Ex-ministro dos governos Lula e Dilma prestou depoimento de cerca de duas horas ao juiz Sergio Moro
Ao encerrar o seu depoimento, de cerca de duas horas, perante o juiz Sergio Moro, o ex-ministro dos governos Lula e Dilma Antonio Palocci “pediu licença” para afirmar que está à disposição da Justiça para “falar sobre tudo”. Mais especificamente, disse que pode entregar fatos, “com nomes, endereços e operações de interesse da Lava Jato”.
“Fico à sua disposição. Todos os nomes que optei por não falar aqui por sensibilidade da informação estão à sua disposição para o dia que o senhor quiser. E se o senhor estiver com agenda muito ocupada e determinar uma pessoa, eu imediatamente apresento todos esses fatos, com nome, endereço, operações realizadas e coisas que certamente vão ser do interesse da Lava Jato, que realiza uma investigação de importância”, afirmou o petista, acrescentando que as informações podem abrir um “caminho” que pode render mais um ano de trabalho a Moro. “Mas um trabalho que faz bem ao Brasil”, completou.
A declaração do homem forte dos governos petistas ocorre num momento em que crescem os rumores de que ele esteja negociando um acordo de colaboração premiada com a força-tarefa da Operação Lava Jato. Durante o interrogatório, o ex-ministro deu sinais do que pretende contar aos investigadores. Citou, por exemplo, uma “grande personalidade do sistema financeiro” que lhe procurou para falar sobre recursos de campanha em nome de uma autoridade do primeiro escalão do governo. A Moro, o petista disse que não poderia revelar os nomes por estar em uma audiência pública. “Mas, em sigilo, eu lhe falo a hora que o senhor quiser”, afirmou.
Palocci está preso em Curitiba desde setembro de 2016, quando foi deflagrada a 35ª fase da Operação, batizada de Omertà.
20 de abril de 2017
Eduardo Gonçalves, Veja
(Vagner Rosario/VEJA.com) |
Ao encerrar o seu depoimento, de cerca de duas horas, perante o juiz Sergio Moro, o ex-ministro dos governos Lula e Dilma Antonio Palocci “pediu licença” para afirmar que está à disposição da Justiça para “falar sobre tudo”. Mais especificamente, disse que pode entregar fatos, “com nomes, endereços e operações de interesse da Lava Jato”.
“Fico à sua disposição. Todos os nomes que optei por não falar aqui por sensibilidade da informação estão à sua disposição para o dia que o senhor quiser. E se o senhor estiver com agenda muito ocupada e determinar uma pessoa, eu imediatamente apresento todos esses fatos, com nome, endereço, operações realizadas e coisas que certamente vão ser do interesse da Lava Jato, que realiza uma investigação de importância”, afirmou o petista, acrescentando que as informações podem abrir um “caminho” que pode render mais um ano de trabalho a Moro. “Mas um trabalho que faz bem ao Brasil”, completou.
A declaração do homem forte dos governos petistas ocorre num momento em que crescem os rumores de que ele esteja negociando um acordo de colaboração premiada com a força-tarefa da Operação Lava Jato. Durante o interrogatório, o ex-ministro deu sinais do que pretende contar aos investigadores. Citou, por exemplo, uma “grande personalidade do sistema financeiro” que lhe procurou para falar sobre recursos de campanha em nome de uma autoridade do primeiro escalão do governo. A Moro, o petista disse que não poderia revelar os nomes por estar em uma audiência pública. “Mas, em sigilo, eu lhe falo a hora que o senhor quiser”, afirmou.
Palocci está preso em Curitiba desde setembro de 2016, quando foi deflagrada a 35ª fase da Operação, batizada de Omertà.
20 de abril de 2017
Eduardo Gonçalves, Veja
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