Oncépticos
Há cada vez mais gente da onça descrente.
Os desrespeitosos pensam que a dita entrou na onda dos Mamonas Assassinas:
“Já lhe passaram a mão na bunda e ela não comeu ninguém!”
Talvez a própria iracunda, se a paciência não mais abunda, prepara vingança profunda pros autores dessa coisa imunda.
Mas com imaginação fecunda, vendo que o mar de lama inunda, pode ser que um dia de um basta. Até lá o país se arrasta.
Talvez esteja na zona de conforto a ver navios no cais do porto.
Enquanto isso o de urubu aborto, finge nada saber com ar absorto.
A anta vai se f. ; parece que tomou LSD.
Não fala coisa com coisa; tem delírios, raivas e chiliques dignos de grandes piqueniques.
Compara-se com getulina vida, sem copiar-lhe o fim.
Um entrou para história e ela não passa de escória. Mina chinfrim.
Mas caso a coisa termine do jeito mais selvagem, também irão de embrulho pássaros de alta gama; porque encrencas não lhes faltam para entrar pelo cano.
Seja vira bosta ou tucano; não importa a fama.
Findamos lembrando ditado antigo e sem arremedo:
Estamos com dona Onça; quem tem... tem medo.
O castigo vem a cavalo, tarde ou cedo.
E se o Molusco pode ser santo...
Não é com onça mansa que me espanto.
Por isso, em meio a tanta intriga,
O jeito oncéptico é empurrar com a barriga...
Mas se isso não resolver o meu País,
Faço que nem Chico: me mudo pra Paris...
26 de janeiro de 2016
Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.
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