"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 8 de março de 2015

UM SOCO NO ESTÔMAGO...

NOTICIÁRIO POLÍTICO DE HOJE É UMA AGRESSÃO A QUALQUER UM DE NÓS

O noticiário político, em todos os seus formatos, é uma agressão ao estômago de qualquer um de nós. Não posso, porém, deixar de dizer algo sobre o ex-presidente Lula. Poderia ter tido a oportunidade de conhecê-lo pessoalmente quando o ex-prefeito Pimenta da Veiga (cuja derrota para o governo de Minas foi uma perda para o Estado e para o país), já no segundo turno das eleições de 1990, o recebeu em casa da prefeitura na Pampulha (que não sei se ainda existe). Uma visita cordial, mas que teve significado político. Não foram poucos os tucanos que, com o insucesso de Mário Covas, optaram pelo voto no líder petista.
 
Não vai aqui, embutido no parêntesis supra, juízo de valor sobre o governador eleito, Fernando Pimentel, também ex-prefeito de Belo Horizonte, a quem desejo sucesso não só no governo, mas, principalmente, e por ser no Estado o seu chefe supremo, na condução em Minas do seu partido, que se distanciou da ética que sempre pregou.

Na época, aquele Lula se preparava para alcançar o maior e mais difícil cargo no país, mas perdeu a Presidência da República para Fernando Collor de Melo – um mal que desabou sobre nós e que tem reflexos até hoje.

ERA COLLOR

Voltei à era Collor não para trazê-la de volta, mas para fundamentar o que desejo dizer. Ou seja: Lula era um líder sindical que precisava ser lapidado. Comandava um partido recém-nascido, que teve incrível chance de iniciar um novo rumo para o país. E mais: poderia ter nascido, naquelas eleições, uma aliança entre PSDB e PT, se os seus principais líderes pensassem, juntos, no bem do país.

Nada do que imaginava, porém, aconteceu: primeiro, a vitória do tucano Mário Covas, e, depois, a de Lula, afinal abatido por quem acabou defenestrado da Presidência da República. Lula só foi aceito depois dos dois governos de Fernando Henrique Cardoso: por alguns poderosos porque viam nele “certo glamour”; por outros, como eu, porque viam nele mistério e esperança; pelo povo sofrido porque representava a certeza do resgate de uma dívida social que não foi paga até hoje.

No primeiro mandato, no seu início, e antes do mensalão, reacendeu por pouco tempo o sonho de um governo voltado para as classes mais necessitadas. No segundo, já não era o mesmo e, no fim, não soube indicar o sucessor: tirou-o do bolso do colete. Esqueceu-se de que, quando isso ocorre, o candidato é sempre menor do que o bolso…

SUBIU À CABEÇA

No início, sem influência de qualquer ideologia, Lula queria, apenas, promover os trabalhadores, mas, depois, o poder lhe subiu à cabeça. Por isso, não soube governar e não soube, repito, indicar o sucessor. Lula poderia ter sido um bem infungível, que não se desgasta com o tempo. Só melhora. Sua trajetória, na vida pública, se deu de modo inverso: em vez de se aprimorar, piorou. Senão, vejamos.

Dentre as inúmeras e toscas intervenções, trago à baila, leitor, somente estas três preciosas pérolas: a primeira quando, em defesa da candidatura de Dilma, afirmou que “eles não sabem do que seríamos capazes de fazer para elegê-la”; a segunda quando foi a Caracas para apoiar a candidatura do ditador Nicolás Maduro à Presidência da Venezuela; a terceira quando, em ato supostamente a favor da Petrobras, ameaçou chamar às ruas o “exército do Stédile”, líder do MST, para enfrentar os inimigos do seu partido e do atual governo.
Lula, possuído pela vertigem do poder, fragiliza ou ameaça agora, leitor, claramente, o que mais desejamos – a democracia. Até quando?

08 de março de 2015
Acílio Lara Resende, O Tempo

A CÓPIA É MELHOR DO QUE A CRIAÇÃO DO GEPETO...

NA TV DILMA VOLTA A MENTIR. IMPEACHMENT É QUESTÃO DE TEMPO. POUCO TEMPO.

 
 
Dilma foi à televisão para tentar justificar o injustificável. Dilma, Lula et caterva já estão riscados do mapa político do Brasil para sempre. Depois do impeachment da Dilma terá início um outro movimento popular nacional para dissolver o PT, PSOL, PCdoB e assemelhados e ao mesmo tempo proibir para sempre qualquer partido de viés comunista/socialista/bolivariano no Brasil.

O PT acabou servindo para alguma coisa, ou seja, criar as condições para livrar os brasileiros para sempre da ameaça comunista totalitária desses psicopatas e histéricos, desses ladrões cínicos e depravados.
Não tenho estômago para escrever qualquer análise das falas da Dilma. Estou enojado desses vagabundos.

Deixo para os áulicos do PT nas redações dos jornalões lamber as solas dos pés de Lula, Dilma et caterva. Afinal, são da mesma estirpe. São psicopatas e histéricos iguais aos seus ídolos esquerdistas.

Farão um favor não aparecer nas grandes manifestações em todo o Brasil no dia 15 de Março. Dispensamos jornalões e redes de televisão. Não precisam cobrir nada. As redes sociais e os blogs independentes darão conta do recado.
 
08 de março de 2015
in aluizio amorim

A CULPA É MINHA E EU PONHO EM QUEM EU QUISER...

Dilma diz que a imprensa exagera crise e que críticas são "injustas e descabidas".
 
 
Em meio a panelaços e vaias em todo o Brasil, Dilma Rousseff acaba de fazer um pronunciamento na TV, em alusão ao Dia Internacional da Mulher.
Pela situação calamitosa do país, na economia e na gestão pública, afundado na corrupção, culpou a Imprensa.
Culpou FHC. Culpou a crise internacional. Culpou a seca. Culpou a tudo e a todos e, arrogante, afirmou que as críticas contra ela são "injustas e descabidas".
Vai ficar em casa dia 15 de março ou vem pra rua?
 
08 de março de 2015
in coroneLeaks

DEPOIS DE PERDEREM A VERGONHA, AGORA PERDEM O JUÍZO...

SALVAR O QUÊ?

'Seria salvar o que não deve ser salvo',
diz Fernando Henrique ao rejeitar pacto com Dilma



O ex-presidente dá um chega para lá nas especulações de que estaria conversando com interlocutores do governo em busca de um pacto de governabilidade
      
Foto: Raquel Cunha/Folhapress
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso participando de evento em São Paulo

Fonte: Folha de S. Paulo
 
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) divulgou nota neste sábado (7) em que rejeita a tese de promover um pacto pela governabilidade com aliados da presidente Dilma Rousseff (PT). No texto, o tucano diz que “qualquer conversa não pública com o governo pareceria conchavo na tentativa de salvar o que não deve ser salvo”
A nota é uma resposta a reportagem publicada pela Folha de S. Paulo neste sábado que mostra que, assediado por governistas, o ex-presidente tem admitido a aliados a hipótese de uma aproximação com a presidente petista, na tentativa de ajudar a achar uma saída para as crises política e econômica.

FHC tem se reunido com interlocutores do Planalto e discutido os efeitos da
Operação Lava Jato, que investiga o esquema de corrupção na Petrobras. Em sua resposta, FHC diz que “o momento não é para a busca de aproximações com o governo, mas sim com o povo. Este quer antes de mais nada que se passe a limpo o caso do Petrolão”.

O ex-presidente diz ainda que “cabe sim que as forças sociais, econômicas e políticas se organizem e dialoguem sobre como corrigir os desmandos do lulo-petismo que levaram o país à crise moral e a economia à recessão.”

Leia abaixo a íntegra da nota de Fernando Henrique Cardoso:

NOTA
O momento não é para a busca de aproximações com o governo, mas sim com o povo. Este quer antes de mais nada que se passe a limpo o caso do Petrolão: quer ver responsabilidades definidas e contas prestadas à Justiça.

Qualquer conversa não pública com o governo pareceria conchavo na tentativa de salvar o que não deve ser salvo.

Cabe sim que as forças sociais, econômicas e políticas se organizem e dialoguem sobre como corrigir os desmandos do lulo-petismo que levaram o país à crise moral e a economia à recessão.

Fernando Henrique Cardoso

08 de março de 2015
in the Passira news

UM POUCO DE HISTÓRIA...


https://www.youtube.com/embed/fXeOI8dNpfo

08 de março de 2015
in ficha social

DEPUTADO JAIR BOLSONARO NÃO ECONOMIZA "ELOGIOS". A CESAR O QUE É DE CESAR...


https://www.youtube.com/embed/iXBY6gMQZNo

08 de março de 2015
in ficha social

MADAME DILMA É INTRATÁVEL!

Isolamento, críticas e "esculachos" podem tirar Levy do governo.
 Ele não esta habituado às broncas, nem às críticas públicas
Amigos do ministro Joaquim Levy (Fazenda) não apostam que ele fique no cargo por muito tempo.
Isolado no governo, sem apoio do PT e aliados e hostilizado pelos sindicatos, não gostou de ter sido criticado publicamente por Dilma, após chamar de “brincadeira” e “grosseiras” as ações de política fiscal dos antecessores. Levy também ficou sentido com a bronca por não atender prontamente as convocações Dilma.

Controladora, Dilma saber de cada passo do ministro, mas às vezes Levy não pode atender a convocação imediatamente, e isso a irrita.

Levy também enfrenta dificuldade, dizem os amigos, de tomar broncas seguidas de esculachos, em meio a palavrões impublicáveis.


Quando era convocado para despacho com Dilma, o subserviente Guido Mantega chegava a tomar quatro horas de chá-de-cadeira.


Após classificar Joaquim Levy como “uma ilha no mar de mediocridade do governo”, o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga.
08 de março de 2015
Cláudio Humberto

JANOT FOCA NA DESMORALIZAÇÃO DO PARLAMENTO BRASILEIRO E POUPA LULA E DILMA


"Não tenho rabo preso. CPI da Petrobras vai investigar Dilma e Lula", diz Hugo Motta.

O presidente da CPI da Petrobras, Hugo Motta do PMDB, afirmou que a presidente Dilma e o ex-presidente também serão investigados pela comissão. "O PMDB é aliado do Planalto, não subserviente. Não pode ser convocado só na hora de tomar o remédio amargo". E mais. Os empreiteiros do petrolão também serão convocados para depor, além de nomes envolvidos até o pescoço com o propinoduto. O ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco abre a rodada na próxima terça-feira.                                                                                                               
08 de março de 2015
Na Veja.com

RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E ESTADO NACIONAL


O Estado Malfeitor superou de goleada o Estado do Bem Estar Social - Welfare State. Mas nem por isso devemos descartar os enormes contributos para melhorar a desigualdade entre pobres e ricos. Quando vier o ajuste fiscal teremos um grande desajuste social, e ninguém poderia imaginar que a falência bateria às portas do Estado Brasileiro, com centenas de municípios desprovidos de receitas orçamentárias, vivendo de repasses, e inúmeros Estados da Federação em ritmo de desaceleração total de obras e paralisações em todos os campos, além de demissões e fechamento de empresas.

Qual é o remédio para o Brasil contemporâneo? Simplesmente a recuperação extrajudicial. Não há outra alternativa para evitarmos a insolvência. O pacto nacional é extremamente inadiável, e o mea culpa deve ser a prerrogativa de todo e qualquer governante desse País que tem tudo para dar certo mas é mutilado por grupelhos que se cercam do poder para deflagrar crimes organizados e dilapidar o patrimônio púbico.

Como sucederia a sistemática recuperação extrajudicial? Bem, comecemos pela sociedade civil. O Estado precisa dispor e convocar cada cidadão para uma luta incessante contra a corrupção. Segundo, treinar empresas para negócios com transparência, fulminar o menor preço da licitação que acaba sendo uma grande piada com dezenas de aditamentos que mais parecem um contrato por prazo indeterminado. Dialogar com as grandes empreiteiras e matar de vez com a célula criminosa que somente ganha vantagens em torno do Estado. As 54 investigações em andamento, pelo dinheiro entregue, à primeira vista, não parecem ter correlação com a montanha de dinheiro sangrado da ex maior estatal do País.

Esse acordo extrajudicial entre a Nação Brasileira e seus cidadãos, todos eles, necessita de três ingredientes: ética,moral e decência. Emblematicamente, a honestidade para que a Republica não seja um arremedo do sinal democrático de maus gestos dos nossos governantes, os quais se locupletam a custa do Estado em parcerias espúrias e ilícitas com grandes empresas. E a lista do banco na Suíça? Não nos esqueçamos, são mais de 9 mil brasileiros que internaram seus recursos no exterior e nada falaram para o leão ou deixaram ele sem dente - já que envelhecido pelos usos e costumes de nossos homens de negócios.

A recuperação extrajudicial precisa, como sabemos, de uma homologação pelo Estado Juiz, mas no caso da Nação Brasileira ela seria coletiva. Cada cidadão se comprometeria a fiscalizar, vigiar e supervisionar o Estado Brasileiro e se daria um prazo máximo a fim de que o plano fosse integralmente posto em prática, sem prorrogação, dois anos. Com isso restabeleceríamos a moralidade dos negócios, a probidade, honradez,impessoalidade, visaríamos à finalidade do interesse público e as metas coletivas.

Não é utópico e nem surrealista - posso lhes adiantar. Sem esse pacto nacional, um verdadeiro contrato social, não iremos a lugar algum. Todos se mostram decepcionados, desmotivados e revoltados com o cenário atual. Mas dentro do plano os impostos seriam vinculados, não poderiam ser gastos em outras despesas. Para tanto, se reduzirmos a tributação, mataremos na origem a corrupção.

O Brasil em frangalhos e carcomido pela metástase da corrupção somente tem uma alternativa: que a governabilidade imponha um pacto nacional de coalizão e não descumpra sua palavra, pois que de mentiras a Nação já está farta. O povo, único soberano, aceitará ou recusará o plano extrajudicial, mas uma coisa é absolutamente segura: se não tivermos sucesso nessa proposta o desgoverno que se mostra incidirá numa luta a todo custo para assegurar o poder.

 E as migalhas sociais já têm data certa para o respectivo estado malfeitor.

08 de março de 2015
Carlos Henrique Abrão, Doutor em Direito pela USP com Especialização em Paris, é Desembargador no Tribunal de Justiça de São Paulo.

PATÉTICA





Patética a recente declaração da Presidente Dilma, afirmando que o país está em uma nova fase de "enfrentamento de crise". 

Adiantou, na mesma ocasião, que o governo terá que tomar medidas para lidar com a situação, o que é evidente. 

Nem haveria necessidade da Presidente lembrar a população a respeito das enormes dificuldades, na medida em que elas são evidentes e concretas - desemprego aumentando e inflação alta chegando. 

O Brasil, caiu, em 2002 , numa armadilha impregnada, à época,  de histeria eleitoral, resultando na elevação ao poder do PT, cujos mandatos, desde então, vêm se caracterizando por medidas demagógicas e populistas, sem controle de gastos, visando à busca de votos. 

Ao instalar, simultaneamente, ao longo dos mais de 12 anos, uma atmosfera de corrupção nunca vista, associada a incompetências, com tentáculos em setores importantes do estado, como a condução da política externa e a economia, foi inevitável a  convergência para o presente impasse que deixa toda a sociedade apreensiva. 

O que espanta, porém, é o tom tranquilo da Presidenta ao abordar a questão, parecendo um analista externo e objetivo do atual quadro, sem a menor responsabilidade pela sua construção. 

Que tal se, além de alertar a população para os imensos problemas, acrescentar um "mea culpa", mesmo que sutil? 

Ou será que se pensa capaz de convencer o país, como está tentando, provavelmente conforme orientação de seus marqueteiros, que tudo que está ocorrendo é culpa de governos anteriores? 

08 de março de 2015
Paulo Roberto Gotaç é Capitão de Mar e Guerra, reformado.

PROFISSÕES DE ALTO RISCO




Tatuadores:
Emporcalham a pele de jovens idiotas que ainda pagam para receber uma cicatriz indelével.

Pichadores:
Recebem dinheiro de ONGs para comprar tinta e emporcalhar muros públicos e privados.Muitos são idiotas úteis e não sabem que estão a serviço dos que querem destruir o habitat da “burguesia” para submetê-la ao poder global mundial.

Marronzinhos:
Tornam-se “otoridades” e ajudam a piorar o trânsito além de alimentar a “indústria da multa”.

Políticos:
Traidores da Pátria e ou ladrões.

Pessoal da capa preta:
Preguiçosos, vagabundos e prevaricadores; alguns corruptos.

Banqueiros:
Vendilhões da Pátria e parasitas sanguessugas do povo.

Um dia virá a cobrança da onça, e dos donos do zoológico.


08 de março de 2015
Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO

Quem não "obra" e anda para o Brasil?


Pergunta fatal: Como o mercado do desmoralizado Brasil vai começar a operar na segunda-feira, diante da indigestão das novas informações em torno da guerra entre acusados e acusadores do escandaloso Petrolão? Dólar, juros, carestia e inflação tendem a ir às alturas. Quem roubou muito e soube esconder o dinheiro roubado, com lavagens nem sempre totalmente detectáveis, está com o bolso cheio para pagar os advogados mais caros e empurrar os processos até a prescrição das penas. Novamente, quem vai pagar a conta da safadeza é o cidadão-eleitor-contribuinte. A organização criminosa não perdoa o bolso dele - a cada dia mais pt da vida...

O que está ruim ainda fica pior... O vice-governador da Bahia, João Felipe de Souza Leão, nos brindou com uma escatológica irritação pelo fato de o nome dele figurar na lista de investigados no Petrolão. O político filiado ao PP alegou que estava "cagando e andando para estes cornos todos". Rosna e defeca, Leão, fingindo surpresa com a sujeita em torno de seu nome: “Acredito que pode ter sido por ter recebido recursos em 2010 das empresas que estão envolvidas na operação. Mas, botar meu nome numa zorra dessas? Não entendo. Estou cagando e andando, no bom português, na cabeça desses cornos todos. Sou um cara sério, bato no meu peito e não tenho culpa”.

O linguajar digno de prostíbulo ou de penitenciária serviu para mostrar o quanto a desqualificada classe política tupiniquim demonstra desespero com a descoberta de seus esquemas ilegais de corrupção, financiamento de campanha, lavagem de dinheiro e enriquecimento ilícito, entre outros crimes menos votados contra o patrimônio público. A conjuntura é pornográfica. O xingamento do Leão denota que tem muita gente poderosa assustada como um gatinho.

Na verdade, tem muito político encagaçado e andando com o seu apertadinho com a investigação e o alto risco de indiciamento pelo Supremo Tribunal Federal neste armageddon tupiniquim. Em casa onde sobra corrupto, todo mundo briga e só o mais ladrão tem razão. Por isso, a cúpula do Congresso Nacional apertou o famoso botão "Fuck you" (em inglês, o palavrão ganha mais pompa e circunstância exigidas pelo nosso parlamento para lamentar). O senador Renan Calheiros e o deputado Eduardo Cunha, alvejados, começam a atirar pesado contra o Procurador-Geral da República. Mas o alvo deles é Dilma Rousseff e o chefão dela, $talinácio da Silva. Por enquanto, as intocáveis e blindadíssimas figuraças da Nova República Sindicalista do Brazil.


A pressão intestinal aumenta. Veja a mensagem recém enviada por um cidadão-eleitor-contribuinte ao Supremo Tribunal Federal - "Excelentíssimo Ministro Luiz Fux: Solicitamos de V. Exa. preferência  e celeridade no julgamento do Mandado de Segurança n. 32812, de 2014, impetrado pelo Senador Alvaro Dias, solicitando que o BNDES preste esclarecimentos sobre empréstimos sigilosos feitos pelo governo brasileiro a Cuba, Angola e demais países". Abrir esta e outras caixas pretas do BNDES podem revelar escândalos muito maiores que o Mensalão, o Petrolão e o tal Eletrolão (ações idênticas da organização politicamente criminosa no setor elétrico, conforme a delação premiada do dirigente da Camargo Correa pretende mostrar sobre a comissão de R$ 51 milhões paga ao PT e ao PMDB como pedágio para entrar no Consórcio que constrói a Usina Hidrelétrica de Belo Monte).

Quem parecia que viraria herói, mas já é sério candidato a vilão coadjuvante, porque apanha de todo lado, é o Procurador-Geral da República. Um alto membro do Judiciário detonou para seus amigos via e-mail, twitter e zap-zap: "Uma vergonha que mais enlameia a Nação do que limpa. O cidadão Janot deu cobertura para a dama sem ferro e o rei cara de pau. Ambos são os chefes natos da quadrilha. Com isso, o Brasil arde em chamas". Quem também meteu o pau em Janot, mas sem citar o nome dele, foi o investigado Eduardo Cunha.

O Presidente da Câmara dos Deputados reclamou que a Procuradoria Geral da República agiu no sentido da "politização e aparelhamento", em ação combinada com o governo federal. Eduardo Cunha twittou, irado: "O PGR agiu como aparelho visando à imputação política de indícios como se todos fossem participe (sic) da mesma lama". É lamentável ver o PGR, talvez para merecer a sua recondução, se prestar a esse papel". O tenso Cunha também chegou a perguntar, destilando todo o veneno: "Eles estão a serviço de quem?". Cunha e o parceiro Renan Calheiros partirão para a pancada, sem apelar para o "exército do Stédile"... O generaleco da banda do PT que se cuide... E Cunha e aliados também... Pau que dá em Mané também dá em Manoel...

O diretor da Polícia Federal, Leandro Daiello, já escalou o diretor de Combate ao Crime Organizado, Oslaim Santana, para comandar a força-tarefa de 8 delegados, e uns 30 agentes e escrivães que irá conduzir os inquéritos contra parlamentares suspeitos de envolvimento em fraudes de contratos de empreiteiras com a Petrobras. Por lei, a atuação da Polícia Federal dependerá das decisões do ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no STF. Caberá ao ministro, autorizar acesso a dados bancários, fiscais e telefônicos dos investigados a partir de pedidos do Procurador-geral Rodrigo Janot. Até para interrogar os investigados a polícia dependerá da autorização do ministro.

Vale repetir por 13 x 13: O armageddon tupiniquim apenas começou. O PMDB declarou uma guerra total, aniquiladora, contra seu comparsa PT e o seu pretenso opositor PSDB. Aproveita, também, para derreter a Procuradoria Geral da República. Em breve, vai bater também no Supremo Tribunal Federal, mesmo que o ataque aconteça indiretamente ou em pressões espúrias de bastidores.

Nesta batalha política de todos contra todos, na hora do juízo final, pode não sobrar nenhum com força suficiente para continuar na hegemonia do governo do crime organizado. As consequências deste impasse institucional são imprevisíveis. O horizonte é de tensão, violência e golpismo. Sem uma cirúrgica Intervenção Constitucional, mergulharemos em guerra civil. Aliás, já estamos em um conflito não-declarado, com mais de 50 mil assassinatos anuais...

Se houver uma investigação isenta, vai se desvendar a máquina que financia tantos crimes, com fins de politicagem - revolucionária ou não. Trata-se de uma verdadeira "Cooperativa do Crime" que o Banco Central tem ordens superiores de não fiscalizar... Siga o dinheiro da cooperativa e achará os bandidos. Não é isso que você falou, juiz Sérgio Fernando Moro? Os aprendizes de Al Capone do Brasil estão "obrando" de medo - como se diz lá no Nordeste...

A zorra vai piorar, junto com uma crise econômica nunca antes vista na História deste País... Ao povo, que já perdeu, só restará protestar e pressionar (conforme programado para o próximo domingão, dia 15 de março). Aos ainda honestos que atuam na corrupta máquina estatal capimunista, resta um corajoso gesto de reação interna, para ajudar a implodir com tanta sacanagem institucionalizada. A banda honesta do judiciário, que ainda parece uma minoria silenciosa, precisa se aproveitar disto e cumprir seu papel de julgar e condenar os corruptos.

Mesmo assim, do alto dos vasos sanitários de suas inconsciências, os desqualificados políticos ladrões ainda continuam cagando e andando para o que possa acontecer. Eles apostam no poder angariado pelos bilhões roubados para comprar a impunidade. Eles continuam em seus postos políticos para deixar tudo do mesmo jeitinho brasileiro de sempre. Eles jogarão com a leniência de alguns "parceiros" do judiciário e com a lerdeza processual - ainda mais quando se refere a crimes envolvendo políticos profissionais.

Enfim, a certeza deles na impunidade é maior que as incidentais condenações. Vide o recente Mensalão - hoje um caso político de vergonhosa impunidade. O punido de fato foi o Joaquim Barbosa, que terminou forçado a se aposentar precocemente, por pressão muito além de sua coluna vertebral... Mas o espírito de Justiça que transformou Barbosa em herói popular ainda não teve a reputação assassinada pelos criminosos de plantão...

Felizmente, ainda temos segmentos esclarecidos da sociedade brasileira que não estão cagando e andando. Esta Tropa de Elite Moral vai partir para a pressão e jogar desinfetante na sujeira histórica. Haja purgante! Aqui vai faltar mais papel higiênico que na Venezuela e em Cuba... E se faltar papel, vamos limpar com jornal, mesmo que seja virtual, porque a imprensa vendida também está metida em muita merda...

Quem não caga e anda para o Petrolão e outros escândalos vai pressionar o governo do crime organizado até a sua queda. A ordem é manter o fogo que a vitória é nossa. Pelo menos o velho Almirante Barroso tinha razão. Se o Barroso de hoje age de forma diferente, o problema é dele e da turma dele... O povão cansou de tanto ladrão! Por isso o Brasil entra na Era da Caganeira Política, para sair da Era da Escatologia e da Sujeira.

Barroso neles, para que o clima deixe de ficar "barroso"...

Releia: Só Tropa de Elite Moral pode evitar Guerra Civil no Brasil


Farinha pouca...


Tudo a temer...

Renan Calheiros já vazou a amigos e inimigos que anda pt da vida com o vice-Presidente da República e Presidente do PMDB.

Renan avalia que Michel Temer nada fez para impedir, politicamente, para que o Presidente do Senado e companheiro de partido não fosse triturado no Petrolão.

O alagoano já mandou o recado de que Temer receberá um troco por sua inação - ou pela ação contra Renan.

Matemática do Renan


Demitir é a primeira medida

A mentalidade escravocrata do empresariado brasileiro, que culturalmente prefere ganhar dinheiro aplicando no mercado financeiro em vez de efetivamente correr o risco de produzir, começa a agravar os efeitos da crise econômica.

A partir desta semana, está prevista uma intensificação de demissões.

Um setor que vai dar mais pé na bunda do trabalhador é o de construção - que vive momentos de incertezas e fim da vida fácil com o escândalo do Petrolão.

Empresas de comunicação também estão na mesma balada, enxugando seu quadro de pessoal, extinguindo vagas.

Propinas instantâneas



                           
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai!

08 de março de 2015
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

LISTA DE JANOT APROFUNDA A CRISE


Relação encaminhada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao STF atinge a gestão de Dilma, amplia a divisão na base governista e leva os presidentes da Câmara e do Senado a partir para o confronto aberto contra o governo.

"A tarefa de governar faz-se, a cada dia, mais complexa e difícil”. As palavras são de Getúlio Vargas, no célebre discurso do dia 7 de setembro de 1938, durante o Estado Novo, mas poderiam muito bem ter sido proferidas por Dilma Rousseff. A presidente da República inicia a semana mergulhada numa crise política e institucional sem precedentes na era petista no poder. Nem no ápice do escândalo do mensalão o governo esteve tão isolado. Um distanciamento para o qual ele mesmo contribuiu, através de manobras políticas atabalhoadas e de sérios equívocos administrativos cometidos pela presidente e seus auxiliares desde o início do segundo mandato. Nos últimos dias, a crise agravou-se em decorrência de uma aposta de elevadíssimo risco feita pelo Palácio do Planalto. Num esforço para conseguir escapar da agenda negativa, o governo jogou todas as suas fichas na divulgação da aguardada lista entregue pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao ministro do STF, Teori Zavascki. Apostava nos bastidores que, ao trazer integrantes da oposição e aliados que lhe causavam embaraços no Congresso, a relação dos 54 nomes – entre os quais 45 parlamentares, sendo 28 com pedidos de abertura de inquérito – implicados no escândalo do Petrolão tiraria Dilma das cordas e equilibraria o jogo político. A estratégia revelou-se um tiro no pé. 
A RELAÇÃO QUE IMPÔS MEDO
Às 20h11 da terça-feira 3, o ministro do STF Teori Zavascki recebeu
do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a lista com 28 pedidos
de abertura de inquérito contra 54 pessoas envolvidas no Petrolão
A divulgação da lista de Janot, ao contrário do que acalentava Dilma e assessores, teve efeito explosivo no Planalto. Os vazamentos iniciais, que envolveram os nomes dos presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), instigaram ainda mais a ira dos já descontentes peemedebistas. Ao saber da inclusão de seus nomes, Renan e Cunha resolveram declarar guerra ao Planalto. A situação se deteriorou ao se conhecer o inteiro teor do documento enviado por Janot ao STF. Motivo: a relação empurrou cabeças coroadas da gestão Dilma para o epicentro do Petrolão. Figuram na lista, extraída a partir da delação de integrantes confessos do esquema de desvios bilionários de recursos da Petrobras, cinco ex-ministros do governo – Antônio Palocci e Gleisi Hoffmann (Casa Civil), Edison Lobão (Minas e Energia), Mário Negromonte e Aguinaldo Ribeiro (Cidades). E mais. Nas delações, a própria presidente Dilma foi mencionada. No entanto, a citação à presidente da República não foi considerada suficiente por Janot para ensejar um pedido de abertura de inquérito contra ela no STF. O procurador disse que a Constituição não permite que Dilma seja investigada por qualquer ato sem relação com o exercício do cargo de presidente, durante a vigência do mandato. Segundo Janot, as referências à presidente na Lava Jato são alusivas a fatos ocorridos antes de ela assumir o Planalto, em 2011, como a compra da refinaria de Pasadena, no Texas, quando Dilma era ministra de Minas e Energia e presidente do Conselho de Administração da Petrobras. A decisão, no entanto, está envolta em polêmica. “A exclusão do nome da presidente Dilma Rousseff da lista da Lava Jato não significa inocência”, reconhece Ophir Cavalcanti, ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). “Se quisesse, Janot poderia ter pedido licença ao Congresso para investigar a presidente.

Optou, porém, pela decisão mais conservadora”, afirmou um ex-procurador da República ouvido por ISTOÉ. Outros sete políticos citados pelos delatores foram excluídos da investigação por recomendação de Janot, entre eles o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB). No caso de Aécio, principal líder da oposição, a citação feita pelo doleiro Alberto Youssef era indireta. Ele disse que teria ouvido alguém dizer que havia envolvimento do senador mineiro. Há, ainda, um agravante. Segundo o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, os procuradores insistiram em perguntas sobre o senador tucano induzindo-os a mencioná-lo. “Ouvir dizer não é nada. E essa postura adotada é ilegal. Delação tem que ser voluntária. Não pode ser dirigida contra”, afirmou Kakay. Contra Dilma a suspeita é outra. Segundo relato obtido pela Operação Lava Jato, a atual presidente teria conhecimento do que se passava na Petrobras. A investigação poderia, em tese, concluir pela prática de crime por omissão.

A maneira atrapalhada com que o governo – tendo Dilma, Aloizio Mercadante (Casa Civil) e José Eduardo Cardozo (Justiça) à frente – conduziu as articulações no sentido de tirar proveito da divulgação da lista pesou decisivamente para a deflagração da crise institucional. Na semana anterior ao encaminhamento da relação ao STF, o Planalto demonstrou incontida satisfação ao tomar conhecimento da inclusão na lista de integrantes do PSDB e de políticos considerados aliados, mas que nos últimos tempos estavam endurecendo o jogo com Dilma, casos de Renan e Eduardo Cunha. “Com a lista, a correlação de forças vai mudar”, fizeram questão de espalhar ministros do governo. A reação dos aliados mencionados foi imediata e contundente. O presidente do Senado contra-atacou à notícia do seu envolvimento no Petrolão disparando contra o governo. A primeira retaliação ocorreu na terça-feira 3, quando Renan anunciou a devolução da Medida Provisória 669/2015, que reduz a desoneração da folha de pagamentos das empresas, adotada em 2011 pelo governo para aliviar os gastos com mão-de-obra e estimular a economia. A medida era considerada essencial para os planos do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, de aumentar as receitas do governo. Em seguida, Renan adiou a sessão em que deputados e senadores poderiam analisar vetos da presidente Dilma e o Orçamento de 2015, impondo mais uma derrota ao Planalto.




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Eduardo Cunha também mostrou as armas. Na quarta-feira 4, aprovou a proposta de emenda à Constituição (PEC) que amplia de 70 para 75 anos a idade para a aposentadoria compulsória de magistrados de tribunais superiores, a chamada “PEC da Bengala”. Foram 318 votos a favor da proposta. Um massacre na votação que incomoda o governo e deve tirar de Dilma o poder de indicar cinco ministros do STF até 2018. Mas foi na CPI da Petrobrás que Cunha produziu o maior estrago para o Planalto. Articulou com o presidente da Comissão e seu aliado Hugo Motta (PB) a contratação de uma empresa estrangeira para investigar movimentações financeiras no exterior de integrantes do governo envolvidos no Petrolão e anunciou a criação de quatro sub-relatorias – enfraquecendo o trabalho do relator, Luiz Sérgio (PT-RJ). No mesmo dia, a CPI convocou para depor os ex-presidentes da Petrobras Graça Foster e Sérgio Gabrielli, além do ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa, do ex-diretor de Serviços Renato Duque e dos ex-diretores da área Internacional Nestor Cerveró e Jorge Zelada. Diferentemente dos convites, as convocações tornam a ida à Câmara obrigatória. Os depoimentos podem ter efeito devastador para o governo. Para piorar o ambiente, o ministro da Educação, Cid Gomes, declarou que o Congresso abrigava 400 achacadores. A afirmação levou Cunha a convocá-lo para prestar explicações na Câmara.
 
Ato contínuo à resposta ao governo, a dupla Cunha e Renan se voltou contra o procurador-geral, Rodrigo Janot. Além de pedir acesso à documentação, Renan criticou procedimentos do MPF no caso da Lava Jato e defendeu novas regras para a recondução ao cargo de procurador-geral da República, como a desincompatibilização do posto antes do período eleitoral. “Nós estamos agora com o procurador em processo de reeleição. Quem sabe se, mais adiante,não vamos ter também que regrar esse sistema que o MP tornou eletivo”, disse numa clara referência a Janot, que encerra seu mandato no cargo em setembro, mas pode ser reconduzido ao posto caso a presidente Dilma decida e o Senado aprove. Eduardo Cunha fez acusações mais sérias. Disseminou entre pessoas próximas que a informação sobre a inclusão do seu nome na lista do Petrolão chegou em primeira mão ao Palácio do Planalto. E foi efusivamente comemorada antes de ser vazada à imprensa. Teria inspirado até um brinde de champanhe entre importantes ministros de Dilma. Ainda na versão difundida por Cunha, seu nome foi estrategicamente incluído da lista pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que teria trabalhado em parceria com o procurador-geral. Aécio foi numa toada semelhante. “Foram infrutíferas as tentativas do governo de envolver a oposição na investigação”, afirmou.
A desorientada articulação política do governo deu margem para as acusações. Antes de concluir a lista final de investigados com foro privilegiado, a rotina do procurador-geral, Rodrigo Janot, foi consumida por reuniões com autoridades do governo. Em fevereiro deste ano, pelo menos três encontros de Janot se tornaram públicos. O primeiro deles ocorreu no início da noite do dia 25 de fevereiro. Em seu gabinete, o procurador-geral recebeu o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

O prédio da PGR fica em uma área afastada da Esplanada e o acesso à ala que abriga o gabinete de Janot é feito por vagas exclusivas de garagem, com filtro de entrada e saída. Desde janeiro, as autoridades teriam se falado pessoalmente em pelo menos outras três agendas não divulgadas pela PGR ou pelo Ministério da Justiça. Ambos negaram que a lista de políticos envolvidos na Operação Lava Jato tenha pautado os encontros. Alegaram, num primeiro momento, ter discutido um projeto legislativo que envolvia competências do Ministério Público Federal e da Justiça. Duas horas depois, as assessorias das duas autoridades alteraram a versão. Dessa vez, disseram que os encontros destinaram-se a discutir a ampliação da segurança de Janot, que teve sua casa arrombada no fim de janeiro. Os ladrões teriam levado apenas o controle remoto da garagem. Após o episódio, a segurança do procurador-geral foi reforçada.

 
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Na manhã do dia 26 de fevereiro, Janot esteve no Palácio do Jaburu para uma reunião com o vice-presidente da República, Michel Temer. De acordo com parlamentares do PMDB, teria sido nesta reunião que o procurador-geral confirmou a Temer que Eduardo Cunha e Renan compunham a lista de investigados entregue ao STF. A versão de Janot sobre o encontro, porém, não menciona a Lava Jato. O procurador-geral disse que visitou o vice-presidente no Jaburu para pedir recursos orçamentários para recompor a folha salarial do Ministério Público da União. Ainda na noite do dia 26 de fevereiro, Janot foi visto deixando o Palácio da Alvorada após as 21h. A assessoria do procurador, porém, desmente qualquer encontro com a presidente Dilma Rousseff.
A deterioração do cenário político consome as preocupações no Planalto. Dilma nunca esteve tão irascível, segundo relatos de auxiliares. Teme-se no PT que a crescente insatisfação da população, em razão de medidas impopulares anunciadas pelo governo nos dois primeiros meses do segundo mandato, somada ao estremecimento na relação com o Congresso crie um ambiente mais receptivo a um eventual pedido de impedimento da presidente. No fim da semana passada, ministros começaram a considerar a possibilidade de promover uma espécie de pacto nacional que inclua o PSDB, principal partido de oposição ao petismo. Com medo da recessão, setores empresariais e financeiros serviriam de ponte para a negociação.   

08 de março de 2015
Sérgio Pardellas
in blog do mario fortes