"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 6 de abril de 2017

A ARROGÂNCIA DO CRIMINOSO SÉRGIO CABRAL

A arrogância do criminoso Sérgio Cabral


06 de abril de 2017
postado por m.americo

GILMAR MENDES PODE SER SUSPENSO DO STF POR ENVOLVIMENTO COM INTERESSADOS EM PROCESSOS

CICLOS FATAIS - LEITURA COMENTADA RESUMIDA

Ciclos Fatais - Leitura Comentada Resumida


06 de abril de 2017
postado por m.americo

FÓRUM DA LIBERDADE E BRASIL PARALELO

Fórum da Liberdade e Brasil Paralelo


06 de abril de 2017
posttado por m.amerifco

FEMINISTA CRISTÃ? VOCÊ VAI TER QUE ESCOLHER MOÇA...

GOVERNO DA SÍRIA ATRIBUI AOS TERRORISTAS O USO DE ARMAS QUÍMICAS CONTRA CIVIS


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Depósito dos terroristas foi atacado esta semana
O governo da Síria negou, categoricamente, o uso de gases tóxicos contra Khan Shaikhoun ou qualquer outro vilarejo ou cidade da Síria. Declaração do Ministério das Relações Exteriores e Expatriados assinala que “os grupos terroristas armados em atividade na região de Khan Shaikoun, as partes ocidentais que utilizam estes grupos como instrumentos e a mídia que trabalha a seu serviço espalharam aos quatro ventos as notícias sobre o ataque com gás tóxico contra a cidade de Khan Shaikhoun, localizada na província de Idleb. E como sempre ocorre, estas partes fizeram falsas acusações, como o fizeram nos últimos quatro anos, contra as Forças Armadas da República Árabe da Síria”.
O comunicado reafirma que o Exército Árabe Sírio não possui quaisquer tipos de armas químicas, não fez uso delas no passado, não pretende usá-las no futuro e sequer busca obtê-las. E assinala que já foi provado que o Exército Árabe Sírio não fez uso deste tipo de armas nem nas priores batalhas travadas contra os grupos terroristas armados.
COMPROMISSOS – O governo sírio afirma que cumpriu com todos os seus compromissos assumidos perante o Tratado para a Proibição de Armas Químicas, desde a sua adesão no ano de 2013. A Síria esclarece que os grupos terroristas armados e seus patrocinadores foram os responsáveis por promover tais ataques e outros, com o objetivo de acusar, posteriormente, o Estado sírio pela autoria, mesmo tendo em vista que a República Árabe da Síria forneceu à Organização para a Proibição de Armas Químicas, ao Conselho de Segurança e à alguns países amigos informações detalhadas e precisas, durante os últimos anos e, especificamente, através das notas apresentadas pela Síria, nas últimas semanas, sobre a ação de grupos terroristas armados para a entrada de materiais tóxicos na Síria, incluindo a província de Idleb, através dos países vizinhos, especialmente a Turquia, para que estes produtos fossem usados posteriormente.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG –
 Sabe-se que as tropas que usam armas químicas são justamente as que atuam para derrubar o governo sírio. Tudo indica que o atentado em Khan Sahikon foi uma represália ao ataque da Força Aérea da Síria, esta semana, que destruiu justamente um depósito de armas químicas dos terroristas na província de Idleb. (C.N.)

06 de abril de 2017
 Deu no site Mancha Verde

PESQUISA MOSTRA VÁCUO ENTRE PT E SEU ANTIGO ELEITORADO EM SÃO PAULO





Ex-petistas, Beth e Marizete criticam os impostos
Uma pesquisa da Fundação Perseu Abramo, ligada ao PT, com ex-eleitores do partido aponta um descolamento entre o discurso da legenda e o que pensam moradores da periferia de São Paulo. O levantamento qualitativo, feito entre novembro do ano passado e janeiro deste ano, revela que, para a população de favelas e de bairros afastados do Centro, o Estado é o grande adversário do cidadão. Também, ao contrário do que tem apregoado o PT, não existe disputa entre ricos e pobres. O embate entre esquerda e direita, tão propagado pelos dirigentes petistas, é considerado inexistente.
“É visível que há uma desconexão muito forte entre o discurso petista e a periferia” — avalia o cientista político Marco Antonio Teixeira, da FGV.
CORRUPÇÃO – A pesquisa ouviu eleitores que votaram no PT no passado, mas não optaram nem por Dilma Rousseff na disputa presidencial de 2014, tampouco por Fernando Haddad na eleição municipal de 2016. Os entrevistados tinham renda familiar de até cinco salários mínimos, e 30% deles eram beneficiários de algum programa social (Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida ou Prouni).
Os entrevistados indicaram a corrupção como o principal problema do país. A política é considerada “suja”. “A inclusão social da era Lula foi colocada em xeque muito rapidamente. E emerge desse período uma visão disseminada de um Estado corrupto” — afirma Teixeira.
IMPOSTOS – As queixas contra o Estado têm como alvo principal a cobrança de impostos. As irmãs Beth Pereira, de 42 anos, e Marisete Pereira da Silva, de 39 anos, se juntam aos descontentes com o valor das taxas. Os tributos são apontados por elas como obstáculo para formalizarem a loja de venda de doces na Favela de Paraisópolis, a segunda maior de São Paulo.
“São muito impostos. Se pagarmos tudo, não sobra nada para gente. E o pior é que não sabemos para onde vai o dinheiro que eles arrecadam” — reclama Beth, que começou a trabalhar aos 14 anos como doméstica e, há cinco anos, abriu o seu negócio próprio ao lado da irmã. “Foi muita decepção depois” — diz Marisete, também ex-doméstica, referindo-se às investigações da Lava-Jato.
Beth e Marisete contam que a situação delas e dos outros quatro irmãos hoje é muito melhor do que a de quando a família delas se estabeleceu na favela, em 1988, vinda de Vitória da Conquista, na Bahia. “Conquistamos bastante coisa. Foi muito esforço e dedicação” — afirma Beth.
“FALTOU PROJETO” – Presidente da Fundação Perseu Abramo, Marcio Pochmann diz que o objetivo da pesquisa foi conhecer melhor o segmento social que ascendeu socialmente com o PT no poder:
“A pesquisa consolida essa visão de que faltou um projeto de cidadania (durante os anos Lula e Dilma) mais do que um projeto de inclusão pelo consumo”, assinala.
O sentimento de que o esforço pessoal possibilita uma melhora na condição de vida é retratado na pesquisa. “Apresentam discurso consistente de que não existem barreiras intransponíveis —‘com esforço tudo é superado’”, diz o relatório da pesquisa. É esse mais um ponto, na visão de especialistas, que distancia o PT.
FORA DE ÉPOCA – “Aparentemente os representantes do PT continuam insistindo numa linha político-ideológica que é muito mais apropriada para a primeira metade do século 20, com uma perspectiva de luta de classes e coletivista que se sobrepõe ao indivíduo. Os entrevistados têm uma visão de valorização do papel do indivíduo” — avalia o cientista político José Álvaro Moisés, professor da USP.
As citações a Lula entre os entrevistados acontecem mais em relação ao seu exemplo de ascensão social do que pelas políticas que implementou no governo. “Há uma busca por identificação com histórias de superação e sucesso, é nessa medida que figuras tão díspares como Lula, Silvio Santos e João Doria aparecem como exemplos”. Doria, aliás, é citado como “beneficiário do cenário de descrédito” por ser “um não político, gestor trabalhador que ascendeu e, por isso, não vai roubar”.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Este sentimento colhido pela pesquisa do PT existe no Brasil e em muitos outros países. Foi a aversão aos políticos profissionais que elegeu personagens como Trump e Doria. Se deixar a prefeitura em abril de 2018 e se candidatar, Doria será um concorrente fortíssimo, com muito mais chances do que o desgastado trio Serra, Alckmin e Aécio. Se o PSDB quiser chegar ao poder, é melhor lançar logo a candidatura do prefeito midiático(C.N.)

06 de abril de 2017
Sérgio Roxo
O Globo

INTIMADO A DEPOR PARA DEFENDER DILMA, MANTEGA PODE SE COMPLICAR PERANTE A JUSTIÇA


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Mantega apenas vai dizer que não sabia de nada
O ministro Herman Benjamin, relator do processo que pode levar à cassação da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), agendou para esta quinta-feira (dia 6) o depoimento do ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega. A oitiva foi pedida pela defesa da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) na Corte eleitoral. em uma estratégia para tentar minimizar parte dos depoimentos demolidores dos ex-executivos da Odebrecht, que já contaram em detalhes ao TSE como abasteceram, de forma ilegal, a campanha presidencial petista em 2014.
Mantega irá depor no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo às 20 horas, mas sua oitiva tende a ter pouca serventia como tentativa de modificar o curso do processo de cassação da chapa Dilma-Temer. É que Benjamin também deve ouvir nos próximos dias o casal de marqueteiros João Santana e Mônica Moura, além de André Santana, que foi buscar dinheiro sujo, a mando de Mônica, na Odebrecht em Salvador. Os três fizeram delação premiada, homologada pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), e encaminhada ao procurador-geral Rodrigo Janot.
Conforme revelou Veja, João Santana, que já trabalhou nas campanhas presidenciais de Dilma e de Lula, afirma que Mantega, então ministro da Fazenda, foi escolhido para negociar o caixa paralelo da disputa eleitoral de 2014 com os doadores. Como delator, Santana tem a obrigação de dizer a verdade e apresentar elementos que corroborem suas afirmações em juízo.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Convocar Mantega como testemunha de defesa é uma espécie de confissão de culpa. As provas de envolvimento do ex-ministro são mais do que abundantes, foi denunciado em detalhes pelos delatores da Odebrecht. Antes disso, já havia tantas provas que o juiz Moro decretou a prisão dele, mas foi salvo na undécima hora pelo advogado José Roberto Batochio, que inventou a história de que a mulher de Mantega estava sendo operada de câncer, quando era submetida a uma simples endoscopia e tinha até passagem comprada para passear pela Europa na semana seguinte. Tudo o que Mantega falar em defesa de Dilma poderá ser usado contra ele. Sua prisão é apenas questão de tempo(C.N.)

06 de abril de 2017
Laryssa Borges
Veja

NOVO MINISTRO DO TSE DEFENDE O VOTO EM LISTA E AS DOAÇÕES ELEITORAIS DE EMPRESAS


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Gonzaga defende as teses de Gilmar Mendes 
Na posição de quem assumirá, daqui a alguns dias,  uma cadeira no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o advogado Admar Gonzaga avisa: “O TSE não pode atuar de forma a gerar instabilidade política no país”. Para ele, para impugnar um mandato, só com provas, para “proteger a vontade soberana do eleitor”. Ao receber o Correio em seu escritório de advocacia em Brasília, ele foi direto ao mencionar o viés político da Justiça: “Todas as constituições e cortes supremas do mundo são fruto de um pacto político”.
O advogado, entretanto, evita falar do julgamento do qual participará depois do dia 16, quando o ministro Henrique Neves deixar o mandato no TSE. O futuro ministro diz que não há democracia partidária, que é contra a prisão preventiva prolongada, defende o voto em lista e a volta das doações eleitorais de empresas. Além disso, não vê problemas na Lei de Abuso de Autoridade. A seguir os principais trechos da entrevista.
Como é assumir o TSE em um momento tão delicado?Eu não posso escolher momento. Naturalmente, se eu pudesse escolher, seria em um ambiente de mais normalidade. Encaro com responsabilidade. Estou preparado se acontecer alguma intercorrência que impeça o encerramento do julgamento nesta semana.
É possível terminar tudo rapidamente?Não é adequado se encerrar um processo dessa maneira. Eu defendo, inclusive, que o TSE deveria ter, em seu regimento, a figura do revisor. Daria uma segurança maior para o tribunal e para o relator. O revisor atuaria como juiz que está auxiliando o relator.
E a possibilidade de pedido de vista?Creio que seja até mesmo uma questão de responsabilidade. E, nesse caso, poderia também haver antecipação de voto de algum magistrado.
Qual o tamanho da instabilidade política gerada por esse julgamento?Estamos experimentando os efeitos dessa instabilidade política. Coloque-se no lugar de um empresário ou alguém que pretenda fazer um contrato com o poder público em um momento como este, os investidores que talvez queiram apostar no Brasil, gerar emprego. Todos temos essa responsabilidade. Naturalmente, em qualquer país que você tenha um impeachment, uma cassação judicial ou política, gera-se um efeito muito negativo.
O senhor foi um dos responsáveis jurídicos pela criação do PSD. Não abriu uma porteira para a multiplicação de legendas?Não me preocupo muito com a questão do número de partidos. Precisamos de uma cláusula de desempenho. Nosso sistema presidencialista, quando demanda fazer reformas de ordem política, tem que negociar com todos esses partidos e correntes em que a gente não identifica a questão ideológica.
O Correio mostrou que o presidente do Pros usou o fundo partidário para proveito próprio. Tem alguma forma de coibir isso?Se o Pros usa dinheiro público em benefício de ordem pessoal dos dirigentes, isso é improbidade. Isso se responde na Justiça eleitoral e comum. Há previsão que o registro desses partidos seja cassado.
O senhor defende a lista fechada?O sistema de lista fechado é o melhor. Mas não vejo a lista fechada hoje como aquilo que a gente precisa. Isso é uma mudança de foco. Não temos tradição de lista fechada. Mas não dá para usar dinheiro público em lista aberta, porque você dilui a responsabilização. Temos também a questão de democracia partidária. Os partidos têm de ter democracia da porta para dentro. As convenções ou pré-campanhas têm de ser para valer. Senão, teremos lista fechada da pior maneira possível, quando os filiados só vão para bater palmas porque tudo foi resolvido em reuniões fechadas.
Pela primeira vez, o STF criminaliza o caixa um. Não é um risco?O TSE não pode atuar a ponto de trazer instabilidade política para o país. É preciso dar muita ênfase à segurança política e à soberania popular. A ação de impugnação de mandato eletivo (AIME) é de índole constitucional. Ela diz que o mandato eletivo só poderá ser impugnado com provas. Prova não quer dizer suspeita, ouvir dizer. Respeitar a soberania popular, não para proteger corrupto. É para proteger o mandato como algo que é expressão da cidadania. Tem que trazer materialidade contra um mandato que foi constituído com outorga do eleitor. E tem que correr em segredo de Justiça, para proteger a imagem do mandatário.
Esse conceito de sigilo não anda meio frouxo ultimamente?Depende de em que pescoço a corda está. Quando dá um problema com o vice, querem acabar com o vice. Quando dá um problema com o suplente, termina com o suplente. Temos que definir um caminho e assumir as consequências dessa escolha.
Fundo eleitoral é viável?É, se tivermos um sistema de controle adequado de aplicação. E tem de ficar sob responsabilidade dos partidos.
Defende a volta do financiamento empresarial?Eu acho que poderia voltar. O STF só deu aquela interpretação porque viu que os mecanismos de controle estavam frouxos. Penso que, se o Congresso aprovar dentro de um limite, com as doações das empresas sendo feitas apenas para um partido com o qual se afine politicamente, isso poderia ser aprovado.
O STF não está se metendo muito na política?Não. Ele age porque é provocado. A Constituição Federal é um pacto político. Não há como negar que há um viés político na atuação do STF. Mas é assim em todos os países.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Como se vê, o futuro ministro do TSE defende as mesmas teses do presidente Gilmar Mendes, que o indicou. Mas é claro que deve ser mera coincidência. (C.N.)

06 de abril de 2017
Denise Rothenburg e Paulo de Tarso Lyra
Correio Braziliense

ESQUEMA DA CORRUPÇÃO NO TCE/RJ JÁ FOI CONFIRMADO POR NOVE DELATORES


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Lopes incluiu o filho no esquema da corrupção
O esquema de pagamento de propina a conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) foi confirmado por ao menos nove delatores ou pessoas que aderiram a acordos de leniência firmados pelas empresas onde trabalham com o Ministério Público Federal (MPF). Além de ser admitido pelo ex-presidente do tribunal Jonas Lopes de Carvalho e de seu filho, o advogado Jonas Lopes Neto, sete funcionários e ex-funcionários das empreiteiras Andrade Gutierrez e Carioca Engenharia detalharam as vantagens indevidas.
Como O Globo revelou no ano passado, Clóvis Primo e Rogério Nora, ex-executivos da Andrade Gutierrez, foram os primeiros a falar sobre o 1% de propina no valor das obras que deveria ser pago ao tribunal. Foram eles que também contaram, em delação premiada, sobre os 5% de vantagem indevida cobrados pelo ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) nos contratos das obras do governo do estado. Eles já foram ouvidos pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, como testemunhas de acusação em um dos processos em que o peemedebista é réu.
DETALHES DO ESQUEMA – Clóvis Primo e Rogério Nora apontaram que Alberto Quintaes, também da Andrade Gutierrez, sabia detalhes do esquema de pagamentos de vantagens ilícitas aos conselheiros. Quintaes apontou ao MPF que a empreiteira honrou com o pagamento de 1% ao TCE-RJ relativo aos contratos das obras de reforma do Maracanã para a Copa do Mundo de 2014, do PAC de Manguinhos e do Arco Metropolitano. Como a empreiteira aderiu a acordo de leniência, um outro funcionário, Rafael Campello, também falou sobre as propinas. Ele afirmou ter entregue em 2011, a pedido de Quintaes, dinheiro a um intermediário do TCE-RJ em uma sala na Avenida Rio Branco, nº 181, no Centro do Rio. Campello relatou que, pelo que se recorda, a entrega era muito importante e não podia haver falhas.
A Carioca Engenharia também firmou com o MPF acordo de leniência, e três funcionários da construtora confirmaram o esquema de propinas aos conselheiros do TCE-RJ: Roberto José Teixeira Gonçalves, Roque Manoel Meliande e Luciana Sales Parente.
TAMBÉM NO METRÔ – A Carioca Engenharia também elaborou um relatório de investigação interna, entregue aos procuradores, em que relata a existência de possível ilícito envolvendo o TCE-RJ no âmbito das obras da Linha 4 do metrô. Além de falar sobre o esquema no TCE-RJ, Luciana Parente contou sobre a cobrança, por parte do Tribunal de Contas do Município (TCM), de 1% de propina de um contrato de R$ 500 milhões da Transcarioca.
Depois dos funcionários de empreiteiras, foi a vez do ex-presidente do TCE-RJ, Jonas Lopes, detalhar o esquema. Ele afirmou que, na gestão de Sérgio Cabral no estado, foi estabelecido o percentual de 1% do valor dos contratos acima de R$ 5 milhões para pagamentos aos conselheiros. Antes, a cobrança seria de um valor fixo. Lopes o contou ainda que o próprio governador instalou no celular do então conselheiro um aplicativo chamado Wickr para comunicação de forma criptografada. O Wickr apaga as conversas depois que elas são finalizadas.
DOLEIRO DE CABRAL – Outro fato curioso é que, nos depoimentos de delação premiada, o ex-presidente do TCE e o filho contam que o doleiro supostamente usado pela Fetranspor era Álvaro Novis, o mesmo que operava, segundo o MPF, para o esquema de Cabral. Novis foi preso na Operação Eficiência, deflagrada em janeiro deste ano, e é réu em processo junto com o ex-governador.
As prisões dos cinco conselheiros do TCE-RJ foram pedidas com base nas delações de Jonas Lopes de Carvalho Filho e do filho dele, Jonas Neto. Ambos estão fora do país com autorização da Justiça, após receberem ameaças. O ex-presidente do TCE já estava afastado desde o ano passado, quando foi levado coercitivamente para depor na Operação Descontrole. As delações foram homologadas recentemente pelo ministro Félix Fisher, do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
BELA APOSENTADORIA – Preso na Operação O Quinto do Ouro, deflagrada na semana passada, o ex-conselheiro do TCE-RJ Aluísio Gama de Souza recebe aposentadoria de R$ 30.471,11 por mês. Ele deixou o cargo em 2015. Para a vaga dele, foi eleito o ex-deputado estadual Domingos Brazão, também preso na ação.
Gama, Brazão e outros quatro conselheiros do TCE-RJ são acusados de receber propinas de empresas que mantinham contratos com o governo do Rio. Apenas o atual presidente do tribunal, Aloysio Neves, está em prisão domiciliar. Os demais estão em Bangu 8.
Conselheiros do TCE-RJ se aposentam ganhando o salário integral, ou seja, os mesmos R$ 30,4 mil que recebem Aloysio Neves, José Maurício Nolasco, Domingos Brazão, José Gomes Graciosa e Marco Antônio Alencar, que são conselheiros da ativa e foram alvos da ação. Atualmente, o Rioprevidência paga a aposentadoria de oito ex-conselheiros, entre eles o de Aluísio Gama.
PENDURICALHOS – Além do salário, conselheiros da ativa recebem auxílios: moradia (R$ 4.377,73), alimentação (R$ 880), saúde (até R$ 600) e educação (R$ 970 por até três dependentes em idade escolar). Também podem nomear até 20 assessores para cargos de confiança e convocar 35 funcionários de carreira para seus gabinetes.
Ex-prefeito de Nova Iguaçu, Aluísio Gama dá nome ao plenário do tribunal, onde são realizadas as sessões. Ele foi deputado estadual por quatro mandatos consecutivos e entrou para o tribunal em 1993, onde ficou por 22 anos. O Globo não conseguiu localizar as defesas dos ex-conselheiros.

06 de abril de 2017
Juliana Castro e Marco Grillo
O Globo

"TEMER NÃO TEM PARA ONDE IR", DIZ RENAN EM JANTAR DA BANCADA DO PMDB


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Apoiando por Requião, Renan fustigou Temer
O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), considera difícil a situação do presidente Michel Temer no governo. “Diziam que a [ex-presidente] Dilma [Rousseff] não tinha para onde ir, e o [presidente Michel] Temer não tem para onde ir”, disse Renan a aliados na noite desta terça-feira, 5, segundo parlamentares que participaram do jantar da bancada na casa da senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), em Brasília.
No encontro, que contou com a presença de pouco mais da metade da bancada – a maior da Casa, com 22 parlamentares – alguns senadores teriam reclamado da pressão feita pelo Palácio do Planalto pela aprovação da reforma da Previdência.
“NÃO ENTENDEM” – A avaliação é de que a cúpula do governo, o presidente Michel Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral) não “entendem” a situação dos congressistas porque não “dependem” do voto popular.
“Nenhum deles é candidato a nada e nas últimas eleições que disputaram perderam. Agora querem cobrar dos parlamentares. Estão pedindo o que não vão ganhar”, afirmou um peemedebista que participou do jantar. “É terrível o que querem impor ao Congresso. O povo não quer [as reformas] e os congressistas vivem de voto. Estão propondo suicídio político”, avaliou o senador Roberto Requião (PMDB-PR).
SUBINDO O TOM – Nas últimas semanas, Renan tem subido o tom contra as reformas. Ontem, ele chegou a dizer que, “se continuar como está, o governo vai cair para um lado e o PMDB para o outro”. Para Raimundo Lira (PMDB-PB), que participou da confraternização, esta é uma posição pessoal de Renan. “Não vejo nenhum grupo dentro do PMDB pensar dessa forma. Até porque a reforma [da Previdência] está cada dia mais tendo possibilidade de ser amenizada”, considerou.
O jantar, que começou por volta da meia noite, durou cerca de três horas. Os ministros Dyogo Oliveira (Planejamento) e Helder Barbalho (Integração Nacional) também estiverem no encontro, mas, segundo parlamentares, falaram pouco. Além deles, o ex-presidente José Sarney e sua filha, Roseana Sarney, marcaram presença. Nas conversas, Sarney teria reforçado o discurso de Renan, de que o governo tem que dialogar mais.
PRESENÇAS – Entre os senadores presentes, além de Renan, Kátia, Requião e Raimundo, compareceram o líder do governo no Senado, Romero Jucá (RR), Jader Barbalho (PA), Rose de Freitas (ES), Valdir Raupp (RO), Marta Suplicy (SP), Elmano Férrer (PI), Hélio José (DF), Dário Berger (SC) e Garibaldi Alves (RN). Como já era esperado, o presidente do Senado, Eunício de Oliveira (CE), não compareceu ao jantar.
A confraternização, de acordo com parlamentares, não teve motivação política, e sim na vontade da bancada de se reunir para comer um dos pratos típicos do Tocantins, a fritada de aratu, considerada especialidade de Kátia. “Na fritada de aratu, Temer também foi fritado”, brincou um dos senadores presentes.

06 de abril de 2017
Julia Lindner
Agência Estado