Quem não "obra" e anda para o Brasil?
Pergunta fatal: Como o mercado do desmoralizado Brasil vai começar a operar na segunda-feira, diante da indigestão das novas informações em torno da guerra entre acusados e acusadores do escandaloso Petrolão? Dólar, juros, carestia e inflação tendem a ir às alturas. Quem roubou muito e soube esconder o dinheiro roubado, com lavagens nem sempre totalmente detectáveis, está com o bolso cheio para pagar os advogados mais caros e empurrar os processos até a prescrição das penas. Novamente, quem vai pagar a conta da safadeza é o cidadão-eleitor-contribuinte. A organização criminosa não perdoa o bolso dele - a cada dia mais pt da vida...
O que está ruim ainda fica pior... O vice-governador da Bahia, João Felipe de Souza Leão, nos brindou com uma escatológica irritação pelo fato de o nome dele figurar na lista de investigados no Petrolão. O político filiado ao PP alegou que estava "cagando e andando para estes cornos todos". Rosna e defeca, Leão, fingindo surpresa com a sujeita em torno de seu nome: “Acredito que pode ter sido por ter recebido recursos em 2010 das empresas que estão envolvidas na operação. Mas, botar meu nome numa zorra dessas? Não entendo. Estou cagando e andando, no bom português, na cabeça desses cornos todos. Sou um cara sério, bato no meu peito e não tenho culpa”.
O linguajar digno de prostíbulo ou de penitenciária serviu para mostrar o quanto a desqualificada classe política tupiniquim demonstra desespero com a descoberta de seus esquemas ilegais de corrupção, financiamento de campanha, lavagem de dinheiro e enriquecimento ilícito, entre outros crimes menos votados contra o patrimônio público. A conjuntura é pornográfica. O xingamento do Leão denota que tem muita gente poderosa assustada como um gatinho.
Na verdade, tem muito político encagaçado e andando com o seu apertadinho com a investigação e o alto risco de indiciamento pelo Supremo Tribunal Federal neste armageddon tupiniquim. Em casa onde sobra corrupto, todo mundo briga e só o mais ladrão tem razão. Por isso, a cúpula do Congresso Nacional apertou o famoso botão "Fuck you" (em inglês, o palavrão ganha mais pompa e circunstância exigidas pelo nosso parlamento para lamentar). O senador Renan Calheiros e o deputado Eduardo Cunha, alvejados, começam a atirar pesado contra o Procurador-Geral da República. Mas o alvo deles é Dilma Rousseff e o chefão dela, $talinácio da Silva. Por enquanto, as intocáveis e blindadíssimas figuraças da Nova República Sindicalista do Brazil.
A pressão intestinal aumenta. Veja a mensagem recém enviada por um cidadão-eleitor-contribuinte ao Supremo Tribunal Federal - "Excelentíssimo Ministro Luiz Fux: Solicitamos de V. Exa. preferência e celeridade no julgamento do Mandado de Segurança n. 32812, de 2014, impetrado pelo Senador Alvaro Dias, solicitando que o BNDES preste esclarecimentos sobre empréstimos sigilosos feitos pelo governo brasileiro a Cuba, Angola e demais países". Abrir esta e outras caixas pretas do BNDES podem revelar escândalos muito maiores que o Mensalão, o Petrolão e o tal Eletrolão (ações idênticas da organização politicamente criminosa no setor elétrico, conforme a delação premiada do dirigente da Camargo Correa pretende mostrar sobre a comissão de R$ 51 milhões paga ao PT e ao PMDB como pedágio para entrar no Consórcio que constrói a Usina Hidrelétrica de Belo Monte).
Quem parecia que viraria herói, mas já é sério candidato a vilão coadjuvante, porque apanha de todo lado, é o Procurador-Geral da República. Um alto membro do Judiciário detonou para seus amigos via e-mail, twitter e zap-zap: "Uma vergonha que mais enlameia a Nação do que limpa. O cidadão Janot deu cobertura para a dama sem ferro e o rei cara de pau. Ambos são os chefes natos da quadrilha. Com isso, o Brasil arde em chamas". Quem também meteu o pau em Janot, mas sem citar o nome dele, foi o investigado Eduardo Cunha.
O Presidente da Câmara dos Deputados reclamou que a Procuradoria Geral da República agiu no sentido da "politização e aparelhamento", em ação combinada com o governo federal. Eduardo Cunha twittou, irado: "O PGR agiu como aparelho visando à imputação política de indícios como se todos fossem participe (sic) da mesma lama". É lamentável ver o PGR, talvez para merecer a sua recondução, se prestar a esse papel". O tenso Cunha também chegou a perguntar, destilando todo o veneno: "Eles estão a serviço de quem?". Cunha e o parceiro Renan Calheiros partirão para a pancada, sem apelar para o "exército do Stédile"... O generaleco da banda do PT que se cuide... E Cunha e aliados também... Pau que dá em Mané também dá em Manoel...
O diretor da Polícia Federal, Leandro Daiello, já escalou o diretor de Combate ao Crime Organizado, Oslaim Santana, para comandar a força-tarefa de 8 delegados, e uns 30 agentes e escrivães que irá conduzir os inquéritos contra parlamentares suspeitos de envolvimento em fraudes de contratos de empreiteiras com a Petrobras. Por lei, a atuação da Polícia Federal dependerá das decisões do ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no STF. Caberá ao ministro, autorizar acesso a dados bancários, fiscais e telefônicos dos investigados a partir de pedidos do Procurador-geral Rodrigo Janot. Até para interrogar os investigados a polícia dependerá da autorização do ministro.
Vale repetir por 13 x 13: O armageddon tupiniquim apenas começou. O PMDB declarou uma guerra total, aniquiladora, contra seu comparsa PT e o seu pretenso opositor PSDB. Aproveita, também, para derreter a Procuradoria Geral da República. Em breve, vai bater também no Supremo Tribunal Federal, mesmo que o ataque aconteça indiretamente ou em pressões espúrias de bastidores.
Nesta batalha política de todos contra todos, na hora do juízo final, pode não sobrar nenhum com força suficiente para continuar na hegemonia do governo do crime organizado. As consequências deste impasse institucional são imprevisíveis. O horizonte é de tensão, violência e golpismo. Sem uma cirúrgica Intervenção Constitucional, mergulharemos em guerra civil. Aliás, já estamos em um conflito não-declarado, com mais de 50 mil assassinatos anuais...
Se houver uma investigação isenta, vai se desvendar a máquina que financia tantos crimes, com fins de politicagem - revolucionária ou não. Trata-se de uma verdadeira "Cooperativa do Crime" que o Banco Central tem ordens superiores de não fiscalizar... Siga o dinheiro da cooperativa e achará os bandidos. Não é isso que você falou, juiz Sérgio Fernando Moro? Os aprendizes de Al Capone do Brasil estão "obrando" de medo - como se diz lá no Nordeste...
A zorra vai piorar, junto com uma crise econômica nunca antes vista na História deste País... Ao povo, que já perdeu, só restará protestar e pressionar (conforme programado para o próximo domingão, dia 15 de março). Aos ainda honestos que atuam na corrupta máquina estatal capimunista, resta um corajoso gesto de reação interna, para ajudar a implodir com tanta sacanagem institucionalizada. A banda honesta do judiciário, que ainda parece uma minoria silenciosa, precisa se aproveitar disto e cumprir seu papel de julgar e condenar os corruptos.
Mesmo assim, do alto dos vasos sanitários de suas inconsciências, os desqualificados políticos ladrões ainda continuam cagando e andando para o que possa acontecer. Eles apostam no poder angariado pelos bilhões roubados para comprar a impunidade. Eles continuam em seus postos políticos para deixar tudo do mesmo jeitinho brasileiro de sempre. Eles jogarão com a leniência de alguns "parceiros" do judiciário e com a lerdeza processual - ainda mais quando se refere a crimes envolvendo políticos profissionais.
Enfim, a certeza deles na impunidade é maior que as incidentais condenações. Vide o recente Mensalão - hoje um caso político de vergonhosa impunidade. O punido de fato foi o Joaquim Barbosa, que terminou forçado a se aposentar precocemente, por pressão muito além de sua coluna vertebral... Mas o espírito de Justiça que transformou Barbosa em herói popular ainda não teve a reputação assassinada pelos criminosos de plantão...
Felizmente, ainda temos segmentos esclarecidos da sociedade brasileira que não estão cagando e andando. Esta Tropa de Elite Moral vai partir para a pressão e jogar desinfetante na sujeira histórica. Haja purgante! Aqui vai faltar mais papel higiênico que na Venezuela e em Cuba... E se faltar papel, vamos limpar com jornal, mesmo que seja virtual, porque a imprensa vendida também está metida em muita merda...
Quem não caga e anda para o Petrolão e outros escândalos vai pressionar o governo do crime organizado até a sua queda. A ordem é manter o fogo que a vitória é nossa. Pelo menos o velho Almirante Barroso tinha razão. Se o Barroso de hoje age de forma diferente, o problema é dele e da turma dele... O povão cansou de tanto ladrão! Por isso o Brasil entra na Era da Caganeira Política, para sair da Era da Escatologia e da Sujeira.
Barroso neles, para que o clima deixe de ficar "barroso"...
Releia: Só Tropa de Elite Moral pode evitar Guerra Civil no Brasil
Farinha pouca...
Tudo a temer...
Renan Calheiros já vazou a amigos e inimigos que anda pt da vida com o vice-Presidente da República e Presidente do PMDB.
Renan avalia que Michel Temer nada fez para impedir, politicamente, para que o Presidente do Senado e companheiro de partido não fosse triturado no Petrolão.
O alagoano já mandou o recado de que Temer receberá um troco por sua inação - ou pela ação contra Renan.
Matemática do Renan
Demitir é a primeira medida
A mentalidade escravocrata do empresariado brasileiro, que culturalmente prefere ganhar dinheiro aplicando no mercado financeiro em vez de efetivamente correr o risco de produzir, começa a agravar os efeitos da crise econômica.
A partir desta semana, está prevista uma intensificação de demissões.
Um setor que vai dar mais pé na bunda do trabalhador é o de construção - que vive momentos de incertezas e fim da vida fácil com o escândalo do Petrolão.
Empresas de comunicação também estão na mesma balada, enxugando seu quadro de pessoal, extinguindo vagas.
Propinas instantâneas
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai!
08 de março de 2015
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.
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