"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 20 de maio de 2014

O ERRO, QUANDO É SUPREMO, PEDE CORREÇÃO DIVINA

Alertado pelo juiz, Ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki, corrige-se mas...  



No primeiro momento, o ministro do STF, Teori Zavascki determinou a liberdade imediata de todos os presos na Operação Lava-Jato da Polícia Federa, mas no dia seguinte, revogou a própria determinação: bom senso e humildade

 
Sentados ao lado de Deus, os ministros do STF exercem o seu poder supremo. Deus existe, não há dúvida. Mas a onipresença é uma fábula celestial. Deus não dá expediente em tempo integral. É evidente que Ele foi tratar de outra coisa quando o ministro Teori Zavascki, em plena noite de domingo, subscreveu o despacho que mandou soltar os 12 presos da Lava Jato, trancou os oito inquéritos nascidos da operação e avocou tudo para a Suprema Corte.

Abalroado pela decisão, o juiz Sérgio Moro, de Curitiba, agiu com extrema prudência. Soltou apenas Paulo Roberto Costa, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, cuja defesa recorrera ao Supremo. E enviou um ofício para Teori Zavascki. O doutor esclareceu à suprema autoridade que os acusados poderiam dar no pé.

Alguns, como o doleiro Alberto Youssef, dispõem de conta no estrangeiro. Uma, Nelma Kodama, foi presa no instante em que batia em retirada no aeroporto de Guarulhos, com 200 mil euros acondicionados na calcinha. Com outras palavras, o juiz Moro perguntou ao ministro Zavascki: É isso mesmo, Excelência? Tem certeza?

Ainda não se sabe onde diabos estava Deus entre domingo à noite e segunda-feira. Mas sabe-se que Ele passou pelo STF nesta terça. Zavascki reviu parcialmente sua decisão. Manteve na cadeia os 11 presos e presas que o juiz Moro, por prudência, se abstivera de enviar ao meio-fio. Os crentes da República perguntam de si para si: e se o magistrado tivesse cumprido cegamente a ordem original?

Pois bem. Reduzidos os danos, resta um impasse que só Deus —ou um de seus supremos prepostos— pode dissolver. Afora os 11 acusados, continuam trancados os oito inquéritos da Lava Jato. As prisões são provisórias. Para que se tornem definitivas —ou não— é imperioso que o juiz, o Ministério Público e a Polícia sejam autorizados a fazer o seu trabalho.

Ao STF cabe cuidar dos indícios recolhidos contra os deputados que cruzaram o caminho do doleiro Youssef. O juiz Sérgio Moro enviou esses achados a Brasília. Mas Teori Zavascki sustenta que cabe ao Supremo, não ao magistrado de primeiro grau, deliberar sobre o desmembramento. Prevalecendo esse entendimento, o STF terá de chafurdar nos meandros dos inquéritos para checar se a Vara de Curitiba portou-se com acerto. Por ora, a competência do magistrado, auxiliar da ministra Rosa Weber no julgamento do mensalão, não mereceu do Supremo nem o benefício da dúvida.

Há oito meses, numa entrevista ao site Conjur, o ministro Teori Zavascki queixou-se da quantidade de ações penais que chegam ao STF. “Esse é o principal problema”, disse ele. “Hoje, qualquer tema criminal chega ao Supremo, seja constitucional ou não.''

O ministro prosseguiu: “O STF dedica um tempo muito grande a questões penais não constitucionais. E isso tem o custo da demora e de travar processos. Sou partidário de que o Supremo, para se viabilizar institucionalmente, tenha sua competência reduzida no futuro.”

Ao enviar a Brasília apenas os trechos da Operação Lava Jato que envolvem deputados, o juiz Sérgio Moro ofereceu ao STF a oportunidade de organizar “sua competência”, cuidando só do que lhe cabe.

Porém, ao ordenar que lhe sejam remetidos todos os inquéritos da operação, Zavascki informa que faz questão de dedicar “um tempo muito grande a questões penais não constitucionais.” Mesmo que ao “custo da demora e de travar processos.” Quer dizer: além de ser uma espécie de loteria de toga, a Justiça também perde o nexo de vez em quando.

Na entrevista de setembro, o ministro Zavascki dizia que, “só de Direito Tributário, temos mais de 120 processos esperando julgamento” no STF. Que Deus nos acuda. O erro, quando é Supremo, exige correção divina.
20 de maio de 2014
Josias de Souza

PARECE LINHO, MAS É LINHOLENE...

                         Você sabia....


Você sabia que....Metade do Congresso responde ação penal ou inquérito no STF ???
Cerca de 300 dos 594 parlamentares brasileiros tém pendênciais criminais no Supremo, revelou o procurador-geral da República Rodrigo Janot.
 
20 de maio de 2014
graça no país das maravilhas

AS 5 MIL BIKES ELÉTRICAS DE TIÃO VIANA

  

O governador do Acre Tião Viana é um importante membro da oligarquia petista do Acre que tem de tudo: sobrinho preso em operação da Polícia Federal, tio preso por estupro de menor e, acima de tudo, poder, muito poder local. Fora isso é uma pessoa menor na política nacional, ainda mais após ser escanteado por Lula, que preferiu ter José Sarney na Presidência do Senado (relembrem aqui). Desde então coube-lhe, como consolo, disputar o governo de seu Estado, roubando a chance do petista sem pedigree Binho Marques de tentar se reeleger.
 
Recentemente Tião Viana ganhou destaque nacional pela ação nefasta de enxotar os haitianos que chegam ao seu estado em ônibus que cruzaram o país em viagens de mais de 30 horas, sendo então despejados “de surpresa” em São Paulo. Como bom petista, Tião Viana embrulhou a atitude em disputa de “luta de classes” e racismo: seriam os governos petista da cidade de São Paulo e tucano do estado elitistas, preconceituosos por não aceitarem (como se fosse possível!) ou reclamarem da chegada de centenas de miseráveis sem documentos ou pertences em ônibus interestaduais.
O caso foi retratado no post O expurgo dos haitianos do Acre e o silêncio das ONGs“.
 
Tião Viana já deve estar se arrependendo. O escândalo dos haitianos fez com que a imprensa começasse a prestar atenção em seu governo e descobrisse que o petista havia licitado 5 mil bicicletas elétricas no valor de R$2.700,00 cada. A licitação está suspensa. A empresa vencedora da licitação suspeita tem como representante Cassiano Marques, ex-secretário de Saúde e de Turismo nas gestões dos petistas Jorge Viana (1999-2006), irmão de Tião, e Binho Marques (2007-2010). Tião Viana falou sobre isso no programa Roda Viva de ontem, 12/05, a partir dos 10 minutos e 50 segundos desse vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=-uQEQ5S4nyo#t=634.
 
Tião Viana disse que o secretário, que participou de dois governos do Acre, “sempre foi da iniciativa privada, apenas passou um tempo pelo poder público”. Disse também que a empresa ofereceu o menor preço, R$2.700,00, quando o preço normal seria R$100 mais caro. Pois bem, uma pesquisa rápida na internet retorna inúmeras ofertas de “bikes elétricas”. Pegamos uma das ofertas, na maior loja encontrada, e fizemos uma simulação de frete para a sede do governo do Acre. O resultado está abaixo:
 
20 de maio de 2014
in reaçablog

QUANDO O HUMOR DESENHA A REALIDADE



20 DE MAIO DE 2014

BALA PRA TODO LADO

Alguma coisa acontece na cabeça da presidente Dilma Rousseff quando se cruzam ali dentro a avenida por onde passam os pensamentos que ela quer transmitir ao público e a avenida de onde eles saem para o mundo, depois de transformados em palavras. Ou, ao contrário, alguma coisa que deveria acontecer nessa hora não acontece. Seja por um motivo ou por outro, o fato é que a presidente, de uns tempos para cá, não está fazendo muito sentido, ou mesmo nenhum sentido, quando fala de improviso. Dilma, nessas ocasiões, imagina que está usando a linguagem do "grande público". Mas a coisa não vai. Ela dá na chave, dá de novo, insiste, mas o motor não pega. O resultado final é que só vem conseguindo tornar-se cada vez mais incompreensível. Não é exagero. Tente, por exemplo, entender o seguinte: "Quando você chega num banco, ele te pergunta qual a garantia que você me dá? Eu vou pagar a vocês, para me aceitar emprestar um dinheiro para você me pagar". Isso aí foi dito por Dilma em Feira de Santana, no fim de abril, numa viagem de sua campanha eleitoral em que presenteou prefeituras do interior da Bahia com tratores, escavadeiras e outras máquinas. Não é uma distorção do que disse, nem um boato — é o que consta nos registros oficiais do Palácio do Planalto. Não é tampouco uma "frase fora do contexto"; é fora da compreensão humana.

Pelo jeito, a presidente está tendo dificuldades nos circuitos cerebrais que traduzem as ideias em sons, os sons em palavras e as palavras em frases inteligíveis. As cordas vocais não estão obedecendo às ordens enviadas pelo cérebro — ou o cérebro está enviando ordens desconexas para as cordas vocais. No caso de Feira de Santana, não conseguiu acertar nem a pontuação. Poderia ter sido, talvez, apenas um momento infeliz? Infeliz o momento foi, com certeza; mas não foi um momento. Ao contrário, esse caos que Dilma constrói quando fala em público vem sendo um processo, ou pelo menos uma série de muita constância. É só ver o que ela anda falando. "Esse receituário que quer matar o doente, em vez de curar o paciente, ele é complicado", disse numa viagem recente à África do Sul, referindo-se às ideias de controlai- a inflação através da redução do gasto público. "Isso está datado." Como assim? Matar o doente, como ela diz, não é "complicado"; é simplesmente estúpido. Também não é um tratamento "datado", que já valeu mas hoje está obsoleto; matar gente nunca foi certo.

Ainda outro dia, numa conversa com jornalistas em Brasília, voltou às suas aulas de economia: "Aí vem uma pessoa e diz que a meta da inflação é 3%. Faz uma meta de 3%... Sabe o que significa? Desemprego lá pelos 8,2%". De onde vêm esses exatíssimos "0,2%" que ela acrescenta aos 8%, quando seu governo não acerta sequer uma previsão para o dia seguinte? Dilma já disse que "a inflação foi uma conquista desses dez últimos anos de governo, do presidente Lula e do meu governo". Supõe-se que tenha havido aí um desencontro entre o que pensou e o que falou — e o que pensou era mentira. Num seminário nos Estados Unidos, enfiou-se de repente no tema de ônibus escolares e informou à plateia: "No Brasil não é assim conosco. Estamos criando o ônibus escolar padronizado do início do século XXI". Logo depois explicou1 ao investidor privado que, "se quiser fazer o backroll perfeitamente, ele faça o backroll, se quiser fazer o backbone, perfeitamente, faça o backbone. Nós não queremos 1 mega real de banda larga, nós queremos o padrão, eu não vou dizer qual é o padrão". Por que não? E essa história de backroll e backbone?

Dilma também foi capaz de fazer, em pleno exercício da Presidência da República, a seguinte oração: "Primeiro, eu gostaria de dizer que eu tenho muito respeito pelo E.T. de Varginha. Este respeito pelo E.T. de Varginha está garantido". A presidente estava em Varginha, em Minas Gerais, para visitar, acredite-se ou não, um "museu do E.T.", no qual o governo federal aplicou cerca de 1 milhão de reais. (Iniciado em 2007, o museu nunca ficou pronto, e jamais foi visitado por ninguém. Está abandonado desde 2010.) Outro grande momento foi no Ceará, agora em março. "Os bodes, eu não me lembro qual é o nome, mas teve um prefeito que me disse assim: "Eu sou o prefeito da região produtora da terra do bode". Então nós vamos fazer um Plano Safra que atenda os bodes que são importantíssimos". É bala para todo lado.

"Pobre Dilma Rousseff", escreveu a seu respeito o Financial Times. Parecia uma Angela Merkel, com eficiência alemã. Acabou com um desempenho de irmãos Marx.

 
20 de maio de 2014
J.R.Guzzo, Veja

LULA REENCONTRA O CAIXA DOIS

Lula aconselhou o Brasil a desconfiar das denúncias "muito estranhas" envolvendo a Petrobras. "Tenho a impressão de que tem gente querendo fazer caixa dois", disse. É um alerta importante.

Lula entende do assunto. Foi o primeiro presidente brasileiro a declarar que caixa dois todo mundo faz, na época do mensalão. Mas uma coisa é fazer caixa dois sendo o "filho do Brasil", porque aí tudo que é do seu pai é seu. Outra coisa, bem diferente, é fazer caixa dois sendo filho de qualquer um, sem ter nem um Delúbio para guardar esse dinheiro, que será usado sabe-se lá como - talvez comprando os deputados errados. O PT ensinou aos brasileiros, sem perder a ternura, o conceito de dinheiro não contabilizado. É um absurdo que a oposição queira sair fazendo caixa dois de qualquer maneira, sem conceito nenhum.

É para isso que serve um verdadeiro líder nacional, um grande estadista: para apontar as coisas que ninguém poderia imaginar. Quando todos achavam que a Petrobras era depenada pelo governo popular e seus clientes, vem Lula esclarecer que não é nada disso. Fazer sumir centenas de milhões de dólares com aquisições suspeitas, travestir o preço do petróleo e torrar fortunas com propaganda política do pré-sal são coisas da vida. Os esquemas bilionários do ex-diretor Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef, que, por coincidência, floresceram na estatal com a chegada do PT ao poder, também não têm importância. Caixa dois todo mundo faz, e parasitar empresa pública também. Assim como José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares, Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa são presos políticos. Chamem a OEA.

O verdadeiro problema com a Petrobras - que os neoliberais tentam encobrir, mas Lula revelou - é essa gente querendo usar as denúncias para fazer caixa dois. Como funcionaria isso? Ele não explicou, mas tudo bem. Quem tem intimidade com determinado assunto não tem paciência mesmo para ser didático. Possivelmente, Lula quis dizer que seus adversários pretendem usar a CPI da Petrobras para extorquir suspeitos - arrecadando "taxas de inocência" para não convocá-los a depor. Essa acusação já havia sido feita por correligionários de Lula. É uma estratégia que o PT conhece profundamente, como demonstrou na famosa CPI do Banestado.

Isso foi em 2004 - mesma época que, sabe-se agora, o esquema de Paulo Roberto Costa começou a funcionar na Petrobras. A CPI do Banestado tinha, como relator, o deputado José Mentor e, como mentor, o ministro José Dirceu. Foi desmoralizada porque a tropa de choque (cheque) do governo popular fabricava convocações e fazia chantagem aos quatro ventos. Como todo mundo sabe, chantagem de esquerda é progressista e não chateia ninguém. O estranho, bizarro mesmo, é imaginar os adversários do PT usando esse expediente. Lula sonhou com isso e foi logo contando ao Brasil, visionário que é. Tudo em defesa da Petrobras.

Assim começa a campanha eleitoral, em que Lula, Dilma e companhia poderão denunciar todos os caixas dois que sonharem. Sé forem contestados no Tribunal Superior Eleitoral, estará tudo em casa. Adivinhem quem acaba de tomar posse na presidência do TSE, para ser o juiz supremo da corrida presidencial? Ele mesmo, o menino prodígio da dupla Batman e Robin do PT no STF, o ex-advogado de Lula que suou a camisa pelos mensaleiros - Dias Toffoli. Está garantida a isenção no pleito.

Como já se viu no Primeiro de Maio, a presidente da República transformou a cadeia obrigatória de rádio e TV em comício eleitoral inflamado. O TSE provavelmente a punirá com rigor e a obrigará impiedosamente a rezar 13 Ave-Marias e 13 Pais-Nossos (para combinar com o número na cédula).

Surge agora a informação de que o PT usou dinheiro público do fundo partidário para pagar a defesa de mensaleiros e até da inesquecível Rosemary Noronha - assessora especial da Presidência para negócios privados à sombra. Ninguém precisa ter dúvidas: o xerife de estrelinha vermelha do TSE acabará com essa bagunça. Determinará até que Rose e os mensaleiros devolvam todo o dinheiro aos cofres públicos. E a seleção de Camarões conquistará a Copa do Mundo.

 
20 de maio de 2014
Guilherme Fiuza, Época

EMPACADOS NO GETULISMO

a1

Prendam os generais!
Soltem os ladrões e os traficantes!
Suspendam todas as investigações e processos sobre os assaltos à Petrobras, o roubo de remédios de miseráveis, o trafico internacional de drogas e a lavagem de dinheiro em escala industrial!
Reabram as investigações e processos cobertos pela Lei de Anistia brasileira de ha 50 anos!
Ao que é que estamos assistindo, afinal?

Ao de sempre, avisa-se aos recém chegados: “Para os amigos, tudo! Para os inimigos a lei”, ainda que para que a lei fique com a cara que o PT quer esvaziem-se os nossos tribunais de juízes de verdade e se os recheie de “juízes amigos” ou troquem-se as leis brasileiras por declarações de “tribunais internacionais” feitos à imagem e à (bolivariana) semelhança do partido.

a2

O Ministério Público pós Mensalão sustenta que uma decisão da Corte Interamericana de Direitos Humanos, em 2010, “determina que o Estado brasileiro investigue e condene os responsáveis por torturas, execuções e desaparecimentos – crimes contra a humanidade – ocorridos durante o regime militar”, e o Estado petista, que dependendo de se a ingerência estrangeira vem de “amigos” ou de inimigos abomina-a ou acata-a por cima da lei nacional, da o dito por suficiente para revogar a lei que fundou a Nova Republica.

Mesmo assim, retrucaria um desavisado, para investigar e condenar um lado seria preciso investigar e condenar também os responsáveis por sequestros, tortura, execuções, desaparecimentos e outros crimes contra a humanidade como dinamitar inocentes a esmo, da responsabilidade de figuras conhecidas da esquerda armada naquele período que mais de uma vez admitiram os seus crimes, o que poderia atingir a presidente da república e muitos de seus assessores e ministros que assassinaram gente desarmada e sem defesa naqueles tempos…

O Procurador da Republica, Sérgio Suiama, argumenta que “há provas mostrando que o Estado estava totalmente ordenado para garantir a impunidade dessas pessoas” (terroristas incluídos, assinale-se) e que, nesse caso, “a prescrição não pode ocorrer, porque a regra do jogo não é essa” (sic).

a2

E quando o Supremo Tribunal Federal remontado exatamente para conseguir tirar da prisão malfeitores “amigos” condenados e com culpa provada manda soltar o doleiro Youssef e toda a quadrilha nacional e internacional que atua em torno de sua lavanderia de dinheiro do crime, isto não é prova de que o Estado petista está totalmente ordenado para garantir a impunidade dessas pessoas?
Exatamente.
Mas, de novo, a diferença é que estes são os malfeitores “amigos”…
Enfim, deixem-se de lado os argumentos racionais porque é do lobo e do cordeiro que estamos falando e ao lobo basta um argumento: “Eu tenho os dentes!”.
Nunca foi diferente!

O fato de Getúlio Vargas se abraçar ao nacional socialismo e Lula ao internacional socialismo não muda nada. Cada época tem o seu alvará de justificação da opressão, e esse alvará troca de sinal como os políticos trocam de discurso.

a2

A bem da verdade o PT tem cumprido religiosamente, passo a passo, tudo com que sempre esteve comprometido menos a sua única promessa que era notoriamente falsa e contrária à sua linha programática nunca alterada: a “Carta aos Brasileiros” do Lula de 2002, com a qual, para comprar a eleição que o poria em posição de desmontar o sistema republicano, obra que pôs em curso desde o primeiro minuto de seu governo conforme ficou provado em minúcias no processo do Mensalão, ele “comprometeu-se” a descomprometer-se com tudo com que sempre esteve comprometido.
Era mentira como se sabia desde sempre.
As cartas, agora, estão na mesa e o jogo volta a ser aberto.

E Aécio, diante disso, incorporará alguma assertividade ao seu discurso ou vai continuar untado de vaselina, repetindo a brilhante tática eleitoral de José Serra de tratar de convencer o povo de que é mais Lula que o Lula?

a2

Lamento informar que o retrospecto não é animador…
A República, desde 16 de novembro de 1889, tem sido uma ditadura contínua da corrupção e da mentira institucionalizadas acompanhadas ou não do uso explícito da força, com duas ou três interrupções fortuitas correspondendo, todas elas, a acidentes de percurso que, por breves períodos, levaram ao poder as ínfimas minorias de brasileiros emparelhados com a modernidade.

Aos 18 anos de Getúlio Vargas no poder, 15 dos quais como um ditador brutal, resistiu um único homem e seu jornal que arrastou atrás de si um único estado da federação de formação sociologicamente diferenciada da do resto do Brasil. O resto do país, do “empresariado de compadrio” ao lumpen, exatamente como hoje, sustentou o ditador em troca de bifes ou em troca de migalhas.

Dois tropeços adiante, em 64, um golpe impediu o golpe que se armava à vista de todos para trazer o getulismo de volta por via transversa. 21 anos depois, em 1985, um ministro de Getúlio seria o primeiro presidente da “redemocratizão”. Mas o destino o levou e recuperou da lata de lixo da História os “coronéis” do Nordeste que, graças a José Sarney e Antônio Carlos Magalhães, se tornaram “eletrônicos” e hoje são os sócios que garantem o PT no poder.

a2

Nunca houve a incompatibilidade alegada entre eles. São todos farinha do mesmo saco dessa pré-história da emancipação política brasileira que segue pisoteando os cânones mais comezinhos da democracia depois do interlúdio do “presidente acidental” saído da universidade que foi enfiada como uma cunha para tentar abrir uma brecha na sólida cultura do autoritarismo brasileiro por aquele mesmo jornalista que comandou a resistência a Getúlio Vargas.
De Gaulle tinha razão: “A gente expulsa a natureza; ela volta a se impor!” (“On chasse la nature; elle revien!”)

Ele estava lá, misturado com o resto em 84; voltou a se insinuar nas ruas agora, em junho de 2013. Ha um Brasil democrático querendo andar com as próprias pernas em gestação. Mas quando é que ele estará pronto?
Quem resistirá desta vez, ao Getúlio reeditado?

a3
Nota: Durante a tarde de hoje Teori Zavascki, um dos ministros amestrados de Dilma no STF, deu o dito por não dito e manteve na prisão os membros da quadrilha que tinha mandado libertar no dia anterior. Não se informou se o chefe do “setor Petrobras” da organização, Paulo Roberto Costa, voltou para a jaula de onde saiu ontem. Providência de véspera de eleição? Alguém lá de cima  teria alertado que é bandeira demais pra esse tipo de temporada soltar bandidos tão indiscutivelmente bandidos, justo quando a propaganda eleitoral do PT diz na cara-de-pau, enquanto desmonta o Judiciário, que nunca se prendeu tanto corrupto? Pouco importa. Isso pouco altera o raciocínio exposto neste artigo e nem, muito menos, o quadro de completa insegurança jurídica em que vive este país.
20 de maio de 2014
verspeiro

QUANDO O HUMOR DESENHA A REALIDADE

Charge O Tempo 20/05
 
20 de maio de 2014




 

QUANDO O HUMOR DESENHA A REALIDADE

 
20 de maio de 2014


TEORI ZAVASCKI REVÊ DECISÃO SOBRE OPERAÇÃO LAVAJATO. DENUNCIANTES JÁ CORREM RISCO DE VIDA

 

Indicado para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), o magistrado Teori Zavascki responde sabatina na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ)Alça de mira – Advogados que defendem os acusados de envolvimento no esquema criminoso desbaratado pela Polícia Federal durante a Operação Lava-Jato tentaram desqualificar o brilhante trabalho do juiz federal Sérgio Moro, de Curitiba, alegando que o magistrado estava a afrontar o STF ao não remeter à Corte a integra do processo, atendendo a determinação do ministro Teori Albino Zavascki.
 
Zavascki, na segunda-feira (19), cumpriu o que determina a Constituição Federal ao requerer o envio do processo ao Supremo Tribunal Federal, até porque entre os acusados estão pelo menos dois parlamentares (André Vargas e Luiz Argolo), ambos flagrados em troca de mensagens nada republicanas com o doleiro Alberto Youssef.
O ministro do STF, contudo, errou ao determinar a imediata soltura dos acusados, uma vez que há entre eles pessoas de alta periculosidade e com envolvimento no tráfico internacional de drogas.
 
Questionado pelo juiz Sérgio Moro e pressionado pela opinião pública, Teori Zavascki, que chegou à mais alta instância do Judiciário nacional por indicação da petista Dilma Rousseff, acabou revendo sua decisão e manteve apenas a soltura de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras e acusado de ser sócio de Youssef em um esquema de desvio de recursos da petroleira e pagamento de propina.
Não bastasse o questionamento do juiz federal que preside o processo, Zavascki foi alvo de críticas por parte dos que investigaram o esquema criminoso que, sob a batuta de Alberto Yousef, teria movimentado ilegalmente R$ 10 bilhões, montante que pode ser ainda maior por causa das muitas conexões internacionais dos partícipes.
 
Não há como discutir a decisão de Zavascki acerca da remessa do processo ao STF, até porque nesse caso prevalece a prerrogativa de foro dos dois parlamentares, acolhida pela Carta Magna, mas foi temerária a atitude de determinar a soltura dos presos e a imediata suspensão do processo, inclusive com a possibilidade de se questionar a legalidade das ações policiais e do próprio Ministério Público Federal.
 
Que o Brasil é o paraíso da impunidade todos ao redor do planeta estão cansados de saber, mas é importante destacar que o ministro Zavascki, como integrante de um Poder constituído e por consequência como agente do Estado, é responsável pela segurança daqueles que ainda em 2009 denunciaram o esquema que culminou com a Operação Lava-Jato. Entre os denunciantes estão o empresário Hermes Magnus e o editor do ucho.info, jornalista Ucho Haddad. Com a precipitada decisão de Zavascki ambos correm risco de vida. E qualquer ocorrência com os denunciantes a responsabilidade será do STF.

20 de maio de 2014
ucho.info

MINISTRO DA JUSTIÇA DEFENDE RESPEITO À CONSTITUIÇÃO, DESDE QUE ISSO NÃO PREJUDIQUE O BANDOLEIRO PT

 

jose_eduardo_28Pero no mucho – O desgoverno petista de Dilma Vana Rousseff é uma ode ao deboche. Ainda sem ter revelado as razões que o levaram ao Ministério da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, titular da pasta, abusou do non sense ao falar sobre a paralisação de policiais militares de vários estados e também de agentes da Polícia Federal.

Como se integrasse um partido respeitador das leis, Cardozo disse que a Constituição Federal proíbe greves de policiais, assunto que o Supremo Tribunal Federal já sacramentou. Afirmou o ministro que é preciso respeitar o que dispõe a Carta Magna brasileira.

Discurso interessante e moralista, mas que nem mesmo com muito esforço da massa cinzenta coaduna com a postura oportunista do Partido dos Trabalhadores, legenda que ao longo da última década mostrou ao mundo a sua inconteste vocação para o banditismo político.

Desde janeiro de 2003 no poder central, o que foi possível com a eleição de Luiz Inácio da Silva, o lobista Lula, o PT respeita a Constituição Federal de acordo com seus interesses, Recentemente, a bancada petista no Senado Federal, com o apoio comprado da chamada base aliada, não preciso de muito tempo para desrespeitar a Carta Magna. Isso se deu na esteira da discussão sobre a instalação da CPI da Petrobras, um direito constitucional das minorias e que tem regras específicas para funcionar.

Alegando que a investigação da petroleira nacional não poderia ser utilizada pela oposição como palanque eleitoral, o PT fez o que estava a seu alcance para dificultar a instalação da Comissão. Antes de começar a funcionar, a Comissão foi alvo de questionamento no Supremo Tribunal Federal, onde a ministra Rosa Weber decidiu contra o desejo dos petistas, que queriam criar uma CPI ampla, incluindo no escopo investigatório o polêmico cartel de trens em São Paulo e as obras de construção do porto pernambucano de Suape. Isso porque o PT palaciano precisa bombardear as candidaturas do tucano Aécio Neves e o socialista Eduardo Campos, ambos prontos para participar da corrida ao Palácio do Planalto.

Pois bem, se José Eduardo Cardozo fala em respeito à Constituição Federal no caso da anunciada greve dos policiais, que essa obediência seja ampla, geral e irrestrita. Não se pode respeitar a lei máxima de uma nação de acordo com as necessidades de um partido político que é responsável pelo período mais corrupto da história do País.

Cardozo, como sabem os brasileiros de bem, não é um poço de sabedoria em termos jurídicos, o que coloca sua indicação ao cargo sob suspeita, mas o ministro perdeu, mais uma vez, a oportunidade de descobrir a grandeza e a profundidade do silêncio. Como disse certa feita um conhecido comunista de botequim, “nunca antes na história deste país”.

20 de maio de 2014
ucho.info

VAIVÉM DE TEORI ZAVASCKI REPERCUTE MAL E LAVAJATO CORRE RISCO DE SER DESCONSIDERADA PELO STF

 

alberto_youssef_01Por um fio – No momento em que questionou o ministro Teori Zavascki sobre o pedido de envio do processo da Operação Lava-jato para o Supremo Tribunal Federal, o juiz Sérgio Moro foi acusado por alguns advogados de estar desafiando a Corte Suprema.

A decisão de Zavascki não apenas requeria o envio do processo ao STF, mas colocava em liberdade os acusados de envolvimento no criminoso esquema que funcionou sob o comando do doleiro.

Não precisou de muito tempo para que a ilação erguida pelos causídicos exibisse sua musculatura alimentada pela ilógica.

Se por um lado o juízo Moro desempenhou um papel brilhante à frente do processo, assim como fizeram os integrantes do Ministério Público Federal e da Polícia Federal, por outro o ministro Teori Zavascki caiu na vala da maledicência. Isso porque o magistrado decidiu rever sua decisão e manter preso o doleiro Youssef e outros dez acusados de participação no esquema. Apenas Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, continua em liberdade, que já deveria ter sido revogada.

O bambolê jurídico protagonizado por Zavascki não foi bem recebido pela opinião pública e também no meio jurídico. Criminalistas não reconhecem publicamente a lambança, mas nos bastidores afirmam sem pestanejar que foi um equívoco.
'
Se a manutenção da prisão dos outros acusados se deu porque há por trás de todo o caso pessoas envolvidas em uma rede internacional de tráfico de drogas, Paulo Roberto Costa não deveria estar em liberdade.
O que só aconteceu porque o ex-diretor da Petrobras sabe muito além do que os palacianos gostariam. Acontece que Costa vinha apresentado sinais de depressão, o que poderia leva-lo com mais facilidade a uma delação premiada, acordo que minimizaria a situação de suas duas filhas e genros, todos investigados pela PF.

Alguns leitores criticaram o ucho.info pelo fato de ter reprovado a decisão de Zavascki, que mudou de idéia e manteve a soltura apenas de Paulo Roberto Costa. Ao determinar a suspensão dos processos e das investigações, inclusive aventando a possibilidade de anular os procedimentos investigatórios, em breve o ministro será obrigado a colocar em liberdade os principais envolvidos no bilionário escândalo de corrupção, que começou em Londrina com as estripulias político-financeiras do finado José Janene. Isso porque sem prova não há como manter alguém na prisão.

Ademais, os advogados dos deputados federais André Vargas e Luiz Argôlo, flagrados pela PF em conversas com Youssef, já arguiram a incompetência da Justiça Federal, em Curitiba, de conduzir o processo, uma vez que os parlamentares gozam da prerrogativa de foro e por isso devem ser processados apenas pelo Supremo. Por si só esse detalhe pode levar toda a investigação à nulidade.
O que é um enorme desperdício se considerado o fato de que o Brasil precisa urgentemente ser passado a limpo.

No caso de esse cenário se confirmar, o processo será considerado nulo e os presos serão obrigatoriamente colocados em liberdade, mesmo que alguns tenham envolvimento com o tráfico transnacional de drogas, como destacou o juiz Sérgio Moro.
Se as provas colhidas pela Polícia Federal forem consideradas inválidas, os integrantes da quadrilha serão considerados inocentes, pelo menos em relação ao caso, e terão de ser alvo de nova investigação.

Em suma, a complexidade proposital da legislação brasileira colocará tudo por terra, pois a ordem no Parlamento, no momento da feitura das leis, é proteger os marginais que se escondem atrás de mandatos eletivos e seus apaniguados.

20 de maio de 2014
ucho.info

ARQUEOLOGIA POLÍTICA: A SUJEIRA DO PT VEM DE LONGE...

MAIOR USINEIRO DO MUNDO DESMENTE "FEITOS " CITADOS POR LULA NA TV


 
 
O empresário paulista Rubens Ometto, considerado o maior produtor de açúcar e álcool do mundo, que foi a Nova York para receber o título de “Homem do Ano”, da Câmara Americana do Comércio, desmentiu enfaticamente todos “feitos” relativos ao  setor sucroalcooleiro, atribuídos pelo ex-presidente Lula ao seu governo, durante o programa do PT na TV, exibido neste quinta-feira à noite.
O setor sucroalcooleiro vive a maior crise de sua história, iniciada no governo Lula. Só nas últimas cinco safras, 44 usinas fecharam, 25 em São Paulo, e há 33 usinas em recuperação judicial . O endividamento é altíssimo: em 20% das usinas, 30% da receita estão comprometidos com serviço da dívida (juros e amortizações). Mais de 80 mil pessoas foram demitidas.
Ometto – que se aliou a Lula, acreditando em seus compromissos com o setor, no início do seu governo – não poupou críticas em Nova York às decisões (ou à falta delas) que levaram o setor a enfrentar a mais séria crise de sua história.
As críticas de Ometto foram feitas diante de uma platéia de empresários brasileiros e norte-americanos, que pareciam surpreendidos pelo tom áspero das críticas, em razão das ótimas relações que ele já teve com Lula e próceres do PT.  Ele está tão desapontado com os rumos do setor sucroalcooleiro que resolveu diversificar e, pela primeira na história de suas empresas, resolveu direcionar todos os seus investimentos para áreas que nada têm a ver com açúcar ou álcool. Em maio, por exemplo, pagou .R$ 3,4 bilhões pela Comgás, maior distribuidora de gás natural do país. É o maior aquisição de sua vida.
Ao contrário do que Lula afirmou e Ometto já tiveram uma lua de mel. Agora, têm visões muito antagônicas sobre o sucesso do Etanol brasileiro, um dos vários programas que ficaram pelas estradas.
29 de maio de 2014
in Diário do Poder

VAI DE JEGUE

 
 
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.
 
20 de maio de 2014
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

CARTA ABERTA AO PROCURADOR-GERAL RODRIGO JANOT

 
 

Dr.Rodrigo Janot – Procurador-geral da República:

Para conhecimento e providências que o caso exige, encaminho o anexo artigo intitulado Brasil tem obrigação de passar aos EUA informações sobre o Cartel do Metrô de São Paulo”, contendo críticas ao entendimento da PGR relativamente ao Acordo Brasil-EUA para combater cartéis.
Ressalto que – ao criticar o entendimento da PGR segundo o qual a notificação aos EUA sobre investigações aqui realizadas contra cartéis só é obrigatória nos casos em que as investigações coletem indícios de que os cartéis investigados estejam praticando o mesmo crime em território norte-americano – citei nominalmente os Procuradores da República Pedro Nicolau Moura Sacco e Paulo de Tarso Braz Lucas.
Por discordar radicalmente do entendimento da PGR sobre tão grave assunto, em abril de 2011, submeti-o à apreciação da OAB, que instaurou o processo OAB 2011.18.03263-01.
Assim como a PGR, a OAB julgou que, pelos termos do Acordo, as investigações relativas ao Cartel do Oxigênio não deviam ser notificadas aos Estados Unidos. Acontece, porém, que o motivo apontado pela OAB trouxe uma nova visão do problema, como será esclarecido a seguir.
O relator do processo Welber Oliveira Barral afirmou: 1 – as autoridades brasileiras determinaram que as investigações aqui realizadas não eram relevantes para os EUA, o que descartava a “hipótese a” elencada para notificação; 2 – só restou, então, verificar se tais investigações se enquadravam na “hipótese b”; 3 – para ser enquadrado na “hipótese b”,  o cartel aqui investigado teria que estar praticando o mesmo crime em território norte-americano; 4 – como não foram encontrados indícios que o cartel também atuava nos EUA, ficava justificada a “não notificação”.
De tudo, o mais preocupante foi o erro do relator Barral ao concordar que tal caso era irrelevante para os EUA. Ele partiu de uma falsa premissa: as investigações eram relativas a um caso ocorrido em “licitações realizadas por dois hospitais localizados em Brasília”, caso, de fato, irrelevante. Mas, o que estava sendo investigado eram os inúmeros crimes de um cartel (dominado por empresas de capital americano) que acabou recebendo a maior multa já aplicada pelo CADE, R$ 3 bilhões.
Para piorar a situação, ao julgar o recurso por meio do qual comprovei categoricamente que o relator Barral chegara a uma falsa conclusão por ter partido de uma falsa premissa, veio o Voto do Relator do recurso, Cezar Britto, apontando uma terceira e diferente razão para justificar a “não notificação”. Detalhes de tal voto estão disponíveis no vídeo cujo link se encontra ao final.
Diante do dilema “notificar ou não notificar os EUA” sobre as investigações relativas ao Cartel do Metrô de São Paulo, cumpre informar, Excelência, que cópia desta correspondência será encaminhada às Autoridades de Defesa da Concorrência que representam os Estados Unidos da América no Acordo, quais sejam o Departamento de Justiça e a Comissão Federal de Comércio.
Finalizando, seguem os citados links do vídeo “O cartel do metrô de São Paulo e o Acordo Brasil-EUA para combater cartéis”.
Atenciosamente,
20 de maio de 2014
João Batista Pereira Vinhosa é Engenheiro.

ÁGUA MOLE EM PEDRA DURA

 

 
A palavra culta (difícil ?) para definir este ditado é pertinácia.

Ouvi de um senhor mais velho que a democracia se constrói com o povo votando até aprender.

Talvez isto seja verdade em um país em que qualquer cidadão registra livremente sua candidatura, o voto seja distrital puro e a contagem dos votos seja verificável.

Numa república onde há o “pedágio” dos partidos políticos e seus caciques vendem a legenda aos candidatos e o tempo na televisão do horário de propaganda eleitoral, não se pode esperar seriedade.

Numa república onde um candidato “investe” milhões para obter votos em colégios eleitorais imensos, é razoável imaginar que se eleitos queiram “recuperar”  o dinheiro investido.

Como uma eventual reforma da legislação eleitoral depende desses mesmos senhores, é pueril acreditar numa mudança profilática.

Portanto a solução dos males que afligem uma democracia de fancaria não será política.
 
20 de maio de 2014
Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.

COMO ANDAM AS COISAS

 

1) O gasto de Dilma com publicidade em 2013 bateu recorde. Foi para 2,3 bilhões de reais . A desculpa é que precisava divulgar o programa Mais Médicos pois o povo não sabe que em sua pequena cidade agora tem médico. Só esse ano a verba já estourou e ainda vai aumentar pois a coisa tá preta para Dilma.

2) O BNDES em 2008 comprou por R$250 milhões uma participação no Frigorifico Independência e se comprometeu á aplicar mais 200. Três meses depois o Frigorifico quebrou. Todo mundo sabia. A imprensa vinha noticiando isso bem antes do mal sucedido negócio. Logo o BNDES que só faz isso. Para pequenas empresas eles complicam tudo. Para os grandes facilitam. É o tal do capilé. Ainda vai aparecer o rolo com bilhões aplicados na JBL e Marfrig, afora o Friboi.

3) Dilma não dá entrevistas. Evita o contato com a imprensa como de resto faz o PT. Há um preconceito com a imprensa achando os jornalistas serem adversários. Para jantar no palácio, só jornalistas escolhidos. Dilma ás vezes fala algumas palavras nos intervalos de cerimônias e logo se escapa. Como gente civilizada,. ela não se importa em dar satisfações ao povo.

4) A oposição é sortuda mesmo pois o PT jogou em seu colo todo um discurso que os marqueteiros petistas bolaram na década de 90 e neste milênio. "Sem medo de ser feliz" , " A esperança venceu o medo", eles querem "mudar para ficar onde estão", "tá na hora de mudar" e assim por diante. Agora são slogans da oposição. O povo tá virado num chapéu velho. Quer mudanças.

O papo de Lula não cola mais. A arrogância petista enojou o povo que exige mudanças. As contradições se tornaram visíveis ao andar debaixo. O passado é o próprio PT. Não da mais prá segurar. Nem vamos falar da economia fraca, da falta de investimento, da falta de governo, da corrupção e das maldades. A manipulação está com os dias contados. Estão oferecendo o medo e não mais a esperança que era falsa como sabemos.
 
20 de maio de 2014
Jackson Barreto é Cidadão.

CHINA, EUA E BRASIL

 

 
Qual será o melhor regime para o Brasil? Aquele que lhe garanta autodeterminação e lhe assegure desenvolvimento tecnológico e social.

Para chegar a isso, não poderá continuar com a economia desnacionalizada e concentrada, nem com suas políticas sendo determinadas por carteis financeiros e econômicos. Então, o que se deve fazer? Para conceber algo próximo ao ideal, há que avaliar o que ocorre na prática.

À parte as questões da tradição e da cultura, o  regime e as políticas da China têm obtido êxitos consideráveis na consecução dos objetivos nacionais, inclusive ombrear-se com as grandes potências, e elevar o  bem-estar social.  Mas seu sistema pode ser criticado, entre outros aspectos, por não estar evitando excessiva concentração de renda no setor privado, embora esta seja ainda muitíssimo menor que a das tradicionais economias capitalistas e suas dependências periféricas.

Tem-se falado muito na ascensão econômica da China. Segundo  novas estimativas  do Banco Mundial, conforme a PPP (paridade do poder de compra) o PIB da China já supera o dos EUA, ficando ultrapassadas as que não atualizavam os dados, desde 2005. Essas só o previam para 2019.

Alguns números não fecham. Diziam que, pela PPP, o PIB da China equivalia em 2003 a 60% do dos EUA. Ora, se aplicarmos as respectivas taxas de crescimento acumuladas de 2003 a 2013 (164,1% e 16,05%), resulta que o PIB chinês já superava o estadunidense em 35,5%.

Ademais, o BM não retrata as coisas com precisão, já que: 1) as estatísticas dos EUA superestimam o produto real e subestimam a inflação; 2) com a enorme financeirização da economia, parte significativa da “renda”, não deveria ser considerada produto real; 3)  os gastos militares astronômicos – e nisso os EUA batem de longe qualquer país – não representam algo que possa ser contado, se adotarmos  um critério de bem-estar ao valorar a “produção econômica”.

Há mais considerações denotativas de que os aspectos qualitativos têm importância bem maior que cifras monetárias do PIB. Um dos feitos do regime chinês foi tirar mais 600 milhões de pessoas da linha de pobreza, em apenas 10 anos. Outro, tem sido a elevação dos salários reais acima do crescimento da produtividade.

Norton Seng, especialista brasileiro em assuntos chineses,  destaca a qualidade da educação e que a ênfase no emprego de engenheiros na administração tem  viabilizado planejamento capaz de promover o emprego de centenas de milhões de pessoas em atividades de crescente conteúdo tecnológico.
Ora, isso requer eficientes infraestruturas urbanas, de transportes, telecomunicações e outras. Diz Norton: “Tudo meticulosamente planejado: das fronteiras agrícolas até os grandes centros habitacionais. Com toda a infraestrutura necessária para comportar, adequadamente e sem maiores conflitos sociais,  a sua gigantesca população com complexos viários compatíveis com o crescimento exponencial de suas cidades em harmonia com o crescimento das várias demandas.”
Muitos observadores espantam-se com o fato de, mesmo após mais de 30 anos seguidos, até 2012, com média acima de 10% aa., as taxas de crescimento do PIB chinês ainda estarem elevadas, acima de 7% aa., não obstante  a estagnação reinante nos EUA, Europa e Japão, desde 2008.

A ideologia faz alguns crerem que a economia obedece a leis inexoráveis, independentes da política. Esses preveem crise, agora, na China. Diferentemente deles, penso que só há crise em países em que assim deseja o sistema de poder nele dominante.

A meu ver, o capitalismo caracteriza-se pela ilimitada concentração do poder financeiro e político nas mãos de pequeno grupo de famílias e indivíduos.

Na medida em que a China não seja – pelo menos, por enquanto - país capitalista – as tendências de crise que ali surjam, podem ser afastadas sem dificuldade, pois,  detendo-se poder sobre as finanças e havendo vontade política, estas podem pôr a economia em rumo certo.

Os seguidores de Deng admitem que o desenvolvimento econômico obtido desde o final dos anos 70 não teria sido possível sem ter havido Mao, sob cuja direção a China, além de conseguir alimentar população superior ao bilhão, construiu significativa indústria pesada e colocou a China entre as grandes potências militares e nucleares.

Após 1978, o Estado continuou a dirigir a economia e permaneceu com sua maior parte estatizada, além de  manter o controle do sistema financeiro. Mas abriu grandes espaços para o crescimento de capitais privados nacionais e admitiu investimentos diretos estrangeiros de grandes corporações transnacionais. Isso, entretanto, foi feito em condições diametralmente opostas às que prevalecem no Brasil, especialmente a partir de 1954/1955.

Enquanto o governo egresso do golpe que derrubou o presidente Vargas em 1954, propiciou aos pretensos investidores transnacionais ganharem capital no Pais e esvaziá-lo dele -   controlando o mercado brasileiro e recebendo subsídios escandalosos -  o planejamento central chinês fez as transnacionais cumprirem condições que levaram à absorção e à melhora de tecnologias estrangeiras.

Na China, os investimentos diretos estrangeiros são submetidos a regras rigorosamente  aplicadas,  pois  o sistema político ali não depende de campanhas eleitorais influenciadas por dinheiro privado ou estrangeiro.

E quais as regras essenciais?  Não se trata somente de favorecer as produções intensivas de tecnologia, poupadoras de matérias-primas, sobre tudo locais,  e menos nocivas ao ambiente. É exigido: 1) quanto à propriedade, haver associação com capitais chineses; 2) ser assegurada transferência de tecnologia à China.

Em geral, próxima a  uma fábrica de empresa transnacional, encontra-se uma controlada por capital chinês, replicando a mesma produção e  inovando-a para torná-la mais competitiva.

Já no Brasil, desperdiçam-se os investimentos públicos em ciência e tecnologia, na proporção da ausência de empresas nacionais em competição no mercado, e exponenciam-se as consequências da subordinação às transnacionais estrangeiras: preços absurdamente altos, transferências de ganhos ao exterior sob todas as formas, endividamento acelerado por taxas de juros abusivas, política e administração corrompidas etc.

Não nos devemos iludir com as estatísticas de 6ª ou 7ª maior economia do mundo. Para começo de conversa, o grosso do PIB aqui gerado não pertence a brasileiros, e o que resta para estes está muito mal distribuído.

Além disso, pelo critério da paridade do poder de compra, o Brasil cai para 9º. Mais importante, o crescimento não decorre de ganhos qualitativos, mas, sim, da ocupação de parte dos imensos espaços territoriais e da exploração desmedida de recursos naturais, tanto na agropecuária como nos minérios, tudo para servir a grupos concentradores estrangeiros.

Desde o colapso de 2007/2008, amplia-se a vantagem da China sobre as principais economias capitalistas, vinculadas à oligarquia financeira anglo-americana, porque a estagnação destas se acentua, com infraestruturas físicas em deterioração, desemprego muito grande, implicando deterioração do “capital humano” e da infraestrutura social.

Isso porque, diante da crise, o Estado, comandado pela oligarquia financeira, só trata de socorrer os bancos e apenas adia novas bolhas, pois: 1) o dinheiro fica nos bancos ou é aplicado em mercados especulativos e títulos públicos; 2)  o Estado vai falindo, mesmo sem investir o que deveria na economia real ou em favor dela, diretamente ou através de empréstimos para a produção. 

Se o Estado tem real poder sobre a economia, se deseja que a sociedade eleve  seus padrões de vida, se dispõe de quadros que sabem o que fazer, qualquer crise financeira pode ser debelada, e a casa arrumada: dívidas podem ser simplesmente canceladas, e novos mecanismos monetários e de crédito, instituídos.

A finança, portanto,  é algo que sempre pode ser posto em ordem, de uma vez, por decisões políticas, enquanto que são necessários decênios para construir estruturas e infraestruturas econômicas e sociais, bem como ativos tecnológicos para viabilizar níveis adequados de produção e de atendimento às necessidades sociais.

Em suma, dinheiro e crédito criam-se à vontade, com ou sem lastro, só com impulsos nos computadores. Já atender adequadamente a demanda (sem  reprimi-la) por bens e serviços reais depende de bem mais que isso.

Nota final. Há mais de 100 bilionários da China. O Brasil mostra 77 bilionários, mas o PIB do País, além de não pertencer, na maior parte, a brasileiros - equivale a menos de 1/6 do da China. Os 15 mais ricos do Brasil totalizam U$ 116,5 bilhões, e os da China, US$ 79,6 bilhões. Entre os brasileiros, muitos pertencem aos mesmos grupos e famílias.
 
20 de maio de 2014
Adriano Benayon é doutor em economia e autor do livro Globalização versus Desenvolvimento.
 

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO

 DESDOBRAMENTO DA LAVA JATO PODEM REVELAR  BILIONÁRIO ESQUEMA QUE USA FUNDOS DE PENSÃO PARA LAVAGEM
 
 

A Caixa Preta dos Fundos de Pensão – principalmente os dos empregados das maiores empresas estatais – corre o risco de ser escancarada pelos novos passos da Operação Lava Jato – que investiga o esquema de lavagem de mais de R$ 10 bilhões.
Já existem provas de que alguns fundos de servidores municipais foram usados em esquemas iguais aos do mensalão, para lavagem de dinheiro e repasse aos políticos corruptos. Se o escândalo atingir também os bilionários fundos das empresas de economia mista, derruba o governo ou inviabiliza a reeleição de Dilma Rousseff.
 
Esse é o maior e mais imediato temor da alta cúpula do PT e de seus parceiros do PMDB. Por isso, a tática é aproveitar o clima festivo de Copa do Mundo da Fifa, para tentar jogar para escanteio a CPI da Petrobras – que tem tudo para escancarar a porteira de revelações sobre os fundos (aparelhados em sua gestão por dirigentes ligados ao PT, desde o começo de 2003, quando Lula e seu cardeal José Dirceu assumiram o governo. A cúpula do PMDB também teria “loteamentos” semelhantes – agora alvos das apurações.)
 
Agora, as diferentes forças tarefas do Ministério Público, Receita e Polícia Federal, que atuam nos desdobramentos da Operação Lava Jato, têm a complicada missão de descobrir se o doleiro Alberto Yousseff tem relações milionárias com grandes fundos de pensão de empresas “estatais”. Por enquanto, só se sabe que, entre 2012 e 2013 uma das empresas controladas por ele, a Marsans Brasil, conseguiu angariar cerca de R$ 23 milhões de reais de fundos de previdência dedicados a garantir pensões de servidores aposentados. 
 
Segundo a Veja, desde pelo menos 2010, o doleiro Alberto Youssef ajudava na coleta de recursos para campanhas de políticos. Nos últimos meses, esbanjava intimidade com o poder. Tinha contatos frequentes com os deputados federais André Vargas (ex-PT) e Luiz Argôlo (SDD). Articulava negócios com o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, com quem é acusado pelo Ministério Público de ter desviado mais de 8 milhões de reais de obras da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. E é acusado ainda de comandar um laboratório farmacêutico que conseguiria faturar até 35 milhões de reais, em cinco anos, na venda de medicamentos com uma parceria chancelada pelo Ministério da Saúde.
 
Jegue voador?
 
 
Lula declarou que dá para ir aos estádios da copa até de jegue, alegando ser babaquice exigir um metrô que leve o torcedor quase dentro das arenas.
 
Pena que seu filho pródigo, próspero empresário, Fábio da Silva, que detesta o apelido de Lulinha, não é burro não.
 
Acaba de adquirir um helicóptero novinho em folha, para os deslocamentos mais ágeis no trajeto sempre engarrafado entre o ABC e a cidade de São Paulo.
 
É Frozen...
 
 
Detalhe inusitado do telhado de uma casa, no bairro da Aclimação, na Zona Sul de São Paulo, depois da tempestade de granizo ontem na capital paulista - que deixou várias ruas com clima europeu pós-nevasca.
Naquele mesmo momento da chuvarada, o Figueirense derrotava o Corinthians na inauguração de sua arena no Itaquera.
E o técnico Ney Franco, em plena estréia no Maracaná, entrava na maior fria, com o Flamengo perdendo feio para o São Paulo.
 
Dica de Saúde
 

Marcha para o Zé


Super Alerta – Episódio 4


Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.
 
20 de maio de 2014
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.