"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 28 de fevereiro de 2015

A HORA E A HISTÓRIA

A história não é a hora. Dilma vai passar, cedo ou tarde. Ela não vale o preço da redução do Brasil a um Paraguai

O governo Dilma 2 acabou antes de começar. Batida pelo turbilhão da crise que ela mesma engendrou, a presidente perdeu, de fato, o poder, que é exercido por dois primeiros-ministros informais: Joaquim Levy comanda a economia; Eduardo Cunha controla as rédeas da política. Na oposição, entre setores da base aliada e, sobretudo, nas ruas, a palavra impeachment elevou-se, de murmúrio, à condição de grito ainda abafado. É melhor pensar de novo, para não transformar o Brasil num imenso Paraguai.

Nos sistemas parlamentares, um voto de desconfiança do Parlamento derruba o gabinete, provocando eleições antecipadas. No presidencialismo paraguaio, regras vagas de impeachment conferem aos congressistas a prerrogativa de depor um chefe de Estado que não enfrenta acusações criminais. Um parecer de Ives Gandra Martins sustenta a hipótese de impedimento presidencial por improbidade administrativa, mesmo sem dolo. Na prática, equivale a sugerir que Dilma poderia ser apeada com a facilidade com que se abreviou o mandato de Fernando Lug. A adesão a essa tese faria o Brasil retroceder do estatuto de moderna democracia de massas ao de uma democracia oligárquica latino-americana.

Não são golpistas os cidadãos que fazem circular o grito abafado. Dilma Rousseff tornou-se um fardo pesado demais. Lula deu o beijo da morte no segundo mandato da presidente ao lançar sua candidatura para 2018 antes ainda da posse. No ato farsesco de "defesa da Petrobras", o criador da criatura emitiu sinais evidentes de que, em nome de sua campanha plurianual, prepara-se para assumir o papel um tanto ridículo de crítico do governo. Diante de uma presidente envolta na mortalha da solidão, os partidos oposicionistas parecem aguardar uma decisão das ruas. Fariam melhor oferecendo um rumo político para a indignação popular.

Antes de tudo, seria preciso dizer que, na nossa democracia, a hipótese de impeachment só se aplica quando há culpa e dolo. O complemento honesto da sentença é a explicação de que, salvo novas, dramáticas, informações da Lava Jato, inexiste uma base política e jurídica sólida para abrir um processo de impedimento da presidente. Contudo, só isso não basta, pois o país não suportará mais quatro anos de "dilmismo", essa mistura exótica de arrogância ideológica, incompetência e inoperância.

"Governe para todos --ou renuncie!". No atual estágio de deterioração de seu governo, a saída realista para Dilma é extrair as consequências do fracasso, desligando-se do lulopetismo e convidando a parcela responsável do Congresso a compor um governo transitório de união nacional. O Brasil precisa enfrentar a crise econômica, definir a moldura de regras para um novo ciclo de investimentos, restaurar a credibilidade da Petrobras, resgatar a administração pública das quadrilhas político-empresariais que a sequestraram. É um programa e tanto, mas também a plataforma de um consenso possível.

"Governe para todos --ou renuncie!". O repto é um exercício de pedagogia política, não uma aventura no reino encantado da ingenuidade. As probabilidades de Dilma romper com o lulopetismo são menores que as de despoluição da baía da Guanabara até a Olimpíada. Isso, porém, não forma uma justificativa suficiente para flertar com o atalho do impeachment. Se a presidente, cega e surda, prefere persistir no erro, resta apontar-lhe, e a seu vice, a alternativa da renúncia, o que abriria as portas à antecipação das eleições.

Dilma diz que a culpa é de FHC. Lula diz que é da imprensa, enquanto reúne-se com o cartel das empreiteiras. A inflação fará o ajuste fiscal. Por aqui, os camisas negras usam camisas vermelhas. A justa indignação da hora faz do impeachment uma solução sedutora. Mas a história não é a hora. Dilma vai passar, cedo ou tarde. Ela não vale o preço da redução do Brasil a um Paraguai.


28 de fevereiro de 2015
Demétrio Magnoli, Folha de SP

ESPERANDO JANOT

No país da piada pronta, angústias e aflições são crimes de lesa-pátria, daí as gozações em torno do suspense armado antes da divulgação da lista de parlamentares e políticos citados na Operação Lava Jato e prometida há semanas por Rodrigo Janot, procurador-geral da República.

Paráfrase óbvia, quase obrigatória e quase homônima, relaciona-se com o título da peça Esperando Godot (1952), do irlandês francófono Samuel Beckett, marco do teatro do absurdo que poucos viram, menos ainda entenderam e todos usam abundantemente.

Godot promete e não chega, a espera é, em si, o não evento central, acionador de contrassensos, ilógica e disparates. Janot, ao contrário, está sempre presente, atento, figura de proa na arquitetura republicana, cargo máximo do Ministério Público, hoje considerado em muitas partes do mundo como o verdadeiro Quarto Poder.

Justifica-se a demora: denota cuidado, zelo, senso de responsabilidade. A lista é transcendental mesmo antes de conhecidos os nomes que a integram, todos aptos a serem denunciados e depois julgados pelo STF. As pressões são enormes; apesar do segredo que envolve a seleção dos implicados nos processos investigados pela Polícia Federal, alguns nomes escaparam para o noticiário.

A nominata é naturalmente explosiva: pode alterar a composição do governo, seu esquema de apoio, a escolha dos candidatos à sucessão presidencial e, sobretudo, inúmeras biografias. Algumas armazenadas em sites de busca, outras já publicadas.

A residência de Janot foi arrombada em janeiro, o governo preocupa-se com a sua segurança e a tensão da campanha eleitoral, longe de arrefecer com a posse dos eleitos, aumentou assustadoramente. Sucedem-se brigas entre militantes, o jogo sujo oriundo das torcidas organizadas começa a comprometer o sagrado direito de expressão, a convivência entre contrários e a paz social.

Em represália a um estúpido ato de hostilidade contra o ex-ministro Guido Mantega no lobby de um hospital paulistano onde a sua mulher se trata de um câncer, o ex-presidente Lula convocou a militância a reagir às provocações: pretendia baixar a fervura, só a aumentou. Essa fervura não baixará com veemências dirigidas a ativistas políticos; o momento pede atos de estadistas voltados para sossegar uma sociedade ressentida e perplexa.

A espera por Janot serve para desativar animosidades num ambiente perigosamente volátil, onde tudo funciona como pretexto para radicalizações. Mas serve igualmente para exacerbá-las. Não foi prudente a ideia de convocar um grandioso ato público em defesa da Petrobras para a sexta-feira, 13 de março – exatos 51 anos depois do comício na Central do Brasil, fatídico gatilho para a quartelada que empurrou o país para a trágica ditadura militar.

A estatal brasileira não está ameaçada pelos trustes internacionais nem pelo imperialismo ianque; seus algozes são gente nossa, partidos e prepostos brasileiros que “tascaram” (para usar a linguagem de João Pedro Stédile) um patrimônio nacional que conseguiu sobreviver e prosperar ao longo de 63 anos a despeito das drásticas mudanças de governo.

Esperando Godot é uma vivência pessimista sobre impasses, dolorosas expectativas, desesperança, filha dos horrores da 2.ª Guerra Mundial e da pérfida Guerra Fria que a sucedeu.

Esperando Janot pode ser uma aposta no aperfeiçoamento das instituições democráticas. Sobretudo, na nossa capacidade de julgar e punir com isenção.


28 de fevereiro de 2015
Alberto Dines, Gazeta do Povo, PR

CONTINUA O PROTESTO DOS CAMINHONEIROS

CAMINHONEIRO MORRE ATROPELADO EM CONFUSÃO DURANTE PROTESTO. MOVIMENTO CONTINUA. PRODUTORES DERRAMAM LEITE EM RODOVIA. JÁ HÁ DESABASTECIMENTO

Movimento de protesto dos caminhoneiros continua desafiando o governo de Lula, da Dilma e de seus sequazes em vários Estados. Faixas "Fora Dilma" e produtores de leite protestam banhando rodovia com centenas de litros do produto. Enquanto isso, o PT que sempre viveu de agitação agora está colocando a polícia armada contra os camimhoneiros. Bom, isso não é novidade. Os comunistas sempre agiram assim, ou seja, mentindo, confundindo, enganando. No entanto parece que agora estão cercados pelos fatos e pela maioria dos cidadãos brasileiros fartos desse desgoverno incompetente, atrevido e golpista. (Fotos do site da revista Veja)
Desafiando o anúncio de multas altíssimas feito pelo governo federal, caminhoneiros seguem a bloquear estradas federais neste sábado. Há pelo menos 38 interdições em cinco Estados, segundo a Polícia Rodoviária Federal: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Cataria e Rio Grande do Sul.

Na região da cidade gaúcha de Santa Maria um caminhoneiro morreu atropelado por um colega enquanto tentava bloquear a passagem do caminhão.
De acordo com informações da Brigada Militar do Estado, o incidente se deu na BR-392, em São Sepé. O motorista de um caminhão recusou-se a parar e avançou por sobre o manifestante, que morreu no local.

Nesta quinta-feira, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, anunciou que a PRF aplicará multa de até 10.000 reais por hora para os motoristas responsáveis pela paralisação das rodovias. Os bloqueios, que se intensificaram nesta semana, provocaram o desabastecimento em diversos pontos do país.

Do site da revista Veja

28 de fevereiro de 2015

MAIS UM TORPEDO: SOBRINHO DE LULA FAZ FORTUNA EM NEGOCIATAS COM AS DITADURAS COMUNISTAS DE CUBA E DA ÁFRICA


O empresário Taiguara Rodrigues: para funcionários do governo e executivos de empreiteiras, ele é ‘o sobrinho do Lula’ (Foto: Veja)
O personagem ao nesta página, com ar de Che Guevara playboy, se chama Taiguara Rodrigues dos Santos. É figura conhecida na rede de negócios de empresas brasileiras em Cuba, na África e na Europa. Até 2009, ele ganhava a vida em Santos, no litoral de São Paulo, onde se estabelecera como pequeno empresário, dono de 50% de uma firma especializada em fechar varandas de apartamentos. Taiguara tinha uma rotina compatível com seus rendimentos.
 
Seu apartamento era um quarto e sala. Na garagem, um carro velho. A partir de 2009 a vida dele começou a mudar para melhor — muito melhor. De pequeno empresário do ramo de fechamento de varandas, ele se reinventou como desbravador de fronteiras de negócios no exterior. Abriu duas empresas de engenharia e, em questão de meses, fechou negócios em Angola.
 
O primeiro contrato no país africano destinava-se a construir casas pré-moldadas e tinha o valor de 1 milhão de dólares, conforme registro no Ministério das Relações Exteriores. No segundo, de 750 000 dólares, comprometia-se a construir uma casa de alto padrão.
Até aqui o que se tem é um empreendedor ambicioso que vislumbrou oportunidades de mudar de patamar vendendo seus serviços em países com os quais o governo Lula estabelecera inéditos laços de cooperação comercial. Mas a história de Taiguara é, digamos, bem mais complexa.
 
Conta o advogado Rafael Campos, representante da proprietária de um imóvel alugado por Taiguara: “Ele me falou que estava indo para a África no vácuo das grandes empreiteiras que expandiam negócios por aquele continente”.
 
A vida além-mar, pelo jeito, ofereceu a Taiguara grandes dificuldades práticas. Tendo recebido o dinheiro, as obras não saíram. Seus clientes angolanos acionaram a Justiça brasileira em busca de reparação, o que combinou com um inferno astral em que ele teve dezenove títulos protestados e passou 25 cheques sem fundos.
Se 2009 foi de esperança, os anos seguintes, 2010 e 2011, foram de amargura com o fracasso na África, e Taiguara teve o desgosto adicional de ver seu nome no Serviço de Proteção ao Crédito. Mas...
 
...a maré mudou, e mais tarde Taiguara reemergiu em glória. Havia comprado uma cobertura dúplex de 255 metros quadrados em Santos, dirigia um Land Rover Discovery de 200 000 reais e tomou gosto por viagens pelas capitais do mundo, hospedando-se sempre em hotéis de alto luxo. VEJA perguntou a Taiguara como ele explica a reviravolta em sua vida empresarial. Não obteve resposta.
 
Taiguara é filho de Jacinto Ribeiro dos Santos, o Lambari, amigo de Lula na juventude e irmão da primeira mulher do ex-presidente. Funcionários do governo e executivos de empreiteiras costumam identificá-lo como “o sobrinho do Lula”.
Em 2012, uma de suas empresas de engenharia, a Exergia Brasil, foi contratada pela Odebrecht para trabalhar na obra de ampliação e modernização da hidrelétrica de Cambambe, em Angola.
 
O acerto entre as partes foi formalizado no mesmo ano em que a Odebrecht conseguiu no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) um financiamento para realizar esse projeto na África. Uma coincidência, certamente. Orgulhoso, Taiguara postou fotos das obras na hidrelétrica de Cambambe numa rede social. “E tome água! Vamos gerar energia!”, escreveu.
 
A Odebrecht não quis informar o valor do contrato com a Exergia Brasil, que vigorou em 2012 e 2013. Em nota, disse que segue “padrões rigorosos de contratação de fornecedores, levando em conta sua capacidade técnica, financeira e de execução”.

Do site da revista Veja

28 de fevereiro de 2015

MALUFAR JÁ FOI CRIME

O verbo malufar está definitivamente desmoralizado. Foi reduzido a pó. Perto do megaesquema de corrupção montado para roubar a Petrobras, as maracutaias atribuídas ao neocompanheiro, e que deram origem ao termo, parecem hoje café pequeno.
Nunca antes na história deste país, políticos inescrupulosos zombaram tanto da inteligência alheia.

Imagine o ladrão cara de pau que rouba o leite das crianças e depois convoca a própria quadrilha para uma manifestação em defesa da creche assaltada? Ou o cinismo do bandido que, uma vez descoberto, invoca, em defesa própria, a existência da corrupção no Brasil desde o descobrimento? "Ora, a elite já rouba faz mais de 500 anos", argumenta.

Logo, a saída não pode ser a prisão dos "guerreiros do povo brasileiro". Pôr na cadeia a turma "que rouba, mas distribui" é coisa da "mídia golpista". Como a "esquerda" de Dilma, Lula, Temer, Renan e Maluf tem maioria no Congresso, a ordem é investigar tudo desde a chegada das caravelas e passar o Brasil a limpo.

Igual ao que o PT pregava (e nunca fez) antes de chegar ao poder. Bons tempos aqueles em que malufar ainda era crime.

Hoje, crime é ser contra a sangria da companheirada aos cofres públicos. Afinal, na literatura que faz a cabeça dos "progressistas" reza que, para alcançar a "revolução" redentora, "os fins justificam os meios".

Não à toa, boa parte dessa gente idolatra o obscurantismo jihadista do Estado Islâmico. Principalmente quando fuzila, incinera ou corta cabeças de defensores da tal liberdade de expressão, esse mi-mi-mi "pequeno burguês" que é um dos pilares da democracia.
 
28 de fevereiro de 2015
Plácido Fernandes Vieira, Correio Braziliense

DILMA E LEVY: A "GROSSEIRA" E O "INFELIZ"


 
  

 

A STASI E O TERRORISMO

 

 
A República Democrática Alemã (RDA) foi colocada pelos historiadores, durante o período de Guerra-Fria, entre os Estados que mais ativamente patrocinaram o terrorismo. A abertura dos arquivos do Ministério do Interior de Segurança do Estado mostrou que o HvA, de fato, colaborou com diversas organizações, bem como apoiou grupos revolucionários envolvidos com o terrorismo.
 
Markus Johannes Wolf (“Misha”), o denominado “Homem sem Rosto”, que por 33 anos foi o chefe do setor de Informações Exteriores do Ministério, evidentemente sabia de tudo. Sabia dos muitos vínculos que a RDA tinha com organizações terroristas do Ocidente.
 
O fato é que está mais do que comprovado que a RDA e seus Serviços de Informações deram apoio técnico, financeiro e treinamento a organizações engajadas no terrorismo contra governos e instituições civis como parte de suas estratégias.
 
Frente Patriótica Manuel Rodriguez, do Chile, foi um dos grupos terroristas que receberam treinamento na RDA e em Cuba. Além do mais, a RDA também protegeu terroristas que escaparam da RFA, como os do grupo Baader Meinhof. Sobre isso, Markus Wolf, cinicamente, escreveu que a RDA tolerava as organizações de libertação nacional que empregavam o terrorismo.
 
Como poderíamos saber com certeza que o que oferecíamos poderia ser usado de maneira que desaprovássemos?” Ora, o general Markus Wolf deveria saber que a luta terrorista para derrubar governos constituídos não era um pic-nic e que a aprovação estava implícita no próprio treinamento.
 
Markus Wolf, em seu livro “O Homem sem Rosto”, editora Record, 1997, escreveu sobre isso. Reconheceu que o que seu país tenha feito de errado “equivalia ao que o Ocidente fez na batalha contra o comunismo”, e que “era assim que a guerra era travada em algumas frentes”.
 
Reconheceu também que a dignidade e a liberdade humanas em alguns regimes são restringidas em conseqüência de uma política excessivamente zelosa de segurança do Estado, bem como o uso sistemático de torturas para punir adversários. “E isso aconteceu na RDA”, completa.
 
O fato é que ao final dos anos 70 o Ministério e o Departamento chefiado por Markus Wolf estiveram envolvidos em inúmeras alianças com forças estrangeiras que utilizavam o terror como forma de luta, como a Al-Fatah da OLP, o terrorista autônomo e assassino venezuelano Ilich Ramirez Sanchez (“Carlos, o Chacal”), os chilenos da Frente Patriótica Manuel Rodriguez, o grupo terrorista alemão ocidental Fração do Exército Vermelho (“Baader Meinhof”), George Habash chefe da radical Frente Popular pela Libertação da Palestina (que mantinha um apartamento em Dresden e sua filha estudava em uma Universidade na então Alemanha Oriental), Abu Nidal (os militantes de seu grupo receberam treinamento em técnicas de lançamento de mísseis) e outros. Além do treinamento a grupos terroristas, o Serviço mantinha contatos com a Eta-Basca e o Exército Republicano Irlandês (IRA). Esses contatos eram conhecidos por um reduzidíssimo número de funcionários.
 
Além de oferecer treinamento na RDA, o Serviço também deu assistência a membros da Fração do Exército Vermelho que haviam buscado refúgio no país. Alguns deles receberam novas identidades e documentos com novas vidas fornecidos pelo Ministério de Segurança do Estado, entre os quais Susanna Albrecht, acusada de conduzir um grupo de extermínio até à casa de um amigo de seu pai, Jürgen Ponto, diretor-executivo do Dresdner Bank; e Christian Klar e Silke Maier-Witt, envolvidos no seqüestro e assassinato de Hans-Martin Schleyer, presidente da Associação dos Industriais Alemães.
 
Três outros integrantes da Fração – Inge Viett, Regina Nicolai e Ingrid Siepmann - também foram acolhidos pela RDA procedentes da Checoslováquia, para onde haviam fugido. Cada um desses terroristas recebeu uma história de fachada para justificar suas presenças na RDA.
Além de tudo isso, seções de treinamento também ocorriam na RDA para ex-membros da Fração ainda vivendo no Ocidente. Em 1981 e 1982 um grupo foi treinado em disparar armas pesadas contra o assento de passageiros de um automóvel Mercedes, bem como instruídos de como se livrarem dos destroços.
 
Guerrilheiros do Congresso Nacional Africano (CNA), a partir de meados dos anos 70 em diante, também receberam treinamento na RDA e, sobre isso, nunca ocorreu qualquer vazamento para o exterior. Os contatos eram feitos entre Joe Slovo, líder do Partido Comunista Sul-Africano e o Comitê Central do Partido Comunista da RDA. 
 
“Carlos, o Chacal”, esteve por várias vezes na RDA. A primeira vez em 1979 através de ligações feitas pelo Iêmen do Sul, portando um passaporte diplomático sírio. Ele havia reservado uma suíte no Palast Hotel. Nos relatórios dos agentes da Stasi ele aparecia como um fanfarrão, um burguês mimado que virou terrorista e que violava todas as regras básicas de discrição, pondo em risco todos os que trabalhavam com ele. Postava-se no bar do hotel até tarde da noite, bebendo copiosamente e paquerando as mulheres, com uma pistola pendurada na cintura. Essas informações eram reportadas ao Serviço pelas prostitutas.
 
O Serviço tolerava a presença de estrangeiros envolvidos em atividades terroristas na esperança de poder usá-los mais tarde em “casos graves” – um eufemismo para a guerra total às nações que compunham a OTAN.
 
Apesar das promessas feitas pela OLP e outros grupos, pelo menos dois ataques terroristas foram desfechados a partir do território da RDA: o atentado à bomba ao Consulado da França em Berlim Ocidental, em 1983, e o atentado à discoteca La Belle, ponto de encontro de militares norte-americanos, também em Berlim Ocidental.
 
Nesse atentado perderam a vida dois soldados norte-americanos e uma mulher, ferindo 150 pessoas. Os EUA alegaram que o atentado fora orquestrado na embaixada da Líbia em Berlim Ocidental e a CIA alegou também que o Serviço da RDA sabia de antemão dos preparativos para o ataque.
De fato, um relatório do controle de fronteira de Neiber reportava que os diplomatas líbios haviam entrado na RDA com explosivos em sua bagagem. Suas identidades bem como ligações com terroristas eram bem conhecidas. Isso levou a nada menos que o presidente Reagan anunciasse que os EUA tinham provas cabais do envolvimento líbio.
 
Por que? O principal organizador do atentado, de nome Chreidi, viajara com facilidade entre as duas Berlim durante um período de intensificação das medidas de segurança no Checkpoint Charlie. Todavia, fontes da OLP, citadas em documentos encontrados no Serviço após a queda do Muro de Berlim relatavam que Chreidi não era apenas um terrorista líbio, mas de fato um agente a soldo dos EUA. Dez dias após o seu pronunciamento, o presidente Reagan autorizou um ataque maciço à Líbia.
 
Também um grupo de militantes do Partido dos Trabalhadores do Brasil recebia treinamento político ideológico na RDA, em novembro de 1989, quando caiu o Muro, tendo retornado apressadamente ao Brasil sem concluir o curso.
Após o chamado Massacre de Munique, em 1972, realizado pelo Setembro Negro, a RDA decidiu oferecer um status semi-diplomático à Al-Fatah. Logo em seguida os guerrilheiros palestinos foram convidados aos acampamentos secretos na região rural da RDA para treinamento militar (uso de armas, explosivos e táticas de guerrilha).
 
Um treinamento de rotina para grupos de libertação nacional”, segundo escreveu Markus Wolf. Esse treinamento era supervisionado por dois Departamentos do Ministério, responsáveis por tarefas militares e treinamento: o HÁ-II (Contra-Espionagem) e o AGM (Grupo de Trabalho do Ministro), bem como pelo Departamento chefiado por Markus Wolf, o HvA. Para visitantes palestinos, os Oficiais do HvA ministravam regularmente palestras sobre coleta de informações, codificação e decodificação, bem como transmitiam suas experiências em técnicas de contra-espionagem.
 
A maioria dos terroristas árabes que estavam ocultos na RDA cruzava a fronteira sob cobertura diplomática árabe.
 
Segundo Markus Wolf, “em troca da nossa ajuda e treinamento, esperávamos ganhar acesso às informações da OLP sobre segurança, estratégia global e armamento dos EUA” (sic). É verdade que os contatos com a OLP também facilitaram as operações dos agentes do Serviço em Damasco e Aden.
 
É verdade que após a reunificação da Alemanha, em todos os arquivos abertos por uma zelosa equipe de promotores da RFA, não foram encontradas provas da cumplicidade de Markus Wolf com o terrorismo. Ele apenas sabia, mas não fez nada... Escreveu em seu livro que “os Serviços eram compartimentados” e que “nossa cooperação com a OLP de Arafat e outros grupos semelhantes fazia parte de uma complexa manobra política pela qual eu era pessoalmente responsável, e sei disso. Era uma colaboração a serviço de nossa liderança política, e éramos tão politicamente motivados nessa implementação quanto nas missões do passado no Terceiro Mundo”.
 
NotaAlém de apoiar o terror internacional, a STASI também se notabilizou por fornecer assessoria para a polícia secreta de várias ditaduras comunistas pró-soviéticas, como o governo do MPLA em Angola, o regime genocida de Mangistú Marian na Etiópia e os sandinistas na Nicarágua, entre outros.
 
28 de fevereiro de 2015
Carlos I. S. Azambuja é Historiador.

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO

O Incrível "exército" de $talinácio: Bolsonaro representa contra Lula na PGR por crime contra segurança nacional
 
 

O sapientíssimo Comandante $talinácio só pode estar sob forte influência daquele lendário Marechal comunista chinês, o Massariko no Ku. Só uma pressão muito grande o fez cometer a maior cagada verbal nunca antes vista na história deste País. Convocar o tal "exército do Stédile" - que a inteligência do tradicional Exército de Caxias acompanha detalhadamente - foi um ato falho psicológico de desespero, mas também de arrogância e pleno conhecimento de como o PT e demais partidos radicalóides de esquerda no Brazil articulam e financiam seu projeto corrupto de revolução investindo em organizações criminosas e nos elementos marginais que ajudam a fabricar - com dinheiro público e muita demagogia.
 
O que o mito em decadência $talinácio proclamou merece ser levado muito a sério. Não foi uma bravata, ou apenas um ato falho de um sujeito pressionado. Prova disso é que o presidente do PT no Rio de Janeiro, o discípulo de José Dirceu, Washington Quaquá, deu sequência ao que o chefão proclamou na ABI, na histérica terça-feira, 24 de fevereiro do ano sem graça de 2015. Quaquá, falando sério, repetiu ontem a ordem unida aos militantes nazicomunopetralhas: "Agrediu, devolvemos dando porrada". A linha de faniquito do Quaquá Massaranduba, que deveria contratar o frenético Theo Pereira para assessor de imprensa, é o assassinato da política no Brasil.
 
Já que o Procurador-Geral da República não denuncia, alguém precisa denunciar: Luiz Inácio Lula da Silva, com sua declaração nazifascista de guerra aos opositores e inimigos, cometeu um assassinato da atividade Política. Ainda bem que os dignos representantes do Exército de Caxias reagiram à altura ao crime institucional cometido por Lula. O presidente do Clube Militar detonou: "É inadmissível um ex-presidente da República pregar, abertamente, a cizânia na Nação". O curioso é que a suposta "oposição" não pede a responsabilização penal de Lula pela incitação à violência e à ilegalidade que ele pregou na ABI.
 
O comandante do Incrível "exército" do $talinácio parece ter a blindagem de um tanque de guerra de última geração. O motivo desta capacidade de resistência é bem simples. Lula tem a maior central de informação e produção de dossiês contra seus adversários e inimigos. Sua capacidade de assassinar as reputações de quem ousar enfrentá-lo é sem limites. Além disso, conta com seus "exércitos" invisíveis - que o Exército Brasileiro de Verdade mapeia, mas não atua, efetivamente, para neutralizar e destruir. Será que vai esperar que um General de Quatro Estrelas tome um tiro na cara para reagir? Ou que a mesma tragédia aconteça com um Supremo Magistrado, Procurador da República ou algum político de "oposição"?
 
O corrupto esquema de poder no Brasil tem um exército marginal bem treinado à disposição do projeto revolucionário. Isto não é paranóia. Os fatos objetivos comprovam que a ameaça é real. No meio de Movimentos Sociais aparentemente justos e inocentes, existem verdadeiros marginais treinados em ações de guerrilha e armados com mais qualidade que o "Exército de Caxias" - que recebe cada vez menos investimento do governo, que prefere fazer crescer a "Força Nacional". O aparato revolucionário tem o reforço de guerrilheiros de Cuba, Angola, Haiti e Bolívia - sob as bençãos do Foro de São Paulo. Milícias e outros grupos radicalóides cumprem o mesmo papel. Concorrem com os narco-comerciantes tradicionais, também muito bem armados, que ora são tratados como inimigos, ora como aliados eleitorais em comunidades carentes, dependendo do grau de cinismo da conjuntura.
 
Generais de renome já cansaram de denunciar isto nas redes sociais. Mas tudo fica como dantes nas imediações do Quartel do Abrantes... A inteligência das Forças Armadas sabe, detalhadamente, como funciona o financiamento da atividade criminosa de guerrilha urbana e rural no Brasil. No entanto, prefere apenas "acompanhar", produzir relatórios de inteligência, que se perdem na burocracia e não geram uma ação efetiva contra as ações criminosas que afrontam a soberania nacional, o que os obriga a agir conforme o artigo 142 da Constituição Federal (ainda em vigor). Nesta passividade, os militares conseguem dar um golpe neles mesmos e na própria Nação Brasileira.
 
No começo da década de 30 do século passado, a República de Weimar assistiu, passivamente, à formação das SAs do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores da Alemanha. Logo que Hitler chegou ao poder, elas se transformaram nas SS e na Gestapo - e deu no que deu... A situação brasileira é muito mais assustadora. O radicalismo político, combinado com a violenta marginalidade, ameaça sair de controle. No Brasil, mais de 50 mil pessoas são assassinadas, anualmente, em crimes violentos. Curioso é que a mídia ideologicamente pautada só atira contra a Polícia Militar - acusada de responsabilidade por cerca de 400 destas mortes...
 
O esquema nazicomunopetralha e seus demais "primos" esquerdistas promovem a sistemática desmoralização das Forças Armadas e das Polícias Militares, sempre contando com a conivência da mídia que recebe seus "mensalões" ou tem simpatia romântica pelas causas "ideológicas". Esta facção hegemônica da imprensa vendida - como era esperado - não reagiu contra a apologia ao crime pregada, abertamente, por Lula - que assassinou a Política na ABI, e continua solto, porque nenhum Procurador, Magistrado ou Militar da Ativa teve a mínima coragem de denunciá-lo formalmente. Pelo menos o deputado Jair Bolsonaro entrou com uma representação na PGR (7106/2015) contra Lula, por crime contra a segurança nacional e a ordem política-social... Mais um pepino para o Rodrigo Janot descascar...
O Brasil da omissão caminha para uma onda de intolerância e violência que pode nos levar a uma guerra civil declarada. Na "não-declarada" já estamos sobrevivendo há muito tempo. O incrível exército de $talinácio vem com tudo... Até a hora que nem o seu "Criador" conseguirá controlá-lo - da mesma forma como ocorreu na Alemanha de Adolf Hitler e, depois, se tornou uma realidade ainda mais triste na Alemanha Oriental do pós-guerra, até a queda do Muro de Berlim (que, no Brasil, ganha um tijolinho novo de concreto a cada dia...). A STASI nazicomunopetralha não perdoa ninguém... O lema dela é: "Aos amigos, tudo; aos inimigos, nem a Lei"...
 
Quando a situação sair completamente do controle, não adianta convocar para a ativa o lendário Marechal Massariko no Ku... A casa já estará arrombada, mesmo que pareça ter a ilusória segurança de um presídio a céu aberto...
 

Leia o artigo, de Carlos Azambuja: 

A STASI E O TERRORISMO
  
"Data venha"...
 
Já que o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, reclamou ontem que foi obrigado a transformar sua casa em um presídio, depois que ela foi arrombada por bandidos, fica uma sugestão pragmática:
Por que Janot não leva logo, para sua casa-presídio, os políticos ladrões do Petrolão...
Daqui a pouco, vai ter bandido processando a PGR por causar ansiedade pela lista negra nunca divulgada, ferindo os direitos humanos fundamentais dos corruptos que esperam a hora de saborear mais uma pizza bem indigesta para o povo brasileiro...
 

Releia: Golpe na Lava Jato: Tática é culpar dirigentes de empreiteiras, para poupar políticos que chefiavam roubos

 
Mentira Global
 
Na Bahia, já se tem certeza de que os marginais que quebraram o carro de reportagem da Rede Bahia, afiliada da Rede Globo, eram sindicalistas que pretendiam sabotar o justo movimento de reivindicação dos caminhoneiros.
 
O Jornal Nacional de ontem, a própria rede Bahia e várias entidades de defesa do jornalismo embarcaram na desinformação, tentando criminalizar os caminhoneiros que são vítimas da fracassada política econômica do desgoverno Dilma - que fica mais escrota ainda com o pacote de maldades do Joaquim Levy.
 
As milícias (ou o exército paralelo) do PT está agindo com prontidão para sabotar, neutralizar ou até matar os inimigos, mas a imprensa chapa-branca, estadodependente de verbas de estatais, prefere não denunciar a verdade...
 
Encontros e desencontros

 
Foi ele...
 

Por sugestão do senador tucano Cássio Cunha Lima, o ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso tirou uma foto em que aparece segurando um cartaz (feito à mão pelo presidente do PSDB, senador Aécio Neves) com uma nota de R$ 2, onde estava escrito: “Foi FHC”.
 
A brincadeira, numa referência à criação do Plano Real, em 1994, que trouxe estabilidade econômica ao País, foi para sacanear a Dilma - que joga a culpa de todos os seus erros no FHC...
 
Agora, brincadeira mesmo foi FHC insistir que o PSDB não vai apoiar qualquer proposta de impeachment da Dilma, do mesmo jeito que ele salvou Lula de ser derrubado quando estourou o escândalo do Mensalão...
 
Aí sim, se pode dizer, que a salvação de Lula é inteira culpa do FHC...
Zorra Vermelha programada
 


Além do MST do Stédile, a nazicomunopetralhada contra com outros "exércitos" revolucionários...
 
Guilherme Boulos, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), durante passagem por Uberlândia, Minas Gerais, prometeu que o movimento pretende paralisar o Brasil no dia 18 de março de 2015, data que está sendo chamada de “Dia Nacional de Luta pela Reforma Urbana”, ou “Quarta-Feira Vermelha”.
 
O movimento reivindica “moradia” e “reforma urbana”, mas seu real objetivo é realizar a revolução socialista-comunista. Boulos já declarou publicamente que as invasões e paralizações, os “protestos” e as “manifestações” promovidos pelo MTST têm justamente esse propósito político.
O grupo também conta com um núcleo de comunicação, responsável pela confecção de bandeiras e camisetas e por elaborar os gritos de ordem.
 
Clube das Desesperadas


Sabedoria caminhoneira
 
Do caminhoneiro Ivar Schmidt, líder do Comando Nacional do Transporte, em entrevista ao site da Veja:
 
"Nós estamos com lucro zero, aí o governo nos propõe de ficar tendo lucro zero mais seis meses. Eu acho que eles não regulam certo da cabeça. Devem estar com problema."
"O nosso movimento abomina sindicato, associação, federação, confederação. E esses segmentos tentaram nos representar nas últimas décadas e nunca resolveram nosso problemas. Então, a gente está aqui. Vou ficar em Brasília até resolver isso."
 
Adeus, Spock


Vida longa e próspera ao grande ator Leonard Nimoy - o famoso meio-humano, meio-vulcano Spock, de Star Trek.
 
O ator e diretor de cinema faleceu aos 83 anos, de crônica obstrução pulmonar, embora tenha parado de fumar há 30 anos.
 
Todos os Jedis estão de luto com esta grande perda cinematográfica e, por que não, filosófica...


É Poda mesmo!
 
Do consagrado apresentador de televisão, Marcos Hummel, em seu Facebook:
 
"Viver em São Paulo, com a ameaça das árvores que podem cair a qualquer momento.... é Poda".
 
Quem tem amigo não fica na prisão?

 
                           
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai!
 
28 de fevereiro de 2015
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

HORA DE PENEIRAR E SEPARAR O JOIO DO TRIGO

Hora de separar os homens dos canalhas: jovem procurador da Lava Jato responde ao governo corrupto do PT.
Dallagnol, o  jovem procurador da Lava Jato, olha para o Procurador Geral da República, Rodrigo Janot.

(Estadão) O procurador Deltan Dallagnol, que coordena no Ministério Público Federal (MPF) as investigações do esquema de corrupção na Petrobrás, defendeu em seu perfil em uma rede social que o acordo de leniência com as empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato seja fechado com o MPF e não com a Controladoria-Geral da União (CGU). É a primeira manifestação do procurador após reunião na última semana com ministros do Tribunal de Contas da União (TCU), revelada pelo Estado.com, na qual ele defendeu a portas fechadas essa posição, o que provocou fortes críticas do governo.

Conforme o procurador, "a depender do modo de celebração desse tipo de acordo (com a CGU), ele pode ser prejudicial ao interesse público". Ele explicou que para o MP, acordos de leniência só podem ser celebrados quando estiverem presentes três requisitos cumulativos: reconhecimento de culpa, ressarcimento ainda que parcial do dano e indicação de fatos e provas novos.

"Sendo necessária a comunicação de fatos novos e a entrega de novas provas sobre crimes, e estando a investigação dos fatos criminosos sendo desenvolvida, em parte, sob sigilo, é possível que a CGU tome, como novos, fatos e provas apresentados pela empresa que já estejam informados e comprovados na investigação." Nesse sentido, o procurador afirmou que "o MPF não se opõe a um acordo de leniência que cumpra os requisitos legais. Contudo, diante das circunstâncias do caso, parece inviável que a CGU analise se os requisitos estão sendo atendidos."

O procurador rebateu o argumento do governo de que os acordos de leniência devem levar em consideração o não fechamento das empresas. "Embora legítima a preocupação do governo com consequências econômicas e sociais, a maior preocupação deve ser com as consequências econômicas e sociais da corrupção praticada e em desenvolvimento - lembrando que houve práticas corruptas recém-descobertas que ocorreram até dezembro de 2014." E complementou: "Conforme a experiência internacional demonstra, quanto menor a corrupção na sociedade, melhores são as condições para o desenvolvimento econômico e social."

O procurador também respondeu na nota acusação do ministro da Advocacia Geral da União, Luís Inácio Adams, ao Estado de que o MP quer ter a prerrogativa de fazer os acordos de leniência para coagir os investigados a delatarem esquemas de corrupção em outras áreas do governo. "Dos 13 acordos de colaboração celebrados no âmbito da investigação da Lava Jato, 11 foram feitos com pessoas soltas e os dois restantes foram feitos com presos que continuaram presos, de modo que está desconectado da realidade o argumento de que prisões são feitas para forçar pessoas a acordos."

O acordo de leniência pode ser feito ao mesmo tempo pela CGU, MPF e Cade. O governo tenta, contudo, fazer uma ação conjunta dos três órgãos para evitar que as empresas tenham que negociar separadamente. Os acordos serão analisados pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que pode concordar ou não com os termos. O acordo de leniência feito pela CGU impede que as empresas sejam impedidas pela Justiça a contratar empréstimo com o poder público.

28 de feveeiro de 2015
in coroneLeaks

TOME UM ENGOV ANTES E DEPOIS DE LER...

Slogan mentiroso não dura 2 meses e Dilma corta R$ 14,5 bi do "Pátria Educadora".


Tomem um Engov e assistam ao primeiro minuto do discurso de posse sobre ... "Pátria Educadora"...

( O Globo) O corte nos gastos do governo federal em 2015 atingirá diretamente as áreas sociais, pilares do governo da presidente Dilma Rousseff.
 
A educação, prioridade do segundo mandato, que tem como slogan “Pátria Educadora”, poderá ter o maior corte em valores nominais: R$ 14,52 bilhões.
Dos R$ 46,74 bilhões apontados como despesas discricionárias do Ministério da Educação (aquelas que são passíveis de corte, como custeio e investimentos, exceto os gastos com pessoal), poderão ser cortados um total de até R$ 14,52 bilhões — caso nos próximos dois trimestres se mantenha a restrição imposta pelo decreto anunciado na última quinta-feira.
 
Os cálculos, feitos por técnicos da Consultoria de Orçamento da Câmara, levam em conta a limitação de gastos de cada ministério até abril prevista em decreto presidencial, publicado no Diário Oficial de quinta-feira. A despesa anual foi projetada com a manutenção do mesmo valor a cada quadrimestre.
 
28 de fevereiro de 2015
in coroneLeaks

IMAGEM DA DECADÊNCIA E DO DESESPERO

lula CANALHA CONVOCOU SEU EXERCITO EM 24/02 EM ATO NA "ABI" NO RIO! ‏            
 
UMA NAÇÃO SE TORNA MENOR...
QUANDO O SEU POVO PERDE O PODER DA INDIGNAÇÃO!!
FORA lula CRÁPULA OPORTUNISTA! FORA pt QUADRILHA!

 

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28 de fevereiro de 2015
(recebido por email)


 

O MENSALÃO, O PETROLÃO E OUTROS "ÃOS" SÃO INTERMINÁVEIS... UM HORROR!

Procuradores encontram novas provas contra empreiteiras. A Odebrecht do lulismo está na lista.
 
Documentos encontrados pela PF na casa do empresário Mario Goes comprovam que a Odebrecht e a Andrade Gutierrez também participaram do maior esquema de corrupção da história brasileira. Convém lembrar que a Odebrecht patrocina as "palestras" de Lula pelo mundo afora:
 
Documentos encontrados pela Polícia Federal na casa e nos escritórios do empresário Mario Goes, preso em Curitiba e apontado como operador do esquema de corrupção na Petrobras, oferecem novos indícios de que empreiteiras investigadas pela Operação Lava Jato pagaram propina para fazer negócios na estatal.
 
Contratos e notas fiscais emitidas por Goes mostram que ele recebeu R$ 39,6 milhões de seis empresas e consórcios dos quais elas participam, incluindo as construtoras Andrade Gutierrez, Mendes Júnior, OAS, Odebrecht e UTC. Os pagamentos foram feitos de 2006 a 2014.
 
Os documentos são os primeiros apontados pelo Ministério Público como evidência de que a Andrade Gutierrez e a Odebrecht, duas das maiores empreiteiras do país, também participaram do esquema de corrupção. As duas negam ter pago propina para obter contratos na Petrobras.
 
Outras empresas que fizeram negócios com Mario Goes, como a Mendes Júnior, a OAS e a UTC, já são alvo de ações judiciais propostas pelo Ministério Público Federal.
 
Segundo os procuradores, duas empresas de Goes, a Riomarine Oil e Gas e a Mago Consultoria, firmaram contratos fictícios de serviços de consultoria para justificar os pagamentos feitos pelas empreiteiras. Para o Ministério Público, os pagamentos são propina destinada a políticos e funcionários da Petrobras.
 
O nome de Goes veio à tona nas investigações depois de ser mencionado pelo ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco, que fez acordo para colaborar com as investigações e afirmou ter recebido US$ 97 milhões em propina, incluindo US$ 7,5 milhões repassados pelo próprio Goes.
 
As buscas na casa de Goes e em suas empresas foram realizadas no dia 5 de fevereiro, no Rio. Para os procuradores, ele exercia um papel semelhante ao do doleiro Alberto Youssef, apontado como um dos principais operadores do esquema de corrupção.
 
Goes teve pelo menos dois contratos com a empreiteira Andrade Gutierrez, assinados com a Riomarine em maio de 2007 e maio de 2008, com valores de R$ 875 mil e R$ 4,4 milhões, respectivamente.
 
Ambos registram como finalidade a "prestação de serviços de consultoria técnica e comercial especializada relativa à indústria de Petróleo e Gás Natural". A PF encontrou 31 notas fiscais emitidas pela Riomarine em favor da Andrade Gutierrez, no valor total de R$ 5,3 milhões. Algumas destas notas são sequenciais, o que levantou suspeitas de que são fraudulentas.
 
A Riomarine também firmou contrato com o consórcio PRA-1 Móodulos, formado pelas construtoras UTC e Odebrecht, no valor de R$ 1,6 milhão. Com data de 1º de julho de 2004, o documento, encontrado pelos policiais, também aponta a prestação de "serviços de consultoria técnica e comercial especializada relativa à indústria de Petróleo e Gás Natural".
 
A UTC, por sua vez, firmou outros cinco contratos com a Riomarine, em 2005 e 2013, no valor total de R$ 7,2 milhões. As notas fiscais emitidas em favor da empresa somam R$ 9,7 milhões, incluindo pagamentos feitos em julho e setembro de 2014, quando as investigações da Lava Jato estavam em andamento.
 
Notas em nome da OAS somam R$ 10,2 milhões. Um consórcio em que a Mendes Júnior é sócia da MPE e da Setal firmou dois contratos com a Riomarine, em 2007 e 2010, no valor total de R$ 4 milhões. As notas fiscais encontradas em nome do consórcio somam R$ 5,13 milhões.
 
Segundo o Ministério Público, as evidências indicam, "de forma contundente", que Goes utilizava a empresa Riomarine para viabilizar o repasse de propina: "Nenhuma das provas obtidas no curso da Lava Jato indicam a possibilidade de que a Riomarine efetivamente desempenhe ou mesmo tenha capacidade para desempenhar os serviços de consultoria e assessoria". (Continua na FSP).
 
28 de fevereiro de 2015
in orlando tambosi