"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 18 de setembro de 2016

ENTENDA O QUE ACONTECERÁ A LULA SE O JUIZ SÉRGIO MORO ACEITAR A DENÚNCIA


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Charge do Alpino, reprodução do Yahoo



















Após a denúncia contra o ex-presidente Lula, sua mulher Marisa Letícia e outros seis acusados de corrupção e lavagem de dinheiro ser apresentada à Justiça Federal no Paraná nesta quarta-feira, 14, cabe agora ao juiz Sérgio Moro decidir se o ex-presidente se tornará réu e passará a responder criminalmente pelas suspeitas apontadas pela força-tarefa da Lava Jato em Curitiba.
A rigor, Moro não tem um prazo determinado para decidir se aceita ou não a acusação de 149 páginas que coloca o petista no centro do escândalo de corrupção na Petrobrás, revelado pelos mais de dois anos de investigações da Polícia Federal, Ministério Público Federal e Receita na maior operação de combate à corrupção no País.
Cada caso tem uma peculiaridade, uma circunstância diferente que, na prática, pode permitir o alargamento de prazos, principalmente se o caso não tem réu preso. Contra o eventual estouro desses prazos – se há prisões por longo tempo – as defesas podem ingressar com habeas corpus e outras medidas perante os tribunais. Não é o caso de Lula, cuja prisão nem foi requerida pela Procuradoria da República.
OUTROS EXEMPLOS – Na Lava Jato há exemplos de outras denúncias, como a que atinge os executivos da Queiroz Galvão acusados de pagar propina de R$ 10 milhões ao ex-presidente do PSDB Sérgio Guerra, que ainda não tiveram uma decisão judicial, aceitando ou negando a acusação – os executivos foram denunciados dia 6 de setembro.
Nesta etapa do processo, cabe ao juiz decidir se recebe ou não a denúncia. Recebendo a denúncia, Lula torna-se réu de Moro. O petista e os outros denunciados poderão, então, apresentar seus argumentos em defesa prévia, Terá início, então, a fase de instrução, com os depoimentos de testemunhas e produção de provas periciais até a audiência dos interrogatórios dos réus.
Há ainda a possibilidade de Moro aceitar a denúncia, mas não todas as acusações apresentadas pela força-tarefa, podendo, por exemplo, tornar Lula réu, mas negar a denúncia contra Marisa.
DIREITOS POLÍTICOS – Mesmo que o juiz abra a ação penal, o petista continua com todos os seus direitos políticos assegurados – só cairá, eventualmente, na Lei da Ficha Limpa se for condenado em segundo grau judicial.
Na instrução do processo, Lula poderá se defender amplamente ou mesmo questionar em instâncias superiores o andamento da ação.
A defesa de Lula pode até mesmo questionar em outras instâncias a atuação do juiz Sérgio Moro, o que já foi feito, sem sucesso, pela defesa do petista que atribui ao juiz da Lava Jato uma atuação parcial.
NÃO SERÁ PRESO – Ao apresentar a denúncia na quarta, a força-tarefa em Curitiba não pediu a prisão preventiva do ex-presidente, um instrumento utilizado várias vezes ao longo da operação para deter investigados que oferecem risco às investigações caso continuem soltos.
A prisão preventiva é um instrumento processual que pode ser utilizado pelo juiz na fase do inquérito policial ou já na ação criminal, desde que preenchidos requisitos previstos no artigo 312 do Código de Processo Penal – garantia da ordem pública e da ordem econômica (impedir que o acusado continue na prática de ilícitos); conveniência da instrução criminal (evitar que o réu emperre o andamento do processo, ameaçando testemunhas ou destruindo provas; e assegurar a aplicação da lei penal (impossibilitar a fuga do alvo, garantindo que a eventual pena a ele imposta em sentença seja cumprida).
AS ACUSAÇÕES – Os procuradores acusam Lula por corrupção e lavagem de dinheiro. Afirmam que o ex-presidente era o ‘comandante máximo’ de um amplo esquema de corrupção que ultrapassou o âmbito da Petrobrás e se espalhou por outros órgãos públicos.
Segundo a acusação, Lula foi contemplado com propinas de R$ 3,7 milhões – valores supostamente investidos pela empreiteira OAS nas obras de reforma e na instalação de mobiliário no triplex do Condomínio Solaris, no Guarujá, cuja propriedade é atribuída a Lula, o que é negado por sua defesa. O dinheiro da OAS também teria bancado despesas com armazenamento de bens pessoais do ex-presidente.

18 de setembro de 2016
Mateus Coutinho, Julia Affonso e Ricardo Brandt
Estadão

LULA ENFRENTA A ESPADA DA JUSTIÇA E FHC SE MANIFESTA SINCERAMENTE PENALIZADO


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Se FHC fosse denunciado, certamente Lula iria esculachá-lo








“O que ele (Lula) diz não vou contestar. Não cabe a mim ficar fazendo comentário sobre o que ele disse ou deixou de dizer. É o momento de ele estar desabafando. Sempre é de se lamentar que uma pessoa com a trajetória do presidente Lula tenha chegado a esse momento de tanta dificuldade” – não serve para coisa alguma essa declaração de FHC, mas preserva os vínculos que, em 1993, de modo unívoco o uniram a Lula. O inverso, porém, jamais ganhou nitidez. O encontro dos dois líderes políticos brasileiros ficou conhecido como Pacto de Princeton e pretendeu traçar o intercâmbio de dois projetos internacionais de esquerda – o Diálogo Interamericano e o Foro de São Paulo.
Acontece que a história, no ano seguinte, acabou colocando FHC no caminho de Lula. E quando, em qualquer confronto político com petistas, se configura essa situação, começa uma guerra sempre assimétrica. No caso das relações entre FHC e Lula, salvo a exceção que apontarei adiante, tal guerra foi claramente unilateral. Lula atacava e FHC sequer se defendia. Lula rosnava e FHC sorria. Petistas fizeram dos tucanos seus adversários preferidos e o inverso nunca foi muito verdadeiro.
Se examinarmos bem o ocorrido durante os mandatos de ambos, veremos que FHC, com Lula na oposição, prestava enorme atenção ao que o PT dizia. Quando a situação se inverteu, viu-se que Lula, diferentemente, se lixava para o próprio partido e para FHC. No caráter unívoco da relação entre ambos percebo esta solitária exceção: em seu primeiro mandato, Lula preservou e até ampliou por algum tempo as principais diretrizes econômicas e sociais do programa tucano.
HÁ DIFERENÇAS – FHC sempre via Lula e o petismo como subprodutos de seu próprio projeto para o Brasil e para o continente. Há diferenças, por certo, entre ambos. E a maior delas é de natureza psicológica. Lula gostaria de ter sido FHC e este gostaria de ter sido Lula. Aquele nutre indisfarçável sentimento de inferioridade em relação ao tucano. Este se constrange com a própria superioridade intelectual e gostaria de ter sido um líder popular. FHC trocaria tudo pela capacidade agitar as massas num comício de operários do ABC.
Não se surpreenda então, leitor. As relações entre FHC e Lula produziriam excelente conteúdo para um drama recheado de conflitos shakespearianos. Ou para análise de caso num doutorado em psicologia. Por essas diferenças essenciais entre as duas personalidades os tucanos perderam quatro eleições consecutivas para o PT. E FHC jamais se empenhou por seu partido nem deixou de lado, a cada derrota, o sorriso e a bonomia. Agora, Dilma caiu e ele quase emprestou solidariedade. Lula enfrenta a espada da justiça e FHC se manifesta sinceramente penalizado. Se Lula sair da cena política, FHC se sentirá viúvo pela segunda vez.
18 de setembro de 2016
Percival Puggina

AMEAÇA DE PRISÃO DE LULA ANTECIPA O PROCESSO SUCESSÓRIO


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Charge do Iotti, reprodução da Zero Hora




















Agita-se o PT. A ordem, além de disputar as eleições municipais de outubro, é fixar desde já a candidatura do Lula para 2018. Expô-lo o mais possível, agora e depois de encerradas as campanhas para prefeito e vereador. Os companheiros pretendem criar uma parede de proteção ao ex-presidente, de modo a evitar que venha a ser processado por Sérgio Moro ou qualquer outro juiz, muito menos nas instâncias seguintes, fator que o afastaria da corrida. Essa estratégia não demora a contagiar os demais partidos, antecipando-se o debate sucessório.
O mais prejudicado será o PSDB, que esperava atravessar o ano que vem sem ser obrigado a escolher entre Aécio Neves, Geraldo Alckmin e José Serra. Apesar de o ex-governador de Minas julgar-se no direito de ser escolhido por haver disputado as eleições passadas, será sempre bom lembrar que os outros dois também concorreram ao palácio do Planalto, ambos também derrotados.
O PMDB, além de o maior partido, ocupa a presidência da República. Reivindicaria a pole-position não fosse uma inusitada razão: carece de nomes para lançar. Michel Temer poderia reivindicar a reeleição, mas não anda bem de popularidade, muito pelo contrário. O atual presidente já jurou três vezes que não disputará, mas na falta de alguém, quem sabe?  Falou-se dias atrás em Henrique Meirelles, mas além de não deter popularidade, precisaria de uma cartola de mágico para recuperar a economia, acabar com o desemprego e tornar-se conhecido.
OUTROS NOMES – O PDT abriu as portas para Ciro Gomes, ainda que o polêmico candidato também tenha perdido uma eleição presidencial. Estar melhor preparado para o  exercício do cargo não é suficiente chega para ajudá-lo.
Marina Silva será fatalmente candidata pela Rede,  dispõe de apoio junto à massas,  mas apresenta contradições difíceis de superar. Não é mais a mesma, como demonstraram as eleições passadas.
A antecipação do processo eleitoral favorece Ronaldo Caiado, pelo DEM, partido que também abriga outro embrião de candidato, no caso Rodrigo Maia, presidente da Câmara. Alvaro Dias abandonou o ninho dos tucanos à procura de uma legenda capaz de hospedá-lo, ainda que pequena. Outras hipóteses e aventuras se agitam, como Jair Bolsonaro, Joaquim Barbosa e mais aquela legião de desconhecidos atrás de quinze minutos de glória televisiva.
Em suma, haverá que aguardar.

18 de setembro de 2016
Carlos Chagas

JANOT AFIRMA QUE LULA É O CHEFE DA QUADRILHA E QUER EMBARAÇAR A LAVA JATO


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Teori recua, mas Janot confirma: querem “embaraçar”




















Depois de o ministro Teori Zavascki, relator dos processos da Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), foi a vez do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, dizer que a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenta embaraçar as investigações. Em parecer assinado na última sexta-feira, Janot reproduziu as palavras de Teori, mesmo depois de o ministro ter recuado e mandado tirar essa expressão de sua decisão.
TEORI RECUOU… – Na semana passada, ao negar um pedido de Lula para suspender processos que tramitam na 13ª Vara Federal de Curitiba, comandada pelo juiz Sérgio Moro, Teori disse que isso se tratava de “mais uma das diversas tentativas da defesa de embaraçar as apurações”. Na última quarta-feira, Teori manteve a decisão, mas afirmou que usou uma expressão inadequada e determinou que ela fosse suprimida.
Janot, em documento assinado dois dias depois do recuo do ministro, apoiou-se nessas palavras para atacar recurso da defesa contra a decisão de Teori. “Efetivamente, tem absoluta razão o relator: essa reclamação constitui mais uma das diversas tentativas da defesa de embaraçar as apurações”, escreveu o procurador-geral. Ele ainda disse que Lula “no fundo quer gerar verdadeiro tumulto processual, conforme já consignado noutros feitos”.
VANTAGEM INDEVIDA  – Na ação, a defesa alegou que já corre no STF um processo semelhante aos que estão em Curitiba. Trata-se do inquérito 3.989, o maior da Lava-Jato no tribunal. 
Assim Moro estaria usurpando competências do STF. Teori discordou. Embora reconheça que há semelhanças, ele destacou que em Curitiba é investigado o possível recebimento de vantagem indevida. No STF, está pendente um pedido de investigação feito por Janot contra Lula por formação de quadrilha.
“Está muito claro (e assim já houve com inúmeros outros envolvidos) que a investigação no Inquérito 3.989 é, exclusivamente, quanto aos fatos que caracterizam o (autônomo) crime de organização criminosa (Lei 12.850/2013), e não os eventuais crimes cometidos no âmbito dessa organização. Parece que o agravante não compreende essa questão técnica. Ou, se compreende, fica nítido seu intuito de gerar tumulto”, disse Janot.
CHEFE DA QUADRILHA – “Com efeito, o requerente foi incluído na investigação do Inquérito 3.989 exatamente porque surgiram elementos bastante seguros de que os fatos não teriam acontecido senão com a sua firme e direta participação na organização criminosa. É dizer: há indicação de que o ora agravante integrou a organização criminosa investigada”, acrescentou o procurador-geral da República.
Os advogados de Lula divulgaram nota para contestar o parecer de Janot. Os defensores Cristiano Zanin Martins e Roberto Teixeira dizem que “não há qualquer espaço para reabrir a discussão” sobre o caso porque o “ministro Teori Zavascki retratou-se da afirmação anterior de que a defesa de Lula tentava embaraçar as apurações”.
A defesa do ex-presidente alega também que das quatro reclamações apresentadas no STF contra atos de Moro, apenas em um a houve decisão desfavorável. “Esse cenário mostra está sendo realizado com a observância de todos os preceitos legais e ético”, afirma a nota. Os advogados dizem também que o “procurador-geral da República deveria ficar mais atento à conduta de seus pares” porque membros do MPF estão transformando “atos processuais em verdadeiros espetáculos midiáticos”.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Em tradução simultânea, a Procuradoria-Geral da República está afirmando, em outras palavras, que Lula era o chefe da quadrilha. Dizer que “há indicação de que o ora agravante integrou a organização criminosa investigada” significa exatamente isso. Se Lula “integrou” a quadrilha, só ele podia ser o chefe. Ou então teria passado o bastão à companheira Dilma Rousseff. Afinal, não existe quadrilha (organização criminosa) sem chefe. Simples assim. Quanto ao recuo de Teori Zavascki, deve ser por excesso de trabalho. O ministro Luís Roberto Barroso e o próprio Janot já disseram que o Supremo não tem condições de investigar/processar a Lava Jato e todos os demais ministros, incluindo Teori, não falaram nada. Nem tomaram a menor iniciativa para acabar com o foro privilegiado. (C.N.)



18 de setembro de 2016
André de Souza
O Globo

"CONCEPÇÃO FILOSÓFICA DO FORO PRIVILEGIADO É ANTIDEMOCRÁTICA" - DIZ PROCURADOR

BENESSE É DISPENSADA A QUASE 22 MIL PESSOAS NO PAÍS, COMO PARLAMENTARES

O PROCURADOR DA LAVA JATO TAMBÉM SE MOSTROU PREOCUPADO COM A POSSIBILIDADE DE O STF RETROCEDER NA LIBERAÇÃO DA PRISÃO APÓS JULGAMENTO NA 2ª INSTÂNCIA (FOTO: MPSP)


Como um dos procuradores da República a atuar nos processos da Lava Jato perante o Supremo Tribunal Federal, Ronaldo Pinheiro de Queiroz conhece as dificuldades em se combater os crimes de colarinho branco no Brasil, em especial, quando os envolvidos são cidadãos detentores do foro por prerrogativa de função, o foro privilegiado. 
Crítico dessa benesse dispensada a quase 22 mil pessoas no país – entre elas, deputados, senadores, juízes e promotores -, o ex-secretário-executivo da Câmara de Combate à Corrupção do Ministério Público Federal aponta caminhos para solucionar o problema.

“A primeira medida seria reduzir drasticamente as autoridades com prerrogativa de foro. Dessas 22 mil autoridades que, em tese tem prorrogativa de foro, deveria se limitar as autoridades: presidente da Câmara, presidente do Senado, presidente da República, ministro do Supremo e procurador-geral da República”
, explica o procurador. 

Segundo ele, outro caminho possível é o apontado pelos seus colegas de MPF, Danilo Pinheiro Dias e Mauro Medeiros, que propõem que a instrução do processo envolvendo pessoa com foro privilegiado seja feita no primeiro grau, com possibilidade de recurso direto no Supremo Tribunal Federal ou Superior Tribunal de Justiça.

Mesmo ciente das dificuldades no combate à corrupção, entre elas o avanço da reação no poder Legislativo à operação Lava Jato e às 10 Medidas de Contra à Corrupção, Pinheiro de Queiroz se diz otimista pelo fato de no caso brasileiro, ao contrário do que aconteceu na Itália após a Operação Mãos Limpas, a população estar vigilante. 

 “Eu vejo um cenário preocupante, mas eu vejo também uma sociedade mais vigilante. O que aconteceu no Brasil – e aí a diferença nos dois cenários, e não aconteceu na Itália – foi a apresentação de um grande pacote anticorrupção, para além de querer melhorar o sistema, tem provocado um grande debate nacional em torno do nosso sistema de combate à corrupção”, explica o procurador.

Em entrevista ao Café com Justiça do Estadão, o procurador ainda falou sobre os desafios a serem enfrentados, entre eles a possibilidade do STF retroceder na liberação da prisão após julgamento na 2ª instância, da importância de se aprovar as 10 Medidas Contra à Corrupção e da capacidade do Ministério Público Federal em conduzir grandes investigações de combate ao crime organizado.
(AE)



18 de setembro de 2016
diário do poder

DELCÍDIO DIZ QUE LULA PAGOU APOIO COM PROPINA. GOLPE É ISSO, NÃO IMPEACHMENT CONSTITUCIONAL



O processo que tirou Dilma Rousseff foi devidamente constitucional, mas fazer aliança com propina definitivamente é um golpe na democracia.

A acusação gravíssima de Delcídio do Amaral contra Lula, conforme já explicamos aqui, é suficientemente grave para colocar o líder máximo do petismo numa situação ainda mais complicada.

Mas é preciso também analisar um outro aspecto: o que, afinal, seria golpe?

Segundo os petistas, o impeachment de Dilma Rousseff é um “golpe”. Observou todos os requisitos constitucionais e legais, foi supervisionado pelo STF, houve todas as chances possíveis de defesa etc. Tudo na mais perfeita ordem democrática.

Claro que não foi “golpe” coisa nenhuma. Mas e a acusação feita por Delcídio? Como chamar a COMPRA de parlamentares (e partidos inteiros) por meio do desvio de propina? Isso sim é um GOLPE na democracia. Isso sim subverte a ordem constitucional.

Mas isso, vejam só, eles não chamam de golpe. Mas ninguém fica espantado a essa altura, né?


18 de setembro de 2016
implicante

EM PARECER AO STF, JANOT TAMBÉM AFIRMA QUE LULA TENTA TUMULTUAR INVESTIGAÇÕES

PARA JANOT, EX-PRESIDENTE QUER ATRAPALHAR AS INVESTIGAÇÕES

PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA CONTESTA ARGUMENTOS DA DEFESA DE LULA PARA TIRAR INQUÉRITOS DO JUIZ SÉRGIO MORO (FOTO: WILSON DIAS/ABR)



O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenta tumultuar as investigações sobre sua denunciada participação no esquema criminoso da Petrobrás. A crítica consta de parecer enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), na última sexta-feira, no qual contesta argumentos da defesa do petista para suspender inquéritos que tramitam na 13ª Vara de Curitiba, sob responsabilidade do juiz Sérgio Moro, e na 10ª Vara Federal de Brasília.

No documento, o procurador-geral endossa palavras do ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo, de que os advogados de Lula têm apresentado “diversas tentativas” no sentido de “embaraçar as apurações” da operação. A afirmação de Teori foi feita no dia 6 deste mês, ao negar pedido para parar processos na 13.ª Vara. Na quarta-feira, no entanto, o ministro manteve a decisão, mas reconheceu ter usado uma expressão inadequada e determinou que “embaraçar as apurações” fosse retirado do texto original.

A defesa de Lula alega que dois inquéritos que correm perante a Vara de Curitiba e um terceiro, que tramita no Distrito Federal, devem ser “sobrestados”. Argumenta que os mesmos fatos em apuração são objeto do inquérito 3989, que verifica a participação do ex-presidente e de outros políticos numa “organização criminosa” supostamente formada para desviar dinheiro da estatal petrolífera. Na reclamação ao Supremo, o advogado Cristiano Zanin alega que Moro, portanto, “usurpa” competência da Corte superior, única jurisdição que deveria tratar dos casos.

O parecer de Janot servirá para embasar decisão do plenário do Supremo a respeito. No documento, ele explica que Lula foi incluído no inquérito do STF porque surgiram elementos “bastante seguros” de que os fatos investigados não teriam acontecido “senão com a sua firme e direta participação na organização criminosa”. Porém, acrescenta, os crimes autônomos atribuídos a ele (corrupção, lavagem de dinheiro e obstrução da Justiça) devem ser apurados separadamente, “no foro natural, sem qualquer necessidade ou relação de dependência essencial com a apuração da organização criminosa”.

“A investigação no Inquérito 3.989 é, exclusivamente, quanto aos fatos que caracterizam o crime de organização criminosa, e não os eventuais crimes cometidos no âmbito dessa organização. Parece que o agravante não compreende essa questão técnica. Ou, se compreende, fica nítido seu intuito de gerar tumulto”, escreveu Janot.

O procurador afirma que, numa outra reclamação, a defesa de Lula já havia apresentado os mesmos argumentos e que a tese de “usurpação de competência” fora rejeitada pelo Supremo. "Efetivamente, tem absoluta razão o relator: essa ‘reclamação constitui mais uma das diversas tentativas da defesa de embaraçar as apurações”, disse Janot no parecer, evocando as palavras de Teori.

Não há previsão de que o pedido de Lula seja apreciado pelo plenário da Corte. Na quarta-feira, a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba ofereceu denúncia contra o ex-presidente por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele é acusado de receber vantagens indevidas da OAS que alcançam R$ 3,7 milhões.


18 de setembro de 2016
postado por m.americo

PETISTAS NÃO LARGAM BRIGA PARA OCUPAR BOQUINHAS NO GOVERNO

VELHO HÁBITO
ELES AINDA SE AGARRAM A CARGOS DE 2º E 3º ESCALÕES DO GOVERNO

PETISTAS AINDA SE AGARRAM A CARGOS DE 2º E 3º ESCALÕES DO GOVERNO


Para não causar “marola” antes do final do impeachment de Dilma e da cassação de Eduardo Cunha, o governo Temer decidiu guardar para a segunda metade de setembro mudanças mais expressivas, mas menos significativas, nos cargos de 2º e 3º escalões do governo. 

Mas cargos como as vice-presidências da Caixa e do Banco do Brasil ainda são disputadas a tapas por aliados de Temer. 
E até por alguns inimigos.

Diretorias e superintendências de órgãos como Funai, DNIT, Infraero, FNDE e Dataprev são desejadas pois têm orçamentos gigantescos.

O DNIT, por exemplo, tem orçamento anual de mais de R$ 8 bilhões; o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, R$ 3,77 bilhões.

O governo tem 107 mil cargos comissionados à disposição. Até maio, mais de 10 mil deles eram ocupados por filiados do PT.



18 de setembro de 2016
diário do poder

COMPLETO: "LULA ERA O CHEFE. A DELAÇÃO QUE DERRUBA LULA. PEDRO CORRÊA DIZ TUDO A MORO

LULA GRAVA MENSAGEM DE SAUDAÇÃO PARA NICOLÁS MADURO E PRESIDENTE DO IRÃ HASSAN ROUHANI

Lula grava mensagem de saudação para Nicolás Maduro e presidente do Irã Hassan Rouhani

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18 de setembro de 2016
postado por m.americo

DISCURSO DO LULA FOI UMA HISTÓRIA DE BÊBADO (MAGNO MALTA)

CONEXÃO REPÓRTER - ÍNTEGRA DO PROGRAMA COM EDUARDO CUNHA