"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 8 de junho de 2017

GILMAR SE GABA E LEVA COICE ÉPICO DO RELATOR

O EGO GIGANTE DE GILMAR MENDES! HAJA PACIÊNCIA...

LULA PERDE MAIS UMA E DESEMBARGADOR REPREENDE ADVOGADO

MINISTRO VEM DEFENDER GILMAR E LEVA CORTADA DO RELATOR

RELATOR HUMILHA GILMAR MENDES.

DEPOIMENTO DE HILBERTO MASCARENHA E OUTROS

CALA A BOCA GILMAR!


  • CALA BOCA GILMAR! O "ARRANCA RABO" entre Ministros. PT faz FARRA no local onde começou a LAVA JATO!!

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    • 12 horas atrás
    • 08 de junho de 2017
    • postado por m.americo
  • REQUIÃO E BENEDITA TOMARAM NA TARRAQUETA...

    PARA DEFENDER A CASSAÇÃO DA CHAPA, HERMAN USA VOTO ANTERIOR DE GILMAR MENDES

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    Herman cita o voto de Gilmar sobre as contas
    Devido à extensão do voto do relator Herman Benjamin, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, deve convocar uma sessão extra para quinta-feira, 7, à tarde para tentar concluir o julgamento que pode levar à cassação do mandato do presidente Michel Temer e à inelegibilidade da ex-presidente Dilma Rousseff.  Gilmar afirmou que, se for necessário, haverá uma nova sessão na sexta-feira, 9.
    NOVOS EMBATES – Assim como ocorreu na terça-feira, o segundo dia de julgamento da chapa Dilma–Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi marcado por novo embate entre os ministros Herman Benjamin, relator do caso, e Gilmar Mendes, presidente do TSE. Gilmar interrompeu a fala de Herman enquanto o ministro defendia a decisão de incluir no processo depoimentos de delatores da Operação Lava Jato.
    “Não houve invenção do relator no que tange a propinas na Petrobrás, propinas ofertadas por empreiteiras, entre elas cita expressamente a Odebrecht, e muito menos houve esse avanço especulativo no que se refere a provas. Os próprios autores pediram cópias integrais dos autos da Lava Jato”, disse o ministro Herman Benjamin, usando um telão no plenário para embasar suas justificativas de que não houve cerceamento da defesa.
    VELHA AMIZADE – Após recorrentes embates, Herman decidiu falar em “amizade de 30 anos” com Gilmar Mendes, “muito antes de nós dois virarmos ministros”. “Vossa Excelência foi meu guia durante esse processo inteiro”, diz Herman a Gilmar, que foi relator das contas de campanha da ex-presidente Dilma, e já tinha observado problemas e “heterodoxias”.
    “Então o senhor está invertendo, Vossa Excelência que deveria ser meu guia”, disse Gilmar, e o relator replicou: “Eu usaria o voto da Vossa Excelência em tudo e por tudo.”
    O presidente do TSE então interrompe para falar sobre mudança no sistema de financiamento eleitoral. Para o ministro, o PT, que foi um dos maiores defensores da proibição do financiamento privado, teria os benefícios empresariais ainda assim. “Estavam renunciando ao financiamento privado, supostamente indo para o financiamento público, mas teríamos um tipo de concorrência em que o adversário estaria algemado. O outro teria o financiamento público real e todo esse brutal caixa de dinheiro no exterior que entraria na campanha”, disse o ministro, citando declarações do empresário Joesley Batista, que revelou as contas reservadas para os ex-presidentes Dilma e Lula.
    Herman disse que o debate sobre o financiamento eleitoral foi “muito relevante”, mas ressalva que a interrupção quebrou a sequência do voto sobre as campanhas de 2014. Gilmar pede desculpa pela interrupção e Herman rebate: “Não, o senhor tem que pedir desculpas para a Vossa Excelência mesmo”.
    DELAÇÃO DA JBS – Napoleão Maia questiona Herman se os episódios envolvendo a JBS também não são “públicos e notórios” e se, por isso, não mereciam ser trazidos para a ação. “Já que a Vossa Excelência abriu (os fatos para delações da Odebrecht), esses episódios da JBS são gigantescamente maiores.”
    Mas o relator respondeu ao ministro dizendo que vai se restringir à petição inicial. A seguir, insiste em usar a decisão do presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, que foi relator das contas da campanha da ex-presidente Dilma Rousseff na corte eleitoral, para embasar seu posicionamento.
    “Regras do jogo processual, que não foram postas por mim, mas por uma decisão colegiada de 5 a 2, cujo relator, não me canso de repetir, foi o ministro Gilmar Mendes”, afirmou Benjamin.
    VOTO DE GILMAR – O relator do processo que pode cassar a chapa Dilma-Temer leu então partes do agravo de Gilmar, que disse à época que havia dados de irregularidade na campanha de 2014 da ex-presidente.
    “Qualquer cidadão brasileiro minimamente informado, que acompanhou o cenário político nas últimas décadas, tem plena consciência que a Odebrecht encarna uma das empresas com maior protagonismo nas relações com o governo”, diz o relator, que reforça: “E não só a partir de 2003”. Apontando este cenário, Herman questiona: “Poder-se-ia ignorar o papel da Odebrecht (nas campanhas eleitorais)? A resposta é um enfático não”.
    “A Odebrecht foi parasita da Petrobrás”, acrescentou, ainda em defesa da inclusão dos depoimentos, mas ressalvou que a situação da Odebrecht em nada inovou em relação à causa inicial da ação. “É absolutamente descabido se dizer da tribuna, com todo respeito, que Petrobrás e Odebrecht nada têm a ver. Têm tudo a ver”, destacou Benjamin.
    MINISTROS APROVARAM – O relator explicou que uma das razões para ouvir os marqueteiros João Santana, Mônica Moura e seu funcionário André Moura foi um “desdobramento dos depoimentos dos executivos da Odebrecht, que definiram atuação central das testemunhas no âmbito das irregularidades”. O relator aproveitou para lembrar, ainda, que a decisão de colher os depoimentos do casal de marqueteiros foi dos próprios ministros do TSE.
    Após ouvir o ministro Gilmar Mendes ironizar, dizendo que a atuação do relator passaria na televisão, Herman Benjamin afirmou que prefere o anonimato. “Não escolhi ser relator. Preferia não ter sido relator. Mas tentei cumprir aquilo que foi deliberação do tribunal”, disse, assinalando que um processo em que se discute condenação não deveria ter “nenhum glamour”.
    No fim da sessão, Gilmar interveio mais um a vez: “Não estou aqui a defender cassação de mandato”, disse Gilmar, afirmando que estava no plenário para “discutir o tema”. Logo depois a sessão foi encerrada, para prosseguir na manhã desta quinta-feira, às 9 horas, sem hora para terminar.
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    NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
    – A tensão entre os ministros é flagrante. Glauber Rocha faria um filme sensacional, numa mistura de “Terra em Transe” e “O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro”, para contar o duelo entre Gilmar Mendes e Herman Benjamin, sob a cortina de uma velha amizade que não existe mais. Hoje, os dois apenas se suportam. (C.N.)

    08 de junho de 2017
    Deu no Estadão

    PERGUNTAS DA PF INDICAM QUE HÁ NOVAS FRENTES DE INVESTIGAÇÃO CONTRA TEMER

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    Charge do Jota A (Portal O Dia/PI)
    As 82 perguntas enviadas pela Polícia Federal ao presidente Michel Temer mostram que uma das estratégias dos investigadores é tentar comprovar, pela palavra do próprio presidente, trechos da gravação da conversa com um dos donos da JBS, Joesley Batista, que está sendo colocada em dúvida pela defesa do peemedebista. Mesmo que a gravação, que passa por perícia na PF, seja descartada como prova, os investigadores poderiam usar as declarações de Temer.
    O ministro-relator do Supremo, Edson Fachin, estendeu o prazo para as respostas até as 17h de sexta-feira (dia 9). A Folha apurou que o presidente responderá parcialmente às perguntas e deve ignorar aquelas referentes ao áudio gravado pelo empresário, uma vez que o argumento central da defesa do presidente é de que o conteúdo foi “manipulado” e “fraudado”.
    RESPOSTAS CONTIDAS – Temer também não deve se posicionar sobre questões de caráter pessoal e referentes a período anterior ao atual mandato, entre elas, em relação à última campanha presidencial e à sua opinião sobre episódios citados na delação premiada da JBS.
    Para assessores e auxiliares presidenciais, o teor das questões é uma tentativa de desgastar a imagem de Temer e mostraria que o processo deixou de ser jurídico para se transformar em político.
    NOVAS INFORMAÇÕES – As perguntas da PF indicam que os investigadores podem ter informações que ainda não vieram a público. Uma delas sugere a existência de dados sobre a eventual relação de Temer com um doleiro preso pela Operação Lava Jato.
    A PF quer saber se Temer já realizou “algum negócio jurídico” com o corretor de valores Lúcio Bolonha Funaro ou com empresas controladas por ele. A PF também indagou se Funaro atuou na arrecadação para campanhas eleitorais de Temer ou do PMDB quando o presidente estava à frente da sigla.
    Funaro está preso em Brasília há quase um ano, em uma das fases da Lava Jato ligadas ao ex-deputado federal Eduardo Cunha. Ele é acusado de manter um esquema de arrecadação de propinas de empresários que buscavam obter empréstimos do fundo FI-FGTS.
    FARÁ DELAÇÃO – O corretor estaria interessado em fazer um acordo de delação em que poderá citar Temer. Seu advogado, Bruno Espiñeira, disse à Folha nesta terça: “Sob a luz da Bíblia, Lúcio está convencido de que só a verdade o libertará”.
    As perguntas da PF sobre Funaro se justificam pelas menções ao nome do corretor feitas por Joesley durante a conversa com Temer. Na delação, Joesley disse que havia contado a Temer as providências que tomava para controlar dois possíveis delatores, Funaro e Cunha, ao pagar R$ 400 mil por mês ao corretor.
    Há ainda perguntas sobre a relação do presidente com empresários do Porto de Santos (SP) e com outras pessoas próximas, como o coronel aposentado da Polícia Militar de SP João Baptista Lima Filho, o ex-ministro Geddel Vieira Lima e o ex-deputado Rodrigo da Rocha Loures, que está preso e deverá depor à PF nesta quarta (7).

    08 de junho de 2017
    Rubens Valente, Gustavo Uribe, Camila Mattoso, Letícia Casado e Reynaldo Turollo Jr.
    Folha

    AGORA, PLANALTO ALEGA QUE TEMER 'NÃO SABIA' QUE O JATINHO ERA DE JOESLEY


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    Após Joesley Batista, dono da JBS, dizer à Procuradoria-Geral da República que cedeu avião para o então vice-presidente Michel Temer e a esposa em 2011, o Palácio do Planalto mudou a versão. Antes, Temer teria usado “apenas” avião da FAB. Agora, a aeronave era particular, mas ele “não sabia” a quem pertencia.
    Joesley disse aos procuradores que, em viagem de Comandatuba a São Paulo em 2011, em seu avião, Temer teria ficado até com ciúmes por causa de flores que foram colocadas para a esposa, Marcela Temer. O presidente teria feitos voos até São Paulo e Porto Alegre, de acordo com o delator.
    NOVA VERSÃO – “O então vice-presidente Michel Temer utilizou aeronave particular no dia 12 de janeiro de 2011 para levar sua família de São Paulo a Comandatuba, deslocando-se em seguida a Brasília, onde manteve agenda normal no gabinete. A família retornou a São Paulo no dia 14, usando o mesmo meio de transporte. O vice-presidente não sabia a quem pertencia a aeronave e não fez pagamento pelo serviço”, diz nota do Planalto nesta quarta-feira.
    Um dia antes, contudo, o discurso era diferente: a assessoria afirmara que o peemedebista viajou à capital do Rio Grande do Sul no começo de 2011, em viagem oficial, e em Comandatuba, em abril daquele ano, “apenas em aeronave da FAB”.
    PERGUNTAS NO AR – O Globo perguntou ao Planalto para quem Temer pediu essa aeronave particular; por que ele fez esse pedido; a convite de quem; e quem o acompanhara no voo. O palácio ainda não respondeu aos questionamentos.
    No último dia 17, o Globo revelou que o presidente deu aval para Joesley comprar o silêncio de Eduardo Cunha na cadeia. Temer é investigado no Supremo Tribunal Federal (STF) por corrupção passiva, organização criminosa e obstrução de Justiça. Nesta terça-feira, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) segue julgando se cassa o mandato do peemedebista por abuso de poder econômico e político na eleição de 2014, na chapa com a ex-presidente Dilma Rousseff.
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    NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
     – A explicação é que Michel Temer é apaixonado por aviões. Não pode ver um jatinho parado na pista que vai logo entrando, não quer nem saber quem é dono. Nem reparou que o prefixo do avião era PR-JBS. E ainda colocou toda a família a bordo, em viagem de turismo. Reparem que Temer se comporta como seu velho amigo e correligionário Sérgio Cabral, que não podia ver um helicóptero e logo colocava a família dentro, junto com a cachorrada.(C.N.)

    08 de junho de 2017
    Eduardo Barretto

    O Globo

    NO DESESPERO, PLANALTO CRIA UMA "TEORIA CONSPIRATÓRIA" ENVOLVENDO JANOT E FACHIN

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    Janot e Fachin levam na brincadeira a denúncia
    Em reportagem conjunta de Camila Mattoso, Marina Dias, Leticia Casado e Reynaldo Turollo Jr., a Folha de S. Paulo destaca nesta quarta-feira que o processo no Tribunal Superior Eleitoral motivou, nos últimos dias, a declaração de uma guerra aberta entre o Planalto, a Procuradoria-Geral da República e o relator da Lava Jato no Supremo, ministro Edson Fachin. No entendimento do Palácio do Planalto, diz a Folha, o procurador-geral Rodrigo Janot age em “dobradinha” com Fachin e não “poupou esforços” para complicar a situação política e jurídica do peemedebista.
    “Auxiliares de Temer apontam para pelo menos três episódios que indicam o viés político de Janot: a prisão de dois aliados de Temer, o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) e o ex-ministro Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) às vésperas do julgamento, além do envio, pela Polícia Federal, de 82 perguntas ao presidente relacionadas ao inquérito que ele responde por corrupção, formação de organização criminosa e obstrução de Justiça, baseado na delação da JBS”, diz a matéria da Folha.
    A criação dessa curiosa teoria conspiratória mostra a situação desesperadora em que se encontra o presidente Michel Temer, crivado de denúncias por todos os lados, sem que seus advogados conseguiam encontrar argumentos que possam inocentá-lo no julgamento pelo Tribunal Superior Eleitoral.
    Ingenuamente, o Planalto partiu da premissa de que tinha quatro votos garantidos no TSE (Gilmar Mendes, Napoleão Maia, Tarcísio Vieira de Carvalho e Admar Gonzaga), conforme José Carlos Werneck informou aqui na Tribuna da Internet, antes de começar o julgamento.
    Acontece que a situação se complicou, porque o relator Herman Benjamin está atuando com uma precisão cirúrgica, extirpando com maestria as alegações das defesas e dos dois ministros que no primeiro dia tentaram claramente encontrar uma saída para Temer – Gilmar Mendes e Napoleão Maia.
    Os outros dois Tarcísio Vieira e Admar Gonzaga, que foram recentemente nomeados ao TSE por Temer, estão impactados diante do impressionante trabalho do relator e começam a perceber que, se votarem pela absolvição de Temer sem motivos jurídicos irrefutáveis, estarão manchando as próprias biografias para tentar salvar um governo recheado de corruptos e totalmente desmoralizado, cujo prazo de validade já venceu, como diz o jornalista Augusto Nunes.
    TEMER RECUA – Depois da mancada de tirar o foro privilegiado do ex-assessor e cúmplice Rocha Loures, ao nomear apressadamente Torquato Jardim para o ministério da Justiça, com a clara missão de boicotar a Lava Jato e fazer mudanças na Polícia Federal, o presidente caiu na real e já mudou a estratégia.
    A coluna de Lauro Jardim no O Globo, em nota assinado por Guilherme Amado, informa a novidade: “A disposição de Michel Temer é não mexer na Polícia Federal neste momento. Não porque ele não queira, mas porque avalia que a suspeita de interferência na PF poderia colocar na rua, contra ele, os movimentos que defendem a Lava Jato”.
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    PS – Como se vê, a situação do presidente é cada vez mais desesperadora. Só falta agora inventar uma teoria conspiratória envolvendo o ministro-relator Herman Benjamin, que mostra ser um juiz de verdade. (C.N.)

    08 de junho de 2017
    Carlos Newton

    MEU DEUS, QUE JUIZ É ESTE CHAMADO HERMAN BENJAMIN?

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    Herman Benjamin mostra ser um juiz extraordinário
    Se não fossem as três ações no TSE para cassar a chapa Dilma-Temer e não fosse Herman Benjamin o relator, nem eu nem ninguém do povo iria ficar sabendo da sua existência. 
    Ou se soubessem era por ouvir dizer. Nem mesmo muitos outros advogados e a própria comunidade jurídica deste país e deste mundo. 
    Brasília é longe. As sessões do TSE não são transmitidas pela televisão. O homem não gosta de holofotes. O homem não é da ribalta. O homem não faz palestras. Nem se apresenta em público. O homem é discretíssimo. Se é casado, se tem filhos e onde mora, ninguém sabe. Ainda bem.
    “Eu prefiro o anonimato”, respondeu a uma provocação de Gilmar Mendes que, indelicadamente, ousou dizer que, se Herman Benjamin era hoje o foco do noticiário e da televisão, foi por causa dele, Gilmar, que mandou desarquivar e prosseguir com o processo.
    TALENTO INCOMUM – Nem o tom de sua voz alguém algum dia ouvira. Bem diferente do seu colega, ministro Gilmar Mendes, de voz tonitruante e sempre diante das câmeras e dos microfones. Mas não podemos negar a cultura de Gilmar Mendes. Quem chega a ser ministro do Poder Judiciário é porque deve ter notável saber jurídico e ilibada conduta.
    Mas esse ministro Benjamin é de um talento incomum e excepcional. É daqueles que o povão costuma dizer que “não leva desaforo pra casa”. Ele mata a cobra a mostra o pau. E tudo na paz, na moral, dentro da lei, da ética e com elegância. Ele deixa seus pares desconcertados. Mas não se metam com ele porque a resposta é imediata e à altura da provocação.
    DEMOLIDOR – Nesta segunda-feira e manhã de terça, nas duas sessões do TSE que julga os pedidos de cassação da chapa Dilma-Temer, Herman mostrou que tem sabedoria, talento, paciência, segurança e que sabe o que faz e sabe o que diz. Com seu jeito meigo e educado, ele derrubou, uma a uma, e de forma incontestável, todas as 9 ou 10 preliminares que a defesa de Dilma e Temer levantou. Parece que sua força vem do céu.
    Tinha momentos que ele até parecia com a fisionomia do Delfim Neto, quando era ministro da Fazenda da ditadura. Já em certas passagens, sua modulação de voz fazia lembrar o ministro aposentado do STF, Ayres Brito, também de voz aveludada e de raciocínio rápido, metódico e fulminante para o interlocutor que dele discordasse.
    PRELIMINARES – Vamos aguardar as próximas sessões para ouvir o que vão dizer os outros 6 ministros a respeito das preliminares que Herman Benjamin, solidamente, demoliu uma a uma. E o ministro está resfriado, com tosse e aparentando ter rinite. Aos poucos, com o passar de tantas horas, foi perdendo a altura da voz.
    Aquela ideia de projetar no telão as petições iniciais das ações que pediram a cassação da chapa Dilma-Temer, e mais os artigos da Lei Complementar nº 64 de 1990 (Lei da Inelegibilidade), foi genial.
    Era para ficar tudo plasmado e exposto na frente dos demais ministros e de todos os presentes. Quando precisava se referir às petições e à lei, Herman só dizia “tá lá no telão”.
    E OS FUNDAMENTOS? – Se ele vai encontrar quem o conteste? Quem dele vai divergir? Claro que vai. Contestar e divergir é fácil. Difícil é fundamentar a contestação e a divergência, ainda mais quando a argumentação a ser contestada parte de Herman Benjamin.
    E agora Gilmar? O que Vossa Excelência vai dizer? Como vai se posicionar contra a argumentação do ministro Benjamin, eis que a maior parte dela foi fundamentada justamente em cima de um voto anterior do senhor, ministro Gilmar Mendes?
    DE ORDEM PÚBLICA – “Aqui, no TSE, não julgamos ação de consignação de pagamento de aluguel, nem ação de vizinho contra vizinho. Também não julgamos de olhos fechados. Aqui nós julgamos causas de interesse da Nação, causas do interesse público nacional. Causas que ao Brasil pertencem. Se o advogado do PSDB desistisse da ação quando sustentou na tribuna, mesmo assim a causa prosseguiria, tendo o Ministério Público Eleitoral como autor. Isto porque os crimes praticados são de ordem pública, contra a lisura dos pleitos eleitorais”, disse o ministro.
    Teve até um momento que o presidente da Corte. Gilmar Mendes, se disse “encantado” com a argumentação de Herman Benjamim!
    SEM PEDIDO DE VISTA – E tudo isso foi apenas uma amostra do que vem pela frente. Nesta quinta-feira, tem mais. Na sexta, também. Vamos ficar atentos ao voto do ministro Herman Benjamin, agora sobre o mérito. Vai ser arrasador. Vai ser um voto irrespondível, incontestável. Qualquer divergência, não convencerá. Se houver pedido de vista, aí mesmo é que a o TSE fica desmoralizado. Primeiro, porque o Regimento Interno do TSE não prevê pedido de vista. Mas não é por isso que o pedido não possa ser feito. Pode, sim. Mas vai ficar muito feio e comprometedor. Ainda mais nesta época cibernética, que possibilita aos ministros consulta prévia dos autos pelo processo eletrônico.
    E se algum ministro tem dúvida ou dúvidas a respeito de certo ou certos fatos, tire a dúvida com o relator durante a própria sessão. Peça esclarecimento que ele esclarece na hora. Isso acontece e é muito comum. Ou, então, que consulte os autos antes do julgamento.
    O Brasil não pode esperar. E o povo brasileiro não pode continuar vivendo neste estado de angústia política. Isso sem falar na corrupção e na violência urbana. “Se o TSE não condenar Temer será por excesso de provas”, conforme disse ontem a doutora Janaína Paschoal, em artigo aqui publicado na Tribuna da Internet.

    08 de junho de 2017
    Jorge Béja

    NOTA AO PÉ DO TEXTO

    "Mas não podemos negar a cultura de Gilmar Mendes. Quem chega a ser ministro do Poder Judiciário é porque deve ter notável saber jurídico e ilibada conduta."

    Será mesmo? E o que faz o Ministro Toffoli, ou o Ministro Lewandowski na mais alta Corte do país? Também ´possuem o tal "notável saber" e "ilibada conduta"?
    Salvo melhor juízo, não encontrei em suas "notáveis" biografias algo que indique as tais virtudes... 
    Consta que lá estão por indicação de Lula e até mesmo D.Marisa. Coisas de 'cumpadi' e 'cumadi'...
    m.americo