"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 12 de abril de 2016

PARA ONDE VAI O PAÍS?


Marca da fraude: 


“Em todos os rincões do nosso imenso território, o assunto é o mesmo:Operação Lava-Jato, prisões, “fora-PT”, impeachment.

E, com razão.

Em 20021 , o Partido dos Trabalhadores (PT) de vermelho fez-se róseo e, como um spray, espalhou pelo País a euforia de uma “mudança”, de um regime “limpo”, de uma “esperança”, de uma utopia que tornava o socialismo menos repulsivo aos olhos de muitos, de uma “opção pelos pobres” que faria do Brasil, afinal, um “país de todos”.

Embaído por esse jingle, ou melhor, por esse mantra, inúmeros eleitores, talvez incautos, alçaram ao poder os mesmos que, décadas antes, ameaçavam implantar o pérfido regime comunista em solo brasileiro, inclusive com o uso das armas.”

Os [mal] feitos, eufemismo para crime:

“Há 13 anos começou o governo do PT.

É preciso não esquecer que, muito além do ignominioso sistema de corrupção montado pelo partido para encher suas arcas e comprar a base aliada — o que levou milhões de brasileiros indignados às ruas —, o lulopetismo visou, e em larga medida conseguiu, entre outras coisas:

• Alimentar a luta de classes, de raças e de etnias;

• Prejudicar a paz no campo, deixando impune uma verdadeira guerrilha rural

— o MST — e criando obstáculos à principal força produtiva, a agropecuária, com demarcações de terras e leis ecológicas irrealistas;

• Convulsionar as cidades através do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), que conta com alto apoio governamental3 ;

• Destruir a família pela equiparação do concubinato ao matrimônio, pelo reconhecimento das uniões homossexuais, pelo desconhecimento da autoridade dos pais e pela tentativa de impor a Ideologia de Gênero nas escolas;

• Afrontar o direito à vida pelo favorecimento do aborto, pelas campanhas pró- -eutanásia, pela impunidade dos criminosos e pelo enfraquecimento metódico das forças policiais; • Aparelhar os organismos do Estado e as empresas para-estatais com militantes esquerdistas incompetentes, a serviço do partido;

• Defraudar o erário público — numa conjuntura econômica mundial então muito favorável — em programas sociais custosos que favoreceram o clientelismo, desestimularam o trabalho e impediram a renovação e ampliação das infraestruturas;

• Prejudicar o status internacional do Brasil — e mais de um século de uma diplomacia de reforço dos laços do País com as demais nações sul-americanas e com os seus aliados naturais — em nome de um antiamericanismo primário e de uma geopolítica de viés marxista que procura exacerbar um imaginário conflito Norte-Sul.


Mais/advertência: Leia aqui!



12 de abril de 2016
in blog do mario fortes

ROBERTO JEFFERSON NO RODA VIVA

‘Agora está claro que o Lula sempre soube de tudo. Foi ele quem institucionalizou a corrupção’

Roda Viva | Roberto Jefferson | 11/04/2016 - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=wnpQRw01ztQ
21 horas atrás - Vídeo enviado por Roda Viva
O ex-deputado federal e presidente de honra do PTB, falará sobre a crise política, o processo de ...

Em junho de 2005, quando revelou numa entrevista à Folha o escândalo do Mensalão, o deputado federal Roberto Jefferson acreditava que o esquema de compra de apoio no Congresso fora montado por José Dirceu, chefe da Casa Civil, à revelia do presidente da República. Passados quase 11 anos, admite que errou. “Sobretudo depois das descobertas da Lava Jato, está claro que o Lula sempre soube de tudo”, afirmou o entrevistado do Roda Viva desta segunda-feira. “Foi ele quem institucionalizou a corrupção”.

Condenado a sete anos de prisão no julgamento do Mensalão, Jefferson acaba de ganhar o perdão do Supremo Tribunal Federal por atender aos requisitos previstos no decreto de indulto assinado em dezembro pela presidente Dilma Rousseff. Livre de restrições legais e vitorioso na luta contra o câncer que travou enquanto estava na cadeia, ele não pretende voltar à Câmara que lhe cassou o mandato em setembro de 2005. Prefere reassumir a presidência nacional do PTB e participar ativamente do processo de reconstrução do país que se seguirá ao impeachment de Dilma.

Ao longo do programa, transmitido ao vivo pela TV Cultura, Jefferson tratou de distintos assuntos com a agilidade mental, a franqueza e o sarcasmo que sobreviveram incólumes ao recesso forçado. Disse que Lula escapou de uma inevitável temporada na República de Curitiba graças à intervenção do ministro Teori Zavascki, garantiu que Dilma não conseguirá livrar-se do impeachment, zombou dos que insistem em enxergar um golpe inexistente e comentou o papel desempenhado por Eduardo Cunha.

“Eduardo foi o adversário mais à altura do Lula, que nunca esperou encontrar um bandido da mesma qualidade moral e intectual que ele”, ironizou o entrevistado, para quem não se pode enfrentar o PT num duelo desse porte sem recorrer aos mesmos métodos de um partido que joga sujo o tempo todo. Jefferson ressalvou que, encerrada essa última missão, o presidente da Câmara será imediatamente punido pelo STF. “Ele e muitos outros”, acrescentou.

A bancada de entrevistadores reuniu Eliane Cantanhêde (colunista do Estadão), João Gabriel de Lima (diretor de redação da revista Época), Gaudêncio Torquato (consultor político e professor de Comunicação Política da USP), Flávio Freire (coordenador de política da sucursal do Globo em São Paulo) e Ricardo Sennes (sócio da consultoria Prospectiva e coordenador do Grupo de Análise da Conjuntura Internacional da USP).


12 de abbril de 2016
Por Augusto Nunes - Veja Online
in movcc

GOLPE É COMPRAR VOTOS!


A turma de Dilma foi pra cima do Vice-presidente por causa de um áudio dele que vazou. Temer entende que Dilma está politicamente morta. Essa colunista também. Ele está certo. ENTENDA PESSOAL!! COMPARTILHE!!! Vamos juntos #brasil em #vejajoice

TEMER ESTÁ CORRETO. GOLPE É COMPRAR VOTOS ...

https://www.youtube.com/watch?v=LgyvAB7Fi78
1 dia atrás - Vídeo enviado por VejaJoice
A turma de Dilma foi pra cima do Vice-presidente por causa de um áudio dele que vazou. Temer ...



12 de abril de 2016
in movcc

DESESPERADOS SEM ARGUMENTOS

Defensores da permanência de Dilma na Presidência da República, entre eles, juristas, jornalistas, políticos , artistas, analistas e empresários, na ânsia desesperada de retrucar aqueles que pensam o contrário, alegam que existiam denúncias que justificavam o impeachment de Collor, situação que, de acordo com a manada favorável a Dilma, não ocorre agora. Na verdade, a maior bandeira das patifarias usadas pelos algozes de Collor foi um carro Fiat Elba que servia à cozinha da Casa da Dinda. Outra aberração em forma de matéria investigativa que os paladinos de barro também usaram contra Collor, foi leviana e irresponsável matéria de revista semanal. Tratava-se de capenga e atormentada entrevista de ressentido e já doente irmão de Collor, com grotescas e infundadas acusações. Collor foi apeado da Presidência da República por orquestrado e imundo jogo político, e não por corrupção. Tanto é verdade que foi inocentado em dois julgamentos pelo STF.

A propósito,
Bela, marcante, esclarecedora , oportuna e corajosa auto-crítica de um brasileiro.
Erick Bretas, colocou uma foto do Presidente Collor, a foto oficial da Presidência, e escreveu no Facebook. Teve 5.500 curtidas e 8031 compartilhamentos.
Erick é do Rio de Janeiro e deve ter uns 40 e poucos anos. Meus respeitos ao Erick. Leiam o depoimento dele:
"Hoje aprendi o seguinte com o José Eduardo Cardozo:
Todos aqueles que fomos às ruas em 1992, PT à frente, devemos desculpas ao Collor.
Interrompemos um mandato legítimo, amparado em 35 milhões de votos, só porque o Pedro Collor deu uma entrevista à Veja (à Veja!) denunciando uns esqueminhas de propina. Tinha a história da Fiat Elba, mas o que é uma Fiat Elba diante de uma Pasadena?

...
Cardozão foi claro: só um "grave atentado à Constituição" justifica o impeachment de um presidente da república democraticamente eleito.
Collor não praticou nenhum atentado à Constituição. Foi removido do poder depois de jogar o país na recessão, perder o apoio popular e destruir sua base de apoio no Congresso. Impeachment nessas circunstâncias, ensinou o AGU, é golpe.
Doravante passemos a nos referir aos eventos daquele período como "o Golpe de 92".
Foi mal aê, Collor."


Ainda sobre o tema
O angustiado e enlouquecido senador Lindberg Farias, não acerta uma. Em aparte ao senador Ricardo Ferraço disse um monte de besteiras sobre empresas do PC Farias, envolvendo, levianamente , como é do seu feitio, o nome de Collor e seus familiares.

Com elegância, Ferraço sepultou as sandices de Lindberg, afirmando:

“Acho que V. Exas. deviam aproveitar que o ex-presidente Collor é hoje senador e pedir desculpas a ele, porque todos os fatos do período do Collor são, de fato, preliminares perto de tudo o que estamos assistindo na vida e na quadra brasileira”.

Destemperado Romário e a fracassada CPI do futebol
O senador Romário coleciona fracassos na inútil CPI do Futebol. Não ganha uma. Perde todas. Romário chega enlouquecido nas sessões da CPI. O ex-peixe é movido pelo sentimento de vingança e do ressentimento. Destemperado, faz o que manda o irresponsável que atende pela alcunha de Marcos Santi. Mesmo sem a presença mínima de senadores exigida pelo regimento, Romário e Santi convocam dirigentes esportivos e quebram sigilos bancários. Completo absurdo que o bom senso não tolera mais. Nessa linha, a Secretaria-Geral da Mesa Diretora do senado anulou execrável determinação de Romário convocando para depor Ricardo Teixeira e Marco Polo Del Nero. A queixa foi do senador Ciro Nogueira, que protestou já que não havia o mínimo de senadores presentes para votar. Mais uma patética e melancólica derrota de Romário. Cada vez mais desmoralizado como político. Outra mania torpe de Romário é insultar dirigentes esportivos escondido atrás da impunidade parlamentar. Assim é fácil ser isento e valente.


Polo de Manaus no Paraguai
Nos dias 18 e 19 de abril, uma comitiva de empresários do Paraguai se reunirá na sede da SUFRAMA com representantes de indústrias do Polo Industrial de Manaus (PIM) com o objetivo de discutir parcerias e potenciais oportunidades de negócios. A missão empresarial é liderada pela Zona Franca Global (ZFG), que tem um memorando de entendimento assinado com a Zona Franca de Manaus (ZFM). Um dos possíveis desdobramentos é a instalação de um centro de distribuição de produtos do PIM no Paraguai. Esta será a segunda missão técnica entre ZFM e ZFG. A primeira ocorreu em outubro do ano passado, em Ciudad del Este. Entre as metas das missões técnicas está a identificação de oportunidades de negócios e de investimentos bilaterais.


“Caro amigo, Empolga e emociona a forma como você fala sobre seus amigos e a amizade. Você, Limongi, leva a amizade a sério, pois não abandona seus amigos nos momentos difíceis, quando eles mais precisam de apoio e de um abraço amigo. Diz um provérbio que “Quem perde dinheiro, perde muito, mas, quem perde um amigo perde mais”. Você meu amigo leva a sério este pensamento, pois preza amizade como ninguém, e valoriza seus amigos e a família como todos deveriam fazer. Orgulha-me de ter um amigo como você. Parabéns. Abraço, Antony”


“Amigo Limongi, honra-me a ilustre lembrança, sobretudo porque conheço a sua lealdade e sinceridade! O combativo jornalista é um dos raros homens brasileiros, que cultua a lealdade, sobretudo a política, embora saiba-se que ela no País, não dura mais do que um minuto! Por isso, o amigo é um exemplar de homem para as novas gerações! João Pinho.”


Panacões babam na gravata
É cômico e patético se não fosse estúpido. De repente a política ficou repleta de paladinos de meia pataca. Botam uma máscara desgraçada de isentos. Falam dos adversários políticos como se fossem sábios que descobriram a vacina contra todos os males da humanidade. Só eles prestam. Não têm defeitos. É o caso marcante, por exemplo, do obscuro e ressentido deputado Roberto Freire(Painel - 11/4), citando com cinismo e torpe ironia, Paulo Maluf e Fernando Collor. Nem com o telescópio da Nasa consigo enxergar em que o pretensioso e arrogante presidente do PPS é melhor e mais digno do que Maluf e Collor.



12 de abril de 2016
Limongi é jornalista. Trabalhou no O Globo, Última Hora do DF e TV-Brasilia.

CPI DOS FUNDOS DE PENSÃO PODE INDICIAR CERCA DE 200 PESSOAS

RELATOR DO DEPUTADO SÉRGIO SOUZA LISTA FRAUDES DE R$ 3 BILHÕES

RELATOR DO DEPUTADO SÉRGIO SOUZA LISTA FRAUDES DE R$ 3 BILHÕES. FOTO: LUCIO BERNARDO JR/CÂMARA


Depois de oito meses, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Fundos de Pensão divulgou na tarde desta terça-feira (12), o relatório final que será lido pelo deputado Sérgio Souza (PMDB-PR). A sessão ainda não teve início, mas o documento, com 832 páginas, já foi divulgado.

O texto final pede o indiciamento de até 200 pessoas envolvidas em esquemas fraudulentos que deram prejuízo de mais de R$ 3 bilhões a quatro das maiores entidades de previdência complementar do País. A votação do parecer está marcada para a próxima quinta-feira. A expectativa é de que o relator faça a leitura de 70 páginas do documento.

A comissão analisou mais detalhadamente 15 casos que apontaram fraude e má gestão dos investimentos feitos pelos dirigentes da Previ (dos funcionários do Banco do Brasil), da Petros (Petrobras), da Funcef (Caixa Econômica Federal) e do Postalis (Correios).

A leitura do parecer deveria ter ocorrido ontem, mas o relator da comissão, deputado Sérgio Souza (PMDB-PR), pediu mais 24 horas de prazo para acrescentar informações, principalmente por causa do indiciamento, pela Polícia Federal, de sete investigados na Operação Positus. A investigação recai sobre suspeitas de fraudes no período entre 2006 e 2011 na gestão de recursos do Postalis, o fundo de pensão dos funcionários dos Correios.

Na visão de Souza, o surgimento de novos fatos e informações nos últimos dias tornou necessária a complementação do parecer, o qual prevê dezenas de pedidos de indiciamento, sugestões de aprimoramentos nos fundos e recomendações de melhoria de controle.



12 de abril de 2016
diário do poder

PROPINA, PEÇA DE FICÇÃO

Colorado, EUA - O Edinho Silva – aquele que ganhou um cargo de ministro para não ser preso – mostrou-se indignado com a delação premiada do dono da Andrade Gutierrez. Otávio Marques de Azevedo contou à justiça que as campanhas de 2010 e 2014 da Dilma foram feitas com milhões de reais roubados da Petrobrás e das obras da hidrelétrica de Belo Monte. Edinho, homem de confiança da Dilma, de quem foi tesoureiro de campanha, disse que o depoimento do dono da construtora “é uma peça de ficção”. Isso mesmo, o chefão de uma das empreiteiras mais ricas do Brasil, inventou ao dizer que financiou a campanha em que ele, Edinho, era o tesoureiro. Ora, ora, não é a primeira vez que a Dilma e o Edinho são citados por delatores como beneficiários de propinas.

Edinho, porém, se defende como um sujeito acima de qualquer suspeita: “Não tem lastro na verdade”, diz o ministro da Comunicação Social enquanto ainda goza de fórum especial, já que seus dois comparsas José Vaccari Neto e Delúbio Soares foram condenados por formação de quadrilha. As declarações de Edinho são hilárias, mirabolantes, surreais, quando se sabe que passaram pelas suas mãos milhões de reais para a campanha da sua chefa. Para escapar das grades, quando as investigações bateram à sua porta, o Lula exigiu que a Dilma o nomeasse ministro. Ou seja, para ser ministro no governo da Dilma não se exige qualidade nem qualificação do candidato. O governo Dilma virou um depósito de delinqüentes recheado de ministros incompetentes. Se você duvida, veja o que está acontecendo com o PMDB: alguns ministros fisiológicos insistem em permanecer no cargo mesmo depois do partido ter chutado o pau da barraca.

Para defender a chefa, vale qualquer coisa. Vale, inclusive, que o ministro Edinho vocifere contra o STF e o Ministério Público, acusando-os de fazer divulgação seletiva para embananar o processo político. O tribunal está tão vulnerável que esse senhor, envolvido em falcatruas, também aproveita para tirar a sua casquinha e destilar ódio contra a Corte. Aliás, as declarações dele parecem não ofender o egrégio tribunal, que ainda mantém sob sigilo o depoimento do dono da Andrade Gutierrez. O ministro Teori é da tese que não se deve divulgar a delação do empresário por enquanto, ao contrário do que pensa o juiz Sergio Moro que, mais de uma vez, já disse que população tem o direito imperativo de conhecer detalhes do esquema que dilapidou o patrimônio do brasileiro. Em outras palavras, Moro quer dizer que não se deve acobertar bandidos sob pena de conivência com o crime.

Edinho, Lula e a Dilma, o trio que chegou ao poder assaltando os cofres públicos, ainda vão dar muito trabalho ao país. Escudados em fóruns especiais que lhe dão o direito de responder por seus crimes apenas no STF, o governo está usando o dinheiro do contribuinte para comprar parlamentares (R$ 400 mil para os ausentes e R$ 2 milhões para os que votarem contra o impeachment) e coagir testemunhas enquanto permanecem no poder. É uma vergonha saber que a presidente abriu as torneiras para comprar deputados e senadores venais que não fazem jus ao voto que tiveram nas suas bases. Alheios a esse balcão de negócios, a Justiça faz vista grossa, enquanto a nação está paralisada e a economia destroçada porque é um país administrado por uma esquizofrênica, como revelou a revista IstoÉ.

Mas ainda existe uma saída para o Brasil, uma luz, mesmo que tênue, no fim do túnel. O povo precisa ir mais às ruas, sair de casa. No mundo todo, as mudanças sociais só ocorreram com a sociedade organizada combatendo a corrupção e a injustiça social. Portanto, unam-se e se fortaleçam para derrubar essa corja que se instalou no país.


12 de abril de 2016
Jorge Oliveira

O DINHEIRO PÚBLICO ROUBADO PELO MST PARA FINANCIAR O CAOS E A VIOLÊNCIA


O MST é um dos braços terroristas do PT. Como todo partido socialista o PT tem um exército armado para criar o caos, semear a violência, usurpar o poder e se manter nele. 

Seu modelo foi baseado nos camisas pretas de Mussolini, nas SA de Hitler, na juventude de Mao, e mais recentemente nos camisas vermelhas bolivarianas do palhaço de Caracas, Hugo Chavez.
Hoje está mais claro que o PT de Dilma e Lula usam o dinheiro público que roubam desavergonhadamente para sustentar os vagabundos profissionais do MST:.

A Polícia Militar do Distrito Federal prendeu na noite desta segunda-feira um militante do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) com 55 mil reais em notas numa mochila. José Carlos dos Santos foi preso ao chegar ao acampamento do MST próximo ao Teatro Nacional, na Esplanada dos Ministérios.
Ele não soube explicar a origem do dinheiro.

12 de abril de 2016
in selva brasilis

NOTA AO É DO TEXTO


O tal do Zé diz que não sabe explicar a origem da grana que estava na sua mochila... Pode isso?? Será que ele pensa em nos convencer que alguma fada madrinha, ou uma salamandra, simplesmente colocou a grana lá dentro?

É muita cara de pau!

Nós, porém, sabemos muito bem sabido a origem dessa bufunfa! E não me digam que vocês não sabem?!...

Agora, fazendo um pequeno reparo na ótima replicação da notícia, não existe dinheiro público, como disse certa vez a "dama de ferro". Existe dinheiro do contribuinte!


m.americo

IMPEACHMENT - DEFININIÇÃO SOBRE O FUTURO DE DILMA COMEÇA SEXTA

PROCESSO COMEÇA SEXTA DE MANHÃ E VOTAÇÃO SERÁ NO DOMINGO ÀS 14H
PROCESSO COMEÇA SEXTA DE MANHÃ E VOTAÇÃO SERÁ NO DOMINGO ÀS 14H. FOTO: LUCIO BERNARDO JR/CÂMARA



Os líderes partidários da Câmara dos Deputados decidiram o rito de votação do relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO) que pede a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, durante os três dias destinados à votação do processo: sexta (15), sábado (16) e domingo (17).

O processo começará nesta sexta-feira, a partir das 8h55, e a votação propriamente dita do texto, aprovado na segunda-feira (11) por 38 votos a 27 na comissão especial, ocorrerá no domingo, à tarde, e será oral, quando cada deputado será chamado ao centro do Plenário para declarar o seu voto em um único microfone aberto.

Os deputados estão estudando uma solução técnica para que a declaração do voto ocorra em no máximo 10 segundos. O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, também vota.

As informações foram prestadas pelo líder do DEM, deputado Pauderney Avelino (AM), e pelo deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), após a reunião de líderes ocorrida no gabinete da presidência da Câmara.

Acusação e defesa
Depois da abertura da sessão, na sexta, serão destinados 25 minutos para os autores da denúncia contra a presidente, por suposto crime de responsabilidade, e mais 25 minutos para a defesa, que poderá ser feita por um advogado designado (dativo), caso o advogado da presidente esteja ausente.

Logo após, cada partido terá uma hora para falar, tempo que será dividido por até cinco parlamentares. Os líderes do Governo e da Minoria não disporão dessa hora.

Das 9h até as 11h da sexta-feira, os deputados vão poder se inscrever individualmente para falar a favor e contra o impeachment na sessão do sábado, que começa às 11 horas.

Os líderes, com tempo proporcional ao tamanhão da bancada, vão poder falar em qualquer momento da sessão, durante os três dias destinados à votação do processo de impeachment.

Sessão pode emendar


No sábado, falarão todos os inscritos na sexta-feira. Se a sessão da sexta-feira durar 25 horas, vai emendar com esta do sábado. Nos discursos de deputados inscritos, cada um pode falar por três minutos. Se todos falarem, serão mais 25 horas.

No domingo, a sessão será aberta às 14 horas com a fala dos líderes e, logo em seguida, começa o encaminhamento da votação, quando será aberta a votação e a orientação de bancadas. Nessa fase, os líderes terão um minuto para orientar os deputados.

Segundo Pauderney Avelino, o rito definido é muito assemelhado ao que foi adotado em 1992, quando do impeachment do então presidente Fernando Collor de Melo.

O processo


A denúncia contra Dilma Rousseff é baseada em dois pontos: as chamadas pedalas fiscais e os seis decretos de créditos suplementares, considerados crimes de responsabilidade pelos autores do pedido, Hélio Bicudo, Miguel Reale Junior e Janaina Paschoal.

As pedaladas são os atrasos propositais no repasse de dinheiro para bancos públicos com o objetivo de melhorar artificialmente as contas federais. A defesa da presidente Dilma diz que não houve operações de crédito.

O parecer do relator, deputado Jovair Arantes, considerou a denúncia pertinente. Conforme ressaltou, o Tribunal de Contas da União entendeu que as pedaladas funcionaram como mecanismo de ocultação de déficit fiscal. Ou seja, os atrasos nos repasses pelo Tesouro ao Banco do Brasil configuram a presença dos requisitos mínimos para a admissibilidade da denúncia.

Já os créditos suplementares foram emitidos sem autorização prévia do Congresso, que é proibido por lei, segundo a denúncia. Conforme os juristas, a prática foi adotada porque a meta do superávit primário não estava sendo cumprida desde 2014. O superávit primário é a economia do governo para pagar juros de sua dívida.

Segundo o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, não houve má-fé na edição dos decretos porque eles se basearam em pareceres de órgãos técnicos. (Câmara)



12 de abril de 2016
diário do poder

TREM BÃO: MINEIRINHO MAIS MINEIRO DE MG VAI SE FODER

AQUELE QUE FOI SEM NUNCA TER SIDO

JUSTIÇA CASSA NOMEAÇÃO DO MINISTRO EUGÊNIO ARAGÃO
PROCURADOR NÃO EXERCE CARGO FORA DO MP, DECIDE JUÍZA FEDERAL

PROCURADOR LICENCIADO, ARAGÃO NÃO PODERIA OCUPAR MINISTÉRIO, SEGUNDO A JUÍZA. FOTO: WILSON DIAS/ABR



A juíza Luciana Raquel Tolentino de Moura, da 7ª Vara Federal do Tribunal Regiona Federal 1ª Região, suspendeu a nomeação do procurador José Eugênio Aragão para o cargo de ministro da Justiça por entender que o cargo não pode ser ocupado por membro do Ministério Público.

O caso é parecido com o do antecessor Wellington Lima e Silva, procurador do MP da Bahia, que chegou a ser empossado, mas ficou apenas 11 dias no cargo, pelo mesmo motivo. Entretanto, havia uma interpretação que excluia da norma os procuradores que ingressaram na carreira antes da promulgação da Constituição de 1988. De acordo com o despacho da juíza Raquel Moura, a nomeação de Aragão, procurador licenciado, fere a autonomia do Ministério Público.

Como cabe recurso à decisão, o governo da presidente Dilma Rousseff tem outro revés no dia seguinte à votação do parecer do relator, Jovair Arantes (PTB-GO), sobre a admissibilidade do impeachment. A votação no plenário da Câmara dos Deputados está marcada para ter início nesta sexta (15) e deve seguir fim de semana a dentro, sendo concluída no domingo (17).



12 de abril de 2016
diário do poder

O IMPEACHMENT AVANÇA

Impeachment avança e dificilmente haverá mudança de voto. A mancada do vice Michel Temer, deixando vazar um discurso que preparara para a noite de domingo próximo caso o impeachment seja aprovado no plenário da Câmara, não teve consequência nenhuma na votação de ontem na comissão, que deu uma vitória folgada à oposição, e provavelmente não terá influência na decisão final dos partidos.

O fato de a oposição não ter alcançado os 2/3 dos votos necessários no plenário não é sintoma de que o número mágico de 342 votos não será atingido. É bom não esquecer que a comissão foi montada de acordo com a indicação dos líderes, que naquela ocasião eram majoritariamente governistas. O que aconteceu de lá para cá é que o governo foi perdendo apoios, o que se refletiu na vitória folgada da oposição.

Duvido que algum deles mude de posição revoltado com a antecipação de Temer, mesmo porque não há nenhum motivo no discurso que justifique uma reação dessas. A fala de Temer, ponderada e conciliadora, deve, ao contrário, ter dado a algum indeciso a garantia de que um eventual novo governo não perseguirá nenhum partido e, mais importante, não exterminará os programas sociais, como dizem os governistas.

Ninguém tem dúvida de que Temer há muito negocia nos bastidores apoios ao impeachment da presidente Dilma, assim como todo mundo sabia, na ocasião, que o PT, com o apoio da própria presidente Dilma e do ex-presidente Lula, boicotou a tarefa de negociação política que o vice fazia como ministro-coordenador da política.

Essa disputa entre o PT e o PMDB já vem acirrada desde o início, e não há em Brasília quem não soubesse que Temer trabalhava nos bastidores, o mesmo fazendo Lula. O ex-presidente, aliás, fez gozações com Temer em diversos comícios, dizendo, entre outras coisas, que se ele quisesse ser presidente deveria disputar eleição no voto. Como se a chapa Dilma-Temer tivesse recebido 54 milhões de votos apenas de petistas. É claro que o PMDB foi chamado para compor a chapa porque o partido é o maior do país e tem capilaridade muito maior que o PT, sendo extremamente útil na captação de votos.

Querer transformar Temer em um reles traidor, que mereceria a rejeição da população, é criar artificialmente uma crise que já se desenrola há muito tempo. Nem é provável que alguém se desencante com o vice ao ouvi-lo pronunciar um discurso que, claramente, era uma preparação para o caso de vitória no domingo.

O Planalto também quis dar ao gesto a categoria de arrogância, quando está claro que houve mesmo foi uma boa trapalhada com a nova tecnologia, o que só demonstra um amadorismo surpreendente no PMDB. Se Temer não é ágil no manejo de tecnologias como o Whatsapp, melhor seria que houvesse algum assessor com mais familiaridade para mandar mensagens.

Uma trapalhada desse tipo pode marcar a imagem de Temer como um político antiquado, mas não como um traidor, pois os dois lados estavam em guerra aberta e de conhecimento público. Ou ninguém ouviu dizer que Lula atraía seus interlocutores ameaçando-os de que Temer estava preparando um ministério de notáveis, e que o baixo clero não teria vez?

Nesse enredo novelístico que se desenrola em Brasília acontece de tudo. E essa gafe do vice é apenas mais um toque inusitado. Comparar a atitude de Temer com a de Fernando Henrique, que sentou na cadeira de prefeito de São Paulo como se já estivesse eleito e perdeu a eleição, não é acurado. A atitude de Fernando Henrique pode ter sido considerada arrogante por muitos, mas duvido que os deputados que são os eleitores da eleição do próximo domingo se surpreendam ou se indignem com o vazamento do discurso de Temer. Primeiro porque está claro que foi um erro, não uma atitude arrogante. E o texto é absolutamente conciliatório, humilde até. A indignação dos adeptos de Dilma tem sua razão de ser, faz parte da luta política, e eles têm mesmo que exacerbar a reação para tentar reverter a situação que parece tender ao impeachment.

Mas não creio que essa seja uma razão suficiente para mudar alguma posição partidária. O melhor para Temer é que não tivesse acontecido o imprevisto, e não creio na versão de que foi um vazamento proposital para tranquilizar certas áreas. O governo pode até conseguir conter essa tendência, ou até mesmo revertê-la, mas não será por causa dessa mancada.



12 de abril de 2016
Merval Pereira, O Globo

NOVAS ELEIÇÕES É O NOVO # FICA DILMA

Que o governo de Dilma Rousseff se tornou indefensável, todo mundo sabe. Até o governo. Tanto que o foco de suas negociações para barrar o impeachment não está sendo comprar deputados para votar "não", mas para que faltem. O problema é que agora existe uma maneira de ajudar Dilma Rousseff sem defendê-la; de dar opinião e ficar em cima do muro ao mesmo tempo: as tais das "novas eleições".

Marina Silva, como já escrevi nesta Folha, defende que o novo pleito ocorra por meio da cassação da chapa Dilma-Temer pelo TSE. O problema é que só ocorrem eleições diretas caso a chapa seja cassada nos dois primeiros anos de mandato, ou seja, até o final deste ano. Devido à lentidão do processo, essa hipótese é praticamente impossível. Após esse período, caso o processo se concretize, as eleições são indiretas, ou seja, o Congresso elege o presidente.

Outras forças políticas, como a Folha e setores do PT, defendem que as novas eleições ocorram por meio de uma renúncia coletiva ou da aprovação de uma emenda constitucional. Existem petistas que querem até que as eleições sejam gerais, ou seja, todos os deputados, senadores e governadores também perderiam seus mandatos. Para quem acredita ser dono do país, faz sentido: quebraram as regras, mas, como a bola é deles, ninguém mais joga.
Assim como a hipótese TSE, as possibilidades da renúncia e da emenda também têm entraves que as impossibilitam.

O problema da tese da renúncia chama-se Dilma Rousseff. Ela não vai renunciar. E deixa isso bem claro em todos os seus pronunciamentos. Do ponto de vista dela, não há motivo: além de perder o poder que ainda lhe resta, perderia a narrativa de que sofreu um golpe, principal combustível para manter a militância viva após sua queda.

A questão da emenda é evidente: o governo não tem votos suficientes para aprová-la. Emendas constitucionais só passam se houver maioria de três quintos em dois turnos, ou seja, o governo precisaria vencer duas votações dificílimas na Câmara e mais duas no Senado. Se nem prometendo o que não tem o governo está conseguindo os 172 deputados necessários para barrar o processo de impeachment, como conseguiria 308 votos para aprovar uma emenda constitucional?

Em suma, a chapa que elegeu o governo não será cassada, não haverá renúncia coletiva e muito menos aprovação de nova emenda constitucional. O que significa que, dentro da lei, não existe saída possível para aqueles que defendem novas eleições.

Então, para que serve o discurso das "novas eleições"? Para dar impressão de superioridade intelectual àqueles que se recusam a assumir suas posições publicamente —os famosos "isentões"—, e para enfraquecer a tese do impeachment. Deputados que se venderem para o governo, mas que não têm coragem de defendê-lo poderão dizer que votam contra o impeachment porque a verdadeira solução é as "novas eleições".

Ainda que um novo pleito fosse possível, questiono se seria desejável. Segundo a última pesquisa do Datafolha, os preferidos numa hipotética eleição são Marina Silva e Lula. Como revelou nas últimas eleições, Marina é a candidata do voo de galinha: salta, mas não decola. O que significa que estaríamos tentando resolver os estragos que o PT causou ao país colocando Lula no poder. Pouco inteligente, não?

Não nos deixemos enganar pelo discurso bonito daqueles que escondem seu posicionamento atrás de uma falsa razoabilidade. Quem está no muro das "novas eleições" está com Dilma. A única posição ao mesmo tempo honesta e sensata a se adotar em relação ao governo mais corrupto e incompetente da história do país é defender o impeachment. Todo o resto é fumaça vermelha.

PS: A votação do impeachment na Câmara dos Deputados será no próximo domingo, dia 17. Estaremos nas ruas para garantir que a pressão popular seja mais persuasiva do que o feirão de cargos promovido pelo governo. Estamos de olho, deputados! Aqueles que votarem contra a denúncia serão lembrados para sempre como traidores que venderam a República em troca de uma teta estatal.



12 de abril de 2016
Kim Kataguiri, Folha de SP

O LEGADO DE DILMA

Integrantes do governo Dilma Rousseff (PT) mobilizam-se quanto podem para tentar convencer deputados a votar contra o impeachment da presidente. Afora promessas de cargos e emendas, não se imagina quais argumentos possam ser utilizados em favor da atual ocupante do Planalto.

Sua principal vitrine de realizações é a Petrobras. No mostruário, vê-se uma empresa, a maior do Brasil, superendividada e em processo de encolhimento e desmonte, a registrar prejuízos monstruosos.

Como se não bastassem as dívidas que sobrevieram devido a preços tabelados, investimentos equivocados e corrupção, a Petrobras arcou com os custos de um programa de industrialização que a obrigou a adquirir produtos nacionais a preços muito acima do mercado mundial. Somadas, são perdas na casa de centenas de bilhões.

Reportagens desta Folha e do jornal "Valor Econômico" vêm mostrando que desde o início a empresa sabia da inviabilidade dos investimentos na refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e no Comperj, polo petroquímico no Rio.

Nas fases cruciais de decisão do investimento, de 2009 a 2012, a própria estatal, em relatórios então sigilosos, indicava que a rentabilidade não superaria as despesas de capital –prejuízo depois elevado pela pilhagem e pelo descontrole de custos.

A dimensão espetacular da destruição na petroleira desvia a atenção de casos de ruína similar em vários setores que conheceram a mão deste governo, marcada por intervenção política rudimentar, incompetência e apego a ideias econômicas ultrapassadas.

A tentativa de baixar a fórceps os preços da energia, em 2012, contribui para que a segunda maior estatal do país, a Eletrobras, tenha prejuízos desde aquele ano.

A manipulação de preços de combustíveis e energia elétrica arruinou a Petrobras e todo o complexo petroleiro, diminuiu o setor de biocombustíveis e desorganizou e endividou o setor elétrico.

A politização da gerência dos fundos de pensão de estatais provocou prejuízos históricos. Além da mera incompetência, tais fundos foram levados a investir em projetos do "Brasil Grande" petista, caso da Sete Brasil ou de Belo Monte –um caso de falência quase certa e outro de prejuízo duradouro.

Os leilões de concessão de infraestrutura foram prejudicados e chegaram quase ao fim em 2013, dadas as tentativas canhestras do governo de controlar a rentabilidade dos empreendimentos e a barafunda das normas regulatórias.

Perdeu-se então uma chance restante de conter a desaceleração econômica, que começava.

Não se sabe quando nem de que forma terminará o governo Dilma Rousseff, mas já se sabe que a presidente deixará um legado histórico de destruição incomparável.



12 de abril de 2016
Editorial Foiha de SP

RODA VIVA COM ROBERTO JEFFERSON

ENTREVISTA COM ROBERTO JEFFERSON NO RODA VIVA


O PRAZO DE VALIDADE DE NELSON BARBOSA

Lula disse que o ministro Joaquim Levy estourara seu prazo de validade no Ministério da Fazenda. 
O PT decidiu estourar o prazo de validade de Nelson Barbosa na cadeira que a doutora Dilma transformou em cama de faquir.

Outro dia, ele foi a um seminário e mencionou a frase de um "importante líder": "Não existe essa coisa de dinheiro público, o que existe é o dinheiro do contribuinte".

Aleluia, um ministro de governo petista citando Margaret Thatcher, a dama de ferro da ressurreição conservadora do final do século passado. Não pronunciou seu santo nome, mas aí seria demais.

O ministro citou a baronesa num evento do banco Itaú em São Paulo enquanto em Brasília o PT cozinha uma monstruosidade matemática, moral e fiscal.

Os Estados e municípios devem à União R$ 402 bilhões. São papagaios do século passado, renegociados em 1997. Ninguém foi obrigado a repactuar a dívida. Passou o tempo, alguns devedores honraram os contratos, outros não. Começou a grita pela renegociação do renegociado e o assunto está na reta final da discussão no Congresso. Os Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul são donos de 83% dessa dívida e o refresco custaria cerca de R$ 10 bilhões por ano à União. Vá lá.

O ministro Nelson Barbosa conduziu as conversas para espichar os prazos e melhorar as condições para os devedores, exigindo contrapartidas. Quem quiser as novas condições deve se comprometer com coisas assim:

1) Não conceder aumentos aos servidores acima do reajuste linear determinado pela Constituição.

2) Suspender a contratação de pessoal.

3) Não criar novos programas de incentivos tributários.

4) Elevar as alíquotas de contribuição previdenciária dos servidores.

A União nada quer além da verdade matemática e da responsabilidade administrativa. Se um Estado ou município está quebrado porque jogou dinheiro pela janela e não pode pagar o que deve, obriga-se a mudar de conduta. É assim que a coisa funciona na casa das pessoas. Novamente, ninguém é obrigado a aderir.

Seria natural que críticas e emendas oportunistas partissem da oposição, mas o líder da bancada petista na Câmara sugeriu o seguinte: "É melhor separar o projeto em dois, aprovar a renegociação e discutir as contrapartidas depois em uma comissão especial". Esse é o sonho de todos os caloteiros. Primeiro eu recebo as facilidades, depois discutimos os compromissos.

Isso é punga. Penaliza quem paga o que deve e só gasta o que pode, beneficiando quem torra o que não tem e não paga o que já renegociou.

Se o ministro Nelson Barbosa não tem o apoio do seu partido no encaminhamento de uma questão desse tamanho, seu prazo de validade venceu. Fazendo de conta que não vê os pregos na cama de faquir, ele continuará num governo ruinoso a serviço de um partido irresponsável, levando o país à bancarrota.


TUCANOS VOAM

Em qualquer época e em qualquer situação, sempre haverá tucanos voando para todos os lados.

Por isso, não há razão para surpresa ao se ver que pelo menos um grão-tucano, eterno defensor do impedimento da doutora Dilma, está conversando com os subúrbios do caderninho telefônico de Lula.

Talvez isso seja resultado da percepção de que Dilma supera a votação na Câmara.

EREMILDO, O IDIOTA

Eremildo é um idiota e faz um curso intensivo de ciência política lendo textos do professor Celso Lafer.

Há pouco, ele escreveu um artigo descascando o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos por ter se metido na política interna brasileira. Lafer tratou da discussão do impedimento da doutora Dilma e, com um toque de malícia, lembrou que "o caso mais conhecido é o do presidente Collor, que não foi qualificado como golpe".

Ele tem razão ao expor a seletividade da memória dos petistas.

Eremildo não entende porque Lafer é sistematicamente qualificado ao pé de seus artigos apenas como "professor da USP e ministro das Relações Exteriores no governo Fernando Henrique Cardoso".

Lafer foi o último ministro das Relações Exteriores de Fernando Collor, de 13 de abril a 2 outubro de 1992.

VOTO ÚTIL

Admita-se que um voto contra o impedimento da doutora valesse R$ 2 milhões e a simples ausência do deputado estivesse cotada a R$ 1 milhão.

Qual a melhor maneira para se provar que o voto não foi vendido? Indo à sessão, com o dinheiro no bolso e votando a favor do impeachment.

Quem já viu elefante voar garante que aconteceram casos assim na degola de Fernando Collor.

MAU SINAL
Em 2002, o jornalista Larry Rohter, correspondente do "New York Times" no Brasil travou uma longa e silenciosa guerra com a burocracia do jornal para que deixassem de qualificar Lula como "leftist" (esquerdista). Prevaleceu, mas quando escreveu que Nosso Guia tinha um fraco pelo copo, ele tentou tirá-lo do país.

Há poucas semanas, o jornal fez um duro editorial contra a doutora Dilma por ter nomeado seu mentor para a chefia da Casa Civil, justificando-se com um blablablá que qualificou de "ridículo".

Nele, meteram de novo o "leftist" em Lula.

A seção de editoriais do "Times" nada tem a ver com o corpo de repórteres e correspondentes do jornal. No dia 3 de abril de 1964 o Times publicou um editorial saudando a queda de João Goulart, chamando-o de "incompetente" e "irresponsável", adjetivos que fazia por merecer. É muito provável que esse editorial tenha sido escrito por Herbert Matthews, queridinho da esquerda pela louvação que fizera de Fidel Castro. A Casa Branca cabalava editoriais contra Jango desde o dia 28 de março.

MADAME NATASHA
Madame Natasha, como todo mundo, não consegue ver nexo no carnaval que tomou conta do Congresso e de uma parte do Judiciário. A senhora continua cuidando do idioma e não vê razão para o surgimento de um novo título nobiliárquico, o de "jurista". Há "juristas" pedindo impeachment, e "juristas" vão ao Planalto para denunciar o golpe.

A senhora acredita que eles são apenas advogados. Alguns são advogados e professores.

MARINA E A TEORIA DO ERRO DOS OUTROS

Se a crise desembocar numa eleição presidencial, a ex-senadora Marina Silva entrará com boa vantagem na disputa. Duas vezes candidata, teve 19 milhões de votos em 2010 e 22 milhões em 2014. Tomara que ela pare de culpar os eleitores pelo fato de nunca ter chegado ao segundo turno. A ex-senadora pisou três vezes na mesma bola.

Numa, disse: "A população terá oportunidade de corrigir o erro a que foi induzida".

Na outra: "O TSE devolveria para os 200 milhões de brasileiros a possibilidade de reparar o erro a que foram induzidos a cometer."

Num documento da Rede, repetiu-se, sempre atribuindo o "erro" aos eleitores e usando expressões como "corrigir" e "reparar". Que tal discutir os indutores e deixar em paz os eleitores?

Fez melhor Aécio Neves, que disse ter sido derrotado por uma "organização criminosa".



12 de abril de 2016
Elio Gaspari, Folha de SP

LIÇÕES PERDIDAS

Acertar é objetivo fundamental para o desenvolvimento de pessoas, empresas e governos. Porém, é dos erros que saem as melhores lições. Infelizmente, nem todos atentam para esse detalhe. O atual governo, por exemplo, insiste em políticas equivocadas, ignorando a lição que poderia ter aprendido do fracasso evidente de sua intervenção no setor energético do país.

Da Petrobras, muito foi roubado e está aí a Lava-Jato para apurar quanto e por quem. Mas muito também se perdeu por conta dos erros do governo. No primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff, o represamento dos preços dos combustíveis, para conter a inflação, provocou prejuízo superior a R$ 100 bilhões ao caixa da estatal. Naquele período, o barril de petróleo estava acima de US$ 100 no mercado internacional, e o governo, intervencionista, não permitiu que a petroleira ajustasse o preço nas bombas.

Na semana passada começou, sob a sombra, nova interferência do Palácio do Planalto na Petrobras. A diretoria ensaiou reduzir os preços da gasolina e do diesel. Afinal, o barril de petróleo caiu abaixo dos US$ 40, e a companhia, que antes enfrentou a defasagem, agora recebe o prêmio da diferença entre os valores cobrados nas bombas e no mercado mundial.

Como o governo precisa de uma agenda positiva a todo custo - baixar o preço da gasolina seria um bom começo -, tentou intervir. O que conseguiu foi criar polêmica entre conselho de administração e diretoria, e derrubar as ações da estatal, que despencaram 9% em um dia. Não bastasse ter reduzido a Petrobras a 15% do que já foi um dia, o Executivo insiste em tirar valor de mercado da empresa.

Persistindo nos erros, o governo quer reduzir a fatura de energia na marra. Agiu precipitadamente ao provocar a troca da bandeira tarifária de amarela para verde em abril, eliminando o acréscimo pago por geração térmica. Especialistas garantem que será necessário manter termelétricas ligadas. Os reservatórios, embora em níveis satisfatórios, podem não permanecer assim até o fim do período seco, que ainda nem começou. Mais uma vez, o governo esqueceu que foi sua intervenção que desestruturou o setor elétrico a ponto de as tarifas dispararem mais de 100% no ano passado. Como consumidores, queremos contas de luz mais baixas e gasolina barata. Mas não há almoço grátis. Sempre pagaremos, lá na frente, por erros cometidos agora. Sobretudo, se mais lições forem perdidas.



12 de abril de 2016
Sinone Kafruni, Correio Braziliense

O QUE FAZER COM O BRASIL NA UTI

O Brasil não terá paz econômica e sociopolítica mínima se não contiver logo o aumento do desemprego e da dívida do governo. Além de animar o paciente com a esperança de cura, um tratamento longo e difícil, mas eficaz, as "reformas", será preciso levá-lo já a um pronto-socorro com UTI.

Diz-se que um governo com um plano crível de mudanças profundas produziria tal melhora na confiança de empresas e consumidores que a economia voltaria a respirar sem tubos, ainda que em estado crítico.

Enquanto a fada da confiança não vem, o que fazer? É difícil dar injeções de vitamina em uma economia sem crédito, de governo quebrado e com inflação ainda alta.

Mas é preciso um choque de desfibrilador, de estabilização da atividade, já, a fim de evitar queda maior de receita do governo e o círculo vicioso criado pelo desemprego crescente.

Onde arrumar crédito? A inadimplência está mascarada. Bradesco e Itaú empurram com a barriga o reconhecimento de perdas prováveis. Os bancos estão "enrolando", no melhor dos sentidos: refinanciam, renegociam. Tentam evitar falências e o susto de balanços manchados de sangue de calotes. Menos mau. Mas não é bom sinal para a volta do crédito.

Para começar a resolver a encrenca, é preciso baixar as taxas de juros. Um plano de política fiscal (gastos do governo) crível ajudaria: derrubaria juros por conta, controlaria o dólar (e, assim, inflação). Mas o efeito é algo lento e retardado.

A construção civil vai encolher até 2017. Obras de infraestrutura (metade do setor) param. Há encalhe de residências (um quarto do setor).

A fim de dar algum jeito nisso, é preciso relançar com urgência dramática as concessões de infraestrutura, atoladas na insegurança terrível causada por Dilma Rousseff.

Será preciso ofertar rentabilidade gorda, concentrar dinheiros do BNDES nisso, rearrumar as empresas do setor (pequenas? Estrangeiras?), limpar o terreno regulatório de sujeiras menores (as maiores levam tempo). É difícil, mas é para ontem.

O setor imobiliário vai purgar excessos, estoques altos. Alguma confiança do consumidor e juros menores podem antecipar a recuperação. Mas falta crédito. O dinheiro da poupança minguou. É outra tarefa da UTI.

Dada a pindaíba, há o risco de o governo cortar mais investimento "em obras". Não pode. Terá de cortar alhures, além de arrumar algum dinheiro extra: mais imposto, mais privatizações. A grita louca contra alta de imposto, ao menos emergencial, vai dar problema.

É preciso arrumar a Petrobras e o setor elétrico. Não se trata de planos bonitos de reconstruir a regulação arruinada por Dilma Rousseff, necessários, mas demorados. As finanças da petroleira assombram e pioram o crédito de país e governo.

É preciso verificar quais dos elefantes brancos soltos por Dilma Rousseff, obras mal planejadas, são ainda e logo viáveis; quais obras paradas podem ser ressuscitadas.

Além do plano de reformas, o governo que vier precisa de um "plano de cem dias", de providências imediatas, com equipes frenéticas, de alto nível, que descubram como sair do chão puxando os cabelos, pois os meios de estimular consumo e investimento são escassos.

Se bobear, as "reformas" vão se perder no tumulto social e político.



12 de abril de 2016
Vinicius Torres Freire, Folha de SP

GUERRA INTENSA NO PLENÁRIO, GOVERNO E OPOSIÇÃO ARMAM ESTRATÉGIAS



Cálculos são contraditórios e as bancadas continuam se enfrentando

















O placar final da comissão especial do impeachment — 38 votos favoráveis e 27 contrários ao afastamento da presidente — manteve em aberto a votação decisiva do próximo domingo, no plenário da Câmara. Aliados do Planalto calculam que, a fim de obter os 342 votos necessários para afastar a presidente Dilma Rousseff, a oposição teria de ter obtido, ontem, ao menos, 43 votos, para que a proporção se repita no fim de semana. Já os oposicionistas apostam em um plenário mais heterogêneo que a comissão, segundo eles, “montada para que o governo não perdesse a primeira batalha do impeachment”.
Proporcionalmente, a oposição obteve pouco mais de 58% dos votos válidos na comissão ontem. A guerra no plenário será mais intensa, já que o processo de Dilma só segue para o Senado se o impeachment for aprovado por dois terços dos deputados. Processos de impeachment são aprovados com 342 votos.
MELHOR RESULTADO
Para aliados do vice-presidente Michel Temer, o resultado expressou quase que fielmente os cálculos internos feitos antes da votação. “Foi o melhor resultado entre aqueles que esperávamos conseguir. É bom lembrar que essa comissão foi montada com base nas regras, definidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que beneficiavam o Planalto”, disse o deputado Jutahy Júnior (PSDB-BA).
O tucano estima que a oposição tenha, hoje, aproximadamente, 330 votos em plenário, em um universo de 60 parlamentares ainda indecisos.
“O resultado demonstra a fragilidade da defesa da presidente da República. Ela cometeu crime de responsabilidade previsto na Constituição e terá a admissibilidade de seu processo de afastamento aprovado, segundo determina a mesma Constituição”, afirmou o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG).
WAGNER CANTA VITÓRIA
Já o chefe do gabinete da presidente Dilma, ministro Jaques Wagner, que, ao lado do ministro Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tem sido um dos principais estrategistas para salvar Dilma, afirmou que o resultado de ontem estava dentro do esperado.
“Nossa conta era de 27 a 31, 32. Mas os 27 eram dentro até porque representam 41,5% da comissão. No plenário, dariam 213 votos. Em alguns momentos, tenho falado que nossa conta varia entre 207, 208”, calculou Wagner.
“Eles pregam o golpe dissimulado e podem comemorar número, mas não dá o resultado que gostariam. Vamos continuar trabalhando até o dia da votação em plenário”, acentuou.
QG EM HOTEL
O resultado aumenta ainda mais a pressão nos três dias que antecedem o início dos debates do impeachment, previstos para começar na próxima sexta-feira (leia mais na página 4).
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva montou um quartel-general no Hotel Royal Tulip e, quando não está participando de atos públicos como os realizados na noite de ontem, no Rio, se entrincheira para conversas individuais com parlamentares de diversas legendas na expectativa de garantir o mínimo de 171 votos favoráveis a Dilma.
JUDICIALIZAÇÃO
Além da batalha pelos votos em plenário, ainda paira no ar o risco da judicialização, já que o advogado-geral da União, ministro José Eduardo Cardozo, apontou uma série de irregularidades que teriam sido cometidas ao longo do processo de impeachment.
O presidente da comissão especial, deputado Rogério Rosso (PSD-DF), defendeu o trabalho do colegiado. “Diferentemente de 1992 (impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello), em que a comissão se reuniu apenas nove horas e não promoveu debates e esclarecimentos, fizemos mais de 50 horas de reuniões e debates, dando oportunidade de ampla defesa à presidente”, afirmou.

12 de abril de 2016
Paulo de Tarso Lyra, Marcella Fernandes, Julia Chaib e Naira Trindade
Correio Braziliense

SE A CÂMARA APROVAR O IMPEACHMENT, SENADO NÃO TERÁ COMO NEGAR



Renan já começou a dizer que não é governo nem oposição…


















Se a Câmara aprovar o impeachment, o Senado não terá condições políticas de negar a continuidade do processo contra a presidente da República, por crime de responsabilidade. A chamada Câmara Alta anda muito em baixa, já que nela habitam importantes atores da Lava-Jato, a começar pelo seu presidente. Logo, falta-lhe lastro de credibilidade e, principalmente, coragem cívica para o confronto com a outra Casa e com a parcela da sociedade favorável ao impedimento de Dilma Rousseff.
Mesmo considerada pelo próprio presidente da Câmara, Eduardo Cunha, outro personagem de Curitiba, como “apenas um rito de passagem, pois o que importa é a votação do plenário”, a decisão da Comissão do Impeachment terá um peso muito maior do que se pensa na votação de domingo, até porque ela impede moralmente qualquer fechamento de questão contra a matéria, salvo no caso do PT e do seu indefectível coadjuvante PCdoB, mas que dispensam a utilização desse instrumento de disciplina partidária.
SEM APOIO
O clima exacerbado da comissão na segunda-feira, principalmente a subida de tom do ministro José Eduardo Cardozo e o exasperado discurso do líder do PT, Afonso Florence, revelaram que o governo não dispõe do decantado apoio para barrar o impeachment.
Da mesma forma, a oposição não conseguiu fechar a segunda-feira com os 342 votos que precisa para desalojar a presidente. Espera tê-los ao longo da semana e prevê que eles cheguem a 380.
É preciso que surja até lá um fato novo, capaz de mudar radicalmente os resultados. Dizia-se que, se surgir, esse fato só prejudicaria o governo. Mas, na segunda-feira, o vazamento do áudio do vice Michel Temer fez tremer a base oposicionista.
EXEMPLO DE COLLOR
Logo, chegou-se à conclusão de que Temer estava docemente constrangido com o acidente. Entre tantas conveniências do vazamento estava o compromisso do vice, já reafirmado em entrevista ao Globo por Moreira Franco, de que, assumindo, não vai acabar com os programas sociais do governo.
É preciso não se esquecer das surpresas das grandes votações, inclusive no impeachment de Collor, como o caso do então deputado Onaireves Moura, que ofereceu um jantar para o presidente às vésperas da votação, e depois dessa última ceia, disse não à permanência do seu comensal.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Onaireves é Severiano ao contrário. Foi um dos muitos parlamentares que traíram Collor em 1992. Sete anos antes, em 1985, na eleição indireta para a Presidência, Paulo Maluf “negociou” votos com grande número de parlamentares e levou uma lavagem de Tancredo Neves. Como se sabe, Collor e Maluf jamais cobraram essas contas, digamos assim. Dilma é a próxima vítima e também será traída. Esses acontecimentos políticos fazem lembrar uma criação histórica de Nelson Rodrigues, meu companheiro de redação em O Globo e muito amigo de Pedro do Coutto – a peça “Perdoa-me por me traíres”. (C.N.)

12 de abril de 2016
Jorge Bastos Moreno
O Globo