Este é um blog conservador. Um canal de denúncias do falso 'progressismo' e da corrupção que afronta a cidadania. Também não é um blog partidário, visto que os partidos que temos, representam interesses de grupos, e servem para encobrir o oportunismo político de bandidos. Falamos contra corruptos, estelionatários e fraudadores.
Replicamos os melhores comentários e análises críticas, bem como textos divergentes, para reflexão do leitor. Além de textos mais amenos... (ou mais ou menos...)
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"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...) A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville (1805-1859) "A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.
Na mira – Os Estados Unidos bombardearam nesta sexta-feira (8) posições de artilharia do “Estado Islâmico” (EIIL) – ou na sigla em inglês, ISIS (Islamic State in Iraq and in Syria) – no Iraque, perto da cidade de Erbil, no Curdistão iraquiano, no norte do país. Os ataques foram feitos por duas aeronaves do tipo F/A-18.
Segundo o porta-voz do Pentágono, John Kirby, os militantes islâmicos estavam usando a artilharia para atacar forças curdas que defendem Erbil, uma cidade onde soldados americanos estão estacionados. “Aviões militares americanos lançaram ataques contra a artilharia do Estado islâmico. A artilharia foi utilizada contra as forças curdas que defendem Erbil”, declarou o porta-voz no Twitter.
Horas antes, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, havia autorizado as Forças Armadas norte-americanas a realizar ataques aéreos específicos a áreas ocupadas pelo autodenominado Estado Islâmico no Iraque. O líder americano também lançou uma operação humanitária para assistir refugiados no norte do país.
Segundo Obama, os ataques visam proteger minorias religiosas sitiadas no Iraque e também americanos ameaçados pelos militantes islâmicos em todo o país, especialmente caso os extremistas avancem sobre Erbil, capital da região curda semi-autônoma no norte iraquiano, onde existe um consulado dos EUA.
Os ataques aéreos devem ainda apoiar ações das forças iraquianas e curdas que tentam frear o cerco islamista a dezenas de milhares de yazidis – membros de uma religião curda com antigas raízes indo-europeias – no topo de uma montanha. Os refugiados enfrentam escassez de água, comida e remédios, segundo agências de notícias. Na noite desta quinta-feira, aviões americanos jogaram mantimentos sobre o local – cerca de 20 mil litros de água potável e 8 mil refeições. “Podemos agir com cuidado e responsabilidade a fim de evitar um potencial ato de genocídio”, afirmou Obama, descrevendo os militantes islâmicos como “bárbaros”. “Se temos a capacidade única de ajudar a prevenir um massacre, acredito que os Estados Unidos não devem fechar os olhos”, justificou o presidente.
Obama garantiu ainda que não haverá envio de forças americanas ao solo iraquiano e descartou ter a intenção de permitir que os EUA “sejam arrastados para uma nova guerra” no Iraque. O anúncio, porém, considerado a mais incisiva resposta americana à crise no Iraque até agora, aumenta o receio de uma nova investida militar no país – a primeira desde a retirada das tropas americanas em 2011 após uma guerra que durou uma década.
"MALAS E MALAS DE DINHEIRO". CONTADORA DE DOLEIRO ABRE O BICO. E AINDA A ÍNTEGRA DA GRAVAÇÃO DA FARSA DA CPI DA PETROBRAS!
A revista Veja chega fervendo neste final de semana. Neste sábado cedinho já está nas bancas e chegando às mãos dos assinantes com uma reportagem-bomba que neste exato momento já se transforma em dor de cabeça para os chefes de reportagem da grande mídia que terão de correr atrás do prejuízo. Passaram a semana inteira suitando a reportagem bomba de Veja da semana passada, sem contundo elidir a forma oficiosa de suas editorias que não conseguem largar o saco de Lula e de seus sequazes, incluindo a Dilma e a turma da Petrobras. Mas como se pode intuir vendo a capa da revista no miolo a coisa é grande. "Eram malas e malas de dinheiro". A contadora que trabalhava com o caixa do doleiro preso Alberto Youssef revela como era o esquema de lavagem de dinheiro utilizado por políticos do PT, PMDB e PP. O primeiro político a desabar no rastro do doleiro foi o deputado petista ex-presidente da Câmara dos Deputados, André Vargas, que até hoje vive zanzando feito um zumbi nos corredores da Câmara sendo processado pela Comissão de Ética da Casa. Segundo revela a reportagem exclusiva de Veja, como contadora de Alberto Youssef, Meire Bonfim Poza conheceu de perto as engrenagens da quadrilha que girava em torno do doleiro pego na Operação Lava Jato da Polícia Federal. E ela resolveu contar o que viu, ouviu e fez. 'Beto lavava o dinheiro para as empreiteiras e repassava depois aos políticos e aos partidos', afirma, em entrevista exclusiva à reportagem de Veja, revelando os nomes de cinco parlamentares que encabeçavam a lista de 'beneficiários'. Para desassossego de Graça Foster e seus sequazes da Petrobras, Veja traz também mais uma reportagem-bomba sobre a estatal que amargou uma queda de 20% nos seus lucros, embora tenha o monopólio do setor petrolífero, fato que por si só é injustificável. A revista traz mais informações preciosas sobre a Fraude da CPI da Petrobras, montada a partir do Palácio do Planalto cuja beneficiária direta seria Dilma Rousseff que estrebucha para se livrar da desastrosa operação financeira que envolveu a compra da refinaria de Pasadena. Quem pensou que já tinha visto tudo errou. Veja revela aos seus leitores a íntegra do vídeo que mostra a armação do PT para enganar o Congresso Nacional. Portanto, não precisa acrescentar mais nada. É podridão pura que contamina o Brasil e envergonha os cidadãos de bem, trabalhadores que ralam no dia a dia para manter suas famílias e honrar os seus compromissos. Esta parte decente da população brasileira é que segura o Brasil, mas ao que tudo indica, está decidida a varrer o PT do poder. É essa maioria silenciosa que obriga o Lula, a Dilma e seus sequazes a dormir à base de Rivotril, que bate recordes de venda nas farmácias de Brasília e São Paulo principalmente, e de outras regiões brasileiras onde há sobreviventes políticos petistas. A coisa está ficando cada vez pior. Tanto é que Lula e Dilma não arriscam de jeito nenhum andar pelas ruas deste imenso Brasil. Portanto, a revista Veja, que sempre foi de leitura obrigatória como a maior e mais importante revista brasileira e que está entre as mais influentes do planeta, tem tudo para evaporar das bancas. Recomenda-se que os leitores cheguem cedo à suas bancas preferidas. E boa leitura. Bota boa nisso...
A Petrobras anunciou nesta sexta-feira um lucro de 4,96 bilhões de reais no segundo trimestre, queda de 20% em relação ao mesmo período do ano anterior.
O resultado veio muito abaixo das estimativas de bancos de investimentos obtidas pela Reuters, que apontavam para lucro líquido de 7,04 bilhões de reais. Em relação ao primeiro trimestre deste ano, quando o lucro foi de 5,39 bilhões de reais, houve queda de 8%.
No semestre, a empresa lucrou 10,35 bilhões de reais, queda de 25% em relação ao mesmo período do ano passado. Já o endividamento cresceu 15% em relação ao final de 2013, para 307 bilhões de reais.
Assim como no primeiro trimestre, o anúncio acontece em meio a uma série de escândalos nos quais a empresa está envolvida. Conforme revelou VEJA, a estatal e o governo orquestraram um verdadeiro teatro para manipular a CPI da Petrobras, coletando as perguntas dos parlamentares e treinando os executivos sabatinados para respondê-las, deturpando a função investigativa da Comissão.
Além disso, o Tribunal de Contas da União (TCU) culpou os diretores da Petrobras pelas perdas acumuladas com a compra da refinaria de Pasadena, no Texas, e determinou a indisponibilidade de seus bens para que haja ressarcimento ao estado.
O TCU também tentou incluir a presidente Graça Foster no rol de culpados, mas foi impedido pelo Advogado Geral da União, Luís Inácio Adams.
A receita líquida trimestral atingiu 82,3 bilhões de reais, marca inédita para a companhia. O resultado superou o antigo recorde, de 81,54 bilhões de reais no primeiro trimestre deste ano devido, sobretudo, ao impacto da alta do dólar.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortizações) ajustado da estatal, indicador que melhor dimensiona a capacidade de geração de caixa de uma empresa, ficou em 16,25 bilhões no trimestre, queda de 10,2% sobre o mesmo período do ano passado.
Um dos maiores impactos na queda do lucro da empresa veio da área de Abastecimento, cujo prejuízo ficou em 3,883 bilhões de reais no segundo trimestre — 55% maior na comparação com o mesmo período do ano passado, informou a companhia nesta sexta-feira.
A área é a principal prejudicada pela política do governo de controlar os reajustes do preço da gasolina, impondo perdas à estatal. Em comunicado, a presidente Graça Foster afirmou que os reajustes devem ser feitos o quanto antes para melhorar o nível de endividamento da empresa.
"Em paralelo aos aumentos de produção e redução de custos, buscamos a convergência dos preços de derivados no Brasil com os preços internacionais", disse. O ministro Guido Mantega sinalizou, no início da semana, que haverá reajuste ainda este ano.
A Petrobras informou ainda que a importação de derivados aumentou 55% e a de petróleo subiu 20% em relação ao mesmo período de 2013, enquanto a exportação de ambos os produtos caiu na mesma comparação. Segundo a empresa, a alta da importação ocorreu em grande parte em junho por conta "de oportunidade comercial e de maior utilização de óleo importado no refino".
Recomendo que a campanha de Aécio Neves leia com atenção um artigo do jornalista Augusto Nunes, que se refere a uma mentira que se transformou em verdade por conta dos conhecidos picaretas alcunhados de "marqueteiros".
Para começo de conversa, esses mistificadores vagabundos criaram uma confraria para encher os bolsos a cada eleição.
Após este prólogo transcrevo o artigo de Augusto Nunes, que é um dos jornalistas mais experientes e tarimbados da imprensa brasileira e que foca a questão do marketing eleitoral. Os marqueteiros, todos eles, sem tirar nenhum, têm o mesmo receituário aos seus clientes: não pode fustigar o adversário, ainda que isso signifique sonegar a verdade, e o que equivale, evidentemente, a mentir. Marketeiros portanto recomendam aos candidatos que jamais detonem o concorrente.
Eles sempre preparam o campo para operar na eleição seguinte fazendo uma espécie de rodízio. Tanto é que na última eleição presidencial o marqueteiro de José Serra exibiu uma foto de Lula num dos programas de TV, alinhando-o aos grandes líderes.
E o ponto principal: marqueteiros tratam o PT como se fosse um partido normal e democrático ao escamotear o necessário confronto ideológico, embora todos saibam que o PT é um partido comunista, mais comunista que todos os outros partidos comunistas que já existiram na face da Terra.
Tanto é que no Palácio do Planalto foi montado um bunker vermelho onde se prepara o golpe comunista. Como mostrei aqui no blog, há um verdadeiro aparato técnico e tecnológico estruturado com dinheiro público para por em ação prática o conteúdo do decreto 8.243, que institui os "sovietes", à moda leninista.
O golpe é edulcorado pela denominação de "Participação Popular", e o chefete desse monstrengo é o Gilberto Carvalho, o homem do carro preto.
Só para que a campanha de Aécio Neves saiba, a matéria com detalhes sobre o que foi montado dentro do Palácio do Planalto para golpear de morte a democracia brasileira, não saiu em nenhum veículo de comunicação. Apenas aqui neste modesto e pequeno blog demonstrei com detalhes a armação golpista do PT. Os marqueteiros sabem de tudo isso, mas escondem. E notem, isso é o essencial. Se o povo brasileiro tiver um mínima noção do que o PT está preparando não concederá um só sufrágio para os candidatos do PT. Mas tem de mostrar claramente o que está ocorrendo nos porões do Palácio do Planalto. Está é a questão principal desta eleição: o destino da democracia e da liberdade!
A questão é tão grave que se sobrepõe a qualquer outra, inclusive no que tange à economia. Afinal, democracia e liberdade não têm preço! Vide o exemplo da Venezuela! Como disse no início destas linhas, transcrevo o artigo de Augusto Nunes, que constitui um alerta muito claro àqueles que têm a reponsabilidade de colocar no ar os programas eleitorais na televisão e no rádio. Leiam com atenção:
Se os marqueteiros soubessem exatamente o que fazer para ganhar uma disputa nas urnas, o Brasil teria inventado a eleição sem perdedores. Se os marqueteiros conhecessem a receita que garante a vitória de qualquer candidato, não seriam marqueteiros; seriam candidatos ─ todos invencíveis.
É de bom tamanho o acervo que reúne ótimas sacadas dos integrantes da tribo. É tão volumoso quanto o que está exposto na ala reservada às ideias de jerico.
A mais imbecil entre todas talvez seja a que transforma participantes de debates eleitorais na TV em alunos de curso de boas maneiras. Por decisão dos marqueteiros, o candidato está proibido de fazer qualquer coisa que possa parecer “muito contundente” ou “deselegante” aos olhos dos espectadores. Uma pergunta que cause desconforto ao concorrente, uma resposta que mire o fígado do adversário, mesmo uma testa crispada pela irritação ─ tudo isso virou ”sinal de agressividade”. É pecado mortal, sobretudo se há mulheres entre os debatedores.
Graças a essa estratégia menos sustentável que uma análise de Dilma sobre a inflação, nas campanhas eleitorais como no futebol brasileiro os atacantes são hoje uma espécie em extinção. Paradoxalmente, a prática dos sobreviventes vive desmentindo a teoria.
A discurseira de Lula, por exemplo, é muito mais que agressiva: é uma interminável aula magna de boçalidade. Se os marqueteiros tivessem razão, a usina de insolências que venceu duas disputas presidenciais não conseguiria sequer o voto da família. Quem prefere a retirada quando todas as circunstâncias imploram pela ofensiva é gente que nunca ouviu falar em Carlos Lacerda, Jânio Quadros, Leonel Brizola e tantos outros especialistas em duelos retóricos.
No vídeo de 2010, sem ultrapassar em nenhum instante a fronteira da civilidade, Plínio de Arruda Sampaio revoga a caricatura eleitoral da Lei Maria da Penha e ensina como se bate com palavras também em mulheres.
Os candidatos da oposição precisam rever os 35 segundos em que Plínio associa Dilma Rousseff à corrupção em geral e a Erenice Guerra em particular.
Aécio Neves e Eduardo Campos vão descobrir que grosseria não tem parentesco com altivez, firmeza, combatividade ou contundência. A verdade só tem cara de insulto aos olhos de quem tem culpa no cartório. Da coluna de Augusto Nunes/Site Veja
O texto que segue é um artigo de opinião por Noah Beck, autor de Os Últimos israelenses, um romance apocalíptico sobre armas nucleares iranianas e outras questões geopolíticas no Oriente Médio. O artigo foi publicado originalmente no site Charisma News, onde pode ser lido no original em inglês e foi publicado no site Pletz traduzido para o português. Na verdade, é um libelo contra a idiotia politicamente correta açulada pelo jornalismo esquerdista antissemita, boçal e mentiroso, que domina a maioria dos veículos de comunicação. Qualquer idiota de turbante, qualquer terrorista assassino, é transformado em herói por essa malta de depravados que manipula o noticiário internacional contra Israel e o povo judeu. CLICK HERE TO READ THE ARTICLE IN ENGLISH
Por tudo isso, este artigo deve ser lido e espalhado pelas redes sociais. Leiam:
Uma foto que diz tudo e que a grande mídia escamoteia
Por minimizar a sua cobertura (quando houve) dos nossos ataques que levaram a resposta militar de Israel e que geralmente fornecem informações tão pouco fora de contexto que acham que os israelenses matam palestinos apenas por diversão. Estamos especialmente gratos à mídia francesa por isso. As distorções do conflito são tão unilaterais que incitam os muçulmanos em toda a França a atacar judeus e sinagogas, e que é recebido por nossa visão de mundo anti-semita (embora, infelizmente, esses ataques lembram a todos o por que dos judeus precisarem de um Estado).
Por enfatizar o nosso número de civis mortos, sem explicar que (1)os nossos relatórios de vítimas são precipitados e inflados, e (2) maximizar esse total usando palestinos que protegem as nossas armas e exortando-os a permanecer nas mesmas áreas que o Exército de Israel que em seu esforço irritante para minimizar nossas mortes de civis adverte os habitantes de Gaza para evacuar suas casas.
Por nunca mencionar o fato de que nós poderíamos matar milhões de israelenses, afinal, o nosso estatudo oficial pede a destruição de Israel. Assim como os sequestradores do 11 de setembro fizeram a maior parte do serviço que eles tinham, mas teriam gostado de matar muito mais americanos (por exemplo, com a ajuda de armas de destruição maciça), nós também gostaríamos de matar muito mais israelenses. Na verdade, temos direcionado nossos mísseis de forma proposital para os reatores nuclear de Israel em várias ocasiões, com um único objetivo em mente. Felizmente, vocês nunca destacaram a nossa intenção genocida atrás de nossos ataques ao mencionar a resposta “desproporcional” de Israel.
Por nunca terem nos chamado de Jihadistas, embora nós perseguimos os cristãos (como o ISIS, que obrigou os cristãos de Mosul a se converterem ao islamismo). A conversão forçada, expulsão ou morte de cristãos e outras minorias religiosas por islâmicos vem acontecendo há milênios, conforme documentado neste livro, mas esse contexto histórico, felizmente, é ausente de seus relatos em nosso conflito com Israel.
Por não relatar que para maximizar as mortes de palestinos nós do Hamas armazenamos nossos mísseis em uma escola da UNWRA, e quando a UNWRA descobre, eles apenas nos devolvem os nossos mísseis .
Por desconsiderar os árabes que têm a coragem de nos criticar, como Dr. Tawfik Hamid, um reformista islâmico que diz que culpa do sofrimento palestino é inteiramente nossa.
Por deixar de reconhecer a imensa contenção de Israel. Se tivéssemos lutado no regime de Assad na Síria, Gaza teria sido devastada pelas bombas, gás venenoso e outros ataques que são muito mais indiscriminados do que os ataques de Israel. E, claro, se a Síria nos matasse, você não se importaria. Mas, felizmente, estamos lidando com Israel, um país que todo mundo adora odiar para que possamos contar com a sua cobertura útil aqui em Gaza.
Por omitir como Israel escolheu sacrificar dezenas de soldados das FDI quando destruiu nossos túneis e armas em áreas densamente povoadas como Shejaiya, Sua omissão amigável de tais fatos cruciais nos lembra de como vocês maravilhosamente cobriram os fatos acontecidos em Jenin em 2002, quando novamente, vocês falsamente acusaram Israel de um massacre durante outra operação IDF para parar os ataques terroristas palestinos contra civis israelenses.
Por não compartilhar com seus leitores o que dizemos abertamente em árabe: que nós vemos qualquer trégua apenas como uma oportunidade de se rearmar para a nossa próxima guerra contra Israel (como nosso porta-voz, Musheer Al Masri, recentemente declarou na TV).
Por não ressaltar que Israel não pode fazer nada para fazer a paz com a gente (afinal, os israelenses terminaram sua ocupação de Gaza em 2005 e estamos crescendo desde então). É um exagero Israel usar seus controles de fronteira para limitar a nossa capacidade de se rearmar e reconstruir túneis para realizar ataque na fronteira, mas, com a sua ajuda, talvez no próximo cessar-fogo iremos remover o bloqueio de Israel, para que possamos mais facilmente reabastecer as nossas armas e restaurar nossos túneis para os nossos próximos ataques. E sim, estamos envergonhados de que os nossos irmãos muçulmanos e árabes no Egito também optaram pelo bloqueio por causa dos problemas que causei a eles.
Por não lembrar aos leitores que as potências mundiais não são mais capazes de assegurar uma Gaza desmilitarizada da mesma forma que eles não são capazes de desarmar o Hezbollah no sul do Líbano.
Sério, você foi incrível. Por favor, mantenha-se assim!
Com amor, Hamas.
P.S.: Muito obrigado também aos inúmeros manifestantes em todo o mundo que seguem sua liderança e nos faz parecer legítimo!
O verão de 1914 no Hemisfério Norte foi exuberante de sol e de esplendor. No dia 28 de junho daquele ano o escritor Stefan Zweig, aos 32 anos um nome já conhecido em toda a Europa, lia um livro no parque da estação de banhos de Baden, perto de sua Viena natal, deliciando-se com o clima impecável, o suave vento nas árvores e o gorjeio dos pássaros, quando teve a atenção despertada para o súbito silêncio da orquestra que até então animava os veranistas.
Havia uma comunicação importante a ser feita. O príncipe Francisco Ferdinando, herdeiro da coroa dos Habsburgos, e sua mulher haviam sido assassinados na Bósnia. Não se tratava, conta Zweig em suas memórias, O Mundo que Eu Vi, de personagem popular; era antipático, mantinha os olhos imóveis e nunca sorria. Ainda assim a notícia era chocante e foi recebida com comoção. Duas horas mais tarde, porém, o povo conversava e ria; à noite as orquestras tocavam; e lotavam os locais de diversão. Em seu último dia em Baden, Zweig visitou um vinhedo da região, e o proprietário lhe disse: “Há muito não temos um verão como este. Se continuar assim, teremos um vinho como nunca. O povo não esquecerá este verão”. Em julho o escritor decidiu passar uns dias em Le Coq, praia perto de Ostende, na Bélgica, antes de encontrar-se com o poeta belga Verhaeren, de quem era grande amigo e tradutor para o alemão. O tempo continuava esplendoroso, e as pessoas em férias, falando várias línguas, ocupavam barracas coloridas na praia e tomavam banho de mar, enquanto as crianças empinavam pipa e os jovens dançavam no cais. Os jornais estampavam manchetes ominosas – “A Áustria provoca a Rússia”; “A Alemanha prepara a mobilização” –, mas quem as lia só por alguns minutos se alarmava. “Esses conflitos diplomáticos”, escreve Zweig, “há anos que os conhecíamos; sempre, à última hora, antes que as coisas se agravassem, se resolviam.” Melhor aproveitar os banhos, o céu alegremente entrecortado de pipas e de gaivotas e o sol, que “ria radiante sobre aquela terra pacífica”.
Uma tarde, ainda em Le Coq, Zweig reunia-se num café com amigos belgas quando viram passar um grupo de soldados. “Por que essa bobagem de marchas?”, perguntou um dos amigos. “Temos de tomar nossas precauções”, respondeu outro. “Dizem que em caso de guerra os alemães atravessarão a Bélgica.” Zweig contestou, convicto: “Nunca farão isso”. Seria contra os tratados e o direito internacional. “Vocês podem me enforcar aqui neste lampião se os alemães invadirem a Bélgica.” Nos últimos dias de julho as notícias se agravaram. O Kaiser da Alemanha e o czar da Rússia trocavam telegramas ameaçadores. A Áustria declarou guerra à Sérvia. “De repente uma rajada fria, de medo, soprou sobre a praia e a esvaziou”, registra Zweig.
Hora de voltar para casa. O escritor tomou o último trem para a Alemanha. Viajou de pé, entre passageiros que, nervosos, trocavam palpites. Mal cruzaram a fronteira, o trem parou bruscamente. Que teria acontecido? “Vi então no escuro alguns trens de carga que se dirigiam em sentido contrário, vagões abertos e cobertos com encerados sob os quais julguei distinguir as formas de canhões”, escreve Zweig. Era agosto. A Alemanha iniciava a invasão da Bélgica para, dali, atingir a França.
No dia seguinte o escritor chegou à Áustria e encontrou Viena em polvorosa. O temor pela guerra se transformara em entusiasmo. “Formavam-se préstitos nas ruas, por toda parte se viam bandeiras e fitas e se ouvia música, os jovens recrutas marchavam triunfalmente e exibiam fisionomia alegre porque o povo os aclamava, a eles, pequenas criaturas a que de ordinário ninguém dava atenção.” Zweig acrescenta, envergonhado, que, apesar de seu ódio à guerra – ele se distinguiria como pacifista –, sentiu nesse momento “algo de grandioso, arrebatador e até sedutor”.
A I Guerra Mundial duraria quatro anos e faria 15 milhões de mortos no inferno das trincheiras, nas nuvens de armas químicas ou entre as populações civis. Muitos dos mortos terão sido os jovens garbosos que Zweig viu desfilar em Viena, ou os veranistas despreocupados com quem conviveu em Baden e em Le Coq. Ainda bem que, findo o morticínio, chegou-se à conclusão de que aquela guerra, a mais monstruosa e avassaladora, tinha vindo para acabar com todas as guerras. Neste agosto faz 100 anos que aquilo começou. Neste agosto de 2014 em que… O leitor já sabe.
10 de agosto de 2014 VEJA ROBERTO POMPEU DE TOLEDO
Tenho pensado bastante no panorama político internacional, que parece caminhar para desastres econômicos no Ocidente e para o surgimento de novas ditaduras no Oriente Médio, isso sem falar de uma iminente grande guerra. O compromisso de manter esse blog atualizado sempre que possível contribuiu para ordenar as idéias e complementá-las com mais pesquisas e estudos, já que não posso desrespeitar meus leitores, que além de leiais, mostram-se muito qualificados nos comentários e e-mails.
Em todo o mundo vejo a estabilidade desaparecendo do dia-a-dia das pessoas para dar lugar a hábitos, costumes e crenças sem nenhuma relação com nossa cultura e que, pior ainda, nada trazem de benefícios reais. Ouso dizer que nunca, na história humana, o mundo foi liderado por seres tão desprezíveis, mesquinhos, sem caráter e sem inteligência. O que tenho notado com muita freqüência é que por trás das atitudes políticas irresponsáveis e desonestas está uma profunda decadência intelectual e moral não apenas das lideranças, mas também das populações e das instituições representativas.
As causas desta marcha da vaca (ou ovelha?) para o brejo me parecem bem evidentes: as ideologias modernas minaram a capacidade intelectual da maioria das pessoas expostas a seus venenos e armadilhas cognitivas. Mesmo entre os melhores noto certa impotência mental, certo desânimo, que em alguns chega ao niilismo estúpido e irresponsável, feito ovelhas caminhando rumo ao precipício (ou brejo?) - mééééééé.
Por essas e outras, eu pergunto: Onde estão os excelentes?
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Um texto sábio. Leia.
O Homem-Massa
Numa boa ordenação das coisas públicas, a massa é o que não actua por si mesma. Tal é a sua missão. Veio ao mundo para ser dirigida, influída, representada, organizada – até para deixar de ser massa, ou, pelo menos, aspirar a isso. Mas não veio ao mundo para fazer tudo isso por si. Necessita referir a sua vida à instância superior, constituída pelas minorias excelentes. Discuta-se quanto se queira quem são os homens excelentes; mas que sem eles – sejam uns ou outros – a humanidade não existiria no que tem de mais essencial, é coisa sobre a qual convém que não haja dúvida alguma, embora leve a Europa todo um século a meter a cabeça debaixo da asa, ao modo dos estrúcios para ver se consegue não ver tão radiante evidência. Porque não se trata de uma opinião fundada em factos mais ou menos frequentes e prováveis, mas numa lei da " física " social, muito mais incomovível que as leis da física de Newton. No dia em que volte a imperar na Europa uma autêntica filosofia – única coisa que pode salvá-la –, compreender-se-á que o homem é, tenha ou não vontade disso, um ser constitutivamente forçado a procurar uma instância superior. Se consegue por si mesmo encontrá-la, é que é um homem excelente; senão, é que é um homem-massa e necessita recebê-la daquele. (Ortega y Gasset - A Rebelião das Massas)
Os quatro evangelistas por meio de seus símbolos: o homem de Mateus, o leão de Marcos, a águia de João e o touro de Lucas.
Resolvi fazer esta postagem para reunir os filmes que foram feitos com base nos Evangelhos. Além de maravilhosas obras cinematográficas (exceto Marcos, que é apenas áudio), também servem como acompanhamento durante o trabalho e o estudo. A qualquer hora, em qualquer lugar. Costumo deixar o áudio enquanto faço outras coisas. Para quem trabalha na frente do computador, como eu, essa é uma dica valiosa.
Ministério Público e Polícia Federal apuram se presidente da Petrobrás cometeu crime de falso testemunho em depoimento no Senado
A Polícia Federal instaurou inquérito para investigar se a presidente da Petrobrás, Graça Foster, omitiu do Senado informações relacionadas à compra da refinaria de Pasadena (EUA) e sobre a existência de contratos celebrados pela empresa de seu marido, Colin Foster, com a estatal.
O inquérito foi aberto após pedido do Ministério Público Federal encaminhado em junho, conforme informou ao Estado a assessoria de imprensa dessa instituição. Antes disso, Graça Foster havia prestado depoimento à Comissão de Infraestrutura do Senado.
A presidente da Petrobrás ainda pode responder a outro inquérito, que deve ser aberto na próxima semana, para investigar a denúncia de que teria combinado com senadores da base aliada na CPI da Petrobrás as perguntas que lhe seriam feitas na comissão investigativa. O MPF no Distrito Federal já abriu inquérito nas áreas cível e criminal para apurar essa suspeita – esse caso tem outros ex-diretores da estatal como alvo.
A assessoria da PF informou que este caso está em análise. A corporação não quis comentar o inquérito já aberto sobre o depoimento de Graça no Senado. Ontem, ao defender a permanência de Graça Foster no comando da Petrobrás, a presidente Dilma Rousseff afirmou que "não há qualquer processo que pese contra" a presidente da estatal.
Audiência
O Ministério Público e a Superintendência da PF no Distrito Federal vão investigar se Graça Foster prestou informações falsas aos senadores, o que poderia configurar crime de falso testemunho. O alvo dessa apuração é o depoimento dela prestado em maio à Comissão de Infraestrutura do Senado.
Na audiência, Graça afirmou que o Conselho de Administração da Petrobrás não teve responsabilidade na compra de Pasadena. Em 2006, o colegiado aprovou a compra de 50% da refinaria por US$ 360 milhões. Após litígio, a Petrobrás adquiriu a segunda metade por US$ 889 milhões. O custo total do negócio foi de US$ 1,2 bilhão.
No mesmo depoimento, os senadores questionaram a presidente da Petrobrás sobre contratos da estatal com a empresa C. Foster Serviços e Equipamentos, pertencente ao marido de Graça Foster. Ela afirmou que a C. Foster não celebrou contratos com a Petrobrás.
Segundo a denúncia que motivou a abertura de procedimento no MPF e depois a do inquérito policial, a Petrobrás tem negócios com a C. Foster Serviços e Equipamentos. "A senhora Graça Foster foi muito além dos atos de improbidade alhures elencados. Ela, nitidamente, operou tráfico de influência para favorecer a empresa de seu marido no firmamento de 43 contratos com a Petrobrás, sendo 20 deles sem licitação", escreveu o senador Mário Couto (PSDB-PA), autor de representação ao MPF que desencadeou a investigação oficial.
Ontem a estatal informou que, até o momento, "a presidente da Petrobrás não teve conhecimento da abertura do mencionado inquérito".
Para o acobertamento [dos depoimentos] dar os resultados pretendidos, tudo, absolutamente tudo, precisa ficar dominado. Como de costume no sistema petista de poder, o governo, o partido e, desta vez, a Petrobrás subestimaram o trabalho da imprensa
Sobe sem cessar o nível das águas turvas do escândalo da CPI da Petrobrás no Senado. Trata-se, como se sabe, do preparo e repasse das perguntas que seriam respondidas em depoimentos à comissão — também conforme acerto prévio com agentes petistas e altos funcionários da empresa — por ex-dirigentes e a sua atual presidente, Graça Foster, sobre a desastrosa aquisição da Refinaria de Pasadena, autorizada em 2006 pela então chefe do Conselho de Administração da estatal, Dilma Rousseff.
A armação foi revelada no fim da semana pela revista Veja, com base no vídeo de uma conversa que justamente gira em torno da operação concebida para blindar os executivos envolvidos no negócio e a candidatura da presidente à reeleição. Paulo Argenta, assessor especial da Secretaria de Relações Institucionais do Planalto, conduzida pelo ministro Ricardo Berzoini, do PT, é citado como um dos redatores do questionário sob medida. Na segunda-feira, o Estado descreveu em detalhes as sucessivas etapas do engodo, assim como os papéis nele desempenhados notadamente pelo chefe do escritório da Petrobrás em Brasília, José Eduardo Sobral Barrocas, e um assessor do dublê de líder do governo no Congresso e relator da CPI, o senador petista José Pimentel.
No mesmo dia, instada a falar do assunto em meio a uma ação de campanha eleitoral em Guarulhos, mal disfarçada de atividade administrativa, Dilma abateu a pergunta com meia dúzia de palavras. "É uma questão que deve ser respondida pelo Congresso", decretou. A tentativa de fuga teve vida breve. Foi bloqueada por nova escavação "para cima" da imprensa. Ontem, a Folha de S.Paulo informou que o secretário executivo da Secretaria — portanto, o sub de Berzoini —, Luiz Azevedo, foi encarregado de amoldar o trabalho da CPI aos interesses escusos dos figurões da Petrobrás e da candidatura Dilma. Argenta, o assessor especial da pasta citado na conversa a que a Veja teve acesso, não era, portanto, nem o único nem o principal incumbido de minar a CPI pelo lado do Planalto.
Azevedo foi identificado como coordenador do grupo que não apenas selecionava as perguntas — de um rol de mais de 100, segundo a reportagem — que seriam feitas nas sabatinas com os dirigentes da petroleira. Ele também se entendia com Barrocas, o número um da Petrobrás na capital, sobre quais requerimentos deveriam ser apreciados pela Mesa da comissão, mandando para o lixo aqueles que poderiam ser desconfortáveis para o governo e a estatal que aparelhara. Até a escolha dos nomes dos sabatinados passava pelo QG da operação abafa. Pelo visto, nem o fato de serem da base aliada o comando e 10 dos 13 integrantes da CPI nem tampouco o boicote aos seus trabalhos decidido pela mesma oposição de quem partira a iniciativa do inquérito apaziguaram os aflitos com o seu desenrolar.
Sem corar, o calejado Berzoini alega que faz parte das atribuições da Secretaria acompanhar a vida parlamentar, incluindo as CPIs. Já se sustentou neste espaço que tão zeloso "acompanhamento" — o que os americanos chamariam, no caso, de overkill — deve ser proporcional aos erros e malfeitos que precisam permanecer soterrados, tanto na infausta transação de Pasadena como em outros empreendimentos que sangraram a empresa, decerto em benefício alheio, a exemplo da inacabada Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Para o acobertamento dar os resultados pretendidos, tudo, absolutamente tudo, precisa ficar dominado. Como de costume no sistema petista de poder, o governo, o partido e, desta vez, a Petrobrás subestimaram o trabalho da imprensa.
Agora, prepara-se outra farsa para desmanchar a original e tirar quanto antes o assunto do noticiário. Trata-se da sindicância de 90 dias que o presidente do Senado, o notório Renan Calheiros, acaba de anunciar para "apurar as responsabilidades de quem as tenha" na história das perguntas recebidas com antecedência pelos depoentes para resultar em respostas combinadas. Se outras razões não houvesse, a iniciativa é suspeita pelo singelo fato de que ninguém no Congresso superou Calheiros na jogada a quatro mãos com Dilma para eliminar no nascedouro qualquer tentativa de apurar a sério os podres da Petrobrás.
Auditoria na Petrobras revela licitações dirigidas e contratos fajutos na Transpetro. Nada a temer: os diretores têm padrinhos políticos fortes...
POR: DIEGO ESCOSTEGUY, NA REVISTA ÉPOCA.
No começo de 2012, o empresário German Eframovich, dono do grupo Sinergy, esteve em Brasília para uma rodada de conversas com seus muitos contatos políticos. O Sinergy é um vasto conglomerado. Inclui empresas como a companhia aérea Avianca, os estaleiros Eisa e Mauá, fazendas de café, hotéis e laboratórios de remédios. A maioria dos negócios de German, como é conhecido no meio empresarial e político, depende da boa vontade de Brasília. Nenhum depende tanto quanto os contratos na Petrobras. Especialmente na Transpetro, subsidiária de transporte e logística da estatal. Naquele momento, os estaleiros de German detinham R$ 1,2 bilhão em contratos com a Transpetro, em parte financiados pelo BNDES. A ascensão de German na Transpetro dera-se na gestão do ex-senador Sérgio Machado, do PMDB cearense. Ele assumira a empresa ainda no começo do governo Lula, em 2003. Machado não entendia nada de navios, terminais ou oleodutos. Mas tinha o padrinho certo: o senador Renan Calheiros, do PMDB de Alagoas. German, um empresário que aprendeu cedo o valor dos atalhos do poder, mantinha excelentes relações com Machado e Renan.
Numa das reuniões daquela viagem, German recebeu uma notícia que o deixou transtornado, na definição de quem estava lá. A presidente Dilma Rousseff decidira demitir Machado. Para o lugar dele, já até convidara o petista José Eduardo Dutra, presidente da Petrobras nos primeiros anos do governo Lula. German soltou uma profusão de palavrões. “Estou lascado! O que vou fazer agora?”, repetia aos interlocutores. Com Dutra à frente da Petrobras, German, que prosperara na estatal durante o governo Fernando Henrique Cardoso, não conseguira emplacar mais contratos. Tivera muitos encontros com o sindicalista Diego Hernandes, chefe de gabinete de Dutra, e com o lobista Fernando Moura, ligado ao grão-petista José Dirceu – os dois homens que, naquele momento, melhor resolviam os problemas dos grandes empresários na Petrobras. Não adiantou. German perdeu muito dinheiro. Se Dutra assumisse a Transpetro, German corria o risco de perder seus contratos bilionários. Deixou a reunião às pressas e foi ajudar numa articulação do PMDB para barrar a decisão de Dilma.
O movimento dela era arriscado – e ela demonstrara, a interlocutores, saber disso. Desde que assumira o governo, em 2011, Dilma tentava reduzir, sem sucesso, o aparelhamento político na Petrobras. Enfrentava a resistência de Lula e dos demais padrinhos de quem estava na estatal. No começo de 2012, enfrentou parte dessas resistências. Demitiu o sindicalista José Sérgio Gabrielli da Presidência da Petrobras e nomeou Graça Foster para o cargo. Demitiu também o diretor internacional, Jorge Zelada, indicado pelo PMDB da Câmara, e o diretor de abastecimento, Paulo Roberto Costa, bancado por um consórcio entre PP, PMDB, PT e Lula. (Costa é aquele que foi preso recentemente pela Polícia Federal.) Dilma não conseguiu apear todos que queria. O principal deles era Machado. Os telefonemas ao gabinete presidencial vieram de todos os lados. O recado era claro. Se demitisse Machado, Dilma perderia o Senado – pois quem comanda o Senado, senão o PMDB de Renan?
Difícil quebrar as leis do poder. Machado ainda é presidente da Transpetro. Os demais diretores da empresa são técnicos – um dos apadrinhados do senador Romero Jucá foi demitido recentemente. Sobrou apenas o pastor Rubens Teixeira, indicado pelo senador Marcelo Crivella, do PRB, candidato ao governo do Rio de Janeiro. Ele é diretor financeiro da Transpetro desde 2008. Administra um orçamento de quase R$ 8 bilhões. Como o padrinho Crivella, Teixeira é da Assembleia de Deus. Dá cultos no Ministério Óleo e Vida, em Duque de Caxias, no Rio. Entende tanto da indústria de petróleo quanto Machado.
Essa união de interesses permite entender por que a atual CPI da Petrobras no Senado nunca sairia do lugar – como a anterior, em 2009, também não saiu. A revelação de que executivos da estatal receberam dos senadores as perguntas antes dos respectivos depoimentos torna-se ainda mais compreensível. Como são compreensíveis os gestos de Renan na semana passada, quando classificou de “graves” as denúncias e abriu uma sindicância para investigar o caso. Quanto mais esse assunto dominar as atenções do Congresso, maior a chance de a gestão dos senadores na Transpetro continuar despercebida, tanto na CPI do Senado quanto na CPI mista, que funciona, mesmo aos solavancos.
A auditoria interna encontrou empresas- fantasmas participando de licitações
Nos últimos anos, apareceram suspeitas de irregularidades na Transpetro. Nenhuma foi investigada a fundo. A maioria foi abafada, por pressão política, no TCU e dentro da própria Petrobras. Recentemente, ÉPOCA teve acesso a um relatório confidencial da auditoria interna da Petrobras que investigou a Transpetro. É o primeiro documento do tipo a vir a público em anos. Mais espantoso que seu conteúdo é que, dois anos depois, o principal responsável pelas irregularidades ainda esteja no cargo. Trata-se do pastor Teixeira, diretor financeiro da empresa.
Os auditores da Petrobras, mesmo tendo poderes limitados de investigação, descobriram uma fieira de irregularidades: licitações dirigidas, empresas-fantasmas participando de licitações, empresas minúsculas ganhando, sem licitação, contratos milionários, empresa de amigo faturando contrato, empresa que recebeu mesmo sem prestar quaisquer serviços… Descobriram ainda casos de nepotismo e de uso ilegal dos carros dos diretores. Tudo isso sob a responsabilidade do pastor Teixeira e sob a complacência dos demais diretores da Transpetro. Nada aconteceu, apesar dos pedidos dos auditores. “Tendo em vista a gravidade das não conformidades, as quais fragilizam o ambiente de controle e possibilitam a ocorrência de fatos que ferem a ética empresarial, faz-se necessário que a Transpetro adote as medidas cabíveis e apure as responsabilidades no sentido de evitar a repetição de situações semelhantes, que podem comprometer a gestão da companhia e sua imagem pública”, escreveram.
O caso mais lapidar do que acontece quando pessoas como o pastor Teixeira são apadrinhadas para um cargo desses envolve uma empresa chamada Gênesis Consultoria. Ela foi criada em maio de 2009. Três meses depois, foi contratada pelo pastor Teixeira, sem licitação e por R$ 1,5 milhão, para prestar serviços de “consultoria especializada”. Dispensou-se a licitação porque a dona da Gênesis, Izabel Cristina Machado, tinha “notória especialização”, embora tivesse trabalhado apenas cinco meses como “consultora” da Transpetro, com o pastor Teixeira. Descobriu-se, pelas notas fiscais, que a Gênesis nunca tivera outro cliente. Verificou-se que a Transpetro gastara valores muito acima dos praticados no mercado para bancar os salários de sete consultores. A Transpetro não conseguiu explicar aos auditores o que a Gênesis fez.
Por que a Gênesis foi contratada? A resposta ficou logo óbvia. A “consultora” Izabel era amiga do pastor Teixeira. Fora chefe dele quando ambos trabalharam no Banco Central. De tão próximos, Izabel contribuiu com um capítulo para a biografia autorizada do pastor Teixeira. A obra se chama Do monturo Deus ergue um vencedor. “Escrever um testemunho sobre o Rubens significa, em parte, escrever um testemunho sobre minha própria vida, pois durante alguns anos experimentamos uma parceria diária que exigiu de nós sintonia perfeita diante de algumas situações críticas. Foi a partir dessa vivência diária intensa que pude conhecer Rubens, não só como servidor público exemplar, homem íntegro e amigo leal, mas, principalmente, como servo fiel do Senhor Jesus Cristo”, escreveu Izabel. “Nosso convívio diário nos aproximou como amigos.”
Rubens Teixeira convocou empresas de engenharia e eletricidade numa licitação para alugar carros
Numa licitação para alugar carros, o pastor Teixeira convocou oito empresas, embora cinco delas nem sequer fossem do ramo – havia empresas de engenharia e de manutenção elétrica. As outras nem estavam no cadastro da Petrobras. A empresa Rondave ganhou um contrato de R$ 13 milhões praticamente sem concorrência. Noutra licitação, para um contrato de R$ 6 milhões, uma empresa com capital de R$ 2 mil foi chamada a participar. Numa amostra de poucos contratos, os auditores calcularam em R$ 2 milhões os prejuízos com aditivos exagerados. Noutro caso de gasto suspeito, o relatório cita as jornadas exaustivas dos motoristas da Transpetro. Eles trabalhavam entre 5h40 da manhã até 3 horas da madrugada do dia seguinte, a julgar pelos papéis faturados pela empresa terceirizada. Alexander Assis de Oliveira, um dos assessores do pastor Teixeira, contratou sua mulher, Amanda Assis. Todos são da mesma igreja. O pastor Teixeira usava seu carro oficial no fim de semana e nas férias. O motorista também era de sua igreja. Como nada foi feito, as mesmas empresas continuavam a ganhar contratos tranquilamente na Transpetro.
A Transpetro informou que “as não conformidades foram devidamente sanadas pelos órgãos responsáveis, e as recomendações devidamente atendidas. Nesse sentido, seis colaboradores foram afastados da companhia e procedimentos contratuais foram adequados ao que foi recomendado”. A empresa não declinou os nomes dos afastados. Procurados, o senador Renan e o empresário German não responderam. O pastor Teixeira afirmou que “tem relação de amizade com o senador Marcelo Crivella, assim como com outros parlamentares. Com relação ao cargo que ocupa na Transpetro, sua nomeação se deu por meio da aprovação do Conselho de Administração da companhia, considerando suas competências técnicas comprovadas”. Crivella disse que indicou o pastor Teixeira por suas qualificações: “Formou-se oficial de carreira da arma de infantaria na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), cursou engenharia no Instituto Militar de Engenharia (IME) e foi aprovado em concurso para o cargo de analista do Banco Central. É mestre em engenharia nuclear, doutor em economia e pós-graduado em auditoria e perícia contábil”. Diz que se encontram eventualmente na igreja, “pois professam a mesma fé”.
No Brasil se torna cada vez mais difícil omitir uma opinião diferente daquela que seja da dita esquerda ou do governo. Um país que diz prezar a liberdade de opinião é o primeiro a refrear qualquer fato - Santander e Empiricus - ou opinião com um contrário do que eles dizem ser. “liberdade de expressão” eles dizem, mas só consigo enxergar “Liberdade para dizer que concorda com minhas opiniões”.
Não basta o Brasil ocupar o 111º lugar de liberdade de imprensa. Engraçado, não? Um país que se diz livre, estar longe do pódio de liberdade. Jornalista demitido da emissora por pressões governamentais, como o Paulo Eduardo Martins quase foi, na Rede Massa de Comunicações, pesquisas da Empiricus Investimentos tiradas do ar pela justiça, a mando do governo, que acusou a empresa de promover um “ataque” eleitoral, vídeo do Canal do Otário (https://www.youtube.com/user/OtarioAnonymous) feito para denunciar os Correios – baseado em fatos – sendo retirado do ar e funcionários de banco sendo demitidos por alertar corretamente seus clientes quanto à situação econômica do país em caso de reeleição de Dilma Rousseff, somente no Brasil. Isso só são alguns casos de “justiça” envolvendo a liberdade da expressão.
Que bonito! Assim construimos um país mais justo, a justiça funcionando e tirando toda e qualquer calúnia quanto ao nosso maravilhoso governo que comemora o 79º lugar no ranking mundial de IDH. Só esqueceu-se de mostrar que o Brasil já fora o 63º lugar em 2000. Mas, somos a 7ª economia do mundo! Legal, em 2002, éramos a 6ª maior economia do mundo. Engraçado, não? O importante é a saúde, como diz o ditado popular, mas não temos nem isso.
O Estado já deu o Direito de você criticá-lo hoje? Deu-te liberdade para você fazer isso? Pois é. Basta de deixar o governo fazer o que quer em cima dos seus cidadãos. Chega de ter medo de dizer a verdade, chega de ter medo de sair e não saber se confia no polícial ou não, chega de ter medo de se expressar. Está na hora de dizer “basta!”.
Até quando daremos o poder do monopólio legal da espoliação e força para o Estado? Até quando daremos armas para as pessoas que mais tiram e ferem nossa liberdade? Até quando pediremos auxílio para com aquele que nos lesa? Não precisamos de um Estado babá, nem de um Estado totalitário.
"Se uma lei é injusta, um homem está não apenas certo em desobedecê-la, mas ele é obrigado a fazê-lo." Thomas Jefferson.
11 de agosto de 2014
Lucas Pagani é Acadêmico de Economia e Especialista do Instituto Liberal