Patética a recente declaração da Presidente Dilma, afirmando que o país está em uma nova fase de "enfrentamento de crise".
Adiantou, na mesma ocasião, que o governo terá que tomar medidas para lidar com a situação, o que é evidente.
Nem haveria necessidade da Presidente lembrar a população a respeito das enormes dificuldades, na medida em que elas são evidentes e concretas - desemprego aumentando e inflação alta chegando.
O Brasil, caiu, em 2002 , numa armadilha impregnada, à época, de histeria eleitoral, resultando na elevação ao poder do PT, cujos mandatos, desde então, vêm se caracterizando por medidas demagógicas e populistas, sem controle de gastos, visando à busca de votos.
Ao instalar, simultaneamente, ao longo dos mais de 12 anos, uma atmosfera de corrupção nunca vista, associada a incompetências, com tentáculos em setores importantes do estado, como a condução da política externa e a economia, foi inevitável a convergência para o presente impasse que deixa toda a sociedade apreensiva.
O que espanta, porém, é o tom tranquilo da Presidenta ao abordar a questão, parecendo um analista externo e objetivo do atual quadro, sem a menor responsabilidade pela sua construção.
Que tal se, além de alertar a população para os imensos problemas, acrescentar um "mea culpa", mesmo que sutil?
Ou será que se pensa capaz de convencer o país, como está tentando, provavelmente conforme orientação de seus marqueteiros, que tudo que está ocorrendo é culpa de governos anteriores?
Paulo Roberto Gotaç é Capitão de Mar e Guerra, reformado.
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