"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

COMPOSIÇÃO DO JUDICIÁRIO

http://www2.sindbancarios.org.br/site2011/charges/image?format=raw&type=img&id=3814

 
Durante o julgamento da Ação Penal 470, o mensalão, as maiores dúvidas estavam na isenção dos senhores ministros do STF, indicados pelo presidente Lula e pela presidente Dilma Rousseff, de cujos votos dependeriam a condenação e o dimensionamento das penas a serem atribuídas aos réus do processo.

As mesas de apostas davam como certa a absolvição daqueles que tivessem maior ligação política com o PT, como, por exemplo, o todo poderoso ex-ministro José Dirceu, o tesoureiro Delúbio Soares, o ex-presidente da sigla deputado José Genoíno, e até de outros serviçais da trama,
de menor quilate, mas amigos da casa, ou seja, do partido que tinha e ainda tem nas mãos a caneta que assinara as nomeações daqueles cuja escolha é decisão privativa do Presidente da República.
 
Nesse rol estão as ministras Rosa Weber e Cármen Lúcia e os ministros Joaquim Barbosa, Ricardo Lewandowski, Luiz Fux, Dias Tófoli, e mais recentemente, os novatos Teori Zavascki e Roberto Barroso. Dos 11 ministros, apenas três são indicações de governos anteriores.
 
Não há porque comentarmos contradições das decisões, como por exemplo a disparidade das penas atribuídas sempre considerado o que a sociedade conheceu da responsabilidade real dos apenados, revelada pelas investigações e pelo próprio processo em suas diversas fases. Se os nomes integrantes do que se chamou núcleo publicitário e núcleo financeiro receberam penas maiores do que os do núcleo político, grandes costureiros da obra, é uma explicação que a história do Judiciário um dia contará.
 
FUX E DIRCEU
 
O encontro do ministro Luiz Fux, quando ainda pretendia sua indicação para o STF, e do presidente Lula com o ministro Gilmar Mendes, em conhecidos escritórios de advocacia de Brasília, realizado, como na época denunciado, como barganha e tentativa de pressão à posição dos ministros enquanto julgadores, pode ter ainda particularidades não conhecidas. Um dia saberemos. Ou não.
 
O mesmo critério de preenchimento dos cargos de desembargadores e ministros do Poder Judiciário Federal e ainda os desembargadores dos tribunais de Justiça dos Estados, esses com os atenuantes das listas prévias, segue como poder privativo do presidente da República e do governador dos respectivos Estados. Acrescente-se que o procurador geral da República e de Justiça dos Estados são também escolhas e nomeações dos chefes do Executivo da República e dos Estados.
 
Ainda que seja órgão vinculado ao Poder Legislativo, a composição dos tribunais de contas da União e dos Estados segue as mesmas preferências.
 
Não é preciso ter o caso, a prova, a impressão digital revelada pela perícia, a escuta telefônica de que sempre se servem as denúncias, mas é natural de se supor que o critério de escolha e preenchimento desses cargos comprometa em algum grau a isenção que se espera desses senhores que julgam. Trata-se de valor essencial, de obrigação indeclinável, sem o que está comprometida a mais desejada e transparente garantia de todo cidadão: a certeza da justiça.
 
E se ela é tão fundamental à sociedade, por que ainda deixá-la exposta aos riscos de eventual barganha política?

(transcrito de O Tempo)

MÉDICA QUE DENUNCIOU CAOS EM HOSPITAL DO RIO RECEBE HOMENAGEM

Quarta-feira, a Sociedade pela Responsabilidade Pública (SRP) homenageou a médica que teve, no ano passado, a coragem de denunciar a precária situação do Hospital Estadual Rocha Faria, em Campo Grande.
 
A SRP foi criada em julho de 2011 por um grupo constituído por administradores, advogados, engenheiros, jornalistas, publicitários para denunciar e agir judicialmente contra os governantes relapsos, desidiosos, omissos e corruptos. E, ao mesmo tempo, destacar a atuação de servidores públicos dedicados, zelosos e profissionais. Eu me orgulho de poder participar da SRP.
 
O Prêmio Responsabilidade Pública 2013 foi entregue à médica Angela Maria Tenório Albuquerque, que protestou contra as condições precárias dos serviços no pronto-socorro do Rocha Faria, no Rio de Janeiro. O desabafo da Dra. Angela, transmitido para todo o país pela televisão e redes sociais, se tornou um marco na luta contra a falência do sistema público de saúde no Brasil.

URGE SENSIBILIZAR CANDIDATURAS AO EXECUTIVO PARA COMPROMISSO COM O SUS

Nas campanhas eleitorais, causa indignação o tanto que os candidatos a cargos executivos (prefeitos, governadores e presidente da República) e seus marqueteiros não sabem o que é o Sistema Único de Saúde (SUS) e o desconhecem como a política nacional de saúde garantida na Constituição Federal de 1988 – uma política de Estado!
 
Se soubessem, teriam apenas um compromisso: universalizar o SUS! Nem mais, nem menos! Como desconhecem, se danam a prometer “coisas” no varejo, como se não houvesse uma diretiva nacional a seguir: o SUS, a política de saúde mais ampla e completa de um país no mundo!
 
Um caso exemplar é o do Maranhão. A eterna governadora Roseana Sarney e o seu vice do PT, vulgo Luiz Macaxeira, dizendo ser o maior “programa” de saúde da história do Maranhão, inventaram o Saúde é Vida (olha a tolice: trocar política de Estado por programa!), cujo carro-chefe seria a construção de 72 hospitais, com abertura de 1.944 leitos.
Nem metade dos prometidos existe! E os inaugurados, com problemas de diferentes ordens, como disse Martins Costa Neto (PRB), prefeito de São Félix de Balsas:
 
“Eles construíram um hospital de grande porte para um município de pequeno porte. Além disso, sempre atrasam o repasse dos recursos, repasse que já não é suficiente para manter aquele elefante branco” (“Mais um prefeito desmascara farsa do Saúde é Vida”, 12.9.2013).
 
Ai, meus sais! Uma canseira a tosquice dessa gente que se dana a prometer UPAs a granel,
ambulâncias e UTIs-cegonha e hospitais a granel, despudoradamente, como se não houvesse uma política nacional de saúde à espera de implantação/implementação e sem considerar que é a partir dos princípios do SUS que resolveremos, paulatinamente, os entraves à atenção à saúde de modo digno.

POLÍTICA DE ESTADO
É emergencial uma alfabetização em SUS! Carmen Teixeira, em “Os princípios do Sistema Único de Saúde”, escreveu: “O SUS pode ser entendido, em primeiro lugar, como uma ‘Política de Estado’, materialização de uma decisão adotada pelo Congresso Nacional, em 1988, na chamada Constituição cidadã: ‘Saúde, direito de todos, dever do Estado’”.

 
E continua: “O SUS assume e consagra os princípios da universalidade, equidade e integralidade da atenção à saúde da população brasileira, o que implica concebê-lo como ‘imagem-objetivo’ de um processo de reforma do sistema de saúde ‘herdado’ do período anterior, um ‘sistema de saúde’ capaz de garantir o acesso universal da população a bens e serviços que garantam sua saúde e bem-estar, de forma equitativa e integral…
Aos princípios ‘finalísticos’, que dizem respeito à natureza do sistema que se pretende conformar, agregam-se os ‘princípios estratégicos’: as diretrizes políticas, organizativas e operacionais que apontam ‘como’ deve vir a ser construído o ‘sistema’ que se quer conformar, institucionalizar.
 
Tais princípios são a descentralização, a regionalização, a hierarquização e a participação social. A universalidade, portanto, é um princípio finalístico, ou seja, é um ideal a ser alcançado… Para que o SUS venha a ser universal, é preciso se desencadear um processo de universalização”.
 
Compromisso com o SUS é a promessa de universalizar suas ações. O resto é firula! É desconfiar de candidaturas que prometem “coisas” a granel, demonstrando a mais completa e absoluta ignorância das questões de saúde da cidade, do Estado e do país que querem governar.
Quem não sabe do que o povo de fato precisa não merece ser eleito!

HISTÓRIAS DO JORNALISTA SEBASTIÃO NERY

A gramínea monóica


 Seu Rodrigues era chefe político de Penedo. Coronel dos de antigamente: bom sujeito, boa prosa, bom garfo. E tinha Tonico, menino levado que passava o dia jogando sinuca no bar da praça ou mergulhando nas águas turvas do São Francisco. Mas era seu orgulho.
Um dia, Tonico virou a cabeça e sumiu com uma trapezista do Circo Garcia. Seu Rodrigues quase morre de desgosto. Não saía, não jogava mais biriba com os amigos. Triste e amuado dentro de casa como um boi velho.
Três anos depois, seu Rodrigues recebeu a notícia de um jornal de Goiás: Tonico tinha morrido em um desastre na estrada. Entrou no quarto, passou um dia e uma noite chorando o resto de mágoa e deixou a saudade pra lá.

O CORONEL

O tempo passou, Tonico não era mais assunto de Penedo. O velho coronel de quando em vez ia buscar atrás da cômoda o retrato do menino ingrato, que ganhara o vão do mundo com a trapezista loura de pernas grossas e recebera seu castigo na curva da estrada.
De repente, chega do Rio um amigo:
- Vi o Tonico lá. Era ele mesmo. Lia um jornal daqui de Alagoas no banco de uma praça. Conversei com ele, não volta porque tem vergonha. Nem o endereço quis dar.
Seu Rodrigues dormiu duas noites de olho aberto, vendo a cara envergonhada de seu menino fujão. Arrumou a mala, pegou o ônibus, tocou para o Rio. Desceu na rodoviária, aquele mundão de gente. Estava tonto e perdido. Viu um guarda:
- Seu guarda, o senhor sabe onde mora Tonico Rodrigues , de Penedo, lá em Alagoas?
- Sei, sim. Mora na rua Senador Pompeu, na mesma pensão em que eu moro.
- Me leva lá que Tonico deve estar sem dinheiro para pagar a pensão. Já faz uns dias que ele sumiu de Penedo.
E seu Rodrigues achou Tonico que sumira ainda ontem.

BERCELINO

Meu colega de “Diario Carioca”, o saudoso Bercelino Maia, velho lutador do Partido Comunista, quando editor da “Gazeta de Alagoas”, que fazia oposição à ditadura de Getulio, recebeu um dia na redação a visita da polícia:
- A partir de hoje o jornal só circula sem comentário político nenhum. Nem editorial. Só notícia. Qualquer comentário, fechamos o jornal.
Bercelino, com sua cara de Clark Gable, cabelos negros ondulados, bigode fino e óculos de vidro, e seu indefectível cigarro nos dedos, sentou-se para escrever o editorial, uma ode ao milho:
- “Ode ao Milho – O milho, quem dirá o contrário?, é uma gramínea originária da América do Sul, cuja planta é caracterizada como monóica”…
E milhou o editorial todo. O censor ficou abestalhado, desesperado, mas não podia fazer nada.

A IMPRENSA

Ruy Barbosa disse que “a imprensa é a vista da Nação”. Disse pouco. É mais. É a vista e a alma. Canta suas alegrias, chora suas dores e sangra suas desgraças. Ajuda seu Rodrigues de Penedo a encontrar seu Tonico fujão e permite ao valente e sábio Bercelino enfrentar a estúpida censura da ditadura com sua “gramínea monóica”.
Em 60 anos diários de jornalismo em jornais, revistas, rádios, televisões, sempre vi o fascínio do jornal semanal. Não é o diário solene do café da manhã mas também não é a revista fria e distante, de mês em mês.
O semanário é a guerrilha gráfica. Metade sala de aula metade campo de batalha. É peleja, combate permanente.
É um velho vicio. No Seminário da Bahia, aos 15 anos, fundei “O SACI”: clandestino, datilografado e desenhado. Furor.Os padres descobriram e proibiram na terceira edição
Na Universidade, em Minas, “A ONDA”. Impresso, desenhado, livre e libertário. Segundo o mestre Milton Campos, “um vagalhão”. Cada edição uma suspensão. Resistimos um ano. Mas ganhamos exames de catedráticos.
Em Salvador, “JORNAL DA SEMANA” – “Conta Sábado o Que os Outros Esconderam Durante a Semana”. Resistiu de 1960 a 1964. Duas prisões e um mandato de deputado.
Na ditadura, em São Paulo, “DIA 1″, por um grupo de baianos lá escondidos. Não chegou ao terceiro numero.
Ainda na ditadura, já no Rio, sob uma censura cruel, o “POLITIKA”, semanal, durou quatro anos. Prisões variadas.

O “EXTRA”

Esta é uma crônica de inveja para calorosamente saudar o Fernando Araujo e seus companheiros, que há 15 anos põem nas bancas, toda semana, o bravo “EXTRA”.
Uma batalha semanal. Mas sobretudo uma magnífica vitoria semanal. Dá trabalho, às vezes quase desanimo. Mas poucas coisas podem fazer um jornalista tão feliz quanto passar nas bancas e ver lá, sob o sol, seu jornal.
A banca é o palco do jornal. Cante, Fernando. Você merece os 15 anos do “EXTRA”. Daqui, uma champanhe.

28 de novembro de 2013
Sebastião Nery

QUANDO O HUMOR DESENHA A REALIDADE


 
28 de novembro de 2013


CONGRESSO PROMULGA PEC DO VOTO ABERTO, ESTRAGA ARMAÇÃO DO PT E COLOCA GENOÍNO NA FILA DA DEGOLA

 

(Renato Silva - Futura Press- Folhapress)
(Renato Silva – Futura Press- Folhapress)

Deu errado – Fracassou a estratégia rasteira do Partido dos Trabalhadores de evitar a perda do mandato do ainda deputado José Genoino Neto, condenado à prisão pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento da Ação Penal 470. Como o PT é uma caixa de Pandora, novas maldades podem surgir a qualquer momento.

Presidente da legenda à época do Mensalão do PT, o maior escândalo de corrupção da história nacional, Genoino vinha tentando convencer o Judiciário que seu estado de saúde é grave e que por isso precisaria cumprir a pena em prisão domiciliar.
Para quem chegou à sede da Polícia Federal erguendo o braço com o punho cerrado, em clara referência aos bolcheviques, o deputado mensaleiro se acovardou em pouquíssimo tempo. É fato que o cárcere é algo indesejável até mesmo para o mais profissional dos marginais, mas é preciso cumprir a lei, como pregam alguns moralistas da esquerda nacional.

A alegada gravidade da saúde de Genoino foi desmontada por dois laudos médicos, um realizado a pedido do ministro Joaquim Barbosa, presidente do STF e relator da Ação Penal 470, e outro pela junta médica da Câmara dos Deputados, que ainda precisa decidir sobre o pedido de aposentadoria por invalidez apresentado pelo petista.

Tendo o irmão, José Nobre Guimarães, na liderança do partido na Câmara dos Deputados, Genoino contava com uma manobra sórdida para evitar a perda de mandato e garantir a aposentadoria, o que em termos financeiros representa pouco mais de R$ 26 mil mensais depositados na conta bancária.

A estratégia petista tinha como ponto primeiro o adiamento da reunião da Mesa Diretora da Câmara, que decidiria sobre a análise, em plenário do processo de cassação de mandato. Como já destacou o ucho.info, o caso de Genoino não é de cassação de mandato, mas, sim, de perda imediata do mesmo por decisão judicial e que consta da sentença proferida pelo STF.

A tal reunião foi adiada para a próxima semana, mas os obtusos defensores de José Genoino não contavam com um imprevisto. A PEC do Voto Aberto foi aprovada no Senado Federal e promulgada pelo Congresso Nacional nesta quinta-feira (28). Com isso, a decisão sobre a perda do mandato dos mensaleiros terá de ser de acordo com as novas regras, ou seja, com voto aberto. E nenhum parlamentar assumirá publicamente a defesa de condenados por corrupção. Quem fizer isso estará cometendo um suicídio político.

28 de novembro de 2013
ucho.info

DÍVIDA PÚBLICA EM ALTA, SUPERÁVIT EM BAIXA E ECONOMIA CAMBALEANTE, MAS DILMA ACREDITA SER ALADIM

 

dilma_rousseff_403Sem freio Qualquer brasileiro minimamente informado e com capacidade de raciocínio não consegue enxergar no governo do PT outra coisa que não um enorme desastre econômico, sem contar os muitos casos de corrupção.

Para os jornalistas chega a ser desconfortável criticar os donos do poder de forma sequencial, mas é impossível concordar com as lambanças que descem a rampa do Palácio do Planalto, em especial as que alcançam a economia.

O mais recente fiasco do desgoverno de Dilma Vana Rousseff, que foi apresentada à população como a “gerentona”, ficou por conta superávit primário. Em outubro, as contas do governo federal (União, Previdência Social e Banco Central) registraram um superávit primário de apenas R$ 5,43 bilhões, o pior resultado para o mês desde 2004, quando o saldo bateu em R$ 4,74 bilhões. Para que o leitor tenha ideia da incompetência dos palacianos, em outubro de 2012 o superávit primário totalizou R$ 9,73 bilhões.

No acumulado do ano, até outubro, o recuo do esforço fiscal do governo é de 48,2%, tendo despencado para R$ 33,43 bilhões. De janeiro a outubro de 2012, o superávit somou R$ 64,53 bilhões. Ou seja, recuo do superávit primário, neste ano, já soma R$ 31,1 bilhões.

O superávit primário é a economia feita pelo governo para pagar juros da dívida pública e tentar manter sua trajetória de queda. Acontece que a falta de capacidade dos integrantes do governo e as apostas equivocadas da equipe econômica levaram o País a uma situação preocupante. A dívida pública brasileira (interna e externa) em outubro registrou alta de 1,69% e voltou a ultrapassar a barreira de R$ 2 trilhões, alcançando a marca de R$ 2,02 trilhões.

Vale destacar que nos últimos oito anos a dívida pública simplesmente dobrou – em 2004, o estoque de dívida estava em R$ 1,01 trilhão, subindo para R$ 2,02 trilhões em outubro. A grande questão é que quando o governo deixa de pagar o juro da dívida por falta de numerário, o Tesouro Nacional é obrigado a emitir novos títulos para gerar recursos e honrar os compromissos. Com isso a dívida pública só aumenta.

Como a economia verde-loura vive diuturnamente sob o fio da navalha, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, por unanimidade, aumentar a taxa básica de juro, a Selic, que agora está fixada em 10% ao ano. Isso porque o governo continua perdendo a guerra contra a inflação, cada vez mais ousada e resistente.
É fato que taxa de juro na casa de 10% não é encontrada pelo consumidor que busca linhas de crédito nas instituições financeiras, mas impacta na dívida pública do País. Em outras palavras, a conhecida incompetência do governo cria mecanismos que empurram a dívida pública para cima.

O cenário é tão assustador, que o próximo presidente, independentemente de quem vença a eleição de 2014, terá de aumentar a carga tributária como forma de fazer com que o Brasil seja governável.

Os gênios de plantão do governo petista de Dilma Rousseff garantem que a meta de superávit primário fixada para este ano será cumprida, mesmo faltando pouco mais de um mês para 2013 se despedir. A mágica palaciana se dará através de uma maquiagem contábil, como sempre acontece.
Os recursos advindos das privatizações e do parcelamento de dívidas tributárias serão lançados na contabilidade oficial como se fosse dinheiro sonante.

Essa situação beiraria a seara do compreensível se a contrapartida dada pelo governo aos contribuintes fosse razoável, mas não é. A União é, em tese, a grande provedora de saúde, segurança, educação e outros quetais, mas esses serviços públicos são de péssima qualidade, quase inoperantes.

A conjunção de todos os fatores acima mencionados mostra que o Brasil enfrenta uma séria e perigosa crise econômica, sem que os integrantes do governo assumam suas responsabilidades e reconheçam seus enormes erros.
Mesmo assim, as pesquisas de opinião, cada vez menos confiáveis, apontam que Dilma Rousseff seria reeleita no primeiro turno se a eleição presidencial fosse hoje. Sendo assim, fica a pergunta que não quer calar: como alguém que ajudou a arruinar a economia do País pode ter um voto de confiança?

28 de novembro de 2013
ucho.info

A SANTA MÁFIA

 

maria_lucia_07Dia após dia a história se desenrola. Nestes quase doze anos de governo petista me vem à mente uma definição de Raymond Queneau: “a história é a ciência da infelicidade dos homens”.

Não que tenhamos tido uma história edificante, mas me refiro à sordidez, à imoralidade, à corrupção galopante, ao teatro de mentiras e, especialmente ao escândalo descortinado pela máfia do mensalão, considerada santa pelos próprios mafiosos.

Entretanto, contra tudo e contra todos, numa luta insana para fazer justiça, pela primeira vez em nossa história a cúpula do mais poderoso partido foi parar na cadeia. Esse feito inédito se deveu à tenacidade, à coragem e à competência de um cidadão de origem humilde, negro que nunca recorreu a cotas, o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa.
Insultado por petistas hidrófobos, que têm como tática desqualificar e intimidar quem não reza por sua cartilha, o ministro Barbosa já entrou para a história com honra e gloria, ao contrário dos péssimos exemplos que se veem, a começar pelo ex-presidente Lula da Silva que melhor seria ser chamado de presidente, pois é quem manda e desmanda na sua grei mafiosa como poderoso chefão beneficiário de todos os vícios detectados pelo STF.

Infelizmente, o ministro Barroso recém-chegado ao STF abriu caminho para os embargos infringentes, chicanas protelatórias ao infinito com intuito de livrar a máfia de suas penas. E o ministro Celso Mello votou a favor dos tais embargos possibilitando a José Dirceu que já foi chamado de chefe da quadrilha, a José Genoino o moribundo do ano e a Delúbio Soares autor de famosa piada de salão, o regime semiaberto em vez do fechado.
Ano que vem a situação do trio pode melhorar bastante, uma vez que o próximo presidente do STF será o ministro Lewandowski. Quanto aos auxiliares de Dirceu, da base aliada ou ligados ao seu gerente do mensalão, Marcos Valério, deverão mofar na cadeia.

Escapou em fuga rocambolesca, escafedendo-se para a Itália, Henrique Pizzolato, também pertencente à “família”. Homem forte de Lula da Silva no Banco do Brasil e exímio autor de dossiês falsos contra inimigos, função comum a petistas aloprados, deve estar seguro junto à Berlusconi como aqui está o inimputável Cesare Battisti, assassino e terrorista italiano protegido de Lula da Silva.

Como aparecerão nos futuros livros de história as fotos de Dirceu e Genoino de punho erguido, simbolizando o comunismo? Serão considerados heróis ou cínicos a rir debochadamente dos eleitores que não se cansam de eleger bandidos para representá-los? Se a história for escrita por intelectuais petistas prostituídos à causa a dupla vai ficar bem na foto.

Privilégios na prisão, revoada de parlamentares companheiros à Papuda para prestar solidariedade aos seus iguais, apoio total do PT aos pobrezinhos dos condenados, presos políticos do seu próprio partido e julgados injustamente por juízes indicados por seus presidentes, lamúrias sem fim e a surrada tese da vitimização e da culpa das elites e da mídia, no momento é bastante para santificar a máfia do mensalão.

Destaque-se José Dirceu que já arrumou emprego num hotel da elite em Brasília, o St. Peter, graças à amizade com o dono, companheiro que já foi devidamente beneficiado pelo governo em agradecimento ao favor prestado à “família”. Assim, no luxo e no conforto o chefe da quadrilha vai ser “gerente administrativo” com salário de R$ 22.000,00 e poderá continuar a fazer lobby, quem sabe na suíte presidencial.

A exemplo dos paraguaios que boicotaram a entrada de senadores em shoppings, restaurantes, postos de gasolina e táxis por não terem suspenso a imunidade de um de seus pares, Victor Bocato, acusado de falcatruas, ninguém deveria mais se hospedar no tal hotel. Mas no Brasil isso seria querer muito.

Menos afortunado Genoino não obteve o que queria com a encenação mambembe de infarto, os constantes chiliques, a nauseante choradeira. Médicos da Universidade de Brasília e da Câmara atestaram que ele não sofre de cardiopatia grave. Mas, enquanto Genoino choraminga deputados solidários se articulam para evitar sua cassação. De fato, a bancada da Papuda tende a aumentar.

Enquanto a história vai acontecendo Dilma Rousseff segue em vertiginosa campanha fazendo o diabo, como disse que faria. Pesquisa do Ibope mostra que se a eleição fosse hoje ela ganharia em primeiro turno. Talvez, ganhe mesmo em 2014.
Os eleitores estão otimistas, contentes com a inadimplência, realizados com a inflação alta, maravilhados com os juros que voltaram aos dois dígitos.
Lula da Silva dirá que mesmo depois de quase 12 anos de governo petista tudo é culpa do Fernando Henrique. Como não existe oposição todos acreditarão piamente e os homens farão história buscando alegremente no voto sua infelicidade.

28 de novembro de 2013
Maria Lucia Victor Barbosa é escritora e socióloga.

MP PEDE CASSAÇÃO DE 13 DEPUTADOS QUE TROCARAM DE PARTIDO SEM JUSTA CAUSA

Entendimento é de que mandato pertence ao povo e não ao parlamentar

A Procuradoria Geral Eleitoral (PGE) propôs ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), nesta quinta-feira (28), 13 ações de perda de mandato por desfiliação partidária sem justa causa contra parlamentares, de acordo com informações do MPF (Ministério Público Federal). 

Segundo os pedidos, os deputados não comprovaram o cumprimento de nenhuma das hipóteses legais que autorizam o procedimento de desfiliação. 

De acordo com o vice-procurador-geral eleitoral, Eugênio de Aragão, autor das ações, o fundamento dos pedidos decorre do caráter representativo do mandato, como expressão da vontade popular. 

— O eleitor confere a representação ao parlamentar vinculado a certo partido, que encarna o ideário que se pretende avançar na disputa pelo poder político. A infidelidade quebra essa relação de confiança e permite à sociedade que reivindique o mandato, através do Ministério Público. 

O vice-procurador destaca ainda que o mandato pertence ao povo, que escolhe as diretrizes e ideais que deverão nortear a condução do Estado. Segundo ele, o cargo não pode ser objeto de acordos ou qualquer forma de negociação que retire o poder da soberania popular. 

A legislação do TSE prevê que o partido político pode pedir, perante a Justiça Eleitoral, a decretação de perda de mandato em decorrência de desfiliação partidária sem justa causa. Se o partido não reivindicar o cargo no prazo de trinta dias, contados da data da desfiliação, o Ministério Público tem prazo de mais 30 dias pode propor a cassação.

 
Confira a lista dos 13 deputados federais que podem perder o mandato:


Foto do Deputado JOSÉ HUMBERTO

José Humberto Soares/MG

Foto do Deputado STEFANO AGUIAR

Stefano Aguiar dos Santos/MG

Foto do Deputado DR. PAULO CÉSAR

Paulo César da Guia Almeida/RJ

Foto do Deputado DELEY

Wanderley Alves de Oliveira/RJ

Foto do Deputado WALTER FELDMAN

Walter Meyer Feldman/SP

Foto do Deputado LUIZ NISHIMORI

Luiz Hiloshi Nishimori/PR

Foto do Deputado SILVIO COSTA

Silvio Serafim Costa/PE

Foto do Deputado WILSON FILHO

José Wilson Santiago Filho/PB

Foto do Deputado ALFREDO SIRKIS

Alfredo Helio Syrkis/RJ


Paulo Henrique Ellery Lustosa da Costa/CE

Foto do Deputado BETO MANSUR

Paulo Roberto Gomes Mansur/SP

Foto do Deputado FRANCISCO ARAÚJO

Francisco Evangelista dos Santos de Araújo/RR

Foto do Deputado CÉSAR HALUM

Cesar Hanna Halun/TO
 
28 de novembro de 2013
in Do R7, em Brasília

PGR QUER CASSAÇÃO DE PELO MENOS DEZ PARLAMENTARES INFIÉIS

PGR vai apresentar ações contra parlamentares 'infiéis'

 

Alvos serão políticos que se filiaram a partidos recém-criados e depois voltaram para siglas tradicionais; PGR não informou nomes

 
Rodrigo Janot
Rodrigo Janot, procurador-geral da República (Sergio Lima/Folhapress)
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou nesta quinta-feira que vai apresentar à Justiça “mais de uma dezena” de pedidos de cassação de parlamentares. Os alvos dos processos serão os "infiéis": políticos que usaram partidos em processo de criação como "escala" para driblar a legislação e se filiar a outras siglas tradicionais. Janot não informou o nome dos parlamentares que estão na mira do Ministério Público.
De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o troca-troca partidário só é permitido quando há perseguição contra um filiado, se a sigla altera sua linha programática ou nos casos de criação ou fusão de legendas.
Neste ano, entretanto, parlamentares migraram para os recém-criados Pros e Solidariedade e, em seguida, aderiram a siglas tradicionais. “Já tomamos a iniciativa judicial. Serão mais de uma dezena de ações para cassação desses mandatos”, disse Janot.
Para explicar a situação, o procurador-geral comparou a mudança de legenda a uma viagem de avião com escalas. “Quando eu pego um voo daqui para Fortaleza e faço uma escala em Salvador, meu voo continua sendo Brasília-Fortaleza. O que fiz foi uma simples escala em Salvador. Quando esses parlamentares vão de um partido existente para outro existente, com uma escala em um novo, na verdade isso é uma forma de superar o obstáculo da fidelidade partidária”, disse.
28 de novembro de 2013
Laryssa Borges - Veja
 

41% DAS ESCOLAS NÃO ATINGEM A MÉDIA PARA DIPLOMAÇÃO NO ENSINO MÉDIO

Enem 2012: 41% das escolas ficam abaixo da média exigida para certificação do ensino médio

Muitos alunos dessas instituições não obteriam diploma, caso fizessem avaliação com essa finalidade. Resultado é pior do que o registrado em 2011

 
Uma das finalidades do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é conceder a certificação desse ciclo da educação básica a alunos com mais de 18 anos. Para obter o diploma, é preciso obter 450 pontos em cada uma das provas objetivas (ciências humanas, ciências da natureza, linguagens e matemática), além de 500 pontos na redação. Uma análise dos dados do Enem por Escolas 2012, divulgados pelo Ministério da Educação nesta terça-feira, revela que muitos concluintes do ensino médio não atingiram aquelas notas. Eles provavelmente não fizeram o Enem com o objetivo de obter o diploma, pois cursavam o terceiro ano do ensino médio. Mas, caso quisessem, não obteriam a certificação.


O MEC não fornece as notas de estudantes. Por isso, não é possível precisar quantos alunos ficaram abaixo do conceito mínimo para certificação. O que é conhecido, porém, são as notas das escolas — calculadas a partir das médias dos estudantes matriculados nessas instituições.
 
Segundo os dados, 4.634 das 11.241 escolas — ou 41,2% do total — ficaram abaixo do patamar mínimo para a diplomação dos estudantes. Na prática, isso significa que um grande número de alunos não atingiu os 450 pontos nas quatro provas objetivas e 500, na redação.
 
"É um indicativo de que esses estudantes apresentam nível de aprendizado inferior ao dos demais", afirma Priscila Cruz, diretora da ONG Todos Pela Educação. "Enquanto todas as nações avançam na área de educação, nós estamos estagnados há anos. A Prova Brasil, que é o melhor método para analisar a evolução educacional do país, mostra que, em 2011, os alunos só sabiam 10% do esperado em matemática e 29% em português ao término do ensino médio."
 
A parcela de instituições de ensino cuja média geral não atingiu as notas necessárias à diplomação em 2012 é superior à registrada no Enem 2011. Nessa prova, 30% das unidades de ensino não alcançaram as médias exigidas.
O MEC disponibilizou somente os dados de instituições de ensino em que pelo menos metade dos alunos concluintes do ensino médio realizou a avaliação. Escolas com menos de dez alunos também foram desconsideradas do levantamento.



28 de novembro de 2013
Lecticia Maggi - Veja

CONTAS DO GOVERNO DILMA TÊM O PIOR RESULTADO PARA OUTUBRO DESDE 2004

 
Superávit primário foi de R$ 5,4 bilhões
 
O governo central - que reúne as contas do Tesouro Nacional, Banco Central (BC) e da Previdência Social (INSS), registrou em outubro superávit primário de R$ 5,436 bilhões. É o pior resultado para o mês desde 2004. Em setembro, o déficit foi de R$ 10,420 bilhões.

No acumulado do ano, a economia do governo central para pagamento dos juros da dívida atingiu R$33,432 bilhões - o que representa queda de 48,2% frente ao mesmo período de 2012, que foi de R$ 64,534 bilhões. A meta para o ano está fixada em R$ 73 bilhões.
 
No mês passado, a maior contribuição para as contas públicas veio do Tesouro, que registrou resultado positivo de R$ 8,276 bilhões; já o BC registrou déficit de R$ 127,3 milhões e a Previdência Social, déficit de R$ 2,712 bilhões.

28 de novembro de 2013
Geralda Doca - O Globo

VOTO ABERTO ENTRA EM VIGOR E PREOCUPA GANGUE DE LULA

Plenário do Senado durante sessão deliberativa
Plenário do Senado Federal (Arthur Monteiro/Agência Senado)
 
 

Emenda constitucional promulgada pelo Congresso Nacional também retira sigilo de deliberações sobre vetos da Presidência da República


O Congresso Nacional promulgou nesta quinta-feira a Emenda Constitucional 76, que extingue o voto secreto para processos de cassação de mandato e apreciação de vetos presidenciais. A medida havia sido aprovada na terça-feira pelo Senado. Com a nova regra, os eventuais processos de cassação dos deputados condenados pelo mensalão transcorrerão sem sigilo, o que aumenta as chances de perda do mandato.
 
Estão nesta situação quatro parlamentares em exercício: Valdemar Costa Neto (PR-SP), João Paulo Cunha (PT-SP) e Pedro Henry (PP-MT) – e um licenciado, José Genoino (PT-SP). Dos quatro, apenas Genoino já cumpre pena.
 
Alguns parlamentares, entretanto, afirmam que ainda é possível salvar o mandato do quarteto de deputados mensaleiros em votação fechada. Segundo eles, é preciso alterar o Regimento da Câmara para que o voto nesses casos seja aberto. A emenda promulgada nesta quinta alterou a Constituição, mas as regras internas do Congresso ainda falam em voto secreto.
 
O sigilo do voto continua mantido nas deliberações do Senado sobre a indicação de autoridades, como ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e embaixadores.

A proposta inicial, que partiu da  Câmara, extinguia o voto secreto em todas as circunstâncias, mas o texto foi modificado pelos senadores.

 Na rápida cerimônia de promulgação, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), defendeu a proposta – e disse que o fim do voto secreto em todas as situações seria inadequado: “Na minha avaliação, alguns votos secretos estão intrinsecamente associados às liberdades e garantias individuais e à defesa da democracia”.

28 de novembro de 2013
Gabriel Castro - Veja

ENTREVISTA: PARA EX-MINISTRO DA JUSTIÇA, CARDOZO VIROU "JOGUETE" DO PT


Ex-ministro da Justiça entre 2000 e 2001, José Gregori foi um dos responsáveis por desvendar a falsidade nas denúncias do chamado Dossiê Cayman, produzido em 1998 para atacar políticos do PSDB nas eleições daquele ano. Segundo Gregori, o mesmo método de falsificação documental utilizado naquele esquema está sendo reeditado agora nas investigações do Cade sobre um suposto cartel de empresas em licitações do trem e metrô. Ele citou como exemplo a tradução incorreta de um documento, no qual aparecem ataques ao PSDB que não constam no original.

“É próprio desse tipo de estelionato eleitoral o advento de falsificação, de pegar um documento crível e falsificar informações. Esse estelionato visto até o momento compromete totalmente a investigação (do Cade), vai na raiz da questão anulando-a. O que estamos vendo é o caso Cayman sendo reeditado”, avaliou.

Para Gregori, que também preside a Comissão de Direitos Humanos da USP, o ministro da Justiça corre o risco de estar sendo feito de “joguete” nas mãos de “fanáticos de um partido” ao expor denúncias anônimas que chegam em suas mãos antes de checa-las. “O ministro, que é um homem sério, precisa ter muita convicção ética e saber que antes de tudo é uma coluna da república e não um galho de partido político”, concluiu.

Confira a entrevista:

O exercício de um cargo como ministro da Justiça envolve uma série de limitações éticas e técnicas. Quando ministro, o senhor chegou a receber alguma pressão para que transgredisse a ética vinda da presidência da república ou de algum partido? É comum esse tipo de pressão?

 José Gregori: Em qualquer cargo público, especialmente em um cargo central como ministro da Justiça, o seu dia a dia está sujeito ao recebimento de muitas denúncias e queixas. Isso traz ao ministro a necessidade de muita prudência e responsabilidade senão ele passa a ser a caixa de ressonância da casa da sogra, onde tudo é admitido. O ministro precisa ter muita convicção ética e saber que antes de tudo é um ente da república e não um galho de partido político.
Na minha época, no entanto, nunca tive pressões vindas da presidência da república ou do meu partido. Recebi denúncias falsas com inconsistência nos elementos de vários lados. Um exemplo foi o falso dossiê das Ilhas Cayman, que uma série de supostas provas falsas chegaram com documentos falsificados que, se fossem distribuídos antes de terem a sua falsidade comprovada, poderiam ter denegrido muitas imagens. No final, ficou comprovado que houve fraudes e os falsificadores foram presos.

No caso do ministro Cardozo, ele rompeu com os limites da ética ao encaminhar diretamente à Polícia Federal papéis com uma denúncia apócrifa recebida em sua casa?

 Gregori: Tenho respeito pelo ministro, acho que esses acontecimentos recentes podem ser explicados pela sua juventude, mas isso não justifica o que está acontecendo, que é o açodamento. Cardozo falou sobre prevaricação, acho que não prevaricar é tomar esse cuidado de não estar sendo feito de joguete nas mãos de falsários e fanáticos de partidos. Conduzir o cargo como um guardião. Ao receber um documento sobre pessoas que ele conhece, tem que ter o maior cuidado de não jogar na fogueira antes de você pessoalmente formar sua convicção.

Qual seria o procedimento correto neste caso?

 Gregori: Se ele recebeu um documento com denúncias como essas que vieram a público, ele próprio, com uma assessoria da maior confiança, deveria buscar saber se tinha de fato procedência ou não, e não sair jogando a denúncia no ar para atacar adversários.

Dá para dizer que o procedimento foi politizado, tendo em vistas a eleição do ano que vem?

 Gregori: O processo está sendo politizado desde a primeira notícia sobre o caso, que já vinha com endereço certo, citando fulano, beltrano e ciclano. Nunca se falou tanto dessas administrações estaduais passadas como no atual noticiário. Houve, até mesmo, um desrespeito à memória de alguns que não estão mais aqui para se defender. Todas essas denúncias nasceram absolutamente, de A a Z, com uma preocupação político-eleitoral tendo em vista o ano que vem. Isso aumenta nas autoridades que representam a república, incluindo o ministro Cardozo, a necessidade de prudência ao tratar desses assuntos para que eles não virem mais um joguete.

Ontem, membros do PSDB revelaram que houve fraude em uma tradução de documentos que compõe a investigação do Cade, nos quais foi incluído o nome do PSDB que não compunha o documento original. Essa fraude compromete parte da investigação?

 Gregori: Na minha visão, esse estelionato visto até o momento compromete totalmente a investigação, vai na raiz da questão e anula ela. O que estamos vendo é um caso Cayman sendo reeditado. No processo Cayman, foram forjados nomes, valores foram alterados, datas, etc. Quer dizer, é próprio desse tipo de estelionato eleitoral o advento desse tipo de falsificação, de pegar um documento crível e falsificar dados. Esse tipo de crime não tem origem em informações verbais, mas geralmente em papéis adulterados. Pensa no caso dos trens, quando você compra um trem, um trilho, tem que assinar uns 20 papéis, e é justamente nesses papéis que o estelionatário vai buscar a falsidade. E as autoridades devem ter o maior cuidado com os papéis para não serem enganados pela pressa.

28 de novembro de 2013
Welbi Maia Brito

POR UM BRASIL DOS BATALHADORES: O QUE ESPERAR DA CANDIDATURA DE AÉCIO NEVES?

A%c3%a9cio2



O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) desceu do muro.
Foram longos 11 anos tentando encontrar um caminho e aprender, não só a fazer oposição, mas a oferecer ao país um candidato de oposição.
O PSDB finalmente decidiu apresentar na sua propaganda na televisão, através de Aécio Neves, uma visão alternativa para o país. 

Pode ser que não dê certo, pode até ser tarde demais para reconstruir a identidade de um partido que há mais de uma década só faz gritar que teve as suas bandeiras roubadas. Mas era necessário começar de algum lugar. Pareceria estranho para alguém que chegasse agora ao Brasil, mas a grande novidade na política nacional é vermos o principal partido de oposição brasileiro dizendo abertamente que pensa diferente do governo.

Fazer previsões sobre eleições brasileiras com um ano de antecedência não é uma tarefa simples. Ainda mais difícil é discutir as políticas que os candidatos elegerão para as suas campanhas – não havia Plano Real em novembro de 1993, nem havia “Carta ao povo brasileiro” em novembro de 2001. Uma coisa, porém, é essencial: a construção de um arco narrativo.
Os candidatos precisam agrupar um conjunto de ideias que crie uma impressão, que os diferencie dos rivais, e incluí-las em um contexto. Não precisamos ir aos Estados Unidos e lembrarmos da campanha de Barack Obama em 2008, basta lembrarmos da campanha de Lula em 2002.

Foi Duda Mendonça que, sob a supervisão de José Dirceu, reposicionou o PT e Lula, e deu uma maquiagem positiva às más impressões que determinado grupo de eleitores tinha do partido. Antes mesmo que a campanha efetivamente começasse, ele já buscava convencer o país que mesmo aqueles que rejeitavam o partido compartilhavam algumas das suas preocupações.

Os comerciais que Duda preparou para o PT diziam aos brasileiros que se imagens de pobreza e injustiça os tocassem (e a quem não tocam?) eles também eram “um pouco PT”. O destaque não era mais o enfrentamento com os “agiotas internacionais” de 1998, era o entendimento para o crescimento econômico, conversando com “muitos empresários e os sindicatos de trabalhadores”.

A narrativa do PT era carregada de sentimentalismo. Tínhamos o Lula chorando, crianças abraçando estrelas, grávidas de branco, o Bolero de Ravel, e o Chico Buarque. No entanto, o sentimentalismo era apenas um instrumento para sinalizar que as coisas poderiam melhorar. Que tudo ficaria diferente depois do voto. Que dessa vez havia motivos para a esperança. Que havia vontade política (termo importantíssimo) para mudar.

A oposição tucana jamais conseguiu chegar perto disso. Nas últimas campanhas, e principalmente na campanha de José Serra em 2010, a oposição dizia poder fazer mais e melhor, mas pouco se diferenciava daquilo que defendia o governo. As suas prioridades pareciam as mesmas.
O PSDB só prometia fazer mais, saber “tirar do papel”. Em 2002, quando era governo, a campanha de Serra disputou com o PT a bandeira da mudança. Em 2010, quando era oposição há uma década, a campanha tucana dividia com a campanha petista a afirmação de que o “Brasil tinha melhorado, mas ainda havia muito por fazer”. Até  Lula apareceu na campanha da oposição.

No início desse ano, escrevi que o Brasil vivia um estranho consenso político, com pessoas que lhe olham esquisito se você não defender a transferência de mais poder para o Estado. É esse consenso, benéfico para a situação, que a equipe de Aécio parece querer quebrar. Na parte final do programa do PSDB exibido em setembro, uma jovem pergunta a Aécio por que acreditar que com eles (a oposição, os tucanos etc.) vai ser diferente. Essa foi a sua resposta:

“Eu tenho uma visão de país que é um pouco diferente daqueles que estão no governo hoje, que acham que o Estado faz tudo pra você. Nada. Eu acho que quem muda o Brasil é você. Quem muda o Brasil é você que tá lá estudando, ralando.
O Estado tem que dar condição. Tem gastar menos com a sua estrutura, para gastar mais com as pessoas.
O governo não pode empatar a vida das pessoas, tem que ser um parceiro. Mas quem vai mudar a vida de cada um de vocês, ou de cada um de nós, somos nós mesmos, é quem tiver disposição de ralar e de enfrentar.”

As ideias principais da campanha parecem estar aí. Na resposta de Aécio aparece uma disposição de posicionar a oposição do lado liberal e menos estatista do debate político. O Estado não pode fazer tudo por você; não confie no Estado para fazer tudo por você; o seu futuro é você quem constrói, ralando, batalhando. O Estado não pode empatar a vida das pessoas.

Na campanha tudo pode mudar. Dilma e Serra foram à igreja. Alckmin vestiu a jaqueta com os logos das estatais. Políticos fazem malabarismos pela recompensa de curto prazo. Mas é importante destacar essa abordagem diferente, a tentativa de reposicionar o PSDB em um campo mais liberal.
Uma iniciativa cujos frutos podem demorar um pouco para aparecer, mas com potencial de fazer do partido uma alternativa real às políticas – e ideologias – do PT.

A tentação de sair gritando “Mensalão! Mensalão!” estará presente em 2014, mas o julgamento de políticos corruptos, e a própria corrupção de políticos, parece ter pouca influência no resultado das campanhas.
A oposição parece ter percebido que para vencer o governo é preciso apresentar alternativas às políticas do governo, não apenas se oferecer para realiza-las, para tirá-las do papel. Pode não ser suficiente para derrotar uma presidente bem avaliada, mas já é um bom começo.

28 de novembro de 2013
Magno Karl

O PT VAI DAR UM GOLPE NO BRASIL - PROPAGANDA DO PT 2013

"DEMÊNCIA DIGITAL" ALARMA CORÉIA DO SUL E ALEMANHA

Artigos - Cultura 
A Coreia do Sul é um dos países mais conectados digitalmente no mundo, mas desde 1990 vem registrando o crescimento do problema da “adicção à Internet” entre adultos e jovens, de acordo com o jornal The Telegraph.

Essa adicção está evoluindo para o que os sul-coreanos chamam de “demência digital”. O termo designa uma deterioração das capacidades cognitivas que antes só se viam em pessoas que sofreram graves lesões no crânio ou doenças psiquiátricas.

“O uso excessivo de smartphones e jogos digitais dificulta o desenvolvimento equilibrado do cérebro”, explicou ao jornal “Joong Ang Daily”, de Seul, o médico Byun Gi-won, do Centro para o Equilíbrio Cerebral.

“Os usuários ‘pesados’ tendem a desenvolver o lado esquerdo de seus cérebros, deixando no subdesenvolvimento ou no estancamento o lado direito” – acrescentou. Do lado direito depende a concentração mental, e sua falência afeta a atenção e a memória, danos que se verificam num 15% dos casos de “demência digital” precoce.

Os pacientes desta nova patologia exibem também subdesenvolvimento emocional, sendo que as crianças correm mais riscos do que os adultos porque seus cérebros ainda estão crescendo.

Segundo os médicos, a situação está piorando na medida em que a média de jovens entre 10 e 19 anos que usam smartphones mais de sete horas por dia cresceu até 18,4%, um aumento de 7% em relação ao ano passado.

Mais de 67% dos sul-coreanos possuem smartphone, o maior índice do mundo. Nos adolescentes a proporção é de mais de 64%, segundo o Ministério para as Ciências. O governo calcula que 20% dos menores de idade sofrem depressão e ansiedade quando fica sem mexer com celular.

O neurocientista alemão Manfred Spitzer publicou em 2012 o livro Digital Dementia, alertando pais e professores para o perigo que correm as crianças que ficam muito tempo diante de laptops, tablets, celulares ou outros aparelhos eletrônicos.

Segundo o Dr. Spitzer, os déficits no desenvolvimento cerebral são irreversíveis. Para ele, os equipamentos digitais deveriam ser banidos das escolas alemãs antes que os jovens se tornem adictos.

Por sua vez, a
BBC Brasil noticiou que os ministérios da Educação e da Saúde sul-coreanos pediram que as escolas organizem acampamentos visando livrar as crianças dos atrativos negativos da adicção a Internet e a concomitante “demência digital”.


28 de novembro de 2013
Luis Dufaur

ENTIDADE DOS NOVOS "PATRÕES" DE DIRCEU RESPONDE A INQUÉRITO POR DESVIO DE VERBA PÚBLICA.

Meu receio é o Zé perder a pureza em seu novo trabalho…



O Centro de Tradições Nordestinas (CTN), entidade sediada em São Paulo, terá de devolver R$ 4,8 milhões aos cofres públicos em razão do mau uso do dinheiro que recebeu do Ministério da Ciência e Tecnologia, em 2006, para desenvolver um projeto no Pará.

O CTN é administrado pela família Abreu, uma das donas do Hotel Saint Peter, em Brasília, novo local de trabalho do ex-ministro José Dirceu, caso ele receba a autorização da Justiça.


O CTN foi fundado pelo presidente do PTN, José Masci de Abreu, e é presidido pela filha dele, Renata Abreu. A entidade e o partido têm a mesma sede administrativa, em SP.

O irmão de José de Abreu, Paulo Masci de Abreu, é filiado ao PTN e aparece na sociedade do Saint Peter.

O próprio ministério concluiu que o CTN não conseguiu comprovar a execução dos serviços e recomendou a devolução do dinheiro. Um inquérito do Ministério Público Federal (MPF) investiga as irregularidades.

Em 2006, o CTN recebeu R$ 3 milhões para instalar terminais de um projeto chamado Tele Saudades, que serviria para realizar contatos entre migrantes nordestinos e seus parentes nas cidades de origem.


Para o ministério, não foi comprovado o gasto do dinheiro. Uma liminar na Justiça suspendeu a necessidade de devolução. Desde 2008, um inquérito da Procuradoria da República no Tocantins investiga o destino do dinheiro.

Os Abreu têm outros interesses junto ao governo. São proprietários de veículos de comunicação e têm processos de outorga junto ao Ministério das Comunicações. Entre eles, um relacionado à extinta Televisão Excelsior, em nome de Paulo de Abreu.

O Ministério da Ciência e Tecnologia diz não saber da vinculação entre CTN e PTN. O CTN sustenta que o presidente do PTN foi um dos fundadores da entidade e “há anos não exerce atividades na instituição”. “Paulo de Abreu é apenas irmão de José de Abreu. Nenhuma de suas empresas tem ligação com o CTN”.

28 de novembro de 2013
Vinicius Sassine, no Globo

O VÍDEO INFORMA

A palavra de Genoino tem tanto valor quanto uma cédula de 3 reais




De novo, o deputado presidiário José Genoino qualificou de “abutres” os jornalistas que acompanham seus deslocamentos entre a Papuda e o hospital. Mais uma vez, a coluna replica com a exibição de um vídeo gravado em  1° de setembro de 2008 pelo programa CQC, da Band.

É mais que uma conversa entre o humorista Warley Santana, que se apresenta como “jornalista e assessor de imagem”, e um figurão do PT. É uma prova contundente de que a palavra de Genoino tem tanto valor quanto uma cédula de 3 reais.

No começo da entrevista, o enviado especial do CQC lhe pede que aponte as principais diferenças entre a juventude dos anos 60 e a de agora. Aquela “tinha sonho ideologia e causa”, afirma Genoino. “A juventude de hoje, apesar de ter mais informação, ela tem menos conhecimento”.
Com as câmeras desligadas, o declarante ouve o conselho: como o público do programa é constituído majoritariamente por jovens, seria conveniente abrandar com observações elogiosas os reparos que fizera aos moços deste início de século.

Imediatamente aceita, a sugestão provoca bruscas mudanças na forma e no conteúdo do palavrório. “Uma  geração não pode se relacionar com a outra de maneira arrogante nem autoritária”, corrige-se Genoino no recomeço do palavrório. “Cada geração vive a intensidade da sua época”. Hoje, derrama-se o declarante, os jovens “estão vivendo uma intensidade positiva, têm muita informação”.

Os poucos minutos seguintes bastam para transformar o que deveria ser uma entrevista num monumento à hipocrisia. E confirmam que, a exemplo do chefe supremo, sacerdotes da seita lulopetista não têm compromisso com o que dizem.

Os problemas cardíacos do mensaleiro condenado por corrupção ativa são reais, mas só quando o paciente está engaiolado na Papuda aparecem surtos de depressão ou princípios de enfarte. A doença existe. Os achaques do hóspede da cela S 13 podem ser tão verdadeiros quanto o depoimento ao CQC.

28 de novembro de 2013
Augusto Nunes, Veja.com

CARDOZO, O "PORQUINHO PREGUIÇOSO" DA DILMA, QUER PROCESSAR TUCANOS POR QUESTIONAREM DOCUMENTOS FALSOS QUE ELE REPASSOU À PF


Cardozo é o "porquinho preguiçoso" que constrói casas e denúncias de palha.
 
José Eduardo Cardozo, mais conhecido como o "porquinho preguiçoso" da Dilma, quer processar os tucanos que mostraram os documentos falsos que ele encaminhou à PF. Leia, abaixo, a matéria do Estadão.
 
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, anunciou nesta quinta-feira, 28, que irá processar criminalmente e por danos morais as pessoas que lhe dirigiram injúrias. A afirmação refere-se aos encaminhamentos do caso Siemens. Segundo ele, a decisão tem por objetivo a uma proteção do cargo de ministro, que "exige respeito e tratamento digno". "Ofensas a honra jamais", disse o ministro, durante entrevista coletiva.
 
A reação do ministro é uma resposta às afirmações feitas nesta semana por lideranças do PSDB, que desaprovaram a atitude de Cardozo de encaminhar à Polícia Federal um documento de um ex-diretor da Siemens, que aponta suposto envolvimento de tucanos em uma empresa de consultoria que intermediaria o esquema do cartel da construção do metrô de São Paulo.
 
Segundo Cardozo, o chamaram de "sonso, membro de quadrilha, vigarista". "Estes serão processados". Ele não deu nomes de quem irá processar, mas disse que, além dos que o ofenderam, também irá processar os que entrarem com processo contra ele por calúnia. "Na política pode haver diferença. Desrespeito jamais", afirmou.
 
O ministro disse que esteve com a presidente Dilma Rousseff, que lhe deu liberdade quando ele disse que processaria os tucanos. "Ela me deu total liberdade para conduzir esse caso", afirmou. Ainda com relação aos questionamentos sobre a tradução do documento do ex-diretor da Siemens, Cardozo diz que não está descartado que se tenha retirado informações do texto para se enviar a Siemens e não o contrário, como sugerem os tucanos.
 
28 de novembro de 2013
in coroneLeaks

PROS QUER INDICAR CIRO GOMES PARA MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO


ciro

O Partido Republicado da Ordem Social (PROS) fez ontem a primeira tentativa de convencer Ciro Gomes a se candidatar a ministro do governo.

Ciro desembarcou em Brasília nesta Quarta-feira para reunião reservada com o presidente do partido, Eurípedes Júnior, e o líder na Câmara, deputado Givaldo Carimbão (AL), a pedido da dupla.
O partido quer indicá-lo para o ministério da Integração (que já dirigiu) ou Ministério das Cidades, pelo bloco PROS-PP.

Os caciques levaram a ele o cenário: em reunião recente com Dilma, embora não tenham falado de ministério, Eurípedes e Givaldo ouviram dela elogios rasgados a Ciro. Entre outras palavras, soltou: “Ele tem fama de ignorante, de muito duro, mas tenho o maior carinho por ele”, disse a presidente.
Atual secretário de Saúde do governo do irmão no Ceará, Ciro estava até então reticente.
Quer evitar comentários de que deixou o PSB de Eduardo Campos – futuro adversário de Dilma – por um ministério. Mas, segundo um dos interlocutores, saiu mais animado do encontro de ontem.

Ciro volta a Brasília na próxima Terça, em companhia do governador Cid Gomes, para almoço com os presidentes do PROS e do PP, o senador Ciro Nogueira (PI).

O PROS tem 21 deputados e se uniu ao PP no bloco que controla hoje 63 parlamentares. Quando for chamado para conversar no Planalto, o grupo quer levar o nome de Ciro.

Dilma avisou à dupla que saem oito ministros em Janeiro. Integração está com interino, e Aguinaldo Ribeiro (PP) das Cidades deve ser candidato à reeleição na Câmara.

A possível entrada de Ciro Gomes no Governo Dilma é apontada pelo bloco como uma compensação aos irmãos Gomes pela mostra de fidelidade à atual gestão. Eles deixaram o PSB de Campos para se filiarem ao PROS, já claramente governista, e levaram dezenas de deputados, secretários, vereadores e prefeitos no Ceará para a legenda.

28 de novembro de 2013
Leandro
Coluna Esplanada