"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

OS DEZ MANDAMENTOS DO SOCIALISMO

O HUMOR DO ALPINO



28 de agosto de 2014

PELO FIM DO POLÍTICO PROFISSIONAL


AJUDEM A TENTAR MUDAR A POLITICA DO BRASIL.

DIVULGUEM, ASSINEM, COMPARTILHEM!!!

 
FIM DO POLÍTICO PROFISSIONAL.

 
28 de agosto de 2014

RENOVANDO PARA MUDAR

Foto de Evandro Fernandes.

28 de agosto de 2014


NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO

Marina acena com Fábio Barbosa e Aécio confirma Armínio Fraga para Fazenda, enquanto Dilma se perde

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Fábio Barbosa, ex-presidente do Santander, da Federação dos Bancos e atual presidente do Conselho de Administração do grupo Abril, é o nome cotado como favorito, nos bastidores, para assumir o Ministério da Fazenda em um eventual governo Marina Silva. Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central, já foi anunciado, antecipadamente, por Aécio Neves, como o escolhido para comandar a Economia, caso consiga vencer o mito Marina e a máquina Dilma – que tem no ministro Guido Mantega, motivo de chacotas no mercado, como seu ponto fraquíssimo.

Todos já sabem que transmitir a imagem de capacidade de gestão econômica, com previsão de crise para 2015, é um fator fundamental para assegurar o apoio político – e principalmente financeiro – do “deus mercado” na hora em que a eleição começa a se decidir. Esta é a desvantagem maior de Dilma – que não consegue transmitir segurança. Marina já tem sua imagem desenhada, religiosamente, como salvadora da pátria. E Aécio Neves, que seria o candidato favorito do tal mercado, não consegue decolar. Fica apenas na promessa de que os votos cairão do céu – imagem messiânica mais próxima do estilo Marina.

O eleitorado quer mudança. Só não consegue expressar que mudança deseja. Os candidatos também não conseguem captar a mensagem. A eleição não empolga a maioria que continua apática como de costume. O clima é de torcida de futebol: uns contra os outros. Os discursos não indicam caminhos viáveis, concretos e seguros para o Brasil. As entrevistas e debates televisivos nada acrescentam e só confirmam o despreparo dos candidatos para lidar com as simples questões do dia-a-dia: carestia, cartorialismo, banqueiragem, corrupção e incompetência de gestão da coisa pública.

Com alto risco de fraude eleitoral, vão se eleger os mesmos clãs políticos de sempre, com falsa renovação: entram novas figuras para fazer as mesmas coisas dos antecessores. O cenário para o ano que vem é de mesmice, com uma crise que pode ou não ser violenta. O que se fará para evitá-la. Ninguém sabe...

Ficamos igual ao pessoal da orquestra do Titanic. Vamos tocando e dançando, enquanto o navio afunda... Quem sobreviver se deu bem...

Tudo tranquilo     



Mitomania política

Pelo menos na indução das pesquisas de opinião, que ouvem uns dois mil eleitores, num universo eleitoral de 142 milhões de pessoas, o brasileiro entra na empolgação de votar no “mito”.

Foi sempre assim com o “ex-operário” Lula.

A farsa histórica se repete agora com a “ex-seringueira” Marina, viúva política do Eduardo Campos, que tem DNA de petista radical chic, apesar da carinha de moça pobre e um visual calvinista (não do estilista Calvin Klein, mas do teólogo João Calvino).

Novo “Tribunal” de “Justiça”

O besteirol da candidata-presidenta Dilma ganhou uma nova pérola ontem, com o comentário sobre a decisão tomada pela maioria dos ministros do “Tribunal” de Contas da União de não bloquear os bens da “Presidente” da Petrobras, Maria das Graças Foster, por causa do escândalo Pasadena, um prejuízo de US$ 792 milhões.

Dilma festejou a “justiça” do TCU:

“Acho que se fez justiça. Se a maioria do TCU decidiu se fez justiça, porque é uma questão de justiça. Eu sempre afirmei que a Graça Foster tinha sido objeto disso pelos seus méritos, porque é uma pessoa íntegra e competente, uma pessoa capaz e uma pessoa extremamente dedicada. Fico feliz com essa informação”.

Detalhe sempre importante: O TCU não é tribunal, porque não faz parte do judiciário, e nem faz Justiça, pois é um mero órgão auxiliar do Poder Legislativo para fins de fiscalização do poder público, com ministros indicados pelo Poder Executivo e pela classe política...

Negligência punível


Ex-ministra das Finanças supostamente negligente em uma fraude política de 403 milhões de Euros é investigada pela Justiça.

Isto acontece na França, onde mora muito bem o Chico Buarque...

O alvo é Christine Lagarde, embora seja a super-poderosa diretora gerente do Fundo Monetário Internacional.

Se fosse no Brasil, dificilmente, a moça tomaria no TCU, por exemplo...

Bronca Brizolista



Tradução



Liberdade apenas para os petistas



 29 de agosto de 2014
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS

Dizia Montesquieu que na política é essencial atentar para as semelhanças entre as coisas diferentes e as diferenças entre as coisas semelhantes.
É natural que, decepcionados com a política e os políticos, os brasileiros tendam a acreditar, especialmente quando entra em cena o discurso eleitoreiro, que "político é tudo igual". Não é bem assim, claro. Por isso, no momento em que a campanha eleitoral ingressa em sua fase decisiva com o início da propaganda dita gratuita, é mais do que oportuno lembrar a recomendação do filósofo francês, um dos principais arquitetos do Estado moderno, e atentar para as principais diferenças entre os discursos das duas - pelo menos, até agora - mais importantes forças concorrentes no próximo pleito presidencial: o lulopetismo no poder e a oposição tucana.

Como bem observou a colunista Dora Kramer no dia seguinte à inauguração da propaganda no rádio e na TV, foi notável a "diferença central" na conceituação dos dois primeiros discursos de PT e PSDB no que diz respeito ao papel do governo na relação com a sociedade.

De fato, os programas inaugurais dos antagonistas Dilma Rousseff e Aécio Neves transmitiram mensagens substancialmente distintas, radicalmente divergentes, que com toda certeza marcarão o tom de toda a campanha: para o lulopetismo, o governo é o grande provedor do bem comum, o todo-poderoso gerente-geral da felicidade dos cidadãos e fora dele não há garantia de conquistas sociais e progresso. Para os tucanos, no Brasil de hoje o maior problema é o próprio governo do PT, que desde que o País deixou de surfar na onda internacional de prosperidade tragada pela crise de 2009 meteu os pés pelas mãos e, especialmente durante o mandato da atual presidente, não tem sido capaz de conter o retrocesso econômico que ameaça comprometer até mesmo as conquistas sociais e econômicas da administração Lula.

Dizer que as divergências entre os dois grupos são de natureza ideológica implicaria admitir que o balaio de gatos que abriga os atuais detentores do poder - petistas e "base aliada" - seja fiel a alguma ideia que não a do mero apego ao poder. O PT nasceu como resultado da associação do voluntarismo obreirista com os influxos progressistas da militância católica e a arrogância autoindulgente de intelectuais e acadêmicos "de esquerda". O tempo se encarregou de fazer vazar pelo ralo do fisiologismo as veleidades "redentoras" do partido "dos trabalhadores" e acabou sobrando apenas o séquito dos deslumbrados com as benesses do poder.

No que diz respeito ao outro lado, há quem se anime ainda a identificar traços do pensamento social-democrata que inspirou a fundação do PSDB, estabilizou a economia e recolocou o País nos trilhos do desenvolvimento social e econômico a partir de 1995. Escamoteado na campanha eleitoral de 2002, que acabou resultando na entrega do poder ao populismo lulopetista, esse pensamento permanece no momento à espera de alguma explicitação capaz de empolgar quem não se satisfaz em saber apenas o que não deseja para o País.

De modo que, se é difícil de identificar alguma substância programática no discurso dos dois principais, até agora, concorrentes à Presidência, o tom da campanha pelo menos revela claramente, de um lado, que na hipótese da reeleição de Dilma o que se pode esperar é mais do mesmo estatismo populista que, a continuar evoluindo na contramão da História, estará abrindo para os brasileiros as portas do paraíso bolivariano. De outro lado, os tucanos limitam-se a apontar os erros do governo, tarefa fácil na atual conjuntura - é isso que também se espera da oposição. Mas é muito pouco, mesmo que qualquer alternativa ao pesadelo lulopetista possa ser considerada uma bênção. O eleitor consciente merece mais do que ter de optar pelo que é menos pior.

O que importa é que existe, sim, uma diferença essencial entre a visão de mundo inerente ao discurso e à prática lulopetistas de que a sociedade precisa ser tutelada por um Estado todo-poderoso e onipresente, e a convicção oposta, escorada nos fundamentos da sociedade democrática, de que o poder deve ser exercido em nome dos interesses da cidadania e não ser monopolizado por autointitulados benfeitores da Humanidade incapazes de enxergar além do próprio umbigo.

AÉCIO: "DILMA É MEDIOCRE, MARINA É AMADORA".


 
O candidato do PSDB ao Palácio do Planalto, senador Aécio Neves (MG), explorou o que chamou de "contradições" no discurso de sua adversária na corrida eleitora, Mariana Silva (PSB). O tucano ironizou afirmação de um colaborador da pessebista, de que, eleita, Marina gostaria de ter os ex-presidentes Lula (PT) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB) como aliados. 
 
"É bonita a expressão, mas em que direção [Marina quer ir]? Na de Lula ou do Fernando Henrique? Na da estabilidade ou na do mensalão? Na da responsabilidade fiscal, na da privatização ou do absurdo aparelhamento da máquina pública? Essas são contradições que ela vai ter que explicar", afirmou o tucano durante sabatina promovida pelo jornal "O Estado de S. Paulo". 
 
Depois de criticar Marina, Aécio defendeu o legado de FHC. Ele disse que o tucano será "seu grande conselheiro". "Quem achar que isso vai fazer mal ao governo, não vote em mim". 
 
Aécio disse ter um grande respeito pela ex-senadora, que entrou na corrida eleitoral após a morte de Eduardo Campos, então candidato do PSB, e agora aparece nas pesquisas de intenção de voto à frente do tucano. Aécio, no entanto, tentou vincular Marina diversas vezes à imagem de uma pessoa sem capacidade para enfrentar os desafios que, ele acredita, o país terá a partir do próximo ano. 
 
"Nós somos uma oposição coerente a esse modelo que está aí há muito tempo. Nós não mudamos de lado, nós temos coerência", disse. "Respeito muito a Marina, mas acho que estamos muito mais preparados para assumir os desafios que o Brasil terá que enfrentar", concluiu. Mais cedo, em agenda em São Paulo, ele havia dito que o país não é para "amadores". 
 
O presidenciável afirmou ainda que liderou o PSDB na disputa para evitar que o PT barrasse, no Congresso, a criação do partido que a ex-senadora tentou fundar e não conseguiu, a Rede. "E essa não é uma postura de quem tem medo da Marina", concluiu. 
 
MEDÍOCRE
 
Mas Aécio não centralizou os ataques apenas na nova adversária. Ele intercalou menções veladas críticas a Marina com ataques diretos ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT), que disputa a reeleição. 
 
Por mais de uma vez chamou de "medíocre" a administração da petista. Ele voltou a criticar o número de ministérios que o governo sustenta hoje –"é humanamente impossível" despachar com tantos ministros, disse– e brincou: "Cito o ministério da Pesca. Tenho certeza que eu coloco uma isca no anzol mais rápido que ele [o ministro]".
 
(Folha Poder)
 
28 de agosto de 2014
in coroneLeaks

AÉCIO NEVES REVELA EM DEBATE COM JORNALISTAS DO ESTADÃO AS MEDIDAS QUE TOMARÁ PARA EVITAR O CAOS ECONÔMICO DO BRASIL

Estes três vídeos (  Links para esta postagem )  bem curtos mostram o candidato Aécio Neves sendo sabatinado pelos jornalistas do jornal O Estado de S. Paulo. Vale a pena ver, já que Aécio Neves aborda vários aspectos de seu programa de governo e os destaca com clareza e objetividade. 

Explica também as razões que o levaram a anunciar durante o debate na Band TV, nesta terça-feira que o economista Armínio Fraga será o seu ministro da Fazenda. 

Não resta dúvida que Aécio Neves se destaca de forma extraordinária como o candidato presidencial que reúne as melhores condições de promover as mudanças urgentes e necessárias capazes de livrar os brasileiros do caos econômico e dar condições de fazer o Brasil voltar a crescer.

Sua equipe econômica liderada por Armínio Fraga, um dos pais do Plano Real que acabou com a inflação e permitiu pela primeira vez na história do Brasil a estabilidade dos preços e valorização dos salários, é sem dúvida integrada por pessoal técnico de alto nível e que reúne grande experiência.

Só não enxergam isso os psicopatas e boçais dopados pela cantilena estatista que já destruiu a Petrobras, enquanto a estrutura do Estado brasileiro está inchada, obesa, em decorrência do aparelhamento desencadeado pelos governos do PT.

A situação brasileira, portanto, não é nada boa. Quem é assalariado sabe disso. Ninguém quer de volta a inflação e a corrosão do poder de compra dos salários.

GARGALHADAS

Num dos vídeos, Aécio Neves arrancou gargalhadas dos próprios entrevistadores, ao referi-se à recente entrevista de um dos conselheiros de Marina Silva, o economista Eduardo Giannetti, quando declarou que gostaria de ter no eventual governo de Marina, as participações dos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e de Lula.

Diz Aécio:
- Ouvi recentemente o Gianetti, de quem gosto, que a Marina gostaria de governar com o apoio do Lula e do Fernando Henrique.
Bonita a expressão, mas em que direção?
Na de Lula ou do Fernando Henrique?
Na da estabilidade ou na do mensalão?
Na da responsabilidade fiscal, das privatizações ou do absurdo aparelhamento da máquina pública?
Do respeito às regras ou do intervencionismo?

Essas são contradições que vão ter de ficar claras - cobrou o tucano.

Os presentes não contiveram as gargalhadas.

28 de agosto de 2014
in aluizio amorim

PARE DE RECLAMAR E COMECE A AGIR


 
Com a presença do candidato à Presidência da República Aécio Neves e de seu vice, Aloysio Nunes, a Coligação Muda Brasil lançou, ontem, em São Paulo, o portal de internet “Vamos Agir” , que se destina à mobilização de voluntários em todo país. Na sua largada, o portal cadastrou 10.177 pessoas dispostas a colaborar.
 
“Esse conjunto de voluntários que se somam a nós me dão uma convicção muito grande de que estamos no caminho certo. Nós temos um projeto para o Brasil, que não foi improvisado e é muito diferente desse que aí está”, comemorou o candidato. “Na hora da decisão, na hora em que a razão prevalecer, o Brasil não vai querer a continuidade do que está aí, nem vai querer correr novos riscos, com novos improvisos.”
 
Aécio afirmou que manterá o ritmo intenso de atividades de rua que têm marcado a sua campanha, com comícios e caminhadas. “Eu quero rua. Eu quero olhar para as pessoas, e isso nos diferencia da candidatura oficial. Eu estou caminhando pelas ruas do Brasil inteiro dizendo: ‘Temos a melhor proposta e por isso tenho confiança de que vamos vencer’.” Segundo Aécio, há uma “dificuldade” de a presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff, levar a campanha petista para as ruas.
 
Voluntariado
 
O portal www.vamosagir.com.br começou a mobilizar voluntários há cerca de duas semanas. Nesse período, já promoveu uma série de atividades de rua, como a limpeza do Largo do Machado, no Rio de Janeiro, com “adesivaço” e distribuição de material de campanha, “bandeiraço” em Belo Horizonte e limpeza em ruas entre o Vale do Anhangabaú e a Praça da República, no centro de São Paulo.
 
Os voluntários fazem o cadastro no próprio portal e recebem instruções sobre como agir. Há atividades virtuais, como postagens e compartilhamentos de conteúdos em redes sociais, e chamadas de impacto, que são as ações de rua. Os cadastrados vão disseminar as ideias da campanha com base nos seguintes princípios: não violência, pluralismo, responsabilidade, ética, cultura colaborativa, alegria no trabalho. Um dos líderes do núcleo de voluntariado, Rodrigo Baggio destacou que a ação é uma nova “forma de fazer política”.
 
28 de agosto de 2014
in coroneLeaks

QUATRO ANOS DEPOIS, MARINA SILVA REPETE O MESMO BLA BLA BLA NO JORNAL NACIONAL


https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=sNtJzz4zVFg

Compare a Marina Silva de 2010...

https://www.youtube.com/watch?v=lt8N7cCIV2o&feature=player_embedded
  
... com a Marina Silva versão 2014. 
Nas duas versões, Marina Silva se enrola ao tratar de corrupção. Em 2010, foi posta contra a parede por não ter tomado posição sobre o Mensalão do seu partido, o PT. Em 2014, não conseguiu responder sobre o avião utilizado por ela, pago com dinheiro criminoso de "laranjas". Quem tinha razão está falando no vídeo a seguir:

https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=poVdoIUkAnk
 
28 de agosto de 2014
in coroneLeaks

ARROGANTE E AGRESSIVA, MARINA MENTE NA BANCADA DO JORNAL NACIONAL

 
Marina Silva sempre foi contra os transgênicos e nunca lutou contra forças poderosas no Acre, onde até hoje é aliada dos irmãos petistas Viana, para quem seu marido trabalhava até poucos dias atrás. Os Viana dominam a política do Acre há cerca de 20 anos. Sobre os transgênicos, Marina tentou, à base de resoluções e portarias do Conama, proibir o seu plantio em 2004, aterrorizando os produtores rurais, especialmente do Rio Grande do Sul. Em 2013, o Brasil exportou U$ 31 bilhões no complexo soja.
 
A candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, disse nesta quarta-feira, em entrevista ao “Jornal Nacional”, da TV Globo, que não sabia que laranjas foram responsáveis pela transferência da propriedade do jato que caiu em Santos (SP) e matou o ex-governador Eduardo Campos. Marina, que também usou a aeronave para a campanha eleitoral, indicou que a responsabilidade por possíveis irregularidades é do comitê financeiro da campanha de Campos. Perguntada se ela não pediu informações sobre o jato antes de usá-lo ou se havia “confiado cegamente em aliados”, a candidata respondeu:
— Nós tínhamos a informação de que era um empréstimo, que seria feito um ressarcimento, no prazo legal, que pode ser feito, segundo a própria Justiça Eleitoral, até o encerramento da campanha. E que esse ressarcimento seria feito pelo comitê financeiro do candidato. Existem três formas de fazer o provimento da campanha: pelo partido, pelo comitê financeiro do candidato e pelo comitê financeiro da coligação. Nesse caso, (o provimento foi feito) pelo comitê financeiro do candidato. Essas informações eram as informações que nós tínhamos — disse ela, que completou: — Não tinha qualquer informação sobre qualquer ilegalidade referente à postura dos proprietários do avião.
 
A candidata defendeu a investigação do caso, e negou que o acontecimento possa ser um indício da prática da velha política.
 
— Há uma investigação que está sendo feita pela Polícia Federal. O nosso interesse e a nossa determinação é de que essas investigações sejam feitas com todo o rigor para que a sociedade possa ter os esclarecimentos. E para que não se cometa uma injustiça com a memória de Eduardo — disse ela, ressaltando que tem um “compromisso com a verdade”.
 
Marina disse que não irá “tangenciar”, e sim “enfrentar” o problema. Perguntada por Willian Bonner se não havia faltado rigor para ter as informações necessárias sobre a propriedade do jato, ela sugeriu que perguntou a quem deveria perguntar: — O rigor era tomar as informações com aqueles que deveriam prestar as informações, em relação à forma como aquele avião estava prestando o serviço.
 
De acordo com reportagem do “Jornal Nacional exibida na última terça-feira, o avião Cessna que caiu em Santos matando Campos e mais seis pessoas foi pago por meio de empresas fantasmas. O “Jornal Nacional” mostrou que, entre as empresas, estão a peixaria Geovane Pescados, a RM Construtora - que funciona numa casa em Recife - e a Câmara& Vasconcelos, cuja sede é uma sala vazia.
 
‘É MUITO DIFÍCIL SER PROFETA EM SUA PRÓPRIA TERRA’
 
A candidata do PSB também foi questionada sobre o fraco desempenho eleitoral em seu berço político, o Acre. Em 2010, ela ficou atrás de José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) nas eleições presidenciais.
 
— Tem um provérbio que a gente usa muito. É muito difícil ser profeta em sua própria terra porque às vezes a gente tem que confrontar os interesses. Eu venho de uma trajetória política que desde os meus 17 anos, eu tive que confrontar muitos interesses no meu estado do Acre, ao lado de Chico Mendes e de pessoas que se posicionaram ao lado da justiça, da defesa dos índios, dos seringueiros, da ética na política. Isso fez com que eu tivesse que seguir uma trajetória que não era o caminho mais fácil. Aliás, na minha vida, nunca é fácil. Nesse caso eu era candidata por um partido pequeno concorrendo contra duas máquinas muito poderosas, com 1 minuto e 20 segundos de televisão. E mesmo assim, a candidata do PT que tinha o governo do estado, senadores, prefeitos, eu fiquei muito próximo a ela.
 
Interpelada por Patrícia Poeta, que questionou se o mau resultado da candidata em seu estado de origem seria culpa dos eleitores acrianas e não dela, candidata, Marina respondeu:
 
— Talvez você não conheça bem a minha trajetória. Você talvez tenha um certo desconhecimento do que significa ser senadora na situação em que eu fui. Eu não sou filha de político tradicional, de nenhum empresário, porque no meu estado até minha eleição pra ser senadora da república era necessário ser filho de ex-governador, era preciso ser dono de TV, jornal e rádio pra falar bem de si mesmo e mal dos outros. Não é culpa dos acrianos. É culpa das circunstâncias. Os acrianos já foram generosos comigo muitas vezes. Eu já fiquei a ficar 4 anos sem poder andar em metade do meu estado porque queriam fazer uma estrada sem estudo de impacto ambiental, sem respeitar a terra dos índios e as unidades de conservação. E eu não poderia trocar o futuro das futuras gerações pelas próximas eleições. Eu preferi perder os votos. Lembra quando eu saí do Ministério do Meio Ambiente eu disse que perdia o pescoço mas não perdia o juízo. Essa tem sido a minha trajetória no Brasil. E é assim que eu quero governar o Brasil.
 
TRANSGÊNICOS
Perguntada sobre as diferenças políticas que se sobressaem na aliança com Beto Albuquerque, seu vice, Marina disse que sabe trabalhar com divergências. Ela afirmou que não é contra o plantio de transgênicos — tema sobre o qual Albuquerque posicionou no Congresso Nacional.
— Nós somos diferentes e a nova política sabe trabalhar na diversidade e na diferença. Mas há uma lenda de que eu sou contra os transgênicos, mas isso não é verdade. Eu defendia um modelo de coexistência, área com transgênicos e áreas livres de transgênico. Infelizmente, no Congresso essa proposta não passou e o Beto votou na outra proposta. Eu e Beto temos uma visão diferente em relação a células-tronco e transgênicos mas tivemos um trabalho juntos no Congresso, quando ele foi o relator da lei de gestão de florestas, que criou o serviço florestal e me ajudou a aprovar a lei da Mata Atlântica e tantas outras medidas importantes. A vida não tem essa simplificação que às vezes a gente acha. Isso não tem nada a ver com a velha política. Eu marquei minha trajetória de vida trabalhando com os diferentes. E essa é uma oportunidade de mostrar que essa história de que a Marina é intransigente, que só conversa com os que pensam igual a ela, não é tão verdade assim. (O Globo)

ARROGANTE, MARINA SILVA DESAFIA WILLIAN BONNER EM RELAÇÃO AO JARTINHO QUE A SUA CAMPANHA PAGOU COM CAIXA DOIS, LARANJAS E OUTRAS FALCATRUAS


 
Questionada ao desembarcar no aeroporto Santos Dumont, no Rio, se poderia adiantar a resposta que pretende dar em rede nacional sobre o avião da campanha do PSB que caiu e levou à morte do presidenciável Eduardo Campos e de outras seis pessoas, Marina Silva  limitou-se a dizer que "na hora em que ele [William Bonner, apresentador do JN] me perguntar eu darei a resposta". 
 
De acordo com reportagem do "JN", exibida nesta terça-feira (26), o avião usado por Campos foi pago por meio de empresas fantasmas. O "JN" mostrou que, entre as empresas, estão a peixaria Geovane Pescados, a RM Construtora -que funciona numa casa no Recife (PE)- e a Câmara & Vasconcelos, cuja sede é uma sala vazia. 
 
Marina chegou ao aeroporto Santos Dumont, no centro do Rio, no final da manhã. À noite, ela participa de entrevista na bancada do "Jornal Nacional", da TV Globo. Marina e sua equipe de campanha chegaram ao Rio de São Paulo em um voo de carreira. A candidata não tem agendas durante a tarde e irá se preparar para a entrevista na bancada do "JN" em um hotel na cidade, cujo nome não foi divulgado por sua assessoria de imprensa.
 
(Folha Poder)
 
28 de agosto de 2014
in coroneLeaks

A CRISE PODE SER ESTÍMULO À REVISÃO DA POLÍTICA DE ÁGUAS

O país tem a ganhar se aproveitar as pressões atuais para racionalizar a exploração de mananciais e adotar a gestão compartilhada dos recursos hídricos

Crises quase sempre trazem no seu rastro alguma imposição de quebra de rotinas, normas ou protocolos. Sair delas implica, também em geral, boas doses de sacrifício. Mas, a depender de como sejam enfrentadas, podem se transformar em agentes de necessárias transformações, se delas se extraírem lições. É o caso, por exemplo, da atual seca na bacia do Rio Paraíba do Sul, que jogou Rio e São Paulo numa guerra pela água.

Seja em razão de problemas climáticos (uma inédita estiagem prolongada no Sudeste), ou em decorrência de pífios planos governamentais de racionalização no uso dos mananciais, ou ainda pela crença, enraizada na população e governantes, de que o Brasil jamais teria problemas com esse bem vital, a região metropolitana de São Paulo está sob risco de desabastecimento. A crise transbordou para o Rio de Janeiro quando o governo paulista decidiu reduzir a vazão de um afluente do Paraíba do Sul, com risco de criar dificuldades no abastecimento a municípios fluminenses. Até acordo entre Rio, São Paulo e Minas, esta semana, o que havia sobressaído era a opção preferencial por penadas políticas, em vez de soluções técnicas. A população ainda espera que respostas de fundo possam emergir da crise.

O que ficou patente nas demandas trazidas à tona pela histórica seca em São Paulo é que o país não trata os recursos hídricos com a seriedade e a responsabilidade que a questão exige. Diferentemente de outros países, no Brasil a água, por abundante em determinadas regiões, não é vista como um bem a merecer cuidados. Em razão disso, há um descaso generalizado com a preservação de rios e matas ciliares, não se adotam políticas eficazes de racionalização — aí incluídas iniciativas de conscientização da população —, e programas de otimização da exploração dos mananciais em geral não costumam ser prioridade nas agendas do poder público. E não se trata de deficiência localizada, restrita à região do Paraíba do Sul: no São Francisco, com pontos críticos de “estresse hídrico", há inúmeros projetos que não saem do papel. E por aí vai. Tampouco, o problema é meramente conjuntural; ao contrário, estiagens têm sido recorrentes no país, como em 2003, quando houve sérias dificuldades de abastecimento no Rio de Janeiro.

O Brasil tem a ganhar se aproveitar as pressões da atual crise, ainda localizada, mas com reflexos em todo o país, pelas consequências na economia de uma região onde há a maior concentração do PIB nacional. Deve-se pelo menos discutir alternativas como a criação de uma instância federal de gestão hídrica compartilhada, com agenda única e perfil técnico — à maneira das Autorithys americanas, com poder de cuidar de conflitos, como os que envolvem Rio e São Paulo, e futuros. Programas de governo precisam contemplar, como prioridade, questões relacionadas ao tema. São lições, impostas pela crise, que podem ajudar o país a aperfeiçoar sua fluida política de águas.

 
28 de agosto de 2014
Editorial O Globo

EQUÍVOCOS EM SÉRIE

No tema da competitividade do país na esfera global, não há como esconder os erros do governo federal e o prejuízo de suas decisões às empresas

O Brasil permanece nas últimas colocações em listas que organizam os países de acordo com a dificuldade para fazer negócios, a qualidade da mão de obra ou o número de horas demandadas para cumprir obrigações tributárias.

São problemas institucionais, por vezes culturais, e dificilmente poderiam ser atribuídos a um governo específico. Quando o tema é competitividade, porém, a responsabilidade da administração federal e o prejuízo provocado por suas decisões aparecem com clareza.

Estudo da consultoria The Boston Consulting Group (BCG) mostra que o custo de produzir aqui é 23% maior do que nos EUA. Em 2004, era 3% menor. Entre 25 países analisados, o Brasil se sai mal também na comparação com outros emergentes, como China, México, Índia e Rússia.

O BCG considerou quatro fatores cruciais: salários na indústria, produtividade, custo da energia e taxa de câmbio. Em todos eles o Brasil piorou nesses dez anos.

Não surpreende, pois, que as empresas brasileiras tenham dificuldade de disputar o mercado internacional e já percam terreno no ambiente doméstico. Calcula-se que, neste ano, a indústria sofrerá contração de quase 2%.

A situação decorre em especial dos seguidos erros de política econômica. Um dos principais, de natureza estratégica, foi o crescente protecionismo e a paralisia na busca por acordos comerciais com outros países, na contramão do que pratica o restante do mundo.

Hoje, as multinacionais conduzem a divisão de produção, que será cada vez mais regionalizada e centrada em locais de baixo custo. O resultado é o isolamento das empresas brasileiras das cadeias globais. Perdeu-se escala e acesso a insumos de ponta, sem o que não é possível competir.

Outro erro foi a decisão de estimular o consumo a todo custo. Para esse fim, o governo expandiu o crédito em excesso e descuidou de suas contas, propiciando um cenário de inflação e juros altos.

As intervenções em vários setores e a miríade de incentivos também bagunçaram o ambiente econômico e comprometeram o crescimento da produtividade. O preço da energia para a indústria, por exemplo, dobrou na última década, segundo a consultoria.

Por fim, o governo fracassou em destravar os investimentos em infraestrutura, outro gargalo que eleva custos e causa desperdícios.

Tudo isso derivou de um diagnóstico equivocado sobre o real desafio a ser enfrentado. O caminho deveria ter sido outro: mais abertura e integração comercial com outras nações, previsibilidade nas regras e ênfase na infraestrutura e na redução de custos, inclusive de juros, o que demanda uma gestão cautelosa do orçamento público.

Para recuperar o tempo perdido, o país precisará adotar uma nova estratégia --ou, mais precisamente, terá de criar uma.

O QUE ARTUR ÁVILA DIZ SOBRE NÓS

“Nobel dos números” para brasileiro é quase uma ironia em um país que patina no ensino das ciências matemáticas

Ganhar o maior prêmio mundial de matemática não é uma crônica anunciada para os brasileiros. Não se trata do nosso forte, embora bem pudesse ser. É fato que, em meio aos nossos 190 milhões em ação, milhares nasceram fadados à exatidão dos números e são muitos os que talam os cotovelos para resolver os problemas mais cabeludos, fazendo a sua parte. Mas nesse quesito o país joga mais contra do que a favor, e paga um preço alto por isso, não é de hoje.

Mesmo assim, contra tudo e contra todos, o carioca Artur Ávila, 35 anos, levou o “Nobel da Matemática”, a Medalha Fields da União Internacional de Matemática (IMU), entregue desde 1936, de quatro em quatro anos, para até quatro pesquisadores. A contribuição de Ávila: seus estudos de “teoria do caos” e as pesquisas de “sistemas dinâmicos” – espécie de problemas abertos, em geral bastante divertidos, calcados em conexões inusitadas de causa e efeito. Deve-se lembrar que Artur ajudou a resolver três dos 15 problemas matemáticos do século 21, levantados por Barry Simon, o que por si só o faz merecedor de uma parada militar.

Ponha-se na conta da perplexidade o caráter marginal dessa área do conhecimento no país. É deixada na sombra mesmo em meio às demais ciências, o que as torna, sem distinção, carentes de incentivo público e de exemplos palpáveis para os mais jovens. Cientistas e pesquisadores – por motivos que pedem uma tese – não são propriamente populares por aqui, ao contrário das luzes dedicadas a astros de futebol e estrelas de televisão. Logo, não causa espanto que tão poucos adolescentes e jovens marquem um xis na opção “cientista” quando decidem o que “querem ser”. E, à invisibilidade científica, some-se um dilema ainda maior: o pouco alcance da própria matemática, pródiga em não fazer discípulos. É uma disciplina maltratada no sistema público de ensino. Estima-se que o déficit de professores na área de exatas esteja próximo de 170 mil profissionais, o que redunda no fato de que neste exato momento um brasileirinho está voltando para casa por falta de professor de... Matemática.

Daí o caráter anestésico provocado pela premiação de Artur. Ele é visto como um ponto fora da curva, uma daquelas exceções à regra que não servem de refresco para nossos problemas sociais e educacionais. Outras vozes, rápidas, hão de apontar a genialidade do rapaz – conceito enganoso que faz acreditar que, se o pesquisador tivesse nascido nos interiores e frequentado uma escola deficitária, chegaria aonde chegou de qualquer maneira. A teoria do gênio não se sustenta, como se sabe. Nem a argumentação de que Artur estudou em superescolas do Rio de Janeiro, e daí vem todo o seu êxito. Ajudou, claro. Mas é bem mais produtivo entender o que o levou tão longe. No meio desse caminho contaram os bons colégios, o incentivo dos pais, mas principalmente ter se engajado no sistema internacional de estudos de matemática. Artur ganhou olimpíadas do gênero, garimpou seu lugar em instituições importantes, trabalhou junto com semelhantes do mundo inteiro. É gênio, mas também preparado e parte de uma comunidade científica.

Nossa propalada síndrome de vira-lata bem podia se chamar síndrome de lanterninha, em especial quando se trata de desempenho escolar e científico. O assento garantido nas últimas posições é confirmado a cada dois anos, desde o início da década passada, quando o país passou a amargar as piores posições no teste internacional Pisa, que avalia leitura, matemática e ciências entre estudantes de 15 anos. Ele serve de régua para medir o quanto enroscamos as pernas em questões básicas: nossas escolas têm grande mérito teórico, pensamento pedagógico arrojado, mas se atropelam em metodologia de ensino e avaliação. O resultado é que milhares de crianças e adolescentes frequentam aulas, mas não aprendem. Outros jovens como Artur nos escapam.

Modos de reverter esse quadro existem aos montes – basta lembrar as escolas inglesas, onde o científico e o artístico caminham pari passu: os pátios escolares estão cheios de alunos, mas também de olheiros, em busca de talentos para o balé, para a música, mas também para os laboratórios avançados de toda e qualquer ciência. O Brasil precisa acordar – ou melhor: nós precisamos acordar o Brasil a esse respeito. Quem sabe a medalha de Artur sirva para isso. Ele é uma das nossas glórias: trabalha no Centre National de la Recherche Scientifique, em Paris, mas também no Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa), no Rio de Janeiro, um centro avançado capaz de tantos feitos, embora nem sempre nos demos conta disso. Essa história começa no nosso quintal – eis o fato.

 
28 de agosto de 2014
Editorial Gazeta do Povo, PR

POLÍTICA DO COTIDIANO, DO JORNALISTA CLAUDIO HUMBERTO

“O olho do dono engorda o boi”
Dilma Rousseff garantindo que a agenda da candidata não prejudica a da presidenta



APÓS DEMITI-LA, LULA QUER SE APROXIMAR DE MARINA

O ex-presidente Lula disse ao comando da campanha da presidenta Dilma que é preciso restabelecer uma “ponte” com sua ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva, que demitiu do cargo. Lula diz pretender “abrir um canal de diálogo” com Marina, para o caso de a disputa de segundo turno vir a ser travada entre Dilma e o tucano Aécio Neves. Se necessário, a conversa com Marina pode ganhar contornos religiosos.

A HISTÓRIA DA DEMISSÃO...

Lula diverte amigos contando que certa vez a então ministra Marina pediu demissão dizendo ser a “vontade de Jesus”. Ele pediu um tempo.

...SUSPENSA POR JESUS

Para segurá-la no governo, Lula chamou Marina e inventou ter ouvido de Jesus em sonho: “Companheiro Lula, Marina deve ficar”. Ela chorou.

SEJA FEITA SUA VONTADE

Marina só seria demitida após Lula perder a paciência. Ela chegou a levar um pastor para participar de suas audiências com o presidente.

CAINDO NA GALHOFA

Lula arranca gargalhadas imitando Marina. Ela põe o paletó sobre a cabeça, como se fosse um chale, e faz expressão de madona piedosa.

ODEBRECHT SE ENROLA EM POLÊMICA ATÉ NOS EUA

A empreiteira Odebrecht ameaça ir à Justiça americana para discutir a derrota na concorrência para a obra do novo terminal do aeroporto de Nova Orleans, nos Estados Unidos. A derrota fez a empresa perder um contrato de US$ 546 milhões (mais de R$ 1,2 bilhão). No primeiro processo de concorrência, uma das empresas parceiras da Odebrecht chegou a ser acusada de discriminar mulheres e minorias raciais.

PEGOU MAL

A empresa enrolada nas acusações de preconceito e racismo foi retirada do consórcio Odebrecht, que foi rebatizado. De nada adiantou.

SÓ ALEGRIA

A Odebrecht recebe boas notícias do BNDES, que vai bancar sua obra da última etapa do porto de Manta, no Equador, por R$ 350 milhões.

PODE SAIR ANTES

Dilma pode indicar o novo ministro do STF antes da eleição. Disputam a vaga Luis Inácio Adams (AGU) e José Eduardo Cardozo (Justiça).

O DERRADEIRO

O tucano Aécio Neves admitiu indicar um nordestino para o Supremo, na vaga de Joaquim Barbosa, caso vença a eleição e o substituto não tenha sido escolhido. O PT nomeou cariocas, paulistas e gaúchos e apenas um nordestino, já aposentado: o sergipano Carlos Ayres Britto.

REPULSA

Marina Silva (PSB) já sinalizou que não aceita apoio dos governadores tucanos Beto Richa e Geraldo Alckmin, no segundo turno. Dilma, ao contrário, não só aceita como até lhes promete “relação republicana”.

ATENÇÃO, ELEITOR

Candidatos à reeleição na Câmara dos Deputados ou no Senado devem ficar atentos às declarações de bens. Qualquer um deles ganha, em quatro anos, mais de R$ 1 milhão (líquidos) só com salários.

CONTAS FEITAS

Sem contar a verba indenizatória, um senador chega a ganhar mais de R$2 milhões, descontados os impostos, durante o mandato. Deputados estaduais e governadores recebem mais de R$1 milhão num mandato.

NOVA CRISE

O ministro Gilberto Carvalho sempre cria um problema novo para Dilma, quando viaja. Na Paraíba, durante encontro com políticos locais, nem sequer citou o senador Vital do Rêgo (PMDB), um aliado que na presidência das CPIs da Petrobras tem o dom de fechar os olhos.

APELO A DILMA

Em baixa no Planalto desde as pesquisas indicando a vitória de Eunício Oliveira (PMDB) para o governo do Ceará em primeiro turno, o atual governador Cid Gomes (Pros) jura que “vira o jogo” em duas semanas. Desde que Dilma se engaje na campanha do candidato petista.

REPETECO

Candidata ao governo do DF pelo Partido da Causa Operária (PCO), Perci Marrara até parece que não leva isso muito a sério. O registro da candidatura foi rejeitado pelo TRE, exatamente como em 2010.

CONTA, COSTA, CONTA

O fim de semana apreensivo de políticos graúdos, com a notícia de que o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, havia fechado acordo de delação premiada, foi amenizado com o meio desmentido de sua nova advogada. Ela disse que nada há de concreto, ainda.

SINAIS E CORES

Jorge Viana (PT-AC) destacou o “alerta vermelho” para Aécio Neves e o “amarelo” para Dilma. Ficou louco para dizer que “sinal verde” mesmo só para a conterrânea Marina Silva.


28 de agosto de 2014
 

KARL KRAUS

"Existem imbecis superficiais e imbecis profundos."       
 
"Educação é aquilo que a maior parte das pessoas recebe, muitos transmitem e poucos possuem."         
 
"O desenvolvimento técnico só vai deixar um único problema por resolver: a debilidade da natureza humana."

"O segredo do demagogo é de se fazer passar por tão estúpido quanto a sua plateia, para que esta imagine ser tão esperta quanto ele."

28 de agosto de 2014

SABEDORIA PARA QUEM NÃO PRECISA...


Um grande humorista ganhou uma biografia alentada, “Entre Sem Bater — A Vida de Apparício Torelly, o Barão de Itararé” (Casa da Palavra, 480 páginas), de Cláudio Figueiredo.
Criador do jornal “A Manha”, o Barão ridicularizava ricos, classe média e pobres. Não perdoava ninguém, sobretudo políticos, donos de jornal e intelectuais.
 
Ele não era barão, é claro. Mas deu-se o título de nobre e nobre se tornou. O primeiro nobre do humor no Brasil. Debochava de tudo e de todos e costumava dizer que, “quando pobre come frango, um dos dois está doente”.
Ele é um dos inventores do contra-politicamente correto.

Há muito que o gaúcho Apparício Fernando de Brinkerhoff Torelly (1895-1971) merecia uma biografia mais detida. Em 2003, o filósofo Leandro Konder lançou “Barão de Itararé — O Humorista da Democracia” (Brasiliense, 72 páginas). O texto de Konder é muito bom, mas, como é uma biografia reduzida, não dá conta inteiramente do personagem, uma espécie de Karl Kraus menos filosófico mas igualmente cáustico.
 
Quatro anos depois, o jornalista Mouzar Benedito lançou o opúsculo “Barão de Itararé — Herói de Três Séculos (Expressão Popular, 104 páginas). É ótimo, como o livrinho de Konder, mas lacunar.
No final, há uma coletânea das melhores máximas do humorista, que dizia:
“O uísque é uma cachaça metida a besta”.
A criança diz o que faz, o velho diz o que fez e o idiota o que vai fazer.
Os homens nascem iguais, mas no dia seguinte já são diferentes.
A forca é o mais desagradável dos instrumentos de corda.
Sábio é o homem que chega a ter consciência da sua ignorância.
Não é triste mudar de ideias, triste é não ter ideias para mudar.
Mantenha a cabeça fria, se quiser ideias frescas.
O tambor faz muito barulho, mas é vazio por dentro.
Neurastenia é doença de gente rica. Pobre neurastênico é malcriado.
De onde menos se espera, daí é que não sai nada.
Pobre, quando mete a mão no bolso, só tira os cinco dedos.
Tudo seria fácil se não fossem as dificuldades.
A televisão é a maior maravilha da ciência a serviço da imbecilidade humana.
 28 de agosto de 2014