Nunca é tarde para fazer as coisas certas. Esta talvez seja a lição mais simples da vida humana, de permanente aprenzidado, do nascimento até a morte física. Depois do que ideólogos e voluntários fizeram na fodástica abertura da Rio 2016, o País da Olim-piada Pronta demonstrou ter todo potencial para se tornar uma Nação séria. Até o político mais canalha e imbecil deve ter percebido que a superação criativa e alegre do brasileiro é um bem valioso, "inroubável", que será a qualidade-mestra da Revolução em andamento por aqui.
Ontem, na abertura da Rio 2016, políticos foram colocados em seu devido lugar. Uns até queimaram simbolicamente no purificador fogo olímpico. Outros preferiram a providencial distância do evento assistido por 4 bilhões de pessoas em todo o planeta. Embora convidados para a festa, não compareceram ao Maracanã a afastada Dilma Rousseff, e os ex-presidentes Lula, José Sarney, Fernando Collor e Fernando Henrique Cardoso.
Sobrou para o Presidento interino, Michel Temer, que tomou sua vaia programada. Aliás, semana passada, o marido da "deusa olímpica" Marcela já tinha avisado: "Estou preparadíssimo para as vaias. No Maracanã, como dizia o Nelson Rodrigues, se vaia até minuto de silêncio. Estou preparadíssimo, não tenho a menor dúvida disso". A torcida também não teve dúvida e vaiou, quando Temer declarou "aberta a olimpíada".
Uma das belas da festa, a modelo (aposentada?) Gisele Bündchen, que desfilou ao tom da Garota de Ipanema do Tom (Jobim), resumiu, magistralmente, a sensação que todos tiveram do outro lado da televisão: "Foi muito emocionante fazer parte deste momento tão especial. Todos trabalharam com tanta dedicação e paixão para mostrar um pouco da nossa história e essência. E o fizeram tão lindamente. Nós somos um povo batalhador, alegre, acolhedor e acredito que mostramos ao mundo a beleza da nossa diversidade".
Se alguém ainda duvidava, ontem ficou comprovado que o brasileiro é mesmo diferente. Só temos de aprender a tirar melhor proveito desta qualidade euroafroemeríndia, que nos faz a combinação genética de todos os povos deste - ou talvez até - do outro mundo. O Brasil já venceu só em superar todas as suas falhas estruturais - sobretudo a corrupção sistêmica e a ignorância generalizada - para realizar uma olimpíada. Por isso, é fundamental aprender com os imensos erros, aprimorar os acertos, e avançar na complexa missão de mudar o Brasil para melhor.
Uma breve análise de números é fundamental. O custo de R$ 50 milhões na inesquecível Cerimônia de Abertura da Rio 2016 representará 15% do montante gasto em Londres na festa de 2012. Os ingleses consumiram 80 milhões de libras (aproximadamente R$ 340 milhões). A Olimpíada do Rio, como um todo, tinha previsão de custo total de R$ 39,1 bilhões - na última versão da Autoridade Pública Olímpica.
O evento esportivo, no entanto, movimenta R$ 75,8 bilhões na economia. Os impactos diretos foram de R$ 45,9 bilhões, envolvendo investimentos e gastos com obras de infraestrutura, organização dos jogos, instalações olímpicas, segurança, importações e outros investimentos privados. Os impactos indiretos chegam a R$ 29,9 bilhões - incluindo consumo de produtos e insunos de fornecedores distribuídos em todo o Brasil, gerando renda e postos de trabalho.
Vale repetir: O crime institucionalmente organizado segue em ritmo de (roubar) todas as medalhas de ouro, levando junto a esperança dos brasileiros. Temos de vencê-lo imediatamente. Começemos prendendo ou matando o corrupto que habita cada um de nós.
O amigo e irmão Airton Justino foi cirúrgico no comentário pós-abertura da Rio 2016, resumindo o que todo brasileiro de bem pensa:
"Que o espírito olímpico seja a força Divina que nos impulsione em direção às conquistas necessárias para a recuperação de nosso querido País".
Algumas lições básicas e rápidas de 5 de agosto de 2016 no Rio de Janeiro? Vamos lá:
1) #mudaBrasildeverdade
2) #governaTemerouvaicair
3) #AnitapeloamordeDeuscantesósamba...
Resumindo: Quem tem capacidade de realizar uma festa como aquela tem obrigação de organizar um País. Simples, assim...
Grande Vencedora
Meu nome é...
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai!
06 de agosto de 2016
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.