GOVERNO DO DF AINDA NÃO SABE O QUE FAZER COM SEU ESTÁDIO
A Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap) atestou prejuízo de R$ 1,36 bilhão na construção do Estádio Nacional Mané Garrincha. Os dados que fazem parte do balanço patrimonial foram aprovados pelo Conselho de Administração da agência.
O custo da obra, calculado um ano após a inauguração da arena, foi de R$ 1,5 bilhão — dinheiro destinado a investimentos. Na época, o recurso foi usado sem a realização do teste de imparidade, que avalia o potencial de lucro de acordo com o valor da obra e considerando as condições de vida útil do patrimônio — a do Mané Garrincha é de cem anos. De acordo com os estudos recentes da Terracap, o valor de lucro do estádio é de R$ 171,9 milhões para os próximos 96 anos.
Para atenuar os prejuízos, a Terracap trabalha na licitação da parceria público-privada (PPP) ou concessão do Arenaplex, complexo formado pelo Mané Garrincha, Ginásio Nilson Nelson, Complexo Aquático Cláudio Coutinho e quadras poliesportivas perto dos três empreendimentos. “Agora estamos saneando as contas da casa para avaliarmos as melhores condições de crescimento.
Nosso intuito é que o equipamento possa servir melhor a população, trazendo para Brasília uma maior quantidade e qualidade de eventos culturais e esportivos”, declarou Júlio César Reis, presidente da agência.
Todos os dados coletados pela Terracap foram enviados ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDTF), ao Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) e à Controladoria-Geral do Distrito Federal.
Órgão contra a corrupção
Nesta quarta (19), a Controladoria-Geral do DF anunciou a criação do Grupo de Ações Integradas de Controle (Gaic). A equipe vai acompanhar as investigações da Lava Jato que colocaram sob suspeita quatro empreendimentos do Distrito Federal: o Estádio Nacional Mané Garrincha, o Sistema BRT Sul, do Centro Administrativo e do Condomínio Jardins Mangueiral. A previsão é de que o trabalho do Gaic termine em 120 dias.
As conclusões do grupo, instituído pela Portaria nº 42 publicada nesta terça (18), serão encaminhadas ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), Ministério Público da União (MPU), Tribunal de Contas do DF e ao da União.
Apesar de ter apuração própria, o Giac usará instrumentos da Lava Jato que o órgão não tem controle: quebra de sigilos fiscais, bancário e telefônico.
20 de abril de 2017
Iana Caramori
diário do poder
BALANÇO PATRIMONIAL DA TERRACAP APONTA PREJUÍZO DE R$ 1,3 BILHÃO COM A CONSTRUÇÃO DO ESTÁDIO NACIONAL MANÉ GARRINCHA |
A Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap) atestou prejuízo de R$ 1,36 bilhão na construção do Estádio Nacional Mané Garrincha. Os dados que fazem parte do balanço patrimonial foram aprovados pelo Conselho de Administração da agência.
O custo da obra, calculado um ano após a inauguração da arena, foi de R$ 1,5 bilhão — dinheiro destinado a investimentos. Na época, o recurso foi usado sem a realização do teste de imparidade, que avalia o potencial de lucro de acordo com o valor da obra e considerando as condições de vida útil do patrimônio — a do Mané Garrincha é de cem anos. De acordo com os estudos recentes da Terracap, o valor de lucro do estádio é de R$ 171,9 milhões para os próximos 96 anos.
Para atenuar os prejuízos, a Terracap trabalha na licitação da parceria público-privada (PPP) ou concessão do Arenaplex, complexo formado pelo Mané Garrincha, Ginásio Nilson Nelson, Complexo Aquático Cláudio Coutinho e quadras poliesportivas perto dos três empreendimentos. “Agora estamos saneando as contas da casa para avaliarmos as melhores condições de crescimento.
Nosso intuito é que o equipamento possa servir melhor a população, trazendo para Brasília uma maior quantidade e qualidade de eventos culturais e esportivos”, declarou Júlio César Reis, presidente da agência.
Todos os dados coletados pela Terracap foram enviados ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDTF), ao Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) e à Controladoria-Geral do Distrito Federal.
Órgão contra a corrupção
Nesta quarta (19), a Controladoria-Geral do DF anunciou a criação do Grupo de Ações Integradas de Controle (Gaic). A equipe vai acompanhar as investigações da Lava Jato que colocaram sob suspeita quatro empreendimentos do Distrito Federal: o Estádio Nacional Mané Garrincha, o Sistema BRT Sul, do Centro Administrativo e do Condomínio Jardins Mangueiral. A previsão é de que o trabalho do Gaic termine em 120 dias.
As conclusões do grupo, instituído pela Portaria nº 42 publicada nesta terça (18), serão encaminhadas ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), Ministério Público da União (MPU), Tribunal de Contas do DF e ao da União.
Apesar de ter apuração própria, o Giac usará instrumentos da Lava Jato que o órgão não tem controle: quebra de sigilos fiscais, bancário e telefônico.
20 de abril de 2017
Iana Caramori
diário do poder
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