Este é um blog conservador. Um canal de denúncias do falso 'progressismo' e da corrupção que afronta a cidadania. Também não é um blog partidário, visto que os partidos que temos, representam interesses de grupos, e servem para encobrir o oportunismo político de bandidos. Falamos contra corruptos, estelionatários e fraudadores.
Replicamos os melhores comentários e análises críticas, bem como textos divergentes, para reflexão do leitor. Além de textos mais amenos... (ou mais ou menos...)
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"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...) A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville (1805-1859) "A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.
DILMA TEM ATÉ O DIA 5 DE FEVEREIRO PARA TESTEMUNHAR A FAVOR DE ENROLADO NO ESQUEMA DE VENDA DE MEDIDAS PROVISÓRIAS
A PRESIDENTE DILMA ROUSSEFF E OUTRAS TESTEMUNHAS COM FORO PRIVILEGIADO PODERÃO SE MANIFESTAR POR ESCRITO SOBRE VENDA DE MPS (FOTO: JOSÉ CRUZ/ABR)
A presidente Dilma tem até o dia 5 de fevereiro para se manifestar como testemunha de defesa em ação penal na Operação Zelotes, que investiga suposto esquema de venda de medidas provisórias.
A decisão é do juiz Vallisney de Souza Oliveira, titular da 10ª Vara da Justiça Federal do Distrito Federal. Ele determinou nesta terça-feira, 26, que autoridades com foro privilegiado intimadas a depor na ação penal da Zelotes se manifeste por escrito ou pessoalmente dentro deste prazo.
Além da presidente Dilma, também foram chamadas a depor como testemunhas de defesa de réus presos na Zelotes o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, os senadores Walter Pinheiro (PT-BA), Humberto Costa (PT-PE), José Agripino (DEM-RN) e Tasso Jereissati (PSDB-CE); o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB); os deputados José Carlos Aleluia (DEM-BA), Alexandre Baldy (PSDB-GO) e José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara; e o prefeito de Catalão (GO), Jardel Sebba.
No dia 20 de janeiro, quando o juiz autorizou o pedido para que a presidenta seja ouvida na ação, o Palácio do Planalto informou que não iria se manifestar sobre o assunto. A presidenta foi arrolada pela defesa de Eduardo Gonçalves Valadão, suspeito de integrar o esquema investigado.
Como testemunhas, eles poderão enviar à 10 ª Vara Federal de Brasília documento dizendo simplesmente que não têm nada a declarar sobre o tema.
O ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República e ex-chefe de gabinete do ex-presidente Lula, Gilberto Carvalho, prestou ontem, 25, depoimento como testemunha. Após o depoimento, Carvalho disse à imprensa que a denúncia de que houve compra e venda de medidas provisórias nos governos de Lula e Dilma é absurda.
As investigações sobre a denúncia de compra de MPs foram feitas na Operação Zelotes, deflagrada pela Polícia Federal, em março do ano passado, para apurar suspeita de pagamento de propina a integrantes do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) visando anular ou diminuir débitos tributários de empresas com a Receita Federal.
MPF LEVA JOESLEY BATISTA E JOÃO HERALDO (BANCO RURAL) À JUSTIÇA
TANTO O GRUPO JBS, QUANTO O BANCO RURAL TERIAM REALIZADO OPERAÇÕES TRIANGULARES FOTO: JONNE RORIZ/ ESTADÃO
O Ministério Público Federal em São Paulo (MPF-SP) denunciou por crime contra o sistema financeiro, Joesley Batista, presidente do conselho de administração da JBS, controladora da Friboi, e presidente da J&F, e João Heraldo dos Santos Lima, presidente do Banco Rural.
Também foram denunciados por participação direta no caso a presidente da Trapézio, Kátia Rabello, que já foi condenada por envolvimento no Mensalão. O vice-presidente da Trapézio, Plauto Gouveia, presidente do Banco Original, Emerson Fernandes Loureiro, vice-presidente do banco José Eduardo Tobaldini, vice-presidente do Banco Rural, Vinícius Samarane e o diretor financeiro Wanmir Almeida Costa.
Segundo o MPF Batista e Lima são acusados de operações ilegais envolvendo concessões de empréstimos conhecidas como “troca de chumbo” no valor de aproximadamente R$ 80 milhões.
Tanto o Grupo JBS, quanto o Banco Rural teriam realizado operações triangulares entre duas instituições financeiras para a emissão de crédito a empresas que fazem parte desses grupos, o que é ilegal.
O MPF informou que o Banco Rural, controlado pela Trapézio S.A e o Banco Original, controlado pela J&F Participações realizaram a “troca de chumbo” no fim de 2011, “imbuíndos do propósito de capitalizarem artificialmente as respectivas empresas controladoras das instituições financeiras que administravam”.
A partir dessa operação o ministério acusa o Banco Original de ter concedido indiretamente empréstimo vedado para as coligadas J&F Participações e Flora Produtos de Higiene e Limpeza. O Banco Rural teria feito o mesmo com a sua controladora Trapézio S.A.
No dia 21 de dezembro de 2011 as duas empresas abriram contas correntes no Banco Rural, no outro dia, ambas obtiveram do banco créditos no valor total de R$ 40 milhões. E Joesley Batista assinou as cédulas de crédito como eminente e avalista.
Com os descontos de impostos e taxas de operação foi transferido do Banco Rural para cada empresa a quantia de R$ 39,650 milhões. Esses recursos foram transferidos imediatamente para a conta da J&F no Banco Original.
Após cinco dias, 26 de dezembro de 2011 o Banco Original fez contrato de mútuo com a Trapézio, concedendo um crédito de R$ 80 milhões. Com os descontos, o valor de R$ 79,204 milhões foi creditado na conta da Trapézio no Banco Original, e imediatamente transferido para a conta da empresa no Banco Simples, que pertence ao Conglomerado Financeiro Rural.
26 de janeiro de 2016 Francine Marquez diário do poder
O crime não é comprar um apartamento, mesmo de luxo, a preço incompatível com a renda do comprador. Crime é permitir que uma empreiteira envolvida em corrupção com dinheiro da Petrobras se encarregue das obras de reforma e complementação do imóvel, sem ônus para o proprietário. Fica evidente a relação entre a empresa e o beneficiário, em especial se ele foi presidente da República e favoreceu a outra parte flagrada pela Justiça praticando negócios ilícitos como superfaturamento de contratos, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, entre outros.
Sobre o Lula pesa a acusação de ocultação de patrimônio. É o que deve enfrentar, prestes a ser denunciado pelo Ministério Público de São Paulo. A empreiteira OAS assumiu a construção do empreendimento e entregou as chaves do imóvel ao ex-presidente da República sem que até agora ele tenha provado que pagou pelo serviço.
Cabe ao PT defender seu criador? Por questão de lealdade, não. Afinal, o partido nada tem a ver com as atividades privadas do Lula. As conferências que pronunciou, as viagens que fez ao exterior, financiadas por empresas cujos interesses defendeu junto a governos estrangeiros, incluem-se no rol das práticas contrárias à imagem que deveria preservar. A cada dia, como agora no caso do apartamento triplex no Guarujá, surgem novas denúncias de malfeitos debitados à ação irresponsável do Lula.
SERÁ CANDIDATO?
A pergunta que se faz é se, condenado ou não em longos e arrastados processos na Justiça, ele terá o respaldo dos companheiros para candidatar-se à sucessão de Dilma Rousseff, em 2018. Tudo indica que se tiver vontade, será lançado, mas enfrentará profunda reação de seus adversários. Precisará defender-se em cada palanque ou debate a que compareça. Correrá o risco de rejeição em suas próprias bases.
Será diante dessas dúvidas que o Lula decidirá. Claro que voltar a ser presidente constitui seu principal objetivo, mas disputar sem a certeza da vitória constituirá um risco. Ainda mais frente a uma performance mais do que sofrível da sucessora, que precisará contestar caso eleito. Há quem recomende que salte de banda, mesmo sem perspectiva de ser substituído por outro companheiro.
Em suma, o ex-presidente não está premido pelos fatos. Há tempo para decidir-se. Mas entre correr o risco da derrota ou saltar de banda, sempre haverá o sonho de reviver tempos que possivelmente não voltam mais.
Dallagnol diz que será impossível evitar lavagem de dinheiro
Procuradores da Operação Lava-Jato acompanham os movimentos do Congresso pela retomada da legalização dos bingos, considerados por eles um mecanismo perigoso para lavagem de dinheiro. Entre os parlamentares investigados pela força-tarefa, pelo menos quatro apoiam a volta do jogo regularizado no país. Um quinto congressista é filho de um dos suspeitos de atuar no megaesquema de corrupção e desvio de recursos da Petrobras e outras estatais de energia por meio de um cartel de empreiteiras.
Semanas antes de o Senado aprovar o jogo em uma comissão no fim do ano passado, o coordenador da força-tarefa da Lava-Jato no Ministério Público do Paraná, Deltan Dallagnol, revirou os arquivos atrás de um artigo acadêmico em que afirmava que a jogatina aumentava a lavagem de dinheiro no país. Ele justificou o motivo de, entre tantos afazeres na maior operação de combate à corrupção do país, resolver republicar um texto de 2010: “Em razão da retomada das discussões no Congresso sobre a legalização dos bingos no Brasil”.
O presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República, José Robalinho, afirmou ao Correio que a preocupação é séria. E que não há possibilidade de impedir o crime. “A condição é zero de ter qualquer possibilidade de fiscalização, e quem diz isso é a Receita Federal e o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras)”, sentenciou ele na semana passada. “Os dois órgãos já disseram não ter capacidade de fiscalizar bingos para evitar que sejam usados para lavagem.”
Os desrespeitosos pensam que a dita entrou na onda dos Mamonas Assassinas:
“Já lhe passaram a mão na bunda e ela não comeu ninguém!”
Talvez a própria iracunda, se a paciência não mais abunda, prepara vingança profunda pros autores dessa coisa imunda.
Mas com imaginação fecunda, vendo que o mar de lama inunda, pode ser que um dia de um basta. Até lá o país se arrasta.
Talvez esteja na zona de conforto a ver navios no cais do porto.
Enquanto isso o de urubu aborto, finge nada saber com ar absorto.
A anta vai se f. ; parece que tomou LSD.
Não fala coisa com coisa; tem delírios, raivas e chiliques dignos de grandes piqueniques.
Compara-se com getulina vida, sem copiar-lhe o fim.
Um entrou para história e ela não passa de escória. Mina chinfrim.
Mas caso a coisa termine do jeito mais selvagem, também irão de embrulho pássaros de alta gama; porque encrencas não lhes faltam para entrar pelo cano.
O Ministério Público pretende apresentar, no mês que vem, mais uma denúncia da Operação Zelotes. O alvo é a compra de uma decisão do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), do Ministério da Fazenda, que anistiou uma cobrança de impostos de R$ 220,8 milhões do banco Brascan. Segundo o Correio apurou, os investigadores intencionam denunciar os lobistas Alexandre Paes Santos, o “APS”, Edson Rodrigues e José Ricardo Silva, que atuava como conselheiro à época, e um outro ex-conselheiro. Ainda não está fechado se um executivo do banco e um outro lobista serão arrolados na denúncia.
A Zelotes investiga um “consórcio” de operadores que comprava decisões no Executivo e no Legislativo, inclusive Medidas Provisórias, para obter anulação ou redução de impostos, com prejuízos estimados em R$ 6 bilhões.
A tese dos investigadores é de que, no caso do Brascan, a propina para o grupo de lobistas e conselheiros foi de 1,5% do total anistiado. Em 22 de setembro de 2011, o banco fez um pagamento de R$ 2,7 milhões na conta do escritório SGR, de José Ricardo Silva e seu pai, o ex-auditor da Receita Federal. A assessoria do banco Brascan, hoje Brookfield, não comentou o depósito com o Correio Braziliense. O advogado de José Ricardo, Getúlio Humberto Barbosa de Sá, disse que ele foi feito por causa de uma consultoria prestada à instituição para embasar recurso contra a infração imposta pela Receita.
HONORÁRIOS?
Fontes do caso ouvidas pela reportagem esclarecem que, mesmo quando havia a prestação do serviço, a Zelotes comprovou, por meio de mensagens, que a propina estava misturada com honorários advocatícios. Um deles relatou que a chamada “organização criminosa” do esquema não se arriscava em contestar débitos tributários que não tinham nenhuma chance de ser derrubados apenas com o oferecimento de dinheiro aos conselheiros.
“Não tem viva alma mais honesta do que eu” - Lula da Silva
Seria cômico se não fosse trágico. Nos últimos meses, numa prática que já se tornou rotina, o ex-presidente Lula da Silva, o Ogro Pilantrópico dono do PT, só aparece na Polícia Federal para depor na qualidade de “informante”. Desde logo, a pergunta que se impõe à nação é a seguinte: por que o Dr. Lula, mentor de um partido reconhecidamente criminoso, depõe apenas como informante? Segundo a mídia amestrada, a trupe do Supremo Tribunal Federal, nomeada na vigência do arbítrio petista, não admite que o Ogro deponha na condição de investigado ou mesmo que seja arrolado como testemunha (quem sabe para não ferir a reputação de Sua Excia ou talvez para evitar que ele seja levado, mais cedo do que se imagina, às barras dos tribunais). Mas não deixa de ser notável, para não dizer esdrúxulo, que um tipo que “nunca viu nada nem sabe de nada” seja convocado para dar ciência sobre escândalos nos quais se vê envolvido como eminência parda - embora ele seja considerado por muitos, tal qual o lúbrico cacique Paiakan, uma figura inimputável. De relance, são incontáveis as estripulias que envolvem Lula. As mais recentes, questionadas pela Policia Federal, são as seguintes: 1) Foi mesmo por “gratidão” que o líder carismático indicou Nestor Cerveró diretor da BR Distribuidora, logo depois de o delator ter fechado contrato de R$ 1,300 bilhão com o enrolado Grupo Schahin, dos quais 12 milhões dee reais teriam abastecido o saco sem fundo do PT para financiar a reeleição do honorável Lula? 2 – Por que Léo Pinheiro, empreiteiro da 0AS condenado pela Justiça Federal a 18 anos de prisão por negócios escusos com o PT, foi instado por Lula para dar apoio a Rosemary Noronha, sua amiga íntima, ex-secretária da Presidência da República-SP, curiosamente indiciada pela Polícia Federal por corrupção passiva, formação de quadrilha e tráfico de influência? Detalhe: numa anotação, o empreiteiro, debochado, comenta, tratando Lula pelo apelido de “Brahma”: “O nosso amigo voltou a se queixar. Segundo ele, o assunto (apoio) não andou nada. Agradeceu e pediu para esquecer. Disse-lhe que encontraríamos uma solução”. Adendo: ainda que indiciada, Rose, amiga intima de Lula, está sendo resguardada por banca de advogados caros. 3 - Outro pepino de difícil digestão: os R$ 2 milhões que o pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente e portador de passe livre para entrar a qualquer hora no Palácio do Planalto, repassou a uma das noras do ex-presidente. Para o delator Fernando Baiano, o dinheiro era proveniente de negócios escusos da Petrobras. De acordo com a mídia, por conta da amizade com Lula, Bumlai obteve empréstimo de R$ 101 milhões do BNDES para financiamento da problemática Usina São Fernando, hoje em processo de falência. 4 – Outro escândalo de clamor nacional: no rescaldo investigativo da Operação Zelotes sobre manipulações de medidas provisórias do governo, Luiz Cláudio Lula da Silva, o Lulinha II, dono da LFT Marketing Esportivo, é acusado de ter recebido R$ 2,400 milhões de lobista por consultoria copiada de material de livre circulação na Wikipedia. Em entrevista televisiva, Lula, o pai, disse que o filho é que tem de se explicar (mas o fato recente é que Lulinha II foi expulso de restaurante em Angra dos Reis por clientes que exigiam para ele o uso de tornozeleira eletrônica). Lula e seu governo comunista transformaram o País num imenso bordel. Escândalos públicos e privados, fomentados pela prática de atos e projetos criminosos amparados na tessitura do chamado “Estado Forte” petista, atingiram proporções catastróficas. Nele, onde a Polícia Federal e o Ministério Público apertam, escorre pus em abundância. Para completar a obra, e deixar Lula de cabelo em pé, Marcos Valério, operador do esquema do mensalão, propôs acordo de delação premiada aos procuradores da Operação Lava Jato em troca da redução da pena de 37 anos a que foi condenado (“injustamente”, segundo ele). Para Valério, mensalão e petrolão são faces da mesma moeda e, se o procurador-geral da República Rodrigo Janot não impedir, promete fazer novas revelações que vinculam o amigo Bumlai, Lula, Zé Dirceu e Gilberto Carvalho ao rolo do assassinato de Celso Daniel, prefeito de Santo André, em 2002. PS - No caso de Rose Noronha, a informação é de que o Tribunal Regional Federal (3ª Região) negou recurso que pedia o desbloqueio dos bens da hoje considerada ex-Segunda Dama.
26 de janeiro de 2016
Ipojuca Pontes é Jornalista, Escritor, autor teatral e cineasta.
Os repórteres Eduardo Katah, Fausto Macedo, Ricardo Brandt e Ricardo Chapola, O Estado de São Paulo, edição de segunda-feira, revelam que de março de 2014 a janeiro deste ano, portanto num espaço de 22 meses, as instâncias superiores do Poder Judiciário confirmaram 96,4% de todas as decisões estabelecidas pelo juiz Sérgio Moro, incluindo as prisões de empresários e executivos decretadas. Foram 413 recursos vinculados à Operação Lava-Jato.
A estatística derruba os alicerces nos quais se baseou a Carta dos Advogados publicada sob a forma de publicidade, cujo conteúdo por sua vez foi destacado na reportagem de Mário César Carvalho, Folha de São Paulo de domingo. Não só o conteúdo, mas sua origem e elaboração inicial articulada pelo advogado Nabor Bulhões. Talvez por coincidência é quem defende Marcelo Odebrecht na Justiça e que teve recentemente um pedido de habeas corpus negado pelo ministro Ricardo Levandowski, presidente do Supremo Tribunal Federal. O recesso da Corte motivou o despacho monocrático. Mas esta é outra questão.
O fato predominante é que o volume das acusações é enorme e, no caso das empresas, grandes ou médias, é absolutamente impossível que seus executivos estejam liberados para utilizar os recursos financeiros que não lhes pertencem, para utilizá-los para sustentar propinas vinculadas à obtenção de contratos, como os que foram montados em conivência tripla: os proprietários dessas empresas, políticos que participavam diretamente dos esquemas e diretores como os que eram envolvidos nas trapaças, como no caso da Petrobrás. Ia me esquecendo dos doleiros que traduziam para dólares no exterior o resultado dos roubos que durante vários anos aconteciam no Brasil.
PERGUNTA INTERESSANTE
Aconteciam? Ou aconteceram? Ou em menor escala permanecem acontecendo? Eis uma pergunta interessante. Isso porque o ato de roubar tornou-se uma constante. Está, inclusive na cartelização, ou seja, em licitações pré-combinadas com os lucros divididos. Uma forma de ocultar a verdade dos fatos. Mas os assaltos não se encontram somente nas licitações em si. Ao contrário. As maiores parcelas da roubalheira alucinada e desenfreada, dentro de um panorama de conivência múltipla, derivavam dos termos aditivos colocados ao longo da vigência dos contratos. Poucas pessoas têm conhecimento desses termos aditivos. A construção da Refinaria Abreu Lima, em Pernambuco, orçada inicialmente em 2 bilhões de dólares, passou depois para 4 bilhões e atingiu a escala de 12 bilhões. E suas obras não estão concluídas totalmente até hoje.
Imaginem os leitores quanto renderam aos ladrões de todas as classes, inclusive os de casaca, a soma de tais e tão estranhos complementos. Porque a corrupção é uma prática que exige vários parceiros. Pois para pagar as comissões ilícitas que pagaram, em quanto as grandes empreiteiras não se beneficiaram com as elevações dos preços originais? É uma ilusão achar – como pensam algumas pessoas – que o roubo é construído por políticos. Mas não só por políticos. Não. As comissões são pagas por empresários na proporção dos aumentos de preço que obtêm nas obras que realizam.
Às vezes até mesmo nas obras que deixam de realizar. É impressionante o esquema, muito forte em sua estrutura. Tão forte que é capaz de adquirir versões no mercado de opinião. Esta compra, entretanto, torna-se inútil. Pois a força dos fatos supera as versões. Graças a Deus.
Quando alguém começa ou acaba um texto ou um discurso falando mal de Jair Bolsonaro e da “direita” ou é um engajado esquerdista ou um maria-vai-com-as-outras.
Observo com interesse as primárias das eleições norte-americanas. Ventos novidadeiros sopram de lá. Qualquer que seja o candidato escolhido pelo Partido Republicano terá grandes chances de se eleger sobre o moribundo, medíocre e canhoto governo de Obama e seu Partido Democrata. Obama sairá desmoralizado da Casa Branca.
Entre os republicanos, o candidato por quem mais nutro simpatia é Donald Trump. Este, embora quase grosseiro nas suas falas diretas, é exemplo das qualidades que mais se preza nos nascidos na América do Norte: afirmativo, conservador em costumes, liberal em economia, contra qualquer iniciativa de governo mundial, defensor ardoroso de suas fronteiras e da supremacia americana. A população de todo o mundo, submetida há mais de um século de propaganda esquerdista, agora despertou. Na América também. Esquerdismo é engodo pernicioso.
O fenômeno se repete na Europa, cuja questão dos refugiados precipitou o despertar do eleitorado. Nenhuma pessoa sensata pode ser a favor da política migratória da socialdemocracia e dos demais partidos à esquerda. A experiência da União Europeia, enquanto experimento de um governo mundial, naufraga dia a dia e os eleitores estão preferindo a plataforma conservadora e a volta das bandeiras nacionalistas. A direita ganha em toda parte. Os pontos programáticos são praticamente os mesmos do Partido Republicano.
Entre nós, o político que mais se aproxima dessa nova onda mundial é o deputado Jair Bolsonaro. Se ele não se deixar cooptar pelas práticas políticas tradicionais e mantiver o bom nome e a lisura é questão de tempo que seja feito presidente da República. Será o desespero da esquerda no poder, que há décadas luta para não permitir o ressurgimento da direita e sempre satanizou quem apareceu eleitoralmente viável. Bolsonaro, enquanto grande brasileiro, tem as qualidades necessárias para exercer a primeira magistratura.
É claro que a eleição eventual de Donald Trump e mesmo de Marie Le Pen pode pavimentar o caminho da chegada da direita ao poder em nosso país. Hoje ela se encontra sem apoios internacionais e enfrentando o onipresente discurso esquerdista do politicamente correto. Isso mudará radicalmente com a simples chegada do Partido Republicano ao poder, assim como da chefe política francesa.
Quando alguém começa ou acaba um texto ou um discurso falando mal de Jair Bolsonaro e da “direita” ou é um engajado esquerdista ou um maria-vai-com-as-outras. Reinado Azevedo se enquadra na primeira definição, ele que vitupera tanto contra o deputado carioca. Reinaldo é tucano assumido e, enquanto tal, tem ojeriza à simples ideia de os conservadores voltarem ao poder. Vimos bem o que Fernando Henrique Cardoso fez nas últimas eleições, orientando os candidatos de seu partido a repudiar o discurso conservador. Perderam tudo. Reinaldo reza pela cartilha da socialdemocracia.
É quase um gesto de salvação nacional demonstrar respeito e apoio por nomes como o de Jair Bolsonaro e Ronaldo Caiado enquanto possíveis candidatos à Presidência da República. Certamente é um gesto de coragem, pois tem-se que enfrentar o discurso da malta esquerdista onipresente nos meios de comunicação. A desordem toma conta da nação, as incertezas econômicas se acumulam, os valores estão se desmilinguindo (para usar o termo caro a FHC). Está chegando a hora do basta. Será em breve.
Geert Wilders denuncia o "Taharrush". À direita: protestos públicos na Alemanha em resposta aos abusos sexuais em massa ocorridos na cidade de Colônia e em outras cidades na passagem do Ano Novo.
O "enriquecimento cultural" nos trouxe uma nova palavra: Taharrush. Lembre-se bem dela, porque teremos que lidar muito com ela. Taharrush é a palavra em árabe que denota o fenômeno através do qual mulheres são cercadas por grupos de homens e assediadas sexualmente, tocadas, agredidas e estupradas. Depois dataharrush que ocorreu na cidade de Colônia na Passagem do Ano Novo, muitas mulheres alemãs compararam spray de pimenta. Quem pode condená-las?
Uma cultura que tem uma palavra específica para uma gama de assédios sexuais cometidos por grupos de homens é um perigo para todas as mulheres. A existência da palavra indica que o fenômeno é generalizado.Frau Merkel, Primeira Ministra Rutte e todos os políticos partidários da política de portas abertas deveriam ter conhecimento disso.
O mundo islâmico está mergulhado na misoginia. O Alcorão preconiza explicitamente que a mulher vale a metade do homem (Surata 2: 228, 2: 282, 4:11), que as mulheres são impuras (5:6) e que o homem pode ter relações sexuais com sua esposa quando ele bem entender (24:31). O Alcorão chega até a dizer que aos homens é permitido possuir escravas sexuais (4:24) e que eles têm o direito de estuprar as mulheres que capturam (24:31).
Hádices, a resenha da vida de Maomé, o ser humano ideal cujo exemplo deve ser seguido por todos os devotos da fé islâmica, confirmam que as mulheres são objetos sexuais, que elas são seres inferiores como os cães e macacos e que não há nada de errado com a escravidão sexual e com o estupro de prisioneiras.
Taharrush é muito comum em países islâmicos. As mulheres são frequentemente cercadas por homens e violentadas. O Website egípcio Jadaliyya destaca que o abuso também é cometido contra mulheres cobertas com o véu islâmico. As mulheres são vítimas simplesmente porque são mulheres e não porque elas se insinuaram ou porque sua conduta ou vestimenta são "provocantes". O abuso pode acontecer na rua, no transporte público, em supermercados ou em meio a uma manifestação de protesto.
Em 2011 Lara Logan, repórter de uma TV americana, teve sua roupa rasgada e logo "violentada com as mãos" por um grupo de 200 homens na Praça Tahrir no Cairo. Dois anos mais tarde, uma jovem holandesa também se tornou vítima da taharrush na mesma praça. Agora, juntamente com a entrada de migrantes do mundo muçulmano, esse fenômeno também chegou a Europa. A elite tentou esconder o fato da população, mas isso já não é mais possível.
Cartunistas já sentiram o gosto de assassinos islâmicos batendo em suas portas quando ousam fazer algum desenho de Maomé. Agora milhares de mulheres em Colônia e em outras dezenas de cidades alemãs e através da Europa, como Zurique, Estocolmo, Malmo e Viena, passaram pela experiência dos estupradores estarem escondidos atrás das portas esperando que elas ousem sair na rua.
Islã significa submissão. E há uma boa razão para isso. A chegada do Islã levou à redução das liberdades ocidentais sob a ameaça da violência. E essa ameaça só irá aumentar. É um processo capcioso que levará todo o Ocidente a se curvar ao Islã.
Na semana passada a prefeita de Colônia aconselhou as cidadãs da cidade a manterem certa distância de homens estranhos. Em Viena, o chefe de polícia ressaltou que seria melhor que no futuro as mulheres não saiam sozinhas nas ruas. Parece que a Áustria logo será parecida com a Arábia Saudita, onde não se permite que mulheres andem pelas ruas desacompanhadas. Mais cedo, na Holanda, as mulheres de família que abrigam candidatos a asilo já tinham sido aconselhadas a usarem roupas "apropriadas" (mesmo dentro de casa), "de modo que nada de vestido de festa ou costas descobertas" e para se certificarem de nunca ficarem sozinhas em um ambiente com candidatos a asilo do sexo masculino.
Mas o comportamento das mulheres nada tem a ver com isso. Além disso, é uma desgraça que as nossas mulheres sejam aconselhadas a mudarem seus hábitos porque o governo convidou milhares de homens perigosos a ingressarem em nosso país. Quando se importa o Islã para a Holanda, também está se importando a cultura misógena do Cairo, Damasco, Riad para as nossas cidades. Além dos lenços de cabeça, burcas, mesquitas, assassinatos em nome da honra e terrorismo, agora também temos a taharrush.
A solução não está na atitude das nossas mulheres de manterem certa distância desses bárbaros e sim do nosso governo de manter esses homens a milhares de quilômetros de distância de nós. Até que isso aconteça outras medidas são necessárias. É uma irresponsabilidade transformar nosso país em uma selva e depois mandar mulheres desarmadas para o interior desta selva. Elas devem no mínimo ter o direito de se defender. Diferentemente de países como a Alemanha e a França, em nosso país o uso de spray de pimenta é ilegal. Considerando que a Holanda está sendo inundada por homens que veem as mulheres como brinquedos sexuais inferiores, está na hora de legalizar o spray de pimenta em nosso país como arma de defesa contra a taharrush.
26 de janeiro de 2016Geert Wilders é membro do Partido Holandês e líder do Partido da Liberdade (PVV). Machiel de Graaf é um parlamentar do PVV.
Muitos que se presumem espertos, até mesmo dentro da Igreja, acabam por apregoar justamente este conceito, construído para exterminá-los.
Quando você expõe um argumento racionalmente, com todo rigor metodológico, apresentando fontes primárias, documentação farta, e o seu interlocutor lhe fixa o rótulo de “fundamentalista”, inicialmente você tolera, mas depois começa a desconfiar que a recorrência da ideia não é casual…
De fato, hoje em dia, quanto mais uma pessoa repete chavões como quem pontifica infalivelmente, respaldado pelo chorum uníssimo da coletividade, mais é necessário averiguarmos qual a origem do bordão, essa sim, quase sempre infalivelmente ignorada pelo acusador.
O termo em questão foi uma invenção de teólogos conservadores presbiterianos e batistas que, por volta de 1910, para se distinguirem de teólogos “liberais”, acabaram por se autodenominarem “fundamentalistas”.
Contudo, a noção de “fundamentalismo” sofreu uma mutação, e esta sua nova acepção foi criada propositalmente para liquidar com a resistência religiosa ao secularismo-laicismo imposto pelos agentes globalistas com sua nova ética relativista.
Numa obra muito conhecida sobre o tema, Karen Armstrong afirma que o “fundamentalismo” é um fenômeno recente, característico do final do século passado.
“Um dos fatos mais alarmantes do século XX foi o surgimento de uma devoção militante, popularmente conhecida como ‘fundamentalismo’, dentro das grandes tradições religiosas. Suas manifestações são às vezes assustadoras. Os fundamentalistas não hesitam em fuzilar devotos no interior de uma mesquita, matar médicos e enfermeiras que trabalham em clínicas de aborto, assassinar seus presidentes e até derrubar um governo forte. Os que cometem tais horrores constituem uma pequena minoria, porém até os fundamentalistas mais pacatos e ordeiros são desconcertantes, pois parecem avessos a muitos dos valores mais positivos da sociedade moderna. Democracia, pluralismo, tolerância religiosa, paz internacional, liberdade de expressão, separação entre Igreja e Estado – nada disso lhe interessa” (Karen Armstrong, Em nome de Deus. O Fundamentalismo no judaísmo, no cristianismo e no islamismo, Companhia das Letras, São Paulo, 2009, p. 9).
Pouco mais abaixo, a autora explicita ainda mais o motivo pelo qual seria necessário enquadrar os tais “fundamentalistas”: “Em meados do século XX acreditava-se que o secularismo era uma tendência irreversível e que nunca mais a fé desempenharia um papel importante nos acontecimentos mundiais. Acreditava-se que, tornando-se mais racionais, os homens já não teriam necessidade da religião ou a restringiriam ao âmbito pessoal e privado. Contudo, no final da década de 1970, os fundamentalistas começaram a rebelar-se contra essa hegemonia do secularismo e a esforçar-se para tirar a religião de sua posição secundária e recolocá-la no centro do palco” (Ibidem, p. 10).
Em outras palavras, a preocupação fundamental da autora é assegurar aos agentes secularistas que continuem expandindo-se vorazmente, corroendo as raízes religiosas do ocidente, confinando os “religiosos” em sua intimidade até que os mesmos sejam totalmente aniquilados, e o homem pós-moderno possa continuar sendo alvo de um projeto pseudo-civilizatório irreligioso.
“No início de seu monumental Projeto Fundamentalista, em seis volumes, Martin E. Marty e R. Scott Appleby afirmam que todos os ‘fundamentalismos’ obedecem a determinado padrão. São formas de espiritualidade combativas, que surgiram como reação a alguma crise. Enfrentam inimigos cujas políticas e crenças secularistas parecem contrarias à religião. Os fundamentalistas não vêem essa luta como uma batalha política convencional, e sim como uma guerra cósmica entre as forças do bem e do mal. Tentam aniquilá-lo e procuram fortificar sua identidade sitiada através do resgate de certas doutrinas e práticas do passado. Para evitar contaminar-se, geralmente se afastam da sociedade e criam uma contracultura; não são, porém, sonhadores utopistas. Absorveram o Racionalismo pragmático da modernidade e, sob a orientação de seus líderes carismáticos, refinam o ‘fundamental’ a fim de elaborar uma ideologia que fornece aos fiéis um plano de ação. Acabam lutando e tentando ressacralizar um mundo cada vez mais cético” (Ibidem, p. 11).
A obra citada por Karen Armstrong é a maior enciclopédia sobre o “fundamentalismo”, composta em cinco volumes, escrita ao longo de quatro anos e conduzida sob os auspícios de – nada mais, nada menos que – aFundação MacArthur, que patrocina centenas de projetos de pesquisa científica.
Trata-se de uma ação coordenada e inteligente para bloquear a resistência religiosa à Nova Ordem Mundial pela via da estigmatização verbal: qualquer tipo de pretensão pública da religião ou das pessoas religiosas deve ser taxada implacavelmente como “fundamentalista”.
Para eles, a religião deve ser aprisionada na vida privada, até desaparecer por completo. Toleram momentaneamente conviver com ela, desde que se restrinja à intimidade de cada indivíduo e não tenha nenhuma incidência na coletividade. E tudo em nome de um secularismo que precisa se impor, a despeito da reação espontânea do povo, que anseia pela transcendência, pela espiritualidade.
O pior é que muitos que se presumem espertos, até mesmo dentro da Igreja, acabam por apregoar justamente este conceito, construído para exterminá-los. Caíram numa armadilha preparada justamente para não ser percebida, e caíram feito patinhos. Sucumbiram à sua própria ausência de fundamentos e, chamando os outros de “fundamentalistas”, não perceberam que foram induzidos a fazê-lo e que o uso indiscriminado do termo “fundamentalismo” favorece unicamente um esquema de poder.
26 de janeiro de 2016
José Eduardo de Oliveira e Silva
Publicado no site da Agência Zenit.
Dá para morrer 13 vezes, de tanto rir, com o trechinho pinçado da entrevista feita sexta-feira pelo jornalista Fernando Rodrigues, colunista do UOL, com a Presidenta Dilma Rousseff Brizola da Silva. O pedacinho em que ela, muito incomodada, foi obrigada a tratar da Lava Jato merece entrar para os anais (ops) do falecido Casseta & Planeta - claro, se o médico da turma, doutor Jacinto Leite Aquino Rego, assim o permitir, com a devida vênia do direito autoral de quem inventou o $talinácio. Releia e ria:
- [A sra. foi ministra Minas e Energia. Foi ministra da Casa Civil. Elegeu-se presidente. Como é possível que não soubesse de algum dos detalhes que agora são desvendados pela Operação Lava Jato?]
- Sabe por quê? Porque é uma contradição em termos a pergunta.
- [Por quê?]
- Se foi preciso a Polícia Federal todinha, o Ministério Público Federal e toda a investigação, como é que você quer que alguém, eu, e todo meu conselho tivéssemos a mesma capacidade de investigação da Polícia Federal e do Ministério Público?
- [E a intuição?]
- A intuição… Você consegue por intuição organizar as pessoas que convivem contigo lá no UOL? Você utiliza esse instrumento?
- [Um pouco. Intuição é importante]
- Ah, sei. Tá bom, querido. Em um caso desses, eu vou usar a intuição? Eu olho para ele e intuo? Você está danado, hein? Você acredita no subjetivo de uma forma estarrecedora para o seu cargo…
- [Mas e essas pessoas que agora fazem delação e falam sobre o uso de dinheiro indevido, com corrupção, inclusive para financiamento eleitoral? Não levavam a sra. a pensar na época em que fez campanhas, em que viu as doações acontecerem, que poderia existir uma série de coisas acontecendo?]
- Para mim jamais trabalharam. Para mim jamais tiveram qualquer ação. É estranho que eles não me mencionem, não é?! Não é? Você não acha? Sabe por quê? Porque nunca ocorreu. Se nunca ocorreu, como é que vão mencionar.
Dilma nos leva a estocar o vento e a saudar a mandioca... Por isso, é melhor deixá-la temporariamente de lado e curtir outra mineira ilustre (deixando claro que não estou falando de uma das 160 garrafas de cachaça da coleção lá do meu barraco). Preste atenção na frase a seguir, e veja se não valeria como um recado para Dilminha e seus comparsas no cativeiro da petelândia:
"A Constituição prevê a imunidade do mandato para a garantia democrática e legítima daquilo que foi recebido do cidadão pelo representante. Mas, em nenhuma passagem, a Constituição permite impunidade a quem quer que seja". Na conjuntura atual, vale muito a pena lembrar deste conceito firmado pela jurista Cármen Lúcia Antunes Rocha (próxima "Presidente" do Supremo Tribunal Federal), recém-escolhida "Personalidade 2015 do Prêmio Faz a Diferença, concedido anualmente pelo jornal O Globo", em parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).
Na recente entrevista que faz a divulgação da festividade, Cármen Lúcia demonstra que tem comportamento republicano. Solteira, mineira e ariana que completa 62 anos no dia 19 de abril, a ministra fez uma daquelas declarações confirmando que nem tudo está perdido no mundo do funcionalismo público: "Quando me perguntam por que não ando com segurança ou de carro oficial, digo que não ando porque não quero. A dona Maria lá do morro vai pro trabalho sem ter segurança, por que eu precisaria de ter?".
Quem age assim faz realmente a diferença. Ainda mais em um judiciário que não funciona tão bem quanto necessário no Brasil da impunidade e do rigor seletivo. Por isso, vale lembrar de outro ganhador do prêmio de O Globo, em 2014: o juiz Sérgio Moro. Em 2014, a ganhadora foi a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji). O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, pela atuação no julgamento do Mensalão, já tinha sido o vencedor em 2012. Nota-se uma clara tendência de premiar o combate à corrupção (claro, aproveitando também para inflar o ego de magistrados que, de alguma forma, conquistam popularidade.
Não é que o Grupo Globo seja bonzinho ou paladino da moralidade. A bilionária família Marinho, que o controla, já deve ter percebido que fazer negócio em um Brasil quarto mundista, em ambiente dominado por sujeita sistêmica e estrutural, pode causar a bancarrota ou a assimilação por algum forte concorrente internacional, em um futuro bem próximo. Além disso, tem aquele escândalo da Fifa e da Comembol no calcanhar deles. Talvez por tudo isso, a Globo venha moendo prefeitinhos com denúncias constantes de descarada corrupção. Suas novelas também têm abordado o tema de forma crítica. Isto ajuda a mexer com o imaginário da massa - que agora, nas pesquisas, aponta a corrupção como um grande problema nacional.
Voltando a lembrar da Dilma (e também do Lula) - que posam sempre de gente inocente e que nunca sabem de nada de grave -, vale destacar a recente entrevista (também concedida a O Globo, que coincidência) pelo procurador da Força Tarefa do Ministério Público Federal na Lava-Jato. Carlos Fernando dos Santos Lima, de 51 anos, identifica “dedo do governo” na edição de medidas que, segundo ele, beneficiam investigados da operação: a Medida Provisória 703 (que permite à Advocacia Geral da União negociar, diretamente, acordos de leniência com empresas acusadas de corrupção, e a Lei assinada por Dilma permitindo uma vergonhosa repatriação de recursos mediante apenas o pagamento de multa.
Carlos Lima meteu a boca no trombone: "Sempre soubemos que, a longo prazo, as elites vão se compor de maneira a reduzir prejuízos que tiveram nessas operações. É o caso das legislações que vêm a posteriori. A MP 703 (que permitiu à CGU fazer acordo de leniência) e a lei da repatriação (que permite trazer recursos para o Brasil mediante pagamento de multa) são exemplo disso. A repatriação vem sendo falada desde o caso Banestado. É uma medida para socorrer as elites.
O procurador Carlos Lima critica: "A urgência da MP da leniência só existe para evitar a aplicação de inidoneidade contra as empreiteiras. Elas têm muito a falar sobre o próprio governo. Portanto, tem dedo do governo, tanto na repatriação, quanto nessa MP. E pior, nós já sentimos no Congresso uma tentativa de estender isso aí para uma anistia. A repatriação já tem uma anistia incluída nela, e o governo está tentando incluir uma anistia de corrupção. O que é, no final das contas, contra qualquer sentido de um país que se comprometeu a combater a corrupção. Há um ano estamos bloqueando a CGU de fazer acordos a granel, agora ela está autorizada por lei".
Carlos Lima explica por que a repatriação é prejudicial: "Você está dizendo para a população que vale a pena fazer isso (mandar recursos para o exterior ilegalmente), que no futuro haverá uma opção indolor para resolver isso: no caso, uma mera tributação. Você vai pagar uma multa, não vai ter sanção criminal, que é o que assusta as pessoas. Essa é a principal mensagem: você pode mandar para o exterior dinheiro irregular, nós vamos resolver. Em diversos momentos, quando se tentou processar criminosos, houve uma intervenção do governo de modo a beneficiá-los. E quem se beneficia? Elites. E o discurso é sempre do medo. Isso é um risco sistêmico, vai dar quebradeira, eles dizem. Colocam o medo no coração do trabalhador como se ele fosse o prejudicado. Ele é prejudicado quando a corrupção acontece, quando o dinheiro sai do Brasil irregularmente, quando você deixa de pagar tributos".
Carlos de Lima também aproveita para condenar reclamações básicas contra o trabalho do MPF no Petrolão: "Há pontos fora da curva, porque no Brasil não se pune. A Lava-Jato é um ponto fora da curva porque está tentando efetivar o processo penal. Se essa é a afirmativa, eu concordo com ela. Agora, se é reclamação de qualquer violação de direitos, não concordo. Tivemos mais de 700 habeas corpus e recursos julgados, nem 10% foram concedidos, acho que nem 1%. A Lava-Jato está fazendo com que o Brasil tenha um caminho da punição para quem cometeu crimes".
O procurador Carlos Lima não perdoa: "Como diz o Dr. Deltan (Dallagnol, outro procurador da Lava-Jato), a corrupção é uma questão moral, mas também econômica. (As medidas) passam o recado de que este é um jogo que vale a pena ser jogado. Vale a pena ser corrupto no Brasil porque, ao final, nossa Justiça é lenta, nossos processos são intermináveis e, além de tudo, se nada disso der certo, você vai no governo e resolve o problema com uma nova lei".
Além de discordar da Presidenta Dilma, que reclama do excesso de delações premiadas, Carlos de Lima também acha improcedentes as reclamações do ex-Presidente Lula, alegando que as delações só valem se tiverem o nome dele. Carlos Lima rebate: "Não creio que seja verdade, pois desconheço uma colaboração onde o ex-presidente tenha sido citado expressamente. Portanto, ela (a afirmação) é injusta. E nem sei também se ele poderia saber das delações, já que a maior parte delas está em sigilo".
Frisando que o esquema de compra de apoio político-partidário se replica em diversas empresas estatais, que vai se revelando aos poucos, Carlos Lima admite, de forma enigmática, que até já sabe quem aparece por trás do quebra-cabeça gigante: "O rosto nós já sabemos. Existe uma forma pela qual se compra o apoio no Congresso Nacional. E esta forma foi a distribuição de cargos em alto escalão para que fizessem caixa para o governo. Quando você vê a Zelotes, passando pela Lava-Jato, Eletronuclear, Belo Monte e outras questões que vão surgindo, vê o mesmo fenômeno. Só que as fontes de pagamentos são diversas. Para aprovar uma lei, fazer um determinado negócio com o governo, construir alguma coisa, paga-se pedágio. Esse é o rosto que vamos tentar mostrar para a população".
Enquanto o rosto não é claramente revelado, fica claro e evidente que o grande bandido é o ente fictício chamado Estado Brasileiro sem controle pela sociedade. Ele é o "Pai" de todos os bandidos. Por isso precisa ser radicalmente mudada a estrutura Capimunista Rentista tupiniquim - centralizadora, cartorial, cartelizada e corrupta.
O Brasil precisa ser redundado sob uma nova matriz constitucional federalista, realmente republicana, que garanta o controle do direto do cidadão sobre a máquina estatal. Só uma inédita Intervenção Cívica Constitucional - que começa a ser debatida a partir das redes sociais - tem condições de colocar o Brasil nos eixos corretos.
Enquanto não chegamos nesse estágio ideal, é bom que a Presidenta fique de olho na Cármem Lúcia - que será a próxima "Presidente" do STF e do Conselho Nacional de Justiça.
O que o herói Brizola diria desta foto?
É comovente a sinceridade do Carlos Lupi (Presidente do PDT) sendo carinhoso com a amiguinha Dilma - uma brizolista sequestrada no ninho da Petelândia...
Repeteco
Mais de cinco milhões de pessoas assistiram à criativa retrospectiva 2015 do canal Nostalgia, no Youtube
Se meu relógio falasse direito...
Aviso aos puxa-sacos de plantão: o Apple Watch da Dilma Rousseff não está funcionando direito.
Parece que caiu na água. Está com problema na bateria. Desliga depressa demais. Assim, não tem avisado direitinho à dona do reloginho: "Levante que está há muito tempo sentado".
O bicho, apesar da altíssima tecnologia que o agrava ao IPhone, não respeita a transgressão de gênero.
Trata Dilma como Presidente e não como ela gosta: "Presidenta".
Tucanos em pânico
O PSDB paulista ficou aloprado com a denúncia do Estadão detonando que três investigados pela Operação Alba Branca ligam o presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, Fernando Capez (PSDB), e o ex-chefe de gabinete da Casa Civil do governo Geraldo Alckmin (PSDB) Luiz Roberto dos Santos, conhecido como “Moita”, ao suposto esquema de fraudes na compra de produtos agrícolas destinados à merenda escolar da rede estadual de ensino paulista.
Antes de se tornar político, Capez ficou famoso como promotor de carreira que fez parte do Gaeco (grupo de combate à corrupção do Ministério Público Estadual).
Fernando Capez é apontado como principal candidato à sucessão de Alckmin.
Verdadeiras ou não as denúncias, o mais grave é que o episódio expõe, mais uma vez, a total falta de credibilidade institucional no Brasil - País que já passou da hora de ser passado a limpo.
Caçadores de relíquias
Ligações perigosas
Reciprocidade
Maçons na rua
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai!
26 de janeiro de 2016
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.