"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 28 de abril de 2015

MUSEU DO LULA

 

Em 12 abril 2012, saía a decisão de mandar construir um museu de 10 mil metros quadrados bem no centro de São Bernardo, na coroa industrial de São Paulo. As obras, orçadas em 18 milhões, seriam financiadas com dinheiro do povo – cofres federais e municipais se cotizariam. O edifício estava previsto para ser entregue em um ano.
 
No oficial, tencionava-se recriar e homenagear o ambiente borbulhante dos anos 70 e 80, com greves e enfrentamentos, quando o Lula já mostrava dotes de hábil «agitador de massas», como se dizia na época. No paralelo, o intuito não declarado da obra era erguer um monumento à glória e à vaidade de nosso antigo e folclórico presidente.
 
Aliás, desde aquele momento, o deselegante bloco de concreto já ganhou o apelido de Museu do Lula.
Se alguma intenção velhaca já estivesse germinando – penso em malfeitos programados – ninguém desconfiou. Ninguém tampouco se escandalizou com o desperdício de fundos públicos. Afinal, o montante era considerável e poderia ter sido mais bem empregado num hospital, numa escola ou numa creche.
 
Mas há que se reposicionar no contexto da época. Tenhamos em mente que o Brasil ainda não se tinha dado conta da sinuca em que os governos «populares» o haviam metido. Fosse hoje…
Pausa para deixar passar o tempo.
 
Interligne 18c
 
O Globo deste 26 abril 2015 volta ao assunto. Não deu outra. Constata-se que, passados três anos, o arcabouço da obra continua plantado ali, como elefante branco. Com o prazo de entrega estourado há mais de dois anos, suspeitas de irregularidades pesam sobre o empreendimento.
 
Foto O Globo - Michel Filho
Foto O Globo – Michel Filho
 
Mato e entulho se acumulam em frente à sede da prefeitura. O funcionário de um posto de gasolina situado próximo à obra revela que há tempos ninguém aparece por ali.
 
Fica no ar a impressão de que os fundos públicos destinados ao Museu do Lula tenham seguido o mesmo caminho tortuoso trilhado por dinheiro da Petrobrás.
 
Quantos empreendimentos serão ainda acrescentados à lista de obras suspeitas?
 
28 de abril de 2015
José Horta Manzano

O MAIS PURO BOM SENSO

oba8

Depois da violação dos e-mails pessoais do presidente dos Estados Unidos da América, Barack Obama, por hackers russos, que ocorre na sequência da invasão e roubo de dados a partir da Coreia do Norte dos database da Sony Pictures, da invasão sucessiva dos sistemas de compuradores do Pentágono, do Departamento de Estado e da Casa Branca, apesar dos 6200 especialistas de Silicon Valley trabalhando para a National Security Agency (NSA), o Department of Homeland Security, a CIA, o FBI e o Pentágono exclusivamente para evitar tais violações, a máquina de votar brasileira desponta no panorama universal como o único sistema infromatizado jamais violado em sua segurança.
oba4

Os eleitores brasileiros podem, portanto, dormir tranquilos, seguir dispensando a coleta de qualquer prova física do que realmente depositaram na urna para chancelar a entrega dos destinos do país, da segurança da pátria e das riquezas nacionais aos bem intencionados grupos politicos que a disputam a cada quatro anos, e confiando exclusivamente na supervisão desse processo por uma empresa de softwares venezuelana.
Faz todo sentido. É do mais puro bom senso.
oba7

28 de abril de 2015
fernaslm


A DITADURA MARXISTA NA EDUCAÇÃO FRACASSOU


















Durante décadas, vivemos sob ditadura marxista no ambiente acadêmico. Era marxista a chave de leitura para todos os fenômenos sociais, históricos, políticos e econômicos. Eram marxistas os parâmetros curriculares, a bibliografia, os referenciais teóricos, as provas, as respostas aceitas como corretas e as teses. Todo o ensino se abastecia na mesma padaria, e todo pão do saber era servido com fermento marxista. Descendo os degraus para os demais níveis, multidão de professores do ensino médio e fundamental, nutrida do mesmo pão, servia do que lhe fora dado. E assim se formavam jornalistas, mestres, doutores e alfabetizadores. Marx no topo e Paulo Freire na base.
A alfabetização, que era feita em poucos meses no primeiro ano do ensino fundamental, hoje não se completa em três anos. E 63% da população são analfabetos funcionais. Eis é a excelência em injustiça social!
No Brasil, felizmente, o engodo marxista caminha para extinção. Mundo afora, em 150 anos de história, só produziu caca. Suas deficiências estão sendo escancaradas, entre nós, por três avanços tecnológicos: internet, redes sociais e IPhone. Através desses novos meios, abrem-se ao brasileiro comum, em especial aos jovens, novos horizontes e melhores fontes de conhecimento. Méritos a Olavo de Carvalho e seus alunos. Mérito aos conservadores e liberais que se organizam com o intuito de enfrentar a hegemonia cultural marxista imposta ao país ao longo de décadas. Méritos aos novos escritores, jornalistas, pensadores e blogueiros que emergem das trevas, portando as minhas esperanças e formando uma nova elite, em tudo superior a que pavimentou o caminho de Lula e dos seus.
LIBERAIS E CONSERVADORES
Desejo pronta recuperação a quem tem enxaqueca e convulsões ante essas duas palavras – “liberais” e “conservadores”. Mas eu precisava fazer este anúncio para dizer que a situação começa a mudar. Quem o diz é a voz das ruas e são os fatos que o indicam. É nítido o mal-estar instalado em setores significativos do mundo acadêmico e do jornalismo brasileiro, habituados a falar sem contraditório.
A percepção de que o marxismo e a esquerda perdem fieis e ganham oposição consistente na sociedade onde haviam construído hegemonia está desestabilizando muita gente que já começa a falar em guerra! Políticos habituados a assassinar reputações, assistem o suicídio da própria. No fundo, prefeririam que as posições estivessem invertidas. Então, bradariam por impeachment e estariam dizendo, dele, aquilo que de fato é: um meritório instituto, concebido para lembrar ao governante que pode muito, mas não pode tudo. O crescente descrédito do marxismo e o desprestígio do governo são duas boas notícias para a Educação no Brasil.

28 de abril de 2015
Percival Puggina

POLÍCIA FEDERAL TENTA INCRIMINAR CUNHA, MAS ESTÁ DIFÍCIL







A Polícia Federal encaminhou ao ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), um pedido de autorização de coleta e mais duas testemunhas a fim de esclarecer pontos na investigação do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
No documento encaminhado ao STF no dia 15 de abril, o delegado da Polícia Federal Thiago Machado Delabary esclarece ao ministro o andamento das diligências referentes ao inquérito do qual Cunha é alvo, e pede a extensão de prazo de 60 dias. É pedido ainda que sejam ouvidos o advogado Francisco José Reis, e o presidente do PMDB no Rio, Jorge Picciani, pai do líder do PMDB na Câmara, deputado Leonardo Picciani. Um endereço atribuído a Reis, que é ex-assessor de Jorge Picciani, é apontado como um dos destinos de entrega de dinheiro proveniente do esquema de corrupção apurado na Lava Jato.
PETROBRAS E MITSUI
De acordo com a PF, entre os pedidos de diligências solicitados no inquérito que tem Cunha como alvo foi realizada a oitiva da ex-deputada federal Solange Pereira de Almeida, hoje prefeita da cidade de Rio Bonito-RJ. Solange abriu, em julho de 2011, dois requerimentos junto à Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara, pedindo auditorias no Tribunal de Contas da União (TCU) e no Ministério das Minas e Energia para apurar a relação da Petrobrás com a empresa Mitsui.
Com base em depoimento do doleiro Alberto Youssef , a Procuradoria suspeita que as representações feitas por Solange tenham sido arquitetadas por Cunha. De acordo com o delator, o presidente da Câmara seria um dos beneficiários das propinas vindas do esquema envolvendo m um contrato de aluguel de um navio-plataforma das empresas Samsung e Mitsui. Ele teria encomendado os pedidos de auditoria dos contratos após o pagamento de propina ter sido suspenso. Cunha tem negado qualquer favorecimento no esquema.
Em depoimento prestado na prefeitura de Rio Bonito em 18 de março, Solange diz que “não se lembra” das motivações que a fizeram assinar os requerimentos apresentados à Comissão, dizendo ainda que o tema de tal requerimento envolvendo a Petrobrás “não se inseria em suas pautas de atuação parlamentar; que suas pautas principais eram a saúde pública, havendo fundado a frente parlamentar em defesa dos hospitais universitários”.
EX-DEPUTADA NEGA
Solange nega ainda que Cunha tenha pedido que ela formulasse o requerimento sobre a Petrobrás e diz não se recordar de que o parlamentar tenha falado com algum outro congressista sobre a elaboração do requerimento. Ela diz ainda que “pelo que se recorda, o requerimento relativo à Petrobrás foi elaborado a várias mãos, como de praxe”, disse.
A prefeita diz ainda ter uma boa relação com Cunha e que o conheceu em um jantar oferecido pelo ex-governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB). Ela disse ainda ter estado com o presidente da Câmara por duas ou três vezes durante a campanha de 2014, quando ele esteve em Rio Bonito.
###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Está difícil pegar Eduardo Cunha. A ex-deputada Solange Almeida é desmemoriada, não lembra de nada e defende Cunha. O doleiro diz que nunca mandou propina para ele. E o agente federal Jaime Careca afirmou ter levado dinheiro para Cunha, mas entregou o pacote na casa do advogado de Jorge Picciani. Traduzindo: a confusão é geral e Eduardo Cunha não é atingido diretamente. Seria muito mais fácil pegar Renan Calheiros, mas a Polícia Federal tem demonstrado uma instigante preferência por Cunha. (C.N.)

28 de abril de 2015
Talita Fernandes
Estadão

NO BRASIL HÁ EXCESSO DE FALTA DO QUE FAZER




Stédile condecorado e abraçado por Fernando Pimentel
A semana passada foi a que possibilitou a subida de Cruzeiro e Atlético à etapa das oitavas de final da Copa Libertadores. Esse fato mexeu com o sentimento popular. Para o cidadão comum, cansado de crer em vão, isso valeu a pena, foi o fato importante. Foi também a semana de concessão da medida que majorou o fundo partidário, dinheiro do erário que deveria estar servindo ao custeio das obrigações genuínas do Estado e que será entregue na bandeja aos partidos políticos multiplicados às dúzias, que em nada acreditam, a ninguém representam, que nada inovam, nada sustentam, senão os interesses pessoais dos que os comandam. Essa verba seria mais do que suficiente para se comprar 145 mil vagas em universidades, ou para se construir por ano 1.300 postos de saúde no país.
Aconteceu também a tão esperada publicação do balanço da Petrobras, com resultados que a ninguém somou coisa alguma, mas o Tesouro perdeu muito. E, ainda, a aprovação pela Câmara da lei de terceirizações do trabalho, que, essa sim, deveria ser comemorada por empregados e empregadores. É um equívoco, no meu entendimento, que sou empregado e lido com relações laborais de empresas, pensarmos que essa lei prejudica e desvaloriza o trabalho, reduz garantias e a sua remuneração.
As empresas estão com o pé no freio para não fazerem qualquer admissão, embora para muitas o aumento da força de trabalho seja necessário. Mas não querem ter que arcar com os custos impostos por uma legislação protecionista, arcaica, parida com a ajuda de um sistema sindical desatualizado, que protege apenas uns poucos, mas não promove decentemente nenhum trabalhador. O barulho criado contra sua aprovação vem dos sindicatos, que perderão, muitos, sua força de manobra e os privilégios de um peleguismo bem regado por empresas.
MEDALHA A STÉDILE
Além desses fatos, restou o alarde feito em Minas, na imprensa e nas redes sociais, sobre a outorga da Medalha da Inconfidência ao presidente do Movimento dos Sem-Terra, João Pedro Stédile. Não sou contra a pessoa, que felizmente sequer conheço. Sou ferozmente contra qualquer tipo de invasão, de esbulho, sejam os orientados por esse bando de marginais inservíveis que tomam posse de propriedades rurais como também os que invadem terrenos e prédios públicos ou privados; contra os que obstruem estradas, portos e aeroportos ou promovem qualquer tipo de ocupação, com o intuito de tumultuar a vida para fazerem valer direitos que acham que têm. Sou contra o tipo, sou contra a postura dessas figuras, que são incentivadas por um Estado que se exime de suas obrigações e transfere para quadrilhas organizadas a busca de soluções que o próprio Estado não teve vontade política e criatividade para oferecer.
Minas, à parte das tradições que sustenta e amplia, tem também a prática de conferir medalhas, diplomas, honrarias, selos e reconhecimentos afins. Em nenhum outro Estado brasileiro essa tradição é tão presente. Medalhas da Inconfidência, de Santos Dumont, de Juscelino Kubitschek, do Judiciário, do Legislativo, de câmaras municipais, do jogo de bicho, ordens de tudo, comendas as mais variadas, até do puteiro, diplomas às centenas, nomes de ruas, um universo de prêmios outorgados por quem quase sempre não tem autoridade para fazê-lo, destinados a pessoas sem o menor sentido ou compromisso com o que recebem.
Mais econômico, sincero e decente seria termos a coragem de abolir radicalmente essas pseudo-honrarias, acabar com essa farra de feriados e nos concentrarmos nas nossas obrigações, nas nossas demandas, nas nossas urgências. Ao trabalho, minha gente. Consideremo-nos condecorados, as panelas batidas, os foguetes queimados. Estamos vivos e de pé. Para a grande maioria, já é muito.

28 de abril de 2015
Luiz Tito
O Tempo

SAUDADES DO ITAMAR FRANCO...

DE REPENTE, TODOS SE LEMBRAM DA HONRADEZ DE ITAMAR FRANCO






O comentarista Ednei Freitas nos informa que o PPS homenageará o senador Itamar Franco em sessão solene do Congresso Nacional, esta quarta-feira, Na abertura da reunião da Executiva Nacional do partido, os participantes fizeram um minuto de silêncio, e o jornalista Francisco Almeida, membro da Executiva, informou que o PPS editou um livro com material publicado em jornais e revistas sobre o senador mineiro.
“Itamar foi um homem sério num país em que a desonestidade grassa na atividade pública.“As autoridades dos poderes da República são unânimes ao reconhecer que Itamar Franco é um personagem que ficará marcado na história como homem público que tornou o Brasil mais democrático e mais forte economicamente”, registra a publicação, ressaltando que Itamar nunca se viu envolvido em um escândalo de corrupção.
O jornalista que melhor conheceu Itamar Franco e privou da convivência com ele foi Mauro Santayana. Vamos lembram o artigo que ele escreveu quando Itamar morreu, dia 2 de julho de 2011.
###
ITAMAR FRANCO: UM HONRADO PATRIOTA
Mauro Santayana
O homem que morreu neste sábado não pertencia às elites políticas ou empresariais de Minas. Engenheiro, filho de descendentes de imigrantes (o pai, de alemães, e a mãe, de italianos) Itamar teve uma infância de classe média modesta. Não chegou a conhecer o pai, que morreu pouco antes que nascesse. Formado, com as dificuldades da situação familiar, em engenharia, aos 24 anos, trabalhou no saneamento básico na periferia de Juiz de Fora, antes de integrar os quadros do DNOCS. Esse contato com o povo o levou à vida pública.
Itamar não foi um político definido pelos estereótipos. Destacaram-se em sua personalidade e ação política os dois sentimentos que orientam os grandes homens públicos de Minas: o do nacionalismo – que vem da Inconfidência – e o da justiça social. Não há como negar a Itamar o alinhamento ideológico à esquerda. Um de seus ídolos desde a adolescência foi o gaúcho Alberto Pasqualini, dos mais importantes pensadores políticos brasileiros e conselheiro de Getúlio.
Como é de conhecimento público, prestei assessoria informal ao Presidente, e, mais tarde, ao governador. Pude acompanhar, de perto, seu empenho na defesa dos interesses nacionais e da moralidade no governo. Acompanhei, de perto, as suas preocupações, quando decidiu adotar, a conselho de membros da equipe econômica, o expediente antiinflacionário da Alemanha dos anos 20 – o Plano Schacht. Era a segunda vez que se tentava, no continente, a mesma estratégia contra a hiperinflação, bem conhecida como matéria de estudos financeiros. A primeira fora a do Plano Austral, da Argentina. Também o Plano Cruzado, de Sarney, contemplava algumas de suas medidas.
Conhecedor de matemática, Itamar reviu o plano, ponto a ponto, fez correções que lhe pareceram apropriadas e, só depois disso, assinou a medida provisória que o implantou.
Poucos dias antes de sua internação, estive em seu gabinete, em companhia do Embaixador Jerônimo Moscardo, que foi seu Ministro da Cultura. Ao nos cumprimentar, visivelmente gripado, Itamar reclamou do ambiente frio do Senado. “Esse ar acondicionado é de matar”. E disse que estava com uma gripe que não cedia.
Convidou-nos para uma visita ao gabinete do presidente José Sarney, ao lado do seu. Conversamos os quatro, alguns minutos, sobre a situação do país e do mundo. Relembramos a personalidade de Tancredo Neves e episódios menos conhecidos do processo de transição democrática que, pelas circunstâncias do tempo, Sarney e este jornalista haviam vivido mais de perto.
Itamar estava preocupado com a situação do país, e a necessidade de que se formassem líderes capazes de enfrentar as dificuldades internacionais do futuro próximo. Naquele mesmo dia, ele solicitara da Mesa do Senado a transcrição de um artigo meu, publicado no Jornal do Brasil, de reparos ao seu sucessor.
O grande êxito de Itamar pode ser explicado pela renúncia pessoal às glórias e pompas do poder. Não foi açodado em assumir o governo, depois do impeachment de Collor. Coube a Simon instá-lo a isso, sob o argumento da razão de Estado: o poder não admite o vazio. Logo que assumiu a Presidência, reuniu todos os dirigentes partidários e líderes no Congresso, sem excluir ninguém, nem mesmo o folclórico Enéas Carneiro. Disse-lhes que estava disposto a convocar eleições imediatas para a Presidência e Vice-Presidência, se estivessem de acordo. Silenciou-se, à espera da resposta – e ninguém concordou. Por duas ou três vezes, ele me disse que, apesar daquela recusa unânime, talvez tivesse sido melhor consultar o povo, naquela difícil circunstância.
Quando se pôs o problema de sua sucessão, tendo em vista a sua altíssima popularidade – de mais de 80% – alguns líderes políticos lhe propuseram a apresentação de emenda constitucional permitindo a sua reeleição. Itamar recusou, com veemência, a proposta. O democrata não poderia admitir o golpe que seu sucessor desfecharia.
Mais do que sanear a moeda, Itamar ficará na História por haver recuperado a credibilidade da Presidência da República junto ao povo brasileiro. Poucos, muito poucos, dos que exerceram o alto cargo ao longo da História, ficarão na memória da Nação com a mesma e sólida presença de Itamar Franco, modesto homem do povo, intransigente patriota, severo guardião do bem público.
###

NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Para o editor do Blog, não foi surpresa saber que Itamar Franco era trabalhista. Imaginem que país seria este, com o poder nas mãos dos trabalhistas por um período maior… Vida que segue, como dizia João Saldanha. E não percam: amanhã vamos publicar uma entrevista de Itamar ao amigo Santayana, um texto sensacional que também nos foi enviado pelo comentarista Ednei Freitas. (C. N)
28 de abril de 2015
Carlos Newton

3 x 2 !!!

Com voto decisivo de Gilmar Mendes, STF solta amigo do Lula e chefe da máfia das construtoras do Petrolão.


 
A maioria dos ministros que integram a segunda turma do Supremo Tribunal Federal decidiu nesta terça-feira (28) libertar o dono da construtora UTC, Ricardo Ribeiro Pessoa, apontado pelo Ministério Público Federal como líder do cartel de empreiteiras que pagava propina para fraudar licitações e obter contratos superfaturados na Petrobras. O terceiro e decisivo voto a favor da liberdade do criminoso, na turma composta por cinco ministros, foi de Gilmar Mendes. Votaram a favor, além dele, Teori Zavascki e Dias Toffoli. Votaram contra a ministra Carmem Lúcia e Celso de Mello. Conclusão: Gilmar Mendes, com seu voto, pode ter comprometido da a Operação Lava Jato, abrindo a porteira para a libertação dos outros corruptos presos. 

(Folha) Após mais de cinco meses de prisão no Paraná, o empreiteiro da UTC Ricardo Pessoa, preso na Operação Lava Jato, irá para prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica. O STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta terça-feira (28) transferir o executivo, apontado como líder do chamado clube das empreiteiras que, de acordo com o ministério público, combinava preços das licitações da Petrobras. O julgamento ainda não terminou porque falta o voto do ministro Celso de Mello, mas três ministros da 2ª Turma do Supremo defenderam essa posição. Com isso, Pessoa deve ser liberado ainda nesta terça, mas terá que cumprir condições, como entregar seu passaporte e não manter contato com outros acusados. 

A decisão sobre Pessoa abre caminho para que outros acusados de participação esquema de corrupção na Petrobras também sejam soltos. Os casos, no entanto, precisam ser analisados individualmente, uma vez que cada acusado teria um papel diferente no esquema. Ao todo, 25 pessoas, entre empresários, doleiros, operadores e políticos que estão presos no Paraná. Além disso, a determinação do Supremo pode ter efeito nos rumos das investigações, uma vez que a Justiça do Paraná só tem liberado os acusados que fecham acordo de delação premiada, passando a colaborar com a investigação em troca de penas mais brandas.

28 de abril de 2015
in coroneLeaks

QUOSQUE TANDEM, CATILINA, ABUTERE PATIENTIA NOSTRA...

"O DESASTRE DA PETROBRAS, A OBRA DOS COMPANHEIROS PETISTAS E O QUE DISSE DILMA EM 2009 PARA MATAR UMA CPI. OU: NO MÍNIMO, MERECIA UMA CADEIA MORAL!"



Os números da Petrobras que vieram a público não derivam de uma tramoia urdida pela oposição. Também não decorrem de alguma armação orquestrada por adversários do estatismo. Aldemir Bendine, atual presidente da empresa, que acompanhou a confecção do balanço, é um petista com extensa folha de serviços prestados ao petismo. Foi posto na estatal para, vamos dizer, arranjar as coisas: nem poderia ser inconvincente a ponto de o mercado dar de ombros e considerar o balanço uma empulhação; nem poderia ser, vamos dizer, de um realismo cru.

E foi esse misto de realismo e prudência industriada que produziu, ainda assim, números espantosos: o prejuízo da Petrobras, no ano passado, foi R$ 21,587 bilhões. O custo-corrupção, por enquanto, está em R$ 6,194 bilhões. A revisão dos ativos levou a uma baixa de R$ 44,636 bilhões. O ano passado terminou com a empresa devendo R$ 351 bilhões.  O irrealismo, ou surrealismo, em que a empresa estava metida era de tal ordem que o mercado internacional até que reagiu bem aos números. Talvez aconteça o mesmo por aqui nesta quinta.

Atenção, meus caros! A admissão desses números não decorreu de uma iniciativa interna, dos comandantes da empresa, do governo, das autoridades públicas responsáveis pela área. Tratou-se de uma imposição da consultoria PricewaterhouseCoopers (PwC) para continuar a auditar o balanço.

Eis aí o resultado de 12 anos de gestão petista. Como ignorar que o modelo de eficiência e gestão da Petrobras, cantado em prosa e verso, permitiu que a empresa se tornasse um covil, uma associação criminosa, um valhacouto, um abrigo de larápios? E sempre caberá a pergunta óbvia e obrigatória: onde mais?

E que se note: a empresa não exibe esses resultados desastrosos apenas por causa da corrupção. A ela se somam também a má gestão, as decisões equivocadas, a tacanhice ideológica e a vigarice intelectual. A Petrobras chega à pior situação de sua história - trata-se da petroleira mais endividada do planeta - porque o petismo usou o preço do combustível para compensar sua política econômica canhestra e caduca. Agora mesmo, enquanto escrevo, a estatal vende combustível com prejuízo em razão da questão cambial. Isso será corrigido?

É preciso ir além. Dados os números, a empresa terá de vender ativos e, por óbvio, não poderá arcar com as obrigações que lhe impõe o regime de partilha do pré-sal. Mas a estupidez e a ideologia barata continuarão a deitar a sua sombra sobre a racionalidade.
O passado da Petrobras, mesmo com um encontro de contas, que acabará sendo recebido até com boa-vontade pelo mercado, é esse que vemos, com tais números. Mas que futuro aguarda a empresa brasileira? Basta olhar para o mercado mundial de petróleo para constatar que o nacionalismo bocó, misturado com a ladroagem mais nefasta, conduz a Petrobras à inviabilidade.

Eu poderia deixar barato, mas não vou, não. Dilma é a chefona do setor energético  e também da Petrobras - há 12 anos. Está no 13º.  Esta senhora só admitiu que poderia haver algo de errado na empresa 15 dias antes da eleição - e ainda o fez de modo obliquo.  Em 2009, já pré-candidata à Presidência, a então chefe da Casa Civil foi a público para tentar implodir, e conseguiu, a CPI da Petrobras.

Vejam o vídeo acima. Eu transcrevo a sua fala em seguida.
"Eu acredito que a Petrobras é uma empresa tão importante do ponto de vista estratégico, no Brasil, mas também por ser a maior empresa, a maior empregadora, a maior contratadora de bens e serviços e a empresa que, hoje, vai ocupar cada vez mais, a partir do pré-sal, espaço muito grande, né?, ela é uma empresa que tem de ser preservada. Acho que você pode, todos os objetos, pelos menos os que eu vi da CPI, você pode investigar usando TCU e o Ministério Público. 

Essa história de falar que a Petrobras é uma caixa- preta… Ela pode ter sido uma caixa-preta em 97, em 98, em 99, em 2000. A Petrobras de hoje é uma empresa com um nível de contabilidade dos mais apurados do mundo. Porque, caso contrário, os investidores não a procurariam como sendo um dos grandes objetos de investimento. 
Investidor não investe em caixa-preta desse tipo. Agora, é espantoso que se refiram dessa forma a uma empresa do porte da Petrobras. Ninguém vai e abre ação na Bolsa de Nova York e é fiscalizado pela Sarbanes-Oxley e aprovado sem ter um nível de controle bastante razoável".

Nota: Sarbanes-Oxley é o nome de uma lei dos EUA (formado a partir dos respectivos sobrenomes de um senador e de um deputado), de 2002, que estabelece mecanismos de transparência contábil para as empresas que operam na Bolsa dos EUA.
Enquanto Dilma dizia essas coisas, os ratos corroíam a Petrobras.
Convenham: quando menos, Dilma deveria ser enviada para uma cadeia moral, não é mesmo?

28 de abril de 2015
Blog Reinaldo Azevedo

ROUBAR, SÓ NA MEDIDA CERTA


Para quem ainda tinha alguma dúvida sobre a honestidade do governo do PT, alguém que sabe o que está falando esclareceu o assunto: “A gente não acha que o PT inventou a corrupção, mas roubaram demais. Exageraram”. É o que garante um dos principais aliados do PT, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, que foi ministro do Trabalho de Lula e por indicação deste permaneceu à frente da pasta no início do primeiro mandato de Dilma, até ser forçado a demitir-se pela “faxina” que atingiu vários outros ministros sob suspeita da prática de “irregularidades”. As declarações de Lupi foram gravadas durante encontro com correligionários na última quinta-feira, em São Paulo, e confirmadas ao Estado pelo próprio. Não obstante, o presidente do PT, Rui Falcão, declarou na segunda-feira que Lupi desmentiu essas declarações, alegando que “foram pinçadas” fora do contexto. E o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), reagiu acusando Lupi de ser “boquirroto”.
A declaração de Lupi, na verdade, não revela segredo nenhum, mas é alarmante pela falta de pudor que demonstra. Das palavras do ex-ministro do Trabalho a seus liderados, pode-se inferir que roubar até que pode, desde que não se roube “demais”, com exagero. É mais um exemplo cínico da relativização dos valores éticos que passou a predominar ostensivamente na cena política a partir da chegada do lulopetismo ao poder.
Como não podem contestar o fato de que estão envolvidos até o pescoço no assalto aos cofres públicos, os petistas argumentam em defesa própria que seus antecessores, em governos federais e estaduais, também são alvos de acusações de corrupção. Invertem o senso comum, querem fazer crer que um erro justifica outro. Invertem também a proposta original de serem “um partido diferente”, para se eximir de culpas sob o argumento de que o PT “faz apenas o que os outros também fazem”. A mais recente manifestação nesse sentido coube ao ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, em entrevista ao Estado publicada no domingo.
Respondendo a perguntas sobre o escândalo do petrolão, Berzoini, que priva da intimidade tanto de Lula como de Dilma, insinuou que o PT é perseguido pela mídia, pela PF e pelo Ministério Público: “As notícias existem, não há invenções. Mas há, evidentemente, uma seletividade da divulgação ou uma seletividade na investigação”. E acrescentou: “O curioso é que ninguém se pergunta: será que isso acontece só na Petrobrás? Será que grandes estatais estaduais de governos de outros partidos não estiveram envolvidas também nisso? Será que não cabe um paralelo entre o que aconteceu no Metrô de São Paulo, o que aconteceu no governo de Minas em anos anteriores?”. Cabe, então, perguntar ainda: caso as investigações em curso venham a comprovar corrupção no Metrô de São Paulo ou no governo de Minas, isso eximirá ou diminuirá a responsabilidade do governo do PT pelo assalto de mais de R$ 6 bilhões aos cofres da Petrobrás? Definitivamente, um erro não justifica outro.
Enquanto isso, Lula continua agindo como se não tivesse nada a ver com a corrupção no governo, cuja existência chega a negar em ocasiões e ambientes propícios. Muito bem protegido em espaços blindados contra vaias e preocupado em vender saúde com exibições de halterofilismo, Lula prefere cuidar de sua escancarada ambição de voltar à Presidência da República em 2018, exercitando sua conhecida habilidade de dizer o que as pessoas querem ouvir. Falando a correligionários reunidos no 3.º Congresso de Direções Zonais do PT-SP, na sexta-feira em São Paulo, Lula reiterou o mantra de que o governo precisa se dedicar a uma “agenda positiva”: “Nós temos de dizer em alto e bom som para a companheira Dilma ouvir (…) que nós precisamos começar a dizer o que nós vamos fazer neste segundo mandato”. Faz sentido, já que aquilo que prometeu na campanha Dilma renegou até mesmo antes da posse.
Abusando da imodéstia, Lula proclamou em tom triunfante: “Se Dilma fracassar é o PT quem fracassa (…) e eu não vim ao mundo para fracassar”. Como diria Carlos Lupi: menos, Lula!

28 de abril de 2015
Editorial do Estadão

CORRUPÇÃO EM TODOS OS LADOS

CUNHADA DE VACCARI DECLARA ELO COM RÉUS DO CASO BANCOOP
MARICE LIMA DIZ TER DADO R$ 95 MIL À EX-DIRETORA DA COOPERATIVA



FUNDADA POR UM NÚCLEO DO PT, NOS ANOS 90,
DENTRO DO SINDICATO DOS BANCÁRIOS DE SP,
A BANCOOP QUEBROU EM 2006, DEIXANDO PREJUÍZO
DE MAIS DE R$ 100 MI PARA 2,5 MIL MUTUÁRIOS
(FOTO: AG. CÂMARA)


A cunhada do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, Marice Corrêa de Lima, declarou ao Fisco operações de empréstimos, no valor total de R$ 120 mil, envolvendo dois réus do processo da Bancoop (Cooperativa Habitacional do Sindicato dos Bancários de São Paulo): Ana Maria Ernica e Letícia Achur Antônio.

Fundada por um núcleo do PT, nos anos 1990, dentro do Sindicato dos Bancários de São Paulo, a Bancoop quebrou em 2006, deixando um prejuízo de mais de R$ 100 milhões para mais de 2,5 mil mutuários que pagaram por imóveis que nunca receberam.

Vaccari (ex-presidente da Bancoop), Ana Maria (ex-diretora-financeira e Letícia (advogada) estão no banco dos réus da Justiça de São Paulo, desde 2010, acusados de estelionato e lavagem de dinheiro.

O processo corre na 5ª Vara de São Paulo. Segundo a denúncia do Ministério Público Estadual, parte do dinheiro desviado da Bancoop pelos ex-diretores teria sido usada para bancar campanhas do PT.

A Operação Lava Jato busca saber agora qual o motivo dos empréstimos feitos pelas duas acusadas do caso Bancoop. Os empréstimos apareceram nas declarações de Imposto de Renda da cunhada de Vaccari.

O processo da Bancoop originado em 2010 foi citado pelos procuradores da força-tarefa da Lava Jato, ao denunciarem Vaccari este ano pelo desvio de recursos para o PT em contratos da Petrobrás, como prova de continuidade delitiva do acusado.

A força-tarefa da Lava Jato suspeita que a cunhada “funcionava como uma auxiliar de João Vaccari Neto para operacionalizar a propina destina ao Partido dos Trabalhadores”.

Empréstimos sob suspeita. No primeiro empréstimo sob investigação, Ana Maria tomou R$ 95 mil, em 2006, e teria pagou o valor em três anos para Marice. No segundo, a cunhada tomou de Letícia R$ 30 mil, em 2009.

Segundo consta na declaração, o primeiro valor foi dado em junho de 2006 à ex-diretora financeira da Bancoop por meio de “um contrato de mútuo” entre as partes.

Na declaração ao Fisco feita por Ana Maria – anexada no processo da Bancoop – consta o registro do contrato de mútuo com Marice, no valor de R$ 95 mil, com detalhamento do pagamento. “A ser restituído em 3 parcelas anuaius (2007 / 2008 / 2009).”

O empréstimo feito com a advogada da Bancoop, em 2009, está registrado na declaração de Marice de 2011, no valor de R$ 30 mil. O valor teria sido tomado pela cunhada de Vaccari e quitado em 2010.

Nova denúncia. Nesta segunda-feira, 27, Vaccari foi alvo de mais uma denúncia criminal – desta vez no âmbito dos processos da Lava Jato, na Justiça Federal, em Curitiba – por lavagem de dinheiro.

O ex-tesoureiro é acusado de usar a Editora Gráfica Atitude, para desviar propina da Petrobrás para o PT.

O Sindicato dos Bancários de São Paulo, de onde vem Vaccari, é filiado à Central Única dos Trabalhadores (CUT) e um dos donos formais da Editora Gráfica Atitude.

A empresa recebeu R$ 2,4 milhões do grupo Setal - uma das 16 integrantes do cartel acusado de corrupção na Petrobrás - entre 2010 e 2013.

Na denúncia desta segunda-feira, o Ministério Público Federal sustenta que Vaccari orientou o executivo Augusto Mendonça – delator da Lava Jato – a fazer o pagamento de propina por meio de pagamentos oficiais para a editora.

Além do sindicato dos bancários, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC – também filiado à CUT – figura como proprietário da Editora Atitude.

O criminalista Cláudio Pimentel, que defende Marice, não foi encontrado nesta segunda-feira, 27. Em outra ocasião, ele afirmou que toda sua movimentação financeira está declarada no Imposto de Renda.

Preso desde o dia 15, na sede da Polícia Federal, em Curitiba, Vaccari nega, por meio de defesa, irregularidades. Com sua prisão, a Justiça paulista já acionou o juiz federal Sérgio Moro – que conduz os processos da Lava Jato – para que ele seja ouvido no caso Bancoop. (AE)



28 de abril de 2015
diário do poder

RODRIGO GULARTE EXECUTADO NA INDONÉSIA

INDONÉSIA EXECUTA TRAFICANTE BRASILEIRO POR FUZILAMENTO
GOVERNO DISSE QUE RODRIGO GULARTE ESTÁ ENTRE FUZILADOS DE HOJE



GOVERNO DISSE QUE RODRIGO GULARTE ESTÁ ENTRE OS 
FUZILADOS DE HOJE


O governo da Indonésia acaba de informar que oito condenados por tráfico de drogas, incluindo o traficante brasileiro Rodrigo Gularte, já foram executados. Segundo o porta-voz, que não quis se identificar, as execuções ocorreram "sem problemas". 
Além do brasileiro, há dois australianos, dois nigerianos, um ganês e um indonésio.

De acordo com o jornal Jakarta Post, um representante do governo não confirmou por que a filipina Mary Jane Fiesta não foi executada, apesar de estar na lista divulgada. A razão mais provável é que Mary Jane tenha sido poupada após uma mulher se entregar à polícia nas Filipinas dizendo tê-la recrutado.

O governo brasileiro chegou a enviar, inutilmente, pedidos de clemência, mas nenhum foi aceito pelo governo local. Gularte é o segundo brasileiro executado na Indonésia por tráfico de drogas. Em janeiro deste ano, Marco Archer foi fuzilado junto com outras quatro pessoas.

Nota do governo

O governo brasileiro divulgou nota de pesar pelo fuzilamento do traficante e diz que isso constitui "fato grave" no âmbito das relações entre os dois países". Leia a íntegra:

"O governo brasileiro recebeu com profunda consternação a notícia da execução, na Indonésia, do cidadão brasileiro Rodrigo Muxfeldt Gularte, ocorrida na data de hoje, 28 de abril de 2015, pelo crime de tráfico de drogas.

Em carta enviada ao seu homólogo indonésio, a Presidenta Dilma Rousseff havia reiterado seu apelo para que a pena capital fosse comutada, tendo em vista o quadro psiquiátrico do brasileiro, agravado pelo sofrimento que sua situação lhe provocava nos últimos anos. Lamentavelmente, as autoridades indonésias não foram sensíveis a esse apelo de caráter essencialmente humanitário.

Ao longo dos dez anos em que o Rodrigo Muxfeldt Gularte esteve preso na Indonésia, o governo brasileiro prestou-lhe a devida assistência consular e acompanhou sistematicamente sua situação jurídica, na busca de alternativas legais à pena de morte, observando rigorosamente o que a Constituição e as leis daquele país prescrevem sobre essa matéria.

A execução de um segundo cidadão brasileiro na Indonésia, após o fuzilamento de Marco Archer Cardoso Moreira, em 18 de janeiro deste ano, constitui fato grave no âmbito das relações entre os dois países e fortalece a disposição brasileira de levar adiante,nos organismos internacionais de direitos humanos, os esforços pela abolição da pena capital.

O governo brasileiro transmite sua solidariedade e seu mais profundo pesar à família de Rodrigo Muxfeldt Gularte."


28 de abril de 2015
diário do poder