"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

PRESIDENTES DA JBS E DO BANCO RURAL SÃO DENUNCIADOS À JUSTIÇA

MPF LEVA JOESLEY BATISTA E JOÃO HERALDO (BANCO RURAL) À JUSTIÇA


TANTO O GRUPO JBS, QUANTO O BANCO RURAL TERIAM REALIZADO OPERAÇÕES TRIANGULARES FOTO: JONNE RORIZ/ ESTADÃO



O Ministério Público Federal em São Paulo (MPF-SP) denunciou por crime contra o sistema financeiro, Joesley Batista, presidente do conselho de administração da JBS, controladora da Friboi, e presidente da J&F, e João Heraldo dos Santos Lima, presidente do Banco Rural.

Também foram denunciados por participação direta no caso a presidente da Trapézio, Kátia Rabello, que já foi condenada por envolvimento no Mensalão. O vice-presidente da Trapézio, Plauto Gouveia, presidente do Banco Original, Emerson Fernandes Loureiro, vice-presidente do banco José Eduardo Tobaldini, vice-presidente do Banco Rural, Vinícius Samarane e o diretor financeiro Wanmir Almeida Costa.

Segundo o MPF Batista e Lima são acusados de operações ilegais envolvendo concessões de empréstimos conhecidas como “troca de chumbo” no valor de aproximadamente R$ 80 milhões.

Tanto o Grupo JBS, quanto o Banco Rural teriam realizado operações triangulares entre duas instituições financeiras para a emissão de crédito a empresas que fazem parte desses grupos, o que é ilegal.

O MPF informou que o Banco Rural, controlado pela Trapézio S.A e o Banco Original, controlado pela J&F Participações realizaram a “troca de chumbo” no fim de 2011, “imbuíndos do propósito de capitalizarem artificialmente as respectivas empresas controladoras das instituições financeiras que administravam”.

A partir dessa operação o ministério acusa o Banco Original de ter concedido indiretamente empréstimo vedado para as coligadas J&F Participações e Flora Produtos de Higiene e Limpeza. O Banco Rural teria feito o mesmo com a sua controladora Trapézio S.A.

No dia 21 de dezembro de 2011 as duas empresas abriram contas correntes no Banco Rural, no outro dia, ambas obtiveram do banco créditos no valor total de R$ 40 milhões. E Joesley Batista assinou as cédulas de crédito como eminente e avalista.

Com os descontos de impostos e taxas de operação foi transferido do Banco Rural para cada empresa a quantia de R$ 39,650 milhões. Esses recursos foram transferidos imediatamente para a conta da J&F no Banco Original.

Após cinco dias, 26 de dezembro de 2011 o Banco Original fez contrato de mútuo com a Trapézio, concedendo um crédito de R$ 80 milhões. Com os descontos, o valor de R$ 79,204 milhões foi creditado na conta da Trapézio no Banco Original, e imediatamente transferido para a conta da empresa no Banco Simples, que pertence ao Conglomerado Financeiro Rural.



26 de janeiro de 2016
Francine Marquez
diário do poder

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