"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 6 de agosto de 2016

LINGUAGEM MODIFICADA



Um dos sinais de grande decadência social é o empobrecimento da linguagem.


Nosso país está sob ataque de um poderoso instituto de manipulação psicossocial a serviço dos implantadores da Nova Ordem Mundial.

Procura-se substituir termos unívocos por plurívocos.
Exemplos:

“Comunidade” para designar “favela”.

“Movimentos sociais” em lugar do correto “arruaceiros a soldo de interêsses políticos”.

Sugiro que recusemos expressões e termos modificados pela ação “ politicamente correta”.

Como nos ensina Condillac no capítulo cinco de sua Logique, uma linguagem bem precisa é, por si só, um início de ciência.

Nâo censuramos ninguém por querer se destacar da multidão com um discurso vazio mas de grande efeito sobre os ouvintes.

Imagino o comportamento de Incitatus no senado romano.

Coices e relinchos.

Normalmente, os que nos querem imbecilizar, usam de expedientes imortalizados por Carlos Gardel em sua obra Amores de Estudiantes:

“Hoy un juramento, mañana una traición ....”



06 de agosto de 2016
Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.

O ANTI-SIONISMO NA UNIÃO SOVIÉTICA



O texto abaixo é o resumo de um dos capítulos do livro “A NOMENKLATURA – Como Vivem as Classes Privilegiadas na União Soviética”, de autoria de MICHAEL S. VOSLENSKY, considerado no Ocidente um dos mais eminentes especialistas em política soviética. Foi professor de História na Universidade de Amizade dos Povos Patrice Lumumba, em Moscou, e membro da Academia de Ciências Sociais junto ao Comitê Central do PCUS. O livro foi editado no Brasil pela Editora Record.

NOMENKLATURA, uma palavra praticamente desconhecida pela maioria dos brasileiros, exceto por alguns especialistas, merece tornar-se tão célebre quanto o termo GULAG. Designa a classe dos novos privilegiados, essa aristocracia vermelha que dispõe de um poder sem precedentes na História, já que ela é o próprio Estado. Atribui a si mesma imensos e inalienáveis privilégios – dachas e moradias luxuosas, limusines, restaurantes, lojas, clínicas, centros de repouso especiais e quase gratuitos -.
__________________

Sionismo – Doutrina e movimento que propôs e conseguiu o estabelecimento na Palestina de um Estado Israelita autônomo. Esse movimento tornou-se vitorioso em 1948, quando a ONU proclamou a fundação do Estado de Israel.

O mito da conspiração judaica mundial obcecou o último czar russo, Nicolau II e, depois, Hitler e Stalin, e ainda hoje continua a obcecar os senhores do Kremlin. Esse mito encontrou sua mais perfeita manifestação num documento elaborado no final do Século XIX pela polícia czarista: “Os Protocolos dos Sábios de Sião”, que viria tornar-se peça fundamental da ideologia nazista e cheque em branco para o genocídio. Nas décadas de 20 e 30, entre as duas guerras mundiais, os “Protocolos” tiveram uma tiragem somente inferior à da Bíblia. Após 1945, 21 edições desse documento foram publicadas em 21 países.

Diversos livros do século passado contribuíram para a versão final dos “Protocolos dos Sábios de Sião”, um dos quais – senão o principal – foi o capítulo “No Cemitério Judeu de Praga”, do romance Biarritz, de John Ratcliff, no qual as 12 tribos de Israel discutem com Satã suas maquinações para dominar os povos do mundo. As primeiras edições russas do “Protocolo”, em 1903, assinalam que os originais da obra haviam sido roubados de um dos mais importantes dirigentes da franco-maçonaria.

A primeira versão polonesa afirma que o texto dos “Protocolos” foi redigido no apartamento de Theodor Herzl, fundador do sionismo, em Viena.

Na moderna configuração soviética do mito, Israel passou a ocupar o lugar dos 12 sábios, como cérebro da conspiração, afirmando que a força do sionismo se baseia no seu controle do capital, cuja influência repercute nos meios de comunicação americanos e até na Casa Branca.

A lenda do bolchevismo judeu ganhou força em 1917, pela presença de Trotski, Kamenev, Zinoviev e outros nas fileiras revolucionárias. Mas, a partir dos anos 20, um outro mito surgiu: a Revolução de Outubro havia tomado rumos indesejáveis porque se tratava de “uma revolução judia”. Esse mito perdura até hoje e é reforçado pela propaganda soviética, que apresenta os judeus como um bando de conjurados que disseminam a desolação em todo o mundo e, em particular, na União Soviética.

Para a agência Tass, “os sionistas foram parceiros dos nazistas na II Guerra Mundial” (!), e o sionismo é “um produto do imperialismo, que se esforça, em vão, para dissimular sua aliança com o fascismo”.

Como explicar a hostilidade do Kremlin contra o sionismo e Israel? Que perigo Israel e seus 3 milhões de habitantes podem representar para a URSS e seus 270 milhões de habitantes? Mesmo supondo que a ideologia sionista seja abraçada por todos os judeus - o que está longe de ser verdade -, que ameaça ela representa para a ideologia comunista, que reina em metade do mundo e é divulgada pelos partidos comunistas em 150 países, INCLUSIVE ISRAEL?

Desde a vitória da Revolução Bolchevique, em 1917, os comunistas nunca cessaram de procurar uma legitimidade. Em 1941, com as tropas de Hitler às portas de Moscou, Stalin compreendeu que a ideologia comunista não poderia salvar o país nem seu poder. Assim, ao convocar a resistência, ele apelou para o patriotismo russo – não o soviético -. Na ocasião, Stalin pediu também o apoio da Igreja Ortodoxa, esquecendo temporariamente os santos comunistas.

A partir daí, o Kremlin nunca deixou de agitar a lembrança da vitória de 1945, na II Guerra Mundial, como prova de sua legitimidade. Mas, hoje, para que essa bandeira possa continuar a ser agitada e a servir de base social, é preciso que o país se sinta ameaçado por um inimigo externo. Um desses inimigos é o Sionismo. É pouco perigoso, pois não fornece cereais ou tecnologia ao país dos sovietes, e fácil de manobrar, na medida em que basta invocar as tradições mais retrógradas para despertar o fantasma do mal, que foi associado ao nazismo. Graças à existência de cerca de 2 milhões de judeus soviéticos, ele pode ser apresentado internamente sob a forma ameaçadora de uma “quinta coluna” e, externamente, como o perigo neocolonialista, quando não imperialista, face as relações de Israel com os EUA.

A campanha do Partido e do Estado Soviético – que se confundem -, levada a efeito nas escolas, jornais, rádios e emissoras de TV, teve sua consagração em 1975, quando o sionismo e o racismo foram condenados pela ONU. A partir daí, o sionismo tornou-se, oficialmente, um inimigo da humanidade. Na fase atual, a tarefa da propaganda soviética é atribuir ao sionismo uma infra-estrutura e uma logística, capazes de representar uma crescente ameaça ao socialismo real.

Segundo a revista “O Combatente Soviético”,revista editada pelo Ministério da Defesa, destinada à educação dos jovens militares, o sionismo manipula as Brigadas Vermelhas, a Trilateral, “dirigida pelo maçon americano David Rockefeller”, e o Sindicato Solidariedade, da Polônia, “onde todos os dirigentes obedecem às instruções secretas provenientes das lojas maçônicas sionistas” (sic).

Foi a partir da Guerra dos Seis Dias, em 1967, no entanto, que a propaganda soviética encontrou seu caminho definitivo na campanha contra os judeus. Assim, Israel foi comparado à Alemanha nazista e os sionistas acusados de organizar uma conspiração internacional contra a URSS. Entretanto, a Guerra dos Seis dias modificou profundamente a ideologia dos judeus soviéticos. A vitória israelense ofereceu-lhes a possibilidade de se identificarem com algo além da imagem vergonhosa que tentavam impor-lhes. Muitos, que já se haviam resignado, sentiram-se renascer e transformaram-se em combatentes por seus direitos, surgindo daí o movimento em favor da emigração.

Entre 1970 e 1980, cerca de 250 mil dos cerca de 3 milhões de judeus soviéticos, conseguiram emigrar, depois de passarem por toda espécie de perseguições. Mas, a partir de 1980, o fluxo da emigração praticamente cessou. Em 1979, partiram da Rússia 51 mil judeus, e apenas 900 em 1984. A repressão contra os solicitantes de vistos de saída aumentou. 10 mil deles se tornaram refuzniks, isto é, pessoas às quais foram recusados os pedidos de saída do país.

O mais célebre refuznik é Anatoli Charansky que, em 1977, foi condenado a 7 anos de prisão e 5 de trabalhos forçados. Charansky tornou-se o porta-voz do movimento pela emigração e uniu seus esforços aos de Sakharov, em fvor dos direitos do homem.

Desde 1971 Yossif Begun pede que lhe seja concedida permissão para emigrar para Israel. Ele já sofreu três condenações: na primeira, a dois anos de exílio interno, acusado de “parasitismo”; na segunda, recebeu 3 anos na Sibéria por “violação da regulamentação de passaportes”; e na terceira,em 1984, foi condenado a 7 anos de trabalhos forçados e 5 de exílio, por “agitação e propaganda anti-soviética”. No total, foi condenado a penas que somam 17 anos por haver tentado emigrar e teria sido libertado em 1995. Mas ele não é o único. Uma centena de outrosrefuzniks lotam hoje os campos e prisões soviéticas.

Partir é o sonho de 400mil judeus soviéticos. Todos eles possuem convites enviados por suas famílias em Israel, documento que é necessário para dar entrada nos papéis de emigração. No entanto, os judeus relutam em utilizar esses papéis com receio de represálias.

Na Rússia, os judeus estão condenados a permanecerem como cidadãos de terceira categoria, e seus filhos enfrentam uma série de dificuldades para terem acesso à Universidade e são obrigados a viver em um clima saturado de anti-semitismo.

Mas, então o que fazer? Negócios, é claro. Os judeus soviéticos sempre serviram de moeda de troca nas relações diplomáticas entre os EUA e a Rússia. O Kremlin pagou a détente dos anos 70 com a emigração de 250 mil judeus.Para obter a assinatura dos EUA nos acordos Salt-II, em 1979, em Viena, Brejnev ofereceu a Carter dois prisioneiros particularmente importantes: Eduard Kusnetsov e Marc Dimshits, ambos condenados à morte no processo anti-sionista de Leningrado, em 1970.

Posteriormente, após o início das negociações de Genebra e na perspectiva da conferência de cúpula entre Reagan e Gorbachev, o Kremlin vislumbrou o momento de utilizar “seus judeus” como moeda de troca. A “venda” de judeus sempre significou, de forma paralela, um significativo aumento no fornecimento de tecnologia avançada – que não pôde ser obtida por “outros meios” -, item fundamental para os soviéticos.

Nessa transação delicada – judeus em troca de tecnologia - a posição americana não é confortável, considerando o lado humanitário da proposta soviética e o único sonho acalentado pelos descendentes de Trotski, Kamenev e Zinoviev, que é o de partir.



06 de agosto de 2016
Carlos I. S. Azambuja é Historiador.

CONTRADIÇÃO DO MINISTRO



Em março, foi aquela saraivada de vulgaridades. "Nós temos uma Suprema Corte totalmente acovardada, nós temos o Superior Tribunal de Justiça totalmente acovardado (...)", disparou Lula com sua voz inconfundível, entre queixoso e furibundo, gravado (com autorização da Justiça!) pela

Polícia Federal.

Em maio, ouviram-se ecos dos subterrâneos da República. "Conversei ontem com alguns ministros do Supremo", disse Romero Jucá em gravação feita por Sérgio Machado (ex-dirigente da Transpetro). Em sua fala, com ares de conspiração, Jucá insinuava ter bom trânsito com membros do STF e uma possibilidade de acordo para barrar a Lava-Jato. Até aí, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, permaneceu quieto: não reagiu.

Ah, mas paciência tem limite! Em junho veio o intolerável ultraje: a rapaziada do grupo Nas Ruas (que vive alfinetando o lulo-petismo e associados) levou para a avenida Paulista, em frente ao Masp, dois bonecos em alusão ao presidente do STF e ao procurador-geral da República: Lewandowski aparecia de terno, gravata vermelha, estrela vermelha com a sigla PT no peito, e foi chamado de Petralovski; Rodrigo Janot, cuja figura era exibida como um arquivo, também tinha gravata e estrelas vermelhas, e ainda a grafia Petralhas, e foi apelidado de Enganô.

Chegou o mês de julho. Jornais registraram a reação: o Supremo Tribunal Federal (leia-se Ricardo Lewandowski) pediu à Polícia Federal que abrisse investigação para apurar os responsáveis pela manifestação na Paulista. Oficio assinado pelo secretário de Segurança do STF, Murilo Herz, afirma que os dois bonecos da família Pixuleko representam uma "grave ameaça à ordem pública e inaceitável atentado à credibilidade [do Judiciário]", ultrapassando a liberdade de expressão. O STF pede expressamente que seja investigado se o ato caracterizou crime de difamação - punível com detenção, de três meses a um ano, e multa. O esmerado ofício de Murilo Herz vai à minúcia de anotar que "foi identificada, como suposta líder da manifestação, Carla Zambelli Salgado".

Tudo bem. É papel do Presidente da Suprema Corte zelar pela imagem da instituição. Agora, é estranho o paradoxo: tratar com leniência Lula e Jucá, e com extremo rigor a irreverência dos rapazes da Paulista. Será que o tiro não vai sair pela culatra?

Entrevistada pela Folha de S. Paulo, Carla Zambelli Salgado disse com muita propriedade: "Os bonecos são charges em terceira dimensão e o Supremo deveria tomar isso como uma crítica construtiva".

Aqui, uma citação paralela: chargistas ridicularizavam Dom Pedro II - com o ardil de "sem dizer, dizendo" próprio das charges -, indo ao extremo de pôr-lhe o apelido de Pedro Banana. Como reagia o imperador? Respondia simplesmente "Os ataques ao imperador não devem ser considerados pessoais, mas apenas manejo ou desabafo partidário." Ora, Dom Pedro II tinha talhe de estadista! Era medular defensor da liberdade de imprensa! Jamais (jamais!) cogitou punir alguém pelo escracho.


O Dr. Lewandowski precisará meditar um pouco antes de agir. Ora, de um membro da Suprema Corte é exigível uma postura de estadista. A persecução penal que ele propõe, alvejando os autores da "charge em terceira dimensão", faz que ele pareça menos um estadista e mais um aliado do lulo-petismo. Aparência! Mas é a imagem do Judiciário.


06 de agosto de 2016
Renato Sant'Ana é Psicólogo e Bacharel em Direito.

RIO 2016: MUITO ALÉM DA OLIM-PIADA



Nunca é tarde para fazer as coisas certas. Esta talvez seja a lição mais simples da vida humana, de permanente aprenzidado, do nascimento até a morte física. Depois do que ideólogos e voluntários fizeram na fodástica abertura da Rio 2016, o País da Olim-piada Pronta demonstrou ter todo potencial para se tornar uma Nação séria. Até o político mais canalha e imbecil deve ter percebido que a superação criativa e alegre do brasileiro é um bem valioso, "inroubável", que será a qualidade-mestra da Revolução em andamento por aqui.

Ontem, na abertura da Rio 2016, políticos foram colocados em seu devido lugar. Uns até queimaram simbolicamente no purificador fogo olímpico. Outros preferiram a providencial distância do evento assistido por 4 bilhões de pessoas em todo o planeta. Embora convidados para a festa, não compareceram ao Maracanã a afastada Dilma Rousseff, e os ex-presidentes Lula, José Sarney, Fernando Collor e Fernando Henrique Cardoso.

Sobrou para o Presidento interino, Michel Temer, que tomou sua vaia programada. Aliás, semana passada, o marido da "deusa olímpica" Marcela já tinha avisado: "Estou preparadíssimo para as vaias. No Maracanã, como dizia o Nelson Rodrigues, se vaia até minuto de silêncio. Estou preparadíssimo, não tenho a menor dúvida disso". A torcida também não teve dúvida e vaiou, quando Temer declarou "aberta a olimpíada".

Uma das belas da festa, a modelo (aposentada?) Gisele Bündchen, que desfilou ao tom da Garota de Ipanema do Tom (Jobim), resumiu, magistralmente, a sensação que todos tiveram do outro lado da televisão: "Foi muito emocionante fazer parte deste momento tão especial. Todos trabalharam com tanta dedicação e paixão para mostrar um pouco da nossa história e essência. E o fizeram tão lindamente. Nós somos um povo batalhador, alegre, acolhedor e acredito que mostramos ao mundo a beleza da nossa diversidade".

Se alguém ainda duvidava, ontem ficou comprovado que o brasileiro é mesmo diferente. Só temos de aprender a tirar melhor proveito desta qualidade euroafroemeríndia, que nos faz a combinação genética de todos os povos deste - ou talvez até - do outro mundo. O Brasil já venceu só em superar todas as suas falhas estruturais - sobretudo a corrupção sistêmica e a ignorância generalizada - para realizar uma olimpíada. Por isso, é fundamental aprender com os imensos erros, aprimorar os acertos, e avançar na complexa missão de mudar o Brasil para melhor.

Uma breve análise de números é fundamental. O custo de R$ 50 milhões na inesquecível Cerimônia de Abertura da Rio 2016 representará 15% do montante gasto em Londres na festa de 2012. Os ingleses consumiram 80 milhões de libras (aproximadamente R$ 340 milhões). A Olimpíada do Rio, como um todo, tinha previsão de custo total de R$ 39,1 bilhões - na última versão da Autoridade Pública Olímpica.

O evento esportivo, no entanto, movimenta R$ 75,8 bilhões na economia. Os impactos diretos foram de R$ 45,9 bilhões, envolvendo investimentos e gastos com obras de infraestrutura, organização dos jogos, instalações olímpicas, segurança, importações e outros investimentos privados. Os impactos indiretos chegam a R$ 29,9 bilhões - incluindo consumo de produtos e insunos de fornecedores distribuídos em todo o Brasil, gerando renda e postos de trabalho.

Vale repetir: O crime institucionalmente organizado segue em ritmo de (roubar) todas as medalhas de ouro, levando junto a esperança dos brasileiros. Temos de vencê-lo imediatamente. Começemos prendendo ou matando o corrupto que habita cada um de nós.

O amigo e irmão Airton Justino foi cirúrgico no comentário pós-abertura da Rio 2016, resumindo o que todo brasileiro de bem pensa:

"Que o espírito olímpico seja a força Divina que nos impulsione em direção às conquistas necessárias para a recuperação de nosso querido País".

Algumas lições básicas e rápidas de 5 de agosto de 2016 no Rio de Janeiro? Vamos lá:

1) #mudaBrasildeverdade

2) #governaTemerouvaicair

3) #AnitapeloamordeDeuscantesósamba...

Resumindo: Quem tem capacidade de realizar uma festa como aquela tem obrigação de organizar um País. Simples, assim...

Grande Vencedora


Meu nome é...



Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai!

06 de agosto de 2016
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. 

DOCUMENTÁRIO: A HISTÓRIA SOVIÉTICA

GNT - DOCUMENTÁRIO "LÍDERES POLÊMICOS: STALIN E HITLER"

DOCUMENTÁRIO "BANDEIRA VERMELHA"

Documentário ''Bandeira Vermelha'' (Revolução Russa ... - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=8_RfHVLYAdA
23 de set de 2014 - Vídeo enviado por uni historia
Documentário "Bandeira Vermelha", da excelente série anglo-americana de documentários "People's ...

06 de agosto de 2016
postado por m.americo

MANIPULAÇÃO DE COMPORTAMENTO E BAIXARIA NA EDUCAÇÃO - DAMARES ALVES E OLAVO DE CARVALHO

A IMBECILIZAÇÃO DESDE A INFÂNCIA

06 de agosto de 2016
postado por m.americo

ENGENHARIA SOCIAL: ENTENDA COMO QUEREM DESTRUIR A SUA MENTE

LEIS ABSURDAS SÃO ENGENHARIA SOCIAL PARA MANIPULAR SUA MENTE - NOVA EDUCAÇÃO

OS COMITÊS DE FÁBRICA APÓS A REVOLUÇÃO DE OUTUBRO



Em 7/14 de janeiro de 1918, ou seja, menos de 3 meses após os bolcheviques terem tomado o Poder na Rússia, foi realizado em Petrogrado o I Congresso Pan-Russo dos Sindicatos. Os bolcheviques, com maioria, fizeram aprovar uma Resolução transformando os Comitês de Fábricas, então existentes, em órgãos sindicais, passado assim, para as mãos dos sindicatos o controle sobre a produção, reivindicado pelos operários e prometido pelos bolcheviques.

Na verdade, foi esse o ponto de partida para converter o tão decantado controle operário em controle simplesmente estatal e partidário.
A posição dos bolcheviques, vitoriosos no Congresso, segundo a qual os Comitês de Fábrica deveriam ser integrados aos sindicatos e estes subordinados ao governo, foi inspirada por...Lenin e Trotski. A autonomia de que, por menos de 3 meses, desfrutaram os Comitês de Fábricas, foi considerada, pela Resolução aprovada no Congresso, uma “idéia burguesa”, uma “anomalia no Estado Operário”, e a participação nos sindicatos de todas as pessoas empregadas na indústria, “um dever para com o Estado”.
Além disso, uma proposta dos operários, que dava aos sindicatos o direito de irem à greve em defesa de seus membros, foi rejeitada pela maioria bolchevique.

Três meses depois, em abril de 1918, uma reunião do Conselho Central dos Sindicatos aprovou uma Resolução segundo a qual os grupos independentes – os Comitês de Fábricas – que recusassem submeter-se à disciplina sindical poderiam ser expulsos dos sindicatos e demitidos de seus empregos.

Em setembro do mesmo ano, através do líder bolchevique Tomsky, a política do Partido em relação aos sindicatos tornou-ser mais clara. No I Congresso dos Trabalhadores Comunistas nas Estradas de Ferro, Tomsky declarou que “a primeira tarefa dos comunistas é criar sindicatos bem estruturados nas indústrias; a segunda, apoderar-se dessas organizações através de um trabalho tenaz; a terceira, estar à cabeça dessas organizações; a quarta, expulsar qualquer grupo não proletário; e a quinta, colocar o Sindicato sobre a influência comunista”.

Na realidade, as tarefas colocadas por Tomsky apenas ratificavam o processo, já em curso, do completo esvaziamento dos Comitês de Fábricas.
Em janeiro de 1919, o II Congresso dos Sindicatos elegeu uma Comissão Executiva com plenos poderes para baixar normas “obrigatórias para todos os sindicatos e para os membros desses sindicatos. A violação dessas normas por parte dos sindicatos levaria à sua expulsão da família dos sindicatos proletários”. Em outras palavras, isso significava o poder de cassar a entidade sindical.

Em dezembro de 1919, na VIII Conferência do Partido Bolchevique, foi aprovado um regimento interno para as células partidárias, objetivando colocar sobre a completa direção do Partido as organizações de massa. Segundo esse regimento, o comportamento disciplinado dos militantes do Partido no movimento sindical, deveria facultar ao Partido a direção dos sindicatos.

Ainda em dezembro de 1919, o Pravda publicou as “Teses sobre a Transição da Guerra para a Paz”, de Trotski. Nessas teses, Trotsky propunha a militarização do trabalho com a efetiva estatização dos sindicatos, que deveriam deixar de lado o seu papel reivindicativo de lutar por melhores salários e melhores condições de vida e trabalho, e passar a cumprir as funções do Estado, organizando a classe operária no sentido de aumentar a produção.

Essas teses, publicadas no Pravda, haviam sido apresentadas ao Comitê Central do Partido no dia anterior, com o apoio de Lenin.
Reforçando e desenvolvendo essas teses, Trotski publicou, em julho de 1920, o livro “Terrorismo e Comunismo”, e em 8 de novembro desse mesmo ano, em uma reunião do Comitê Central do Partido, apresentou um estudo sobre “Os Sindicatos e o seu Papel no Futuro”, ocasião em que Lenin retirou seu apoio às teses de Trotski, cerca de um ano após elas terem sido publicadas no Pravda.

O Comitê Central rejeitou o documento de Trotski – “Os Sindicatos e o seu Papel no Futuro” – por apenas um voto. Em seu lugar foi aprovada uma Resolução, proposta por Lenin, redigida em termos mais prudentes, porém, no fundo, com o mesmo conteúdo intervencionista e limitador do papel dos sindicatos, mantendo o essencial da política do Partido: atrelamento dos sindicatos ao Estado, bem como o seu papel de “correia de transmissão”entre o Partido e a massa de trabalhadores sem partido.

As teses de Trotski sobre o papel dos sindicatos, alguns anos depois, iriam ser colocadas em prática por Stalin, homem que mandou assassiná-lo em Coyacan, México.

Um pouco antes, em março de 1920, Trotski havia apresentado essas teses ao IX Congresso do Partido, insistindo ainda, com o apoio de Lenin, na militarização do trabalho. Trotski propôs, então, que os trabalhadores pudessem ser “transferidos, nomeados e comandados, exatamente como os soldados”. Defendendo a obrigatoriedade do trabalho, Trotski advogou a necessidade de formação de “patrulhas punitivas, pondo em campos de concentração os que desertarem do trabalho”.

Segundo os trotskistas, essas posições equivocadas foram defendidas por Trotski face às necessidades concretas de sobrevivência do país num período de guerra civil. Seriam, assim, medidas de emergência para uma situação de emergência: assegurar a continuidade da revolução. Essa interpretação trotskista, no entanto, falseia a História, pois foi depois da guerra civil praticamente terminada que Trotski mais insistiu na obrigatoriedade do trabalho através do controle do aparelho sindical.

Trotski continuou afirmando que “a coerção, o enquadramento e a militarização do trabalho não são apenas simples medidas de emergência” e que “a militarização dos sindicatos e a militarização dos transportes exigiam uma militarização interna ideológica” dando ao “Estado operário, em períodos normais, o direito de forçar qualquer cidadão a fazer qualquer trabalho em qualquer local que o Estado determinar”, o mesmo que Nicolas Maduro impôs, agora, em 2016, aos trabalhadores na Venezuela.

Voltando ao IX Congresso do Partido. Prevaleceu, mais uma vez, o ponto de vista político de Lenin que, não discordando em nada das teses de Trotski, fez aprovar uma Resolução, segundo a qual “nenhum sindicato poderia intervir diretamente na gestão industrial”.

Convém recordar que essa posição de Lenin viria a ser ratificada, depois, pelo X Congresso, em 1921, e, anos mais tarde, cristalizada como orientação definitiva do Partido, já sob o comando de Stalin, para quem “os comunistas devem contribuir para o estabelecimento da ordem e da disciplina nas fábricas e os representantes dos sindicatos devem receber ordens para não intervir nos problemas de direção”.

Para assegurar o cumprimento de suas Resoluções, o IX Congresso nomeou Bukharin e Radek para o Conselho Central Pan-Russo dos Sindicatos, legitimando, assim, o intervencionismo partidário, um vez que esses dois ilustres dirigentes bolcheviques não eram operários e nem sequer haviam sido eleitos, jamais, em qualquer instância do movimento operário. Acostumado a nomear, o Partido começou a demitir, também, dirigentes sindicais eleitos pelas bases. Foi assim que em agosto de 1920, Trotski, que havia sido nomeado, em abril, Comissário dos Transportes, resolveu demitir toda a diretoria do Sindicato dos Ferroviários, quando esta protestou contra um decreto, que colocava maquinistas e mecânicos sob a Lei Marcial.

No Brasil, ao contrário de Trotski, a CUT, onde estão – ou estiveram - todas as organizações trotskistas, considera “fascista” a lei que proíbe a greve em atividades essenciais, como, por exemplo, os serviços de transportes.
Em seu livro “Comunismo e Terrorismo”, Trotski ampliou suas teses intervencionistas, defendendo “a substituição do Poder da classe operária pelo Poder do Partido (...). A Executiva de nosso Partido se encarregará de resolver não só as questões de princípio sobre o Movimento Sindical, mas também os conflitos que podem surgir no interior dessas organizações”.

Cabe, assim, à ditadura do proletariado, que Trotski definiu como “dominação imediata de uma vanguarda revolucionária – o Partido – que se apóia nas massas”, dirigir os sindicatos, transformando-os, simplesmente, em “órgãos produtores do Estado Soviético”. Como aparelhos do Estado, cabe aos sindicatos, segundo Trotski, “exercer repressões revolucionárias contra os indisciplinados, contra os elementos perturbadores e parasitas da classe revolucionária”.

Antes da tomada do Poder, o Partido e os sindicatos eram organismos destinados a preparar a revolução. Após a tomada do Poder, Trotski definiu os sindicatos como “órgãos do Estado sob a direção do Partido, a fim de consolidar o Poder conquistado, cuidando de estabelecer a disciplina no trabalho, exigindo dos operários um trabalho intensivo, nas mais penosas condições, até que o Estado proletário conte com recursos suficientes para modificar essas condições”.

Como se vê, Trotski não abria mão da manutenção do Poder com o Partido, vanguarda da revolução e depositário das mais sentidas aspirações históricas dos trabalhadores e, portanto, seu único representante legítimo, do qual, todos os demais organismos nada mais eram seus instrumentos. E fim de papo.

E que dizia Lenin de tudo isso?

Em dezembro de 1920, num discurso pronunciado em uma reunião de militantes do Partido, delegados ao VIII Congresso dos Sovietes, Lenin deu a sua versão sobre o assunto, discordando, não no essencial, das teses de Trotski, já colocadas em prática desde abril, com sua evidente aprovação. Disse Lenin: “Sem contar com uma base como a dos sindicatos, é impossível à vanguarda – leia-se o Partido, que exerce a ditadura em nome do proletariado – cumprir as funções estatais (...) Os sindicatos criam o vínculo de vanguarda com as massas (...) Como fontes do Poder estatal, os sindicatos fornecem o espaço social para que a ditadura do proletariado possa ser exercida pelo Partido, pois é impossível exercer essa ditadura sem as várias correias de transmissão, que vão da vanguarda às massas da classe avançada – leia-se, aos militantes – e destas às massas trabalhadoras” (Lenin, Obras escolhidas, volume XI, editora Progresso, Moscou, 1977).

Evidentemente que, como correias de transmissão, os sindicatos não podem ser autônomos – é uma lei da Física – e não podem desempenhar um papel independente, o papel para o qual foram criados, mas somente reproduzir “como uma roda dentada”, o movimento que lhes é transmitido.

Simulando combater a visão trotskista do sindicato como órgão de coerção do Estado, Lenin introduziu, com as expressões “correias de transmissão” e “roda dentada”, a sua visão dos sindicatos como órgãos auxiliares do Partido na condução das massas trabalhadoras. Como “escola de governo, escola de administração e escola de comunismo”, os sindicatos, nos regimes ditos socialistas, devem permitir que o professor-Partido guie incondicionalmente os seus milhões de trabalhadores associados nas tarefas necessárias à consolidação da ditadura do proletariado.

Essa concepção de Lenin sobre o papel dos sindicatos, seria, anos depois, aplicada por Stalin como orientação definitiva e inquestionável, para todos os partidos comunistas do mundo. “O Partido, como a melhor escola para a formação dos chefes da classe operária, é, pela sua experiência e autoridade, a única organização capaz de centralizar a direção da luta do proletariado, convertendo a todas e cada uma das organizações sem partido da classe operária, em órgãos auxiliares e em correias de transmissão que ligam o Partido à classe. Eis porque a teoria da independência e da neutralidade das organizações sem Partido, é completamente incompatível com a teoria e a prática do leninismo”.

O IX Congresso do Partido Social Democrata Russo (POSDR), em 1920, foi, portanto, quem instituiu o trabalho coercitivo. Ou seja, a ditadura sobre o proletariado, que foi incorporado à ciência do marxismo-leninismo e persiste até hoje na pátria do socialismo.
___________________________

O texto acima foi transcrito do livro A HIDRA VERMELHA, editado em 1985, e reeditado em 2016 por um grupo de amigos.


06 de agosto de 2016
Carlos I. S. Azambuja é Historiador.