"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 20 de abril de 2017

LISTA DE FACHIN: CASOS SIGILOSOS ENVOLVENDO LULA SÃO REMETIDOS A SÉRGIO MORO



Determinação do relator da Lava Jato no STF.

Uma parte da chamada “Lista de Fachin” foi carimbada como sigilosa e dela, obviamente, muito pouco se sabe. Mas sabe-se, por exemplo, que Eduardo Cunha e Lula estão nessa lista, e alguns desses casos foram enviados para Sergio Moro, titular da vara em que tramita a Lava Jato na primeira instância.

E isso inclui um gasoduto que seria construído pela Petrobras até o sul do Peru, o fundo de pensão Petros e até casos ligados a Angola.

Aguardemos o fim do sigilo.


20 de abril de 2017
implicante

PALESTRA (LUIZ FELIPE PONDÉ)

POR QUE CONTRA UM MUNDO MELHOR?

OS BEM AVENTURADOS E O RESTO

O TRIPLEX ERA DO LULA, DIZ LÉO PINHEIRO A MORO

Empreiteiro também afirmou que os valores usados na reforma do apartamento no Guarujá provinham de propina de obras da Petrobras
PARCERIA -  Lula: ajuda financeira da empreiteira para ele e a família em sintonia com negócios no governo (Eraldo Peres/AP)


O ex-presidente da OAS José Aldemario Pinheiro, o Léo Pinheiro, afirmou nesta quinta-feira ao juiz Sergio Moro que o tríplex 164 do edifício Solaris, no Guarujá, litoral de São Paulo, pertencia ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “O apartamento era do presidente Lula desde o dia que me passaram para estudar os empreendimentos da Bancoop [cooperativa habitacional dos bancários]. Já foi me dito que era do presidente Lula e de sua família. Que eu não comercializasse”, afirmou o empreiteiro após ser perguntado pelo advogado do petista, Cristiano Zanin Martins, se ele “entendia” que a OAS havia repassava a propriedade ao ex-presidente.

No depoimento, que foi dividido em seis vídeos, o empreiteiro ainda afirmou que o dinheiro gasto para bancar as reformas no tríplex provinha de propinas de contratos da Petrobras.”A OAS não teve prejuízo na reforma porque foi paga através da Rnest (refinaria Abreu e Lima, da Petrobras), do encontro de contas dela e de outras obras. Isso é muito claro”, afirmou. Mais adiante, ele confirmou que usou “valor de pagamento de propina” na obra.

Desde que a informação veio à tona, a defesa de Lula nega que ele seja proprietário do apartamento, que foi reformado pela OAS.


20 de abril de 2017
VEJA

MINISTRO ADMITE AFRONTA DE TEMER PARA RENAN NÃO BOICOTAR REFORMAS

PLANALTO PERMITE A INDICADO DE RENAN NÃO SE REPORTAR A MINISTRO
DESDE 2016, QUINTELLA LIDA COM PROBLEMAS CAUSADOS POR INDICADO DE RENAN PARA SECRETARIA DE PORTOS, MAS DECIDIU ATURAR READMISSÃO DE INVESTIGADO NA OPERAÇÃO (FOTO: EDIVALDO JÚNIOR)

Tratorado pela rebeldia do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), o ministro dos Transportes, Maurício Quintella, não tomou como afronta o fato de o presidente da República, Michel Temer (PMDB), ter cedido às chantagens públicas feitas pelo líder do PMDB no Senado contra o governo. Mas Temer e Quintella ficaram irritados, por ter de admitir a nomeação do ex-senador paraense investigado na Operação Leviatã, Luiz Otávio Campos, para comandar a Secretaria de Portos.

Ao aturar a nomeação do ex-assessor que demitiu em janeiro para destravar a política portuária e evitar um escândalo no governo Temer, o ministro Maurício Quintella decidiu não alimentar a fogueira eleitoral que lhe opõe ao projeto de reeleição do enfraquecido ex-presidente do Senado, em Alagoas. E não está incomodado com o fato de o Planalto ter liberado o novo secretário dos Portos de se reportar a ele, hierarquicamente.

O motivo principal para Quintella receber com naturalidade o que se apresenta como uma desmoralização e desrespeito ao seu cargo é o fato de que teria sido convencido com antecedência, por Michel Temer, de que o governo cederia à chantagem para superar dificuldades de cumprir a promessa central de seu governo, que é aprovar as reformas.

“O presidente Temer ficou extremamente incomodado com essa indicação. Ele passa por um momento delicado, precisa aprovar as reformas. E não se aprova reformas sem o Congresso, muito menos sem o PMDB do Senado, que é majoritário, lá. Por mais que o Renan esteja enfraquecido, ele ainda tem sua fatia. E o placar da matéria deve ser apertado. A reforma é o cerne do governo. Se a reforma da previdência não passar, a situação vai ficar gravíssima na economia”, disse uma fonte do Planalto ao Diário do Poder.

NÃO BASTA ARROGÂNCIA

LUIZ OTAVIO CAMPOS É EX-SENADOR (DIÓGENIS SANTOS/AGÊNCIA CÂMARA)

O segundo motivo da complacência do ministro dos Transportes com a nomeação imposta pela rebelião inflamada pelo senador alagoano é o fato de o indicado de Renan e do senador Jader Barbalho (PMDB-PA) estar blindado pela equipe técnica e jurídica, formada pelo ministro alagoano. Além disso, a Secretaria de Portos atua fazendo juízo de admissibilidade ou não de investimentos, a exemplo de dragagem de portos; depois, submete à Antaq [Agência Nacional de Transportes Aquaviários] e a palavra final é sempre do ministro.

“Podem ter interesse em tudo, mas não realizam nada sozinhos. E o ministro não depende do indicado do Renan e Jader para absolutamente nada. Quem define a política portuária é o Ministério dos Transportes. E há uma assessoria que já foi preparada, em decorrência desse problema com a indicação, que se estende desde o ano passado. Não é uma boa indicação, mas o Ministério e o setor portuário são muito maiores que o secretário indicado e têm vida própria, com excelentes quadros e uma agência reguladora, que é um órgão de Estado. As políticas estão protegidas”, garantiu a fonte do Planalto ouvida pelo Diário do Poder.

Quintella já havia combatido as deficiências técnicas e a arrogância do afilhado de Jader e Renan, ao obter a exoneração de Luiz Otávio Campos, em 5 de janeiro deste ano, antes mesmo de este ter sido um dos alvos da investigação da Operação Leviatã, decorrente da Lava Jato.

As ações do ministério de Quintella em Alagoas já o habilitam a disputar o Senado, contra a reeleição de Renan. Mas o deputado federal licenciado tem dito que é pré-candidato a reeleição, pelo PR, para uma das vagas da bancada alagoana na Câmara dos Deputados.

HISTÓRICO DO PROBLEMA

OBRA DE DRAGAGEM NO PORTO DE SANTOS (REPRODUÇÃO: FNP)

No fim de junho de 2016, mês seguinte à sua posse no Ministério dos Transportes, Quintella nomeou Luiz Otávio Campos como seu assessor especial, mesmo sem conhecê-lo, enquanto não era publicado o decreto que remanejaria os cargos da Secretaria de Portos da Presidência para o Ministério dos Transportes – viabilizado somente em março passado.

Logo apareceram reclamações do setor portuário e atritos internos, decorrentes da tramitação de processos “quadrados”, que não avançavam por falhas. E, para evitar que o indicado de Renan e Jader causasse ainda mais problemas, sendo confundido como seu assessor, Quintella expôs seu incômodo ao presidente Temer, por não ter como tocar o setor com a permanência da indicação.

Após Quintella convencer Temer a avaliar outra indicação, que seria repassada a outro grupo do Senado, Renan e Jader reagiram e não aceitaram perder a indicação, insistindo no nome de Luiz Otávio.

Como o presidente Temer já havia concordado que o nome de Luiz Otávio era insustentável, o ministro pediu e a Casa Civil exonerou o afilhado de Renan e Jader, em 5 de janeiro deste ano. E evitou que mais um escândalo caísse no colo do governo, com a deflagração da Leviatã, em fevereiro.

Mesmo com o clima pesadíssimo após a exoneração, Quintella procurou Renan, Jader e até o ministro da Integração, Helder Barbalho – primeiro a empregar o ex-ministro Luiz Otávio no governo. O ministro expôs a dificuldade e pediu que avaliassem outra indicação. Mas todos fizeram ouvido de mercador e a pressão se agravou.

“O ministro explicou as motivações por ter exonerado o ex-senador Luiz Otávio, porque ele não estava tocando o setor e havia uma reclamação grande sobre a forma como ele atuava. A resposta foi de que iriam verificar, mas, depois impuseram o cara e pronto”, concluiu a fonte do Planalto.



20 de abril de 2017
diário do poder

FLAVIO DINO ERA "CUBA" NA PLANILHA DE PROPINA DA ODEBRECHT

O NOME DE DINO FOI CITADO NA DELAÇÃO DE JOSÉ DE CARVALHO FILHO
O NOME DE DINO FOI CITADO NA DELAÇÃO DE JOSÉ DE CARVALHO FILHO (FOTO: FABIO RODRIGUES POZZEBOM/ ABR)


O codinome do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), na planilha de propina da Odebrecht era “Cuba”, segundo documentos relacionados à Lava Jato. Segundo publicação da Atual7, a informação está no documento enviado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, relator da Lava Jato na Corte.

O nome de Dino foi citado na delação do ex-funcionário da Odebrecht José de Carvalho Filho. Ele explica como funcionava o Setor de Operaçõees Estruturadas da empreiteiras, o ‘departamento da propina’. O delator entregou aos procuradores documentos, entre eles uma planilha na qual aparece o nome de Dino, junto a outros agentes públicos e políticos corrompidos pela empreiteira.

Em delação, Carvalho Filho afirma ter repassado dinheiro para a campanha de Dino. Na época, o governador era relator da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC) da Câmara em um projeto de interesse da companhia. O projeto, no entanto, não passou.

O delator explicou que Dino pediu ajuda financeira para a campanha de 2010 durante reunião em seu gabinete.

Cuba

Segundo o delator, ambos se conheceram por intermédio de um amigo, Augusto Madeira, atual presidente do PCdoB no DF, entre 2009 e 2010. Dino tinha relação partidária com Cuba, país no qual a companhia atua. Por ser relator do projeto na CCJC, o delator conta que apresentou sugestões à matéria.

O PL, que não foi aprovado até hoje, traria segurança jurídica na atuação de empresas brasileiras em Cuba, já que buscava proteger as empresas em investimentos estrangeiros.


20 de abril de 2017
diário do poder

PALOCCI SE COLOCA À DISPOSIÇÃO DE MORO PARA REVELAR "NOMES E OPERAÇÕES"

ELE DIZ TER NOMES, ENDEREÇOS E OPERAÇÕES DE INTERESSE DA LAVA JATO
PETISTA DISSE EM DEPOIMENTO A SÉRGIO MORO TER NOMES, ENDEREÇOS E OPERAÇÕES DE INTERESSE DA LAVA JATO


O ex-ministro Antonio Palocci (Governos Lula e Dilma/Fazenda e Casa Civil) pediu a palavra nesta quinta-feira, 20, durante seu interrogatório na Operação Lava Jato, para fazer uma oferta enigmática ao juiz Sérgio Moro. Ao fim do depoimento, o petista sugeriu entregar informações "que vão ser certamente do interesse da Lava Jato".

"Fico à sua disposição hoje e em outros momentos, porque todos os nomes e situações que eu optei por não falar aqui, por sensibilidade da informação, estão à sua disposição o dia que o sr. quiser. Se o sr. estiver com a agenda muito ocupada, a pessoa que o sr. determinar, eu imediatamente apresento todos esses fatos com nomes, endereços, operações realizadas e coisas que vão ser certamente do interesse da Lava Jato."

Palocci surpreendeu o magistrado ao derramar elogios à maior operação contra a corrupção já desfechada no País - por obra do próprio Moro -, e que levou para a cadeia ele próprio e outros quadros expressivos do PT. O ex-ministro, preso desde setembro de 2016, disse que a Lava Jato "realiza uma investigação de importância".

"Acredito que posso dar um caminho, que talvez vá dar um ano de trabalho, mas é um trabalho que faz bem ao Brasil", acenou.

Palocci foi interrogado em ação penal sobre lavagem de dinheiro e corrupção ativa e passiva relacionados à obtenção, pela empreiteira Odebrecht, de contratos de afretamento de sondas com a Petrobras.

Segundo a denúncia, entre 2006 e 2015, Palocci estabeleceu com altos executivos da Odebrecht "um amplo e permanente esquema de corrupção" destinado a assegurar o atendimento aos interesses do grupo empresarial na alta cúpula do governo federal.

O Ministério Público Federal aponta que no exercício dos cargos de deputado federal, ministro da Casa Civil e membro do Conselho de Administração da Petrobras, Palocci interferiu para que o edital de licitação lançado pela estatal e destinado à contratação de 21 sondas fosse formulado e publicado de forma a garantir que a Odebrecht não obtivesse apenas os contratos, mas que também firmasse tais contratos com margem de lucro pretendida.


20 de abril de 2017
diário do poder

LEO PINHEIRO, EX-OAS, DIZ A MORO QUE LULA O ORIENTOU A DESTRUIR DOCUMENTOS

OPERAÇÃO JUÍZO FINAL
EMPREITEIRO DIZ A MORO QUE LULA MANDOU DESTRUIR PROVA CONTRA ELE

FOTO DE LULA COM LÉO PINHEIRO DENTRO DO TRÍPLEX NO GUARUJÁ. FOTO: (JORNAL NACIONAL)

O empresário Aldemário Pinheiro Filho, vulgo Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, prestou depoimento nesta quinta (20) ao juiz federal Sérgio Moro, na ação penal do triplex do Guarujá, cuja propriedade a Operação Lava Jato atribui ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Lula também é réu neste processo.

Segundo reportagem da revista veja, Léo Pinheiro relatou ter recbido ordens expressas de Lula, em maio de 2014, para destruir povas que pudessem incriminá-lo. "Lula me orientou a destruir documentos durante a Lava Jato", disse em depoimento ao juiz Sérgio Moro. Pessoas próximas ao empreiteiro já haviam antecipado que Pinheiro iria ‘esclarecer tudo’ sobre o imóvel.

A Polícia Federal (PF) e a Procuradoria Geral da República (PGR) sustentam que o petista recebeu propinas da OAS no montante de R$ 3,7 milhões. Segundo a acusação, uma parte do montante foi investido em obras no apartamento do Condomínio Solaris, no Guarujá. O restante, R$ 1 milhão, foi usado para armazenamento de pertences que Lula ganhou quando estava na Presidência da República. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), a empreiteira OAS bancou tais despesas por supostamente ter sido beneficiada em contratos com a Petrobras

A defesa de Lula afirmar não ser dele o triplex. Nesta quarta-feira (19) os advogados de petista exibiram à imprensa documentos da recuperação judicial da empreiteira que incluiu em seus ativos o apartamento do Guarujá.

Léo Pinheiro foi preso em novembro de 2014 durante a Operação Juízo Final, etapa da Lava Jato que mirou o cartel de empreiteiras que se instalaram na Petrobras para fraudes, desvios bilionários e propinas.

Em 2015, chegou a ganhar a prisão domiciliar com tornozeleira. Mas, condenado a 16 anos de prisão por Sérgio Moro, voltou à cadeia em setembro de 2016.

Dois meses depois, o Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4) elevou para 26 anos a pena imposta ao empreiteiro.



20 de abril de 2017
diário do poder

O INTELECTO COVARDE

O LIMITE ENTRE O HOMEM E A MÁQUINA

SHAKESPEARE, MAQUIAVEL E MONTEIGNE

SERIA O PESSIMISMO MAIS INTELIGENTE?

O PENSAMENTO DE ESQUERDA É FILOSOFICAMENTE PICARETA!

MODELOS DE PENSAMENTOS QUE NOS ESCRAVIZAM! 3 FATORES! SOLUÇÃO PARA ISSO? (HAROLDO DUTRA DIAS)

AS ESCOLHAS DA VIDA (HAROLDO DUTRA DIAS)

As escolhas da Vida - Haroldo Dutra Dias - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=C7rsFe_g0qk
6 de mar de 2017 - Vídeo enviado por Sandro Morais
"As escolhas da VidaHaroldo Dutra Dias Encontro com Haroldo Dutra Dias - Pelos Caminhos do ...

20 DE ABRIL DE 2017
POSTADO POR M.AMERICO

ADVOGADO INSTRUIU A ODEBRECHT SOBRE A FORMA DE OCULTAR QUE O SÍTIO ERA DE LULA

Resultado de imagem para roberto teixeira advogado de lula
Ilustração reproduzida do Arquivo Google
O patriarca da maior construtora do País, Emílio Odebrecht, detalhou em sua delação premiada ter se reunido com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, para confirmar que as obras do Sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), ficariam prontas no mês seguinte. Era final de 2010, término do segundo mandato. Os delatores revelaram que executaram uma reforma de R$ 1 milhão na propriedade a pedido da ex-primeira-dama Marisa Letícia (morta em fevereiro). Anotações e e-mails foram entregues pelo delator, como forma de comprovar a reunião.
Emílio contou aos procuradores da força-tarefa da Operação Lava-Jato que, no encontro, o petista não teria ficado “surpreso” com a informação. “Eu disse: olhe, chefe, o senhor vai ter uma surpresa e vamos garantir o prazo que nós tínhamos dados no problema lá do sítio”. Emílio ainda contou que Lula não se mostrou surpreendido.
PEDIDO DE MARISA – Segundo o depoimento de Alexandrino Alencar, que seria a ponte entre Emílio e Lula, a ex-primeira-dama teria pedido, durante um evento de celebração do aniversário de Lula, em 2010, que a construtora ajudasse a terminar as reformas do sítio de Atibaia
O executivo teria informado Emílio sobre a solicitação. “Alexandrino me avisou do pedido de Dona Marisa e me disse para não comentar nada com o ex-presidente, pois Dona Marisa havia informado que o sítio era uma surpresa”. O patriarca da Odebrecht relatou ter concordado com o pedido. “Pedi a Alexandrino que conversasse com algum empresário nosso para identificar um engenheiro da Odebrecht que pudesse coordenar as obras, mas que nossa participação não fosse revelada, para evitar qualquer constrangimento, e assim foi feito”.
“SEGREDO” MANTIDO – Emílio Odebrecht ainda relatou que, “da parte dele”, o segredo foi mantido “até o final do mandato do ex-presidente”, quando houve a reunião no Planalto.
O valor final da obra, de acordo com as delações da empreiteira, foi de R$ 1 milhão. Os executivos revelaram ainda ter combinado com o advogado de Lula, Roberto Teixeira, a emissão de notas frias em nome de Fernando Bittar, para que ocultar que o imóvel pertencia ao ex-presidente e existir provas de que as reformas teriam sido bancadas pelo sócio de Fábio Luís, o Lulinha.
“Pelo que ouvi falar depois que o assunto veio a público, o custo para as reformas do tal sítio foi em torno de R$ 700 mil a R$ 1 milhão, ou seja, bem maior que o valor inicialmente previsto de R$ 400/500 mil, que foi para mim repassado por Alexandrino”, afirma Emílio.
VISITA A LULA – Ao final do depoimento, Emílio Odebrecht ainda relatou nunca ter ido ao sítio de Atibaia.
“Eu só tive uma vez no apartamento dele quando era sindicalista, e nunca mais. Foi a melhor coisa que eu fiz para ele e para mim. A nossa relação… eu sou muito transparente. Eu gosto do Lula. Gosto, confio nele, valorizo ele, posso afirmar, se quiser desligar, desligue a câmera de filmagem do depoimento”.
A reportagem entrou em contato com a defesa do ex-presidente Lula, mas ainda não obteve resposta.
###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG  – Roberto Teixeira é compadre de Lula, que durante muitos anos morou numa casa dele, sem pagar aluguel. O advogado está por trás de todas as maracutaias imobiliárias de Lula e também se tornou réu da Lava Jato. (C.N.)

20 de abril de 2017
Deu no Correio Braziliense
(Agência Estado)