013
Percival Puggina

DESINVENTANDO A IMPRENSA

 

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Pesquisa científica divulgada há dias revela que foram os chineses, há 5.500 anos, que domesticaram os gatos -1.500 anos antes dos egípcios, a quem se creditava essa maravilha. Quando um país está com a bola branca, como a China, não apenas seu presente chama a atenção -até seu passado fica iluminado. E, se alguns ainda se espantam com o ímpeto com que ela ocupa hoje todo tipo de espaço, só me intriga que não tenha acontecido antes.

A história nos ensina que, com sua criatividade, os chineses já mudaram o mundo pelo menos duas vezes. Uma foi quando inventaram a pólvora -de que resultaram o canhão, o mosquete, o arcabuz e muita gente morta. A outra foi quando criaram o papel e, daí a séculos, os tipos móveis, de argila -do que, 400 anos antes de Gutenberg, nasceu a imprensa.

Essas foram as suas grandes contribuições no atacado. No varejo, é aos chineses que devemos o macarrão e, deste, o talharim, o espaguete e a língua de pato. Eles nos deram também a seda, a porcelana, a bússola, o sismógrafo, o moinho hidráulico e até a pipa -esta, para pescar sem barco. Sem falar no palito de fósforo, nos fogos de artifício e na tinta -não por acaso, nanquim.

Mas isso foi lá atrás. A China moderna são os bilhões de cacarecos e cafonices que assolam o mercado mundial, empesteiam o planeta e levarão séculos para ser digeridos pelo ambiente. E ela vem agora com uma novidade ainda mais revolucionária: a desinvenção da imprensa.
Seus jornalistas, se quiserem manter a licença de trabalho, terão de devorar um manual de 700 páginas para fazer uma prova sobre os princípios do marxismo e se submeter a 18 horas de treinamento para se condicionar a não contrariar o Partido.
No Brasil, havia gente no governo que queria nos impor essa medida. Mas isso foi antes da Papuda

(artigo da Folha, enviado por Mário Assis)
28 de dezembro de 2013
Ruy Castro

EGITO EM TRANSE: OS CONFLITOS NÃO CESSAM

 



Brasília – Um estudante morreu hoje (28) nos confrontos entre a polícia e apoiadores da Irmandade Muçulmana, que atearam fogo a um edifício da Universidade de Al-Azhar, no Cairo. O jovem, de 19 anos, foi baleado quando a polícia entrou no recinto universitário, segundo a mesma fonte.
 
Estudantes que dão apoio à Irmandade Muçulmana incendiaram, hoje pela manhã (horário local), um edifício da Faculdade de Comércio da Universidade de Al-Azhar, na capital egípcia, segundo uma fonte dos serviços de segurança.
 
Os estudantes entraram nas instalações da Faculdade de Comércio, interromperam uma prova que estava sendo aplicada e atearam fogo ao edifício. O incêndio, que provocou danos em dois andares do edifício universitário, foi extinto pelos bombeiros. Um responsável da polícia disse que 60 estudantes foram detidos.
 
O incidente ocorre um dia após manifestações de apoio ao presidente islamita Mohamed Mursi em várias cidades do Egito. Destituído pelo exército em julho, Mursi está atualmente preso.
Pelo menos cinco pessoas morreram durante as manifestações pró-Morsi, que degeneraram em confrontos, segundo um novo balanço divulgado por uma fonte médica. Ontem (27), 265 manifestantes islamitas foram detidos pelas forças de segurança egípcia.
 
Os protestos ocorreram depois de o Governo egípcio ter declarado, na quarta-feira (25), a Irmandade Muçulmana, movimento que apoia Mohamed Mursi, como “grupo terrorista” e de ter proibido qualquer tipo de manifestações no país.

FILHO DE UM DOS DITADORES MAIS SANGUINÁRIOS DO MUNDO QUER BRINCAR CARNAVAL NO RIO

 

 
 


Brasília – O vice-presidente da República da Guiné Equatorial, Teodoro Nguema Obiang Mangue, acusado de desvio de recursos públicos, lavagem de dinheiro e abuso de confiança, apresentou pedido de habeas corpus preventivo ao Supremo Tribunal Federal (STF) para evitar sua prisão e extradição, que já foi requerida pela França. Advogados do africano informaram que o julgamento das acusações registradas por autoridades francesas não foi concluído.

A defesa de Mangue também argumenta no pedido que, pela Convenção de Viena de 1961, o pedido de prisão preventiva e extradição, em casos como esse, desrespeita as diretrizes do tratado internacional que regula as relações diplomáticas entre os países signatários, como o Brasil.

Mangue, que em 2002 foi nomeado segundo vice-presidente e encarregado da Defesa e Segurança do Estado, exige condições semelhantes às de chefe de Estado para se defender. Uma das principais prerrogativas reivindicadas pelo africano é a imunidade penal, que impede a prisão ou a extradição por autoridades estrangeiras.

Teodoro Mangue é filho do presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, que está no poder desde 1979, depois de um golpe de Estado que foi marcado pela violência.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG - A ditadura da Guiné Equatorial é uma das mais sangrentas e implacáveis do mundo. Teodore Mangue passa todo carnaval no Rio, num luxuoso camarote na Marquês de Sapucaí.
Este ano, chegou a ser preso, mas acabou liberado para voltar à Guiné Equatorial. Agora, quer habeas corpus para brincar o carnaval. Era só o que faltava. (C.N.)

28 de dezembro de 2013
Carolina Gonçalves
Agência Brasil

NÃO SERÁ DESTA VEZ QUE GENOÍNO PASSARÁ O ANO NOVO EM CASA

 

 


Da Agência Estado
 
Preso desde novembro na casa de um contraparente em Brasília, o ex-deputado federal José Genoino (PT-SP) fracassou na tentativa de ser transferido nos próximos dias para São Paulo. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, já decidiu que Genoino deve permanecer onde está até o fim de fevereiro.

Na quinta-feira, 26, os advogados do ex-congressista condenado por envolvimento com o mensalão tinham pedido a Barbosa que autorizasse a transferência dele para a casa onde vivem a mulher e os filhos, em São Paulo.

No entanto, o presidente do STF concluiu que o ex-deputado deve ficar em Brasília até o final de fevereiro, quando passará por nova avaliação médica para verificar se ele poderá ou não cumprir pena num presídio. Com isso, o prazo da prisão domiciliar em Brasília será de 90 dias. A decisão de Barbosa foi confirmada pela assessoria do tribunal, mas a íntegra não foi divulgada até as 20h30.

“GENEROSO CONTRAPARENTE”

Na petição entregue ao Supremo na quinta-feira, a defesa de José Genoino havia comunicado que ele tinha uma consulta médica e exames pré-agendados em São Paulo no dia 7 e sustentou que o ex-deputado está “por enorme favor” na casa de um “generoso contraparente”.

Os advogados apenas afirmaram que o ex-congressista não está na casa da filha Mariana, que mora no Distrito Federal. “A imprensa erra ao noticiar que está na casa de sua filha Mariana, pois esta, muito modesta e de apenas um cômodo, não teria condições espaciais de abrigá-lo”, argumentou a defesa no documento.
O apartamento de Mariana é um loft duplex de 60 metros quadrados avaliado em R$ 300 mil.

Preso em novembro em São Paulo, Genoino foi trazido para Brasília junto com outros condenados no processo do mensalão, como o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu.

O ex-deputado ficou menos de uma semana no complexo penitenciário da Papuda, em Brasília. Deixou o estabelecimento após reclamar de problemas cardíacos. Depois de ter passado por uma avaliação médica, foi autorizado a cumprir a pena em prisão domiciliar.

Joaquim Barbosa ainda precisa definir a situação do ex-deputado Roberto Jefferson, delator do esquema do mensalão, que também foi condenado. O ex-congressista foi submetido no ano passado a uma cirurgia para extração de um tumor no pâncreas e pretende cumprir a pena em prisão domiciliar.

Ele alegou que precisa de uma dieta rigorosa, que inclui itens como salmão defumado e geleia real, que não é padrão das cadeias. No entanto, o sistema penitenciário do Rio de Janeiro afirmou ao STF que possui condições de abrigá-lo.

TRANSFERÊNCIA

Presos por participação no esquema do mensalão, os ex-deputados federais Pedro Corrêa e Pedro Henry foram transferidos nesta sexta-feira de Brasília para estabelecimentos penitenciários de Pernambuco e Mato Grosso. Os dois pediram autorização para cumprir as penas de 7 anos e 2 meses de prisão em presídios localizados nas proximidades de onde vivem familiares.

A transferência havia sido autorizada na semana passada pelo presidente do STF, que também é relator do processo do mensalão.
Os ex-congressistas viajaram para Cuiabá e Recife em voos comerciais. Pedro Corrêa pretende voltar a exercer a medicina.
Ele pediu autorização para trabalhar como médico no município de Santa Cruz do Capibaribe, em Pernambuco. No entanto, esse requerimento ainda não foi analisado pelo juiz responsável pela execução penal.

28 de dezembro de 2013
Da Agência Estado

O HUMOR DO DUKE

Charge O Tempo 28/12
 
 
28 de dezembro de 2013


FACE LENHOSA

Renan Calheiros, que deveria ser afastado do Senado, quer pagar despesas por uso de avião da FAB

renan_calheiros_29Por causa de R$ 0,20, valor que seria acrescido à tarifa de ônibus na cidade de São Paulo, milhares de pessoas saíram às ruas para protestar em junho passado.
Pelo menos foi essa a desculpa dada pelos vândalos que depredaram a maior cidade brasileira, à sombra de movimento comandado por pessoas intimamente ligadas aos radicais partidos da esquerda verde-loura, os quais sonham em ver o PT tomando de assalto o Palácio dos Bandeirantes.

Enquanto esses míseros R$ 0,20 não saem do bolso dos usuários de transporte público na capital paulista, o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), sem ao menos ser incomodado, usou um avião da Força Aérea Brasileira para viajar ao Recife, onde se submeteu a cirurgia de correção capilar.
 
Depois que mais um escândalo político reverberou com largueza, Renan Calheiros, que sempre abusa da desfaçatez, enviou ofício à FAB solicitando o cálculo do valor que deve ser ressarcido aos cofres federais pelo uso da aeronave oficial.
O primeiro detalhe do imbróglio que deve ser observado é que Renan deve pagar o valor correspondente ao fretamento de uma aeronave semelhante à que a FAB lhe colocou à disposição. Querer devolver apenas o valor das despesas é truque baixo, algo típico na política nacional e que Renan sabe muito bem como funciona.
O melhor exemplo da intimidade de Renan com esse tipo de expediente é caso das “vacas sagradas”, cujo dinheiro da venda teria sido usado para pagar as despesas da sua então amante, Mônica Veloso.

O segundo ponto a ser analisado, o mais grave, é que Renan Calheiros informou à FAB que a viagem à capital pernambucana era de caráter oficial. Pelo que consta, implante de cabelo não é compromisso oficial, assim como os brasileiros não têm de madrugar para custear a melhora da aparência do presidente do Senado, que já deveria estar sofrendo um processo de cassação de mandato por quebra de decoro, pois faltou com a verdade ao classificar como oficial a viagem a Recife.

Ao que parece, a prisão dos mensaleiros não surtiu efeito na classe política, que continua a atuar com acinte e sempre desafiando as leis, não sem antes impor zombarias à população. Em qualquer país minimamente sério, Renan Calheiros já estaria afastado do cargo.
Como o Brasil é o paraíso da impunidade, ao mesmo tempo em que política é um negócio milionário e exclusivo de poucos, o alagoano Calheiros continuará impune. E sem ser incomodado pelos protestos, que deveriam ocorrer debaixo de sua janela e na virada do ano.

28 de dezembro de 2013
ucho.info

IDÉIAS

Escrevi isso em 2009, no blog antigo do Constantino. Ainda vale.

As nossas idéias serão sempre nossas e o que vem da doutrinação são as idéias dos outros, que você segue ou não. Valores como a tradição e a moral aliados à razão, são suficientes para que qualquer indivíduo possa desenvolver uma ideologia própria que, não raro, pode encontrar grande afinidade com alguma outra que use os mesmos princípios.

Essa comunhão de idéias geralmente é confundida pelos doutrinários de esquerda que atribuem valores ideológicos a simples palavras de ordem sem fundamentação. São estritamente dogmáticos e obcecados pela destruição da tradição, da moral e da razão, para fazer valer metas como a criação e universalização do homem-síntese, a bestialização da raça humana.

Essa gente, que normalmente se disfarçava em ecologistas, defensores dos direitos humanos ou cidadãos politicamente corretos, hoje já anda rasgando as fantasias e mostrando a cara aqui no Brasil, com representantes, se dignos para eles mesmos, indignos para muitos de representar até uma penitenciária. Esses meliantes perderam a vergonha em se expor, mesmo acusados e condenados pelos mais variados crimes, a maioria “justificados” por supostas ideologias partidárias onde os fins justificam os meios. Aliás, saquear, seqüestrar, matar, nunca foram problemas para essa quadrilha, tanto que muitos já foram premiados pelos seus crimes, sendo que até hoje nenhuma família de militar morto ou ferido durante a farra das guerrilhas teve os mesmos privilégios. Tem até um “guerrilheiro” que recebe 19 mil reais por mês de indenização por ter ocupado o perigoso posto de editor da revista Desfile.

O problema é que as vaquinhas de presépio cada vez mais dizem amém à ordem unida em troco de uma boquinha no Estado. O Estado inteiro, incluindo as estatais, estão tomados por boquistas, petistas e artistas (lato sensu) tentando enganar o povo, mas destacando que tudo que fazem é para o bem coletivo, inclusive roubar. Tudo em nome da doutrina hoje já quase esquecida em detrimento da cara-de-pau do crime impune às claras.
 
28 de dezembro de 2013

"CABELOGATE" E IMPUNIDADE

 
Fernando Rodrigues, colunista da Folha, disse hoje que o Brasil não ficou “mais nem menos torto” depois do episódio do “cabelogate” do Renan Calheiros simplesmente porque “a FAB publicou os dados na internet e qualquer pessoa pode investigar”. E concluiu dizendo que “a frequência atual com que políticos são apanhados em situação irregular tem ligação direta com a maior sofisticação das ferramentas de controle e com o fato de o Brasil ser hoje mais transparente.”

Lá isso é argumento? Quer dizer que se esses canalhas forem caras de pau o suficiente - como os são - para fazer tudo que lhes dá na telha - como o fazem -, simplesmente pelo fato de serem monitorados - mas não punidos -, não contribui para “entortar” cada vez mais o Brasil? Será que não está na cara que quanto mais crimes forem cometidos por essa corja do poder e não punidos devidamente, contribui para a degradação da moral do povo?

Gente como Renan deveria estar trancafiada a sete chaves para o resto da vida. Um criminoso contumaz como ele é o maior exemplo de que o crime aqui no Brasil compensa. Quantas e quantas vezes esse sujeito já foi pego sem que nenhuma punição lhe fosse aplicada? Só em viagens escandalosas em aviões da FAB neste ano foram duas. Quer dizer: o cara erra, é flagrado, paga a “passagem” como se os aviões da Força Aérea fossem táxis aéreos e tudo fica por isso mesmo.

Depois tem gente que reclama que eu adjetivo demais as pessoas, mas como é que eu posso me referir ao Renan a não ser chamando-o de canalha? Como é que eu posso me referir à Justiça sem chamá-la de vagabunda e venal? Como é que eu posso me referir ao povo de Alagoas a não ser chamando-os de burros? Como é que eu posso me referir aos brasileiros em geral a não ser chamando-os de completos idiotas?

UM "BELO" RETRATO DO BRASIL DO PT, DEZ ANOS DEPOIS...


“Cinquenta mil brasileiros são assassinados por ano, outros cinquenta mil morrem no trânsito e outros 515 mil estão presos; a droga compromete a vida, a capacidade de trabalho e o futuro de centenas de milhares de nossos jovens; metade da população não tem acesso a água e esgoto; e a economia se desindustrializa.
Quanto ao potencial científico e tecnológico estamos cada dia mais para trás em relação ao resto do mundo; as avenidas estão atravancadas; a educação apresenta um retrato vergonhoso e uma brutal desigualdade; os hospitais públicos estão caóticos; e a natureza está sendo degradada.
No país, temos 13 milhões de adultos que não diferenciam as letras e outros 40 milhões sem capacidade de leitura; a produção não dispõe de logística eficiente para sua distribuição; e cinquenta milhões de brasileiros vivem graças à (felizmente) ajuda do programa Bolsa Família.
Apesar disso, em vez de propostas dos presidenciáveis para 2015, estamos preocupados se os estádios da Copa ficarão prontos em 2014.”
 
Cristovam Buarque: Feliz 2015
 
28 de dezembro de 2013

AMIGO, VOCÊ VAI FICAR QUIETINHO?

Governo aplica mais uma rasteira no brasileiro e eleva IOF de cartões pré-pagos internacionais
 
 
Jogo baixo – Sem saber como solucionar a crise econômica e há anos perdendo a guerra contra a inflação, o governo paralisado da petista Dilma Rousseff impõe mais um golpe aos brasileiros, que por conta dos elevados e absurdos preços dos produtos no mercado interno passaram a fazer compras no exterior.
A vantagem é tamanha, que até material de construção está sendo importado.
Na tarde desta sexta-feira (27), o Ministério da Fazenda anunciou a elevação da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) incidente nos pagamentos em moeda estrangeira feitas com cartão de débito, saques em moeda estrangeira no exterior, compras de cheques de viagem (traveller checks) e carregamento de cartões pré-pagos com moeda estrangeira.
A nova alíquota, que passará a valer no sábado (28), salta de 0,38% para 6,38%, mesma aplicada nas transações com cartões de crédito internacionais.
De acordo com a assessoria do ministério, o objetivo é evitar “que um meio de pagamento seja preterido por outros em decorrência de sua estrutura de tributação”.
As compras de moeda estrangeira em espécie feitas no mercado de câmbio brasileiro não sofrerão alteração na sua tributação, seguindo com a alíquota de 0,38%. A medida proporcionará ao governo federal, cada vez mais ávido pelo dinheiro do trabalhador, receita extra de aproximadamente R$ 552 milhões por ano.
Confira abaixo a íntegra do comunicado divulgado pelo Ministério da Fazenda
“Será publicado em edição extraordinária do Diário Oficial da União decreto que altera a cobrança do Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários (IOF) em operações de cartões de débito no exterior, compras de cheques de viagem (traveller checks) e saques de moeda estrangeira no exterior.
Para conferir isonomia de tratamento às operações com moeda estrangeira realizadas por meio de cartões de crédito internacionais, os pagamentos em moeda estrangeira feitos por meio de cartão de débito, os saques em moeda estrangeira realizados no exterior, as compras de cheques de viagem e o carregamento de cartões pré-pagos com moeda estrangeira, terão, a partir de amanhã (28/12), alíquota de IOF elevada de 0,38% para 6,38%, a mesma incidente sobre os cartões de crédito internacionais.
Com a medida, evita-se que um meio de pagamento seja preterido por outros em decorrência de sua estrutura de tributação.
As compras de moeda estrangeira em espécie feitas no mercado de câmbio brasileiro não têm alteração na sua tributação, ou seja, seguem com alíquota de 0,38%.
A medida tem arrecadação estimada em R$ 552 milhões por ano.”
28 de dezembro de 2013
ucho.info

NÃO PODEMOS ESQUECER ESTE VÍDEO


 Não podemos esquecer: Este vídeo mostra que a presidente Dilma não que de forma alguma passar informações sobre a amante do ex- presidente LULA a fulana ROSEMARY NORONHA que é alvo de corrupção e viajou mais de 28 vezes levando maleta com mais de 25 milhões para ser depositado no exterior..... COMPROVE !!!

MARXISMO CULTURAL

      
A verdade vos libertará.
João 8:32


Os americanos subscrevem atualmente a duas más-concepções; a primeira é a ideia de que o comunismo deixou de ser uma ameaça quando a União Soviética implodiu; a segunda é a crença de que a Nova Esquerda dos anos sessenta entrou em colapso e desapareceu também. "Os Anos Sessenta Estão Mortos," escreveu George Will ("Slamming the Doors," Newsweek, Mar. 25, 1991).


Uma vez que, como um movimento político a Nova Esquerda não tinha coesão, ela desmoronou-se, no entanto os seus revolucionários reorganizaram-se e formaram uma multitude de grupos dedicados a um só tópico. É devido a isso que hoje temos as feministas radicais, os extremistas dos movimentos negros, os ativistas “pela paz”, os grupos dedicados aos "direitos" dos animais, os ambientalistas radicais, e os ativistas homossexuais.

Todos estes grupos perseguem a sua parte da agenda radical através duma complexa rede de organizações tais como a "Gay Straight Lesbian Educators Network" (GSLEN), a "American Civil Liberties Union" (ACLU), "People for the American Way", "United for Peace and Justice", "Planned Parenthood", "Sexuality Information and Education Council of the United States" (SIECUS), e a "Code Pink for Peace".
Tanto o comunismo como a Nova Esquerda encontram-se vivos e de boa saúde aqui na América, preferindo usar palavras de código tais como: tolerância, justiça social, justiça econômica, paz, direitos reprodutivos, educação sexual e sexo seguro, escolas seguras, inclusão, diversidade e sensibilidade. Tudo junto, isto é marxismo cultural mascarado de multiculturalismo.

O nascimento do multiculturalismo

Antecipando a tempestade revolucionária que iria batizar o mundo num inferno de terror vermelho, levando ao nascimento da terra prometida de justiça social e igualdade proletária, Frederich Engels escreveu
Todas as (...) grandes e pequenas nacionalidades estão destinadas a desaparecer (...) na tempestade revolucionária mundial (...). (Uma guerra global) limpará todas (...) as nações, até os seus nomes. A próxima guerra mundial resultará no desaparecimento da face da Terra não só das classes reacionárias (...) mas (...) também dos povos reaccionários.("The Magyar Struggle," Neue Rheinische Zeitung, Jan. 13, 1849)
 
Quando a Primeira Grande Guerra terminou, os socialistas perceberam que algo não havia corrido bem uma vez que os proletários do mundo não haviam prestado atenção ao apelo de Marx de se insurgirem em oposição ao capitalismo como forma de abraçarem, no seu lugar, o comunismo. Devido a isto, estes mesmos socialistas começaram a investigar o que havia corrido mal.
 
Separadamente, dois teóricos marxistas, Antonio Gramsci (Itália) e Georg Lukacs (Hungria), concluíram que o Ocidente cristianizado era o obstáculo que impedia a chegada da nova ordem mundial comunista. 
Devido a isto, eles concluíram que, antes da revolução ter sucesso, o Ocidente teria que ser conquistado. Gramsci alegou que, uma vez que o Cristianismo já dominava o Ocidente há mais de 2 mil anos, não só esta ideologia estava fundida com a civilização ocidental, como ela havia corrompido a classe operária.
Devido a isso, afirmou Gramsci, o Ocidente teria que ser previamente descristianizado através duma "longa marcha através da cultura". 
 
Adicionalmente, uma nova classe proletária teria que ser criada. No seu livro "Cadernos do Cárcere," Gramsci sugeriu que o novo proletariado fosse composto por criminosos, mulheres, e minorias raciais. Segundo Gramsci, a nova frente de batalha deveria ser a cultura, começando pela família tradicional e absorvendo por completo as igrejas, as escolas, a grande mídia, o entretenimento, as organizações civis, a literatura, a ciência e a história. Todas estas instituições teriam de ser transformadas radicalmente e a ordem social e cultural teria que ser gradualmente subvertida de modo a colocar o novo proletariado no topo.
 
O protótipo

Em 1919, Georg Lukacs tornou-se vice-comissário para a Cultura do regime bolchevique de curta duração de Bela Kun, na Hungria. Imediatamente ele colocou em marcha planos para descristianizar a Hungria, raciocinando que, se a ética sexual cristã pudesse ser fragilizada junto à crianças, então o odiado patriarcado bem como a Igreja sofreriam um duro golpe.
 
Lukacs instalou um programa de educação sexual radical e palestras sexuais foram organizadas; foi distribuída literatura contendo imagens que instruíam graficamente os jovens a enveredar pelo "amor livre" (promiscuidade) e pela intimidade sexual (ao mesmo tempo que a mesma literatura os encorajava a ridicularizar e a rejeitar a ética moral cristã, a monogamia e a autoridade da igreja). Tudo isso foi acompanhado por um reinado de terror cultural perpetrado contra os pais, sacerdotes e dissidentes.
 
Os jovens da Hungria, havendo sido alimentados com uma dieta constante de neutralidade de valores (ateísmo) e uma educação sexual radical, ao mesmo tempo que eram encorajados a revoltarem-se contra toda a autoridade, facilmente se transformaram em delinquentes que variavam de intimidadores e ladrões menores, para predadores sexuais, assassinos e sociopatas. A prescrição de Gramsci e os planos de Lukacs foram os precursores do que o marxismo cultural, mascarado de SIECUS, GSLEN, e a ACLU - agindo como executores da lei judicialmente aprovados - mais tarde trouxe às escolas americanas.
 
Construindo uma base

No ano de 1923 foi fundada na Alemanha de Weimar a Escola de Frankfurt - um grupo de reflexão marxista. Entre os fundadores encontravam-se Georg Lukacs, Herbert Marcuse, e Theodor Adorno. A escola era um esforço multidisciplinar que incluía sociólogos, sexólogos e psicólogos. O objetivo primário da Escola de Frankfurt era o de traduzir o marxismo econômico para termos culturais.
 
A escola disponibilizaria as ideias sobre as quais se fundamentaria uma nova teoria política de revolução (com base na cultura), aproveitando um novo grupo "oprimido" para o lugar do proletariado infiel. Esmagando a religião e a moralidade, a escola construiria também um eleitorado junto aos acadêmicos que construiriam carreiras profissionais estudando e escrevendo sobre a nova opressão.
 
Mais para o final, Herbert Marcuse - que favorecia a perversão polimorfa - expandiu o número do novo proletariado de Gramsci de modo a que se incluíssem os homossexuais, as lésbicas e os transsexuais. A isto juntou-se a educação sexual radical de Lukacs e as tácticas de terrorismo cultural. A "longa marcha" de Gramsci foi também adicionada à mistura, sendo ela casada à psicanálise freudiana e às técnicas de condicionamento psicológico. O produto final foi o marxismo cultural, hoje em dia conhecido no Ocidente como multiculturalismo.
 
Apesar disto tudo, era necessário mais poder de fogo intelectual, uma teoria que patologizasse o que teria que ser destruído. Nos anos 50 a Escola de Frankfurt expandiu o marxismo cultural de modo a incluir a ideia da "Personalidade Autoritária" de Theodor Adorno. O conceito tem como premissa a noção de que o Cristianismo, o capitalismo e a família tradicional geram um tipo de caráter inclinado ao racismo e ao fascismo. 
 
Logo, qualquer pessoa que defenda os valores morais tradicionais da América, bem como as suas instituições, é ao mesmo tempo um racista e um fascista.
 
O conceito da “Personalidade Autoritária” defende também que as crianças criadas segundo os valores tradicionais dos pais irão tornar invariavelmente racistas e fascistas. Como consequência, se o fascismo e o racismo fazem parte da cultura tradicional da América, então qualquer pessoa educada segundo os conceitos de Deus, família, patriotismo, direito ao porte de armas ou mercados livres precisa de ajuda psicológica.
A influência perniciosa da ideia da "Personalidade Autoritária" de Adorno pode ser claramente vista no tipo de pesquisas que recebem financiamento através dos impostos dos contribuintes.
 
Em agosto de 2003, a "National Institute of Mental Health" (NIMH) e a "National Science Foundation" (NSF) anunciaram os resultados do seu estudo financiado com 1.2 milhões de dólares, dinheiro dos contribuintes. Essencialmente, esse estudo declarou que os tradicionalistas são mentalmente perturbados. Estudiosos das Universidades de Maryland, Califórnia (Berkeley), e Stanford haviam determinado que os conservadores sociais... sofrem de "rigidez mental", "dogmatismo", e  "aversão à incerteza", tudo com indicadores associados à doença mental. (http://www.edwatch.org/ - ‘Social and Emotional Learning" Jan. 26, 2005)  
O elenco orwelliano de patologias demonstra o quão longe a longa marcha de Gramsci já nos levou. 
 
Uma ideia correspondente e diabolicamente construída é o conceito do “politicamente correto”. A sugestão forte aqui é que, de modo a que uma pessoa não seja considerada "racista" e/ou "fascista", não só essa pessoa deve suspender o julgamento moral, como deve abraçar os "novos" absolutos morais: diversidade, escolha, sensibilidade, orientação sexual, e a tolerância. O “politicamente correto” é um maquiavélico engenho de "comando e controle" e o seu propósito é a imposição de uma uniformidade de pensamento, discurso e comportamento.
 
A Teoria Crítica é outro engenho psicológico de "comando e controle". Tal como declarado por Daniel J. Flynn, “a Teoria Crítica, tal como o nome indica, só critica. O que a desconstrução faz à literatura, a Teoria Crítica faz às sociedades.” (Intellectual Morons, p. 15-16)
 
A Teoria Crítica é um permanente e brutal ataque, através da crítica viciosa, aos cristãos, ao Natal, aos Escoteiros, aos Dez Mandamentos, às nossas forças militares, e à  todos os outros aspectos da sociedade e cultura americana.
 
Tanto o “politicamente correto” como a Teoria Crítica são, na sua essência, intimidações psicológicas. Ambas são maços de calceteiros psico-políticos através dos quais os discípulos da Escola de Frankfurt - tais como a ACLU - estão a forçar os americanos a se submeterem e a obedecerem os desejos e os planos da esquerda. Estes engenhos desonestos não são mais do que versões psicológicas das táticas de "terrorismo cultural" de Georg Lukacs e Laventi Beria. Nas palavras de Beria:
 
A obediência é o resultado do uso da força (...). A força é a antítese das ações humanizantes. Na mente humana isto é tão sinônimo com a selvageria, ilegalidade, brutalidade e barbarismo, que é apenas necessário exibir uma atitude desumana em relação às pessoas para receber dessas pessoas as posses de força.(The Russian Manual on Psychopolitics: Obedience, por Laventi Beria, chefe da Polícia Secreta Soviética e braço direito de Stalin.)
 
Pessoas com pensamento contraditório, pessoas que se encontram "sentadas em cima do muro", também conhecidos como "moderados", centristas e RINOs (ed: RINO = Republicans In Name Only, isto é, falsos republicanos), carregam consigo a marca destas técnicas psicológicas de "obediência". De uma forma ou outra, estas pessoas - que em casos literais se encontram com medo de serem vítimas dos agentes de imposição de obediência - decidiram ficar em cima do muro sob pena de serem considerados culpados de terem uma opinião. 
Ao mínimo sinal de desagrado dos agentes de imposição de obediência (isto é, polícias do pensamento), estas pessoas içam logo a bandeira amarela de rendição onde está escrito de forma bem visível:
"Eu não acredito em nada e eu tolero tudo!"
 
Determinismo cultural

A cavilha da roda [inglês: "linchpin"] do marxismo cultural é o determinismo cultural, parente da política de identidade e da solidariedade de grupo. Por sua vez, o determinismo cultural foi gerado pela ideia darwiniana de que o homem mais não é que um animal sem alma e que, portanto, a sua identidade - a sua pele, as suas preferências sexuais e/ou as suas preferências eróticas - é determinada pelo exemplo. 
 
Esta proposição rejeita o conceito do espírito humano, da individualidade, do livre arbítrio e de uma consciência moralmente informada (associada à culpabilidade pessoal e à responsabilidade) uma vez que ela nega a existência do Deus da Bíblia.
 
consequentemente, e por extensão, ela rejeita também os primeiros princípios da liberdade americana enumeradas na Declaração de Independência. Estes são os nossos "direitos inalienáveis, entre os quais encontram-se a vida, a liberdade e a busca pela felicidade." O marxismo cultural deve rejeitar todos estes princípios porque eles "foram doados pelo nosso Criador" que fez o homem à Sua Imagem.
Para David Horowitz, o determinismo cultural é
... política de identidade - a política do feminismo radical, da revolução queer e do afro-centrismo - que formam a base do multiculturalismo acadêmico (...) uma forma de fascismo acadêmico e (...) de fascismo político também. (Mussolini and Neo-Fascist Tribalism: Up from Multiculturalism, by David Horowitz, Jan. 1998) 
 
É dito que a coragem é a primeira das virtudes porque sem ela, o medo paralisará o homem, impedindo-o assim de agir segundo as suas convicções morais e de falar a verdade.  Assim, trazer um estado geral de medo paralisante, apatia e submissão - as correntes da tirania - é o propósito por trás do terrorismo cultural psico-político, uma vez que a agenda revolucionária da esquerda comunista deve, a qualquer preço, estar envolta em secretismo.

O antídoto para o terrorismo cultural é a coragem e a luz da verdade.

Se nós queremos vencer esta guerra cultural, reclamando e reconstruindo nosso país de modo que os nossos filhos e os filhos dos nossos filhos possam viver numa "Cidade Resplandescente situada na Colina", onde a liberdade, as famílias, as oportunidades, o mercado livre e a decência florescem, temos que reunir a coragem de modo a que possamos, sem medo, expor a agenda revolucionária da esquerda comunista à Luz da Verdade. A verdade e a coragem de declará-la nos libertará.
 
28 de dezembro de 2013
Linda Kimball é autora de diversos artigos e ensaios sobre cultura e política.

Publicado no American Thinker - http://www.americanthinker.com

Tradução: Blog O Marxismo Cultural